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Ictiologia

Características gerais dos peixes:

Além da presença de brânquias, os peixes possuem um corpo com formato hidrodinâmico, que


auxilia a movimentação na água. Normalmente os peixes apresentam o corpo fusiforme, ou
seja, alongado e com as extremidades afiladas, o que possibilita melhor natação.

Os peixes possuem um sistema digestório completo, com intestino terminando em cloaca nos
peixes cartilaginosos e em ânus nos peixes ósseos. O sistema excretor desses animais é
formado por um par de rins. Nos peixes cartilaginosos, é excretado principalmente ureia, e,
nos peixes ósseos, observa-se a eliminação de amônia. 

Peixes

Peixes são animais que vivem em ambiente aquático e apresentam uma série de adaptações a
esse ambiente, como a presença de nadadeiras e corpo frequentemente fusiforme.

Os peixes são encontrados nos mais variados ambientes aquáticos e caracterizam-se por ser o
grupo mais numeroso e diversificado nos vertebrados. Nesse grupo de animais, temos
representantes com corpo tipicamente fusiforme; respiração, geralmente, do tipo branquial;
presença de nadadeiras; e ectotermia. Esse grupo inclui peixes cartilaginosos, que possuem
esqueleto formado por cartilagem, e peixes ósseos, que possuem o esqueleto ósseo.

Vale salientar que muitas modificações ocorreram na classificação dos animais após adoção


da metodologia cladística e aprimoramento das técnicas de análise de DNA. Estudos recentes
demonstram, por exemplo, o monofiletismo dos Agnatha e dos Chondrichthyes, porém não a
dos Osteichthyes, que se trata de um grupo parafilético.

O significado taxonômico de Osteichthyes  nos dias atuais é bem diferente do que havia no
passado, quando se referia aos peixes ósseos e excluía o grupo dos tetrápodes. Hoje os
sistematas incluem os tetrápodes no clado Osteichthyes. No nosso texto, no entanto, optamos
por utilizar os termos no seu sentido clássico, pois essa forma é a abordada nos livros didáticos
e a cobrada nos processos seletivos.

O sistema circulatório é fechado, e observa-se a presença de um coração com duas cavidades:


um átrio e um ventrículo. Nesse importante órgão bombeador de sangue, circula apenas
sangue rico em gás carbônico (venoso). A circulação nos peixes é simples, uma vez que o
sangue passa pelo coração apenas uma vez, em cada circuito completo, pelo corpo do animal.
O sangue entra no coração pelo átrio, segue para o ventrículo e é bombeado em direção às
brânquias, nas quais é oxigenado. Esse sangue é então levado para o corpo do animal.

"Não podemos deixar de citar os peixes pulmonados (Dipnoi). Atualmente esse grupo
apresenta apenas seis espécies, as quais são encontradas apenas em água doce da América do
Sul, África e Austrália. A espécie de peixe pulmonado existente no Brasil é conhecida como
piramboia. Ela é capaz de construir galerias, que utilizam como abrigo para proteger-se da seca
e dos predadores.

Os peixes têm poderosos e eficientes órgãos sensoriais, como a linha lateral. Essas estruturas,
localizadas lateralmente no peixe, permitem que o animal consiga captar movimentos na água
e, consequentemente, evitar predadores. Além das linhas laterais, os peixes contam com lobos
olfativos desenvolvidos, que permitem a percepção de cheiros, e com as ampolas de Lorenzini,
que permitem a captação de correntes elétricas produzidas por outros animais. Essas ampolas
são encontradas apenas em peixes cartilaginosos.

Os peixes, de maneira geral, são animais ectotérmicos, ou seja, são incapazes de manter a
temperatura do seu corpo constante utilizando mecanismos fisiológicos. Algumas espécies, no
entanto, são capazes de manter partes do seu corpo mais aquecidas do que outras
(heterotermia regional), conseguindo elevar a temperatura por meio da produção
endotérmica de calor. Atuns e alguns tubarões apresentam essa capacidade.

A reprodução dos peixes varia de grupo para grupo. Nos cartilaginosos, ocorre fecundação
interna; já na maioria dos peixes ósseos, ocorre fecundação externa. Nos peixes ósseos, pode-
se observar, em algumas espécies, o desenvolvimento indireto, com a formação de larvas, e o
desenvolvimento de uma fase denominada alevino"

"Além do formato característico, os peixes possuem grande quantidade de muco em sua pele,
o que ajuda a diminuir o atrito com a água. O muco, assim como as escamas, também possui
papel importante na proteção do peixe contra patógenos.

Destaca-se também a presença de nadadeiras, que variam em forma, tamanho e posição em


cada espécie de peixe. Essas estruturas possuem como principais funções: manter o equilíbrio
do peixe, ajudar na mudança de direção e profundidade, e atuar como propulsoras, como é o
caso da nadadeira caudal.

Além de apresentarem adaptações para facilitar a natação, os peixes possuem estratégias para
evitar o afundamento, uma vez que possuem densidade maior do que a da água. A flutuação é
garantida em peixes cartilaginosos pela presença de um fígado desenvolvido e com grande
quantidade de gordura. Já em peixes ósseos, existe uma bexiga natatória, um órgão
hidrostático que permite que o peixe nade para o fundo e para a superfície."

Veja mais sobre "Peixes" em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/peixes.htm

"Os peixes podem ser divididos tradicionalmente em dois grandes grupos: os peixes
cartilaginosos (Chondrichthyes) e os peixes ósseos (Osteichthyes). Os peixes cartilaginosos
recebem essa denominação por não apresentarem ossos formando seu esqueleto, o qual é
constituído predominantemente de cartilagem. Tubarões, arraias e quimeras são
representantes desse grupo de peixes, sendo a maior parte das espécies marinhas.
Outra característica desse grupo é a presença de placas semelhantes a dentes que revestem o
corpo desses animais, as chamadas escamas placoides. Nos tubarões e arraias, as escamas
placoides revestem grande parte dos seus corpos, nas quimeras, no entanto, elas estão
presentes em porções específicas.

Os peixes cartilaginosos possuem, ainda, uma característica bastante marcante, que é a


presença do clásper, uma modificação de parte dos raios das nadadeiras pélvicas dos machos,
que atuam na reprodução. Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é exclusivamente interna.
Outras características existentes nesse grupo de peixes e que permitem sua diferenciação dos
peixes ósseos são: boca ventral, presença de cloaca, excreção da ureia e ausência de bexiga
natatória.

"Os peixes ósseos, assim como o nome sugere, apresentam um esqueleto ósseo. Nesses
animais, a brânquias estão cobertas pelo opérculo, uma espécie de aba óssea que protege
essas estruturas. Nos peixes ósseos, observa-se a presença da bexiga natatória. Outras
características que podem ser citadas são: boca na extremidade anterior, intestino terminado
em ânus e excreção da amônia."

"Os peixes são animais que apresentam a capacidade de regular a quantidade de sais em seus
tecidos de modo que seu corpo possa continuar em pleno funcionamento. Esses animais
apresentam, portanto, capacidade de osmorregulação ou regulação osmoiônica.

A osmorregulação é essencial para os peixes, uma vez que eles vivem em ambientes aquáticos
diversos, como o mar e os rios. Se um peixe, por exemplo, fosse colocado no mar e não
apresentasse essa capacidade de regulação osmoiônica, seu corpo perderia água por osmose
até que ele se desidratasse e morresse.

→ Diferentes estratégias de osmorregulação

Osmorregulação em peixes ósseos dulcícolas: Os peixes de água doce estão em um meio


hipotônico em relação ao seu meio interno. Isso significa que a concentração de solutos no
interior do corpo do animal é maior que a concentração no ambiente externo. Se não
houvesse nenhum mecanismo de osmorregulação, o peixe deveria ganhar água até que as
concentrações fossem equilibradas, o que poderia levar o animal à morte.

Os mecanismos presentes nesses peixes fazem com que a entrada de água não afete suas
atividades. Nos peixes dulcícolas, a água entra pelas brânquias, assim como os sais necessários,
entretanto, a entrada de água é compensada pela eliminação dessa substância pela urina
muito diluída que é formada em rins eficientes.

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Osmorregulação em peixes ósseos marinhos: Os peixes de água salgada vivem em ambientes
que apresentam uma quantidade muito superior de sais do que a quantidade presente em seu
corpo. Caso não houvesse mecanismos de osmorregulação, o peixe perderia uma grande
quantidade de água, o que afetaria a sobrevivência do organismo.

Para conseguir manter a quantidade de água e sais no interior de seu corpo, os peixes de água
salgada ingerem uma quantidade considerável de água do mar e eliminam de maneira eficaz o
excesso de sal. Essa eliminação ocorre pelas células presentes nas brânquias, que eliminam o
excesso de sal por transporte ativo. A urina dos peixes marinhos é bem concentrada,
diferentemente da urina dos peixes de água doce.

Peixes cartilaginosos: vivem no ambiente marinho e possuem uma grande quantidade de ureia
no sangue. Essa ureia faz com que a concentração de solutos no meio seja semelhante à
concentração de solutos no interior do corpo. Como a concentração é isotônica, não há perda
ou ganho de água."

Veja mais sobre "Osmorregulação nos peixes" em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/osmorregulacao-nos-peixes.htm

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Veja mais sobre "Peixes" em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/peixes.htm

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