Você está na página 1de 100

Centro de Ciências da Saúde

Curso de Ciências Biológicas


Disciplina de Zoologia dos
Deuterostômias

Filo Chordata
Osteichthyes

Professora: Maria Goretti


Monitores: Beatriz, Gabi e
Luma

Fortaleza, 2023.1
VERTEBRATA
CRANIATA
64 mil espécies 119 espécies

1.200 espécies

31 mil
espécies

6.184
Evolução

Especialização nos mecanismos de alimentação


HABITAT E HÁBITOS

Distribuição – Lagos a 40°C e 0°C no ártico;

Diversidade ( 41% água doce, 1% migram, 58% marinhos (45% costeiras).


Paedocypris progenetic

Pirarucu - Arapaima 3 metros


e vinte centímetros 330 quilos

Peixe lua - 4,5 metros de altura, por 3,5 de


largura. duas toneladas.
https://oceana.org/marine-life/ocean-fishes/oarfish

11 metros -Regalecus glesne


Monstros assustadores do fundo do mar - Criaturas bizarras

Criaturas Mais Surpreendentes da Fossa das Marianas


Orestias - água doce
Lake Titicaca - 2.800 - 4.600 m - andes

Peixe-gelo antártico
Notothenioidei

Sistema natural
Abyssobrotula galatheae - profundidade de 8.370 m
anticongelamento -
proteína com essa
capacidade no sangue
dos peixes afetar as
moléculas da água ao
seu redor e evita o
congelamento.
Yunnanilus Tibet - 5200 metros
Peixes
luminosos
Reação entre duas
substâncias luciferina
e luciferase – Essas
substâncias é que
liberam energia na
forma de luz
Bioluminescência em
Tubarão – 57 espécies

Squaliformes, - famílias (Dalatiidae,


Somniosidae e Etmopteridae)
Peixes elétricos

Peixe-elétrico
poraquê - Amazonas
Peixes elétricos

► O órgão elétrico é composto de células


musculares ou nervosas modificadas , que
se tornou especializada para a produção
de
campos
elétricos .
PEIXES PEÇONHENTOS x TÓXICOS

◦ Peçonhentos
● Injeção de veneno na vítima (espinho, picador,
etc)

◦ Tóxicos
● Ingestão da toxina;
● 500 espécies marinhas consumíveis e letais;
● veneno armazenado em alguns órgãos ou
espalhado por todo o corpo;
● o mais perigoso: baiacu
TOXINAS

Regiões de localização de ferrões


◦ Glândulas de veneno
● Espinho
● Epitélio
● Sulcos
◦ Nadadeiras
◦ Cauda
◦ Cobertura branquiais

Toxinas
◦ Órgãos reprodutores
◦ Órgãos viscerais
● ordem Siluriformes;
● cação-de-espinho ou cação-prego;
● costumam formar grandes cardumes;
● águas mais fundas.
Baiacu
● Famílias Tetraodontidae e
Diodontidae.
● Cabeça grande e boca pequena.
● Infla o ventre com ar ou água.
● Alguns com espinhos ósseos
por todo o corpo.
● É um peixe tóxico.

Curiosidade
Ø PROVAMOS O PEIXE MAIS
VENENOSO DO MUNDO NO
JAPÃO, O FUGO, O BAIACU.
Curiosidade
BAIACU
► A ferroada dela costuma provocar dor intensa, sudorese, vômito,
diarréia e arritmia cardíaca, mas raramente leva à morte. As
toxinas das raias são sensíveis ao calor e, por isso, os primeiros
socorros... Leia mais em:

► https://super.abril.com.br/mundo-estranho/e-verdade-que-
existem-peixes-tao-venenosos-quanto-cobras/

► Conheça 8 peixes venenosos para você tomar muito


cuidado!
Classificação
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4414709/mod_resource/content/1/AulaActinopterygii2018.pdf
Actinopterigii - Maioria dos peixes
sofreram modificações ao longo de sua evolução .
Classificação
Classificação
Classificação
Teleostei – Diversidade -Habitat

- Águas salgadas, salobras e águas doces do Equador às regiões


polares, (adaptações anrticongelamento);
- Adaptações para sobrevivência à seca, formas de resistência) ao fundo
de grandes rios como o Amazonas, Nilo, Congo.
- Regiões marinhas (abaixo de 1.000 m de profundidade).
● Classificação (Buckup et al, 2007; Menezes et al, 2003)

● Classe Sarcopterygii (sarcos; carnosa, pterygium; nadadeiras)


○ Infraclasse Dipnoi
■ Ordem Ceratadoniformes (pulmonados australianos)
■ Ordem Lepidosireniformes (pulmonados América do Sul e África)
○ Infraclasse Coelacanthimorpha
■ Ordem Coelacanthiformes (celacanto)

● Classe Actinopterygii (actinos; espinhos, pterygium; nadadeiras)


○ Infraclasse Chondrostei (escamas ganóides)
■ Ordem Palypteriformes (“bichis”)
■ Ordem Acipenseriformes (esturjões)
○ Infraclasse Neopterygii
○ Divisão Ginglymodi
■ Ordem Lepisosteiformes (“gars”)
○ Divisão Halecostomi
■ Ordem Amiifdormes (“bowfin”)
● Subdivisão Teleostei (escamas reduzidas ou ausentes)
■ Infradivisão Osteoglossomorpha (língua ósseas – Pirarucu).
○ Ordem Osteoglossiformes
■ Infradivisão Elopomorpha
○ Ordem Elopiformes (tarpões ou ubarana)
○ Ordem Anguilliformes (moréias)
■ Infradivisão Clupeomorpha
○ Ordem Clupeiformes (sardinhas e manjubas)
■ Infradivisão Euteleostei
● Superordem Ostariophysi
■ Ordem Gonorynchiformes
■ Ordem Cypriniformes (carpas)
■ Ordem Characiformes (traíras, curimatã)
■ Ordem Siluriformes (bagres)
■ Ordem Gymnotiformes (peixe elétrico)
● Superordem Protacanthopterygii
■ Ordem Salmoniformes (truta e salmão)
● Superordem Stenopterygii
■ Ordem Stomiiformes (peixes-luz)
● Superordem Scopelomorpha (peixes lanternas)
■ Ordem Aulopiformes
● Ordem Myctophiformes
● Superordem Paracanthopterygii
○ Ordem Gadiformes (bacalhau e merluza)
○ Ordem Batracoidiformes (niquim)
○ Ordem Lophiiformes (peixe pescador)

● Superordem Acanthopterygii (peixes c/ espinhos duros nas nadadeiras)


○ Ordem Atheriniformes (peixe-rei)
○ Ordem Beloniformes (agulha- branca, agulhão)
○ Ordem Cyprinodontiformes (guaru)
○ Ordem Syngnathiformes (cavalo-marinho, peixe-cachimbo)
○ Ordem Dactylopteryformes (falso voador)
○ Ordem Symbranchiformes (mussum)
○ Ordem Scorpaeniformes (cabrinhas do mar)
○ Ordem Perciformes (camurim, xareu, carapeba, tainha, atum)
○ Ordem Pleuronectiformes (linguado)
○ Ordem Tetraodontiformes (baiacu, cangulo)
Sinapomorfias dos Osteíctes

1. Ossificação endocondral do endoesqueleto


(substituição da cartilagem por osso
durante o desenvolvimento);

3. Os otólitos são estruturas rígidas


de carbonato de cálcio e outros
minerais, que estão localizados no
2. Raios das nadadeiras ouvido interno dos peixes ósseos.
sustentadas por ossos Sua função está associada à
dermicos chamados audição e equilíbrio.
lepidotriquia;
Sinapomorfias - peixes ósseos

5. Órgão hidrostático – bexiga


4. Peixes ósseos com maxilas com ossos natatória
dérmicos os quais os dentes estão inseridos
Condrictes- as maxilas são cartilagenoso os
quais os dentes estão associados.

7. Opérculo ósseo
6. Narina anterior e posterior completamente
separadas
Nadadeira dorsal de um condricties (raios cartilaginosos (Ceratotríquia) são sustentados
por placa basal (a) .

Osteicties (actinotriquias ) e raios lepidoquias) são sustentados por pequenos ossos


basais (b) .
Tipos de escamas
Osteicties - escamas dos peixes ósseos possuem origem dérmica.

Condricties - Escama placoide - dermo-epidermica


Morfologia
Morfologia

▪Brânquias recobertas pelo opérculo,


algumas espécies sem opérculo
Rastros Branquiais
Rastros Branquiais são estruturas com formações ósseas ou
cartilaginosas, que tem como função a capacidade de filtrar e reter
alguns alimentos que ficam presos nos arcos branquiais durante o
processo de alimenta.
Morfologia
Pygocentrus piraya
• Dentes
– Variados em forma e função;

– Hábitos alimentares variados

– Não são repostos


Dentes de peixes carnívoros
Sistema Digestivo
Glândulas Anexas

● Fígado, Pâncreas e Vesícula biliar

○ Funções:
■ Os peixes não possuem glândulas salivares, mas em
compensação têm glândulas de muco na cavidade
oro-branquial
■ O fígado: preparar as substâncias nutritivas,
provenientes da absorção intestinal, para serem
aproveitadas pelo organismo e estocagem de gordura
■ O pâncreas é geralmente difuso
■ secreção de muco para hidrólise de componentes
protéicos
Cecos pilóricos - são evaginações digiformes
da parede intestinal dos peixes.

- Secretar muco para hidrólise de componentes proteicos;


- Aumentar a superfície de absorção de nutrientes;
- Armazenar alimento.
Esquema comparativo entre os Aparatos digestórios
de um tubarão e de um peixe ósseo

Filho, J. 2000
Aparato digestório peixe ósseo
► Os herbívoros ingerem itens de origem vegetal - a freqüentemente,
possuem estruturas de mastigação especializadas;
► Os onívoros se alimentam de itens de origem animal e vegetal;
► Os carnívoros ingerem sobretudo itens de origem animal;
► iliófagos ou detritívoros (plâncton, lama ou detrito).
Tipos de alimento

● Eurífagos – variedade de alimentos;


● Estenófagos – poucos tipos de alimento;
● Monófagos – um único tipo de alimento.
Respiração
Respiração área
https://www.youtube.com/watch?v=2x1kXiTMTY8
Sistema circulatório
Fechado simples
MECANISMO DE
CONTRACORRENTE
Bexiga natatória
A bexiga natatória dos peixes teleósteos é embriologicamente
derivada do trato digestivo.

Bexiga natatória fisóstoma


Peixes inflam e desinflam a bexiga natatória por uma conexão
direta entre tubo digestório e a bexiga natatória.
Bexiga fisoclísta

Gás é secretado por


uma glândula
constituída de um
epitélio secretor
associado a uma
rede capilar muito
desenvolvida ("rete
mirabile").
Bexiga natatória fisoclistica

FisF
OSMORREGULAÇÃO
►Peixes de água salgada
hiposmóticos (hipotônicos) em
relação ao meio.

►Problema: tendem a perder muita


água por osmose.

Pergunta
Como esses
animais fazem
para não
desidratar?
OSMORREGULAÇÃO

► Animais de água doce fluidos corporais


osmoticamente mais concentrados que o meio
(hipertônicos ou hiperosmótico

Pergunta
Como esses animais
fazem
para regular a
concentração
interna de água e de
solutos?
OSMORREGULAÇÃO
Sistema nervoso

► sistema nervoso central, que é formado por


encéfalo e medula espinhal;

► sistema nervoso periférico que é formado por


nervos cranianos, nervos espinhais e gânglios.

► Eles são um conjunto de combinações nervosas


que fazem os peixes terem sensações.
Sistema excretor

Nos peixes, a urina é armazenada nas extremidades dos ductos


urinários, onde se unem à cloaca ou se abrem para fora. Esse tipo de
bexiga urinária é de origem mesodérmica, e não cloacal. É encontrada
entre os elasmobrânquios, os holocéfalos e na maioria dos peixes
teleósteos;

Nos tetrápodes, a bexiga urinária surge como uma evaginação da


cloaca.
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS

• Visão: bem desenvolvidas (peixes ósseos)


• Alguns peixes: visão colorida;
• Todos os peixes: visão ofuscada com a claridade
• Pálpebras ausentes (não tem necessidade de manter os olhos
umedecidos);
• Olfato bastante desenvolvido;
• Paladar desenvolvido nas carpas (percepção gustativa
semelhante à humana).
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
Audição:
► Bem desenvolvida;
► Está relacionada com o equilíbrio;
► Possuem só ouvido interno (parte superior) (equilíbrio – canais semicirculares,
ampolas e ventrículo.

Linha lateral
Evolução do sistema muscular
MIGRAÇÃO

1. Diádromos

• Anádromos – vivem no mar, mas se reproduzem em água doce,


Salmão;
• Catádromos – vivem em água doce, mas se reproduzem no mar,
Enguia;

1. Potamódromos – peixes que realizam as suas migrações em água


doce;

1. Oceanódromos – peixes que realizam as suas migrações em


águas marinhas.
Migração de Peixes

http://www.rhpdm.uevora.pt/diadromousfishes_pt.html
Piracema
Piracema
► Piracema: é um fenômeno em que um peixe, precisa nadar contra a
correnteza dos rios para amadurecer sexualmente e procriar;

► No caso dos peixes, o ácido lático se transforma, em parte, em gás


carbônico e água; e 15% ficam retidos no organismo, de forma a estimular
a produção de hormônios sexuais, através da hipófise;

► 20% das espécies de peixes de água doce estão nos rios, com hábitos
migratórios.
REPRODUÇÃO
● Gônadas pares;

● Fecundacao externa e interna;

• ovíparos: os filhotes se desenvolvem fora do corpo da


mãe, dentro do ovo que contem os nutrientes
necessários. Mais de 90% dos peixes pertencem a essa
categoria;
• vivíparos: os filhotes se desenvolvem dentro do corpo
da mãe recebendo diretamente dela os nutrientes
necessários.
Reprodução

Plalloceros caudimaculatus
Fecundação interna - gonopódio.
Desenvolvimento larval
Cuidado Parental
Cuidado Parental
Sarcopterygii
Crossopterygii
Celacanto

► Surgiram no Devoniano;
► Pico evolutivo na Era Mesozoica (350 milhões de anos)
► Quase extinção;
► 2 Espécie sobrevivente;
► CELACANTO - Latimeria chalumnae e Latimeria menadoensis.
Distribuição das duas espécies de Latimeria
http://www.fish-
evol.org/coelacanth2.html
Caracteres morfológicos externos
Latimeria chalumnae -1938.
Celacanto

► 1998 - Outro exemplar foi capturado na Indonésia -Latimeria


menadoensis 10.000 Km das Ilhas Comoro.
Reprodução

► ovoviparos,
► ovidutos
► 26 filhotes.
► https://www.youtube.com/watch?v=vOUC81aUqGE

► CELACANTO: A descoberta de um FÓSSIL VIVO


Caracterização
► Maxilas poderosas, dentes como placas trituradoras restritas ao
palate;

► Bolsas olfatórias (podem abrir-se ou não no interior da boca);

► Intestino com válvula em espiral;

► Brânquias cobertas por um opérculo;

► bexiga natatória vascularizada - respiração e flutuação


(preenchida com gordura nos celacantos).
Dipnoi
Peixe pulmonado australiano Ceratodidae

• Pode medir até 1,5m – 100 milhões de anos


Peixe pulmonado africano
Lepidosirenidae
Pulmonado africano

Podem permanecer fora d´água por longos períodos.

Protopterus - lagos e rios africanos sujeitos a seca


Cava o fundo e se enterra, secreta muco, que misturado ao
lodo endurece;
Espera o retorno das chuvas.
Piramboia

► coloração preto-azulada ou cinza-azulada,


América do Sul, \
► Bacia Amazônica,
► Paraguai e Bacia do Rio Paraná

https://www.youtube.com/watch?
v=2x1kXiTMTY8

S01E03: Peixes Ósseos


Peixe pulmonado sul-americano

▪ A Piramboia - peixe pulmonado sul-americano;


▪ Pouco conhecido.
CURIOSIDADE SOBRE O PEIXE QUE
RESPIRA FORA D'ÁGUA | Piramboia

► https://www.youtube.com/watch?v=CaEPJRjyAnM

Você também pode gostar