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Características Gerais dos Condríctes

São os primeiros registros fósseis de Gnathostomata com características


semelhantes aos Ostracodermi por possuírem placas ósseas no corpo. Muitos registros
em água doce e com as facilidades que adquiriram de locomoção encontraram-se
registros marinhos. As placas ósseas servem principalmente como depósito de cálcio
metabolizado.
Os Placodermi eram animais grandes e pesados apresentando mandíbulas e
maxilas, placas ósseas, nadadeiras pares, manutenção da notocorda, formação inicial
das estruturas internas sejam elas cartilaginosas ou ósseas (com objetivo de formar o
endoesqueleto) e a presença de uma estrutura existente nos peixes até os dias atuais, a
bexiga natatória.
O nome Chondrychthyes (do grego chondros, cartilagem, e ichthyos, peixe)
reflete a característica distintiva mais marcante desses animais: o esqueleto formado
por tecido cartilaginoso, e não por tecido ósseo. São os tubarões, as quimeras e as raias.
A maioria dos representantes é marinha, embora haja alguns de água doce. Como
aquisição em relação aos ciclóstomos, possuem mandíbula, nadadeiras pares e mais
desenvolvidas e um esqueleto melhor estruturado. O corpo é recoberto por escamas.
Esqueleto formado por cartilagem (no máximo ossificada), estruturada por
condrócitos mais fibras colágenas mais matriz com glicoproteínas chamadas
condromucinas (formação protéica com colágeno bastante resistente e maleável). Não
há formação de tecido ósseo, a cartilagem pode sofrer apenas calcificação (retenção dos
caracteres de jovem no adulto).
São cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado por
cartilagem. São pecilotérmicos (poiquilotérmicos) ou heterotérmicos. São aquáticos,
respiram por brânquias, possuem 5 ou 7 fendas branquiais, mas não apresentam
opérculo.
Diferem dos peixes ósseos por apresentarem a boca na posição ventral, a
nadadeira caudal heterocerca e no tubo digestivo a válvula espiral.
As escamas são do tipo placóides, de origem dermo-epidérmicas, semelhantes aos
dentes.
Sistema Nervoso dos Condríctes
No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os
hemisférios cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa
ganglionar basal chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal,
conhecida como palio, o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa
cinzenta).
O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos olfativos
e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente surge o corpo
parietal, e na região posterior, o corpo pineal.
Nos ciclóstomos existem as duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes
ocorre somente o corpo pineal. O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação
nervosa. Esta estrutura desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos. O
metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo mais
desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.
O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está
relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco
e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido
interno. Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.
Fonte: www.pucrs.br

CLASSE CHONDRICHTHYES
Peixes Cartilaginosos
Chondrus, cartilagem; ichthyes, peixes
São classificados em dois grupos:
Holocephali: Quimeras
• brânquias protegidas por opérculo
• cauda longa e flexível
• olhos grandes
• sem escamas

Peixes Cartilaginosos
Elasmobranchii: Tubarões e Raias
(~ 760 espécies)

Elasmobranchii: (~ 760 espécies)


• Fendas branquiais (5 a 7) não recobertas
• Nadadeira caudal bem desenvolvida
• Corpo recoberto por escamas placóides
• Boca ventral
• Arco mandibular frouxamente ligado ao crânio

Alimentação
Os dentes refletem seus hábitos alimentares- nos tubarões são triangulares, serrilhados
Nas raias são pequenos, obtusos, usados para quebrar e triturar.

Anatomia do Cordado Escamas placóides

Características Gerais dos Osteíctes

Os peixes da classe Osteichthyes (do grego osteos, osso, e ichthyos, peixe)


possuem esqueleto ósseo. Ocupam ambientes de água doce ou marinhos. As escamas
que recobrem o corpo dos osteíctes são de origem dérmica, diferentemente das
escamas dos condríctes, de origem epidérmica.
São osteíctios da ordem teléosteos a maioria dos peixes conhecidos: pescada,
bagre, sardinha, carpa, corvina, piranha, truta, cavalo-marinho, pirambóia, poraquê
(peixe-elétrico), enguia e vários outros exemplos. As características comuns a todos os
peixes ósseos, com aproximadamente 21.000 espécies atuais, são:
Cordados, vertebrados, gnatostômios que possuem esqueleto formado principalmente
por tecido ósseo. São pecilotérmicos.
Aquáticos e respiração por brânquias, que estão protegidas pelo opérculo (placa
articulada e flexível). Nos peixes dipnóicos, a membrana da bexiga natatória é
vascularizada e permite a realização de trocas gasosas entre o ar presente no interior e
o sangue. Esses "peixes pulmonados" podem resistir a longos períodos de seca, quando
permanecem entocados em buracos no fundo lamacento dos rios. A pirambóia,
encontrada no Brasil, é um exemplo de peixe dipnóico.
A boca fica localizada anteriormente. Cecos pilóricos do estômago produzem
enzimas digestivas, melhorando a capacidade digestória. A nadadeira caudal é
homocerca ou dificerca.
A bexiga natatória é um órgão hidrostático (regula a densidade do peixe).Em
algumas espécies a bexiga natatória não está ligada ao tubo digestivo (peixes
fisoclistos). Quando a bexiga natatória está ligada ao tubo digestivo os peixes são do
tipo fisóstomos.
As escamas são de origem dérmica e dos tipos ciclóide e ctenóide. A forma do
corpo em geral é hidrodinâmica, contendo glândulas que secretam muco na pele,
facilitando a locomoção no meio aquático.
São dióicos e muitas vezes apresentam dimorfismo sexual. A reprodução é
sexuada e em geral com fecundação externa. Nas espécies de fecundação interna a
nadadeira caudal modificada atua como órgão de cópula. A maioria é ovípara. Há
porém, espécies vivíparas. Possuem apenas o anexo saco vitelino. A forma jovem
(larval) é o alevino. Muitos peixes de água doce realizam o fenômeno da piracema, isto
é, sobem os rios na época da reprodução (= anádromos).
Sistema Nervoso dos Osteíctes
No sistema nervoso dos peixes o telencéfalo tem função olfativa. Os hemisférios
cerebrais são pouco desenvolvidos e são formados por uma massa ganglionar basal
chamada corpo estriado e por uma fina camada epitelial, dorsal, conhecida como palio,
o qual nos vertebrados superiores irá formar o cérebro (massa cinzenta).
O diencéfalo nos peixes origina o tálamo, o centro de relés para impulsos
olfativos e visuais. Do diencéfalo surgem duas estruturas medianas; anteriormente
surge o corpo parietal, e na região posterior, o corpo pineal. Nos ciclóstomos existem as
duas estruturas, enquanto que na maioria dos peixes ocorre somente o corpo pineal.
O mesencéfalo dos peixes é o centro de coordenação nervosa. Esta estrutura
desenvolve a partir da região dorsal dois lobos ópticos.
O metencéfalo da origem ao cerebelo, o centro de coordenação muscular, sendo
mais desenvolvido nos tubarões, peixes de movimentos muito rápidos.
O mielencéfalo forma o bulbo do encéfalo, que, em todos os vertebrados está
relacionado com os centros de atividades vitais, como a respiração, batimento cardíaco
e metabolismo. Nos peixes esta região é o centro do sistema da linha lateral e do ouvido
interno.
Da mesma maneira que os anfíbios os peixes possuem 10 nervos cranianos.

Fonte: www.pucrs.br

Classe Osteichthyes

Dragão marinho, um parente dos cavalos marinhos que vive entre


as algas flutuantes
Os peixes ósseos são o grupo mais vasto (correspondem a 9 em cada 10 espécies) e
diverso de peixes actuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra,
salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC).
Esta é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem como a considerada
mais evoluída. A taxonomia dentro desta classe tem sido frequentemente alterada,
devido à descoberta de novas espécies, bem como de novas relações entre as já
conhecidas.
Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento mas existem
formas reduzidas (certos gobies apenas têm 10 mm de comprimento) e gigantescas
(espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900
Kg de peso).
Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude,
zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em
oxigénio, etc. Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja
de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.

Caracterização da classe
As suas características principais são:
Forma do corpo
Corpo é fusiforme, mais alto que largo, de corte oval o que facilita a deslocação
através da água. A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o
tronco daí ao reto, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte
musculatura segmentar - miómeros -, separados por delicados septos conjuntivos;
Esqueleto ósseo
O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam
apresentar ossos cartilagíneos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras
distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços
intervertebrais.
O esqueleto apresenta 3 partes principais:
• coluna vertebral
• crânio
• raios das barbatanas
Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica,
ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral).
Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas. O crânio é
articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos
branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não
podem virar a cabeça.
A cauda é geralmente homocerca
Escamas mesodérmicas
A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção
facilita o deslizar através da água e protege contra infecções, e escamas no tronco e
cauda, de várias formas mas sempre de origem dérmica. Algumas espécies não
apresentem escamas ou estas podem ser revestidas de esmalte.
As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e
diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. As extremidades livres das
escamas estão cobertas por uma fina camada de pele que protege de parasitas e
doenças. Em algumas espécies, esta camada de pele ajuda a manter a humidade
quando o animal está emerso.
Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o
que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no
inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao
padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em
cada espécie, esta é uma importante característica sistemática desta classe;
Barbatanas pares e impares
Barbatanas são sustentadas por raios ósseos ou por vezes cartilagíneos. As
barbatanas impares são duas dorsais e uma retal, bem como a caudal simétrica. A
forma da barbatana caudal altera a forma de deslocação do animal: barbatanas
arredondadas aumentam a capacidade de manobra mas geralmente a velocidade é
baixa, enquanto barbatanas bifurcadas ou em forma de foice permitem grandes
velocidades. A barbatana dorsal tem suporte esquelético e varia grandemente de forma,
de acordo com os hábitos do animal. As barbatanas pares são as peitorais, logo atrás do
opérculo, e as pélvicas. Cada barbatana tem o seu próprio conjunto de músculos, o que
permite um movimento independente, aumentando a capacidade de manobra. Ao
contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes
ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas
para manobrar na água;
Sistema nervoso
Encéfalo distinto e órgãos dos sentidos desenvolvidos, nomeadamente:
Olhos
Grandes, laterais e sem pálpebras, provavelmente apenas capazes de focar com
precisão objectos próximos mas que percebem facilmente movimentos distantes,
incluindo acima da superfície da água. A retina contém cones e bastonetes, o que
permite visão a cores na maioria dos casos;
Ouvidos
Com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros
(funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados
superiores), permitem uma audição apurada, até porque o som se propaga bastante
bem dentro de água. Muitos peixes comunicam entre si produzindo sons, seja
esfregando partes do corpo entre si, seja com a bexiga natatória;
Narinas
Localizadas na parte dorsal do focinho, comunicam com uma cavidade coberta de
células sensíveis a moléculas dissolvidas na água;

Anatomia externa de um peixe teleósteo

Linha lateral
Localizada longitudinalmente ao longo do flanco do animal, é composta por uma
fileira de pequenos poros, em comunicação com um canal abaixo das escamas, onde se
encontram mecanorreceptores. A eficácia deste sistema para detectar movimentos e
vibrações por ele causadas na água permite a formação de cardumes, fundamental
como estratégia de defesa destes animais;
Sistema digestivo
A boca grande é terminal, rodeada de maxilas e mandíbulas distintas, onde estão
implantados dentes cónicos e finos.
Existem outros dentes, localizados nos primeiros arcos branquiais, úteis para prender e
triturar o alimento.
Na boca existe uma pequena língua, ligada ao chão da cavidade e que ajuda nos
movimentos respiratórios;
Sistema circulatório
Coração com duas cavidades (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas
sangue venoso. O sangue é pálido e escasso, quando comparado com um vertebrado
terrestre;
Sistema respiratório
Tipicamente com brânquias em forma de pente sustentadas por arcos branquiais
sseos ou cartilagíneos, no interior de câmara comum de cada lado da faringe, coberta
por um opérculo, fino e margens livres abaixo e atrás.
Os arcos branquiais apresentam expansões que protegem os filamentos
branquiais de partículas duras e evitam a passagem de alimento pelas fendas
branquiais.
Nas branquias existe um mecanismo de contracorrente entre a água e o sangue
que as irriga, aumentando a eficiência das trocas gasosas.
Geralmente existe bexiga natatória, um grande saco de paredes finas e irrigadas
derivado da zona anterior do intestino, que ocupa a zona dorsal da cavidade do corpo.
Esta cavidade está preenchida com gases (O2, N2, CO2), actuando como um órgão
hidrostático, ajustando o peso do corpo do peixe consoante a profundidade. O ajuste faz-
se por secreção ou absorção dos gases para o sangue. A capacidade da bexiga natatório
é superior nos peixes de água doce pois esta é menos densa que a salgada, não
podendo sustentar o peixe com a mesma facilidade. A bexiga natatória pode ajudar na
respiração (peixes pulmonados) ou como caixa de ressonância de órgãos dos sentidos
ou produção de sons;
Sistema excretor
• Rins mesonéfricos
• Ectotérmicos

Reprodução
Sexos separados, gónadas geralmente pares, grande maioria ovíparos com
fecundação externa, embora existam espécies com fecundação interna e hermafroditas.
Algumas espécies passam por mudanças de sexo, machos passam a fêmeas
aumentando de tamanho e as fêmeas tornam-se dominantes nos cardumes ao
passarem a machos.
Os ovos são pequenos e sem anexos embrionários mas com quantidade de vitelo
muito variável. As espécies de mar alto produzem enormes quantidades de ovos, pois a
maioria não sobrevive, que passam a fazer parte do plâncton, enquanto espécies
costeiras os colocam entre detritos e folhas ou no fundo.
Algumas espécies cuidam dos ovos e/ou dos juvenis, guardando os ninhos e
mantendo-os oxigenados com jorros de água. Outros incubam os ovos na boca ou
permitem que os jovens lá se recolham quando ameaçados.
Várias espécies migram grandes distâncias (tanto de água salgada para doce, como
algumas espécies de salmões, ou o inverso, como as enguias) para desovar.

Cardume de Peixes
Os peixes ósseos são os únicos que formam cardumes, por vezes com dezenas
de milhar de indivíduos. Nos cardumes os peixes deslocam-se sincronizadamente, como
se fossem um só. Cada peixe segue paralelamente ao seu vizinho, a uma distância de
cerce de um comprimento do corpo e mantém a sua posição devido à acção da visão,
audição e linha lateral. A cor prateada da maioria dos peixes que fazem cardumes é
fundamental pois ajuda a detectar os movimentos uns dos outros (uma pequena
mudança de direcção produz uma grande diferença a nível da luz reflectida).
Num cardume os peixes estão mais seguros pois há mais sentidos atentos a um
potencial predador e torna-se mais difícil escolher a presa no meio de tantos corpos em
movimento. A vida em grupo também ajuda a encontrar alimento e parceiros sexuais.
Espécies ameaçadas parece pequena, quando comparada com outros grupos de
vertebrados, mas tende a aumentar à medida que estudos mais cuidados são realizados
e que o aquecimento da água do mar se intensifica.
Os peixes, principalmente os peixes ósseos, têm sido um aparentemente
inesgotável armazém de alimentos para a espécie humana. A pesca tem vindo a
intensificar-se ao longo dos anos, numa tentativa de compensar a demanda de peixe
para a alimentação humana e animal (para o fabrico de farinha de peixe, usada em
rações de engorda).
Assim, a pesca tradicional deixou de satisfazer e surgiu a pesca intensiva com
redes flutuantes e de arrasto no fundo, pois as águas superficiais começaram a ser
esgotadas. Estas redes, além de serem por vezes abandonadas em alto mar, onde
permanecem décadas, aprisionando todo o tipo de animais que acaba por morrer,
causam enormes danos ao fundo do mar. As bolas que são usadas para fazer peso na
rede podem pesar até 10 Kg, ajudando a arrancar tudo o que está no fundo, seja rocha
ou coral. A pesca de arrasto recolhe indiscriminadamente todos os animais que
encontra, a maioria dos quais são depois rejeitados, pois não pertencem à espécie
pretendida, e atirados ao mar (mas já mortos), mesmo que sejam comestíveis.
A largura das malhas de pesca tem sido outra batalha que tem sido difícil de
vencer na luta pela conservação da diversidade nos oceanos, pois os armadores
recusam quase sempre usar malha de maior diâmetro, que permitiria aos juvenis
escapar à captura e permitiria a manutenção e recuperação dos stocks pesqueiros.
Mesmo quando legislação nesse sentido é aprovada, como na União Europeia,
raramente é cumprida ou são punidos os infractores.
Quando mesmo estes métodos são insuficientes ou em locais pobres, está a
tornar-se comum a utilização de dinamite ou cianeto para capturar grandes quantidades
de peixe, principalmente em zonas baixas, como recifes de coral. A devastação causada
já arrasou mais de 80% dessas zonas no sudeste asiático.
sca excessiva, a poluição de rios e mares, são apenas algumas das causas deste
problema, que parece apresentar uma solução complicada, sob a pressão da industria
pesqueira e à falta de informação dos pescadores.

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