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MOLUSCOS
I - SISTEMÁTICA
A) Filo: Moluscos (corpo mole)
B) Classes:
B.1) Gastrópodos: caracóis, caramujos, lesmas.
B.2) Pelecípodos: ostras, mexilhões, mariscos.
B.3) Cefalópodos: polvos, lulas, nautilus, sépias.
B.4) Escafópodos: dentálios.
B.5) Anfineuros: quítons.

II - POR QUE SÃO MAIS EVOLUÍDOS DO QUE OS ANELÍDEOS


São os primeiros animais com sistema excretor formado por rins.

III - CARACTERÍSTICAS GERAIS


São mais de 100.000 espécies, dos mais variados habitats e formas. Embora de corpo mole, a maioria
possui um exoesqueleto calcário a concha. As lesmas e caracóis são terrestres, os caramujos são dulcícolas,
enquanto ostras, mexilhões, polvos, lulas, nautilus, argonautas, dentálios e quítons são marinhos.
Apresentam corpo não segmentado, são bilaterais, triblásticos, protostômios e eucelomados.
Representam uma importante fonte alimentar para o homem, e muitas espécies têm importância médica
(como os caramujos) por serem transmissores de doenças humanas, como a esquistossomose e a fasciolose.

IV - ESTRUTURA CORPORAL
Apresentam o corpo dividido em cabeça, pé e massa
visceral.
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V – FISIOLOGIA
O revestimento é feito por uma epiderme simples, com uma dobra chamada manto ou pio. Este delimita
a cavidade paleal ou do manto, que protege os órgãos internos e fabrica a Concha, o exoesqueleto calcário
presente na maioria. Se não existir a sustentação será obviamente hidrostática. A concha tem origem no umbo
e cresce produzindo linhas de crescimento. Apresenta três camadas: periostraco (externa), ostraco ou
prismática (mediana) e nacarada ou madrepérola (interna).
Pode ter apenas uma peça ou valva como nos caracóis e caramujos; duas valvas nas ostras e mexilhões
(bivalves); ou ser interna e rudimentar chamada de pena, siba ou gládio nas lulas. Alguns não têm, como: as
lesmas e polvos. Nos bivalves, a abertura das valvas é feita pelo ligamento elástico, e o fechamento pelos
músculos adutores. A região de articulação das valvas é chamada de charneira.

A locomoção é feita pela ação muscular sobre o pé


nos gastrópodos abertura e fechamento da concha
nos pelecípodos; tentáculos nos polvos e por
jatopropulsão nas lulas. A digestão é extracelular,
num tubo completo e muito variado na forma e
funcionamento.

Os gastrópodos são herbívoros e possuem rádula para trituração


dos alimentos além de papo glândulas salivares e glândula digestiva. Os
pelecípodos são filtradores que utilizam as brânquias para captar
alimentos e têm um misturador chamado estilete cristalino. Os
cefalópodos são carnívoros que possuem poderosas mandíbulas e
ráduIa.

A respiração é cutânea nas Iesmas branquiaI nos pelecípodos e cefalópodos e “pulmonar” nos gastrópodos.
A circulação é aberta na maioria, mas os cefalópodos têm circulação fechada. A excreção é feita por “rins”.
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O sistema nervoso é gaglionar.


Os pelecípodos, com desenvolvimento indireto e larvas véliger e gloquídeo. Os cefalópodos são dióicos,
com desenvolvimento direto. Os gastrópodos são hermafroditas, com ovotestis e utilizam o dardo do amor para
fecundação Cruzada, e têm desenvolvimento direto.

Equinodermos
Os animais do filo Echinodermata (equinodernias), são animais marinhos e de vida livre: estrelas-do-
mar, bolachas-da-praia, estrelas-do-mar, serpentes, pepinos-do-mar, lírios-do-mar e ouriços-do-mar. O nome
desse grupo decorre da presença de espinhos na pele (equino = espinho; derme = pele).

Morfologia e Fisiologia

Triblâsticos e celomados, os equinodermas apresentam várias características compartilhadas com os


protocordados (um grupo do filo dos cordados, no qual estão os vertebrados), principalmente na fase
embrionária.

Nos filos estudados ate aqui:


▪ O celoma é formado de uma tenda na mesoderme, sendo, por isso, chamado esquizoceloma;
▪ A boca do adulto origina-se do blastóporo (protostõmios);
▪ O esqueleto é, em geral, externo, secretado pela epiderme, que se origina da ectoderme (dai a denominação
exoesqueleto).
As características que mostram parentesco evolutivo entre os equinodermas e os protocordados são:
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▪ O celorna forma-se de dobras do intestino primitivo do embrião, sendo, por isso, chamado enteroceloma;
▪ O biastóporo origina o ânus, e a boca surge em outra região (deuterostômios);
▪ O esqueleto, coberto pela epiderme, é produzido pela derme, camada que se forma da rnesoderme; trata-se,
portanto, de um endoesqueleto.

Morfologia externa
A maioria dos equinodermas apresenta simetria pentâmera (pentarradial ou pentarradiada), o que
significa que o corpo pode ser dividido em cinco planos em volta de uma área centrei onde fica a boca.
Esses planos são demarcados pelas zonas radiais, ambulacrârias ou ambulacrais.
Com esse tipo de simetria, os órgãos sensonais estão distribuídos pela periferia do corpo, e os animais
recebem informações de todas as direções do ambiente, o que é uma adaptação à vida fixa ou com pouca
mobilidade. No entanto, os equinodermas originaram-se de espécies com simetria bilateral, como é evidenciado
pela simetria da larva. A simetria radial é secundária, ou seja, uma modificação que ocorre ao longo do
desenvolvimento do animal. A região em que se localiza a boca é chamada zona oral e esta, normalmente,
voltada para baixo. Na região oposta - zona aboral - encontra-se, na maioria das espécies, o ânus. A superfície
do animal é recoberta por epiderme, abaixo da qual está o esqueleto, formado por placas calcárias soldadas ou
articuladas, geralmente com espinhos. O esqueleto desenvolve-se na superfície e funciona como uma defesa.
No caso do pepino-do-mar, essas placas estão reduzidas a espiculas dispersas na derme; o animal não
apresenta carapaça externa. Nos ouriços e estrelas, podem-se encontrar pequenas pinças (pedicelárias), que
servem de defesa contra pequenos animais ou para remoção de detritos.

Sistema ambulacrário
Situado nas zonas radiais, o sistema ambulacrário, também chamado aqüífero ou hidrovascular, origina-
se do celoma e é formado por um sistema de canais, pelo qual circula a água do mar, e pela placa madrepórica,
que fica perto do ânus. A água do mar circula pelo canal madrepórico (tubo que vai da parte superior até próximo
à boca), pelo canal circular e por cinco canais radiais.
Na estrela-do-mar, cada canal radial percorre um braço do animal e comunica-se com uma seqüência
de pequenos tubos, os pódios ou pés ambulacrários (ambulare = caminhar), ligados a dilatações chamadas
ampolas.
A contração dos músculos da ampola bombeia a água para os pódios, que se alongam e aderem a uma
superfície. Em seguida, os músculos dos pódios se contraem e fazem a água voltar para a ampola. A ação
combinada de milhares de pódios move lentamente o corpo do animal sobre rochas ou ateia. No ouriço-do-mar,
a locomoção é ajudada pelo movimento dos espinhos e na estrela-do-mar, pelos braços e pelos espinhos.

Digestão e respiração
O tubo digestório è completo. Na estrela-do-mar, ele apresenta glândulas digestivas. No ouriço-do-
mar, a boca é provida de um forte aparelho mastigador (lanterna-de-aristóteles), formado por cinco longos
dentes montados em um suporte calcário, com os quais raspa as rochas e o fundo do mar, recolhendo alimento
(algas e detritos). Na bolacha-da-praia, o ânus localiza-se na mesma face da boca. Os pódios servem para a
troca de gases com a água, mas podem aparecer estruturas respiratórias. Na estrela-do-mar, por exemplo,
existem pequenas expansões do epitélio, as pâpulas. No ouriço-do-mar, há cinco pares de brânquias, que
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se projetam para fora do corpo. O pepino-do-rnar possui grandes ramificações na parede da cloaca (bolsa que
antecede o ânus), chamadas árvores respiratórias, que recebem a água do mar através do ânus pelo
bombeamento da cloaca.

Circulação, excreção e coordenação


O sistema circulatório é muito rudimentar, com um líquido incolor, e suas funções são substituídas, em
grande parte, pelo sistema aqüífero e pela circulação do líquido celômico. As excretas são eliminadas pelos
pódios e pelas pápulas. Neste filo, o sistema nervoso é pouco desenvolvido (coerente com a pouca mobilidade
desses animais) e acompanha anatomicamente o sistema ambulacrârio. Na ponta dos braços da estrela-do-
mar, existem olhos simples, capazes de perceber luz, Além disso, células táteis e olfativas estão espalhadas
na epiderme.

Reprodução
Os sexos são quase sempre separados, e as gônadas desembocam no exterior por orifícios na superfície
do corpo. Em geral, a fecundação é externa. O desenvolvimento é indireto, com formação de larvas planctônicas
de simetria bilateral, que sofrem metamorfose e transformam-se no adulto. As estrelas-do-mar são capazes de
regenerar braços danificados. Em algumas espécies, um único braço, desde que possua uma parte do disco
central, pode crescer e transformar-se em um animal completo.

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