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REINO DAS PLANTAS

Angiospermas
As angiospermas são as plantas mais evoluídas e complexas que vivem atualmente
na Terra. Estes vegetais produzem raízes, caules e folhas, órgãos da vida vegetativa.
Na época da reprodução, produzem flores, frutos e sementes.
As angiospermas (do grego aggeion, vaso, e sperma, semente) compartilham uma
série de características com as gimnospermas. Dentre elas, destacam-se a
reprodução por flores (fanerógamas) e a produção de sementes (espermatófitos). A
flor das angiospermas é bem diferente da flor das gimnospermas e caracteriza-se por
ser mais aparente e com estrutura complexa. No entanto, a grande novidade evolutiva
e exclusiva das angiospermas é a presença de um fruto envolvendo a semente.
A maior parte das espécies de plantas superiores enquadra-se na divisão das
angiospermas, que engloba uma imensa diversidade de formas vegetais, desde
árvores de grande porte, como os baobás e eucaliptos, até as ervas mais comuns nos
campos e no solo das matas. Algumas espécies, como as orquídeas, ostentam flores
soberbas, enquanto outras, como os cereais, as hortaliças, os tubérculos e as árvores
frutíferas, são básicas para a alimentação humana.

As angiospermas constituem uma das duas grandes divisões em que se repartem as


plantas superiores (com flores e sementes) e se denominam fanerógamas; a outra
divisão é a das gimnospermas, cujas sementes estão contidas numa escama e não
em ovário. Essas árvores, como os abetos e ciprestes, são pouco comuns no Brasil.

Gimnospermas
As gimnospermas são plantas terrestres que estão principalmente em zonas
temperadas (frias), ocorrendo em pequeno número em climas tropicais.
Apresentam metagênese pouco nítida na qual o esporófito é o vegetal verde,
complexo e duradouro, e o gametófito, um vegetal muito reduzido e dependente do
esporóflto.

Formam flores e sementes, mas nunca produzem frutos. Daí o


nome gimnosperma (gimnos = nu + sperma = semente).
Não dependem de água para a fecundação.
Briófitas

As briófitas são plantas primitivas que não produzem flores, frutos e sementes e


também não produzem tecidos vasculares. Por esse motivo são chamadas plantas
avasculares ou não-traqueófitas. A ausência do tecido condutor é a grande
responsável pelo porte pequeno desses vegetais.
As briófitas são terrestres de ambientes úmidos, sombreados e quentes; algumas
espécies vivem em água doce e não ocorrem no mar. No Brasil, um dos ambientes
mais favoráveis para o crescimento dessa vegetação é a Mata Atlântica.
Nesses vegetais encontra-se uma nítida alternância de gerações em que o
gametófito representa o vegetal verde, complexo e duradouro, enquanto o
esporófito é um vegetal simples, transitório e dependente do garnetófito feminino.
Os gametófitos produzem os órgãos reprodutores (gametângios) representados
pelos arquegônios e anterídios. Esses gametângios diferem daqueles produzidos
pelas algas porque apresentam uma epiderme estéril de revestimento e proteção
dos gametas.
Quanto à classificação, as briófitas podem ser subdivididas em três grupos: Musci,
Hepaticae e Anthocerotae.

Pteridófitos
O grupo dos pteridófitos compreende plantas que, diferentemente das briófitas,
possuem vasos condutores de seiva sendo, por isso, consideradas traqueófitas.
Entretanto, não apresentam sementes - tal como os musgos, hepáticas e
antóceros - e, ao contrário destas, a fase dominante é o esporófito, com gametófito
reduzido.

Seus representantes podem viver sobre o tronco de árvores e arbustos (epífitas),


ou mesmo em ambientes aquáticos. Avencas, samambaias e espécies dos
gêneros Selaginella e Lycopodium são as integrantes deste grupo.

O fato de serem traqueófitas fez com que com o transporte de água, nutrientes e
seiva elaborada se tornasse mais eficiente. Essa característica, aliada ao
surgimento de tecidos de sustentação, permitiu que seus representantes
apresentassem maior porte e se mantivessem eretos.

Pteridófitos possuem rizoma: tipo de caule semelhante a uma raiz, subterrâneo ou


localizado bem próximo ao solo, quase imperceptível. Têm, ainda, folhas divididas
em folíolos, sendo que as mais jovens, denominadas báculos, se apresentam
enroladas. Em muitas espécies, tais estruturas, quando mais adultas, apresentam
soros distribuídos na face inferior. Soros possuem esporângios contendo células-
mãe dos esporos. Por meio de divisões meióticas tais células dão origem a esses
últimos.
Esporos, em substrato úmido, se desenvolvem e passam a ser denominados
“prótalos”. Nestes, há uma região masculina e outra feminina. Geralmente, com a
ajuda da água de chuva, sereno, dentre outros, os anterozoides (gametângios
masculinos) se dirigem à oosfera (gametângio feminino), ocorrendo a fecundação.
A partir do zigoto, desenvolve um esporófito jovem, completando este ciclo.

Além da reprodução sexuada, alguns representantes deste grupo reproduzem-se


assexuadamente, por brotamento.

REINO ANIMAL
Vertebrados
Peixes
Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou
depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os peixes
tornaram-se também 
Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre
os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões
de anos atrás.
Mas como eles se distribuem pelo planeta?

Os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas doces


dos rios, lagos e açudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das quais
mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de
um centímetro a até cerca de 18 metros.
Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos,
sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo
seus corpos. Na evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos
peixes melhores condições de sobrevivência em seu habitat - não ter couraça
pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e poder morder.

Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e


doce, e continuam assim até hoje.

Características que favorecem a vida na água


Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de
suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:

Corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e


alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
Presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização,
podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;

Corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito


com a água enquanto o animal se desloca; além disso, a pele é dotada
de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito
com a água;

Musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos


ondulatórios

A temperatura corporal
Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu
corpo varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em
geral mantém-se mais ou menos próxima à temperatura ambiental.

Respiração e circulação de sangue


A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como
guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai
pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido
na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no
organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do
corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele
circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue
não oxigenado vai para uma artéria e daí para as brânquias, onde recebe gás
oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os
órgãos do corpo do animal.
Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros
são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como
moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os
seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se
alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes
carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago
e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.
Anfíbios

No decorrer de milhões de anos os peixes foram avançando para a terra, mas para
que isso acontecesse algumas mudanças adaptativas foram ocorrendo. Os “novos
animais terrestres” desenvolveram órgãos respiratórios específicos para usar o
oxigênio disperso no ar e, entre outras, foram desenvolvendo formas de se
locomoverem em terra firme, desenvolvendo então membro posteriores e
anteriores. Os anfíbios (classe Amphibia) são exemplos desses animais
transitórios, pois são os únicos vertebrados tetrápodes (tem quatro “pés”) que
ainda tem uma relação obrigatória com o ambiente aquático, pois dependem dele
para reprodução e nos primeiros estágios de vida, além de terem a pele fina,
necessitando viver em ambiente úmidos.

Sistema reprodutor
A maioria dos anfíbios têm fecundação externa, com exceção
das salamandras que tem fecundação interna usando o espermatóforo para a
transferência dos espermatozoides. Sendo assim, muitos precisam estar em
ambientes aquáticos. Seus ovos não têm casa e ficam depositados em águas
calmas. Quando os ovos racham nascem larvas que vivem inteiramente na água
até o desenvolvimento da metamorfose e iniciar a migração gradativa para a terra.

Sistema sensorial
As larvas dos anfíbios e algumas salamandras adultas usam o sistema de linha
lateral remanescente para sentirem o ambiente a sua volta. Já os outros anfíbios
adultos usam o olfato (canais nasais se abrem na cavidade bucal), audição (ouvido
interno com membrana timpânica), além da visão (olhos com pálpebras e
glândulas lacrimais) para captar os acontecimentos. A pele dos anfíbios produz
secreções utilizadas para defesa.

Sistema respiratório
Nas larvas aquáticas dos anfíbios a respiração é feita através de brânquias. Elas
vão regredindo e a respiração passa ser ou através da pele (cutânea) ou nos
pulmões

Répteis
Os répteis (latim científico: Reptilia) constituem
uma classe de animais vertebrados tetrápodes e ectotérmicos, ou seja, não
possuem temperatura corporal constante. São todos amniotas (animais
cujos embriões são rodeados por uma membrana amniótica), característica que os
permitiu ficarem independentes da água para reprodução, ao contrário
dos anfíbios. Os répteis atuais são representados por quatro
ordens: Crocodilia, Rhynchocephalia, Squamata e Testudinea.
A pele dos répteis é seca, sem glândulas mucosas, e revestida por escamas de
origem epidérmica ou por placas ósseas de origem dérmica. Com tais
características a pele dos répteis apresenta grande resistência. Seu sistema
respiratório é mais complexo se comparado com dos anfíbios. Nos répteis os
sexos são distintos (macho e fêmea) e a maior parte geralmente é ovípara.
Os répteis são encontrados em todos os continentes exceto na Antártida, apesar
de suas principais distribuições compreenderem os trópicos e subtrópicos. Não
possuem uma temperatura corporal constante, são ectotérmicos e necessitam do
calor externo para regulação da temperatura corporal, por isso habitam ambientes
quentes e tropicais. Conseguem até um certo ponto regular ativamente a
temperatura corporal, que é altamente dependente da temperatura ambiente. A
maioria das espécies de répteis são carnívoras e ovíparas (botam ovos). Algumas
espécies são ovovivíparas, e algumas poucas espécies são realmente vivíparas.
Os dinossauros, extintos no final do Mesozóico, pertencem à
superordem Dinosauria, também integrada na classe dos répteis. Outros répteis
pré-históricos são os membros das
ordens Pterosauria, Plesiosauria e Ichthyosauria.
A língua portuguesa permite duas ortografias e pronúncias: reptil (oxítona), com
plural reptis; ou réptil (paroxítona), com plural répteis (dissílaba, paroxítona).

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