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Algas

As algas formam um grupo considerado o ancestral das plantas modernas. Apesar de as algas terem
certas características em comum, esse grupo não representa uma categoria taxonômica verdadeira.

As algas são indivíduos eucariontes, autótrofos fotossintetizantes dotados de clorofila e que podem
ser unicelulares ou multicelulares. O corpo das algas multicelulares é formado por um talo, estrutura
que pode lembrar um caule, no qual ficam presas estruturas laminares, semelhantes às folhas.
Apesar dessa semelhança, as algas não apresentam folhas, caules ou raízes, sendo organismos mais
simples do que as plantas.

As algas podem ser encontradas em ambientes de água doce ou salgada e em superfícies úmidas
(como o limo, uma espécie de alga verde que cresce em locais com umidade constante, como ralos
e pias).

Nas classificações biológicas tradicionais, as algas são agrupadas de diferentes maneiras, de acordo
com sua organização celular, tipo de clorofila e outros pigmentos fotossintetizantes, tipo de
substâncias de reserva, entre outras. A seguir, apresentamos algumas dessas classificações. As algas
pardas são organismos multicelulares e marinhos. Elas formam verdadeiras florestas submersas,
locais nos quais inúmeros animais conseguem abrigo e alimento. As algas vermelhas recebem esse
nome devido à presença de um pigmento que lhes confere sua coloração avermelhada. Em geral,
elas são multicelulares e crescem junto a um substrato.

As algas douradas são unicelulares, marinhas ou dulcícolas, podendo formar colônias. Seu nome se
deve à cor marrom-amarelada de seus pigmentos, que, combinada à sílica de sua parede celular,
confere a elas um aspecto dourado.

As diatomáceas são algas unicelulares que formam colônias e vivem em ambientes marinhos e de
água doce. Esse é o grupo mais abundante de algas, com milhares de espécies, responsáveis por
cerca de 25% da produtividade primária dos ecossistemas marinhos. Essas algas possuem ao redor
de suas células uma carapaça resistente formada por sílica, o mesmo componente do vidro.

Os dinoflagelados são algas unicelulares que, em sua maioria, habitam os oceanos. As células
desses organismos possuem dois flagelos (o que dá nome ao grupo) que são utilizados para
locomoção ativa.

As algas verdes podem ser encontradas em diversos ambientes aquáticos e em superfícies úmidas,
como troncos de árvores, rochas ou solos. Podem ser unicelulares ou multicelulares.

Relação de parentesco entre algas e plantas

Há um subgrupo de algas verdes que apresentam características celulares e morfológicas similares a


determinadas características das briófitas, grupo mais primitivo entre as plantas.

Nas algas verdes e nas plantas são encontrados dois tipos de clorofila, constituindo outra importante
evidência evolutiva de caráter bioquímico. Também há certas enzimas relacionadas à fotossíntese
que são comuns entre esses grupos.A partir dessas evidências, considera-se que a evolução das
plantas ocorreu a partir de uma alga verde ancestral, que provavelmente vivia em ambientes de água
doce. Com o passar do tempo, esse indivíduo deu origem a novas espécies, que foram cada vez mais
se tornando independentes da água para a reprodução e demais processos vitais.
Briófitas

As briófitas formam o filo considerado mais próximo do ancestral do reino Plantae, sendo as plantas
mais simples conhecidas. Apresentam um tipo de reprodução totalmente dependente da água.

Elas, geralmente, vivem em ambientes úmidos e sombreados, pois seu ciclo de vida está
diretamente relacionado com a presença da água.

As briófitas são plantas diminutas e de estrutura delicada que, em geral, não ultrapassam 5 cm de
altura. São plantas avasculares, ou seja, não possuem vasos condutores de seiva.

Em todo Reino Plantae há indivíduos produtores de gametas (gametófitos) e indivíduos geradores


de esporos (esporófitos). Em briófitas, os indivíduos que permanecem maior tempo em vida são os
produtores de gametas (gametófitos).

A estrutura corporal das briófitas é denominada talo, que é formado por células pouco diferenciadas
e não especializadas. O talo é dividido em cauloide, constituindo o eixo principal do corpo,
semelhante ao caule das demais plantas. A partir do cauloide distribuem-se estruturas laminares
denominadas filoides, devido à semelhança com as folhas dos demais filos do reino Plantae. A
fixação ao substrato é feita pelos rizoides, estruturas semelhantes à forma das raízes, mas que têm
somente função de fixação, e não absorvem água e nutrientes, como as raízes das demais plantas.

Pteridófitas

As pteridófitas são as primeiras plantas no registro fóssil a apresentarem um sistema desenvolvido


de condução de seiva. São, portanto, as representantes mais antigas do grupo das plantas vasculares,
ou traqueófitas. Ter vasos condutores possibilitou a expansão desse grupo pelos ambientes
terrestres.

O grupo é formado por plantas que não apresentam sementes, cujo ciclo de vida tem muitas
semelhanças com o ciclo das briófitas, inclusive a dependência da água para o processo da
fecundação.

A fase predominante do ciclo de vida das pteridófitas é o esporófito. O gametófito das pteridófitas é
pouco desenvolvido e muito passageiro, sendo raro observá-lo. Dessa forma, nas pteridófitas ocorre
o contrário das briófitas, nas quais o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos são a fase
passageira. A estrutura de um esporófito das pteridófitas geralmente apresenta três órgãos bem
desenvolvidos: raiz, caule e folhas. As folhas são estruturas geralmente laminares, responsáveis pela
realização da fotossíntese.

O caule dá sustentação às folhas e também é responsável pela condução da seiva ao longo da planta.

Normalmente, as raízes são estruturas subterrâneas de dupla função: absorção de nutrientes do solo
e fixação da planta ao seu substrato de crescimento.
Gimnospermas

As espermatófitas são as plantas que desenvolveram sementes. As espermatófitas são classificadas


em dois grupos: gimnospermas e angiospermas.

As gimnospermas são as plantas que possuem sementes nuas, isto é, não envolvidas por frutos.

Essas plantas passaram a ser mais abundantes que as pteridófitas, que nesse período sofreram um
processo de retração.

As gimnospermas possuem o esporófito como fase duradoura, sendo ele formado por raiz, caule,
folhas e estróbilos. Estes últimos são uma novidade evolutiva do grupo, sendo estruturas
especializadas na reprodução, conhecidas popularmente como pinhas.

Uma conífera bem conhecida no Brasil é o pinheiro-do-praná, que ocupava principalmente a Região
Sul do país, formando a Mata das Araucárias. A palavra “conífera” se refere ao formato da copa
dessas espécies, parecida com um cone.

O destaque do ciclo reprodutivo das gimnospermas é o aparecimento da semente, estrutura


reprodutiva responsável por abrigar o esporófito jovem até o local de seu brotamento. Quem abriga
o esporófito é o gametófito feminino, todos envoltos por um tecido protetor. Há outras novidades do
processo reprodutivo que surgem a partir das gimnospermas: os esporos passam a germinar no
interior das estruturas de reprodução denominadas estróbilos, e todas as espécies apresentam dois
tipos de esporos.

Existem dois tipos de estróbilos: o estróbilo feminino e o estróbilo masculino. O estróbilo feminino,
também chamado de pinha, produz os esporos femininos (óvulos). Já o estróbilo masculino produz
os esporos masculinos (grãos de pólen).

A dispersão das sementes, normalmente, ocorre pelo vento, mas no caso das araucárias tal processo
é feito também por animais, visto que o pinhão é atrativo como alimento para animais como a
gralha-azul , o esquilo e a cutia. Quando a semente encontra condições ambientais propícias,
principalmente umidade, germina, gerando um novo esporófito que dará início a mais um ciclo
reprodutivo.

Angiospermas

As angiospermas constituem as plantas mais abundantes e cosmopolitas da atualidade, distribuindo-


se por todos os continentes do planeta, formando a maior parte da vegetação vivente. O termo angio
faz alusão ao fruto, novidade evolutiva do grupo, que abriga em seu interior a semente. Essas
plantas também fazem parte do grupo das traqueófitas, ou seja, possuem sistema de condução de
seiva.

As angiospermas são classificadas em três grupos: monocotiledôneas, dicotiledôneas e


dicotiledôneas basais. Essa classificação baseia-se no número de cotilédones, que são folhas
embrionárias modificadas, responsáveis pela transferência de nutrientes para as plantas.

As monocotiledôneas apresentam apenas um cotilédone na semente, como as espécies de alho,


cebola, grama, cana-de-açúcar, entre outras. As dicotiledôneas apresentam dois cotilédones na
semente, como as espécies de pera, maçã, feijão, ipê, entre outras.
Reprodução de angiospermas
Já os órgãos reprodutivos são aqueles diretamente relacionados ao ciclo reprodutivo das
angiospermas, como a semente e, especialmente a flor e o fruto, novidades evolutiva das
angiospermas.

Flor
As partes básicas de uma flor são: androceu, gineceu, corola e cálice. Todas essas estruturas são
originadas a partir de folhas modificadas, sendo que algumas espécies de flores podem apresentar
uma ou mais dessas partes reduzidas. A corola é o conjunto de pétalas de uma flor, enquanto o
cálice é o conjunto de sépalas.

As flores podem ser vistosas, de cores e formas variadas, podendo exalar odores agradáveis e
produzir néctar, um líquido açucarado que serve de alimento para animais. O androceu é o conjunto
dos estames, sendo cada um formado por antera e filete. São estruturas férteis masculinas,
responsáveis pela formação dos grãos de pólen. Já o gineceu é o conjunto dos carpelos, sendo cada
um formado por estigma, estilete e ovário. São estruturas férteis femininas, responsáveis pela
produção dos óvulos, que ao serem fecundados dão origem às sementes. Os óvulos ficam abrigados
no interior dos ovários, estruturas que, após a fecundação, formam o fruto. Dessa forma, o androceu
e o gineceu são chamados de órgãos de reprodução.

Fruto

Fruto a chegada dos grãos de pólen ao estigma da flor é denominada polinização. Nas
angiospermas, existem vários mecanismos de polinização, como a atração dos animais para a
realização do transporte do grão de pólen.

O óvulo se desenvolve formando a semente, e o ovário se desenvolve formando o fruto.

Estudamos a conquista do ambiente terrestre pelas plantas. Pudemos observar como as diferentes
espécies se adaptaram ao ambiente terrestre, com enfoque no surgimento das estruturas que as
tornaram independentes da água para a reprodução. Esse passo, alinhado ao surgimento de
estruturas capazes de controlar a perda de água, possibilitou a diversificação das plantas e, assim, a
expansão desses organismos por todo o planeta, ao longo dos últimos milhões de anos.

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