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Filo

Echinodermata
Escola de Educação Básica Agropalma
Diretora: Chrystianne Corrêa
Prof: Leandro André
Aluna: Emily Raynara
2ª série
Disciplina: Biologia
Filo Echinodermata (Equinodermos)

O que são?
Os equinodermos, derivado do grego echinos, que significa espinho e derma, que
significa pele, são um grupo de animais invertebrados, que vivem no ambiente
marinho. Na maioria das vezes, seus representantes apresentam o corpo coberto de
espinhos e/ou projeções pontiagudas. Esses espinhos podem liberar toxinas, como
é o exemplo de ouriços-do-mar. A maior parte das espécies desse filo são
bentônicas, pois vivem em substratos de ambientes aquáticos.
Alguns exemplos de equinodermos são: estrelas-do-mar, bolacha-de-praia,
ouriços-do-mar, lírios-do-mar, pepinos-do-mar, serpentes-do-mar e entre outras
espécies.
Características:
Além dos espinhos, diversas espécies de equinodermos possuem em sua base
estruturas que são chamadas de pedicelárias. Essas estruturas são peças
articuladas como uma pinça, as quais podem auxiliar o animal a se defender ou
apenas para remover resíduos que se depositam na superfície do animal.
Os equinodermos, na maioria das vezes, apresentam uma aparência espinhosa ou
verrucosa. Possuem um endoesqueleto calcário, ou seja, um esqueleto interno
formado por placas calcárias, móveis ou independentes.
Esse filo não apresenta cabeça, ou seja, seu corpo não apresenta região anterior e
posterior. Logo ele é organizado em eixo oral-aboral, sendo a porção oral a região
da boca e a aboral a região oposta a ela.
Os equinodermos são triblásticos, ou seja, possuem três folhetos embrionários:
ectoderme, mesoderme e endoderme. Além disso, são celomados, isto é, possuem
cavidade corporal revestida por tecido derivado da mesoderme e também são
deuterostômios, ou seja, são organismos que durante o desenvolvimento
embrionário formam o ânus a partir do blastóporo. A simetria nesses animais são
diferentes na fase adulta e na fase larval. Enquanto os adultos possuem simetria
radial, as larvas têm simetria bilateral.
Outra característica importante dos equinodermos é a presença do sistema
ambulacrário, também chamado de sistema aquífero ou hidrovascular, que consiste
em uma série de canais radiais que conduzem a água até os pés ambulacrários.
Esse sistema é responsável por inúmeras funções, como captura de alimento,
locomoção, trocas gasosas, fixação do animal e excreção.
Nas estrelas-do-mar, a água penetra nesse sistema através dos poros da placa
madrepórica ou madreporito, que é o local por onde a água flui para dentro e fora do
sistema ambulacral do equinodermo, que é seguido pelo canal pétreo, que se liga a
um canal circular localizado no disco central. Nesse canal existem cinco expansões
chamadas vesículas de Poli, de onde partem os canais radiais que percorrem o
corpo da estrela. E é dos canais radiais, que surgem os canais laterais, formados
por uma valva e que terminam em uma ampola e um pé ambulacrário.
Como o sistema ambulacrário funciona pela pressão da água em seu interior, a
contração muscular da parede da ampola força a água a adentrar no pé
ambulacrário musculoso, e o mesmo se desenvolve e fixa a ventosa em
determinado local. Com a forte contratação muscular desse pé ambulacrário, a água
é obrigada a voltar para a ampola e o pé fica fraco, soltando-se do local fixado. Esse
processo frequentemente dos pés ambulacrários, possibilita a fixação a um
substrato, a movimentação e a captura de alimento.
O sistema circulatório dos equinodermos é completo, sendo os ofiúros uma
exceção, que possuem apenas boca. Além disso, esses animais não possuem
órgãos especializados na excreção, e as trocas gasosas ocorrem de forma distintas
em cada grupo, sendo observada a respiração branquial e também a difusão pelo
sistema ambulacrário.
O sistema nervoso é formado por um anel nervoso, que é localizado ao redor da
boca, da qual partem nervos radiais, que atingem todo o corpo.
O sistema sensorial por sua vez é pouco desenvolvido, apresenta poucos
receptores químicos e táteis, que são localizados em torna dos pés ambulacrários e
da boca.
Reprodução:
Os equinodermos são dioicos, ou seja, os sexos se encontram separados em
indivíduos diferentes. As glândulas sexuais masculinas e femininas situam-se na
cavidade celomática. A reprodução sexuada ocorre geralmente com os machos e
fêmeas lançando seus gametas diretamente na água. Após o desenvolvimento
embrionário forma-se uma larva que um tempo depois se transforma em adulto, logo
esse desenvolvimento é indireto.
Classificação:
Os equinodermos são divididos em cinco classes: Echinoidea, Asteroidea,
Crinoidea, Holothuroidea e Ophiuroidea.
Classe Echinodeia:
Tem como representantes os ouriços-do-mar e as bolacha-de-praia, os quais
possuem corpo esférico com espinhos móveis na sua superfície e também são
achatados. Apresentam, na região ventral, uma boca com cinco dentes pontiagudos
para raspar as rochas e retirar das mesmas o alimento preso. Os pés ambulacrais
estão organizados em cinco fileiras que permitem a movimentação lenta desses
animais. Outra característica notável nesse grupo é a chamada Lanterna de
Aristóteles, um aparelho raspador presente em ouriços-do-mar que se caracteriza
pela presença de cinco placas calcárias.
Ouriço-do-mar Bolacha-de-praia

Classe Asteroidea:
Esse grupo é formado pelas estrelas-do-mar, que possuem um corpo estrelado e
achatado em forma de um disco central do qual partem os braços. Na região inferior
dos braços, nota-se a presença dos pés ambulacrais, os quais garantem a
movimentação do animal e também o auxiliam na captura das presas. Outra
característica dessa classe, é sua grande capacidade de regeneração, que por meio
de um único braço, as estrelas são capazes de regenerar todo seu corpo desde que
parte do disco central permaneça aderida a esse braço.

Estrela-do-mar

Classe Crinoidea:
Representada pelos lírios-do-mar e penas-do-mar, apresentam corpo em forma de
taça com braços desenvolvidos a partir do disco central, o qual permite sua
aparência de flor. Os lírios permanecem aderidos ao substrato por meio de um
pedúnculo, enquanto as penas conseguem movimentar-se utilizando longos braços.
A boca dos crinoides é voltada para cima, para uma região longe do substrato.

Lírio-do-mar
Classe Holothuroidea:
Tem como representantes os pepinos-do-mar, que possuem o corpo alongado,
flexível e cilíndrico. Possuem cinco fileiras de pés ambulacrais, e algumas dessas
estruturas estão modificadas como tentáculos ao redor da boca, ajudando esses
animais em sua alimentação. Podem viver enterrados no lodo marinho entre corais
ou se locomover lentamente. Quando são atacados por predadores, eliminam parte
de suas vísceras, como as gônodas e o intestino, que se regeneram ao longo do
tempo.

Pepino-do-mar

Classe Ophiuroidea:
Representada pela serpentes-do-mar, possuem corpo com aspecto semelhantes ao
das estrelas-do-mar, portanto são animais mais achatados, que têm cinco braços
serpentiformes móveis e longos. Sua movimentação é feita, principalmente, pelo
movimento dos braços de uma maneira que lembra o realizado pelas serpentes.
Sua digestão termina no estômago, pois não possuem intestino nem ânus.

Serpente-do-mar
Referências:
https://cursoenemgratuito.com.br/equinodermos/

https://www.google.com/amp/s/m.brasilescola.uol.com.br/amp/biologia/equinodermo
s.htm

https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/biologia/equinodermos.htm

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