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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Se procura pelos veículos aptos a transitarem em terra ou na água,
veja Anfíbio (veículo).
Anfíbios
PreЄ
Pg
N
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Superclasse: Tetrapoda
Classe: Amphibia
Gray 1825
Sub-classes
†Temnospondyli
Lissamphibia (anfíbios modernos)
Os anfíbios (do grego αμφι, amphi ('ambos') e βιο, bio ('vida'), que significa
«ambas vidas» ou «em ambos meios») constituem uma classe de animais
vertebrados, ectotérmicos que não possuem bolsa amniótica agrupados na
classe Amphibia. A característica mais marcante dos seres vivos da classe é o
seu ciclo de vida dividido em duas fases: uma aquática e outra terrestre, apesar
de haver exceções. Atualmente existem cerca de 8483 espécies vivas de
anfíbios segundo a referência mundial de anfíbios, o site Amphibian Species of
the World.[1]
Muitos pesquisadores acreditam que os anfíbios são indicadores ecológicos e
nas últimas décadas tem havido um declínio das populações de anfíbios ao
redor do globo. Muitas espécies estão ameaçadas ou extintas.
Salamandra salamandra
Os primeiros anfíbios surgiram no Período Devoniano e eram os principais
predadores terrestres dos períodos Carbonífero e Permiano, mas muitas
linhagens foram extintas durante a extinção do Permiano-Triássico. Um grupo,
o Metoposauridae, permaneceu como importante predador durante o
Período Triássico, no entanto, devido à crescentes secas por todo o mundo
durante o Jurássico Inferior, determinadas linhagens foram extintas, incluindo a
maioria dos Temnospondyli, como o Koolasuchus, e as ordens modernas
de lissanfíbios.
Estudos de fósseis sugerem que o grupo tenha evoluído a partir dos peixes
pulmonados de nadadeira lobada, tal como o Tiktaalik e servido de ancestral
para os répteis, além de serem os primeiros vertebrados em habitat terrestre.
[3]
Em relação aos peixes (seus antecessores) os anfíbios possuem menor
dependência da água, contudo ainda não representam seres verdadeiramente
terrestres, tendo a necessidade de viver em locais úmidos mesmo quando
adultos.[4]
Classificação
O termo Amphibia, como era utilizado na sistemática clássica, tinha status de
classe e abrangia todos os tetrápodes que estivessem entre os peixes e os
répteis. Schoch (2009a) subdividiu essa classe em três subclasses:[5]
Subclasse Temnospondyli†
Subclasse Lepospondyli†
Subclasse Seymouriamorpha†
Subclasse Lissamphibia
As subclasses Seymouriamorpha, Lepospondyli e Temnospondyli são
constituídas por anfíbios extintos e os anfíbios existentes pertencem à
subclasse Lissamphibia ("anfíbios modernos"). Atualmente Lissamphibia está
subdivido em três ordens:
o Ordem Caudata: tetrápodes com cauda e aspecto de lagarto. Ex.:
Salamandras, tritões, axolotes;
o Ordem Anura: corpos curtos sem cauda e com quatro membros. Ex.:
sapos, pererecas e rãs;
o Ordem Gymnophiona (Apoda): anfíbios sem patas. Ex.: Cobras-cegas
ou cecílias.
¹Não confundir com Amphisbaenia, Typhlopidae e Leptotyphlopidae, que são
répteis sem patas (ou com patas atrofiadas) conhecidos popularmente como
"cobras-cegas".
Anatomia e fisiologia
Sistema respiratório
No estágio larval, os anfíbios respiram por brânquias, tal como os peixes.
Quando adultos, perdem as brânquias e passam a viver também em ambientes
terrestres, sendo que a respiração pulmonar passa a ser sua principal via de
obtenção de gases. De acordo com Eurico Santos, há estreitíssimas relações
entre brânquias e pulmões, no caso dos anfíbios. Em ambos, ainda segundo o
autor, a hematose ocorre de modo idêntico e a superfície pulmonar pode ser
considerada, fisiologicamente, como a superfície branquial invaginada, como
um dedo de luva que é virado pelo avesso.[6] Vale ressaltar que os alvéolos
pulmonares são típicos de mamíferos, de modo que os anfíbios, os quais são
menos complexos, realizam trocas gasosas na superfície interna dos pulmões,
visto que inexistem estruturas similares aos alvéolos.
O fino, permeável e altamente vascularizado tegumento dos anfíbios também
permite a troca de gases, sendo esta modalidade respiratória denominada
respiração cutânea. A pele deve, no entanto, necessariamente estar úmida,
pois gases não se difundem em superfícies secas. Durante a fase adulta os
pulmões são a principal fonte de O2 em anfíbios, embora a pele represente o
principal meio de liberação de CO2. Alguns anfíbios, tais como aqueles
adaptados à vida em ambiente secos, apresentam normalmente uma
respiração quase que inteiramente pulmonar; mesmo aqueles que alternam
entre ambientes aquáticos e terrestres podem alternar entre essas
modalidades de acordo com a situação.
Sistema Circulatório
A circulação nos anfíbios é dita fechada (o sangue sempre permanece
em vasos), dupla (há o circuito corpóreo e o circuito pulmonar) e incompleta (já
que o coração não possui câmaras especializadas para cada circulação, ou
seja, apenas um ventrículo). O coração dos anfíbios apresenta apenas três
cavidades: dois átrios, nos quais há chegada de sangue ao coração; e
um ventrículo, no qual o sangue é direcionado ao pulmão ou ao corpo do
animal.
Sistema Excretor
O seu sistema excretor apresenta rins mesonéfricos que são ligados
por ureteres à bexiga, que por sua vez está ligada à cloaca. Quando no estado
larval o produto de sua excreção é a amônia, porém no estado adulto
excretam ureia.
Reprodução
Comunicação vocal
O sistema auditivo dos anfíbios apresenta duas papilas sensoriais no ouvido
interno que são importantes para comunicação por vocalização. Em cobras-
cegas e salamandras, esse tipo de comunicação foi pouco estudada, no
entanto, a salamandra gigante da Califórnia (Dicamptodon ensatus) tem cordas
vocais e pode produzir sons parecidos a um chocalho ou latido.[9]
As vocalizações são os principais modos de comunicação em anfíbios anuros.
A reprodução depende em grande parte do canto dos machos para atração de
fêmeas da mesma espécie, defesa do território e outras interações. Na maioria
das espécies, o som é produzido pela expulsão de ar dos pulmões sobre as
cordas vocais para um saco vocal. O saco vocal se estende como um balão e
transfere o som para a atmosfera do ambiente no qual o animal está
inserido [10]. Normalmente, apenas os machos vocalizam e os sacos vocais
variam em forma e tamanho entre as espécies mas nem todas as espécies
apresentam essa estrutura.
Os anuros apresentam um sistema de recepção acústica que lhes permitem
discriminar o som emitido por diferentes espécies, até mesmo distinção
individual. As vocalizações são espécie-específicas, ou seja, cada espécie
produz um determinado tipo de som que pode ser útil para sua identificação,
além de produzirem uma variedade de cantos dependendo da situação em que
estão envolvidos.
Cada parte do canto transmite informações específicas do emissor. A partir de
um espectrograma de som, são medidas características temporais (por
exemplo: duração do canto, intervalo entre cantos, notas, pulsos) e espectrais
(por exemplo: frequências), usados para comparar vocalizações de diferentes
espécies ou para estudar variações intraespecíficas.
As vocalizações dos anuros são classificadas em 13 tipos distintos de cantos
em 3 categorias principais de acordo com seu contexto social: cantos
agressivos, cantos defensivos e cantos para reprodução[11]. Todos eles podem
transmitir a localização e informam o tamanho individual, por exemplo, anuros
maiores emitem sons com frequências (Hz) menores, enquanto as espécies
menores vocalizam em frequências mais altas. [12]
A vocalização mais estudada e frequentemente ouvida é o canto de anúncio,
que tem como objetivo atrair fêmeas da mesma espécie e comunicar outros
machos do seu território, em épocas reprodutivas. Outros cantos são emitidos
quando, por exemplo, tentativas de amplexo indesejadas são feitas em um
macho, além disso, quando o animal é atacado por um predador, um canto de
susto semelhante a um grito é emitido. Em todos os casos, apesar de
facilitarem a comunicação entre os anuros, a emissão de sinais acústicos
carrega o risco de atrair predadores e envolvem um gasto muito grande de
energia.
Coloração em anfíbios
Anfíbios apresentam uma enorme variação de cores na pele, as quais podem
variar em tons, intensidades e padrões.[13] Isto é consequência da combinação
de células pigmentares na derme desses animais que são originadas a partir
da crista neural durante o desenvolvimento embrionário,
[14]
denominadas cromatóforos.[13] A coloração é uma característica essencial
para os anfíbios pois confere a esses animais diversas estratégias de defesa e
contribui na manutenção da homeostase, sendo inclusive capaz de ser alterada
em pouco tempo para esses fins. Alguns estudos sugerem que a cor poderia
atuar também na comunicação entre anfíbios, sendo um importante fator na
seleção de parceiros.[15][16]
Os resultados visíveis na cor desses animais derivam da associação entre
diferentes cromatóforos ou ausência de alguns deles. Em anfíbios, observa-se
5 diferentes classes de cromatóforos: xantóforos (que possui pigmento amarelo
de pteridina),[17] eritróforos (pigmento avermelhado derivado de
carotenoides), iridóforos (com cristais compostos principalmente por guanina,
[17]
que refletem a luz),[18] melanóforos (com melanina, de coloração preta ou
marrom)[18] e cianóforos,[13] sendo os últimos mais raros neste grupo de animais.
Recentemente, descobriu-se que o fenômeno de biofluorescência está
presente em anfíbios e que pode estar associação com essas células.
Além de promoverem inúmeras cores em anfíbios, essas células pigmentares
também são capazes de produzir diversos padrões de coloração entre
diferentes espécies e na mesma espécie, que podem manifestar um único ou
uma combinação de padrões, sendo os principais descritos na tabela abaixo[13]:
Linhas transversais ou
Listras ou
longitudinais que contrastam com
bandas
a coloração principal[13]
Boa
na sp.
Prist
imantis ecuadorensis
Hyp
siboas punctatus
Sala
mandra salamandra
Phys
alaemus nattereri
Estratégias de defesa
A coloração da pele dos anfíbios, geralmente é relacionada a mecanismos de
defesa, que podem ser divididos em dois grupos principais: a coloração críptica
e a coloração aposemática.[13]
Coloração críptica
Dois indivíduos da espécie Proceratophrys
renalis
A coloração críptica permite que as espécies fiquem camufladas,[13] de modo
que a coloração e a forma do animal o tornam similar à aparência do ambiente
em que vive. Quando quando o animal está imóvel ou movendo-se lentamente,
a coloração críptica tende a ser efetiva em evitar que seja detectado por
predadores que são orientados visualmente.[19]
Cores disruptivas formando padrões de listras, manchas, faixas ou pontos
permitem uma camuflagem mais efetiva, interrompendo o contorno do
indivíduo, tornando difícil detectar o animal, especialmente contra o substrato
com cores heterogêneas.[19] Os padrões de cores podem variar mesmo dentro
de uma espécie, esse polimorfismo é observado, por exemplo em algumas
espécies de Proceratophrys, que podem se camuflar sobre a serrapilheira.[19]
Mudança de coloração
Representação
esquemática de UCD. Retirado e traduzido de Bagnara et al. (1968).
A capacidade de mudar de cor é variável de uma espécie para outra.[13] Mudar
de cor pode ser um processo lento, que leva alguns meses,[13] ou rápido,
podendo acontecer em questão de horas[24] e, em casos especiais, minutos.[25][26]
[15]
De forma geral, o processo rápido, também chamado de mudança de cor
fisiológica, está associado a mecanismos de adequação ao ambiente, ao passo
que as mudanças de cor que ocorrem mais lentamente estão associadas a
processos ontogenéticos.[13]
No geral, a mudança de cor fisiológica nos anfíbios é mediada por xantóforos,
iridóforos e melanóforos, que formam uma estrutura denominada unidade de
cromatóforo dérmico (UCD). Morfologicamente, verifica-se os cromatóforos
organizados em camadas. Os xantóforos são os elementos mais externos,
sendo encontrados logo abaixo da lâmina basal. Sob eles estão os iridóforos e,
por fim, abaixo deles encontram-se os melanóforos. Dos melanóforos são
estendidos processos ao redor dos iridóforos com estruturas semelhantes a
dedos que ocupam oespaço entre os xantóforos e iridóforos.[27]
Para realizar determinadas funções ou mesmo durante seu processo
ontogenético, os anfíbios necessitam realizar a alteração de sua coloração. Isto
depende de um controle bastante organizado e complexo que pode incluir a
ação do sistema endócrino, do sistema nervoso ou de ambos, tanto nas
mudanças rápidas como nas mudanças lentas.[28] Neurotransmissores e
hormônios participam da regulação das respostas dos cromatóforos,
estimulando a agregação e a dispersão dos grânulos de pigmento dentro dos
cromatóforos, incluindo o α-hormônio estimulador de melanócitos (α-MSH),
a melatonina, a noradrenalina entre outros.[28]
α-Hormônio estimulador de melanócitos (α-MSH)
O α-MSH, desempenha um papel fundamental na adaptação da cor da pele
dos anfíbios. A pele destes animais possui vários peptídeos reguladores que
estimulam a liberação de α-MSH da pars intermedia da hipófise.[29] Informações
sobre o ambiente são processadas por vários centros cerebrais, no hipotálamo,
que eventualmente controlam a atividade da célula melanotrófica em relação à
produção e secreção de α-MSH, ativando-a ou inibindo-a.[30] Por fim, o hormônio
é transportado até os cromatóforos pela circulação.[31] Nos melanóforos e
eritróforos, e em alguns xantóforos, o α-MSH promove a dispersão dos
grânulos de pigmento, o que modifica a cor do tegumento.[31][32][33]
Melatonina
A melatonina também desempenha um papel na mudança de cor dos anfíbios.
Acredita-se que a pineal controle o ritmo circadiano da mudança de cor em
muitos vertebrados, promovendo um clareamento noturno através da secreção
de melatonina, que atinge seu pico à noite[34][35]. Observou-se que a
pinealectomia (excisão cirúrgica da glândula pineal) e a exposição à luz
constante inibe o ritmo diário de mudança de cor em Xenopus laevis. Nesta
mesma espécie, notou-se que, em girinos, melanóforos sensíveis à luz da
cauda e os melanóforos insensíveis à luz da meninge respondem à melatonina.
[36][36]
Em Rana (Lithobates) pipiens[37] e Rhinella icterica,[38] a ativação dos
receptores de melatonina também desencadeia a agregação de
melanossomos. Entretanto, não houve mais nenhum relato sobre a existência
de um ritmo circadiano ou sazonal de mudança de cor em anfíbios,
exceto Xenopus laevis[35].
Noradrenalina
Noradrenalina, pode induzir tanto a agregação quanto a dispersão em
melanóforos de anfíbios, pois o processo depende da espécie e tipo de
receptor envolvidos. Receptores α-adrenérgicos na pele de Rana (Lithobates)
pipiens, são responsáveis por uma reação de agregação, enquanto a ativação
de receptores β-adrenéricos na pele de Xenopus laevis resulta na dispersão do
pigmento.[39][33]
Uma relação mais simplificada de outros sinalizadores envolvidos no processos
de mudança de coloração pode se vista na tabela abaixo:
Sinalizador Efeito
Hormônio
concentrador de Dispersão em melanóforos observada em várias espécies[44][45][33]
melanina (MCH)
Transporte de melanossomo
durante a dispersão (A) e agregação (B). De Ligon & McCartney, 2016
O papel do citoesqueleto
O processo de mudança de coloração fisiológica envolve o movimento
intracelular com atuação do citoesqueleto. A motilidade dos pigmentos
ocorrerá, primeiramente, por meio da identificação de um estímulo em receptor
da membrana plasmática, seguida da potencialização do sinal por mensageiros
secundários, como o cAMP. Em diante, uma maior concentração de cAMP
promove a ativação proteínas quinase A que, por sua vez, fosforilam
a actina onde estão ligados os grânulos de pigmento. Assim, o complexo
proteína-pigmento se desprende do citoesqueleto, permitindo a conexão e
transporte com as cinesinas em direção à periferia celular. Por outro lado,
quando a proteína quinase A é desativada, ocore a desfosforilação da actina,
permitindo que a dineína transporte os pigmentos para o centro da célula.
[48]
Este modelo é simples, mas permite generalização para compreender como
sinais extracelulares podem desencadear uma cascata de reações
intracelulares que regula a associação entre grânulos de pigmento e proteínas
motoras para iniciar a mudança de cor.
Controle homeostático envolvendo mudança de cor
A coloração dos anfíbios, além de ter função na defesa contra predadores,
pode agir como um meio de manter a homeostase desses animais em questão
de temperatura e proteção contra raios UV.
Termorregulação e desidratação
Chiromantis xerampelina
Um dos grandes desafios para a vida de um anfíbio é a desidratação. Estes
animais tem uma tolerância de até 45% de perda de água; entretanto, pelo fato
de sua pele ser fina, dependente de umidade e realizar trocas gasosas, esta
perda é muito expressiva.[49] De certo modo, relacionado a esta condição, há o
registro de muitas linhagens de anfíbios que adquiriram durante sua história
natural adaptações para evitar a perda expressiva de água, sendo uma delas a
mudança de coloração.[49]
Chiromantis xerampelina
A espécie Chiromantis xerampelina, por exemplo, apresenta coloração
castanha escura, quase preta, até uma temperatura ambiente de 36ºC. Acima
desta temperatura os indivíduos desta espécie assumem uma coloração quase
branca. Tal fenômeno se associa com o poder refletivo das duas cores: a
coloração clara faz com que o anfíbio reflita mais energia luminosa e assim não
se aqueça tanto, o que ajuda o animal a se manter com uma temperatura
menor do que a temperatura do ambiente[49] e, consequentemente, sofrer
menos com a desidratação. Isso se dá pois as cores mais escuras são capazes
de absorver mais energia que as cores mais claras, deste modo a absorção de
calor via luz solar pode ser controlada por mudanças fisiológicas relacionadas à
coloração da pele. Na espécie B. alvarengai foi constatado que a mudança de
coloração ocorre antes mesmo que a temperatura se altere, o que dá a
entender que, ao menos nesse caso, se trata de uma resposta que se dá em
função da exposição à luz solar.[49]
Proteção contra raios solares ultravioleta
A radiação ultravioleta em excesso é danosa para anfíbios e seu efeito pode
ser letal ou sub-letal. A exposição a radiação ultravioleta maior que o habitual
prejudica o desenvolvimento das larvas expostas, essas costumam ser
menores e menos desenvolvidas se comparado com larvas de mesma idade e
que não foram expostas.[50] Estudos envolvendo populações de rã-touro
americana apontaram que, sob exposição de expressivo aumento de radiação
UV-B, há o escurecimento do corpo de larvas, além do comportamento de
refugio.[51] Deste modo, é possível concluir que há uma resposta fisiológica de
mudança de coloração a fim de manter a homeostase, protegendo o animal de
radiação UV-B.
Fluorescência em anfíbios
Exemplos
Perereca-araponga
Sapo-cururu
Sapinho-da-folhagem
Sapinha-da-restinga
Sapo-da-floresta
Sapo-de-unha-negra
Sapo-corredor
Salamandra-gigante
Salamandra-de-fogo
Rã Doméstica
Ver também
Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Declínio das populações de anfíbios
Lista de anfíbios do Brasil
Lista de anfíbios de Portugal
Lista de anfíbios de Angola
Lista de anfíbios descritos em 2017
Referências
1. ↑ Research. «Espécies de anfíbios no mundo» (em inglês). Consultado em 16 de
fevereiro de 2012
2. ↑ Pough, F. Harvey; Janis, Christine M.; Heiser, John B. (2013). A vida dos
Vertebrados. [S.l.]: Atheneu. p. 163
3. ↑ «Quando Éramos Peixes - documentário dublado em português». BioBio. 20 de
dezembro de 2016. Consultado em 29 de abril de 2018
4. ↑ Instituto Rã-bugio. «Anfíbios». Consultado em 16 de fevereiro de 2012
5. ↑ Vitt, Laurie J.; Caldwell, Janalee P. (2013). «Herpetology: An Introductory Biology
of Amphibians and Reptiles»
6. ↑ SANTOS, Eurico (1981). Zoologia Brasílica - Volume 3: Anfíbios e Répteis 3ª ed.
Belo Horizonte: Editora Itatiaia. p. 12
7. ↑ «Anfíbios». Saúde Animal. Consultado em 3 de maio de 2017
8. ↑ Townsend, D. S., and M. M. Stewart. 1985. Direct Development in
Eleutherodactylus coqui (Anura: Leptodactylidae): A Staging Table. Copeia
1985:423-436.
9. ↑ Stebbins, R. C.; Cohen, N. W. (1995). A Natural History of Amphibians. [S.l.]:
Princeton University Press
10. ↑ Stebbins, Robert C. (1995). A Natural History of Amphibians. [S.l.]: Princeton
University Press
11. ↑ Toledo, L.F (2014). «The anuran calling repertoire in the light of social
context». Acta Ethologica