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SUBFILO CRANIATA (OU

VERTEBRATA)

ANFÍBIOS
ANFÍBIOS: TETRÁPODES
TERRESTRES

Conforme vimos, evidências fósseis


indicam que os primeiros anfíbios
derivaram de grupos de peixes com
nadadeiras lobadas. Que
gradativamente adaptaram-se à
locomoção por meio de sua
nadadeiras com ossos similares ao de
membros e músculos desenvolvidos.
O primeiro registro de anfíbio, data
de aprox. 365 milhões de anos.
O fóssil é conhecido como
Acanthostega.
Anfíbios ainda guardam inúmeras
características de peixes em seus
estágios larvais (os girinos).

Ao menos 60 milhões de anos separam peixes


sarcopterígios das primeiras linhagens de
anfíbios.
ANFÍBIOS: TETRÁPODES
TERRESTRES

Características comuns aos


tetrápodes:

1. Cabeça ligada ao tronco por um pescoço

2. Ossos da cintura pélvica fundidos à coluna vertebral

3. Perda das brânquias (salvo em alguns anfíbios) na fase adulta ou


completa ausência

4. PRESENÇA DE 4 MEMBROS (mesmo que secundariamente


modificados)
ANFÍBIOS: TETRÁPODES
TERRESTRES

A maioria dos antigos anfíbios tinha corpo Representação artística de Acanthostega sp. primeiro anfíbio a
pesado, tamanhos de 1 metro ou mais, focinho existir já identificado em registro fóssil. Possivelmente vivia em
comprido e dentes grandes. Perambulavam pelos lagos e estuários do Devoniano (416-359 milhões de anos),
solos de regiões pantanosas submersos e visitando a superfície para respirar e emboscar presas.
eventualmente fora d´água. Usavam as nadadeiras
caudais musculosas para auxiliar na locomoção.
Possivelmente predadores de emboscada, à
espreita, somente com parte do crânio projetada
para fora d´água. Eram mais aquáticos do que
terrestres.

Não é exatamente correto dizer que os anfíbios foram


os primeiros tetrápodes terrestres, porque no curso
evolutivo de peixes sarcopterígios diferentes linhagens
de animais com membros se formaram, e certas dessas
linhagens (atualmente não viventes) não compreendiam
características comuns do que reconhecemos como
anfíbios.
POR QUE O AMBIENTE TERRESTRE
OFERTAVA BOAS CONDIÇÕES?

BASICAMENTE 3 MOTIVOS PRINCIPAIS:


1. Escassez de predadores para tetrápodes (ao passo que ambiente
aquático estava repleto deles)
2. Farta disponibilidade de alimentos e falta de competidores pelos
recursos (até então, dos animais, somente certos invertebrados haviam
colonizado o ambiente terrestre)
3. Farta disponibilidade e relativa constância de oxigênio na atmosfera
(aproveitando ainda melhor os pulmões já existentes em sarcopterígios)

Os anfíbios de fato tiveram um “longo reinado” de quase 100 milhões


de anos devido a ausência de muitos predadores. Formas de mais de 4
metros são achadas no registro fóssil. A evolução de outros grupos de
tetrápodes, como répteis, minou o reinado e diminuiu
consideravelmente a diversidade. A imagem ao lado mostra a concepção
artística de um Diplocaulus, anfíbio ancestral de 280 milhões de anos.
CLASSE AMPHIBIA

Salamandra-gigante-chinesa Hoje o maior anfíbio existente é a


(Andrias davidianos), com salamandra-gigante-chinesa com 1,5 metro
cerca de 1,5 metro. (situação muito rara) e há anfíbios com
menos do que 1 centímetro.

O pequeno
Brachycephalus
didactylus é o
menor anfíbio
brasileiro, com
cerca de 10
milímetros de
tamanho.
CLASSE AMPHIBIA

Ordem: GYMNOPHIONA ou APODA (cecílias) 170 spp


Unindo os 3 grupos são
Ordem: URODELA ou CAUDATA (salamandras) 550 spp
cerca de: 6.140 espécies.
Ordem: ANURA (sapos, rãs, pererecas) 5420 spp

Os anfíbios possuem uma pele muito delgada (fina), com presença de muitas
glândulas secretoras de muco e vasos sanguíneos, pois grande parte das trocas
gasosas acontece pela pele (cutânea).Também por este motivo, a pele não possui
uma queratina tão rígida como a das escamas dos peixes. Essa queratina também
não é suficiente para controlar eficientemente a perda hídrica.
A permeabilidade cutânea é um forte motivo pelo qual os anfíbios têm extrema
dificuldade em viver longe de locais úmidos por muito tempo.
OS TRÊS GRUPOS DE ANFÍBIOS

O termo AMPHIBIA refere-se a “anfi” = duas/ambos e “bio” = vida. Isso faz referência ao caso da
maioria desses animais que mantêm parte de suas vidas em ambiente aquático e outra em ambiente
terrestre úmido ou próximo de corpos d’água. Há anfíbios em ambientes desérticos, mas ficam a
maior parte do tempo enterrados.
OS TRÊS GRUPOS DE ANFÍBIOS

A partir dos anfíbios, vemos pálpebras móveis e glândulas


especializadas em produzir lágrimas que lubrificam os olhos. Muito
importante para viver em ambiente seco, onde há muitas partículas
em suspensão.
REPRODUÇÃO

Embora o termo anfíbio seja


generalizado para vários
animais, geralmente só os
anuros passam por
modificações drásticas entre
jovem e adulto. Salamandras e
cecílias têm larvas
frequentemente muito
parecidas com os adultos.
Algumas salamandras
terrestres, não possuem larvas.
No processo de metamorfose
dos anuros, ocorrem os
seguintes eventos: perda das
brânquias, redução da cauda,
surgimento dos membros
(primeiro posteriores e depois
anteriores).
A METAMORFOSE AMBULANTE DE ANUROS
H T T P S : / / W W W. YO U T U B E . C O M / WAT C H ? V = G M L A C L B 3 K 2 O
REPRODUÇÃO

É comum que a dieta dos girinos


sejam diferente da dos adultos. O
girino é comumente herbívoro e
o adulto carnívoro. Isso evita
processos de competição
intraespecífica. Permitindo que o
juvenil possa se desenvolver sem
competição com o adulto.
Os girinos portam linha lateral
como os peixes.

Girino comendo folha de alface.


REPRODUÇÃO

Os ovos são gelatinosos e sem proteção contra a dessecação. Esse é outro motivo pelo qual a maioria dos
anfíbios não se adaptou totalmente ao ambiente terrestre. Os ovos são tipicamente produzidos na água ou
em superfícies que contenham água. O desenvolvimento é tipicamente indireto, mas há casos de
desenvolvimento direto. E a fecundação varia entre externa (nos anuros) a interna (nas cecílias e
salamandras).
REPRODUÇÃO

Anfíbios são muito diversos quanto à postura de ovos.


Geralmente quando colocam muitos ovos, não há cuidado parental. Quando são poucos
as estratégias de cuidado variam.

O sapo-pipa (Pipa sp.) possui inúmeros


buracos no dorso onde aloja os ovos e os
mantêm até a metamorfose completa.
FILME DE TERROR SCI-FI NO NASCIMENTO
DE SAPOS-PIPA

https://www.youtube.com/watch?v=0Czp-4F7gw0
ANFÍBIOS - ALIMENTAÇÃO

Quando adultos, anfíbios são


animais carnívoros. Anuros e
salamandras comem insetos,
anelídeos, pequenos crustáceos e
https://www.youtube.com/watch?v=d6YnSXVKUiw
moluscos. Alguns sapos comem
outros sapos, e até praticam
canibalismo. Às vezes consomem
também pequenas aves e
pequenos mamíferos. A língua,
presa à ponta da boca, pode ser
projetada em muitas espécies
para captura de presas. Glândulas
de muco na ponta da língua
produzem substância pegajosa.
Algumas outras espécies apenas
se aproximam da presa e a
abocanham.
UMA LAMBIDA PEGAJOSA
https://www.youtube.com/watch?time_continue=29&v=WWcee0fMB5s
ANFÍBIOS - ALIMENTAÇÃO

As cecílias costumam alimentar-se de artrópodes e minhocas que


encontram abaixo do solo ou dentro d’água onde costumam ficar.

Sacanági... Mas existe: Atretochoana eiselti


ANFÍBIOS - RESPIRAÇÃO

A maioria dos anfíbios utiliza a respiração cutânea como fonte principal e os


pulmões como fonte secundária. A respiração pulmonar requer certo
esforço para os anfíbios, pois não há auxílio de costelas e músculos do tronco e Ambystoma mexicanum – axolotle.
muito menos do diafragma (que ocorre apenas nos mamíferos).Alguns anfíbios Conhecido por manter brânquias
aquáticos permanecem com suas brânquias mesmo adultos. Ao passo que mesmo quando adulto.
outros, ficam apenas com a respiração cutânea.

Bolitoglossa paraenses – uma


das poucas salamandras
brasileiras. Necturus maculosus - necturo
ANFÍBIOS - RESPIRAÇÃO

PEDOMORFOSE ou NEOTENIA –
quando um animal adulto mantém as
características da versão juvenil.
Situação especialmente característica Ambystoma mexicanum - axolotl
em salamandras.

Necturus maculosus - necturo


ANFÍBIOS - RESPIRAÇÃO

De modo geral,
podemos dizer que a
respiração vai
depender do hábitat:

- Aquático: brânquias e
cutânea
- Terrestre: pulmões e
cutânea.

Os pulmões de anfíbios são tipicamente saculiformes (embora haja diferenças


em anuros). São pulmões com pequenas quantidades de dobras, o que limita a
eficiência respiratória.

A respiração exige um esforço ativo: a cavidade oral expande, o ar entra pelas narinas, é "engolido" e passa
para os pulmões; não há ajuda de costelas e músculos intercostais (como em répteis, aves e mamíferos) e nem do
diafragma (como em mamíferos)
ANFÍBIOS - CIRCULAÇÃO
Os anfíbios no geral possuem uma circulação
sanguínea dupla e incompleta. Há dois átrios e
um ventrículo.
Dupla = o sangue passa duas vezes pelo coração
antes de seguir para o corpo e retornar.
Incompleta = ocorre mistura de sangue rico em
oxigênio com sangue pobre em oxigênio dentro
do coração.

O sangue presente no ventrículo é uma mistura de sangue rico e pobre


em oxigênio. Ao contrair, o ventrículo bombeia o sangue e parte segue
para o circuito pulmocutâneo (pequena circulação) e parte para o
circuito sistêmico (grande circulação). No circuito pulmocutâneo, uma
artéria encaminha o sangue para pulmões e vasos sanguíneos da
superfície da pele, ocorrendo hematose (trocas gasosas). Esse sangue
retorna rico em oxigênio por veias ao átrio esquerdo. No circuito
sistêmico (grande circulação), o ventrículo bombeia sangue misturado
que segue por artérias carótidas e sistêmicas para a cabeça e resto do
corpo, fazendo trocas gasosas com a células. Retorna pobre em oxigênio
por veias cavas, desembocando no átrio direito. Nos girinos de anuros, a
circulação é similar a de peixes.
ANFÍBIOS - EXCREÇÃO

A excreção é realizada por rins marrom-escuro, acompanhados de


ureteres, bexiga urinária e uma abertura que se abre em uma cloaca.
Em adultos terrestres é na forma de ureia (ureotélicos) e em girinos,
amônia (amoniotélicos).
ANFÍBIOS – NERVOSO E SENSORIAL

Como em todo craniado, o


sistema nervoso consiste de um
Sistema Nervoso Central (SNC):
encéfalo e medula espinhal. E um
Sistema Nervoso Periférico:
nervos e gânglios.

Adaptações para visão diurna e


noturna com visão em cores.
Olhos grandes, mas costumam
enxergar só com movimento (daí
comerem alimentos vivos).
Olfato bem desenvolvido
Boa audição, muitos vocalizam
(atrair parceiros, defender
território, reagir à perturbação)
Fases larvais mantêm a linha
lateral dos peixes.
A ASSUSTADORA VALENTIA DE BRAVICEPS MACROPS
H T T P S : / / W W W. YO U T U B E . C O M / WAT C H ? V = H B X N 5 6 L 9 W C U
ANFÍBIOS – ESQUELETO

Como em outros craniados, o esqueleto é dividido


em axial e apendicular.
O axial corresponde ao crânio e coluna vertebral e o
apendicular corresponde aos ossos dos membros e
ossos que conectam os membros ao esqueleto axial.
A cintura escapular conecta os membros anteriores
(dianteiros) e a cintura pélvica os posteriores
(traseiros).

Especialmente em anuros, encontram-se


muitas adaptações à vida adaptada a saltos: Uróstilo
1. Membros posteriores mais longos e com
musculatura mais desenvolvida
2. Vértebras compactas (rigidez) e ligadas nas
laterais (restrição de movimentos laterais) e
coluna vertebral curta (com perda da cauda)
3. Vértebras posteriores formando o uróstilo rígido
4. Ossos dos membros fundidos para resistir a
impactos (rádio+ulna/tíbia+fíbula)
ANFÍBIOS – DIGESTÓRIO

O sistema digestório é completo e


com órgãos digestórios típicos.
A digestão química ocorre no
estômago e intestino, este
recebendo a bile do fígado (que
ajuda a separar partes gordurosas
do bolo alimentar) e enzimas do
pâncreas. Bem similar à digestão
que vemos em mamíferos.
ANUROS - TOXINAS

Praticamente todos os anfíbios produzem


toxinas em sua pele. Alguns anfíbios são
conhecidos por venenos potentes, sobretudo
muitos anuros. É sempre importante não
tocar em anfíbios com colorações de A família Dendrobatidae reúne anuros
advertência (aposemáticas). extremamente venenosos. O mero
contato pode ser fatal graças aos seus
As várias distinções na coloração da pele alcaloides cutâneos altamente tóxicos.
ocorrem graças a células denominadas
cromatóforos que estão localizadas na
derme e acumulam distintos pigmentos.

Phyllobates terribilis – a rã-dado-


dourada é vista por muitos como a
espécie animal mais venenosa do
planeta.
“VACINA” DO SAPO

Phyllomedusa bicolor
Sapo Kambô

https://www.youtube.com/watch?v=I9dJPteO7Lw
ANUROS - TOXINAS

Alguns anuros (e certas salamandras)


mantêm glândulas específicas para
armazenamento do veneno, são as
GLÂNDULAS PARATOIDES e
GLÂNDULAS PARACNÊMICAS. Essas
glândulas costumam liberar o veneno
quando espremidas (por exemplo, na
bocada de um cão).
ANUROS - TOXINAS

Glândula paratoide visível em sapo da família


Bufonidae.
ANUROS - TOXINAS

Alguns boatos afirmam que o sapo


“espirra um leite” nos olhos das
pessoas. O animal não é capaz de
fazer isso. O veneno somente é
secretado se o animal for
comprimido com força, como em
uma mordida.

Crocodilo Nas cidades, cachorros


abocanhando um curiosos ou agressivos
anuro com costumam ser vítimas de
glândulas de alguns desses anuros (como o
veneno. famoso sapo-cururu).
ORDEM ANURA
Maior e mais diversificado (com quase 5500 espécies) grupo de
anfíbios – rãs, sapos e pererecas. Esses termos populares são
comumente confundidos.
De modo geral, podemos dizer que:
Sapos: possuem a pele rugosa, frequentam mais o substrato terrestre e geralmente não possuem membranas interdigitais nas
pernas traseiras, sendo estas mais curtas.
Rãs: pele mais lisa, mais frequentemente em ambiente aquático, com membranas interdigitais nas pernas traseiras, sendo estas
bem alongadas.
Pererecas: arborícolas ou em outras superfícies verticais, tamanho menor, dedos com ventosas (discos adesivos nas pontas),
pernas finas e longas (para saltos amplos).
Rana perezi - rã
Hyla arborea - perereca Bufo sp. – um dos sapos cururu
ORDEM ANURA

Basicamente quase todos


anuros têm fecundação
externa, liberando gametas
masculinos e femininos no
ambiente. A cópula inclui um
longo amplexo nupcial (um
“abraço” de acalamento) em
que o macho abraça a fêmea
levando horas ou dias.
Outros detalhes já foram
comentados anteriormente.
ORDEM ANURA

A vocalização nos anuros é um modo comum de encontrar parceiros


sexuais.
Membranas timpânicas próximas à superfície externa estão
presentes em anuros e salamandras e auxiliam na captação de sons.
Sacos vocais em machos auxiliam na amplificação dos sons.
ORDEM: URODELA OU CAUDATA

Representantes menos expressivos do que anuros, com


cerca de 550 espécies. Muitas se concentram mais na
América Central, do Norte a Ásia.

Certas espécies também possuem veneno de


interesse e glândulas paratoides.

Popularmente chamadas de SALAMANDRAS, possuem um andar


desengonçado (movimentos bilaterais típico dos primeiros
tetrápodes). Algumas salamandras podem ter membros bem
reduzidos.

Salamandra-gigante-chinesa saindo para


um rolê. Vai demorar...
ORDEM: URODELA OU CAUDATA

Costumam ter fecundação interna, mas SEM órgão de cópula. O macho deposita
uma bolsa com espermas (espermatóforo) e a fêmea encaixa sua cloaca nele com
auxílio do macho.
ORDEM: URODELA OU CAUDATA

A formas larvais de salamandras costumam ser mais parecidas com os adultos,


diferente do visto em anuros.
ORDEM: GYMNOPHIONA OU APODA

Popularmente chamados de boiacicas, cecílias ou “cobras-cegas” são


anfíbios sem pernas (ápodes) que vivem enterrados em áreas tropicais
ou em ambiente aquático.

A) Brasilotyphlus guarantanus; B) Caecilia gracilis; C) Caecilia tentaculata; São pouco


D) Rhinatrema bivittatum;
expressivos quanto
E) Siphonops hardyi; F) Typhlonectes compressicauda
ao número de
espécies (aprox.
170), geralmente
não possuem olhos
ou estes estão
encobertos por
membranas.
A fecundação é
interna com
macho
introduzindo o
órgão copulador
na fêmea.
ORDEM: GYMNOPHIONA OU APODA

Algumas fêmeas depositam seus ovos


e apresentam cuidado parental.
Larvas com brânquias nascem e
depois passam por metamorfose.
Em alguns casos, os filhotes já se Cecília apresentando cuidado parental.
desenvolvem no interior da fêmea. Os Primeiro protegendo os ovos e depois
machos apresentam um órgão de acompanhada dos filhotes.
cópula eversível que introduzem na
fêmea, sendo a fecundação interna.

Cecílias são fossoriais (vivendo em


ambiente subterrâneo). Alimentam-
se de minhocas, insetos e outros
pequenos animais.
FIM

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