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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DA FRELIMO – SOFALA

Curso: Agropecuária 12+1.


Cadeira: Construção Rural
Turma: B.
II Grupo

Tema:
Aglomerantes

Discente:
Abdul Magi Amad Sualei
Ada Dias
Albertina Manuel Whaite
Alzira Luís Fiscal
Cátia Victoria José
Delfina Francisco Nunes
Eduarda Carlos Pouca
Sádia Soares Manecas

Beira, Março de 2024


Abdul Magi Amad Sualei
Ada Dias
Albertina Manuel Whaite
Alzira Luís Fiscal
Cátia Victoria José
Delfina Francisco Nunes
Eduarda Carlos Pouca
Sádia Soares Manecas

Curso: Agropecuária 12+1.


Cadeira: Construção Rural
Turma: B.
II Grupo

Tema:
Aglomerantes

Enga: Izolda

Beira, Março de 2024


Índic

e
1. Introdução......................................................................................................................................2
1.1. Objetivo......................................................................................................................................2
1.1.1 O objetivo geral.............................................................................................................................2
1.1.2 Objetivos Específicos....................................................................................................................2
1.1.3 Metodologia..................................................................................................................................2
2. Aglomerantes.................................................................................................................................3
2.1 Aplicação.........................................................................................................................................3
2.2 Classificação....................................................................................................................................3
2.3 Classificação quanto ao mecanismo de endurecimento....................................................................4
2.4 Classificação quanto à composição..................................................................................................4
2.5 Classificação quanto à pega..............................................................................................................4
3. Aglomerantes - Cal.........................................................................................................................4
3.1 Tipos:...............................................................................................................................................5
3.2 Cal Virgem.......................................................................................................................................5
3.3 Cal Hidratada...................................................................................................................................5
3.4 Vantagens.........................................................................................................................................6
3.5 Gesso...............................................................................................................................................6
3.5.1 Características...............................................................................................................................6
3.5.2 Aplicação.......................................................................................................................................6
3.6 Cal Aérea.........................................................................................................................................7
3.7 Cimento...........................................................................................................................................7
4. Cal hidráulica.................................................................................................................................9
4.2 Outros aglomerantes.......................................................................................................................10
5. Conclusão.....................................................................................................................................12
6. Referência Bibliografia................................................................................................................13
1. Introdução

No presente trabalho de pesquisa com tema aglomerantes são componentes minerais


utilizados na construção civil com a finalidade de fixar ou aglomerar materiais entre si (TICS,
2011) que, geralmente, em forma de pó são misturados em água, formando uma pasta que
pode endurecer por secagem ou por reações químicas.
1.1. Objetivo

1.1.1 O objetivo geral


 Analisar sobre o Aglomerantes.

1.1.2 Objetivos Específicos


 Classificar quanto ao mecanismo de endurecimento de aglomerantes.
 Identificar sobre os tipo de aglomerantes.
 Classificar quanto à pega.

1.1.3 Metodologia
Para o presente trabalho recorreu-se a pesquisa documental e bibliográfica para acedera
informação para a realização do mesmo, neste sentido, apresentam citando as fontes de cada
consulta feita, distanciando se de plagio ou mal entendido sobre a origem material do
conteúdo e o autor, quanto a natureza do problema recorreu-se a uma metodologia qualitativa.

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2. Aglomerantes

Os aglomerantes são componentes minerais utilizados na construção civil com a finalidade de


fixar ou aglomerar materiais entre si (TICS, 2011) que, geralmente, em forma de pó são
misturados em água, formando uma pasta que pode endurecer por secagem ou por reações
químicas.

Os aglomerantes são divididos em classes, considerando as suas composições e os


mecanismos de endurecimento que estão sujeitas.

2.1 Aplicação
 São utilizados na obtenção de argamassas e concretos, na forma de pasta (Aglomerante +
Água) e também na confecção de natas (pasta com excesso de água).

2.2 Classificação
Quanto ao princípio ativo

 Aéreos: são os aglomerantes que endurecem pela ação química do CO2 no ar, como por
exemplo a cal aérea;
 Hidráulicos: são os aglomerantes que endurecem pela ação exclusiva da água, como por
exemplo a cal hidráulica, o cimento Portland, etc. Este fenômeno recebe o nome de
hidratação;
 Poliméricos: são os aglomerantes que tem reação devido a polimerização de uma matriz.
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2.3 Classificação quanto ao mecanismo de endurecimento
Aglomerantes quimicamente inertes – endurecimento decorrente de secagem natural;

Aglomerantes quimicamente ativos – endurecimento decorrente de reações químicas;

Aglomerantes aéreos – endurecimento somente na presença de ar;

o Aglomerantes hidráulicos – endurecimento somente sob influência da água.

2.4 Classificação quanto à composição


Aglomerantes simples – são compostos por apenas um elemento, com pequenas adições de
outros produtos;

Aglomerantes com adição – são compostos por um aglomerante simples, com grandes adições
de outros produtos a fim de propiciar propriedades especiais;

Aglomerantes compostos – são compostos por misturas de subprodutos ou produtos com


aglomerantes simples visando a produção de baixo custo com propriedades específicas.

2.5 Classificação quanto à pega


Neste momento é importante diferenciar a pega do endurecimento. A pega é o período inicial
de solidificação da pasta, enquanto o endurecimento é o processo que ocorre após a pega,
quando a pasta perde sua plasticidade.

 Levando em conta o tempo de desenvolvimento da pega, a classificação pode a ser:


 Aglomerante de pega rápida – tempo inferior a 30 minutos;
 Aglomerante de pega semirrápida – tempo entre 30 e 60 minutos;
 Aglomerante de pega normal – tempo entre 60 minutos e 6 horas.

Início da Pega: Período inicial de Solidificação da Pasta. Período iniciado no lançamento da


água e finalizado quando se iniciam as reações. Caracteriza-se pelo aumento da viscosidade e
da temperatura;

Fim da pega: Momento em que a pasta se solidifica completamente, mesmo que ainda não
tenha alcançado toda a sua resistência.

3. Aglomerantes - Cal

É o produto obtido pela calcinação de rochas calcárias à temperaturas elevadas.


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3.1 Tipos:
Cal Aérea

 Cal Virgem
 Cal Hidratada
 Cal Hidráulica.

3.2 Cal Virgem


 É o aglomerante resultante da calcinação de rochas calcárias numa temperatura inferior a
de fusão do material;
 Esta não é usada na construção civil. Para que isso aconteça, utiliza-se a cal extinta,
devendo hidratar o material, mergulhando placas dessa pedra em água, e após hidratada,
descansar por 48 horas;
 O fenômeno de transformação de cal virgem em cal extinta é exotérmico, isto é, se dá com
grande desprendimento de calor, tornando este procedimento extremamente perigoso, já
que pode chegar à temperaturas de aproximadamente 4000C .

3.3 Cal Hidratada


 Produto manufaturado que sofreu em usina o processo de hidratação;
 É apresentada como um produto seco, na forma de um pó branco de elevada finura;
 Encontrada no mercado em sacos de 20 kg.

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3.4 Vantagens
 Maior facilidade de manuseio, por ser um produto pronto, eliminando do canteiro de
obras o processo de hidratação;
 Maior facilidade de armazenamento e transporte.

3.5 Gesso
O gesso é um aglomerante derivado de uma rocha natural denominada gipsita, do qual se
elimina parcial ou totalmente a água. Este é um aglomerante de pega rápida, que gira em
torno de 15 a 20 minutos, tendo a temperatura da água como variante, uma vez que esta pode
acelerar ou retardar a reação do material.

3.5.1 Características
 Endurecimento rápido;
 Plasticidade (quando fresco);
 Lisura (superfície endurecida).

3.5.2 Aplicação
 Material de revestimento (estuque);
 Placas para rebaixamento de teto (forro);
 Painéis para divisórias (Drywall);
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 Elementos de ornamentação, como: sancas, florões, etc.

3.6 Cal Aérea


A cal é um componente obtido por meio da calcinação da rocha calcária, formada por óxidos
de cálcio e poucas quantidades de óxidos de magnésio, sílica, óxidos de ferro e óxidos de
alumínio.

A cal virgem, ou cal viva, apresenta-se em grãos grandes e porosos ou em pó. De cor branca,
a origem e composição da rocha pode influenciar diretamente a química da cal, podendo então
ser classificada em:

Cal cálcica – com 75% de óxidos de cálcio;

Cal magnesiana – com, no mínimo, 20% de óxidos de magnésio.

Outra classificação que pode ser encontrada leva em consideração o rendimento do material:

Cal gorda – rendimento superior a 1,82;

Cal magra – rendimento inferior a 1,82.

A cal hidratada, diferentemente da virgem, é separada e suas impurezas são retiradas. As


vantagens da hidratada envolve a facilidade de manuseio, transporte, armazenamento e
segurança, já as desvantagens são o menor rendimento, a menor capacidade de sustentação e a
baixa trabalhabilidade.

3.7 Cimento
O cimento é um aglomerante muito utilizado na construção civil, produzido a partir da
mistura da rocha calcária e argila chamada clinker, a sua composição química é baseada em
cal, sílica, alumina, óxido de ferro, magnésia e impurezas.

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O cimento pode ser dividido nos seguintes tipos:

Cimento Tipo I (CP I) – é o chamado cimento Portland comum, composto em sua maior parte
por clinker e uma pequena parte por gesso. A norma que refere este tipo de cimento é a NBR
5732, que estabelece 3 classes de resistência sendo de 25 Mpa, 32 Mpa e 40 Mpa.

Este tipo de cimento pode receber uma adição de pozolânio, recebendo a denominação de CP
I-S.

Cimento Tipo II (CP II) – é o cimento que é adicionado a materiais de baixo custo a fim de
proporcionar características especiais, sendo tratado na NBR 11578. A resistência é
classificada também em 25 Mpa, 32 Mpa e 40 Mpa.

Este tipo de cimento pode receber adições de escória granulada de alto-forno e denominação
CP II – E; pozolânico com denominação CP II – Z; material carbonático e denominação CP II
– F.

Cimento Tipo III (CP III) – também chamado de cimento Portland de alto-forno, possui
adição de escória em altas porcentagens. Sua norma é a NBR 5735, que estabelece 3 classes
de resistência sendo elas de 25 Mpa, 32 Mpa e 40 Mpa.

Cimento Tipo IV (CP IV) – este é o cimento Portland pozolânico, uma vez que possui adição
de até 50 % de pozolana, proporcionando alta impermeabilidade e durabilidade. A norma que
descreve este tipo é a NBR 5736, que estabelece a resistência em apenas 25 Mpa e 32 Mpa.

Cimento Tipo V (ARI) – é o cimento que proporciona resistência apenas nas primeiras idades
dos concretos onde é aplicado, não possuindo nenhum tipo de aditivo, sendo utilizado em
elementos de desforma rápida. A NBR 5733 trata deste tipo de cimento.

Cimento Resistente a Sulfatos (RS) – é o tipo de cimento, como o próprio nome diz, resistente
a sulfatos, sendo muito utilizados em redes de esgotos de águas servidas ou industriais, água
do mar e em alguns tipos de solo, de acordo com a ABCP.

Cimento Aluminoso – é o cimento que resulta do cozimento de uma mistura de bauxita e


calcário, segundo OLIVEIRA (2008). Possui pega lenta, mas sua resistência é alta,
principalmente a altas temperaturas, sendo muito utilizada como cimento refratário.

Cimento Branco (CB) – este é um cimento que possui a coloração branca devido sua
composição de caulim substituindo a argila e possui baixos teores de óxidos de ferro e
manganês, podendo ser de propriedade estrutural ou não-estrutural.
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4. Cal hidráulica
A cal hidráulica é um aglomerante cujo processo de fabricação é muito semelhante ao da cal
aérea, ou seja, o material é obtido a partir da calcinação de uma rocha calcária. A diferença é
o material de origem: uma rocha calcária que, natural ou artificialmente, contenha uma maior
proporção de materiais argilo-sos.

Assim como a cal aérea, a cal hidráulica, depois de calcinada, deve passar pelo processo de
extinção. Esse processo deve ser conduzido de maneira adequada, pois assim como
estudaremos nos cimentos, a cal hidráulica possui silicatos em sua composição. Dessa forma,
a água adicionada deve ser suficiente para promover a extinção do material sem, no entanto,
provocar a hidratação precoce dos silicatos.

De acordo com Petrucci (1975), ao ser utilizada como aglomerante e misturada com água, a
cal hidráu-lica processa seu endurecimento através de dois tipos de reação. O hidróxido de
cálcio livre combina-se com o CO2 do ar e os compostos de cal e argila hidratam-se formando
produtos resistentes à agua, os quais justificam o fato do material ser classificado como
aglomerante hidráulico.

Apesar disso, Oliveira (2008) afirma que a cal hidráulica não é um produto adequado para
construções sob a água, pois sua pega é muito lenta. Dessa forma, o produto é mais adequado
a usos de menor agres-sividade, como na construção de alvenarias.

4.1 Características da Cal Hidráulica


 Elevada finura de seus grãos (2 μm de diâmetro)
 Proporciona fluidez à argamassa;
 Coesão (menor suscetibilidade à fissuração);
 Retenção de água.

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A cal confere uma maior plasticidade as pastas e argamassas, permitindo que elas tenham
maiores deformações, sem fissuração, do que teriam com cimento Portland somente. As
argamassas de cimento, contendo cal, retêm mais água de amassamento e assim permitem
uma melhor aderência.

4.2 Outros aglomerantes


Alguns autores classificam os asfaltos como aglomerantes. Vamos falar desses materiais de
maneira re-sumida, pois a grande maioria das aplicações que necessitam de aglomerantes faz
uso dos tipos mine-rais, como o gesso, a cal e o cimento.

Oliveira (2008) define os asfaltos como produtos resultantes de matéria hidrocarbonada, de


cor preta, presente em petróleos crus, nos quais se encontra dissolvido por óleos solventes.
Quando esses óleos são removidos do petróleo cru obtém-se o asfalto. Segundo o mesmo
autor, os asfaltos caracterizam-se por serem aglomerantes de forte ligação, rapidamente
adesivos, altamente impermeáveis e de longa durabilidade. São utilizados principalmente em
obras de pavimentação e de impermeabilização, entre outras aplicações.

Segundo Oliveira (2008), os asfaltos podem ser classificados em 3 tipos, sendo cada tipo
caracterizado da seguinte maneira:

 Cimentos Asfálticos: são obtidos a partir dos materiais residuais da destilação do petróleo,
compostos por asfalto e óleo. Sua consistência varia de firme a dura em temperaturas
normais, devendo ser aquecidos para se tornarem aplicáveis na forma de fluido. São
classificados segundo a resistência que oferecem à penetração, determinada em ensaio
específico.
 Asfaltos líquidos: são obtidos pela mistura de cimentos asfálticos com óleos (asfaltos de
cura lenta - SC) e solventes (cura média - MC ou rápida - RC) e são aquecidos em
temperaturas inferiores às do cimento asfáltico para o uso. São produzidos em diversas

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variedades e recebem a nomenclatura em função da cura (SC, MC ou RC) e da consis-
tência (0- mais mole a 5- mais firmes).
 Emulsões asfálticas: são misturas líquidas e homogêneas de cimento asfáltico,
emulsionantes e água, com a pro-porção de água variando de 30 a 45%, apresentando-se
em colorações que variam do marrom-claro ao marrom escuro. De acordo com Silva
(1985) as emulsões são classificadas de acordo com a rapidez em que ocorre a perda de
água, também chamada de quebra ou ruptura.

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5. Conclusão

Ao finalizar com presente trabalho de pesquisa concluímos que O cimento é um


aglomerante muito utilizado na construção civil, produzido a partir da mistura da rocha
calcária e argila chamada clinker, a sua composição química é baseada em cal, sílica, alumina,
óxido de ferro, magnésia e impurezas.

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6. Referência Bibliografia

ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland. Tipos de Cimento. 2011.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5732: Cimento Portland comum.
Rio de Janeiro: 1991.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5733: Cimento Portland de alta
resistência inicial. Rio de Janeiro: 1991.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5735: Cimento Portland de alto-
forno. Rio de Janeiro: 1991.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5736: Cimento Portland


pozolânico. Rio de Janeiro: 1991.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7215: Cimento Portland composto.
Rio de Janeiro: 1996.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 11578: Cimento Portland


composto – especificação. Rio de Janeiro: 1991.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12989: Cimento Portland branco –
especificação. Rio de Janeiro: 1993.

OLIVEIRA, H.M. Aglomerantes. In: BAUER, L.F.A (Org). Materiais de Construção I. Rio
de Janeiro: 2008.

TICS – Tecnologias de Comunicação e Informação nos Cursos de Graduação. Apostila de


Materiais de Construção Básicos. 2011, Universidade Aberta do Brasil, Instituto Federal Sul-
rio-grandense. 2011/2.

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