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Discentes:
Adilson Luís Zacarias
Domingas Binha Ginja
Horácio Geraldo Hilário
Madalena Armando Paravista
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INDICE
CAPITULO I ............................................................................................................................. 5
1 Introdução ........................................................................................................................... 5
CAPITULO II ............................................................................................................................ 7
7 Conclusão ......................................................................................................................... 17
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8 Referências Bibliograficas ................................................................................................ 18
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CAPITULO I
1 Introdução
A dinâmica da população, em suas várias facetas, desempenha um papel central na
compreensão das transformações sociais, econômicas e de saúde que moldam as sociedades ao
longo do tempo. A estrutura da população, delineando a distribuição por sexo e idade, e o
movimento da população, refletindo migrações e deslocamentos, são elementos cruciais para
decifrar os complexos padrões demográficos. Neste trabalho acadêmico, exploraremos a
interconexão entre a estrutura e o movimento da população, analisando suas implicações para
a dinâmica social, o desenvolvimento sustentável e os desafios de saúde pública.
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1.1 Objetivos
1.1.1 Objetivo Geral
• Analisar a dinâmica da população, examinando a estrutura em diferentes fases do
desenvolvimento, a distribuição por sexo e idade, e avaliar o equilíbrio entre os sexos.
1.2 Metodologia
Para alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma revisão sistemática da literatura,
abrangendo estudos demográficos e estatísticas populacionais. Foram coletados dados sobre a
estrutura da população em diferentes faixas etárias, a distribuição por sexo e idade, bem como
fatores socioeconômicos que possam influenciar o equilíbrio entre os sexos. Além disso, foram
examinados relatórios de órgãos oficiais e organizações internacionais de saúde.
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CAPITULO II
2 Dinâmica da população
2.1 Conceito da dinâmica da população
A dinâmica da população refere-se às mudanças e flutuações que ocorrem na composição e
tamanho de uma população ao longo do tempo. Essas mudanças são influenciadas por diversos
fatores, como taxas de natalidade, taxas de mortalidade, migração e envelhecimento da
população. Segundo Cleland e Wilson (1987), "a dinâmica da população descreve os padrões
de mudança na composição e no tamanho de uma população e as causas desses padrões".
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conceito abrange tanto as migrações internacionais como as migrações internas, bem como os
padrões de mobilidade que afetam a composição demográfica de uma sociedade.
Conforme mencionado por Maria Otília Pereira Lage, Odete do Carmo Santos Soares e Ana
Margarida Mendes Dias (2001), o movimento da população é um componente intrínseco da
dinâmica demográfica, influenciado por uma variedade de fatores, como oportunidades
econômicas, desafios ambientais, conflitos políticos e mudanças nas condições sociais. O
estudo do movimento da população é essencial para compreender os padrões migratórios, suas
causas e consequências, e como eles contribuem para as transformações sociais e econômicas.
Além das migrações, o movimento da população também inclui as mudanças nas residências
dentro de uma região, como deslocamentos entre áreas urbanas e rurais. Esses deslocamentos
internos podem ser influenciados por fatores como busca por emprego, acesso a serviços de
saúde e educação, e qualidade de vida.
A importância do equilíbrio entre os sexos também é destacada por diversos estudiosos. Alves
(2002) reavalia a polêmica Malthus versus Condorcet à luz da transição demográfica, realçando
a relação intrínseca entre a dinâmica populacional e os desafios socioeconômicos. O relatório
da SADC (2002) destaca o papel do equilíbrio de gênero no desenvolvimento sustentável,
ressaltando a necessidade de promover a igualdade de oportunidades.
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consigo desafios econômicos, demandando adaptações nos sistemas de saúde e previdência
social. Boserup (1987) observa a influência da pressão demográfica nas mudanças tecnológicas
e agrárias, reforçando a interligação entre a dinâmica populacional e o desenvolvimento.
Conforme Barros (2004) ressalta, o estágio pré-transição é marcado por altas taxas de
natalidade e mortalidade, mantendo uma estrutura etária com ampla base de jovens. Com a
melhoria das condições de vida e saúde, adentra-se no estágio de transição, onde ocorre uma
queda nas taxas de mortalidade, mas as taxas de natalidade permanecem elevadas, resultando
em uma estrutura etária com base ampla e início de alargamento na faixa intermediária.
Essa dinâmica é corroborada por Boserup (1987), ao apontar como as mudanças demográficas
impactam as transformações tecnológicas e agrárias. O autor enfatiza que o estágio de transição
demográfica desencadeia pressões por inovação e desenvolvimento, à medida que a população
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cresce. Já no estágio pós-transição, as taxas de natalidade começam a diminuir, conduzindo a
um equilíbrio populacional relativo e uma estrutura etária que reflete o envelhecimento
progressivo da sociedade.
Cada uma dessas fases tem implicações significativas para a sociedade e a saúde pública. No
estágio de transição, por exemplo, um grande número de jovens pode criar desafios
educacionais e de emprego. No estágio pós-transição, a preocupação pode se voltar para o
envelhecimento da população e a necessidade de serviços de saúde específicos para os idosos.
Em consonância com essas fases, o estudo de Lage, Soares e Dias (2001) sobre a demografia
histórica em Portugal ressalta como as condições de vida e as políticas de saúde impactaram as
estruturas etárias ao longo dos séculos. Esse entendimento da evolução da estrutura da
população é crucial para o planejamento eficaz de políticas públicas e intervenções em saúde,
considerando os desafios e oportunidades de cada estágio do desenvolvimento demográfico.
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parcela da população economicamente ativa precisa sustentar um número relativamente grande
de dependentes.
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Conforme observado por Damiani (1998), as pirâmides de idades podem variar amplamente de
acordo com a fase do desenvolvimento demográfico. Durante o estágio de transição, por
exemplo, é comum identificar uma base mais larga, indicando uma alta proporção de jovens
devido às altas taxas de natalidade. À medida que as taxas de natalidade diminuem no estágio
pós-transição, a base da pirâmide tende a se estreitar, enquanto o topo alarga, refletindo o
envelhecimento da população.
Ao utilizar dados do INE sobre o Inquérito Demográfico e da Saúde de 2007 e 2011, é possível
analisar as mudanças na estrutura da população ao longo do tempo. Por exemplo, a comparação
das pirâmides de idades desses anos pode revelar se houve alterações nas taxas de natalidade,
mortalidade e migração. Isso é fundamental para avaliar o impacto de políticas de saúde
materna e infantil, bem como a eficácia das medidas de controle de doenças.
Através das pirâmides de idades, é possível identificar diferentes estágios demográficos, como
o início ou término da transição demográfica. Uma base larga na pirâmide indica uma
população jovem com altas taxas de natalidade, enquanto um topo largo sugere uma população
envelhecendo, com menor taxa de natalidade e maior expectativa de vida.
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Figura 1: Pirâmide da população inquirida, Moçambique 2011
Além disso, as pirâmides de idades ajudam a projetar necessidades futuras. Por exemplo, uma
base ampla indica a demanda por escolas e infraestrutura educacional, enquanto um topo largo
aponta para a necessidade de serviços de saúde e apoio aos idosos.
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O equilíbrio de gênero está diretamente relacionado às taxas de natalidade e mortalidade. Em
sociedades onde há um desequilíbrio entre os sexos, isso pode impactar a formação de famílias
e a taxa de natalidade. Se houver uma disparidade significativa entre o número de homens e
mulheres em idade reprodutiva, isso pode afetar a capacidade da população de manter um
crescimento saudável.
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Para este indicador, O Banco Mundial fornece dados para Moçambique de 1960 a 2021. O
valor médio por Moçambique durante este período foi 44.6 nascimentos por 1000 pessoas com
o mínimo de 36.6 nascimentos por 1000 pessoas em 2021 e o máximo de 48.72 nascimentos
por 1000 pessoas em 1980.
2. Taxas de Mortalidade
As diferenças nas taxas de mortalidade entre homens e mulheres também influenciam o
equilíbrio de gênero. Em muitas sociedades, as taxas de mortalidade masculina tendem a ser
mais altas devido a fatores como comportamentos de risco, acidentes e violência. Isso pode
resultar em uma proporção maior de mulheres na população.
Para este indicador, O Banco Mundial fornece dados para Moçambique de 1960 a 2021. O
valor médio por Moçambique durante este período foi 17.99 mortes por 1000 pessoas com o
mínimo de 8 mortes por 1000 pessoas em 2020 e o máximo de 24.96 mortes por 1000 pessoas
em 1984.
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3. Migração
A migração também desempenha um papel significativo. Em algumas culturas, há um
movimento migratório de homens jovens em busca de oportunidades de emprego em áreas
urbanas ou em outros países. Isso pode levar a um desequilíbrio de gênero nas regiões de
origem, afetando a proporção de homens e mulheres.
1. Impacto Social
O desequilíbrio de gênero pode levar a uma competição desigual por parceiros e afetar as
dinâmicas de formação de famílias. Isso pode resultar em pressões sociais, como aumento da
migração em busca de parceiros, descontentamento e até conflitos.
2. Saúde
A proporção de homens e mulheres na população influencia os padrões de saúde. Diferenças
biológicas e comportamentais entre os sexos podem resultar em diferentes perfis de morbidade
e mortalidade. Por exemplo, os homens podem ser mais suscetíveis a comportamentos de risco,
enquanto as mulheres podem enfrentar desafios de saúde específicos em diferentes fases da
vida.
3. Desenvolvimento Socioeconômico:
O equilíbrio de gênero também está ligado ao desenvolvimento socioeconômico. A igualdade
de gênero é crucial para a inclusão e a capacitação de todos os membros da sociedade. O
desequilíbrio de gênero pode limitar o potencial de crescimento e desenvolvimento sustentável.
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CAPITULO III
7 Conclusão
O equilíbrio de gênero, também abordado neste trabalho, emergiu como um fator crucial para
a estabilidade social e o desenvolvimento sustentável. A igualdade de oportunidades, a
promoção da saúde e o empoderamento das mulheres são essenciais para alcançar um equilíbrio
de gênero saudável e construir sociedades inclusivas e equitativas.
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8 Referências Bibliograficas
1. Cleland, J., & Wilson, C. (1987). Demand theories of the fertility transition: An
iconoclastic view. Population studies, 41(1), 5-30.
2. Barros, José D'Assunção. O Campo da História. Petrópolis: Vozes, 2004.
3. Lage, Maria Otília Pereira; Soares, Odete do Carmo Santos; Dias, Ana Margarida
Mendes. Demografia Histórica - História das Populações: Portugal. Guimarães: NEPS,
2001. (Cadernos NEPS; n.º 3). ISBN 972-98695-3-7.
4. INE: Inquérito Demográfico e da Saúde 2007 e 2011.
5. Berger e Poirier, Pessoa idosa, Rio de Janeiro, 1995.
6. Alves, J. E. D. A polémica Malthus versus Condorcet reavaliada à luz da transição
demográfica. Rio de Janeiro: IBGE, 2002. Disponível em:
<http://sociales.cchs.csic.es/jperez/>.
7. Revista de Pesquisa em Políticas Públicas Edição nº 04 – Dezembro de 2014.
8. Bloom, D. E.; Canning, D.; Fink, G. Implications of population ageing on economic
growth. Oxford review of economic policy, v. 26, n. 4, 2010.
9. Boserup, E. Population and Technological Change: a study of long-term trends.
Chicago.
10. Boserup, E. Evolução Agrária e Pressão Demográfica. Editora Hucitex e Editora Polis
São Paulo, 1987.
11. Relatório de SADC editado em 2002.
12. Damiani, A. População e geografia. São Paulo: Contexto, 1998.
13. Milone, P. C. População e desenvolvimento: uma análise econômica. São Paulo: Ed.
Loyola, 1991.
14. Santos, J. L. F.; Levy. M. S. F.; Szmrecsányi, T. (Org.). Dinâmica da população: teoria,
métodos e técnicas de análise. São Paulo: T. A. Queiroz, 1991.
15. Goulart, Mário. Dinâmica populacional brasileira. Disponível em
http://ochoqueeletrico.blogspot.com/2008/11/dinmica-populacional-brasileira.
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