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ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
OBJECTIVO GERAL………………………………………...…………………..……..3
TEORIAS EXPLICATIVAS PARAM A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM..................5
MODELO DE BEHAVIORISTAS...................................................................................5
Breve histórico...................................................................................................................5
A primeira fase..................................................................................................................6
MODELO DE NOAM CHOMSKY.................................................................................7
Breve histórico...................................................................................................................7
O modelo de linguagem da Gramática Gerativa...............................................................7
MODELOS DE LEV VYGOTSKY..................................................................................8
Breve histórico...................................................................................................................8
Relação homem-ambiente.................................................................................................9
O papel do adulto...............................................................................................................9
MODELO DE BRUNER..................................................................................................9
Breve histórico...................................................................................................................9
MODELO PIAGETIANO...............................................................................................10
Conceito de Modelo Piagetiano.......................................................................................10
CONCLUSÃO.................................................................................................................12
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................13
INTRODUÇÃO

O tema apresenta uma visão panorâmica do desenvolvimento do pensamento


linguístico no século XX. Parte de Saussure quem, ao introduzir um tipo de raciocínio
dedutivo sobre a linguagem, alinha a lingüística ao ideal de ciência, que prepara a
ciência moderna inaugurada no século XVI.
Discute a proposta de Chomsky, iniciada no final dos anos 50, explicitamente
vinculada ao ideal galileano de ciência: (1) retorno pensamento cartesiano sobre a
gramática e (2) axiomatização de tipo lógico-matemático e geométrico. Explora o
movimento dos anos 60 em que a Lingüística foi marcada por uma cisão, duas direções
que se desenvolvem lado a lado: (1) uma lingüística que sustenta a exclusividade e
irredutibildade de seu objeto (Chomsky e seguidores) e (2) uma lingüística interessada
no uso da linguagem e que se alimenta em outras fontes (Filosofia, Psicologia,
Sociologia). Incluem-se, nessa vertente, a Teoria da Enunciação, as Análises do
Discurso (francesa e inglesa), a Pragmática Linguística além de outras como a
Psicolingüística e a Sociolingüística. E. Benveniste e J. L.Austin serão abordados como
autores representativos desta última vertente.

[2]
OBJECTIVO GERAL
 Compreender sobre teorias explicativas param a aquisição da linguagem.

Objectivos Específicos
 Compreender os Modelos de Behavioristas; Noam Chomsky; Lev Vygotsky,
Bruner, Piagetiano.

Justificava
Nesta corrente teórica há duas teorias da aquisição da linguagem, a saber, o
behaviorismo e o conexionismo. A teoria behaviorista desenvolveu seu conhecimento
linguístico seguindo como base a teoria da aprendizagem.

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TEORIAS EXPLICATIVAS PARAM A AQUISIÇÃO DA
LINGUAGEM

Existem várias teorias e perspectivas acerca da aquisição da linguagem. Será um


comportamento verbal adquirido pela aprendizagem como nos diz a brochura “a teoria
behaviorista”, ou será que possuímos estruturas biológicas inatas que nos permitem
adquirir a linguagem
É certo que tudo isto são teorias e uma teoria é sempre uma tentativa de esperar
um fenómeno que á partida não esta definitivamente fundamentada. Assim a perspectiva
mais fundamentada é a inatista sustentada por Noam Chomsky. No que concerne ao
inatismo linguístico a predisposição inata (programação genética) para adquirir a
linguagem, materializada na capacidade para extrair regras gramaticais do que ouve.
A esta capacidade, Chomsky chamou dispositivo para aquisição da linguagem
(DALL), “O qual contempla quer um conjunto de componentes básicas ou princípios
gerais geneticamente inscritos nos seres humanos, quer por sedimentos que permitem
descobrir como os princípios gerais se aplicam á língua específica da comunidade onde
a criança esta inserida.” Quanto a perspectiva Behaviorista, esta diz-nos que o
desenvolvimento da linguagem é o resultado de um conjunto sistematizado de
aprendizagens
Neste caso a aprendizagem corresponde á modificação de um comportamento
sendo aqui a linguagem designada como comportamento verbal. Tal como outras
aprendizagens naturais do ser humano esta não tem qualquer especificidade sendo que
os mecanismos ou processos serão os mesmos que para outros comportamentos.
O primado da cognição: Esta última perspectiva é sustentada por Piaget. Este
considera que a criança desenvolve o conhecimento do mundo em geral, e, a partir daí
informa-o em categorias e relações linguísticas. Só através de uma evolução cognitiva
se desenvolve a linguagem da criança.

MODELO DE BEHAVIORISTAS
1. Breve histórico

O Behaviorismo, também conhecido na literatura como Comportamentalismo, é


uma abordagem psicológica de estudo do comportamento animal – humano e não
humano – surgida nos meios acadêmicos dos Estados Unidos no começo do século XX,
que dominou a maior parte da psicologia norte-americana entre os anos de 1920 e 1960.
John B. Watson (1878-1958) é considerado o principal fundador da escola behaviorista.
Suas idéias, que passaram a receber maior atenção na comunidade acadêmica a partir de
1913, tomaram como base os estudos desenvolvidos pelo cientista russo Ivan P. Pavlov
(1849-1936) e tornaram-se conhecidas como Behaviorismo Metodológico. Outro

[4]
importante teórico desse paradigma foi o psicólogo americano Burrhus Frederic Skinner
(1904-1990), cuja abordagem é denominada ‘Behaviorismo Radical’. Como veremos
mais adiante, Skinner foi responsável por algumas ampliações importantes nesse
enfoque psicológico e permaneceu sendo o teórico behaviorista mais conhecido desde a
década de 1930 até seu falecimento, em 1990.
1.1. A primeira fase

O Behaviorismo Metodológico John B. Watson é considerado o principal


fundador da escola behaviorista. É importante observar, entretanto, que as teses centrais
do behaviorismo – (a) que os estudos psicológicos devem priorizar a análise do papel do
ambiente na aprendizagem e desenvolvimento humano, ao invés de supostos conteúdos
da consciência humana, e (b) que os princípios que governam o comportamento dos
seres humanos são essencialmente idênticos àqueles que regem o comportamento de
outros animais – podem ser encontradas no trabalho de vários outros pesquisadores
antes dele. O artigo intitulado Psychology as the behaviorist views it, de autoria de
Watson e publicado a partir de uma palestra ministrada na Columbia University, em
Nova York, em 1913, pode ser considerado o primeiro manifesto do movimento
behaviorista, dessa forma aparecendo como um dos artigos mais influentes de todos os
tempos na área da Psicologia e conferindo a Watson o título de ‘pai do behaviorismo’.
Nesse polêmico trabalho, Watson atacou a definição de Psicologia como a ciência da
mente e da consciência, concepção vigente na época, e defendeu com termos fortes que
a Psicologia deveria ser vista como uma vertente da ciência empírica que tem por
objetivo fundamental tentar prever e controlar todos os tipos de comportamento humano
e animal. O autor criticou, ainda, a natureza exotérica da instrospecção, método até
então escolhido para a análise da consciência, normalmente realizado por um
observador treinado sob certas condições controladas.
1.2. A segunda fase
O Behaviorismo Radical Atualmente, o behaviorismo é mais associado ao nome de B.
F. Skinner, que construiu sua reputação ao testar as teorias de Watson em laboratório e
formalizar alguns conceitos envolvidos nessas teorias. Os estudos desenvolvidos por Skinner o
levaram a rejeitar a ênfase quase que exclusiva de Watson em reflexos e condicionamento. As
pessoas respondem ao seu meio, dizia ele, mas elas também operam em seu ambiente a fim de
produzirem certas conseqüências.

A metodologia desenvolvida por Skinner – o chamado ‘condicionamento operante’ –


inclui os comportamentos que não estão diretamente associados a um estímulo específico. A fim
de testar suas idéias, Skinner conduziu vários estudos envolvendo ratos de laboratório e pombos
em um tipo de gaiola que passou a ser conhecida como Gaiola de Skinner ou Câmara Operante,
como preferia chamá-la. A gaiola desenhada pelo idealizador do Behaviorismo Radical diferia
das gaiolas comuns por possuir uma espécie de alavanca junto ao comedouro que poderia ser
facilmente acionada pelo animal. O objetivo de Skinner era condicionar a freqüência com que o
animal tocava a alavanca, a partir de sua necessidade de receber comida. Assim, ao serem
colocados em jaulas, os animais eram forçados a passar fome a fim de que o alimento pudesse
ser visto como uma espécie de ‘reforço positivo’ a algum tipo de comportamento a ser

[5]
aprendido, com base na idéia de que, ao ser privado de alguma coisa, o organismo reage de
forma instintiva e tenta buscar uma forma de resolver seu problema.

MODELO DE NOAM CHOMSKY


1. Breve histórico

Noam Chomsky, linguista americano nascido em 7 de dezembro de 1928, na


Filadélfia, tentou responder a tal pergunta, conhecida como Problema lógico da
aquisição da linguagem (também chamado de problema de Plãtão). Este problema é
baseado no diálogo Ménon, de Platão, na qual o personagem Sócrates demonstra para
Ménon que, se desafiado de maneira correta, mesmo um escravo sem instrução possui
noções inatas de matemática. Esses conhecimentos permitiriam que o escravo fizesse,
de maneira intuitiva, alguns cálculos geométricos. Essa pergunta continua sendo o
elemento norteador das investigações científicas assumidas por Chomsky desde a sua
graduação na Universidade de Pennsylvania.
1.1. O modelo de linguagem da Gramática Gerativa

Chomsky sempre procurou ir além da abordagem estruturalista, distribucionista


e comportamentalista que existiam até então no estudo da linguagem natural e deu
início à Teoria Gerativa, a partir da publicação de Syntactic Structures (1957). Nesta
publicação, Chomsky defende a ideia de uma abordagem formal do estudo das
estruturas das frases, baseada em símbolos e regras. As regras dividem as sentenças em
partes menores, portanto, ao combinar essas partes através de regras chamadas
“transformações”, é possível “gerar” todas e apenas as sentenças gramaticais (válidas)
de uma dada língua, que são ilimitadas em número, daí o nome Gramática Gerativo-
Transformacional, como a abordagem ficou conhecida na época.
Considerada uma das teorias mais importantes no campo da linguística do século
XX (o que lhe rendeu recentemente o prêmio Frontiers Award), a proposta essencial da
teoria gerativa é que existe um componente mental inato compartilhado entre todos os
seres humanos (Faculdade da Linguagem) que possui mecanismos de regras gerais que
nos instruem sobre como funciona a comunicação humana (Gramática Universal).
1.2 Atualizações no modelo de linguagem

Enquanto buscava respostas para estas questões, o modelo chomskyano foi se


aperfeiçoando ao longo dos anos. Na década de 80, depois de pelo menos 20 anos de
dados e mais pesquisas na área, Chomsky começa a modificar sua teoria para melhor se
adequar aos achados da área. Em termos mais técnicos, a abordagem conhecida como
Transformacional e foi substituída por uma abordagem melhorada, chamada de
Princípios e Parâmetros (P&P), desenvolvida no livro Lectures on Government and
Binding: The Pisa Lectures (LGB, 1979). Essa nova abordagem busca explicar a
aparente lacuna entre conhecimento linguístico (o que a gente sabe sobre a língua) e
fatores que influenciam o uso da língua.

[6]
Esse novo modelo também amplia o conceito de gramática universal (GU).
Agora é possível dizer que há, nas línguas, princípios estruturais que são inatos e fixos e
que as diferenças entre as várias línguas do mundo se caracterizam pelos parâmetros
(diferenças) utilizados por um grupo de falantes. Um exemplo bem simples de entender
é que em qualquer língua do mundo existe sujeito, verbo e objeto, o que podemos
chamar de Princípio. Por outro lado, a forma como esses elementos aparecem em uma
frase é diferente entre as línguas, o que podemos chamar de Parâmetro. Línguas SOV
(ex. Japonês) são as mais frequentes, seguidas de línguas SVO como o Português e o
Inglês. As línguas mais raras são as OSV.
1.3. A faculdade da linguagem
Chomsky chama a atenção para o fato de que a propriedade básica da linguagem
humana é a faculdade da linguagem. Mas o que seria isso?
Lembra do poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade: João amava
Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili,
que não amava ninguém? Você já parou para pensar que podemos dar continuidade a
esse poema, encaixando grupos de palavras de modo infinito? Essa capacidade de
“encaixar” um conjunto infinito de expressões estruturadas é algo comum e único ao ser
humano, chamado por Chomsky de aspecto criativo da linguagem. Essa propriedade
básica considera a linguagem como um sistema computacional que consiste de um
conjunto de elementos básicos e regras para gerar elementos mais complexos.

MODELOS DE LEV VYGOTSKY

1. Breve histórico

O psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934) morreu há mais de 70 anos,


mas sua obra ainda está em pleno processo de descoberta e debate em vários pontos do
mundo, incluindo o Brasil. "Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos
nevrálgicos da pedagogia contemporânea", diz Teresa Rego, professora da Faculdade
de Educação da Universidade de São Paulo. Ela ressalta, como exemplo, os pontos de
contato entre os estudos de Vygotsky sobre a linguagem escrita e o trabalho da
argentina Emilia Ferreiro, a mais influente dos educadores vivos.
A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto
tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa
em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um
papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente
pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou
sociointeracionismo. Surge da ênfase no social uma oposição teórica em relação ao
biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), que também se dedicou ao tema da evolução
da capacidade de aquisição de conhecimento pelo ser humano e chegou a conclusões
que atribuem bem mais importância aos processos internos do que aos interpessoais.
Vygotsky, que, embora discordasse de Piaget, admirava seu trabalho, publicou críticas

[7]
ao suíço em 1932. Piaget só tomaria contato com elas nos anos 1960 e lamentou não
ter podido conhecer Vygotsky em vida. Muitos estudiosos acreditam que é possível
conciliar as obras dos dois.

1.1.Relação homem-ambiente
Os estudos de Vygotsky sobre aprendizado decorrem da compreensão do homem como
um ser que se forma em contato com a sociedade. "Na ausência do outro, o homem não se
constrói homem", escreveu o psicólogo. Ele rejeitava tanto as teorias inatistas, segundo as quais
o ser humano já carrega ao nascer as características que desenvolverá ao longo da vida, quanto
as empiristas e comportamentais, que vêem o ser humano como um produto dos estímulos
externos. Para Vygotsky, a formação se dá numa relação dialética entre o sujeito e a sociedade a
seu redor - ou seja, o homem modifica o ambiente e o ambiente modifica o homem. Essa
relação não é passível de muita generalização; o que interessa para a teoria de Vygotsky é a
interação que cada pessoa estabelece com determinado ambiente, a chamada experiência
pessoalmente significativa.

1.2. O papel do adulto

Todo aprendizado é necessariamente mediado - e isso torna o papel do ensino e do


professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da
educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo própria
aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades,
habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto. Ao internalizar um
procedimento, a criança "se apropria" dele, tornando-o voluntário e independente.

Desse modo, o aprendizado não se subordina totalmente ao desenvolvimento das


estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro, provocando saltos de nível de
conhecimento. O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o aluno ainda não sabe nem é
capaz de aprender sozinho, porque, na relação entre aprendizado e desenvolvimento, o primeiro
vem antes. É a isso que se refere um de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento
proximal, que seria a distância entre o desenvolvimento real de uma criança e aquilo que ela tem
o potencial de aprender - potencial que é demonstrado pela capacidade de desenvolver uma
competência com a ajuda de um adulto. Em outras palavras, a zona de desenvolvimento
proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de
conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada
aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo
Vygotsky.

MODELO DE BRUNER

1. Breve histórico

Bruner (1969, 1973 e 1976), professor de Psicologia e Diretor do Centro de Estudos


Cognitivos da Universidade de Harvard e fornece ao leitor uma visão geral e incompleta dela,
bem como suas implicações ao ensino e à aprendizagem.
Bruner, considerado o mais conhecido por ter dito que "é possível ensinar qualquer
assunto, de uma maneira intelectualmente honesta, a qualquer criança em qualquer estágio de

[8]
desenvolvimento" (1969,73, 76), do que por qualquer outro aspecto de sua teoria, desde que se
levasse em conta as diversas etapas do desenvolvimento intelectual. Logo, a tarefa de ensinar
determinado assunto a uma criança, é a de representar a estrutura deste em termos da
visualização que a criança tem das coisas. Aqui o que é relevante em determinada matéria a ser
ensinada é sua estrutura.

A idéia de desenvolvimento intelectual ocupa um lugar fundamental na teoria de


Bruner. O desenvolvimento intelectual caracteriza-se:

a) Por independência crescente da resposta em relação à natureza imediata do estímulo;

b) O desenvolvimento intelectual baseia-se em absorver eventos, em um sistema de


armazenamento que corresponde ao meio ambiente;

c) O desenvolvimento intelectual é caracterizado por crescente capacidade para lidar


com alternativas simultaneamente, atender a várias seqüências ao mesmo tempo, e distribuir
tempo e atenção, de maneira apropriada, a todas essas demandas múltiplas.

MODELO PIAGETIANO

Conceito de Modelo Piagetiano: Na abordagem psicométrica eram medidas as


diferenças individuais na quantidade de inteligência que as crianças.

1. Conceito de Modelo Piagetiano

Na abordagem psicométrica eram medidas as diferenças individuais na quantidade de


inteligência que as crianças (ou adultos) têm; por sua vez, Piaget propõem sequências universais
de desenvolvimento cognitivo ao longo da infância e adolescência.

No modelo de Piaget são descritas mudanças típicas no funcionamento cognitivo das crianças e
adolescentes, sempre tendo em consideração a interação entre os fatores inatos e a experiência,
e que a pessoa tem um papel ativo no desenvolvimento.

Este modelo contempla quatro estádios cognitivos. O primeiro é o estádio sensório-


motor, que decorre desde o nascimento até aos 2 anos. Piaget preconiza que os bebés aprendem
através da atividade sensorial e motora, e que as respostas complexificam-se dos reflexos e
comportamentos aleatórios para respostas orientadas por objetivos.

O segundo estádio é o pré-operatório (período pré-escolar, dos 2 aos 7 anos); as crianças


começam a ser mais proficientes no uso do pensamento simbólico mas ainda não conseguem
usar a lógica. Em seguida surge o estádio das operações concretas, que se situa entre os 7 e os
12 anos; neste estádio a criança desenvolve a capacidade de usar o pensamento lógico mas ainda
não é capaz de usar o pensamento abstrato. As crianças encontram-se limitadas a um
pensamento sobre situações reais, do aqui e afora. O quarto e último estádio de
desenvolvimento é o das operações formais; segundo Piaget os adolescentes atingem este
estádio assim que desenvolvem o pensamento abstrato. A compreensão do mundo deixa de ser
vista em termos daquilo que é para aquilo que pode ser. Os adolescentes são agora capazes de
usar o raciocínio hipotético-dedutivo, que se traduz na capacidade de desenvolver, considerar e
pensar hipóteses.

[9]
CONCLUSÃO

Ao rastrearmos as pesquisas em aquisição da linguagem oral monolíngüe, sem


desvios, no nos últimos 30 anos, concluímos pelo amadurecimento teórico e
metodológico dos pesquisadores, com o aparecimento de novos centros de investigação
e, portanto, de novos líderes, graças ao surgimento de novos cursos de pós-graduação
em letras e lingüística e o aporte de novas correntes de pensamento, com a abertura de
novos canais, sejam eles na forma de periódicos, de sítios eletrônicos, sejam na forma
de eventos regulares na área.

[10]
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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