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Exercícios
1. (UFRJ) Na verdade, à primeira vista, seu aspecto era de um velho como tantos outros, de idade
indefinida, rugas, cabelos brancos, uma barba que lhe dará um vago ar de sabedoria e respeitabilidade.
Mas uma certa agilidade e o porte ereto darão a impressão de que, apesar da aparência de velho, o
viajante guardará o vigor da juventude. E os olhos... ah, o brilho dos olhos será absolutamente sem
idade, um brilho deslumbrado como o de um bebê, curioso como o de um menino, desafiador como o
de um jovem, sábio como o de um homem maduro, maroto como o de um velhinho bem-humorado que
conseguisse somar tudo isso.
(MACHADO, Ana Maria. O CANTO DA PRAÇA. Rio de Janeiro: Salamandra, 1986.)
As conjunções "mas" e "e”, que iniciam o segundo e o terceiro períodos, são especialmente importantes
na ESTRUTURAÇÃO e no SENTIDO DO TEXTO. Explique por quê.
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Português
2. (Fatec) Observe o texto publicitário a seguir reproduzido, que explora de forma criativa o uso da
conjunção.
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Português
3. (Fatec)
Vou-me embora pra Pasárgada Mando chamar a mãe-d'água
Vou-me embora pra Pasárgada Pra me contar as histórias
Lá sou amigo do rei Que no tempo de eu menino
Lá tenho a mulher que eu quero Rosa vinha me contar
Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
Vou-me embora pra Pasárgada É outra civilização
Aqui eu não sou feliz Tem um processo seguro
Lá a existência é uma aventura De impedir a concepção
De tal modo inconsequente Tem telefone automático
Que Joana a Louca de Espanha Tem alcaloide à vontade
Rainha e falsa demente Tem prostitutas bonitas
Vem a ser contraparente Para a gente namorar
Da nora que nunca tive
E quando eu estiver mais triste
E como farei ginástica Mas triste de não ter jeito
Andarei de bicicleta Quando de noite me der
Montarei em burro brabo Vontade de me matar
Subirei no pau-de-sebo - Lá sou amigo do rei -
Tomarei banhos de mar! Terei a mulher que eu quero
E quando estiver cansado Na cama que escolherei
Deito na beira do rio Vou-me embora pra Pasárgada.
(Manuel Bandeira, Libertinagem)
Contrariando o emprego tradicional, a palavra “mas” não assume, no contexto acima, o papel de criar
contraste ou oposição entre os enunciados que liga; antes, cria um vínculo de sentido de intensificação
entre eles.
Assinale a alternativa em que se repete esse emprego de “mas”:
a) Se você gosta, mas gosta mesmo de comer, então você tem de conhecer Digeplus. (Texto de
anúncio publicitário)
b) Na mesa do escritório (...) a cadeira onde sentava era injustamente mais alta do que as duas
poltronas (...) reservadas aos seus interlocutores. Falava de cima, mas sabia ser suave, educado e
divertidamente inteligente. (ISTOÉ)
c) Nos próximos anos ele vai torcer o pé no futebol, machucar o joelho no pega-pega, vai cair de
bicicleta, da árvore... Mas tudo bem, ele já é um associado Trasmontano. (Texto de anúncio
publicitário)
d) Então Macunaíma foi pescar porque agora não tinha mais ninguém que pescasse pra ele não. Mas
cada peixe que tirava do anzol e jogava no paneiro, a sombra pulava do ombro, engo lia o peixe e
voltava pro poleiro outra vez. (Mário de Andrade)
e) Chegou a pegar o punhal que o índio lhe dera, mas compreendeu logo que não teria coragem de
meter aquela lâmina no peito e muito menos na barriga, onde estava a criança. (Veríssimo)
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Português
4. (ENEM – 2016) O senso comum é que só os seres humanos são capazes de rir. Isso não é verdade?
Não. O riso básico – o da brincadeira, da diversão, da expressão física do riso, do movimento da face e
da vocalização — nós compartilhamos com diversos animais. Em ratos, já foram observadas
vocalizações ultrassônicas – que nós não somos capazes de perceber – e que eles emitem quando
estão brincando de “rolar no chão”. Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local
específico no cérebro, o rato deixa de fazer essa vocalização e a brincadeira vira briga séria. Sem o riso,
o outro pensa que está sendo atacado. O que nos diferencia dos animais é que não temos apenas esse
mecanismo básico. Temos um outro mais evoluído. Os animais têm o senso de brincadeira, como nós,
mas não têm senso de humor. O córtex, a parte superficial do cérebro deles, não é tão evoluído como
o nosso. Temos mecanismos corticais que nos permitem, por exemplo, interpretar uma piada.
Disponível em http://globonews.globo.com. Acesso em 31 maio 2012 (adaptado)
A coesão textual é responsável por estabelecer relações entre as partes do texto. Analisando o trecho
“Acontecendo de o cientista provocar um dano em um local específico no cérebro”, verifica-se que ele
estabelece com a oração seguinte uma relação de
a) finalidade, porque os danos causados ao cérebro têm por finalidade provocar a falta de
vocalização dos ratos.
b) oposição, visto que o dano causado em um local específico no cérebro é contrário à vocalização
dos ratos.
c) condição, pois é preciso que se tenha lesão específica no cérebro para que não haja vocalização
dos ratos.
d) consequência, uma vez que o motivo de não haver mais vocalização dos ratos é o dano causado
no cérebro.
e) proporção, já que à medida que se lesiona o cérebro não é mais possível que haja vocalização
dos ratos.
5. (UFPel-RS) Leia este texto: “O esparadrapo X não gruda no machucado, portanto não dói na hora de
trocar; ainda que seja um pouco mais caro que os outros, é muito, muito melhor...”
a) Na primeira parte desse texto, há uma relação de causa-consequência. Essa relação está
evidenciada pelo uso do nexo conclusivo “portanto”. Escreva a primeira parte, evidenciando a
mesma relação (causa-consequência) através de um nexo de causa.
b) Escreva a 2ª parte do texto, substituindo o nexo de concessão “ainda que” por outro semelhante
(também concessivo).
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Português
6. (Puc-CAMP) CONFORME estava prestes a viajar para o exterior, não foi escolhida para o papel, QUE era
a mais indicada para representar aquele tipo de personagem.
A frase anterior está mal estruturada pelo uso inadequado das palavras em destaque. Mantida intacta
a oração principal, alterações têm de ser feitas para que o texto adquira coerência. Nesse caso, as
palavras destacadas devem ser substituídas, respectivamente, por:
a) Assim que – ainda que
b) Pois – visto que
c) Enquanto – ou
d) Se – à medida que
e) Como – embora
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Português
Gabarito
1. A conjunção “mas” traz a ideia de que, apesar da aparência de velho, o homem guardava em si o vigor da
mocidade, e na sequência, a conjunção “e” acrescenta o detalhe dos olhos que, por sua vivacidade,
tornam a idade do homem absolutamente indevassável.
2. D
A conjunção “ou” na primeira oração é alternativa, pois apresenta a ideia de exclusão de uma das
alternativas: viver ou sonhar, fazendo com que o leitor tenha que escolher uma das duas; já a conjunção
“e” é aditiva, isto é, apresenta valor inclusivo, de forma que o interlocutor possa harmonizar as duas
decisões.
3. A
Já na primeira alternativa, encontramos a palavra “mas” intensificando uma ideia, enfatizando a
repetição do termo que veio anteriormente. Em todas as demais alternativas, o “mas” funciona como
marcador de oposição.
4. C
Há uma relação de condição porque o rato apenas deixa de fazer a vocalização se o cientista provocar
um dano em um local específico do seu cérebro.
5.
a) Como o esparadrapo X não gruda no machucado, não dói na hora de trocar. (Poderia ser “já que” ou
alguma outra conjunção causal).
b) Embora seja um pouco mais caro que os outros, é muito muito melhor.
6. E
Devemos trocar a ideia de conformidade por uma conjunção causal, primeiramente. Depois, precisamos
pensar em uma relação de concessão. Por isso, a melhor opção é a letra E: COMO estava prestes a viajar
para o exterior, não foi escolhida para o papel, EMBORA fosse a mais indicada para representar aquele
tipo de personagem.
7. C
No período “Se bate-boca resolvesse o problema da seca, muitos nordestinos deixariam de morrer de
fome” existe uma relação de condição marcada pela conjunção “se”.