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Os seres heterotróficos são os mais abundantes quer sejam unicelulares quer sejam
pluricelulares. Estes seres necessitam de outros seres para sobreviverem pois não conseguem,
como os autotróficos, produzir matéria orgânica.
Os seres unicelulares capturam a matéria orgânica através da absorção, enquanto que os seres
mais complexos precisam de a ingerir e de fazer a digestão, em órgãos especializados, dessa
matéria orgânica (simplificação de macromoléculas de modo a serem utilizadas pelas células)
que será posteriormente transportada pelo sangue (seres mais complexos), ou outros fluidos,
até às células. As substâncias orgânicas vão ser utilizadas pelas células no seu metabolismo
celular, sendo que estas substâncias que sofreram o transporte rumo à célula, terão que passar
através da seletividade da membrana celular.
Membrana plasmática, celular ou plasmalema
Todas as células possuem esta estrutura, que é a responsável por garantir a obtenção de
matéria para a célula. Esta membrana delimita a célula, garante a manutenção do meio
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intracelular da célula e separa‐o do meio extracelular. Controla ainda a entrada e a saída de
substâncias. É uma estrutura muito pequena, apenas observável ao microscópio eletrónico.
Desde há muito que se estuda a membrana celular e ao longo do tempo foram surgindo
variados modelos explicativos da membrana, o que é aceite, atualmente, para a explicação do
funcionamento da membrana é o MODELO DO MOSAICO FLUIDO, desenvolvido por Singer e
Nicholson, em 1972.
Proteínas (25%);
Lípidos (bicamada fosfolipídica, pode conter colesterol ‐ 40%);
Glúcidos (10%).
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Lípidos da membrana
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Figura 1 ‐ Fosfolípido
Figura 2 ‐ O colesterol é uma molécula pertencente ao grupo de esteroides (lípidos com anéis de
carbono) e é insolúvel em água o que faz diminuir a permeabilidade da membrana. Confere
rigidez à membrana.
Proteínas da membrana
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EXTRÍNSECAS ou PERIFÉRICAS – quando se encontram, fracamente ligadas à parte mais
externa de ambas as camadas dos fosfolípidos.
As proteínas Intrínsecas são moléculas ANFIPÁTICAS, isto é, têm uma parte hidrofílica (parte
externa da camada) e outra hidrofóbica (parte interna da camada).
Glúcidos da membrana
Nem todas as membranas têm estas moléculas. São recetores de informação de certas
substâncias e localizam‐se na parte externa da membrana.
Assim chamado porque a membrana não é uma estrutura rígida, pois possui movimentos
laterais (fosfolípidos) e também transversais (movimentos flip‐flop), das moléculas que as
constituem (fosfolípidos e algumas proteínas).
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Ver animação em:
http://www.stolaf.edu/people/giannini/flashanimat/lipids/membrane%20fluidity.swf
Este modelo foi apoiado, posteriormente, através do avanço da técnica com a CRIOFRATURA,
congelando a membrana consegue‐se separa as duas camadas. (em inglês: https://www.wisc‐
online.com/learn/natural‐science/life‐science/ap1101/construction‐of‐the‐cell‐membrane).
O transporte das substâncias pela membrana é feito por diversos processos em que uns são
meramente físicos ‐ TRANSPORTE NÃO MEDIADO ‐ e outros intervêm as proteínas que estão
presentes na membrana ‐ TRANSPORTE MEDIADO.
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SUPERA – Explicações Individuais Multidisciplinares
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É um caso particular da difusão simples em que a água
substância que se desloca é a água. Transporte a favor
Osmose
do gradiente de concentração (passa de zonas de menor
concentração de um soluto, MEIO HIPOTÓNICO para
transporte
zonas de maior concentração, MEIO HIPERTÓNICO.
passivo
Para que a água se desloque gera‐se uma pressão, a PRESSÃO OSMÓTICA. Uma solução com elevada concentração de
soluto (meio hipertónico), tem uma elevada pressão osmótica e uma solução com baixa concentração de soluto (meio
hipotónico), tem baixa pressão osmótica.
Se a célula está exposta num meio hipotónico em relação ao meio intracelular, a água entra para o vacúolo da célula e
esta aumenta de volume, diz‐se que a célula fica TÚRGIDA.
Se a célula está exposta num meio hipertónico em relação o meio intracelular, a água da célula desloca‐se para o exterior
e a célula diminui de volume, diz‐se que está PLASMOLISADA.
A célula vegetal tem a parede celular e na turgência, esta exerce uma força contrária à água que entra na célula fazendo
com que o aumento de volume não seja significativo. Na célula animal, com o aumento de volume pode acontecer
a LISE da célula (rebenta).
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Um exemplo prático deste processo é quando temperamos uma salada de tomate com sal. Após um tempo aparece no
fundo uma solução aquosa na saladeira, que é a água que as células perderam para o meio, que estava hipertónico em
relação à célula.
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A substância liga‐se à permease, esta muda de
configuração durante o transporte da substância para
permitir a entrada da mesma.
muda de forma graças à energia e transporta a
substância par o outro lado da membrana.
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É o processo inverso da endocitose. As vesículas hormonas,
exocíticas movem‐se até à membrana, dá‐se fusão da enzimas
Exocitose
membrana da vesícula com a membrana celular e o da digestivas,
vesícula liberta‐se para o meio extracelular. produtos
excretados da
digestão celular
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Digestão intracelular
Se observarmos uma célula podemos verificar que a maior parte do volume desta é ocupado
pelo sistema membranar. Este sistema é constituído por organitos que têm comunicação
entre si: a membrana nuclear, o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi.
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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO (RE)
O RE pode ser:
COMPLEXO DE GOLGI
face convexa ‐ virada para o RE. Esta face é a fase de formação, onde os dictiossomas
recebem as proteínas vindas do RE;
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face concava – esta face é a fase de maturação, onde as vesículas vão sendo substituídas
por novas vesículas vindas da parte convexa e esta dará origem a vesículas de secreção.
NOTA: As proteínas que vão passando do RE para o CG vão sofrendo transformações, como a
que ocorre ao nível das enzimas, que ficam ativas.
LISOSSOMAS
São vesículas delimitadas por uma membrana e que contêm enzimas. Formam‐se na fase de
maturação do complexo de Golgi, podendo unir‐se a outras vesículas endocíticas (no
citoplasma), originando um VACÚOLO DIGESTIVO.
Os lisossomas intervêm nas digestões das substâncias que foram endocitadas (fagocitose e
pinocitose) – HETEROFAGIA ‐ e também participam na digestão de organelos que necessitam
de ser renovados, formando um vacúolo autofágico ‐ AUTOFAGIA.
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Digestão extracelular
Na maioria dos seres heterotróficos mais complexos a digestão é feita fora das células, isto é,
extracelular, sendo que há mesmo seres nos quais a digestão é realizada fora do corpo
(extracorporal). Ex.: alguns fungos.
À medida que a complexidade do ser vai aumentando, também os sistemas digestivos vão
evoluindo de forma a um maior aproveitamento dos alimentos.
incompletos ‐ têm apenas uma abertura por onde entram os alimentos e por onde sai
o que não foi digerido. Ex.: hidra e planária);
completos ‐ têm duas aberturas: boca e ânus.
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Sistema digestivo incompleto ‐ Hidra e Planária
A Hidra tem a boca circundada por tentáculos e está ligada a uma cavidade em forma de saco
(cavidade gastrovascular ‐ funções digestivas e absorção dos nutrientes para as células)
onde ocorre a digestão extracelular. Os produtos gerados na digestão extracelular são,
depois, absorvidos por todas as células, onde ocorre a digestão intracelular. Os produtos
excretados pelas células passam para esta cavidade, através da exocitose e são libertados
através da contração do corpo.
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Sistemas digestivos completos (digestão exclusivamente extracelular)
Os seres que possuem sistemas digestivos completos têm vantagem dado que o percurso dos
alimentos ocorre num só sentido, aumentando a eficiência da digestão e absorção. A digestão
pode ocorrer em vários órgãos especializados para a digestão específica de determinados
nutrientes. A absorção ao dar‐se num tubo é mais eficiente e os produtos de excreção são
expulsos por um outro orifício (ânus).
Invertebrado ‐ Minhoca
Vertebrados
São os seres mais complexos e o seu sistema digestivo acompanha esta complexidade. Todos
apresentam dois órgãos anexos (fígado e pâncreas), produtores de substâncias que são
lançadas no intestino (bílis do fígado e enzimas do pâncreas) e misturadas com os produtos
alimentares. Alguns têm glândulas salivares.
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