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Queridos alunos!
Vamos, neste momento, aplicar os conhecimentos sobre linguagem e procedimentos
para ensino da linguagem num caso concreto. Abaixo vocês vão encontrar observações
feitas a partir da avaliação de uma criança. Com base nessas observações, vocês
deverão:
1- Classificar os comportamentos observados;
2- Estabelecer 5 prioridades de intervenção com vistas à aquisição da linguagem;
3- Elaborar uma sessão com cinco programas estruturados para atender às
necessidades da criança.
->Vocês devem eleger um ou dois colegas (no máximo) como representantes do grupo
para apresentar partes das respostas de vocês no momento de socialização coletiva dos
resultados da prática. Vou pedir a cada grupo que socialize uma parte de seu trabalho.
Se quiserem compartilhar tela para exibir as respostas de vocês, será possível, mas a
resposta oral será suficiente.
Participantes:
Débora Tamires Soares da Silva
O caso:
Paciente: Sávio H. G.
Idade na avaliação: 3 anos e 3 meses
Data da conclusão da avaliação: 08/04/2021
Você, terapeuta do Sávio, procedeu à avaliação de marcos dessa criança. Sua
avaliação incluiu entrevista com os genitores, duas professoras da criança, análise de
vídeos caseiros e cerca de 10h de sessões com a criança. Utilizando seu protocolo
preferido, adequado ao caso e, ao analisar sua avaliação constatou que:
1. Sávio não fala palavras. Ele emite vocalizações espontâneas, sem intenção
comunicativa (ecolalias) em alta frequência. Os sons produzidos se parecem
com vogais e sílabas de duas letras. Cerca de 15 vocalizações diferentes
2. Sávio senta espontaneamente e sob demanda e é capaz de permanecer sentado
por vários minutos em seguida. As vezes se levanta, mas aceita ser conduzido à
cadeirinha sem maiores dificuldades.
3. Ele faz contato visual como forma de mando, em situações de atenção
compartilhada (alternando o olhar entre o objeto de interesse e o rosto do
terapeuta). Essa é sua única forma de mando no momento.
4. Também faz contato visual sob demanda, a pedido do terapeuta, mas desvia o
rosto rápido (o contato dura até 2 segundos).
5. Não mostra nenhum repertório de responder de ouvinte. Não parece reconhecer
qualquer palavra.
6. Sempre que é deixado sem demandas, sentado em sua cadeira, exibe gestos
repetitivos de bater as costas de uma mão na palma da outra. È capaz de passar
vários minutos engajado nesse ato motor. Quando o terapeuta se aproxima e
oferece objetos (brinquedos, cartões, livros infantis) ele, espontaneamente cessa
o gesto e usa as mãos para alcançar os objetos e manipulá-los.
7. Sávio consegue realizar emparelhamento de estímulos quando há apenas um
estímulo-modelo e dois estímulos-comparação. Quando há mais de dois
estímulos-comparação, nota-se que ele tende a pegar a figura que estiver mais
próxima de sua mão.
8. Sávio não apresenta atos imitativos, seja espontaneamente, seja sob demanda.
9. No momento da retirada do reforçador para retorno à atividade, Sávio chora, dá
tapas no terapeuta enquanto tenta alcançar o objeto.
10. No teste de preferência de reforçadores, mostrou maior interesse por: carrinhos,
animais em miniatura e cartões com letras e números.
2- As cinco prioridades de intervenção para Sávio com vistas à aquisição da fala devem
ser:
1- contato visual sob controle instrucional
2- sentar-se sob controle instrucional
3- Imitação e imitação generalizada
4- ecoico e ecoico generalizado
5- emparelhamento de identidade
Programação da sessão de intervenção
Programa 1: contato visual sob demanda- atender quando chamado pelo nome
Meta para aumentar o nível de exigência: 3 blocos de 10 tentativas com AI para
contato visual sustentado de 2"
Meta concluir o programa: 3 blocos de 10 tentativas com AI para contato visual
sustentado de 5"
Estímulos utilizados (quando cabível):
Antecedente (comportamento do terapeuta): o terapeuta se posiciona atrás da criança
e o solicita pelo nome
Resposta esperada: a criança direciona o rosto e olha para o terapeuta mantendo o
contato visual de 2"
Acerto independente: direciona o rosto e olha para o terapeuta por 2" quando
chamado pelo nome, sem ajudas.
Acerto com ajuda (quando cabível, especifique ao menos dois níveis de
ajuda do mais simples para o mais completo): o terapeuta toca sutilmente ou
direciona totalmente o rosto da criança à ele
Erro: mesmo após as ajudas, a criança não faz contato visual com o terapeuta
quando chamada pelo nome
Consequência (serão fornecidos reforçadores à criança?): reforço social, carrinho