(1) A cognição envolve processar informações do ambiente e interagir com ele. Aprender envolve diferentes níveis de retenção de acordo com a forma de engajamento, como ouvir, ler, ver, discutir etc.
(2) Manter um cérebro saudável envolve exercícios, alimentação balanceada, sono, bom humor e aprender coisas novas diariamente.
(3) A neurociência mapeou circuitos cerebrais envolvidos na leitura e escrita, e propõe métodos como o fôn
(1) A cognição envolve processar informações do ambiente e interagir com ele. Aprender envolve diferentes níveis de retenção de acordo com a forma de engajamento, como ouvir, ler, ver, discutir etc.
(2) Manter um cérebro saudável envolve exercícios, alimentação balanceada, sono, bom humor e aprender coisas novas diariamente.
(3) A neurociência mapeou circuitos cerebrais envolvidos na leitura e escrita, e propõe métodos como o fôn
(1) A cognição envolve processar informações do ambiente e interagir com ele. Aprender envolve diferentes níveis de retenção de acordo com a forma de engajamento, como ouvir, ler, ver, discutir etc.
(2) Manter um cérebro saudável envolve exercícios, alimentação balanceada, sono, bom humor e aprender coisas novas diariamente.
(3) A neurociência mapeou circuitos cerebrais envolvidos na leitura e escrita, e propõe métodos como o fôn
Cognição é o ato de processar informações, é a percepção que
uma pessoa tem do meio em que vive, processando esse
estímulo, decodificando, interagindo e respondendo ao meio que vive. 5% daquilo que ouve; 10% do que lê, 20% do que vê, 30% do que demonstra, 50% do que discute em grupo, 75% do que prática e 90% do que ensina aos outros. Simplificadamente, existem cinco fatores que contribuem para um encéfalo saudável: (1) a prática regular de exercícios físicos que sejam prazerosos a quem os realiza, estes exercícios podem ser caminhadas, dança, natação, musculação, etc....; (2) alimentação balanceada, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras, sais minerais e vitaminas; (3) sono tranquilo, regular e satisfatório; (4) bom humor e otimismo ao se viver; (5) manter a mente em funcionamento, aprendendo algo novo a cada dia. Leitura e escrita O que já foi mapeado com mais segurança são alguns circuitos cerebrais especializados no processamento da leitura e da escrita. Várias áreas estão envolvidas, entre elas centros de linguagem no hemisfério esquerdo, como a área de Broca (expressão) e a de Wernicke (compreensão), e áreas que processam a música, no lado direito. Uma criança adquire a língua nativa de maneira natural, pela mera exposição ao ambiente, mas o mesmo não ocorre com a leitura e a escrita. Elas precisam ser ensinadas. A neurociência acredita no método fônico, que se baseia na relação entre a letra e o som correspondente. É por esse caminho que vai Stanislas Dehaene. Ele explica que no português, por exemplo, a criança absorve primeiro a combinação de consoantes e vogais. Em seguida, entende a combinação entre duas consoantes e uma vogal, como o “bro” de cérebro. Essa composição do menor para o maior é realizada no hemisfério esquerdo do órgão. Quando a formação por meio do aprendizado se baseia primeiro na identificação da palavra inteira, como propõe a teoria construtivista, ativa-se o lado direito do cérebro, mas a decodificação dos símbolos tem de migrar para o lado esquerdo para que seja concluída. Haveria certo atraso, enquanto o fônico permitiria uma relação mais imediata entre letras e sons. Consenso é que a criança precisa praticar tanto a leitura quanto a escrita para reservar a vaga que ambas conquistaram no cérebro. Como meio plástico e pragmático, ele logo coloca outra função no lugar se perceber que a vaga está ociosa. Por isso, a neurociência propõe estimular a criança com leituras diárias, para automatizar o processo e facilitar a interpretação de texto, e escritas cotidianas, para robustecer a memória da criança, ajudá-la a dialogar consigo mesma e com outras pessoas e estimulá-la a tomar decisões constantemente. Afinal, na escrita ela precisa escolher as palavras e alinhavá-las bem para que faça sentido o que deseja transmitir. Copiar e colar subestima toda a capacidade do cérebro de estruturar o pensamento dentro de uma convenção (a escrita) e ainda criar textos claros e criativos. Lições da neurociência para a sala de aula Veja o que as pesquisas apontam sobre como funciona o cérebro que aprende 1) A emoção reforça os caminhos neurais O cérebro evoluiu para preservar conteúdos que tenham acervo emocional. Quanto mais vezes a amígdala (porção cerebral associada às emoções) for ativada em uma experiência, maiores serão as chances de um evento ser guardado. A proposta, portanto, é balancear o aprendizado “racional” com aspectos da vida cotidiana e sentimental do aluno. 2) Sono ajuda na aprendizagem Diferentes regiões do cérebro são restauradas pelo sono e dependem dele. Crianças bem descansadas mentalmente, que tiveram um sono reparador, terão melhor desempenho na sala de aula a curto e a longo prazo. Algumas pesquisas indicam que o início mais tardio das aulas no período da manhã é uma opção interessante para adolescentes em particular, com expressiva melhora no aprendizado e na interação social. 3) O cérebro é plástico Por si, sem cirurgias nem medicamentos, o cérebro tem a capacidade de se transformar. Essa neuroplasticidade permite que adquiramos novas habilidades se bem estimulados. Vários casos de pessoas que, submetidas a técnicas baseadas na neuroplasticidade, conseguiram avançar em áreas nas quais “patinavam”. 4) Organização da sala influencia Pesquisa mostrou que duas crianças interagem melhor face a face. Se você mudar a posição delas e pedir que conversem olhando para o restante da classe, o desempenho e a sincronia cerebral são menores porque se perde a empatia que “amarrou” os dois cérebros. Isso é interessante porque a posição das crianças na sala é uma variável que precisa ser considerada na Educação. Daqui a cinco a dez anos, completa ele, a neurociência poderá dar sugestões sobre a geometria da sala de aula. 5) Cérebro do professor e do aluno sincronizam-se O neurocientista Roberto Lent, no livro O Cérebro Aprendiz, trata da plasticidade transpessoal, a sincronia entre um cérebro e outro. Ele e sua equipe acompanharam o cérebro de quatro universitários durante uma aula teórica expositiva. Dividiram os 40 minutos da aula em quatro blocos de 8 a 10 minutos e descobriram que só houve sincronia na atividade cerebral dos quatro estudantes durante o primeiro bloco. Nos demais, os cérebros se ativaram de forma diferente. Uma das hipóteses: depois dos 10 minutos, cada um pensou em algo diferente. Sobre o cérebro plástico Em termos práticos, isso nos traz duas constatações, uma boa e outra nem tanto. A boa é que podemos desenvolver a habilidade que quisermos, dentro de nossas possibilidades, com a simples repetição. Em outras palavras, você pode nunca ter tocado violão na vida, mas se começa a estudar hoje e praticar diariamente, em algum tempo seu cérebro terá dominado essa nova habilidade. A má notícia é que tudo aquilo que já estamos condicionados a fazer é bem mais difícil de ser interrompido. Por exemplo, se você tem a “habilidade” de pensar de forma negativa e de reclamar de tudo, seu cérebro está apto para isso. Será preciso bastante força de vontade para interromper esse hábito e substituí-lo por um novo. É difícil, embora não impossível. É por isso que quebrar antigos hábitos e mudar radicalmente nosso estilo de vida é tão difícil. Mesmo que você saiba os caminhos, que tenha uma boa motivação, ainda assim vai ter que vencer um poderoso inner game para ser bem-sucedido. A dificuldade é que você terá que ativar áreas do cérebro que não estão acostumadas a serem usadas, ou que são bem menos usadas do que outras áreas que agora você quer usar menos. A única maneira de fazer isso é através da repetição diária: executar os hábitos novos, mesmo que não esteja sentindo vontade, e deixar de executar os antigos, mesmo que esteja com muita vontade de fazê-los.
Sincronia cerebral em sala de aula, o que isso significa?
Pesquisas recentes realizadas nos Estados Unidos, na New York University, mostraram resultados com relação positiva entre as avaliações das atividades e a sincronia das ondas cerebrais entre os estudantes, enquanto grupo – em outras palavras, quanto mais as ondas dos alunos sincronizavam, mais eles tendiam a avaliar positivamente as atividades em sala de aula. Similarmente, quanto maior a sincronização entre um indivíduo e seus colegas de turma, mais ele tendia a dar notas positivas para o estilo de ensino do professor. Os pesquisadores também examinaram se a existência de relação de sincronia entre cérebros refletia o quanto os alunos gostavam de seus colegas. Para isto, os alunos relataram o quanto eles eram próximos entre si. Com estes dados, verificou-se que pares de estudantes que se sentiam mais próximos estavam mais em sincronia durante as aulas, mas apenas se tivessem interagido entre si face-a-face imediatamente antes da aula. Isso sugere que interação face-a-face antes de compartilhar experiências tem relevância para os resultados de aprendizagem, mesmo que o aluno não interaja com o mesmo colega durante a atividade – talvez pelo fato de proporcionar previamente um ambiente mais seguro e acolhedor ao aluno. Finalmente, alunos que consideravam as atividades em grupo importantes em suas vidas, apresentaram maior sincronia com seus colegas de turma. Tais pesquisas e resultados podem ser de grande valia a educadores que, muitas vezes, contam apenas com avaliações generalistas ou subjetivas para verificar o quanto os alunos estão engajados em sala de aula. Com este tipo de medição, podemos verificar, individualmente, com dados concretos do funcionamento cerebral dos alunos, a relação de proximidade ou não com as atividades em sala de aula e seu ambiente. Além das verificações tradicionais, apresenta-se agora um interessante recurso para auxiliar os professores a diagnosticar os resultados de seu trabalho. Ainda mais que tais equipamentos de medição estão cada vez mais acessíveis e portáteis.