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APRENDA COMO A

NEUROPLASTICIDADE E
APRENDIZAGEM CAMINHAM
JUNTAS.

Professor: Prof. Luiz Paulo Moura Soares


Neuropsicopedagogo
@luizpaulomourasoares
NEUROPLASTICIDADE
A NEUROPLASTICIDADE é uma capacidade de
adaptação do Sistema Nervoso Central (SNC) em
modificar as propriedades fisiológicas em
resposta às alterações do ambiente. Isso
significa que as células neuronais serão capazes
de recuperar áreas cerebrais que foram
lesionadas.
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▪ A NEUROPLASTICIDADE (também conhecida
como plasticidade neuronal) refere-se à
capacidade do sistema nervoso de sofrer
modificações e adaptações quando exposto a
novas experiências.

▪ No entanto, a plasticidade NÃO OCORRE de


maneira uniforme e imutável ao longo da vida.
▪ O grau de neuroplasticidade varia muito de acordo com a idade do
indivíduo: durante o desenvolvimento ontogenético, o sistema
nervoso é extremamente plástico e moldado pelo genoma e pelo
ambiente. Entretanto, depois que o organismo ultrapassa essa fase e
atinge a maturidade, sua capacidade plástica se modifica e fica mais
restrita (Chang, 2014).

▪ Isso explica porque as crianças, em geral, possuem maior facilidade


para aprender novas habilidades e novos idiomas: o número de
sinapses em cérebros de crianças é 50% maior que nos cérebros
maduros (Bavalier e Neville, 2002).
• Durante o período da adolescência ocorre uma
gigantesca fase de “podas” neuronais na qual diversas
conexões sinápticas são perdidas e o número de
neurônios é reduzido (Paolicelli 2011).

• Esse processo faz parte do desenvolvimento saudável


do sistema nervoso, já que durante ele ocorre o
refinamento sináptico: neurônios e vias sinápticas que
foram muito utilizadas são reforçadas e, da mesma
forma, as vias sinápticas que não foram são perdidas
(Filipello 2018).
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▪ A neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de aprender e
se reprogramar. Essa competência está presente nas células
nervosas e permite que todo o sistema nervoso consiga se adaptar a
determinadas situações, como traumas e lesões.

▪ Sinapse é o ponto de junção entre os neurônios para que ocorra a


transmissão do impulso neural por meio do sistema nervoso. As
memórias obedecem às modificações da estrutura e da função das
sinapses. A capacidade de aprender está diretamente conectada à
quantidade de sinapse.
▪ O CÉREBRO tem a capacidade de mudar, moldar e
adaptar, em nível funcional e estrutural, ao longo da vida
humana. Esse fenômeno é denominado de
NEUROPLASTICIDADE OU PLASTICIDADE NEURONAL.

▪ A INTERAÇÃO COM O AMBIENTE é de suma


importância porque ela induz a formação de novas
conexões nervosas e, por consequência, propicia a
aprendizagem. Os nossos comportamentos são em
grande parte aprendidos, ao contrário de outros animais
que já vêm programados de natureza.
▪ A memória de trabalho, também denominada de memória
operacional, memória de curtíssima duração, tem por
Neuroplasticidade, memória e aprendizagem tem a função
administrar a realidade. Ela é crucial para a regulação cotidiana do
nosso comportamento.

▪ O fato de o arquivamento definitivo da informação ter sido


concluído por meio da consolidação celular não implica que o que
foi aprendido perdure eternamente. Apenas indica que o processo
neuronal de registro da informação foi finalizado, isto é, que as
células nervosas concluíram o seu trabalho.
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APRENDIZAGEM E NEUROPLASTICIDADE.
▪ A aprendizagem e a neuroplasticidade estão diretamente interligadas.
Toda vez que o ser humano adquire um novo aprendizado, o cérebro
encarrega-se de armazená-lo.

▪ Esse processo gera plasticidade, isto é, novas conexões neuronais


são feitas (ou desfeitas) com o propósito de armazenar o que foi
apreendido, de modo que a pessoa possa recuperar no futuro a nova
informação ou a nova habilidade.

▪ A cada nova vivência ou novo aprendizado as ligações entre os


neurônios ficam mais eficientes e fortes, fazendo com que as redes
neuronais sofram mutação.
▪ Paralelamente à neuroplasticidade e à
aprendizagem, a memória se encarrega de adquirir,
reter e evocar informações. Todo este processo está
diretamente interligado ao modo de
funcionamento do cérebro e, de maneira mais
específica, dos neurônios.

▪ A neuroplasticidade permite a regeneração dos


neurônios e que sejam criadas conexões sinápticas, ou
seja, controla todas as nossas funções cognitivas, tais
como atenção, memória, linguagem e percepção, entre
COMO PODEMOS OTIMIZAR ESSE PROCESSO NA EDUCAÇÃO,
ATRAVÉS DA NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL.

1. FORNEÇA EDUCAÇÃO CONTINUADA AOS


PROFESSORES.
Para que a teoria seja posta em prática, é
necessário primeiro orientar os professores
para que eles, então, estejam preparados para
envolver os alunos com as inovações da
neurociência na educação.
2. TRABALHE COM OS SENTIDOS DOS ALUNOS.
▪ De acordo com a neurociência, quando os sentidos de
uma pessoa são ativados, isso também ativa neurônios
no cérebro.

▪ Com isso, os estímulos recebidos pelo aluno em sala de


aula alcançam seu cérebro por meio dos seus órgãos
dos sentidos. Esses ativam diferentes grupos de
neurônios, interligados entre si, cada qual envolvido com
determinada função mental essencial para o processo de
aprendizagem.
3. PROMOVA ATIVIDADES QUE ESTIMULEM A
NEUROPLASTICIDADE.
▪ É possível favorecer a neuroplasticidade ao reativar

neurônios e desencadear transformações nas


conexões cerebrais (as sinapses), o que contribui
para a consolidação dos conhecimentos na memória
de longo prazo do estudante.

▪ ATIVIDADES que incentivem o aluno a elaborar,


reensinar, retomar e recuperar dados para, então,
criar novas informações, são aliadas para isso.
4. VALORIZE O CONHECIMENTO DO ALUNO JÁ TÊM.

▪ Com a neuroplasticidade, há a formação de novos


caminhos no cérebro. No entanto, ao criá-los, ele usa
informações, conhecimentos e caminhos que já formou
antes.
▪ Conforme a neurociência na educação, a construção
mais bem-sucedida da memória de trabalho (de curto
prazo) ocorre quando há ativação do conhecimento
prévio do cérebro antes que a nova informação seja
ensinada.
5. TORNE O APRENDIZADO MAIS LEVE E
DIVERTIDO.

▪ Cada vez mais, a neurociência na educação demonstra


a importância de tornar o aprendizado mais divertido e
engajador para o aluno.

▪ Isso porque experiências prazerosas fazem com que o


corpo libere dopamina, que, por sua vez, ajuda o
cérebro a se lembrar dos fatos, algo essencial para o
processo de aprendizado.
6. ENVOLVA OS ALUNOS AO LONGO DO CICLO
LETIVO.

▪ A neurociência na educação também indica que é


importante envolver os alunos para estimular sua
atenção.
▪ Entre os caminhos para isso, é aconselhável alternar
as fases de aprendizado e teste, e reativar o
conhecimento várias vezes durante o ano, o que
permite que ele seja armazenado na memória de longo
prazo.
7. CRIE AMBIENTES SEGUROS.

▪ Temos condições mais favoráveis ao aprendizado quando nos


sentimos seguros. Esse é outro insight trazido pela neurociência na
educação.

▪ Desse modo, é fundamental buscar maneiras de fazer com que o


estudante sinta-se acolhido e pertencente ao grupo, e que está em um
ambiente seguro físico e emocionalmente.

▪ Não ter extrema rigidez com erros, ser aberto a perguntas e ao


diálogo, e promover atividades que permitam a integração dos
estudantes são algumas alternativas para buscar esse objetivo.
Bibliografia
● Neurociência na educação: como utilizá-la em sala de aula (linkedin.com)
● https://www.revistapsicopedagogia.com.br/detalhes/760/neuroplasticidade--memoria-e-aprendizagem-
● Cosenza, R. M., & Guerra, L. B. (2011). Neurociência e educação: como o cérebro aprende. Artmed.

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