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Desenvolver uma visão ampliada, que contemple mais que os aspectos que
envolvem a aprendizagem e aquisição de conhecimentos nas diferentes
disciplinas, torna-se fundamental para o adequado desenvolvimento
psicossocial das crianças e adolescentes, minimizando possíveis desfechos
negativos na vida adulta. Cada vez mais se mostra importante atentar para
aspectos emocionais que podem interferir significativamente no curso das
aprendizagens nos anos escolares.
A própria Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) sugere que possam
ser trabalhados na educação aspectos cognitivos, emocionais e sociais. Aliás,
muito se fala hoje no desenvolvimento das capacidades socioemocionais das
crianças e adolescentes. Fazer com que a educação contribua para além da
aquisição de conhecimentos a partir das disciplinas básicas passa a ser uma
das missões de professores e educadores. Formar jovens cidadãos com
habilidades sociais, inteligência emocional, pensamento criativo, educação
financeira, capacidade de raciocínio, resolução de problemas e tomada de
decisão passa a ser um dos grandes desafios da educação na
contemporaneidade.
Pode-se citar aqui Piaget, Montessori, Steiner, Erikson, Dewey, Elkind, Freud,
Gardner, entre outros. As proposições teóricas e práticas de tais autores, aliadas
ao entendimento de como o cérebro funciona e se desenvolve ao longo da
infância e adolescência, serão fundamentais para a renovação de discursos e
práticas educacionais. Prestar uma maior atenção nas necessidades básicas
dos indivíduos ao longo de sua formação e considerar diferenças existentes
entre os aspectos biopsicossociais das crianças, adolescentes, jovens e adultos
conduzirá a adequação de práticas educacionais mais sensíveis e eficazes.