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22/11/2020 Roteiro de Estudos

Diagnóstico Neuropsicopedagógico

Roteiro de
Estudos
Autor: Ma. Luiza Cristina Ricotta
Revisor: Laís Bastos Marchesoni

Olá! Caro(a) estudante, nesta disciplina, abordaremos aspectos do diagnóstico


neuropsicopedagógico e a importância da atuação educativa do neuropsicopedagogo por meio
de estratégias e técnicas facilitadoras, que poderão ser utilizadas a m de amenizar e
aprimorar competências diante de obstáculos da aprendizagem. A aprendizagem pressupõe
mudanças no comportamento, que resultam da experiência, de modo que contamos com
teorias relativas à aprendizagem e de comportamento. Se a pedagogia se ocupa dos recursos e
práticas didáticas para ocorrer, a psicopedagogia se ocupa das repercussões diante de
di culdades identi cadas pelo aprendiz e a correção de algum caminho no sentido de
identi car novos recursos que venham a contribuir para que os processos mentais ocorram e a
inclusão seja efetiva. A neuropsicopedagogia é uma ciência que estuda o sistema nervoso
central, o cérebro e o funcionamento mental associado a repercussões que acarretarão na
aprendizagem, adotando conhecimentos da psicologia, da neurociência e da pedagogia.

Caro(a) estudante, ao ler este roteiro, você irá:

analisar a perspectiva da nalidade do diagnóstico neuropsicopedagógico;


criar conexões entre o diagnóstico, associadas às funções motoras do cérebro: cognitiva,
linguística, social, memória, aprendizagem, atenção e concentração;
entender algumas síndromes e quadros clínicos;
identi car algumas estratégias neuropsicopedagógicas facilitadoras da compreensão,
aprendizagem e de inclusão;
aplicar os conhecimentos para ação de diagnóstico interventivo clínico e institucional.

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Introdução
É possível admitir que há diferentes estímulos diante das circunstâncias nas quais a
aprendizagem ocorre. Os processos cognitivos estão diretamente associados às práticas
pedagógicas que são e podem ser utilizadas como forma de favorecer a aprendizagem e
considerar as melhores práticas para cada tipo de contexto. E a disposição de quem aprende
(educando ou aprendiz) está no conjunto de competências e adaptações que é capaz de
realizar a m de construir esses saberes e fazer conexões neurais.

O educando, na sua qualidade humana, é capaz de ser exível e adaptável. Vamos


compreendê-lo como alguém aberto ao novo, que se modi ca por meio da experiência e que é
capaz de criar novos cenários ou respostas.

Historicamente, pela evolução dos estudos da aprendizagem, o que contribui para a sua
di culdade é quando pensamos nos diagnósticos que são necessários fazer, compreendendo
que estamos diante de um campo muito fértil, multidisciplinar e nenhuma versão teórica
negaria que a aprendizagem ocorre dentro do cérebro ou, podemos também dizer, na mente.
A tendência behaviorista considera os eventos fora da cabeça, e a tendência cognitiva
considera o que está dentro. Quanto mais estímulo, mais efetividade no exercício pleno
daquelas funções cerebrais.

Como o Cérebro Aprende


Os cérebros de humanos têm características gerais semelhantes se considerarmos um grupo
de pessoas, porém, cada indivíduo apresenta uma conexão neural especí ca, diferenciando-se
de uma pessoa para a outra, re etindo-se sobre a herança genética e a experiência de vida
particular, sendo que essas conexões poderão ser mais fortes ou menos intensas de acordo
com o uso no decorrer da vida. É extraordinário conceber que o cérebro, na sua unicidade,
desenvolve-se de forma exclusiva, ajustando-se às nossas necessidades e sempre se
modi cando a cada nova cognição, ou seja, quando tem conhecimento de novos conceitos e
saberes a ponto de interferir em sua capacidade de atuar, pensar e se relacionar.

O “darwinismo neural” é um conceito da Teoria da Seleção de Grupos Neuronais, proposto por


Gerald Edelman (1993), que explica porque o cérebro é plástico, ou seja, capaz de se modi car
conforme o nosso meio ambiente e de acordo com as nossas experiências. Por isso, podemos
aprender e desaprender, além disso, pessoas com lesões cerebrais podem vir a recuperar
funções perdidas. Isso signi ca que, quanto mais praticamos, ou seja, repetimos as mesmas
ações ou pensamos com mais frequência, as conexões são feitas de forma repetida, tornando-

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se xas ou registradas. Esses circuitos vão de nindo um caminho de conexões para as


atividades e, com isso, entende-se que, quanto mais exercitamos esses circuitos neurais
cerebrais, mais eles vão se adaptar, portanto, sobreviver. Do contrário, se não exercitamos,
podemos nos perder na falta de registro e de prática.

Se você usa seus recursos mentais, a conexão cerebral é fortalecida e, quando esta é ausente
ou pouco utilizada, signi ca que falta esse caminho de circuitagem para promover as sinapses
que direcionam a compreensão de determinada ação. Se não houver prática, a ação se perde,
isto é, desaprendemos algo. Para Edelman (1993), o cérebro é capaz de produzir redes neurais
complexas que se adaptam a estímulos sensoriais e estímulos ambientais. O darwinismo
neural não está apenas de acordo com a seleção natural, mas também se alinha ao
materialismo histórico porque atua como uma mediação plástica entre o mundo material e
nossos estados mentais (EDELMAN, 1993).

Os caminhos neurais que vão controlar as funções básicas que necessitamos para sobreviver,
como respiração, estabilidade de nossa temperatura e o próprio batimento cardíaco, já estão
conectados na gestação, toda a homeostase (sistema de equilíbrio orgânico) do sistema
humano se dá e se estabiliza diante das condições que o feto apresenta em sua genética e na
ambientação a qual está inserido. Já a aprendizagem que fará parte da vida do indivíduo por
todo o tempo  está mais predisposta aos fatores ambientais e dotará da plasticidade, tendo em
vista a exibilidade do cérebro, que pode até diminuir com a idade, porém, ele se mantém
plástico no decorrer de toda a vida, reestruturando-se de acordo com o que aprende. Cada
aprendizado oferece elementos que dão sentido e origem a novos conceitos que passam a ser
aprendidos.

Quanto mais habilidades passamos a desenvolver, que envolvam a cognição, mais automáticas
elas se tornam; na medida em que são estabelecidas, tornam-se mais fáceis e requerem menos
esforço mental, pois já estão formadas as sinapses e conexões nas estruturas neurais. Os
neurônios recrutados para esse processo de aprendizagem são lembrados para realizar outras
tarefas e essa é a natureza fundamental da aprendizagem no cérebro.

Se nos perguntarmos qual das in uências exerce seu maior papel no desenvolvimento
humano, podemos nos questionar se são os genes ou o meio social. Devemos pensar sobre as
in uências da natureza humana ou da cultura. Nessa consideração, é compreensível termos
uma visão multidisciplinar, a m de compreender a complexidade que determinado cérebro
apresenta, e cada pro ssional trará uma observação relevante. É por isso que, muitas vezes, o
trabalho do psicopedagogo lida com a avaliação psicológica, com as considerações perceptuais
do educador que conduz a aprendizagem e com a família que tem registros da sua afetividade
e socialização. Grande parte do que somos é advindo das duas in uências: em alguns casos, os
genes são mais expressivos; em outros, o meio social. É com isso que contamos quando
aprendemos e nos dispomos a esse aprendizado. É preciso saber conduzi-lo para que as
conexões neurais possam ocorrer.

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Por isso que, se faltar atenção concentrada, é provável que não memorize determinada
informação nessa brecha e, assim, ela evolui para outras lacunas de aprendizagem. Falamos
das trilhas que são estratégias que se propõem a facilitar a aquisição do conhecimento e,
principalmente, se pretendemos adquirir algum hábito ou que determinada conduta seja
implementada. Com essas pistas, é possível treinar essas funções e, a partir disso, fortalecer as
conexões neurais.

LIVRO

Teorias da aprendizagem: o que o professor disse


Autor: Guy R. Lefrançois
Editora: Cengage Learning
Ano: 2016
Comentário: Esse título faz uma aproximação entre teorias da
psicologia associadas à aprendizagem. Tais tendências teóricas
estão relacionadas ao comportamento, forma de pensar e ação,
aos aspectos biológicos e genéticos, à formação da consciência
e aos aspectos sociais. Além disso, atualiza as principais
pesquisas relacionadas ao cérebro e modelos de redes neurais.
Recomendamos a leitura dos seguintes capítulos: Capítulo 1 (p.
2-5); Capítulo 6 (p. 191-214); Capítulo 7 (p. 215-218); Capítulo 8
(p. 263-288).

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual Laureate.

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LIVRO

Neurologia e Aprendizagem: Abordagem


Multidisciplinar
Autor: Newra Tellechea Rotta e César Augusto Bridi Filho
Editora: Grupo A
Ano: 2016
Comentário: O livro é formado por capítulos de diversos
autores e pesquisadores da área de aprendizagem e neurologia
e nos oferece um panorama atualizado da junção entre
psicologia, neurologia e psicopedagogia. Além disso, traz visões
de quem atua na prática pro ssional amparada pelo interesse
de fazer ciência. Recomendamos a leitura dos seguintes
capítulos: Capítulo 1 (p. 19-31); Capítulo 2 (p. 34-63); Capítulo 5
(p.117-130); Capítulo 9 (p. 173-191).

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Biblioteca Virtual Laureate.

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ARTIGO

Uma visão geral sobre a teoria do darwinismo neural


Autor: Eduardo Ferreira Jucá de Castro
Ano: 2020
Comentário: O artigo aborda os estudos da consciência, a cognição e a Teoria Biológica da
Seleção Neural. É uma interessante leitura para compreender o conceito proposto que nos dá a
dimensão dos arranjos cerebrais, plasticidade e adaptação.

ACESSAR

As Funções do Cérebro: Mental,


Cognitiva, Linguística e Social
Para Rotta, Bridi Filho e Bridi (2018), uma das funções básicas do cérebro humano é a
capacidade de otimizar funções motoras e o consequente aprendizado advindo disso, no qual a
interação com o meio serve de estímulo – ponto de partida – para a existência de uma conexão
neural capaz de realizar modi cações, que são processos cognitivos que produzem
conhecimentos de forma constante. As sinapses neurais possibilitam o efeito de consciência de
tudo o que lhe cerca e, inclusive, de si pela percepção sensorial.

Maturana e Varela (2005), no livro clássico “A árvore do conhecimento: as bases biológicas da


compreensão humana”, abordam que o comportamento resulta das diferentes maneiras como
essas duas superfícies – a sensorial e a motora – relacionam-se dinamicamente entre si, por
meio da rede interneural para integrar o sistema nervoso em seu conjunto.

Sobre a inteligência, é importante mencionar que ela é o cruzamento de diferentes níveis de


conhecimento produzidos pelas sinapses, que, consequentemente, geram etapas evolutivas
que vão se conectar ao corpo humano. Ou seja, ainda que o processo se dê inicialmente
comandado pelo cérebro, onde ocorre o processamento dos estímulos por meio das sinapses,

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há a modelagem para que todo o processo mental esteja sistemicamente em interação com o
corpo diante das inúmeras possibilidades existentes do mundo externo. (ROTTA, BRIDI FILHO;
BRIDI, 2018).

Nessa construção inteligente entre mente e corpo, temos a rica expressão linguística, que
requer acuidade auditiva, a capacidade do ser humano de se expressar por diversos elementos
comunicacionais, como a escrita, que é um processo so sticado e grá co de elaboração do
pensamento, assim como expressão da sua organização. Como vimos, o corpo está integrado
aos comandos cerebrais e aos processos mentais que desencadeiam evoluções de processos
cognitivos e conectam à realidade. Entendemos que a construção do ser social é também outra
consequência natural da riqueza do sistema inteligente, que fornece recursos para fazer
leituras da realidade, perceber pessoas, coisas e situações, assim como detectar emoções e
sentimentos. Todo esse aparato humano oferece uma série de comandos e respostas diante de
todas as múltiplas conexões coexistentes e, frequentemente, busca adaptações para con gurar
novas sinapses.

Para Rotta, Bridi Filho e Bridi (2018), a combinação dos níveis físico-motor e perceptivo,
associada às nossas intencionalidades (modi cabilidade do ambiente), expandem
permanentemente as conexões neuronais, exigindo uma constante troca e renovação das
células e dos caminhos sinápticos. Temos, então, a capacidade de coordenação motora,
habilidade para raciocinar, elaborar pensamentos, sentir, expressar, poder falar e escrever,
bem como expandir para o ambiente os resultados que a experiência gera. Se entendermos
que o aprendiz está a todo o tempo envolvido com o ambiente, conseguimos compreender que
o resultado disso também interfere nesse meio, havendo uma troca e, como consequência, a
evolução de todos. Podemos pensar, também, na evolução de uma classe de alunos, na qual os
estímulos gerados proporcionam outros novos, pela ação que cada um individualmente tem
em relação ao ambiente no qual está inserido.

As novas conexões são traduzidas em novos comportamentos, expressos pelo corpo e


pensamento.

Nossos processos cognitivos, apoiados pela dinâmica constante do cérebro,


estão intrinsecamente relacionados, conectando nossas estruturas físicas, bem
como as intencionalidades, vistas por meio das nossas ações. É possível
perceber que os nossos processos cognitivos são baseados nos nosso modos
habituais de uso (ou não) do nosso sistema físico-motor dentro do ambiente
que nos cerca, que, por meio de sistemas perceptivos, interage, manipula e
modi ca o ambiente e amplia os níveis de exigência diante dele (ROTTA; BRIDI
FILHO; BRIDI; 2018, p. 5).

Portanto, como vimos, todas as implicações neurais e biológicas respondem a comandos


especí cos que se expressam na condução do pensamento, nas atitudes, nos processos

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intelectivos, linguísticos e sociais, funcionando como um sistema inteiramente integrado.


Havendo distúrbios do desenvolvimento, estes interferem no tipo de resposta dado pelo
educando, conforme essas respostas sejam leves ou moderadas, repercutindo de formas
especí cas no diagnóstico realizado. Além disso, pode-se se trabalhar preventivamente e por
antecipação com os pro ssionais envolvidos.

LIVRO

Plasticidade cerebral: uma abordagem


multidisciplinar
Autor: Newra Tellechea Rotta, César A. Bridi Filho e Fabiane R. S.
Bridi
Editora: Artmed
Ano: 2018
Comentário: Recomendamos a leitura do Capítulo 1, item
“Aprendizagem e seus componentes neurológicos” (p. 4-6), e do
Capítulo 3 (p. 41-55), item “A família como parte importante da
equipe: do diagnóstico ao como lidar com o autismo”. Esse livro
é extremamente útil aos pro ssionais da saúde e educação.
Apresenta uma abordagem terapêutica voltada para as
intervenções educativas e de compreensão dos distúrbios
neurológicos. No Capítulo 18, será possível encontrar as
intervenções terapêuticas em relação ao processo de
aprendizagem e suas di culdades e transtornos.

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual Laureate.

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ARTIGO

Das relações entre linguagem, cognição e interação – algumas implicações para


o campo da saúde
Autor: Edwiges Maria Morato
Ano:  2016
Comentário: A autora, que é pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
faz uma junção entre cognição, neurociências e saúde, observando os aspectos
neurolinguísticos que ocorrem no processamento cerebral, estabelecendo a linguagem como
expressão cognitiva e sociocognitiva presente em casos de afasia e Doença de Alzheimer.

ACESSAR

Finalidade do Diagnóstico
Neuropsicopedagógico
O diagnóstico neuropsicopedagógico procura identi car as di culdades de aprendizagem no
decorrer do processo de aquisição do conhecimento, retenção de conteúdos e registros da
memória e da capacidade de expressar e colocar em prática o acervo cognitivo, dadas as
condições genéticas existentes, sociais e culturais e a existência de patologias que estejam
interferindo na boa condução do processo. Com isso, é possível identi car a necessidade de ter
acompanhamento especializado para que as barreiras sejam suplantadas nos desa os
pedagógicos e de aprendizagem, seja por meio de processos cognitivos ou por medicação e
outros tratamentos. O diagnóstico neuropsicopedagógico é feito por meio de observações e
estudos, testes e jogos que dão pistas das causas das di culdades, trabalhando tanto de forma
preventiva quanto interventiva e podendo prevenir as di culdades apresentadas.

Nas sessões de diagnóstico realizadas pelo psicopedagogo, há o estabelecimento de uma


interação entre o pro ssional e o sujeito, sendo primordial que se tenha conhecimento de suas

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subjetividades e se observe atentamente as impressões que se terá desse sujeito mediante


uma escuta sensível e apurada do enfrentamento de sua realidade.

Alguns aspectos são considerados como impedimentos ou di culdades; eles serão o foco na
realização de um diagnóstico neuropsicopedagógico. De acordo com Carvalho (2016), tais
aspectos são:

a) orgânicos: quando ocorrem alterações nos órgãos sensoriais que afetam a aprendizagem, de
ordem bio siológica, envolvendo a saúde física de citária, alimentação ruim e problemas no
comando do sistema nervoso, que podem acarretar a afasia e disfasia – interferindo
diretamente na aprendizagem, na leitura e na escrita. Comprometimento auditivo central e
de ciência de concentração e alterações da visão;

b) cognitivos: ligados à capacidade de aprender, memorizar, atenção e antecipação. Falta de


recursos intelectuais que impedem de elaborar e testar hipóteses. Faltam estímulos para a
aquisição do conhecimento cognitivo – processo de interação do sujeito com o meio;

c) emocionais: envolvem o desenvolvimento afetivo e a construção do conhecimento de forma


inconsciente, incluindo a escola e não somente as di culdades de relacionamento familiar;

d) sociais: perspectiva da sociedade em que a família e a escola estão inseridas, bem como a
própria ideologia vigente;  

e) pedagógicos: ligados à metodologia de ensino, avaliação e estrutura das turmas, quantidade


de informações e qualidade, que interferem no processo de ensino e aprendizagem.

Carvalho (2016) cita que diversos autores da psicopedagogia alegam que a aprendizagem é um
processo de construção permanente, que interage com o meio em que o sujeito está inserido,
a família e todos do seu convívio social. O que podemos identi car, portanto, é que todos os
agentes envolvidos no sucesso da aprendizagem do indivíduo são: os pais, os professores e a
escola.

Holloway (2003), em pesquisas na área de neurociências, aborda que a aprendizagem ocorre


em ambientes complexos que produzem uma densa conexão neuronal, acionam as sinapses,
promovem consciência e desenvolvem o cognitivo. Além disso, essas conexões ligam aspectos
da realidade. Então, podemos compreender que, de fato, a aprendizagem não é um evento
isolado, tendo forte estímulo do meio, do ambiente etc. Por isso, a pesquisa feita em um
diagnóstico, a que o aprendiz está exposto (na família, na escola, junto à classe e aos materiais
didáticos), é fundamental para compreendermos seu histórico e seu nível de respostas diante
da aquisição do conhecimento. Portanto, a nalidade do diagnóstico neuropsicopedagógico é
compreender a aprendizagem como um fenômeno que produz o fortalecimento das conexões
entre os neurônios mediante criação de mais conexões entre eles, com aumento da capacidade
de se comunicar quimicamente.

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LIVRO

Diagnóstico psicopedagógico
Autor: Rosangela Soares Carvalho
Editora: Cengage Learning Brasil
Ano: 2016
Comentário: Nesse livro, são referenciados os aspectos básicos
a se considerar em um diagnóstico psicopedagógico, bem como
a veri cação de possíveis fatores que estejam in uenciando o
surgimento de sintomas, quadros patológicos ou necessidade
de aprofundamento de estudo genético. Referências
direcionadas aos distúrbios de aprendizagem demonstram que
podem ser relacionadas ao contexto que o aprendiz está
submetido ou mesmo se tratar de algo especí co, pessoal – pois
todo diagnóstico precisa atender às especi cidades de cada
história de vida. O trabalho traz como contribuição aos
pro ssionais um modelo de entrevista operativa centrada na
aprendizagem. Recomendamos a leitura dos seguintes
capítulos: Unidade I, Capítulos: 1, 2, 3 e 4 (p. 10-23); Unidade II,
Capítulos: 2, 3 e 4 (p. 32-36).

Onde encontrar?
Esse título está disponível na Biblioteca Virtual Laureate.

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LIVRO

Plasticidade cerebral: uma abordagem


multidisciplinar
Autor: Newra Tellechea Rotta, César A. Bridi Filho e Fabiane R. S.
Bridi
Editora: Artmed
Ano: 2018
Comentário: O livro tem uma abordagem terapêutica voltada
para as intervenções educativas e de compreensão dos
distúrbios neurológicos. É apropriado para pro ssionais de
educação e saúde. No Capítulo 1, indicado para leitura, você
encontrará a temática envolvida nas intervenções terapêuticas
sobre o desenvolvimento das conexões de sinapses cerebrais.
Recomendamos, também, a leitura do  Capítulo 11 (p. 182-195).

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual Laureate.

Diagnóstico Interventivo: TDAH,


Autismo, Di culdades de
Aprendizagem, Conduta
Antissocial
As avaliações de acuidade auditiva e visual na criança são indispensáveis antes mesmo da
necessidade de algum diagnóstico que possam chegar a di culdades de aprendizagem. Elas

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têm caráter preventivo e poderão de antemão reduzir bastante o trabalho do


neuropsicopedagogo, pois tais hipóteses associadas à di culdade de visão já estariam
descartadas. Em geral, a saúde do aprendiz faz toda a diferença para uma aprendizagem bem-
sucedida. Em casos de alunos com de ciências sensoriais congênitas, há a necessidade de
propor estratégias pedagógicas especí cas para que sua aprendizagem não seja prejudicada
por falta de conhecimento do educador em oferecer material didático diferente e demais
recursos que sejam adequados para aquela necessidade. Mesmo quando o pro ssional sabe
que está cercando todas as possibilidades e ainda encontra em seus alunos aspectos que
contribuem para seu baixo rendimento, é o momento de ampliar o campo de atuação. O
ambiente também é um aspecto a se considerar, pois ele in uencia diretamente as condições
do aprendiz em relação ao seu comportamento e à disposição para a aprendizagem,
interferindo positivamente ou negativamente.

De acordo com Cosenza e Guerra (2011), as de ciências de aprendizagem resultam de muitos


aspectos que interferem na aquisição de novos esquemas, ou seja, na reorganização do
cérebro para a produção de novos comportamentos. Essas di culdades podem envolver um
grupo heterogêneo de problemas e podem estar relacionadas a anomalias do funcionamento
do sistema nervoso. Podem surgir em razão de práticas pedagógicas que não são adaptadas a
necessidades do aprendiz, com desa os precários que não despertam a sua curiosidade.
Inúmeros fatores podem interferir na aprendizagem do aluno, destacando o ambiente familiar
e a qualidade das interações, aspectos socioeconômicos, en m, todo o externo poderá
interferir no insucesso escolar.

Os transtornos de aprendizagem, de acordo com Cosenza e Guerra (2011), são um exemplo de


alterações genéticas em circuitos especí cos, que produzem repercussões neurológicas, e na
estrutura cognitiva, vindo a interferir no modo de raciocinar, na escrita, na fala e na leitura, o
que é entendido no diagnóstico como desempenho fora do esperado de acordo com a faixa
etária. Incluem também os casos de dislexia e discalculia, que podem ser identi cados no
diagnóstico neuropsicopedagógico.

A Síndrome de Down e o autismo são alterações que atingem diversos circuitos e


comprometem uma área de abrangência maior que outros quadros, apresentando alterações
socioemocionais, di culdades de execução em determinadas tarefas do dia a dia, como
interagir, socializar e comunicar-se, além de apresentar di culdades de aprendizagem,
acompanhadas de outros aspectos que vão se tornando perceptíveis. Assim, elaborar recursos
estratégicos é fundamental para que os aprendizes possam ser contemplados e conduzidos a
uma adaptação cognitiva que os permita ter experiências de sucesso escolar e de
aprendizagem, atitudes e comportamentos que os inclua no grupo ao qual fazem parte, na
família, na escola e nos círculos de amizades.

O autismo, também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um transtorno


neurobiológico do desenvolvimento de origem genética, que afeta muitos órgãos, de acordo

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com o histórico genético de cada indivíduo, e o sistema nervoso central. As anormalidades do


comportamento envolvem a linguagem, a interação social e o cognitivo, sendo este afetado por
retardo mental em maior abrangência que os demais comprometimentos; há presença de
convulsões, em alguns casos, atividades restritas, repetitivas e estereotipadas, di culdade para
entender o humor, sentimentos e intenções das pessoas e o gosto por manter uma rotina
(COSENZA; GUERRA, 2011).

O Transtorno de Dé cit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é uma disfunção da atenção e da


capacidade de execução, bem como de questões socioemocionais e de excessos de condutas
pela impulsividade. Não é diagnosticado antes dos 3 anos. Apresenta a baixa capacidade de
planejar e memorizar e vigilância no sentido da atenção para consigo mesmo e com os outros.
Apresenta di culdade de socialização e de manter o sucesso escolar.

A hiperatividade, segundo Cosenza e Guerra (2011), pode conter subtipos:

a) predominantemente sem atenção;

b) predominantemente hiperativo-impulsivo;

c) forma combinada entre as anteriores.

A conduta antissocial envolve comportamento de confrontação, oposição, transgressão,


excesso de liberalidades e falta de noção de limites entre si e o outro, bem como atitudes e
decisões que colocam a própria pessoa em risco de alguma forma. Pode variar de intensidade
mais severa a de menor intensidade. Atitudes de risco em relação aos demais e ao ambiente
geram transtornos sociais envolvendo um grupo maior de pessoas. O próprio isolamento é
também uma conduta antissocial que inviabiliza tentativas de sociabilidade e transtornos de
ordem relacional em vista da personalidade. A di culdade de comunicação poderá gerar
retraimento, autoimagem negativa e estados depressivos, que contribuem para uma percepção
de si comprometida, de frustração, assim como para aqueles com carga intensa de agitação e
destrutividade, tendo conhecimento de que geram medo e horror. Assim, estão modelados na
conduta de chamar a atenção desse modo, pelo aspecto negativo. Atitudes bizarras podem
surgir dependendo de alguns quadros psiquiátricos em que o comprometimento é maior.

Esses são alguns quadros apresentados neste estudo, havendo outros de natureza psiquiátrica
na categoria dos transtornos mentais e transtornos de personalidade.

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LIVRO

Neurociência e educação: como o cérebro aprende


Autor: Ramon M. Cosenza e Leonor B. Guerra
Editora: Artmed
Ano: 2011
Comentário: Recomendamos a leitura da página 132 à 136. Os
autores estabelecem a relação entre educação e neurociência
para educadores, os quais são alvo do interesse deles, pois
entendem o quanto o papel desses pro ssionais é fundamental
na organização do sistema nervoso dos seus aprendizes – que
repercutirão por toda a vida. O livro tem a função de munir os
educadores de conhecimentos neurocientí cos para que
conheçam com mais profundidade o assunto e possam melhor
de nir suas estratégias de ensino-aprendizagem.

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.

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LIVRO

Neuropsicologia hoje
Autor: Flávia Heloisa Santos; Vivian Maria Andrade; Orlando F.
A. Bueno
Editora: Artmed
Ano: 2015
Comentário: Recomendamos a leitura do Capítulo 16, que
aborda a neuropsicologia da adolescência na temática do
comportamento de risco. Os autores abordam, nesse livro, o
quanto a neuropsicologia tem a oferecer de benefícios para
educadores e educandos. Apontam que, com a crescente
evasão escolar em vista de di culdades de aprendizagem,
ambos cam desestimulados e frustrados. O educador pode
não ter conseguido, muitas vezes, por falta de conhecimento,
traçar estratégias novas que conectem e considerem as
diferenças cognitivas em educandos. Além disso, muitas das
di culdades apresentadas são características que impõem um
desa o maior ao seu trabalho na adequação de materiais e em
níveis de expectativas e condições socioafetivas aprimoradas,
podendo oferecer um ambiente positivo para aqueles que
apresentam situações que comprometem o seu rendimento
escolar. Recomendamos, ainda, a leitura da Parte I, Capítulo 9, e
da Parte II, Capítulos 14 e 15.

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.

Repercussões da Avaliação
Neuropsicopedagógica

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22/11/2020 Roteiro de Estudos

A Neuropsicopedagogia é uma área do conhecimento relativamente nova, e o pro ssional


neuropsicopedagogo tem uma atuação importante de suporte para as escolas e famílias no
processo de tornar possível a aquisição do conhecimento e da autonomia das crianças e jovens
com problemas de desenvolvimento e aprendizagem, podendo, inclusive, indicar as melhores
práticas cognitivas para que os educadores adotem como forma de estimular o progresso dos
educandos identi cados com debilidades na aprendizagem.

Essa área atua de forma multidisciplinar, contando com a observação da família e da escola
para, então, traçar o per l da presença de transtornos neurológicos e distúrbios existentes,
inclusive, psiquiátricos, se existirem, para então propor um trabalho de acompanhamento
pedagógico, de desenvolvimento cognitivo e emocional. Além disso, é responsável por
desenvolver e direcionar quais estímulos serão adequados para o desenvolvimento de novas
“sinapses” – as conexões mentais com a nalidade de executar o processo de ensino e
aprendizagem, promover a associação de ideias, capacidade de comparar, escolher, decidir,
elaborar pensamentos e desenvolver o sentido analítico. As repercussões para os aprendizes
são inúmeras, indo do trabalho de estimulação aos ganhos e saltos qualitativos na inclusão
destes; contribuindo com a sua socialização, participação e pertencimento em todo o contexto
social que estiverem inseridos.

O diagnóstico neuropsicopedagógico é estratégico para que os pro ssionais de educação


envolvidos com questões de aprendizagem dos educandos busquem conhecimentos no estudo
das neurociências, assim como é sustentação para a família que necessita de orientação para
lidar na convivência e estabelecer uma relação afetiva su ciente de suporte para seus desa os.
O diagnóstico pressupõe tanto os eventos objetivos, que podem ser concretamente
observáveis, quanto podem identi car os estímulos aos quais os educandos com problemas de
aprendizagem estão expostos nas tarefas pedagógicas, na interação social com colegas e
educador, criando lacunas signi cativas. Na utilização de reforço para desenvolver trilhas de
aprendizagem, deve-se observar condutas relativas ao modo como estão envolvidos e como
desenvolvem a atenção, concentração, memorização, retenção e associação de conteúdos com
os processos mentais, tais como o pensamento, a capacidade perceptiva, a possibilidade de
aprender a decidir e solucionar problemas e a aquisição de autonomia.  

O neuropsicopedagogo procura identi car no seu trabalho junto aos aprendizes a forma como
as informações estão sendo processadas, como estes arquivam e memorizam registros de
situações vividas, bem como sentimentos, emoções captadas pelos órgãos dos sentidos, testes,
exames e veri cações de cunho neurológico e psiquiátrico. Com isso, pode-se identi car,
sugerir e adaptar as metodologias pedagógicas para que o educador possa utilizá-las no
trabalho,  envolvendo também atividades que tanto identi cam quanto intervêm nos processos
de aprendizagem, contribuindo para a inclusão de aprendizes que tenham alguma de ciência
no processamento cognitivo e mental, algum tipo de transtorno de personalidade, biológico ou
psiquiátrico.

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Considerando que a vida escolar venha trazer situações críticas de fundo psicológico, de acordo
com Rotta, Ohlweiller e Riesgo (2016), expressando timidez, baixa autoestima, insegurança
diante de outras pessoas, que tendem a se agravar, revelando-se em fobias, transtornos de
humor, transtorno opositor desa ante e ansiedade, é nesse ambiente escolar que de ciências
neurológicas também surgirão com o desenvolvimento e crescimento do aprendiz, com a
apresentação de de ciência mental, crises de ausência e epilepsia, identi cados inicialmente
com di culdades de aprendizagem que levarão à necessidade de diagnóstico
neuropsicopedagógico.

LIVRO

Transtornos da aprendizagem: abordagem


neurobiológica e multidisciplinar
Autor: Tellechea Rotta, Lygia Ohlweiler e Rudimar S. Riesgo
Editora: Artmed
Ano: 2016
Comentário: Diversos autores neuropediatras e pesquisadores
de neurociências estabelecem a correlação com a educação, de
modo a contribuir com os transtornos de aprendizagem em
uma visão neurobiológica e multidisciplinar. Abordam o que
pode interferir no aprendizado em fase escolar, como lidar com
tais transtornos no dia a dia e como tratar o tema com a escola
e família. Recomendamos a leitura da Parte 1 (p. 9-48); Parte 2
(p. 94-106 e p.112-147); Parte 3 (p. 339-356).

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.

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LIVRO

Avaliação da aprendizagem
Autor: Priscila K. Santos
Editora: Grupo A
Ano: 2017
Comentário: A autora se dedica, no Capítulo 2, à avaliação
diagnóstica, formativa e somativa, suas características e devida
importância. No Capítulo 3, aborda sobre os principais
instrumentos de desenvolvimento e aprendizagem (p. 102-108).
Também, é signi cativo o tema sobre feedback aos alunos de
tais avaliações diagnósticas, abordado da página 49 à 53.

Onde encontrar?
Biblioteca Virtual da Laureate.

Conclusão
Concluindo nossos estudos e procurando veri car a efetividade do diagnóstico
neuropsicopedagógico, a relevância dos estudos da plasticidade cerebral e as possibilidades
que esta viabiliza, após a identi cação do quadro clínico, vemos que é possível elaborar uma
intervenção. A compreensão da capacidade de mudança do complexo sistema neural do
aprendiz tem base na sua interação com o ambiente – que é de onde ele recebe os estímulos e,
consequentemente, pode reordenar a captação do seu sistema neural para que a
aprendizagem ocorra e se efetive. Com isso, o aprendiz dá um salto, muda de patamar,
ressigni ca o entendimento e passa para outro estágio de maturação. Ele aprende que mudar
lhe oferece uma nova adaptação. E é por isso que se faz o diagnóstico neuropsicopedagógico:
para que a criança e o jovem possam evoluir.

O diagnóstico se torna desa ador quando se trata de casos de defasagem da educação formal,
a partir da intervenção em uma junção de visões multidisciplinares. Se formos separar as

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intervenções por cada área de especialidade, fragmentaremos a criança e o jovem aprendiz.


Portanto, concluímos que todas as práticas convergem para a melhoria da qualidade da relação
da criança com o seu mundo.

Não podemos nos esquecer de que o aprendiz sinaliza se a direção é adequada e funciona;
aponta quais práticas respondem melhor, e esse olhar atento é importante para o
neuropsicopedagogo. Seu trabalho é fruto dessa construção plural de convergência de ideias e
direcionamentos de tratamento entre todos os pro ssionais envolvidos, seja o psicólogo,
pedagogo, psiquiatra, neurologista, sioterapeuta ou educador físico. Não podemos deixar de
considerar a importante contribuição da família, que é coparticipante desse processo e
também aprende a lidar com os alcances do aprendiz, sendo parceiros nessa forte interação
que se consolida entre o conhecimento técnico especializado das várias áreas de conhecimento
envolvidas e o desejo e direcionamento do paciente nesse processo.

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