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As emoções e a neurociência................................................................... 7
Consciência ............................................................................................ 15
Memória.................................................................................................. 16
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução a Neuropsicopedagogia: Conceitos
Básicos e Atuação Profissional
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A Neuropsicopedagogia apresenta -se como um novo campo de
conhecimento que através dos
conhecimentos neurocientíficos, agregados aos
conhecimentos da pedagogia e psicologia vem
contribuir para os processos de ensino -
aprendizagem de indivíduos que apresentem
dificuldades de aprendizagem e que estão
inseridos no processo de inclusão.
Neuropsicopedagogia traz importantes
contribuições à educação, pois existe a
possibilidade de se perceber o indivíduo em
sua totalidade.
Neurociência do comportamento
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múltiplas interpretações que encontramos sobre ele, a discussão nesse campo se
torna especialmente interessante. Ela estuda todas as áreas do sistema nervoso,
que controlam todos os nossos comportamentos, sejam voluntários ou não.
Compreendendo como os processos mentais influenciam em nossas ações,
emoções, sentimentos etc. Dotado de terminações nervosas, nosso cérebro controla
todo o nosso corpo, e a neurociência vem explicar, através dos processos mentais o
porquê isso ocorre.
Neurociência Cognitiva
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São as áreas de associação, que não possuem uma função específica, as
encarregadas de interpretar, integrar e coordenar as funções sensoriais e motoras.
Seriam as responsáveis pelas funções mentais superiores. Áreas cerebrais que
governam as funções como a memória, o pensamento, as emoções, a consciência e
a personalidade são muito mais difíceis de localizar.
Cérebro e emoções
As emoções e a neurociência
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surpresa, seria impossível sem experimentar um aumento na frequência cardíaca,
transpiração, tremor… Faz parte da riqueza das emoções.
Linguagem e fala
A linguagem é uma das habilidades que nos diferencia do resto dos animais.
A capacidade de nos comunicar com tanta precisão e a grande quantidade de
nuances para expressar pensamentos e sentimentos faz da linguagem nossa
ferramenta de comunicação mais rica e útil. Essa característica de exclusividade da
nossa espécie estimulou muitas pesquisas a se concentrarem no seu estudo.
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integração de várias áreas específicas dos córtices de associação nos lóbulos
temporal e frontal. Na maioria das pessoas, as funções primárias da linguagem
estão localizadas no hemisfério esquerdo.
Tanto a linguagem quanto o pensamento não são sustentados por uma única
área concreta, mas sim pela associação de diferentes estruturas. Nosso cérebro
trabalha de uma forma tão organizada e complexa que quando pensamos ou
falamos, ele realiza múltiplas associações entre áreas. Nossos conhecimentos
prévios vão influenciar os novos, em um sistema de retroalimentação.
Desenvolvimento cognitivo
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esse desenvolvimento abarca mudanças radicais e qualitativas. Essa visão tem sido
amplamente aceita pelas teorias do desenvolvimento com base em evidências tanto
neurais quanto psicológicas.
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conceito adquirido durante esse estágio é o de permanência do objeto: habilidade
de saber que um objeto não deixa de existir simplesmente porque saiu de nosso
campo de visão. Aos quatro meses, crianças que brincam com um objeto que será
depois escondido, agem como se ele jamais estivesse existido. Ao contrário, um
bebê com 10 meses procura ativamente um objeto que foi escondido embaixo de
um pano ou por trás de uma tela. “Ele tem a consciência de que o objeto continua
existindo, mesmo quando não está visível.” (PIAGET; INHELDER, 2003, p.20).
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emitidos no ambiente. Isso sugere uma habilidade bem-desenvolvida de integração
intermodal visual e auditiva. (GAZZANIGA; IVRY; MANGUN, 2006).
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podem realizar operações quantitativas somente com eventos concretos. Não é
capaz de operar com hipóteses. (PIAGET, 1971).
O fato de que a idade exata para um processo particular possa ocorrer ser
antes do que Piaget propôs, ou de que os estágios descritos por Piaget possam ser
mais graduais do que os mencionados, não diminui significativamente o valor de seu
conceito de desenvolvimento cognitivo. Além disso, descrever uma linha do tempo
de maturação cognitiva é, com modificações adequadas, útil, porque um objetivo da
neurociência cognitiva é relacionar a linha do tempo de desenvolvimento cognitivo
com o desenvolvimento neural para esclarecer as bases biológicas da cognição.
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Alguns temas da neurociência cognitiva
Atenção
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um tema no campo da consciência e elevamos este ao primeiro plano da mesma,
mantendo este tema rigorosamente perfilado, sem deixar-se desviar pelas
influências dos setores excêntricos do campo da consciência, podendo modificar o
tema escolhido com plena liberdade. Este tema poderia ser um objeto, uma ação,
um lugar, uma palavra, etc.
Consciência
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Alguns filósofos dividem consciência em consciência fenomenal, que é a
experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das
coisas que vivenciamos durante a experiência (Block, 2004). Consciência fenomenal
é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de
acesso se refere a estar ciente de algo ou alguma coisa, tal como quando dizemos
"estou ciente destas palavras". Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que
pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo
do espírito, da mente, ou do pensamento humano. Ser consciente não é exatamente
a mesma coisa que perceber-se no mundo, mas ser no mundo e do mundo, para
isso, a intuição, a dedução e a indução tomam parte.
Tomada de decisões
Memória
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A memória é um processo psicológico básico que remete à codificação, ao
armazenamento e à recuperação da informação aprendida. A importância da
memória em nossa vida cotidiana motivou muitas pesquisas sobre esse tema. O
esquecimento também é o tema central de muitos estudos, já que muitas patologias
provocam amnésia, o que interfere gravemente no dia a dia.
O motivo pelo qual a memória configura um tema tão importante é que nela
reside boa parte da nossa identidade. Por outro lado, apesar do esquecimento no
sentido patológico nos preocupar, a verdade é que nosso cérebro precisa descartar
informações inúteis para dar lugar a novos aprendizados e acontecimentos
significativos. Neste sentido, o cérebro é um especialista em reciclar seus recursos.
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vividas. Focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e
deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e
conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a tomar decisões diárias.
Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único locus. Diferentes
estruturas cerebrais estão envolvidas na aquisição, armazenamento e evocação das
diversas informações adquiridas por aprendizagem.
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Memória de curto prazo
Memória de trabalho
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manutenção da informação; lesões nos giros supramarginal e angular do hemisfério
esquerdo geram dificuldades na memória verbal auditiva de curta duração. Esse
sistema está relacionado à aquisição de linguagem.
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Neurociência, Pedagogia e Neuropsicopedagogia
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A neuropsicopedagogia, um dos campos de estudo da neurociência é uma
área de conhecimento que trata da relação entre cognição e comportamento e a
atividade do sistema nervoso em condições normais e patológicas. A
neuropsicopedagogia cognitiva está preocupada com os padrões de desempenho
cognitivo intacto e deficiente apresentados pelos pacientes com lesão cerebral, pois
para os neuropsicopedagogos cognitivos, o estudo de pacientes com lesão cerebral
pode revelar muito sobre a cognição humana normal. (EYSENCK; KEANE, 2007;
COSENZA; FUENTES; MALLOY-DINIZ, 2008).
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processamento e representação da informação. A neuroplasticidade é a capacidade
que o encéfalo possui em se reorganizar ou readaptar frente a novos estímulos,
sejam eles positivos ou negativos. As sinapses ou conexões entre os neurônios se
modificam durante o processo de aprendizagem, quando há evocação da memória,
quando adquirimos novas habilidades. Ao analisar os neurônios após um processo
de aprendizagem, pode-se observar várias modificações estruturais que ocorreram,
tais como o brotamento de espículas dendríticas, brotamento axonal colateral e
desmascaramento de sinapses silentes.
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O desenvolvimento da neurociência é verdadeiramente fascinante e gera
grandes esperanças de que, em breve, novos tratamentos estarão disponíveis para
uma grande gama de transtornos e distúrbios do sistema nervoso que debilitam e
incapacitam milhões de pessoas anualmente. Concluindo, não há como separar o
comportamento de sua base biológica. Entretanto é importante ressaltar que o
sistema nervoso é apenas condição necessária para que o comportamento, os
pensamentos e sentimentos ocorram. Nunca foi e nunca será pretensão da
neurociência afirmar que o sistema nervoso seja condição suficiente para a
emergência de tais processos. Não cabe à neurociência discutir construtos como a
consciência e nem tampouco tentar solucionar dilemas metafísicos, tais como a
possível dualidade mente/cérebro, a questão dos qualia ou a causação psicofísica.
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é proporcionar oportunidades e orientação para aprendizagem, para aquisição de
novos comportamentos. Aprendizagem, por sua vez, requer várias funções mentais
como atenção, memória, percepção, emoção, função executiva, entre outras. E,
portanto, depende do cérebro.
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O comportamento humano resulta da atividade do SN, do conjunto de células
nervosas, ou redes neurais, que o constituem. O comportamento depende do
número de neurônios e de suas substâncias químicas, da atividade destas células,
da forma como neurônios se Informação, para o neurônio, é a alteração das suas
características eletroquímicas. Quando o indivíduo está em interação com o mundo,
exibindo um comportamento, vários conjuntos de neurônios, em diferentes áreas do
SN estão em funcionamento, ativados, trocando informações. As funções mentais
são produzidas pela atividade do SN e resultam do cérebro em funcionamento.
Funções relacionadas à cognição e às emoções, presentes no cotidiano e nas
relações sociais, como sentir e perceber, gostar e rir, dormir e comer, falar e se
movimentar, compreender e calcular, ter atenção, lembrar e esquecer, planejar,
julgar e decidir, ajudar, pensar, imaginar, se emocionar, são comportamentos que
dependem do funcionamento do cérebro. Educar e aprender também.
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Aprender não depende só do cérebro. É importante esclarecer que as
neurociências não propõem uma nova pedagogia e nem constituem uma panaceia
para a solução das dificuldades da aprendizagem e dos problemas da educação.
Elas fundamentam a prática pedagógica que já se realiza, demonstrando que,
estratégias pedagógicas que respeitam a forma como o cérebro funciona, tendem a
ser mais eficientes.
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REFERÊNCIAS
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KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Fundamentos da
neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1997.
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RATO, Joana; CASTRO-CALDAS, Alexandre. Neurociências e educação:
Realidade ou ficção?. 2010.
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