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Conteúdo programático:
O que é a neuropsicopedagogia
O especialista em neuropsicopedagogia
Campo de Atuação
O estágio clínico
Papel das Funções Cognitivas, Conativas e Executivas na Aprendizagem
Tríade Funcional da Aprendizagem Humana
Funções Cognitivas da Aprendizagem
Funções Conativas da Aprendizagem
Funções Executivas da Aprendizagem
Referências
O que é a neuropsicopedagogia.
O cérebro...
A mente...
PRINCIPAIS CONCEITOS
Antiga e vem das palavras: pais, paidos = criança; agein = conduzir; logos = tratado,
ciência. Assim, a pedagogia é a ciência que tem por objeto de estudo a educação, o
O especialista em neuropsicopedagogia
aprendizagem.
da aprendizagem.
Contribuições das Neurociências para a Educação”, a esse respeito, foi criado pela
esse respeito, foi criado pela PUC- RS, em 2009, como curso de extensão, na
aprendizagem;
Funções
desenvolvimento neuropsicológico;
relativos à aprendizagem;
cada caso;
favorecem a aprendizagem;
• Assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de
Qualificações
cognitivo do indivíduo;
processo educativo;
Observação importante
científico.
vários intervenientes deste processo, tais como: pais, professores, colaboradores, que
emocional da criança.
precisam conquistar espaços, mas aos poucos vem abrindo caminhos e sutilmente
quanto a nós, crucial para aperfeiçoar o ensino. É dentro deste paradigma central da
educação que iremos abordar o papel das funções cognitivas, conativas e executivas
na aprendizagem.
conhecimentos, uma vez que está implícita no ato educativo uma interação entre dois
é um dos grandes desafios do século XXI, por essa razão, pensamos que a
principal pelo qual escrevemos este texto. Como novo paradigma transdisciplinar, ela
concebido como uma instrução, mas como uma transmissão cultural que combina a
ciência com a arte, para criar ecossistemas de aprendizagem mais produtivos e onde
Para ensinar com eficácia é necessário olhar para as conexões entre a ciência
e a pedagogia, ensinar sem ter consciência como o cérebro funciona é como fabricar
um carro sem motor. Não se vê o motor, mas sem ele o carro não anda.
contém cerca de 100 biliões de neurónios (Calvin, 1998, 2004; Kandel, Schwartz e
soma que contém o núcleo com o seu código genético e mitocôndrias que produzem
uma dessas células nervosas pode ainda comportar 1.000 a 10.000 conexões com
por via das sinapses (Kolb e Whishaw, 1985; Ward, 2006). Sem essa impressionante
cerca 1.200 – 1.350 centímetros cúbicos de volume, pesa cerca de 1.450 gramas, ou
nos define quem somos como indivíduos únicos, totais e evolutivos, é a ela que
extraordinário. A sua rede neuronal pode atingir 100 triliões de sinapses e possuir
corpo, o cérebro com as suas fibras e redes super intrincadas, em série e em paralelo,
consideradas as células da aprendizagem, pois são elas em si, mais a interação que
motor, práxica, não simbólica ou não verbal, seja a mais complexa do tipo operacional,
1981; Rourke,1989).
perfetológica.
quer distal, assim como, por células especiais em forma de castiçal que são capazes
boca) com as quais o ser humano expressa a sua motricidade, a sua sensibilidade e
evolução, de forma exponencial nas zonas corticais e de forma menos dilatada nas
zonas subcorticais.
mentais, que no seu todo se pode considerar como o córtex estratégico (Damásio,
funcional.
Funções Funções
Conativas
Funções
Cognitivas
humana...
dedicámos noutras obras (Fonseca, 2001; 2014; 2013) mas que não se esgotam na
1995, 1999, 2003), e duma consciência executiva, pois somos a única espécie que
pela qual desejamos evocar a estreita intrincação e interação das funções cognitivas
conativas e executivas.
(Fonseca, 2001, 2014), pressupõe em primeiro lugar, concebe-la como tendo origem
social (Vygotsky, 1978, 1986, 1987; Bodrova e Leong, 2007) e como sendo composta
apresentado.
2014) a saber:
e finalmente,
ferramentas cognitivas principais acima referidas (Calvin, 1998; Das, Kar e Parrila,
Trata-se duma teoria que foi fundadora das ciências cognitivas, principalmente
fácil e acessível, o que é a cognição e o que se passa mais ou menos na cabeça dos
indivíduo (aluno, formando, etc.), não esquecendo que quando falamos de cognição,
frágeis ou fracas em muitas crianças e jovens que lutam diariamente na sala de aula
das chaves do sucesso escolar e do sucesso na vida, quanto mais precocemente for
produtividade.
afetivo), uma região subcortical mais profunda do cérebro e envolvida, digamos assim,
latino de “conatus” pela primeira vez introduzido por Espinoza, grande filósofo
(Damásio,2003).
sofrimentos etc.
nas funções cognitivas, por um lado, e nas funções executivas, por outro, logo, têm
autoestima negativa, exatamente porque ela tem, e assume sempre, uma significação
e intencionalidade.
objetivos e fins a atingir, etc., que se repercutem quer nas funções cognitivas, quer
Porque faço a tarefa... Que faço com a tarefa... Como me sinto na tarefa...
não se desenrola como um todo funcional harmonioso nem se transforma num estado
aprendizagem.
inicial e imaturo para um estádio final e fluente, seja aprender a nadar ou a andar de
bicicleta, seja a aprender a ler ou a escrever, reveste-se dum aperfeiçoamento de
liberdade.
coordenação neuro funcional optimal requerida pela aprendizagem, neste caso podem
e insegurança.
contrário dos cérebros dos seres humanos, os computadores não dispõem de funções
conativas.
executam e apragmatizam.
aprendizibilidade permanente.
mais poder de síntese; mais criatividade; etc. Numa palavra, o indivíduo investe mais
realização (Maslow,1954).
Para além das funções cognitivas e das conativas a que já nos referimos
1979; Wong, 2005; Denckla, 2007; Meltzer, Krishnan, 2007; Tridas, 2014,), vejamos
em particular, alguns dos seus pontos mais relevantes para a educação e para o
sucesso escolar (“academicsuccess”).
que ocupa no cérebro humano quase um terço do seu volume cortical (Goldberg,
2001);
excelentes linhas de comunicação com todas as outras áreas, sendo mesmo a sua
região mais conectada, daí a sua função de coordenação e de integração das funções
2010).
manipular, memorizar e resumir dados ao mesmo tempo que leem; flexibilizar, alterar
aproveitamento escolar; etc. O estudante, por definição, é um ser executivo, sem pôr
em prática tais habilidades, aprender não vai ser fácil nem prazeroso para ele.
coerente das múltiplas funções executivas, não é de estranhar, portanto, que muitas
chegar à solução correta, etc., podem revelar a luta titânica que muitas crianças e
do currículo é tão abismal que muitas disfunções executivas acabam por estar na raiz
disexecutivos podem não refletir o seu potencial de aprendizagem, porque são a parte
(Meltzer, 2010).
Neste contexto é cada vez mais expectável que os alunos sejam proficientes:
isto é, exige-se deles funções executivas muito eficazes e fluentes, para as quais,
fracas), nem tão pouco ensinam estratégias sistematicamente para que eles sejam
Como é fácil perceber, o sucesso escolar dos alunos depende muito da sua
habilidade para manejar as funções executivas, quer na escola, quer em sua casa ou
na sua vida diária. Parece óbvio que a escola em geral e os professores em particular
têm que compreender o papel destas funções no sucesso escolar dos alunos, a sua
seu enriquecimento.
Trata-se duma necessidade educacional essencial e atual, que não pode ser
(Fonseca, 2014)
comportamentos intencionais que são afetados pelas suas lesões ou disfunções, mais
nova perspectiva sobre muitos alunos que sendo brilhantes intelectualmente não têm
visões sobre muitos alunos ditos fracos (ou “maus alunos”...), com diferenças,
sistematizadas.
no pensar, etc.
avaliação de tarefas...);
revisão e supervisão...);
referenciarão...).
1966b, 1973; Das, Kar e Parrila, 1996; Fonseca, 2001, 2010), a sede das faculdades
humanas superiores.
Para muitos investigadores o córtex pré-frontal é a estrutura considerada
significativas, entre a criança e o adulto, logo entre os efeitos duma lesão num cérebro
maturo (onde há mais literatura publicada) e uma disfunção num cérebro imaturo e
básica sobre o papel do lobo frontal, e especialmente, do seu córtex pré- frontal, nas
O córtex pré-frontal encontra-se imaturo antes dos vinte anos, por certa
dos circuitos e redes neuronais da aprendizagem, por isso não é de estranhar que as
graus diversos, nas outras funções mentais que destacamos ao longo do texto.
desenrola, após muitas horas de prática, desde uma dificuldade inicial a uma
novas habilidades.
A escola do futuro deve investir mais na inteligência das crianças e dos jovens
(uma escola inteligente para crianças e jovens inteligentes...), mas para tal mudança,
texto, adiantar e facilitar alguns dados de compreensão sobre este assunto tão
alunos são processos mentais internalizados que podem ser aperfeiçoados, cuja
tomada de consciência do seu funcionamento intrínseco, pode permitir que eles sejam
complementar dos seus dois lados do corpo e dos seus dois hemisférios,
evolução.
realização de avaliações mais eficientes, etc., pois só com tais ferramentas mentais
podem estabelecer pontes entre o seu potencial de aprendizagem e as exigências
dos seus planos de instrução, ao nível dos seus conteúdos e ao nível dos seus
sem exceção, mesmo os que revelam défices nas funções executivas ou dificuldades
Design for Learning”) livres de barreiras onde todas as crianças e jovens possam
Na escola do futuro nenhum estudante deve ficar para trás e muito menos
facilitar o seu acesso, pelo contrário, elas são uma barreira difícil de transpor. Basta
Da mesma forma os currículos das várias disciplinas escolares não devem ser
concebidos e implementados só para alunos regulares, quanto a nós, eles devem ser
apresentados e debitados nas aulas, há que ter mais atenção com os processos
escolar será uma miragem para muitos deles. Quem perde mais com o insucesso
para todos, onde seja possível focar mais a colocação de perguntas ou questões de
desafio cognitivo, conativo e executivo, onde os alunos tenham que pensar mais antes
estratégias meta cognitivas sejam mais trabalhadas. Não está em jogo tanto o
cegos ou disléxicos têm dificuldades de ler ou estudar por livros ou textos impressos
aprendizagem.
A educação da criança e do jovem na era digital tem que ser cada vez mais
amiga dos seus corpos, dos seus cérebros e das suas mentes, caso contrário muitos
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Inclusão, 1.
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