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Verdade de Constelar

Constelar de Verdade
a outra margem da constelação
Abordagem terapêutica criada por Bert Hellinger
que tem como objetivo:
. Trazer à luz conflitos ocultos, identificações e
emaranhamentos sistêmicos
. Observar os conflitos com o coração pacífico e se
reconciliar com eles
. Liberar o fluxo do amor
Histórico
Baseada em três pilares:
Ordens do Amor
Campo Morfogenético
Fenômeno
Os campos morfogenéticos ou campos mórficos são campos
que levam informações, não energia, e atuam através do
espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois
de terem sido criados. Eles são campos não físicos que
exercem influência sobre sistemas que apresentam algum
tipo de organização inerente.
A palavra chave aqui é hábito. O hábito é o fator que origina
os campos morfogenéticos. Através dos hábitos estes campos
vão variando sua estrutura, dando causa deste modo, às
mudanças estruturais dos sistemas que estão associados.
O método da Constelação Familiar é fenomenológico, o que significa não
uma técnica, mas uma postura:

“Eu me exponho a um contexto mais amplo sem intenção de ajudar, nem


de provar algo, sem medo do que poderá vir à luz. Eu me exponho a tudo,
assim como se apresenta.”

O significado da palavra já traz muitas indicações sobre o método.


Fenômeno vem da palavra grega phainomenon, e significa mostrar-se a si
mesmo. Diz respeito à luz, ao que é visível.
Assim, fenômeno quer dizer: aquilo que se mostra, o que vem à luz, o que
se desoculta, o que pode ser visível a partir de si mesmo.
As Ordens do Amor
Hierarquia
No sentido original, antes e depois são entendidos temporalmente. Quer
dizer, aquele que existiu temporalmente mais cedo, ou seja, que nasceu
antes do outro, tem precedência sobre os que vieram depois.
A hierarquia , nesse sentido, é uma ordem original. Ela é válida também
em outros aspectos de nossos relacionamentos.
Essa hierarquia também vale para empresas e na profissão.
Pertencimento
1. Nós mesmos, com todos os nossos irmãos e irmãs, mesmo os não nascidos
ou falecidos precocemente. E também um gêmeo que tenha sido separado de
nós ainda no útero materno. Este é o nível mais baixo.
2. Nossos pais, incluindo seus parceiros anteriores, juntamente com todos os
seus irmãos e irmãs.
3. Nossos avós, também incluindo seus parceiros anteriores.
4. Às vezes, essa linha ancestral vai ainda além no passado, incluindo alguns
dos bisavós.
Este seria o círculo dos familiares consanguíneos, cuja influência sobre nossas
doenças ou deficiências pode ser observada e verificada.
Também pertencem outras pessoas
que não são nossos familiares, mas cujo
destino partilhamos. Aqui estão incluídos:
1. Todos aqueles cuja perda ou morte ocasionou uma vantagem para nós e
nossa família, como, por exemplo, uma herança.
2. Todos aqueles cuja morte foi causada por culpa de um membro de nossa
família.
3. Todos aqueles que possuem culpa com relação à morte de algum membro
de nossa família ou causaram danos graves a alguém de nossa família.
Formamos uma comunidade de destino juntamente com os indivíduos
mencionados nesta seção. Partilhamos com eles uma alma coletiva, um
campo espiritual em comum.
O que isso significa?

1. A sua exclusão de nosso amor faz com que um membro de nossa família
passe a representá-los durante a sua vida, sem que tenha consciência disso.
Por exemplo através de uma doença ou de uma deficiência, mas também da
forma que vivem e morrem.
2. A sua inclusão consciente à nossa família e à nossa alma
coletiva libera nossos emaranhamentos em seus destinos, emaranhamentos
que nos fazem adoecer, aliviando suas consequências.
Equilíbrio entre o Dar e Receber
Nos seres humanos, sentimos uma necessidade incontrolável de fornecer
algo de mesmo valor àqueles que nos dão algo. Essa necessidade é a base
da troca em nossas relações. Apenas dando algo de valor semelhante ou até
maior àqueles que nos deram algo, mantemos a relação com eles,
aprofundando-a constantemente.
O que essa necessidade tem a ver com a doença ou com a morte
prematura?
Pagamos para aliviar nossa consciência, para compensar um ganho por
meio de uma perda. Depois, respiramos aliviados.
Isso não vale apenas para o outro, mas também para nós mesmos,
quando há a necessidade de expiação.
Expiação, nesse sentido, significa que aquilo que fiz ao outro, faço
também a mim. Ou aquilo que o outro me fez, faço também a ele,
muitas vezes até mais.
AS ORDENS DA AJUDA
A primeira ordem da ajuda
A primeira ordem da ajuda consiste em dar apenas o que se tem e somente
esperar e tomar o que se necessita.
A primeira desordem da ajuda começa quando uma pessoa quer dar o que
não tem, e a outra quer tomar algo de que não precisa. Ou quando uma
pessoa espera e exige da outra algo que ela não pode dar, porque ela mesma
não tem. Também ocorre quando uma pessoa não pode dar algo, porque com
isso tiraria da outra algo que só ela pode ou deve carregar e fazer. Portanto,
existem limites no dar e tomar. Pertence à arte da ajuda percebê-los e se
submeter a eles.
A segunda ordem da ajuda
A segunda ordem da ajuda é nos submetermos às circunstâncias e
somente interferir e apoiar à medida que elas o permitirem. Essa ajuda
é discreta e tem força.
A desordem seria, aqui, negarmos ou encobrirmos as circunstâncias,
ao invés de olhá-las juntamente com aquele que procura ajuda. O
querer ajudar contra as circunstâncias enfraquece tanto o ajudante
quanto aquele que espera ajuda ou a quem ela é oferecida ou, até
mesmo, imposta.
A terceira ordem da ajuda
O ajudante também se coloca como adulto perante um adulto que
procura ajuda. Com isso, ele recusa as tentativas do cliente de forçá-
lo a fazer o papel de seus pais. Esta é a terceira ordem da ajuda.
A desordem aqui é permitir que um adulto faça reivindicações ao
ajudante como uma criança aos seus pais, e que o ajudante trate o
cliente como uma criança, para poupá-lo de algo que ele mesmo
precisa e deve carregar — a responsabilidade e as consequências.
A quarta ordem da ajuda
A empatia do ajudante deve ser menos pessoal, mas sobretudo
sistêmica. Ele não se envolve num relacionamento pessoal com o
cliente. Esta é a quarta ordem da ajuda.
A desordem seria, aqui, se outras pessoas essenciais que, por assim
dizer, têm nas mãos a chave para a solução, não fossem olhadas e
honradas. A elas pertencem sobretudo as pessoas que foram excluídas
da família, por exemplo, porque os outros se envergonharam delas.
Também aqui o grande perigo é que essa empatia sistêmica seja
sentida como dura pelo cliente, principalmente por aqueles que fazem
reivindicações infantis ao ajudante. Pelo contrário, aquele que procura
uma solução, de maneira adulta, sente o procedimento sistêmico como
uma libertação e uma fonte de força.
A quinta ordem da ajuda
As constelações familiares unem o que antes estava separado. Neste sentido,
está a serviço da reconciliação. O que impede essa reconciliação é a
diferenciação entre os bons e maus. A quinta ordem da ajuda é, portanto, o
amor a cada um como ele é, por mais que ele seja diferente de mim. Dessa
forma, o ajudante abre-lhe seu coração, tornando-se parte dele. Aquilo que se
reconciliou em seu coração, também pode se reconciliar no sistema do cliente.
A desordem da ajuda seria aqui o julgamento sobre outros, que geralmente é
uma condenação, e a indignação moral ligada a isso. Quem realmente ajuda,
não julga.
A percepção especial
Para agir de acordo com as ordens da ajuda é necessária uma percepção
especial. Nessa percepção, eu me direciono a uma pessoa, entretanto sem
querer algo determinado, a não ser percebê-la interiormente, de uma forma
abrangente, considerando a próxima ação que deve ser realizada.
Essa percepção surge do centramento interno. Nele, abandono o nível das
reflexões, das intenções, das diferenciações e dos medos. Eu me abro para
algo que me toca imediatamente, a partir do interior.
Normalmente, a ajuda que sobrevêm dessa percepção é de curta duração.
Permanece no essencial, mostra o próximo passo e deixa o outro
imediatamente livre. Essa percepção reconhece quando a ajuda é conveniente
e quando prejudica; quando desencoraja mais do que promove; quando é
mais um alívio da própria necessidade do que servir ao outro e é modesta.
Observação, percepção, compreensão, intuição, sintonia
A observação é aguda, precisa e direcionada para os detalhes. Por ser tão
precisa, é também limitada. Escapa-lhe o que está ao redor. Porque é tão
exata, ela é próxima, resoluta, penetrante e de certa forma, impiedosa e
agressiva.
A percepção é distanciada. Ela percebe simultaneamente várias coisas, ganha
uma impressão do todo, vê o que está ao seu redor e no seu lugar. Ela
entende o observado e o percebido, entende o significado de uma coisa ou de
um processo observado e percebido, por trás do observado e percebido,
entende o seu sentido. Portanto, acrescenta-se, à observação externa e à
percepção, uma compreensão.
A compreensão pressupõe observação e percepção e sem a compreensão, o
observado e percebido permanecem sem relação. A observação, a percepção
e a compreensão compõem um todo. Apenas quando atuam juntas é que
podemos agir e ajudar de um modo significativo.

A compreensão é, muitas vezes, geral. Entende todo, o contexto e todo o


processo. A intuição, pelo contrário, reconhece o próximo passo e por isso é
exata. A relação entre a intuição e a compreensão é semelhante à relação
entre a observação e a percepção.
A sintonia é a percepção que vem de dentro. Está direcionada a uma ação,
de maneira semelhante à intuição, principalmente a uma ajuda que conduz
à ação. A sintonia exige que eu entre na mesma vibração do outro, sintonize
com ele e, assim, entenda-o. Preciso entrar em sintonia com sua origem,
principalmente com seus pais, com seu destino, suas possibilidades, seus
limites — também com as consequências de seu comportamento, sua culpa
e, finalmente, com sua morte.
Em sintonia, eu me despeço de minhas próprias intenções, meu julgamento,
do que eu devo e preciso fazer. Isso quer dizer: eu chego à mesma sintonia
comigo e com o outro.
Técnica
Setting
Construção de um espaço favorável
Posicionamento das cadeiras
Esteja presente
Qual é a sua questão?
.Fique presente
.Veja o cliente
.Sinta o cliente
.Não julgue, todos estão a serviço da Grande
Alma
.Crie hipóteses
.Ouça o cliente
.Não queira desvendar mistérios
Filtrar as informações
O que você faz com isso?
O que você pensa disso?
O que você sente em relação a isso?
Desde quando isso acontece?
Um olho no padre e
outro na missa
Fique atento à mensagem corporal do cliente
Saiba distinguir os sentimentos
Primário: resulta de uma situação imediata e é condizente com ela. Frequentemente são
sentimentos intensos e de curta duração, assim que nos entregamos totalmente a eles, logo
desaparecem. Os sentimentos primários estão sujeitos a um comando interno. Por isso
quem se encontra num sentimento primário nunca precisa se envergonhar e os outros
sentem com ele. Essa compaixão nos torna fortes e não nos rouba nada.
Estes sentimentos nos levam a ser mais quando vivenciados com consciência. No trabalho
das Constelações buscamos por estes sentimentos todo o tempo. Ex.: Raiva, tristeza, medo.
Quando estes sentimentos são evitados por nós, tornam-se sentimentos secundários que
nos congelam e impedem o fluxo da vida.
Secundário: é um substituto para a intensidade do sentimento primário. São
sentimentos mais duradouros que nos fazem remoer dor e sofrimento por gerações.
Alguns exemplos são: culpa, remorso, melancolia, ressentimento, mágoas. Em face de
sentimentos secundários nos sentimos impotentes, zangados, usados, diferentemente
de estar diante de alguém que manifesta um sentimento primário.
O sentimento secundário segue uma imagem interna, não a realidade. Precisa-se
fechar os olhos porque ele retira a sua força de uma imagem interna. Quando se quer
ajudar alguém a sair de um sentimento secundário, devemos fazê-lo abrir os olhos.
Sentimentos Adotados ou Alheios: são efeitos de identificação. Podemos ver isso
frequentemente nas constelações familiares. Uma pessoa se liberta deles quando se
torna claro de quem ou para quem ela assumiu esse sentimento. Por trás do
sentimento adotado atua geralmente o amor primário, mas nós o alcançamos
somente quando a identificação for anulada.

Metassentimentos: são sem emoção, totalmente claros. Coragem, humildade e


sabedoria são metassentimentos. São os sentimentos de conexão com toda a
natureza, sem julgamentos, se bom ou mal. A atuação leva em consideração a
consciência da importância do momento.
São leves, não há nada de pesado ou dramático neles. São completamente simples.
Chega-se a eles, libertando-se de seus próprios emaranhamentos.
Escolha dos representantes
Comece com o mínimo
Comando de percepção:
No corpo
Mente silenciosa
Olhos abertos
Representante sem intenção
Escolha do representante do cliente
Escolha dos outros representantes

Nas constelações estruturadas


Nas constelações autopoiéticas
No Movimento do Espírito
Fila de Ancestrais

Representantes durante a
constelação

Representantes ocultos
. A forma aponta para a solução
. Sinta o campo
. Confie no campo
. Seja generoso com o campo
. Sustente o silêncio
. Seja humilde para mudar de rota se sua hipótese não se
confirmar no campo
. Você tem o comando da constelação mas nem por isso você é
especial ou superior
. Observe
. Veja o todo
. Não tenha pressa
. Siga a sua intuição
. Entre em sintonia com o campo, com o cliente
Coleta de informações
Comece pela ordem de entrada
E continue pela ordem de
entrada
Um olho no cliente e
outro na constelação
Emocione-se

Esteja presente

Sinta o campo

Ouça o campo
Confira com o cliente:
Isso faz sentido pra você?
O que é preciso que o cliente veja?
Acompanhe seu cliente
Olhe com os olhos
do cliente
Fraseologia
Eu sei que é difícil pra você
Maior e menor
Me abençoe se eu faço diferente
Posso fazer melhor e farei em homenagem a você
Olhe com bons olhos se faço diferente
Me comprometo a ser 100% honesto comigo mesmo
Perdão X sinto muito
Eu respeito você como...
Sinto muito eu não sabia
Você me fez muita falta
Por favor
Foi como tinha que ser
Terei sempre um lugar especial no meu coração para você
Você é certo para mim como você é
Você é minha mãe e eu sou sua filha
Eu vejo você
Eu fico
Preciso de mais tempo
Eu sou apenas a criança
Eu fico mais um pouco , quando chegar a hora vou
me encontrar com você
Observe

A figura inicial
aponta para a solução
Posicionamentos
- Lado a lado: cônjuges, parceiros,
irmãos, sócios, amigos
- Atrás: antepassados
- Na frente: filhos, projetos
Movimentos
Olhar para baixo
Olhar para fora
Um representante
Todos os representantes
Sentir-se pesado
Sentir os pés presos
Sentir-se puxado
para trás
Sentir-se puxado
para fora
Sentir os ombros
pesados
Sentir as mãos
Lado esquerdo pesado
Lado direito pesado
Como e quando substituir
representante/cliente
Abraços
Rituais:

Reverências
Fila de Ancestrais
Deitar-se ao lado dos mortos
Observe

Observar é exercitar a sua essência

O olhar sistêmico enxerga o


invisível
Você está só
Você é o representante da
totalidade na constelação
da vida
Você está sem intenção
Você não quer resolver nada
Você dá só um empurrãozinho
Olhe para a solução

Observe a luz que dá luz à vida


O que precisa ser visto?
O que precisa ser sentido?
O que precisa ser entendido?
Localize o amor que
prende e o amor que
solta
Aperte o botão
reset da natureza
do cliente
Coloque o cliente
frente à frente com
a vida
Aproveite, tome carona.
Fique frente a frente com a
vida você também.
O constelador só leva o
cliente até onde ele, o
constelador, está

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