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TOQUES NA

ALMA
 
 

Alicio Gobis
Cidinha Clemente
Clara Sivek
Glaucia Paiva
Graciela Rozenthal
Heloisa Pessoa
Oswaldo Santucci
René Schubert
Solange Bertão
 

Colaboração Espacial:
Dra. Ursula Franke-Bryson e Thomas Bryson
 
 

1ª Edição – 2017

 
 
 
© 2017 por Editora Conexão Sistêmica A reprodução de parte ou do todo do
presente texto, em qualquer meio físico ou eletrônico, é expressamente
proibida sem a autorização prévia por escrito da editora.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Paiva, Glaucia
(organizador) Toques na alma / Glaucia Paiva (organizador), Oswaldo Santucci
(organizador). - São Paulo: Editora Conexão Sistêmica, 2017
164p. ISBN: 978-85-66663-07-5
1. Teoria do conhecimento, causalidade e ser humano. I. Título.
CDD: 120

 
 
 
 
 

DEDICATÓRIA
 
 
 

Ao Povo Brasileiro...
Àqueles que estiveram nesta terra antes do tempo escrito
pelo homem branco, o povo originário das Américas,
conhecidos como índios.
Aos colonizadores Europeus,
Aos povos afrodescendentes,
Aos povos imigrantes,
Que com suas vidas teceram o campo e possibilidades do
Presente!
 
CONTEÚDO
 
DEDICATÓRIA
INTRODUÇÃO
EXERCÍCIO INTRODUTÓRIO
GENOGRAMA
ALICIO JOSÉ GOBIS
ALINHANDO-SE AO SEU PROPÓSITO
A FORÇA CURATIVA DA IMAGEM FAMILIAR
LINHA DO TEMPO SISTÊMICA
CONSULTANDO 3 DIMENSÕES PSÍQUICAS
ALICIO JOSÉ GOBIS
CIDINHA AGUILAR CLEMENTE
EXERCÍCIO DE CONSCIÊNCIA DO CORPO E DE SEU LUGAR NO GRUPO
A BUSCA DO QUE EU QUERO
EXERCÍCIO DA FORÇA
SABEDORIA DO ANCIÃO
CIDINHA AGUILAR CLEMENTE
CLARA SHNAIDER SIVEK
EU SOU A ESSÊNCIA DO MEU SISTEMA
LIBERANDO O PESO QUE CARREGAMOS PELO SISTEMA FAMILIAR
O BRASÃO DE SUA FAMÍLIA
CLARA SHNAIDER SIVEK
GLAUCIA PAIVA
REVERENCIANDO A ORIGEM DA VIDA
EU PERTENÇO
INTEGRANDO AS FORÇAS ESSENCIAIS NA CARREIRA
INTEGRAÇÃO COM OS AVÓS ATRAVÉS DA RODA DE CURA
GLAUCIA PAIVA
GRACIELA FANDIÑO ROZENTHAL
RECONHECENDO
CONFLITOS
RECONHECENDO DINÂMICAS PROJETIVAS NO CASAL
TRABALHANDO A TRANSFERÊNCIA
TRABALHANDO A CONTRATRANSFERÊNCIA
GRACIELA FANDIÑO ROZENTHAL
HELOISA PESSOA
REVERENCIANDO LUGARES DE ORIGEM
LEALDADE OCULTA
DESFAZENDO LEALDADES
TRABALHANDO COM O FACILITADOR
HELOISA PESSOA
OSWALDO SANTUCCI
A FORÇA DOS ANCESTRAIS (OU TÚNEL ANCESTRAL)
INTEGRAÇÃO DO CURRÍCULO PROFISSIONAL SISTÊMICO
“O QUE FALTA” SER VISTO OU INCLUÍDO?
CAMINHO PARA A MUDANÇA
OSWALDO SANTUCCI
RENÉ SCHUBERT
FORÇAS VITAIS
O CÍRCULO DO PERTENCIMENTO
TOMADA DE DECISÃO
ELEMENTOS DA NATUREZA
RENÉ SCHUBERT
SOLANGE BERTÃO
ESSÊNCIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR
HONRAR OS PAIS E OLHAR PARA A PRÓPRIA VIDA
MÃE VERSUS SUCESSO
SOLANGE BERTÃO
GLOSSÁRIO
BIBLIOGRAFIA
ESPAÇO EDITORA CONEXÃO SISTÊMICA
 
 
 
 
 

CONTRACAPA
 

Um dos sentidos de uma constelação ou exercício sistêmico


é promover a autorregulação de um impulso. Esse
movimento torna possível mudanças em padrões de
comportamento, reconciliações, novos caminhos e
principalmente uma conexão com a alma. Este livro
proporciona 37 possibilidades de trilhar este caminho.
Com toques na alma, ficamos mais perto de alimentar a
paz.
Glaucia Paiva
 

ORELHAS
A ideia deste livro nasceu dos encontros de um grupo de
estudos chamado Intervisão, cujos autores se reúnem
periodicamente com o objetivo de dar continuidade ao
desenvolvimento pessoal e profissional, onde testaram e
aprimoraram todos os exercícios sistêmicos contidos neste
livro. Foram 4 anos de trabalho do grupo para o
desenvolvimento de uma práxis sistêmica que pode ser
utilizada como recursos por facilitadores sistêmicos em
grupos, oficinas ou mesmo individualmente em
consultórios.
 

Os olhos da nossa alma buscam incessantemente encontrar


solução para manter o equilíbrio padrão do sistema.
Somente ao despertarmos nossa visão para um sentido
além das compensações, vínculos e ajustes do grupo
familiar é que ganharemos a autonomia necessária para
encontrarmos nossos verdadeiros propósitos.
Oswaldo Santucci

INTRODUÇÃO
 
A ideia deste livro nasceu dos encontros de um grupo de estudos chamado
Intervisão, cujos autores se reúnem periodicamente com o objetivo de dar
continuidade ao desenvolvimento pessoal e profissional, onde testaram e
aprimoraram todos os exercícios sistêmicos contidos neste livro.
Foram 4 anos de trabalho do grupo para o desenvolvimento de uma práxis
sistêmica que pode ser utilizada como recursos por facilitadores sistêmicos em
grupos, oficinas ou mesmo individualmente em consultórios.
Nossos encontros de intervisões nos deram a oportunidade de nos trabalhar
entre colegas equivalentes, trocar experiências de nossos atendimentos
sistêmicos bem como seus efeitos, de modo a compartilhar nossa humanidade
enquanto psicoterapeutas, terapeutas, psicanalistas, médicos, sociólogos,
consultores, mediadores e educadores. Assim, este livro nasce como produto de
encontros reveladores e recompensadores.
Alguns exercícios advêm dos ensinamentos de Bert Hellinger, idealizador das
Constelações Familiares, de nossa prática cotidiana no processo terapêutico e
de nosso aprendizado com tantos outros profissionais que seguiram seus
próprios caminhos de descobertas e de ensinamentos.
São exercícios de grande potência que ativam mudanças tanto na psique
individual como na coletiva. É de suma importância que o leitor utilize estes
recursos em sua prática terapêutica.
Pretendemos, assim, expandir os recursos do trabalho sistêmico, promovendo
uma maior variedade de dinâmicas rumo à abertura de possibilidades
existenciais que curam e aliviam.
Somos gratos pelas oportunidades advindas deste trabalho e com este
intercâmbio. Desejamos uma leitura com reflexão, abertura, reconhecimento e
transformação. Devolutivas são bem vindas!

 
EXERCÍCIO INTRODUTÓRIO
Em recente treinamento no Brasil, Dra. Úrsula demonstrou
sua forma de trabalhar sistemicamente com seus clientes,
tanto no consultório com atendimentos individuais quanto
em workshops com grupos. Apontou o quanto era
importante o facilitador colher e escutar as informações do
sistema familiar do qual o cliente provém.
Segundo ela, “tudo o que nós fazemos no presente atua e
pode ser acessado por toda linha ancestral. Nós atuamos
neles. Eles atuam em nós. A Pátria, terra onde nascemos, é
um recurso enorme. De onde o cliente veio? O que motivou
a saída? Quantos ficaram para trás e como ficaram?
Quantos e como partiram? Dos que partiram, quantos
ficaram pelo caminho? Qual era e qual é a comunicação e
troca antes e hoje com a pátria dos antepassados e com a
terra que os acolheu e nutriu?” Ela complementa que “por
meio do Genograma, que é um recurso rápido para
alcançar camadas profundas do sistema de nosso cliente, é
possível visualizar o seu sistema e a sua estrutura familiar.
Durante a construção do Genograma, obtemos informações
e as emoções relacionadas a cada pessoa do sistema, seu
vínculo e sua história".
A partir disto, Dra. Ursula e Thomas nos ofereceram um
exercício sistêmico neste sentido, que será apresentado
aqui como o exercício introdutório deste livro.
C olaboração especial

D ra . U rsula F ranke -B ryson e T homas B ryson


GENOGRAMA
Fonte: Exercício desenvolvido por Dra. Úrsula Franke- -
Bryson e Thomas Bryson.
Objetivo: Visualizar o genograma familiar para explorar o
contexto de uma questão a partir de pedaços de papel
sulfite.
Número de Participantes: De um a vários participantes.
Pode ser trabalhado no atendimento individual ou em
grupo.
Material: Papel Sulfite.
Tempo previsto: De 30 a 40 minutos.
Procedimento: Em treinamentos, workshops ou mesmo no
atendimento individual de consultório, distribua uma folha
sulfite para o cliente e peça que ele corte 32 retângulos
pequenos. Estes retângulos irão representar membros do
sistema familiar do cliente.
Pergunte ao cliente qual assunto, qual tema ele gostaria de
olhar e representar.
O cliente escolhe um primeiro papel para representar
a si próprio e o dispõe à sua frente em um lugar que lhe
pareça bom. Se o cliente quiser escrever algo em cima
desse papel ou dos seguintes, seu nome ou alguma
característica, isto é possível.
Vamos explorar o contexto desse assunto colocando
representantes das gerações passadas, isto é,
verticalmente, e/ou representantes das mesmas gerações
dos pais/avós/bisavós, isto é, horizontalmente, até o sistema
e o cliente chegarem a um ponto de paz.
Esta questão, este sintoma, este assunto escolhido pelo
cliente tem mais a ver com a mãe ou com o pai? Perceba
isto conforme vão se colocando os papéis para representar
o pai, a mãe, ou ambos. O que muda quando pai ou mãe são
colocados? Como você olha para seu pai/mãe, e como
ele/ela olha para você? Qual a distância boa e possível em
relação ao pai/mãe?
Durante todo este processo, pode-se mudar a distância e a
posição dos papéis. O cliente vai sentindo e percebendo o
que acontece com ele, com seu corpo, com as imagens
internas, conforme vai colocando estas figuras. Outra
pergunta para o processo seria: de quê o pai ou a mãe,
conhecendo o genograma do cliente, precisam neste
momento? Qual seria a próxima pessoa a ser representada
no campo?
Sabendo que esta questão ou sintoma continua na linha
ancestral, qual é o próximo representante a ser colocado?
Avós paternos, avós maternos? Segue-se a linha que estava
sendo pesquisada no genograma do cliente. E quando
chega o pai do pai ou o pai da mãe, o que muda para cada
um dos outros? O que acontece com o cliente? O que muda
para ele/ela com cada novo elemento colocado em campo?
Como os pais olham para o cliente agora que têm seus pais
atrás deles, se conseguem olhar? Como os avós olham para
a mãe e o pai? E como os avós olham para o cliente? Se for
necessário novamente, verifique a posição e a distância. E
se os pais viram e olham para o avô e avó, ficando de costas
para o cliente, o que acontece? Como eles se olham? O que
muda para o cliente? Qual é a distância boa? Perceba a
respiração do cliente e peça para que ele verifique o que
acontece em seu corpo conforme vai seguindo no exercício.
E, talvez, a história continue mais para trás ou para o lado,
talvez os avós precisem de mais alguém. Utilize mais
papéis para representar os membros que precisam ser
colocados. Em relação a quem? A que distância? O que
acontece com o cliente conforme estes novos membros são
incluídos? Ou o que acontece quando há mais uma geração
representada? Como eles olham uns aos outros, e para o
cliente? Como fica a questão? Existe algo a ser dito ou
feito?
Além desta estrutura básica colocada, talvez ainda falte
algo mais a ser representado, os acontecimentos
importantes, dos pais, dos avós, dos bisavós, o que precisa
ser colocado ao lado e atrás destes para talvez encontrar
um exalo, uma respiração profunda, uma maior calma?
E talvez isto seja suficiente ou talvez ainda falte algo, uma
pessoa ou uma dinâmica que não tem nome. Então, o
cliente seleciona um papel ou vários papéis para isto que é
oculto. Colocará em local certo este ou estes papéis
representando aquele sem nome, mas que precisa ser
representado, já que é importante para o sistema. O que
acontece quando isto é representado? Como ficam os
representantes? Como eles se olham agora?
Pode também colocar papéis, um ou mais, para o recurso
desconhecido. Para aquilo que talvez ainda falte para um
dos pais ou dos outros ancestrais. Também pede-se que o
cliente selecione um papel para representar a Presença. O
que muda quando a Presença é colocada no campo? Onde
ela é necessária?
E quando o cliente olha para esta estrutura, em sua
complexidade, qual é o melhor lugar para ele agora? É bom
ficar com um dos avós, ou talvez mais para trás, em outra
geração, e de lá olhar com maior distância? Talvez ficar no
abraço ou nos braços de um ancestral, ou de frente para
um avô que o proteja e cuide bem do cliente, e de lá olhar
para frente, ou para trás. Ou talvez o cliente tenha que se
retirar para o lugar de Presença, para sair do transe
familiar e de lá olhar para a estrutura familiar. Talvez
hajam recursos para o cliente como amigos, esposo(a),
filho(a)s, mestre, que tragam a sensação de segurança e
força.
Pede-se que o cliente observe a figura, a estrutura montada
à sua frente. Talvez se levante para ver a mesma do alto, ou
mude de posição para enxergá-la de lado ou de outra
perspectiva. Como estão os representantes do sistema
familiar agora? Há algo que ainda precisa ser dito ou feito?
Agora, se o cliente quiser, pode partilhar com o terapeuta,
ou em um treinamento com o colega vizinho, as impressões
gerais que alcançou com este exercício. O que descobriu?
Era esta a questão que precisava ser vista ou outra se
mostrou? Foi possível encontrar os recursos de que o
sistema precisava? Que informações surgiram para ele?
Que imagens e sensações novas, diferentes se
apresentaram? O que aconteceu quando o oculto foi
colocado? O que aconteceu quando a Presença foi
colocada? De quem o cliente sentia-se mais próximo? Onde
o cliente sentiu força e leveza, onde sentiu tensão e
fraqueza? Qual era a distância incômoda e pesada e qual
era a distância leve, segura? Há alguma frase ou palavra
ecoando para o cliente? Há algum gesto que precisa ser
feito? Por quem e para quem?
Todas estas perguntas podem ser feitas e percebidas no
campo do cliente. Quais os movimentos que elas geram?
Alivia, distensiona, fortalece ou equilibra o sistema?
Perceba como fica a sensação corporal do cliente a cada
movimento que é feito.
Agradecemos a Dra. Ursula e Thomas Bryson por terem
cedido este exercício que foi realizado durante o
Treinamento Internacional Avançado no Pensamento e nas
Constelações Sistêmicas: familiares, organizacionais e
educacionais, ocorrido no Espaço Conexão Sistêmica em
São Paulo, em junho 2017.
 
ALICIO JOSÉ GOBIS
Alinhando-se ao seu propósito
A força curativa da imagem familiar
Linha do Tempo Sistêmica
Consultando 3 dimensões psíquicas
Alicio José Gobis
 

E xercício 1 | A licio G obis


ALINHANDO-SE AO SEU PROPÓSITO
Fonte: Inspirado em Marianne Franke.
Objetivo: Verificar as forças sistêmicas que possam estar
interferindo na realização de seu propósito.
Participantes: O cliente, 3 representantes ou âncoras de
solo..
Material: Objetos que funcionem como âncoras de solo.
Tempo previsto: De 20 a 40 minutos.
Procedimentos: Primeiro o cliente encontra seu lugar no
espaço, depois ele coloca seu propósito em relação a ele
mesmo, que pode ser um representante ou uma âncora de
solo. Seguindo o mesmo procedimento, ele é convidado a
colocar o pai e a mãe. Peça para o cliente apresentar seu
propósito para seu pai e depois para sua mãe.
Dá-se um tempo para formar o contexto sistêmico antes de
indagar o que se passa com o cliente e com os
representantes. Atente para as sensações corporais e para
os sentimentos. A partir daí, siga a dinâmica sis-
têmica que for surgindo.
É comum surgir a necessidade de reposicionamento dos
pais e do propósito em relação ao cliente. Vale lembrar a
importância de dar lugar a todas as manifestações que
possam surgir, como, por exemplo, o medo. Quando isso
ocorrer, coloque uma âncora que represente essa
manifestação e estabeleça, através de diálogo e frases de
solução, a relação desse sentimento com os pais e
propósito.
Variações: Neste exercício, é possível, no lugar do
propósito, colocar a profissão ou um determinado objetivo.
Ele também pode ser utilizado no atendimento individual
ou em grupo.
 

Exercício 2 | Alicio Gobis


A FORÇA CURATIVA DA IMAGEM FAMILIAR
Fonte: Inspirado pelo Genograma.
Objetivo: Conscientizar-se da ordem (lugares) em seu
sistema familiar.
Participantes: O cliente.
Material: Bonecos para constelação e outros objetos.
Tempo previsto: De 30 a 60 minutos.
Procedimento: Peça para o cliente narrar sua própria
história de vida, incluindo os acontecimentos significativos.
Simultaneamente, ele deve usar os bonecos para
constelação para representarem a ele e aos seus pais.
Posteriormente, conforme o cliente for narrando a história,
ele vai posicionando seus irmãos, avós, etc.
Conforme isso acontece, ele pode alterar a imagem
colocada anteriormente. Os bonecos não ficam estanques,
eles podem ser reposicionados na medida da narrativa e/ou
dos insights que a imagem produzir. É uma imagem que se
forma dinamicamente.
Outros objetos devem ser usados (pedras, massa de
modelar, etc.) para representar acontecimentos ou
sentimentos significativos na história do cliente. Vale
lembrar que o sistema familiar não esquece nada, tudo faz
parte.
A cada etapa realizada, atente para as manifestações
corporais e indague sobre os sentimentos que o cliente tem
em relação à imagem que está sendo formada.
Quando a imagem estiver colocada, pergunte ao cliente:
“Como você está neste momento em relação a esta
imagem?”; “O que você precisa?”; “Como esta história e
imagem se refletem hoje, nas áreas da sua vida:
relacionamentos, profissional, financeiro, etc?".
Variações: Este exercício pode ser utilizado no
atendimento individual e em grupo, trabalhando em duplas.
 

E xercício 3 | A licio G obis


LINHA DO TEMPO SISTÊMICA
Fonte: Inspirado em Bernd Isert.
Objetivo: Organizar, planear e alinhar o momento presente
e futuro.
Participantes: O cliente.
Material: 3 folhas de papel sulfite, quadrados de papel
pequenos e fita adesiva.
Tempo previsto: De 40 a 60 minutos.
Procedimento: Escreva em uma folha de papel sulfite a
palavra “presente" e, em outra, a palavra “futuro". Peça
para o cliente posicionar o presente e colocar-se sobre ele.
Peça para ele posicionar o seu futuro em relação ao
presente. Com a fita adesiva, trace uma linha de conexão
entre o presente e o futuro. O cliente deve estar
posicionado no presente para dar continuidade ao
exercício.
Com o cliente posicionado no momento presente, peça a ele
para narrar tudo o que o envolve, o preocupa e ocupa seu
tempo e, simultaneamente, cada elemento deve ser escrito
nos quadrados de papel para serem posicionados pelo
cliente. Por exemplo: ocupações com estudo, o filho, o
cônjuge, conflitos no trabalho, profissão, viagem, etc.
Com pequenos passos na linha do tempo (a linha feita de
fita adesiva), o cliente repete o processo anterior com
metas, objetivos, desejos, sonhos, até chegar ao futuro.
Peça para o cliente colocar a terceira folha, que deve ser
posicionada bem distante da linha do tempo construída por
ele. É uma metaposição (um lugar destituído de
sentimentos e julgamentos), que tem a sensação de estar
fora do campo sistêmico.
Na metaposição, pergunte ao cliente: “O que você vê?";
“Tem alguma dica?”; “Você tem alguma sugestão?"
Ele volta para a posição do presente e, a partir daí, faz as
alterações e reposicionamentos necessários de tudo que foi
colocado, inclusive aumentando ou diminuindo a distância
entre o presente e o futuro. Cabe ao facilitador sugerir
recursos para a solução dessas alterações.
 

E xercício 4 | A licio G obis


CONSULTANDO 3 DIMENSÕES PSÍQUICAS
Fonte: Desenvolvido por Alicio Gobis.
Objetivo: Verificar nas 3 dimensões psíquicas como o
cliente está em relação à questão que o aflige, promovendo
abertura e possibilidades de identificar e acionar novos
recursos.
Participantes: O cliente, 3 representantes ou âncoras de
solo.
Material: 4 folhas de papel sulfite.
Tempo previsto: De 20 a 30 minutos.
Procedimento: Em uma folha de papel sulfite, peça para o
cliente escrever a sua questão, que deve ser de
conhecimento comum entre ele e o facilitador.
O facilitador escreve, em cada uma das outras três folhas,
uma dimensão psíquica:
Na primeira folha, escreve “essência", “alma",
“consciência”, "o que você é";
Na segunda folha, "regras", “normas", “valores",
“expectativas suas", “o que esperam de você";
- Na terceira folha, “sentimentos”, “emoções mais
profundas".
O facilitador não deve comunicar ao cliente o que está
representado em cada uma destas folhas que serão usadas
como âncoras de solo neste exercício, mas deve informá-lo
de que são referentes às partes dele mesmo. Marque o
outro lado de cada folha com uma letra de tal forma que o
facilitador identifique cada dimensão.
Peça para o cliente posicionar a folha com sua questão no
chão. Após isso, o facilitador deve posicionar as 3
dimensões em paralelo, uma ao lado da outra, na frente da
folha da questão do cliente. O lado das folhas com as
dimensões deve estar virado para baixo, ficando expostas
somente as letras de identificação.
Convide o cliente para posicionar-se sobre a folha da
questão e, em seguida, peça-lhe para que faça conexão com
a questão sem julgamentos e sem querer encontrar uma
solução. É apenas para dar lugar à questão.
Em seguida, peça para o cliente posicionar-se sobre uma
das 3 dimensões, não há necessidade de seguir uma ordem.
Pergunte ao cliente: “O que se passa nesse lugar?"; “O que
sente no seu corpo?".
O facilitador deve anotar todas as informações sobre cada
uma das dimensões.
A cada mudança de posição de uma folha para outra, é
importante que o cliente caminhe fora deste contexto antes
de ir para outra folha.
Após o cliente ter se posicionado na terceira folha, ele deve
ser convidado a voltar para a folha da sua questão.
O facilitador deve posicionar-se próximo a cada uma das
folhas que representam as dimensões. Em cada
posicionamento, deve explicar o que aquela folha
representa e, em seguida, relatar as anotações sobre o que
o cliente sentiu em cada lugar com relação à questão.
Cabe ao facilitador, em conjunto com o cliente, sugerir
recursos para as dimensões em relação à questão. Lembre-
se de que essas dimensões são interligadas e elas podem
interferir uma sobre a outra em relação à questão.
ALICIO JOSÉ GOBIS
Psicólogo com formação organizacional e clínica há mais de
30 anos. Desenvolveu sua carreira profissional com o olhar
centrado no desenvolvimento humano, quer seja no cenário
empresarial, familiar ou individual. Atualmente é
Psicoterapeuta e Consultor Empresarial para Negócios
Familiares.
Especializou-se em Gestão Empresarial e Desenvolvimento
de Liderança, Constelação Sistêmica empresarial, familiar
e individual, Psicologia ampliada pela Antroposofia,
Abordagem Corporal Reichiana, Bioenergética, Análise
Transacional, Psicologia Junguiana e Coaching com
abordagem Sistêmica.
www.gobis.com.br | alicio@gobis.com.br

+55 11 98163-0989
 
CIDINHA AGUILAR CLEMENTE
Exercício de Consciência do corpo e de seu lugar no grupo
A busca do que eu quero
Exercício da força
Sabedoria do Ancião
Cidinha Aguilar Clemente
 

E xercício 1 | C idinha A guilar C lemente


EXERCÍCIO DE CONSCIÊNCIA DO CORPO E DE SEU
LUGAR NO GRUPO
Participantes: Em grupo, sem limite de participantes.
Material: Música ambiente suave.
Tempo previsto: 30 minutos.
Procedimentos: O cliente anda pela sala sentindo o
próprio corpo e sua respiração, percebendo se há diferença
entre o lado esquerdo e direito, verificando em que parte
sente maior peso e contração. Durante todo o processo, ele
não pode se esquecer de respirar. Inspirando, deixando o ar
entrar pelas narinas, e expirando, soltando o ar longa e
lentamente pela boca.
O cliente para e observa:
• quais mudanças surgiram no corpo? Fecha os olhos e
percebe: há algum sentimento? Onde ele se localiza no seu
corpo? Abre os olhos e, em silêncio, continua a andar,
olhando para os demais participantes.
O facilitador pede aos participantes para se posicionarem,
formando uma fila por ordem de altura, e sugere:
• "Sinta o seu lugar. Observe como seu corpo, seus
sentimentos e sua respiração estão".
Após alguns segundos, o facilitador pede que um deles saia
do seu lugar e pede para que todos observem o vazio
deixado, sentindo como seu corpo, seus sentimentos e sua
respiração estão.
Quando alguém sai, existe uma tendência de fechar o vazio.
O facilitador deve pedir para aquele que saiu voltar ao seu
lugar e pede, também, para que todos observem como
estão e sintam novamente a energia do todo.
Variações: Este exercício também pode ser feito com
outras formas de organização. Por ordem de idade, iniciais
do nome, região onde nasceu, tempo de profissão, etc.
Tenho aplicado em grupos, no trabalho com famílias e
escolas e tem sido de grande valia, não só para a
conscientização do lugar de cada um, como também da
hierarquia.
 

E xercício 2 | C idinha A guilar C lemente


A BUSCA DO QUE EU QUERO
Fonte: Inspirado no NIG (Neuro-lmaginatives Gestalten) de
Barbara Innecken e Eva Madelung.
Objetivo: Ao tomarmos consciência de nossos recursos,
ganhamos força para superarmos o impedimento.
Materiais: 4 folhas de papel sulfite e uma caixa de giz de
cera.
Participantes: Em duplas, sendo um o terapeuta e o outro
o cliente.
Tempo previsto: 30 minutos.
Procedimentos: O cliente deve receber 3 folhas de papel
sulfite e uma caixa de giz de cera.
Ele pega a primeira folha de papel sulfite e desenha com a
mão não dominante algo concreto ou abstrato, usando as
cores que quiser para expressar algo que lhe traga FORÇA.
Pode ser crença, fé, espiritualidade, natureza (flores,
árvores, mar, etc.), hobbies, esportes ou experiências que
lhe foram boas e que lhe deram alegria e sucesso. O cliente
pega a segunda folha de papel sulfite e desenha com a mão
não dominante experiências difíceis. Na terceira folha,
desenha o que quer alcançar.
Estes desenhos serão usados como recursos.
O primeiro recurso vem da força da alegria e do sucesso. O
segundo recurso vem do aprendizado de experiências
difíceis. O terceiro recurso vem do desejo do que se quer
conquistar.
Ao terminar os desenhos, o facilitador indicará os
procedimentos, explicando:
“Estes 3 desenhos são 3 recursos que você tem. Encontre
uma posição, no chão, para cada um deles.
•Posicione-seem cima do 1° desenho. Sinta a força que ele
transmite. Como seu corpo reage? Onde você sente isso no
corpo? Observe como está sua postura. Está ereta?
Curvada?
•Agora, posicione-se em cima do 2o desenho. Qual é a
diferença? Onde você sente isso no corpo? E o resto do
corpo, como reage? Essa energia é agradável ou
desagradável?
•Em seguida, posicione-se em cima do 3o desenho. Qual a
diferença? Onde você percebe isso no corpo? Isso é
agradável ou desagradável? O que você mais percebe?”
“Com essa experiência, você recebeu informações novas.
Vamos ampliar um pouco mais suas percepções.
Você sabe que, quando subimos à montanha, a perspectiva
muda? Dou-lhe mais uma folha de papel em branco.
Coloque a folha no chão, em uma metaposição, e pise nela.
Estar nessa metaposição é como ser um Sábio, um velhinho
com muita experiência, um observador neutro e sábio. O
que você, como o Velho Sábio (observador), pode dizer
agora? Deste lugar, você tem uma visão ampla? Teria algo
que gostaria de fazer em relação às outras folhas?”
“Volte para cada desenho. Perceba como está seu corpo
agora depois de ter passado pela posição do Velho Sábio
(metaposição)".
O facilitador deve observar a respiração, a postura, o olhar,
e ver como o cliente posicionou o i°, 2o, 3o desenho e a
folha em branco do Velho Sábio (observador) e anotar como
o cliente assume o lugar do Velho Sábio com os “conselhos"
que esse lhe der.
Quando o cliente retorna ao seu lugar, vendo os três
desenhos e ouvindo do facilitador os “conselhos" que o
Velho Sábio sugeriu, o cliente vai deixando-se levar por
seus novos sentimentos e posicionando as folhas de uma
forma diferente da inicial, sentindo forças para realizar seu
objetivo.
Variações: Este exercício também pode ser feito em trio:
facilitador, cliente e observador. Todos devem passar pelo
processo.
 

E xercício 3 | C idinha A guilar C lemente


EXERCÍCIO DA FORÇA
Fonte: Inspirado em Joel Wesser e desenvolvido por
Cidinha Clemente.
Objetivo: É importante termos a clareza do quanto
empregamos força desnecessariamente diante das
dificuldades ou diferenças nos relacionamentos.
Materiais: Espelho.
Participantes: O cliente.
Tempo previsto: 10 minutos.
Procedimentos: O facilitador e o cliente deverão ficar de
pé em frente ao espelho. O facilitador posiciona-se atrás do
cliente, abraçando-o bem firme, sem deixar que ele se
solte.
O cliente deve pensar em um problema de que ele quer se
livrar e começar a lutar. Ele tem que tentar se livrar do
facilitador que o está segurando.
Ao se olhar no espelho, abraçada, a dupla vai percebendo o
crescer da luta. Quanto mais o cliente luta para se livrar,
mais o facilitador ganha força, até o ponto em que o cliente
aceita o seu problema.
Quando o cliente desiste de lutar contra o problema,
aceitando-o, o facilitador perde a força e automaticamente
o solta. Quando eles se soltarem, devem sentir o corpo, a
respiração, os sentimentos. Como estão se sentindo?
 

E xercício 4 | C idinha A guilar C lemente


SABEDORIA DO ANCIÃO
Fonte: Inspirado em Joan Garriga.
Objetivo: Caminhando para a solução. “Quando a gente vê
os problemas de perto, são trágicos; quando os vemos de
longe, são cômicos" (Charles Chaplin).
Material: Âncoras de solo (cadeiras, almofadas ou feltros).
Participantes: Em duplas.
Tempo previsto: 20 minutos.
Procedimento:
Individualmente: Antes de começar o exercício, o
facilitador posiciona uma âncora de solo e indica:
“Posicione-se de pé, em cima da âncora de solo. Mantenha
os pés totalmente apoiados no chão e os joelhos levemente
flexionados. Permaneça nesta posição, assim manterá o
grounding durante todo o exercício.
• Pense em uma questão a ser trabalhada. Sinta seu corpo.
Que sentimentos essa questão aflora em você? Em qual
parte do seu corpo ela se manifesta? Agora, dê um passo à
frente e visualize-se com 10 anos a mais. Respire, sinta seu
corpo e perceba as mudanças. Dê mais um passo à frente e
visualize-se com mais 10 anos. Respire, sinta seu corpo e
perceba as mudanças".
O facilitador pede ao cliente que caminhe um passo de
cada vez, sempre acrescentando 10 anos a mais, até o
cliente se visualizar com 90 anos.
“Agora você está com 90 anos, é um ancião e carrega
consigo toda a experiência de uma vida. Vire-se e olhe para
a âncora de solo. Ali está você com (a idade do cliente).
Perceba-se. O que você sente ao se observar naquela idade
e com aquela questão? Que conselhos você daria a si
mesmo?"
Neste momento, o facilitador oferece ao cliente recursos
que vão acalmá-lo e dar-lhe tranquilidade para que ele
possa encontrar a melhor solução para a questão que está
sendo trabalhada.
Em duplas: Na primeira etapa, um será o cliente e o outro
será o representante do cliente com 90 anos, “o ancião".
Ambos se posicionam de pé, um de frente para o outro,
mantendo os pés totalmente apoiados no chão e os joelhos
levemente flexionados. Permanecem nesta posição, assim
manterão o grounding.
O cliente pensa em uma questão que queira trabalhar, mas
não compartilha com “o ancião”. Eles se observam e
percebem os movimentos e sensações que vão surgindo
quando se olham.
Em seguida, “o ancião" olha para o cliente e deve falar, se
vier à sua mente, uma palavra ou frase, por exemplo: “Você
não precisa disso"; “Vá em frente”; “Você tem recursos
suficientes para resolver”.
Na segunda etapa, um será o cliente e o outro será o
representante da questão que está sendo trabalhada.
O cliente caminha em direção ao representante da questão
e percebe o que acontece com seu corpo quando se
aproxima dele, ficando atento às sensações e percebendo
qual é a melhor distância para ambos.
Eles procuram o melhor lugar para si, o importante é que
os dois se sintam bem e harmonizados.
Durante todo o processo, o facilitador oferece os recursos
que achar necessário.
Esse exercício tem sido de grande valia para encontrar paz
e tranquilidade diante de questões desafiadoras e
problemas de relacionamento para que as partes
envolvidas encontrem o melhor lugar para ambos.

CIDINHA AGUILAR CLEMENTE


Fonoaudióloga especialista em comunicação e voz,
Cinesiologista, Terapeuta da Linha do Tempo e Hipnose
Ericksoniana, Consteladora Sistêmica Familiar e
Organizacional (1ª Turma de Formação Internacional em
Constelações Sistêmicas segundo Bert Hellinger com Jakob
Schneider, Sieglinde Schneider e Gunthard Weber),
Formação de Constelação com Equinos com Ruud Knaapen
(hoje faz com cachorros) e Pedagoga Sistêmica (ia Turma
de Formação Internacional em Pedagogia Sistêmica
coordenado pelo ISPAB - Munique e Conexão Sistêmica).
Durante 26 anos conviveu com Petho Sandor, aprendendo
com ele toques sutis e técnicas de relaxamento.
www.cidinhaclemente.com clementecidinha@gmail.com | +
55 11 99254-9201 Skype: cidinha.dementei
 
CLARA SHNAIDER SIVEK
Eu sou a essência do meu sistema
Os países de origem de nossos ancestrais e a emigração
para o Brasil
Liberando o peso que carregamos pelo sistema familiar
O Brasão de sua família
Clara Shnaider Sivek
 

E xercício 1 | C lara S hnaider S ivek


EU SOU A ESSÊNCIA DO MEU SISTEMA
Fonte: Inspirado em José Antônio Garcia Trajano.
Objetivo: Fortalecer uma vivência concreta do princípio
sistêmico “Pertencimento ao Sistema Familiar".
Participantes: Em duplas.
Material: 15 copos descartáveis e uma garrafa de água
potável por participante. Cuidar para que a quantidade de
água contida em cada garrafa não seja superior à
quantidade de um copo.
Tempo previsto: 45 minutos.
Procedimentos: Dividir o grupo em duplas, sendo que, em
uma rodada, um dos participantes fará o papel de cliente e
o outro de facilitador. Na rodada seguinte, os papéis serão
invertidos. Ressaltar a importância do silêncio durante o
exercício para que cada um esteja “presente” em seu
próprio trabalho e no do colega.
Cada participante recebe 15 copos descartáveis e uma
garrafa de água potável, contendo apenas o equivalente a
um copo de água. O cliente coloca um primeiro copo no
chão, em uma cadeira ou em uma mesinha, e é orientado a
dizer: “eu sou (seu nome e sobrenome)". Nesse momento,
ele enche seu copo com a água da garrafa.
A seguir, ele coloca dois copos atrás de seu copo,
representando seu pai e sua mãe. O facilitador orienta para
que o copo do pai seja colocado do lado direito e o da mãe
do lado esquerdo e pede ao cliente que diga o nome
completo do seu pai e da sua mãe. Então, o cliente pega o
copo com a água que lhe representa, distribui a água entre
o copo do pai e o copo da mãe e diz a cada um deles:
“minha vida veio através de você, muito obrigado/a!"
Em seguida, o cliente pega 4 copos para representar seus
avós paternos e maternos. O facilitador orienta a
localização dos copos e a nomeação de cada um com nome
e sobrenome. Não é essencial que o cliente saiba os nomes,
mas sim que cada membro da família tenha seu lugar
garantido.
O facilitador pede ao cliente que distribua a água contida
nos copos dos pais para os copos dos avós. O facilitador
pede ao cliente que diga para cada um deles: "minha vida
veio através de você, muito obrigado/a!”
Finalmente, o cliente pega 4 copos para representar seus
bisavós paternos e mais 4 copos para representar os
bisavós maternos. Se souber, o cliente diz o nome e
sobrenome de cada um e os coloca atrás dos copos dos
avós. O facilitador pede ao cliente que distribua a água que
estava nos copos dos avós para os copos dos bisavós e diga
a cada um deles: “minha vida veio através de você, muito
obrigado/a!"
O facilitador pede, então, ao cliente que olhe para todos os
copos colocados, que representam as 3 primeiras gerações
de seu sistema familiar, e pede a ele que imagine que atrás
deles ainda teríamos os trisavós, tetravós e muitos outros
que fizeram parte de seu sistema familiar.
O facilitador pede ao cliente que respire profundamente e
sinta a força e o efeito que essa percepção causa em seu
corpo e explica que agora será feito o movimento contrário,
ou seja: deve-se pegar a água dos 8 bisavós, redistribuir
entre os 4 avós e dizer a cada um: “você faz parte e sou
grato/a pela vida que veio através de você. Muito
obrigado/a!”
A seguir, o mesmo ritual é feito dos avós para os pais e dos
pais para o cliente. Ao final, o cliente bebe toda a água
contida em seu copo e diz: “todos vocês estão dentro de
mim. Reverencio, honro e agradeço a todos. Eu agora
reconheço de quão longe a vida chegou até mim".
Para finalizar, a dupla se levanta. O cliente é colocado de
costas para os copos e o facilitador pede que ele diga: "eu
agora olho para meu futuro, para minha vida e escolho
viver a vida em toda sua plenitude!"
A seguir, dá-se a inversão de papéis e o parceiro realiza o
exercício orientado pelo seu facilitador.
Somente depois que os dois finalizaram o exercício é que
podem conversar sobre os principais aspectos percebidos
durante o mesmo.
Após todos terem terminado sua vivência, abre-se espaço
no grande grupo para comentários e conclusões finais.
Variações: Dizer a origem de cada ancestral, de que país
ou estado ele veio, a profissão de cada um, como o casal se
conheceu.
Também pode ser usado individualmente em uma sessão
terapêutica ou de coaching.
 

E xercício 2 | C lara S hnaider S ivek


OS PAÍSES DE ORIGEM DE NOSSOS ANCESTRAIS E A
EMIGRAÇÃO PARA O BRASIL
Fonte: Inspirado em Una O'Conell.
Objetivo: Aprofundar o sentimento de pertencimento ao
sistema familiar, identificando suas raízes geográficas,
históricas e culturais.
Participantes: Até 30 participantes ou individualmente
através de uma visualização dirigida pelo facilitador.
Material: Uma faixa de tecido azul claro que simbolize o
Oceano Atlântico, mapa do estado, do país e Mapa Mundi,
etiquetas colantes de cores diversas.
Procedimentos: Em um primeiro momento, deve-se fixar
na parede da sala mapas do estado onde se está
trabalhando e o mapa do Brasil e na parede oposta,
pendurar o mapa Mundi. Coloque perto de cada mapa as
etiquetas adesivas coloridas e oriente que cada um pense
em seus ancestrais, até seus bisavós, e identifique qual o
país de origem de cada um deles ou em que estado do
Brasil eles nasceram. Peça que cada um coloque uma
etiqueta neste local. Se não souber, não há problema
algum.
A finalidade desta etapa é ativar a memória da
ancestralidade de cada sistema familiar e fazer um
mapeamento dos países de origem da ancestralidade do
grupo.
No segundo momento, coloque a faixa de tecido azul sobre
o chão, no meio da sala, e ela estará representando o
Oceano Atlântico, que separa o Brasil de outros países.
Faça as seguintes perguntas para suscitar a reflexão dos
participantes: “por que alguém sai de um país para ser
imigrante em outro? O que é ser imigrante, que
consequências isso traz? Que perdas decorrem dessa ação?
O que se deixa para trás? Em que condições eles vieram?
Será que todos conseguiram sobreviver a esta travessia?"
Explique que nossas raízes culturais, os hábitos de nossas
famílias, as comidas preferidas, têm muito a ver com os
países de origem de nossa ancestralidade e muitas vezes
nem temos consciência do efeito que isso tem em nossa
vida atual. Mostre que talvez nossos ancestrais nasceram
no Brasil, mas não necessariamente no estado em que
vivemos. Peça que reflitam sobre as seguintes questões:
que caminhos eles fizeram? E por quê? Será que alguns são
descendentes de índios? De escravos? De portugueses?
Oriente a vivência de reproduzir a trajetória de nossos
ancestrais. Coloque uma música suave e peça que cada um
vá se posicionando na sala em diversos pontos e sinta em
seu corpo as sensações de estar naquele lugar. Mostre que
podem sentir como seria estar na Europa, ou em qualquer
outro continente, ou no Brasil, em um outro estado, ou
mesmo no oceano. E, em cada lugar, percebam as
diferenças em seu corpo. O que o campo morfogenético
mostra a cada um?
Quando alguém sentir que está perdendo força em
determinada posição, oriente que vá para outro lugar. Ao
final, cada um deve ficar em um lugar que sinta que lhe é
confortável, tranquilo.
Peça que fechem os olhos e mentalizem todos seus
ancestrais atrás de si, com todas suas histórias de coragem
e sofrimento, vidas e mortes, guerras e romances e
percebam-se dizendo a eles: “tomo tudo que faz parte, no
preço que custou a vocês e ao preço que me custa. Nada do
que aconteceu foi em vão. Reverencio, honro e agradeço a
todos vocês. Agora, estou disposto a olhar para as minhas
raízes e honrar de onde eu vim. Com essa conexão, sinto
mais força dentro de mim e farei valer a pena todos os
sacrifícios que possam ter acontecido".
Durante o processo, diferenciar o orgulho de pertencer da
identificação. Para isso, usar as seguintes frases como
recurso: “Eu sou eu”, “você é você". Muitas vezes, após o
exercício, o participante tem a compreensão do porquê
existem sentimentos como a depressão, tristeza ou outras
dificuldades de seus pais ou avós.
Aos poucos, cada um vai voltando da visualização e deve-se
formar pequenos grupos para que todos comentem como
foi o exercício e o que aprenderam com ele. Depois, faça
um painel com todo grupo.
 
 
E xercício 3 | C lara S hnaider S ivek
LIBERANDO O PESO QUE CARREGAMOS PELO
SISTEMA FAMILIAR
Fonte: Inspirado em William Mannle.
Objetivo: Sentir o impacto em si mesmo e em seu sistema
quando carregamos o peso de outra pessoa.
Participantes: Até 42 participantes, sendo 7 filas com 6
pessoas cada ou individualmente através de uma
visualização dirigida pelo facilitador.
Material: Um saco de pedrinhas de diferentes cores e
formatos.
Tempo previsto: 50 minutos.
Procedimentos:
Fase 1: do último para o primeiro da fila
Peça para os participantes que se dividam em filas indianas
pela sala, com 6 pessoas em cada. Oriente para que todos
percebam em seu corpo as sensações e sentimentos que o
exercício irá provocar.
Diga à primeira pessoa da fila: “você é a filha/o e atrás de
você está sua mãe/seu pai. Atrás de sua mãe/seu pai está
sua avó/seu avô e, depois, sua bisavó/seu bisavô, sua tri-
savó/seu trisavô e sua tataravó/seu tataravô". Isso significa
que cada fila representa um sistema familiar, com uma
determinada hierarquia, em que o primeiro da fila é o
cliente.
Entregue para a última pessoa da fila um punhado de
pedrinhas que caiba em uma das palmas de sua mão. Diga
a ela/ele: “essas pedras representam o peso de todas as
dificuldades pelas quais você passou. Sinta o peso que isso
tem e respire profundamente. Espere alguns minutos para
prosseguir".
Peça ao participante que está na penúltima posição da fila
(trisavô) se virar e ficar de frente para o último participante
(tataravô). Peça ao último participante que olhe para seu
filho/a e diga a ele/ela: “essas pedras representam o peso
de todas as dificuldades pelas quais eu passei. Eu as
entrego para você segurar para mim". Peça a ele que
respire e sinta como seu corpo reage ao entregar o peso e
dizer estas palavras.
A filha/o filho diz: “por amor, eu vou levar isso para você,
querida mamãe/querido papai. Faço isso por você”. Peça
para que respire e sinta como seu corpo reage ao receber o
peso e dizer estas palavras.
Este mesmo ritual será repetido por todos os integrantes
da fila, até que todas as pedras cheguem à mão do cliente
que está na primeira posição da fila.
Fase 2: do primeiro para o último da fila
Oriente o cliente a se virar para sua mãe/seu pai, olhar nos
olhos dela/dele e dizer: “mamãe/papai, eu tentei levar isso
para você, mas foi muito pesado para mim. Eu sou apenas
uma criança. Esse peso pertence a você. Agora eu vejo sua
força e sua dignidade. Fico apenas com uma pedrinha,
como uma lembrança da conexão com você". O cliente pega
uma pedrinha apenas e entrega as demais para sua
mãe/pai. Pedir para que respire e sinta como seu corpo
reage ao entregar o peso e dizer estas palavras.
Repita este ritual por todos os integrantes da fila até a
última pessoa que, para finalizar, diz para seu filho/sua
filha: “fico feliz que você tenha devolvido minhas pedras.
Elas me pertencem e sei como lidar com elas. Agora você
está livre para viver a sua vida. Essa é a ordem correta.
Cada um segura apenas aquilo que lhe pertence”.
Após o ritual, oriente os integrantes de cada fila para que
possam se sentar e conversar um pouco sobre a vivência
realizada e, em seguida, fazer um fechamento final com
todo o grupo.
 

E xercício 4 | C lara S hnaider S ivek


O BRASÃO DE SUA FAMÍLIA
Fonte: Desenvolvido por Clara Shnaider Sivek.
Objetivo: Ancorar os valores positivos de seus ancestrais,
por meio da identificação dos mesmos e percepção dos
recursos e forças que eles trazem.
Participantes: até 40 pessoas.
Material: Modelo de um brasão cortado em EVA de
diferentes cores, canetas hidrográficas, pincéis, tinta
guache colorida, cola e purpurina de diferentes cores.
Tempo previsto: 45 minutos.
Procedimentos: Distribua uma folha e caneta para cada
um dos participantes. Peça ao grupo que pense no seu
sistema familiar de origem, refletindo sobre os países de
origem desses ancestrais, suas histórias, seus costumes e,
principalmente, seus valores positivos. Escreva no papel
que valores são esses, aqueles que você tem orgulho de
possuir.
A seguir, cada um deve escolher os três valores de sua
família de origem considerados os mais importantes.
Explique que, nesse momento, iremos fazer uma tarefa
criativa que será a de construir o brasão de sua família.
Coloque os materiais no centro da sala à disposição do
grupo. Com uma música de fundo para harmonizar o
ambiente, o grupo confecciona a tarefa. Cada um deve
colocar seu nome (não precisa sobrenome em função do
tamanho do brasão) e os três valores escolhidos.
Em seguida, os brasões são colocados no centro da sala em
formato de um círculo. Silenciosamente, cada um ficará
atrás de seu brasão e irá girar de forma lenta para que
todos vejam os brasões de seus companheiros. Ainda de pé,
o facilitador pergunta se alguém quer fazer algum
depoimento ou comentário sobre o exercício.
Ao integrar os valores da família por meio da confecção do
brasão, podemos identificar duas formas possíveis de
comportamentos: uma está ligada ao amor infantil e cego,
que é aquele em que repetimos padrões por lealdade
sistêmica de forma inconsciente. Outra forma é o
movimento do adulto que escolhe e decide que valores
devem permanecer em sua família, seguindo um
movimento de autonomia e liberdade.
Essa vivência pode trazer um sentimento de
empoderamento, orgulho e amor próprio.

CLARA SHNAIDER SIVEK


Graduada como Pedagoga pela PUC - SP. Formação em
Análise Transacional e Psicodrama Pedagógico.
Coordenadora de Dinâmica de Grupo pela SBDG. Carreira
de 32 anos em empresas de grande porte como facilitadora
de processos grupais de desenvolvimento de Lideranças e
Times de Trabalho.
Participa de treinamentos com Bert Hellinger desde 1999
no Brasil e México e atua com constelações sistêmicas
familiares desde 2004. Formada na 1a turma de Formação
Internacional em Pedagogia Sistêmica coordenado pelo
ISPAB - Munique e Conexão Sistêmica. Formada como
Máster Practitioner no Modelo de Validação Humana de
Virginia Satir com Eva Wieprecht - Alemanha. Mediadora
formada pelo Instituto Palas Athena. Faz curso de pós
graduação em Direito Sistêmico pela Faculdade Innovare e
Hellinger Schule desde setembro de 2016.
solucaosistemica@gmail.com | + 55 1199525-4822
 
GLAUCIA PAIVA
Reverenciando a origem da vida
Eu pertenço
Integrando as forças essenciais na carreira
Integração com os avós através da Roda de Cura
Glaucia Paiva
 

E xercício 1 | G laucia P aiva

REVERENCIANDO A ORIGEM DA
VIDA
Fonte: Inspirado em Brigitte Champetier de Ribes.
Objetivo: Reverenciando a força da criação da vida, temos
mais chance de conseguir fazer a nossa primeira renúncia:
a de não escolher um sistema, ou de pai ou de mãe, para
ser leal. Assim, podemos reverenciar e tomar a força dos
dois sistemas. Dessa forma, dentro da ordem, temos mais
fluxo para encontrar nosso lugar na vida.
Participantes: 5 participantes.
Material: Algumas âncoras de chão.
Tempo: De 20 a 30 minutos.
Procedimento: A primeira pessoa representa o cliente, a
segunda conduz o exercício, a terceira será o representante
do pai, a quarta será a representante da mãe e a quinta
pessoa fica livre para entrar quando o campo pedir, isto é,
essa representação estará relacionada a algo que um deles
ou o casal precisou e não teve.
O cliente posiciona os pais um ao lado do outro na sua
frente. Em seguida, fica olhando entre os dois e acima dos
dois, como se estivesse olhando para a força criadora que
foi gerada pelo encontro deste homem e desta mulher.
O cliente olha para essa energia que está acima, entre os
dois. Não olha nem para um e nem para o outro, e sim para
os dois com a periferia do olhar. Assim, ele não privilegia
nem o pai e nem a mãe, e é muito importante que isso
aconteça.
Enquanto estiver olhando ao centro e acima, podem surgir
movimentos do pai em relação à mãe e vice-versa, e é
importante não interferir. Se um deles estiver olhando para
o chão, deve-se colocar uma âncora no chão na direção do
olhar. Se isso se repete com o outro, deve-se colocar outra
âncora da mesma forma. Se os movimentos não estiverem
fluindo, a quinta pessoa entra como se representasse uma
força para o casal.
Enquanto os movimentos entre os pais estão acontecendo,
o cliente fala as seguintes frases: “Eu vejo a força criadora
da vida e a recebo”; “Eu a recebo através de vocês, muito
obrigado(a)"; "Vocês me deram a vida e graças a isso eu
estou aqui”. Então, ele deve fazer uma reverência aos dois.
O cliente deve resistir a se interessar pelo que está
acontecendo entre os pais e ficar olhando fixamente para a
força criadora que está acima e entre os dois. Um bom final
para o exercício seria que os pais aceitassem que o filho
não olha para nenhum dos dois, e sim para os dois ao
mesmo tempo.
 

E xercício 2 | G laucia P aiva


EU PERTENÇO
Fonte: Inspirado em Bill Mannle.
Objetivo: O bullying em escolas é muito comum e o
resultado disso é a exclusão. Portanto, a reintegração é
muito importante para que o aluno possa estabilizar a
capacidade de reter conhecimento, que é alterada pela
sensação do não pertencimento.
Participantes: O cliente e todas as pessoas que
participaram do bullying.
Material: Espaço para fazer um círculo.
Tempo: De 10 a 15 minutos.
Procedimento: Forma-se uma roda com todos os
integrantes do bullying, e o cliente fica no centro dessa
roda. Ele olha no rosto de cada um deles e fala as seguintes
frases até que todos do círculo tenham escutado: “Eu
pertenço”; "Eu faço parte".
Reafirmar o pertencimento traz a dignidade de volta diante
do grupo.
Variações: Todos do grupo podem entrar no meio da roda
e repetir as frases.
Se não for possível realizar a dinâmica com os
participantes da exclusão, colocar âncoras ou
representantes para essas pessoas e realizar o exercício.
Pode ser feito em outros ambientes, como empresas e
família.
 

Exercício 3 | Glaucia Paiva


INTEGRANDO AS FORÇAS ESSENCIAIS NA
CARREIRA
Fonte: Desenvolvido por Glaucia Paiva.
Objetivo: Integrar as Capacidades/Habilidades, os
Aspectos Sistêmicos e os Aspectos da Alma para poder ter
mais fluidez nas Tarefas/Atividades Profissionais.
Parte 1
Objetivo: O objetivo desta fase do exercício é verificar a
sensação de conforto ou desconforto diante da carreira.
Participantes: Em duplas.
Tempo: De 5 a 10 minutos.
Procedimento: Uma pessoa é o cliente e a outra
representa a sua carreira, que está colocada na sua frente
e não se movimenta.
Enquanto o cliente estiver de frente para a carreira,
observe quais os movimentos que vão acontecendo entre
eles (o cliente e a representante da carreira) e no corpo do
cliente.
Observar:
Se tem fluidez;
Se é possível ficar de frente ou procurar um lugar em
que se torna possível estar com a carreira no ambiente;
Se o cliente quer se distanciar;
Ou se é confortável ficar perto.
Com essas percepções, passamos para a segunda parte.
Parte 2
Objetivo: Integrar os aspectos de alma, sistêmicos e
habilidades/capacidades do cliente.
Participantes: 7 pessoas.
Tempo: De 30 a 40 minutos.
Procedimento: O cliente escolhe um representante para
os aspectos sistêmicos herdados relacionados à sua
carreira, outro representante para os aspectos de alma (o
que é essencial) relacionados à carreira e outro
representante para suas capacidades/habilidades. Dar um
tempo para os movimentos acontecerem entre esses
aspectos. O objetivo é que eles se harmonizem.
Quando o fluxo não ocorre, pode-se utilizar, quando
necessário, dois recursos que facilitam o emaranhamento
se dissolver, o recurso “o que falta", desenvolvido por
Oswaldo Santucci, e o recurso da “Justa Razão",
desenvolvido por mim.
Quando um dos aspectos não consegue ter fluidez, deve-se
introduzir uma âncora que representa o que falta ser visto
ou incluído para que aquele aspecto consiga se liberar,
mesmo que eu não saiba o que a âncora representa. Para
isso, o cliente fala as seguintes frases para o representante
do recurso “o que falta": "Agora eu te vejo"; “E você faz
parte".
Nesse momento, pergunto para o cliente e para os
representantes qual movimento a entrada do recurso “o
que falta" gerou.
Se, com essa inclusão do recurso, o fluxo ainda não
aconteceu, introduz-se o recurso da “Justa Razão", que é
um lugar sistêmico que representa a causa do
emaranhamento de gerações anteriores. Normalmente,
esse lugar fica atrás do aspecto ou do que falta ser visto, e
deve-se utilizar as seguintes frases: “eu não sei quem você
é ou o que você representa, mas você faz parte do meu
sistema”; “Você é um de nós”; “Você pertence a nós".
Se for necessário, repetir esse processo em cada um dos 3
aspectos.
Essa integração neutraliza as lealdades sistêmicas
existentes em relação à carreira, e o que é essencial para a
alma ganha espaço, assim as habilidades/capacidades têm
permissão para acontecer.
A inclusão dessas forças com muita frequência permite que
o fluxo se estabeleça e a integração dos 3 aspectos se torna
possível. O resultado para o cliente é uma nova condição
diante da carreira.
Variações: Essa constelação pode ser feita com âncoras de
solo ou bonecos para constelação.
Também pode ser feita com representantes juntamente
com âncoras de solo.
 

E xercício 4 | G laucia P aiva


INTEGRAÇÃO COM OS AVÓS ATRAVÉS DA RODA DE
CURA
Fonte: Inspirado em Dra. Guni Baxa.
Objetivo: A Reverência e a Integração com os avós através
da força de cada direção (norte, sul, leste, oeste) para
receber a sabedoria da vida.
Participantes: Em duplas.
Material: Um círculo de cura representando a Roda dos
Ventos e as direções cardeais. Alguns objetos, que podem
ser pedras, para representar recursos.
Tempo: De 30 a 40 minutos.
Procedimento: A roda nos ensina que em cada direção se
tem um tipo de cura. Ela atua como um mapa para a
realidade psíquica e também para ordenar nossas
percepções e compreensões acerca do mundo. A roda fala
que nada pode existir por si só. Como um tecido/padrão, ela
descreve:
Leste - é o ciclo do início;
Sul - é o amadurecimento;
Oeste - ponto alto/expansão;
Norte - é o desaparecimento/evanescência.
O cliente fica no centro da roda e escolhe uma das direções
para iniciar. Na sua frente, do lado de fora da roda, ele
coloca um representante para reverenciar um dos seus
avós. Quando o campo entre o cliente e esse ancestral
estiver construído, deve-se perceber se existe tensão entre
eles. Se for preciso, colocar uma ou mais pedras/objetos
entre eles. Essas âncoras representam recursos que
possam harmonizar, incluir, equilibrar o lugar do cliente
diante deles.
Depois de colocar o(s) recurso(s), deve-se observar qual a
mudança que isso causou na tensão que existia no início do
exercício. Quando a tensão diminuir ou sumir, usar as
seguintes frases: “A vida passou por você”; “Graças a isso
estou aqui"; “Muito obrigado(a)".
O representante do avô (avó) não expressa verbalmente o
que está sentindo, apenas fica na frente do cliente.
Ao terminar com este ancestral, coloque uma âncora que o
represente para que ele fique com o lugar estabelecido.
Repetir a mesma sequência com cada um de seus avós nas
outras direções da roda.
Ao final, observar qual a sensação de ter os 4 avós
integrados na sua percepção.

GLAUCIA PAIVA
Glaucia Paiva Santucci é Professora e Terapeuta, atende
em consultório particular desde 1988. Atualmente, usa as
técnicas do Método da Causalidade - estudo da relação
entre causa e efeito, combinado com as ferramentas das
Constelações Sistêmicas e a Experiência Somática (em
formação). Desde 2009, juntamente com Oswaldo Santucci,
é diretora do Espaço Conexão Sistêmica, que promove
Treinamentos Nacionais e Internacionais sobre o
Pensamento Sistêmico e publica a Revista Brasileira de
Filosofia, Pensamento e Prática das Constelações
Sistêmicas, além de editar livros sobre o assunto. Facilita
workshops e seminários de educação e constelações
sistêmicas em todo o país. Apresentou a Estrutura
Sistêmica do recurso Justa Razão no congresso em
Copenhague - Dinamarca em 2013 e publicou um artigo
sobre atendimento por Skype na revista Alemã de
Constelações Familiares em 2016 “Praxis der
Systemaufstellung" e na revista n° 4 da “Conexão
Sistêmica". É autora do livro "Olhe e veja além - A força da
Justa Razão no Pensamento Sistêmico e nas Constelações
Familiares”, lançado em maio de 2017.
www.conexaosistemica.com.br
glauciapaiva(a)glauciapaiva.com.br | +55 11 99638-2028
 
GRACIELA FANDIÑO ROZENTHAL
Reconhecendo conflitos
Reconhecendo dinâmicas projetivas no casal
Trabalhando a Transferência
Trabalhando a contratransferência
Graciela Fandino Rozenthal
 

E xercício 1 | G raciela F andiño R ozenthal

RECONHECENDO
CONFLITOS

Fonte: Inspirado na Análise Transacional de Eric Berne.


Objetivo: Olhar para uma situação de conflito nos
relacionamentos ou como exercício de mediação, na terapia
individual.
Número de participantes: Em duplas.
Materiais: 4 a 5 âncoras.
Tempo previsto: 10 minutos aproximadamente.
Procedimento: O cliente se representa e a segunda
pessoa representa a situação e/ou pessoa depositária do
conflito.
Posiciona-se o representante do conflito e 3 âncoras em
frente ao cliente. Cada âncora representa um lugar interno
do cliente, relacionados aos Estados do Eu da Análise
Transacional:
o estado Criança (dependente e conectado ao passado),
o estado Adulto (responsável, que realiza no presente),
o estado pai (normativo, lealdades ao sistema, padrões
e imagens).
Todos esses lugares vão olhar para o representante do
conflito.
Toma-se o tempo necessário para o cliente passar de uma
âncora para outra e ter as percepções necessárias. Pode
registrar internamente e relatar ao facilitador o essencial
de suas percepções: desconforto no corpo, imagens,
sensações corporais, sentimentos e pensamentos que
possam vir.
No final, a partir da âncora do lugar do estado Adulto, que
é o estado a partir do qual se realizam as mudanças, o
cliente segue o movimento, falando frases, como por
exemplo “Agora eu vejo"; “Eu respeito"; “Esta situação está
concluída para mim"; “Até aqui posso ir", etc., e fazendo
gestos de resolução.
O facilitador sente se é momento de concluir ou se precisa
colocar uma quarta âncora para o cliente poder observar a
partir de uma metaposição o trabalho feito, se precisar dar
mais um passo.
Após o trabalho, pode-se tirar conclusões essenciais da
vivência ou permanecer em silêncio.
Variações: O exercício pode ser realizado também com
representantes no lugar de âncoras. Os representantes
falam as percepções, deixam os movimentos acontecerem e
o facilitador poderá fazer intervenções dirigidas desde o
representante do estado Adulto.
 

E xercício 2 | G raciela F andiño R ozenthal


RECONHECENDO DINÂMICAS PROJETIVAS NO
CASAL
Fonte: Desenvolvido por Graciela Rozenthal.
Objetivo: Em terapias de casais, revela-se, no trabalho
com ambos os membros, as formas diferentes de interação.
Número de Participantes: O casal.
Materiais: De 6 a mais âncoras
Tempo Previsto: 20 minutos aproximadamente.
Procedimento: Trabalha-se, a partir das 3 âncoras, como
no exercício anterior, os posicionamentos da Análise
Transacional com cada membro do casal frente a frente
(em espelho), olhando um para o outro.
Inicia-se com um dos membros, geralmente aquele que traz
o conflito com mais força de sentimento. Entretanto, o
outro membro permanece no lugar central, na sua âncora
do estado Adulto.
Aquele que está trabalhando vai verbalizando as
percepções corporais, imagens e sentimentos que
aparecem.
O companheiro permanece no estado Adulto, centrado e
respirando, ouvindo e percebendo suas reações corporais e
emocionais, seus pensamentos e sentimentos.
Pode ser que durante o processo apareça “algo ou alguém”
por trás do companheiro. Olha-se para isso para perceber
se é necessário alguma intervenção (reconhecer,
reverenciar, liberar, etc.). Depois disso, finaliza-se a partir
da âncora que representa o estado Adulto.
Em seguida, realiza-se o mesmo procedimento com o outro
membro do casal. Este vai migrar de uma âncora à outra e
desenvolver o mesmo trabalho.
O trabalho finaliza quando ambos, a partir da posição de
adultos, revelam um ao outro uma possível solução para o
conflito.
Este trabalho traz em si percepções sobre o vínculo e a
comunicação, sendo estes passos decisivos em direção a
discernir e solucionar conflitos.
O facilitador sugere uma imagem de solução encontrada
durante o processo.
 

E xercício 3 | G raciela F andiño R ozenthal


TRABALHANDO A TRANSFERÊNCIA
Fonte: Inspirado em Bert Hellinger.
Objetivo: Nas supervisões ou intervenções clínicas (entre
profissionais equivalentes) quando é necessário olhar um
caso clínico para perceber o lugar do facilitador no
imaginário do cliente ou cujo desenvolvimento de trabalho
esteja sem fluxo para o facilitador, estando ele intrincado e
precisando descobrir como pode retomar a força de ser
orientador da cura.
Número de participantes: 3 participantes.
Tempo previsto: de 10 a 15 minutos.
Materiais: Nenhum.
Procedimento: O facilitador que está recebendo a
supervisão representa seu próprio cliente, o segundo
participante representa o facilitador que recebe a projeção
em transferência e o terceiro participante representa o
objeto, a pessoa que está por trás e a quem se dirige a
projeção.
Observar os movimentos que acontecem a partir do cliente:
como o facilitador é visto? No lugar do que ou de quem
está o representante do facilitador? (Transferência).
O exercício finaliza quando o representante do facilitador
que está recebendo a supervisão percebe o lugar de maior
força em relação ao cliente e seu sistema.
Este exercício pode ser bastante revelador para o
facilitador em relação à sua própria transferência e ao
sistema do cliente (contratransferência ou dupla
transferência).
 
 
E xercício 4 | G raciela F andiño R ozenthal
TRABALHANDO A CONTRATRANSFERÊNCIA
Fonte: Inspirado em Briggitte Champetier de Ribes.
Objetivo: Resolver um conflito em transferência (dupla
transferência com o cliente).
Número de Participantes: O terapeuta que vai trabalhar
sua contratransferência.
Materiais: de 4 a mais âncoras.
Tempo Previsto: de 10 a 15 minutos.
Procedimento:
Fase 1: Colocar uma âncora para A, o representante do
facilitador em contratransferência, e uma âncora de frente
a essa, a uma distância, representando o cliente B.
O facilitador se posiciona sobre a sua própria âncora o
tempo suficiente para perceber como se sente, os
movimentos e as atitudes que acontecem.
Seguidamente, são colocadas duas âncoras C e D atrás das
âncoras A e B. Não se sabe de quem ou de que se trata.
O facilitador se posiciona novamente na âncora A. Pode
acontecer de não se olhar para a pessoa com a qual se tem
o conflito (B) e sim olhar para atrás dela, na posição C.

Após isso, o facilitador se posiciona sobre a âncora B e


percebe se B olha também para trás de A, ou seja, olhando
para D.
O que ou quem se revela nos lugares C e D? O que ou quem
se revela são as razões do conflito transferência -
contratransferência. Cada um está em projeção, não
podendo perceber a realidade.
O facilitador, na contratransferência, acredita ver B quando
está de frente para ele, mas de fato é com C que está se
relacionando realmente. Assim, se nutre o emaranhado
com o cliente e o sistema dele. É como um espelho.
Fase 2 - Constelando a projeção em transferência:
Ficam as âncoras A e C, o facilitador e essa pessoa a quem
o inconsciente reage por trás de seu cliente.
A partir de A, sabendo que C está em frente a você, fique
um tempo, deixe-se levar devagar e centrado. Talvez não
aconteça nada, talvez você esteja olhando para o chão, que
pode ser um morto. Olhe e perceba.
Logo, coloque-se no lugar de C. Aguarde e deixe-se mover
lentamente.
Se surgirem mais lugares, vá colocando e representando
com âncoras as diferentes pessoas que precisam ser
incluídas. Se necessário, voltar a algumas delas até que
comece a sentir paz.
Quando for a hora, volte a representar a si mesmo. E
reverencie cada um, toda a situação com aceitação, amor e
gratidão, qualquer passado que tenha ocorrido até sentir
que tudo está em paz.
O movimento completa-se deixando o passado e indo para a
vida.
Fase 3 - Cura da projeção por ressonância com
autoconstelação: Coloque-se no lugar do facilitador A, em
frente ao cliente B.
Observe as sensações quando se olha para B. Existem
diferenças?
Coloque-se no lugar de B e perceba se houve mudanças nas
sensações olhando para A. Houve alteração no conflito?
Coloque-se novamente em A e sinta gratidão pela
experiência e por B, seu cliente, ter ajudado a realizá-la.
GRACIELA FANDIÑO ROZENTHAL
Licenciada em Psicologia pela Universidade de Buenos
Aires em 1975. Formação em Psicanálise desde 1978.
Coordenadora de Grupos de Ensino e Clínica, formou- se
em Dinâmica Energética do Psiquismo em 1994 e é
Focalizadora de Pathwork desde 1997. Reiki I e II desde
1994. Cursou TEC (Técnica Energética de Cura) em
Seraphis Bey. É Helper autorizada pela Pathwork
Fundation desde 2005.
Formada em Constelação Familiar, cursou vários módulos
com Bert Hellinger desde 2001 em São Paulo e em Buenos
Aires. Fez formação com Renato Shaan Bertate e Mimansa
(2004 a 2006), pelo Hellinger-lnstitut Landshut com
Lorentz Wiest (2007), Treinamento Internacional Avançado
com Ursula Franke entre outros (2012), e nas Novas
Constelações com Brigitte Champetier de Ribes, 2015.
Consteladora desde 2005, trabalhou na Itália, em Buenos
Aires e nos Estados Unidos.
Dirige o Espaço Lumen Gaia e idealizadora da Formação
Sistêmica do Coração que unifica as abordagens que utiliza
na sua vida profissional clínica e transmite para outros.
Realiza Treinamentos para capacitar essa prática em São
Paulo.
www.gracielarozenthal.com.br
www.espacolumengaia.com.br
contato@espacolumengaia.com.br

+55 11 5536-3310
www.facebook.com/gracielarozenthal
 
HELOISA PESSOA
Reverenciando lugares de origem
Lealdade Oculta
Desfazendo lealdades
Trabalhando com o facilitador
Heloisa Pessoa
 

E xercício 1 | H eloisa P essoa

REVERENCIANDO LUGARES DE
ORIGEM
Fonte: Inspirado em Una O’Connell.
Objetivo: Tomar a força das origens.
Número de Participantes: Um representante para cada
local de origem de seus ancestrais.
Material: Representantes ou âncoras.
Tempo previsto: De 10 a 15 minutos.
Procedimento: Primeiramente, coloque um representante
ou âncora de solo para seus ancestrais (pais, avós, bisavós,
etc.) e, ao lado ou atrás deles, coloque um representante ou
uma âncora de solo para cada local de origem (país, estado
ou cidade). Depois, Coloque-se diante de cada um, sinta
como está seu corpo e o que você sente nele. Em seguida,
repita as seguintes frases para cada lugar representado
pelas âncoras: "Eu reconheço”; “Eu aceito"; “Eu honro e
agradeço"; “Agora posso tomar posse da força que vem
desta terra”; “Eu faço da minha existência uma
homenagem a tudo que recebo de vocês”; “Obrigado".
Observe como se sente e o que muda no seu corpo depois
de repeti-las.
 

E xercício 2 | H eloísa P essoa

LEALDADE OCULTA
Fonte: Inspirado em Solande Rosset.
Objetivo: Trabalhar a identificação com avós míticos.
Número de Participantes: Em duplas.
Material: Representante ou âncora de solo.
Tempo previsto: De 5 a 10 minutos.
Procedimento: Se a cliente for mulher, colocar
representante para a avó paterna, se o cliente for homem,
colocar representante para o avô materno. Depois de ter
dado um lugar para o representante, Coloque-se diante
dele/a e sinta como fica seu corpo neste lugar, quais são as
sensações. Em seguida, olhando para o representante,
repita as frases a seguir: “Eu vejo você, eu vejo você, eu
vejo você’’; “Eu honro você e honro tudo que o conduz”;
"Eu me honro e honro tudo que me conduz"; “Me abençoe
se faço igual ou diferente de você”; “E isso será em sua
homenagem”; “Obrigado”. Ao terminar as frases, sinta o
que aconteceu com seu corpo, quais sensações, o que
mudou.
 

E xercício 3 | H eloísa P essoa

DESFAZENDO LEALDADES
Fonte: Desenvolvido por Heloisa Pessoa.
Objetivo: Que os pais se responsabilizem pelas suas
questões ou suas dores, liberando seus filhos de lealdades.
Número de Participantes: Depende do número de filhos.
Material: Representantes ou âncoras de solo.
Tempo previsto: De 5 a 15 minutos.
Procedimento: O cliente (pai ou mãe) dá um lugar para
cada filho e se posiciona em um lugar onde possa ficar de
frente a eles.
Primeiramente, o cliente observa o que acontece no
sistema (pode haver uma movimentação e o facilitador
precisa ficar atento para que os filhos fiquem no lugar de
filhos, que é na frente da mãe/pai). Em seguida, pergunte o
que cada um sente no corpo. Na sequência, com o
posicionamento da mãe/do pai na frente dos filhos, o cliente
vai se movimentar, ficando frente a frente de cada filho e
repetindo as seguintes frases: “Meu filho/a, isento você de
sentir as minhas dores, sejam elas físicas ou emocionais, e
também de realizar os meus desejos e expectativas"; “Por
favor, por favor, por favor"; “A partir de hoje, deixe isto
comigo, eu dou conta".
Em seguida, pergunte o que cada um sente no corpo, quais
sensações e o que mudou.
Ao fazer este exercício, deve-se atentar aos lugares que os
pais dão aos filhos, como mencionado anteriormente. Deve-
se observar também se os filhos não querem ficar no seu
lugar, podendo se posicionar ao lado do pai ou da mãe.
Assim, essa situação pode nos dar muitas dicas do que está
acontecendo no sistema familiar naquele momento.
 

E xercício 4 | H eloisa P essoa


TRABALHANDO COM O
FACILITADOR
Fonte: Inspirado nas constelações ocultas.
Objetivo: Que o facilitador possa verificar qual lugar em
que ele se coloca na relação com o cliente.
Número de Participantes: 4 participantes.
Material: Representantes ou âncoras de solo.
Tempo previsto: De 10 a 15 minutos.
Procedimento: Escrever, no verso do papel, os seguintes
nomes: cliente, família, metaposição e facilitador.
Em seguida, o facilitador pega o papel que está escrito
“facilitador” e o posiciona. Depois, a uma certa distância,
posiciona as demais âncoras, só que, desta vez, as coloca
de forma aleatória sem saber quem é quem, isto é,
deixando os nomes virados para baixo e observando para
que fiquem a uma distância que, ao se colocar no lugar do
facilitador, possa ter a visão dos outros lugares.
Já na posição da âncora de solo que representa o lugar do
facilitador, ele observa como sente seu corpo e se está
atraído por algum lugar em especial das âncoras na sua
frente. Depois, vai ao lugar da âncora para qual foi atraído,
observa como se sente neste lugar e deste lugar em relação
ao seu lugar de facilitador.
Em seguida, ele pega a âncora à qual foi atraído e lê quem
ela representa. É possível se surpreender com o resultado.
Utilizo este exercício no consultório, comigo mesma,
quando sinto empatia com o cliente, o que na psicologia
chamamos de contratransferência. Bert Hellinger comenta
"precisamos resistir ao que o outro está sofrendo, sem
interferir". Este exercício ajuda esclarecer a posição do
facilitador, a metaposição. Deste lugar é possível visualizar
o todo.
Também é possível ser feito com representantes em um
encontro de facilitadores, em cursos de formação,
supervisão de casos.
HELOISA PESSOA
Heloisa Pessoa é Psicóloga, especializada em Psicologia
Clínica, extensão em Neuropsicologia do Desenvolvimento,
Psiquiatria, abordagens corporais e meditação.
É certificada em Treinamentos Internacionais de
Constelações Familiares, Organizacionais, Coaching
Empresarial e Pedagogia Sistêmica.
Practioner no Modelo de Validação Humana de Virgínia
Satir, Alemanha.
Atua em consultório há mais de 30 anos como
Psicoterapeuta com enfoque no despertar da consciência e
desenvolvimento pessoal, seja no atendimento individual,
casais, famílias, oficinas sistêmicas, workshops de
constelações familiares e organizacionais.
heloisa-pessoa@bol.com.br | +55 11 99688-9959
 
OSWALDO SANTUCCI
A força dos Ancestrais (ou Túnel Ancestral)
Integração do currículo profissional sistêmico
“O que falta” ser visto ou incluído?
Caminho para a mudança
Oswaldo Santucci
 

E xercício 1 | O swaldo S antucci


A FORÇA DOS ANCESTRAIS (OU TÚNEL ANCESTRAL)
Fonte: Inspirado na Dra. Guni Baxa.
Objetivo: Conectar-se com os ancestrais e tomar a força
deles.
Número de Participantes: De 20 a mais participantes.
Material: Vendas para os olhos (se necessário).
Tempo previsto: De 20 a 30 minutos.
Procedimento: Em treinamentos ou cursos de formação,
este exercício é uma importante ferramenta de
empoderamento para que os participantes entrem em
contato com o seu campo ancestral (familiares e
antepassados) e tomem deles a força necessária para
seguir caminhando na vida.
Pede-se que o grupo, de 20 a 40 pessoas, separe-se em
duplas, que se coloquem frente a frente, uma dupla seguida
da outra, formando desta forma um túnel ou portal de
pessoas. Se possível, quando a quantidade de participantes
permitir, formar uma letra U com as duplas colocadas lado
a lado. Desta forma teremos um portal com uma entrada e,
após uma sequência de duplas, uma saída.
Faz-se uma introdução para os participantes e são passadas
as instruções para seguir neste exercício. A ideia é que
cada um possa passar pelo túnel/portal, do começo ao fim.
Assim, uma pessoa é selecionada para dar início à
trajetória no túnel ancestral. Ela fechará os olhos ou, se
preferir, pode ser colocada uma venda, e as primeiras
duplas no portal começam a gentilmente conduzir este
participante para dentro do túnel puxando-o pelas mãos e
apoiando-lhe os cotovelos ou as costas. O participante dará
passos lentos e seguirá sendo levado pelos representantes.
As duplas irão conduzir e apoiar o participante desde o
primeiro ao último passo pelo túnel ancestral – passando o
participante de dupla para dupla. Por cada pessoa que o
participante passar, esta lhe fala baixinho ou sussurra-lhe
no ouvido uma mensagem de incentivo que começa da
seguinte maneira: “Nós somos seus ancestrais...” e
completa a frase com algo que lhe surja a partir do
momento que se toca aquele participante, como por
exemplo: “Nós somos seus ancestrais”; “Seja bem-vindo";
“Vemos você"; “Você tem nossa força”; “Você tem nosso
apoio"; “Siga seu caminho"; “Estamos orgulhosos de você";
"Siga este caminho com vida”, etc.
Assim, as duplas, além de conduzirem o participante
tocando-lhe as mãos, cotovelos, ombros, costas para que
caminhe por este portal com segurança, por estar sem
enxergar o caminho, também incentivarão este caminhar
com mensagens de apoio, força e motivação.
O participante que caminha pelo portal sente em seu corpo
quais as sensações, percepções, imagens e sentimentos que
são evocados conforme segue por esta trajetória e recebe
as mensagens dos representantes de seus antepassados.
Como estas mensagens reverberam em seu corpo? Como se
sente? Consegue tomar estas mensagens ou tem alguma
dificuldade? Onde, no corpo, estas mensagens encontram
um lugar para ficar? Que imagens e cenas, afetos,
sensações são evocados a partir de cada sentença, toque,
estímulo?
Talvez, em algum ponto da caminhada, o participante
queira ficar um pouco mais, para sentir o toque ou a
presença de algo. Pode-se demorar um pouco então neste
lugar. Mas é importante que o facilitador incentive os
representantes a continuarem o seu caminho, sustentando
os processos internos que estiverem tomando corpo e
encontrando um lugar para estas sensações e percepções
em si mesmo.
É possível que algum participante se emocione muito e
talvez queira abraçar um representante ou mesmo deitar-se
no chão - nestes momentos o facilitador incentiva os
representantes ancestrais a sustentarem o corpo do
participante em pé e manterem a caminhada do mesmo até
o final.
Quando o participante chega ao final da caminhada, coloca-
se ao lado da última dupla e passa então a ocupar o lugar
de um representante ancestral. Logo virá outro
participante que, assim como este, fez a caminhada do
início ao fim e se postará à sua frente, dando sequência ao
portal ancestral. Desta maneira todos os participantes
poderão caminhar pelo portal. Os primeiros participantes a
passar pelo portal ao final se colocarão como
representantes em duplas e os últimos seguirão por dentro
do portal.
O facilitador acompanha e coordena a entrada e
posicionamento dos representantes e participantes nesta
caminhada pela história ancestral. É importante atentar
para um intervalo entre um participante e outro, pois cada
um terá uma passada mais lenta ou rápida, dependendo da
pessoa. Portanto, o facilitador aponta quando o próximo
representante deixa seu lugar e entra no túnel como
participante, e quando o participante se posiciona ao final
da caminhada, agora novamente como representante
ancestral. Quando a sequência de participantes a passar
pelo portal chegar ao representante que primeiro entrou no
portal, o exercício terá finalizado.
O facilitador coloca então todos os participantes em um
círculo, de mãos dadas e olhos fechados, e conduz
respirações conscientes.
 

E xercício 2 | O swaldo S antucci


INTEGRAÇÃO DO CURRÍCULO PROFISSIONAL
SISTÊMICO
Fonte: Inspirado em Jan Jacob Stam.
Objetivo: Equilibrar diferentes aspectos de sua trajetória
profissional trazendo as dinâmicas ocorridas para um olhar
adequado para o momento atual.
Número de Participantes: De 6 a 10 participantes.
Material: Pode ser feito com âncoras de solo ou com
bonecos para constelação. Utilizar papel sulfite e lápis de
cera para a última atividade.
Tempo previsto: De 40 a 60 minutos.
Procedimento: O participante coloca um representante
para cada evento que deseja integrar, obedecendo a uma
linha do tempo, deixando um ao lado do outro - de tal forma
que o evento mais antigo esteja em primeiro lugar e para a
esquerda venham os seguintes, pela ordem em que
aconteceram. O último representante significa o
participante na atualidade. Estes representantes devem ser
colocados como aspectos importantes para serem
integrados a critério do participante. Devem ser
representantes de projetos, estudos, formações, empregos,
mentores, professores, empresas, detalhes ou pessoas
significativas da família ou do caminho profissional que
influenciaram a trajetória profissional.
É importante lembrar que o participante seja seu próprio
representante, tendo assim a chance de sentir as mudanças
a cada intervenção do facilitador.
Desta forma, o participante vai se postar à frente de cada
uma destas representações e vai “atualizar" as suas
sensações, tirando suas imagens traumáticas de eventos ou
de situações não resolvidas adequadamente na ocasião.
Cabe ao facilitador ter um bom número de frases que
possam equilibrar as situações.
Exemplos de frases que podem ser usadas, lembrando que
cada situação vai requerer habilidades do facilitador para
levar os eventos do campo traumático para um campo de
novas percepções:
“Eu sinto muito se algo não ficou terminado, mas eu fico
com minha parte e com minhas responsabilidades e deixo
com você as suas responsabilidades e as partes que não
cabiam a mim”.
"Eu sigo com a experiência do que aprendi com os bons e
maus momentos, assumo o que não fiz adequadamente e
sigo minha carreira".
"Esta não era a faculdade (projeto, curso, tarefa, etc.) que
queria fazer, mas aqui aprendi algumas coisas que agora eu
vejo e as integro".
“Eu não tenho como mudar o que senti quando tal fato
ocorreu, mas eu fico com a experiência e com o
aprendizado e acho um ‘lugar’ para estas sensações
ganharem sentido”.
“Pai, mãe, eu tentei estudar o que vocês queriam, mas
agora eu vejo que meu caminho é outro. Eu sigo para o
novo, mas meu lugar de filho permanece”.
Isto vai sendo feito com um a um dos representantes, ou
seja: o participante "visita" cada representante, olhando-os
de frente e vendo quais sensações emergem e vai
equilibrando aquelas que necessitam de algo para
encontrar um lugar de integração e não de exclusão ou de
trauma sistêmico.
O representante final, que é o participante na atualidade,
deve ir sendo consultado sobre o que vai mudando a cada
intervenção em cada evento.
Na parte final do exercício, o participante se coloca nesta
mesma linha, ao lado do representante dele na atualidade,
e olha um por um fazendo uma reverência e trazendo a
sensação de integração renovada e atualizada para fazer
sentido no “aqui e agora". Depois, olha para seu próprio
futuro iminente - aquele que emerge dia a dia e que está
acontecendo a partir do agora, do presente, e que vai
materializar-se nos próximos meses.
Volta-se para si mesmo e tem um tempo de 1 minuto para
desenhar uma imagem que expresse a sensação que ele
está tendo agora ao final do exercício. Faz este desenho
com sua mão não dominante. Menciona a sensação e coloca
à sua frente (representada pelo papel desenhado) e
conduzido pelo facilitador diz: “Eu integro em mim cada
uma destas minhas partes profissionais e também esta
sensação nova que me levará para o futuro iminente que
emerge em cada uma de minhas ações, sensações e
pensamentos".
 

E xercício 3 | O swaldo S antucci


“O QUE FALTA” SER VISTO OU INCLUÍDO?
Fonte: Desenvolvido por Oswaldo Santucci.
Objetivo: Ao olharmos sistemicamente uma dinâmica que
expressa o padrão de comportamento que o cliente deseja
mudar, incluir o recurso sistêmico “o que falta” gera uma
nova ordem na dinâmica e assim possibilita chegar a um
lugar de equilíbrio e encontrar um novo caminho interno
nas nossas percepções/sensações, e externo, abrindo novas
possibilidades de pensar e agir.
Tendo como objetivo os processos breves focados em
solução, desenvolvi este recurso no meu trabalho com o
método Foco Sistêmico para auxiliar o cliente no caminho
de obter novas sensações que resultem em mudanças de
padrões de comportamento cujas raízes estejam
relacionadas a vínculos, lealdades e/ou cópias de dinâmicas
do seu próprio sistema vindas do lado paterno, materno ou
de ambos.
Através da experiência nos atendimentos em processos de
mudanças profissionais e de caminhos de vida, percebi que
o que era necessário se tratava de um recurso disponível
no sistema e não utilizado pelo cliente. Portanto, uma
possibilidade nestes casos era trabalhar com a inclusão da
âncora que está representando ‘‘o que falta" ser visto ou
incluído. Em outras palavras, compreendemos que as
sensações que regem as ações do sintoma têm lugar em
outro acontecimento e por outra pessoa que muitas vezes
estão fora do mapa e da bússola do cliente.
Assim, este recurso - “o que falta" - inclui o que era
essencial gerando mudanças de sensações e
consequentemente possibilitando novas ações pautadas por
novos padrões de comportamento.
Número de Participantes: 6 participantes.
Material: Pode ser feito com bonecos para constelação ou
âncoras de solo.
Tempo previsto: De 15 a 30 minutos.
Procedimento: O cliente “coloca” ou “posiciona" o sistema
da mãe, o sistema do pai e o padrão reconhecido pelo
cliente (aquele que ele deseja mudar). Isto estruturado, o
cliente coloca um representante para ele mesmo – muitas
vezes pode ser interessante o cliente se autorrepresentar.
Finalmente, é colocada a âncora da sensação que o cliente
tem ao entrar em contato com o padrão de comportamento.
A esta âncora daremos o nome de sintoma.
O cliente ou seu representante se dirige com um olhar para
cada âncora e percebe o que sente. Então, entra uma
última pessoa que representa o que falta - o que falta no
sistema para que a sensação percebida pelo cliente
modifique. Ele olha novamente para o sintoma e para o
padrão. Dirigindo-se para aquilo que falta (ser visto, ser
equilibrado ou ainda ser colocado no lugar correto), ele diz
as seguintes frases: “Eu não sei quem você é ou mesmo o
que você significa, mas agora eu vejo você"; “Eu dou um
lugar para você”; “Para mim, tudo e todos pertencem e
fazem parte".
Olhando para o padrão e para o sintoma ele diz: “Eu levo
comigo a experiência deste tempo que eu ‘andei’ com vocês
junto a mim"; "Quando eu sentir diferente será também em
homenagem a todos que vieram antes de mim inclusive
vocês”; “Eu sou pequeno diante disto tudo”.
Agora olhando para todos os representantes, o cliente diz:
“Este padrão, este sintoma e todos tiveram um serviço
importante para cada um de nós. Eu agora vejo cada um de
vocês verdadeiramente”.
Finalmente dirigindo-se ao “que falta", o cliente diz: “Você
mostrou isso e precisava estar incluído. Agradeço sua
presença, seu lugar e seu destino"; "Agora eu me despeço e
sigo deixando com cada um o seu lugar".
Em seguida o cliente se posiciona diante de cada
representante dos sistema de pai e de mãe, reverencia-os
com um "Sim" e um “Obrigado".
Finalmente olha na direção do futuro e é lembrado pelo
facilitador que ele precisará seguir na direção do novo,
caminhar com esta experiência e assim sugere a frase: “Eu
integro em mim o que acabei de fazer, o meu lugar e o
lugar de cada um. Integro a sensação de ter olhado para o
que faltava. Eu agora me sinto... (entra em contato com
uma sensação percebida agora e a expressa)".
Termina com um olhar na direção do novo e com o
facilitador sugerindo esta frase: “Eu vou na sua direção
como o pequeno diante das histórias da minha família e
com a permissão de ser grande diante da vida".
 

E xercício 4 | O swaldo S antucci


CAMINHO PARA A MUDANÇA
Fonte: Inspirado em Anton de Kroon.
Objetivo: Deixar para trás aquilo que eu sinto que não
preciso mais carregar na direção do meu novo caminho.
Número de Participantes: O cliente.
Material: Duas cadeiras e duas bolsas ou malas
carregadas com objetos bem pesados - pedras, madeiras,
papéis, etc.
Tempo previsto: 20 minutos.
Procedimento: Posiciona-se as duas cadeiras, uma de
costas para a outra. Deixar entre elas um espaço suficiente
apenas para passar uma pessoa sem carregar nada.
Olhando para esta cena das cadeiras, o facilitador pedirá
para o cliente imaginar que estas cadeiras, assim dispostas,
significam uma porta entre o hoje e o amanhã. Para seguir
para o amanhã o cliente, de um lado (representado pelo
hoje), irá ouvir do facilitador que para seguir para o outro
lado ele deve pegar as suas “bagagens" e, sentindo o seu
peso, imaginar que ali estão as coisas que ele pode “deixar
ir" para seguir na direção do novo. Para passar pelo portal
do “buraco da agulha", não é possível carregar todas as
bagagens atuais. Desta forma o cliente toma um tempo
para entrar em contato com isto e poder soltar os pesos
para atravessar e ir na direção do seu futuro. Ao atravessar,
o cliente deve ficar uns dois minutos para sentir o que
essencialmente mudou ao deixar ir o que não serve mais
para o futuro. Ele é lembrado pelo facilitador que o futuro
está nas ações de hoje.
É solicitado pelo facilitador que o cliente diga uma palavra
que significaria este novo momento.
OSWALDO SANTUCCI
Oswaldo Santucci é consultor, especialista em educação e
capacitação sistêmica em empresas e negócios familiares,
É economista com especialização em marketing e na visão
sistêmica para organizações e pessoas. Tem formação
internacional para as constelações sistêmicas e para o
coaching sistêmico. É cofundador do Espaço Conexão
Sistêmica e da Editora Conexão Sistêmica. Como diretor da
Foco Sistêmico, atua como consultor e coach dentro da
perspectiva, da abordagem e do pensamento sistêmico e
facilita constelações sistêmicas em diferentes settings
sociais, educacionais, pessoais e empresariais.
www.conexaosistemica.com.br
santucci@focosistemico.com.br | +55 1198202-4087
 
RENÉ SCHUBERT
Forças Vitais
O círculo do pertencimento
Tomada de decisão
Elementos da natureza
René Schubert
 

E xercício 1 | R ené S chubert


FORÇAS VITAIS
Fonte: Inspirado em Thomas Bryson e Dra. Ursula Franke-
Bryson.
Objetivo: Entrar em contato com a pulsão ou com o
simbólico da vida e da morte.
Número de Participantes: 3 participantes.
Material: Nenhum.
Tempo previsto: 10 a 20 minutos.
Procedimento: Em um curso de formação, treinamento ou
workshop, o grupo subdivide-se em grupos menores de três
participantes (A), (B) e (C) ou então 1, 2 e 3. O primeiro
participante (A) representará a si mesmo e colocará os
participantes (B) e (C) representando, respectivamente, as
forças vitais, ou seja, a vida e a morte. Depois de colocados
os representantes, o participante (A) se coloca em relação a
eles, encontra a distância e postura para com estes
representantes e sente o que ocorre em seu corpo.
Como se sente em relação ao seu lugar e posicionamento?
Qual a sensação e vínculo em relação aos representantes
da vida e da morte? Há algum movimento? Para qual lado é
impelido?
Este exercício é realizado sem palavras, o participante (A),
assim como os demais, pode se movimentar no campo e
sentir como esta movimentação afeta os demais
representantes. Como fica a sensação, melhor ou pior? E a
tensão, maior ou menor? Há possibilidade de relaxamento,
distensão? O que seria necessário?
O participante (A) terá uma imagem e sensação quanto à
sua relação com as forças de vida e de morte e qual sua
dinâmica no presente em relação a estas. O corpo dos
participantes atuará como bússola condutora no fluxo do
campo. A atenção dos participantes é em deixar o corpo ser
conduzido, levado e, a partir disto, tem-se um lugar, uma
imagem, uma composição.
Terminada a movimentação, os participantes se reúnem e
trocam entre si as impressões, sensações e movimentos.
Neste momento, é parte do exercício focar-se na descrição
do que aconteceu, e não na interpretação ou opinião
pessoal. Uma descrição pontual do que aconteceu na
perspectiva e no corpo de cada qual. Como Bert Hellinger
muitas vezes pontua, entramos no campo sem intenção,
sem expectativas, sem julgamentos e sem medo. Da mesma
maneira, utilizamos tais referências quando damos o
feedback aos colegas. A experiência é da perspectiva
subjetiva, conectada a um campo ciente, a um campo
morfogenético. Descreve-se a sensação e os movimentos,
deixando de lado apreciações, opiniões pessoais e modelos
pré-concebidos de certo e errado.
Todos os participantes podem passar por todas as posições.
Desta maneira, após feito o exercício uma primeira vez, é
feita uma rodada e os representantes trocam os lugares e
novamente colocam-se no campo. Cada qual terá a
experiência de colocar-se no campo em seu lugar,
representando a vida e representando a morte.
Nas constelações familiares, por vezes colocamos
representantes para vida e para a morte e pela experiência
verificamos a presença e força que estes têm no campo. A
relação que o cliente tem com a vida e com a morte é de
vital importância, como sentido de vida e a movimentação
que o mesmo tem com estes. Para qual força é impelido,
repelido, vinculado, presentificado e qual a consciência
obtida a partir disto. Também o exercício é pontual para
verificar a elaboração de luto e os significados atrelados
pelo cliente à finitude e perdas.
Variações: Uma variante para o trabalho individual neste
exercício é o cliente disponibilizar à sua frente dois círculos
de corda ou âncoras de chão, respectivamente
representando o campo da vida e da morte, e encontrar seu
lugar no campo, em relação aos círculos/âncoras. O cliente
sente o campo e qual sua relação, sensações em relação
aos dois campos disponibilizados à sua frente.
Se preferir, o cliente pode testar cada campo,
posicionando-se sobre a âncora de solo ou círculo e
verificando o que acontece em seu corpo ao entrar em
contato com cada qual. Percebendo as sensações e imagens
evocadas sobre cada um dos campos e depois voltando para
seu lugar, percebendo como o corpo retornou, no sentido
de sensação corporal, afetos e pensamentos evocados,
imagem interna, insight.
 

E xercício 2 | R ené S chubert


O CÍRCULO DO PERTENCIMENTO
Fonte: Aprendido com Peter e Tsuyuko Spelter.
Objetivo: Verificar seu pertencimento e ressonância ou não
a partir de determinada temática, situação ou esfera
(pessoal, familiar, social, profissional).
Número de Participantes: De 1 a 3 participantes.
Material: Corda ou Barbante.
Duração: 10 a 30 minutos.
Procedimento: A partir de um tema selecionado que
aponte para a dinâmica inclusão/exclusão, dentro/fora,
pertencimento e não pertencimento, um círculo de
aproximadamente 2 metros, feito com barbante ou corda, é
disponibilizado sobre o chão. Cada um dos grupos
subdivide-se em representantes (A), (B) e (C) ou então 1, 2
e 3. O primeiro representante (A) representará a si mesmo
e é a pessoa que verificará sua relação de pertencimento,
ou seja, é aquele que traz a temática. Os representantes (B)
e (C) representarão um observador e um representante
auxiliar, se necessário, colocando-se próximos ao
representante (A) e ficarão disponíveis.
O representante (A) se coloca de frente ao círculo e
observa o corpo - é impelido ao círculo ou é repelido? Qual
a dinâmica em relação ao círculo? O que é necessário para
o corpo em relação ao círculo? Quais gestos, imagens,
movimentos, se manifestam? Que aspectos se mostram?
Se necessário, o representante (A) pode convocar o
representante (B) para ocupar um lugar. O representante
(A) coloca o representante (B) e aguarda, observando os
movimentos internos de seu corpo e/ou movimentos do
representante recentemente colocado. O representante (C)
apenas fica como observador da dinâmica.
Após a dinâmica, sem julgamento ou interpretações, os
participantes trocam suas impressões, sensações e
percepções. O representante (C) pode atuar com maior
neutralidade exatamente por observar tudo em silêncio e
apenas ao final descrever o que viu acontecendo, não
estando envolvido e tomado pelo campo como o
representante (A) e (B). Este olhar externo muitas vezes
traz importantes feedbacks e promove insights para
aqueles que estavam no campo.
Este exercício também pode ser feito individualmente,
como um exercício de autoavaliação ou como um exercício
sistêmico aplicado pelo facilitador junto ao cliente, para
testar o campo quanto à temática colocada.
Variações: Pode ser usado em consultório particular, nas
temáticas de jovens em relação ao campo vocacional, no
caso por qual área o cliente se sente atraído, presente e
incluído (humanas, exatas ou biológicas, por exemplo).
Outro exemplo seria o caso de um cliente que traz a
questão de entrar ou não para um grupo específico,
participar ou não de uma negociação ou mesmo para
integrar determinado círculo social - isto pode ser
representado por este círculo e o campo é então testado, no
sentido de atração ou retração, inclusão ou exclusão,
tensão ou distensão. O corpo do cliente fornecerá
importantes informações no sentido de sensações, imagens,
frases, contribuindo para insights e novas perspectivas a
partir do tema colocado.
 

E xercício 3 | R ené S chubert


TOMADA DE DECISÃO
Fonte: Aprendido com Bert Hellinger.
Objetivo: Permite olhar para uma questão pessoal e testá-
la no campo auxiliando na conscientização e tomada de
decisão.
Número de Participantes: O cliente.
Material: Papel Sulfite.
Duração: 10 a 15 minutos.
Procedimento: O cliente toma consciência de seu corpo,
de sua respiração, e entra em contato com sua questão,
dúvida e/ou dificuldade. De forma centrada, colocará no
campo a sua temática. Separa três folhas de papel sulfite.
Em uma escreve a palavra “sim” e na outra a palavra "não”.
Coloca ambas em extremidades opostas na sala e/ou
ambiente em que estiver fazendo o exercício. Na terceira
folha, escreve seu próprio nome ou simplesmente se
posiciona sobre esta. De forma centrada, entra em contato
com seu corpo e com a questão por intermédio de uma
frase, imagem, emoção ou sensação física. Respira
profundamente e sem intenção sente se há algum
movimento no corpo. O corpo do cliente atuará como
bússola condutora no fluxo do campo. A atenção do cliente
será de deixar o corpo ser conduzido, levado assim que
surgir um movimento sutil, espontâneo em seu corpo e
entorno. O movimento levará ou para um lado e encontrará
uma folha, ou para o outro, encontrando a outra folha. A
partir deste momento, o cliente entra em contato com este
campo e com esta resposta e sente como ela reverbera em
seu corpo. Se juntamente a isto surgir uma imagem,
emoção ou sensação, integra esta ao corpo por meio de
uma respiração profunda e consciente.
Se o cliente tiver dificuldade em sentir o campo, poderá
testar ambos os campos (do Sim e do Não), percebendo em
seu corpo como se sente, ora se colocando sobre um lugar
e ora em outro, procurando um lugar onde o corpo possa se
posicionar. Há leveza ou tensão? O corpo fica mais agitado
ou mais tranquilo? O que acontece com a questão que foi
colocada? É melhor ou pior?
Neste exercício, a pessoa pode experimentar a entrada no
campo morfogenético e as percepções que obtém a partir
desta experiência no campo. Porém, como Bert Hellinger
reforça, é preciso que a pergunta seja importante e que a
pessoa esteja em sintonia com esta, centrada e em conexão
com o tema e com o campo - pois caso contrário este
exercício pode tornar-se uma brincadeira, um jogo,
perdendo sua força e objetivo.
Tal exercício é um excelente recurso para o facilitador de
constelações familiares, principalmente se o mesmo estiver
acostumado a trabalhar suas próprias questões em
supervisão e terapia pessoal e puder conduzir todo
exercício em contato com o estado de presença.
Estar presente é estar consciente e centrado em nosso eu,
com a consciência do todo que nos envolve e que atua
sobre nós o tempo todo.
Thomas Bryson e Ursula Franke-Bryson (2012) definem o
estado de presença da seguinte maneira: "Presença é o
contexto estável e abrangente além da interpretação
pessoal limitada da realidade, que considera apenas os
termos de ser bom ou mau para a segurança pessoal e o
autointeresse limitado de curto prazo. Presença é a chave
para libertar-se da limitação ao pensamento conceitual
apenas e o retorno ao estado de possibilidade - à
criatividade, por meio da qual tudo pode acontecer, e não
simplesmente a interminável repetição do que aconteceu e
foi pensado antes. A Presença oferece a força necessária
para enfrentar as coisas difíceis que têm limitado o nosso
acesso à paz e à liberdade no aqui e agora".
Variações: Este exercício pode ser feito individualmente
ou em consultório, onde o facilitador auxiliará o seu cliente
em sua temática e preparação, observando e facilitando
todo o procedimento.
 

E xercício 4 | R ené S chubert

ELEMENTOS DA NATUREZA
Fonte: Desenvolvido por René Schubert.
Objetivo: Presentificar o sistema familiar e testar a
possibilidade de mudança no sistema, verificando se há ou
não a aceitação de alterações no mesmo.
Número de Participantes: De 3 a 5 participantes.
Material: Folhas, pedras, gravetos, paus, cascas, nozes,
sementes e elementos encontrados na natureza de maneira
geral.
Duração: 20 a 40 minutos.
Procedimento: Por meio do uso de objetos comuns, serão
criadas âncoras que poderão representar membros do
próprio sistema familiar, obtendo assim a imagem dos
lugares ocupados por estes membros a partir de uma
imagem tridimensional. Desta maneira, os participantes se
separam em grupos de 3 a 4 pessoas. São então convidados
a recolher paus, pedras, folhas ou outros objetos
encontrados no jardim, parque, espaço terapêutico. Como
quantidade, orienta-se aos participantes que recolham até
3 elementos e, se necessário, mais do que isso.
Os participantes sentam-se em círculo e dispõem os
elementos recolhidos na natureza à sua frente. Neste
momento, cada um, ao seu tempo e à sua maneira, irá
montar uma imagem com estes três elementos. Sentirá
cada elemento e os colocará em relação ao espaço e aos
demais elementos. Uma imagem é formada. Será então
solicitado que cada participante sinta qual é a sensação,
impressão, informação que esta imagem traz para ele
interiormente. Se ele precisar alterar algo, mudar de lugar,
distanciar ou aproximar algum elemento, ele pode fazê-lo.
Quando a movimentação parar, é importante que o
participante olhe para a imagem construída e a sinta. Neste
momento, pede-se que cada um respire profundamente e
troque de lugar em sentido horário com o participante ao
seu lado.
Estando cada qual acomodado no novo lugar, cada um dos
participantes terá à sua frente outra imagem. Outro
sistema. Outra construção. Estará de frente para a família
de seu colega. Qual é a sensação? O que sente quando olha
e internaliza a imagem colocada pelo seu colega? Há
tensão ou há leveza? Falta algo? Como é a disposição de
lugares? Quem é quem neste sistema? Quem parece ser
maior, e qual parece ser menor?
Feita esta reflexão, orienta-se os participantes, neste
momento, de forma muito centrada e respeitosa, a fazer
apenas um movimento em relação à imagem à sua frente
que ele sinta necessário. Se ele sentir que não está
autorizado(a) ou que não deve alterar nada na imagem, isto
também é um movimento. Cada um respira profundamente
e novamente os participantes trocam entre si de posição,
em movimento circular horário.
Desta maneira, cada um dos 3 a 5 participantes passará
por todos os sistemas até chegar novamente em casa,
voltar ao lar, encontrar-se de frente com seu próprio
sistema. Qual a sensação de voltar para casa? Como sente
o seu lugar, após um período de afastamento? Algo mudou
no sistema? Caso tenha mudado, a mudança traz qual
sensação? Qual o sentimento interno em relação à mudança
feita?
Cada participante respira profundamente e internaliza a
nova imagem e as sensações e sentimentos que forem
aparecendo. Se estiver em paz com a imagem, verifica
como se deu esta mudança dentro de si. Se houve
incômodo e angústia, pode reorganizar seu sistema da
forma como achar melhor e, ao conseguir encontrar estes
lugares, verificar internamente o que é necessário para
alcançar e manter estes lugares e composição.
Terminada esta etapa, os participantes trocam entre si, de
forma sucinta e descritiva, a experiência de trocar de lugar
com os outros participantes e deter seu sistema alterado ou
de alterar o sistema de outras pessoas.
Neste momento, são sugeridas as seguintes questões a
serem refletidas pelo grupo: qual o impacto da mudança
em nossa vida? Ela é bem-vinda ou temida, rechaçada?
Tenho abertura e flexibilidade para mudança? Promovo
mudanças ou observo as que ocorrem ao meu redor? Qual a
sensação de sair do próprio sistema? Qual a sensação de
voltar para casa?
Costuma-se aplicar este exercício tanto em cursos e
treinamentos de formação, em workshops ou vivências de
Constelação Familiar, como também em vivências com
crianças e adolescentes em ambientes educacionais ou
mesmo recreativos.
RENÉ SCHUBERT
Psicólogo Clínico (CRP 06/65624) e Psicanalista. Facilitador
em Constelação Familiar com formação no Brasil e
Alemanha. Atua em consultórios em São Paulo com adultos
e crianças. Ministra cursos e palestras no Brasil. Docente e
Intérprete (Inglês - Alemão).
aconstelacaofamiliar.blogspot.com.br
rene.schubert@gmail.com
www.facebook.com/aconstelacaofamiliar
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SOLANGE BERTÃO
Essência da Constelação Familiar
Honrar os pais e olhar para a própria vida
Mãe versus Sucesso
Meditação - Nutrir-se das raízes e obter força dos
ancestrais
Solange Bertão
 

E xercício 1 | S olange B ertão


ESSÊNCIA DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Fonte: Aprendido com Miguel Schiavo.
Objetivo: Apresentar concretamente o princípio da
constelação e mostrar como uma disfunção física e/ou
emocional se manifesta.
Número de participantes: De 7 a 15 participantes.
Duração: 10 minutos.
Procedimento: O exercício será constituído por, pelo
menos, sete representantes: o cliente, seus pais, seus avós
maternos e paternos. Se o número de participantes
permitir, é possível incluir também os bisavós. Os
representantes em questão devem ficar posicionados
conforme os papéis que assumem: na frente, o cliente;
atrás dele, os pais; e atrás dos pais, os avós, formando um
grupo equilibrado dentro de suas funções.
Uma vez composta essa configuração, separamos do grupo
um representante da geração dos avós, de forma a indicar
uma exclusão, morte ou separação. Abre-se, então, um
espaço vazio na constelação. A tendência, a partir daí, é
que os representantes que permaneceram no grupo se
reorganizem, na tentativa de preencher esse espaço vazio.
Assim, inicia-se uma disfunção na ordem original, ou seja,
uma desordem na hierarquia familiar.
Esta desordem pode se manifestar, na vida real, como uma
doença, um divórcio ou uma falência financeira, por
exemplo. Essas e outras situações de perda e fracasso são
maneiras de compensar a exclusão de um familiar (no caso
da representação, aquele que foi separado do grupo).
Este exercício mostra concretamente a importância do
reconhecimento de todas as pessoas que foram
responsáveis para que a vida chegasse até o cliente.
 

E xercício 2 | S olange B ertão


HONRAR OS PAIS E OLHAR PARA A PRÓPRIA VIDA
Fonte: Aprendido com Briggitte Champetier de Ribes.
Objetivo: Assumir o próprio destino.
Número de participantes: De 1 a 3 participantes.
Duração: 15 minutos.
Procedimento: Pedimos para o cliente que, tendo em
mente uma dificuldade específica, posicione um
representante para o seu pai (junto com todo o destino
dele) e um representante para a sua mãe (com todo o
destino dela), em pé, cada um em cima de uma cadeira.
O cliente, então, diz ao progenitor do sexo oposto: “Prometi
ser FIEL a você, agora vejo isso. Por favor, me abençoe
para que eu possa tomar a minha vida”. O cliente agradece
tudo o que recebeu deste progenitor e o reverencia até que
ele - pai ou mãe - desça da cadeira.
Quando esse movimento estiver completo, o cliente olha
para o progenitor do mesmo sexo e diz: “Prometi ser IGUAL
a você. Por favor, me abençoe para que eu possa tomar a
minha vida diferentemente de você, mas com você no meu
coração". O cliente agradece tudo o que recebeu deste
progenitor até que ele - pai ou mãe - desça da cadeira.
Na sequência, vira-se de costas para os pais e para todo o
destino deles e olha para frente, contemplando sua própria
vida.
Este exercício traz para a consciência a identificação e a
fidelidade do cliente em relação a seus pais, tendo por
objetivo liberá-lo para viver a própria vida, com toda a
força de seus ancestrais.
 

E xercício 3 | S olange B ertão


MÃE VERSUS SUCESSO
Fonte: Aprendido com Joel Weser.
Objetivo: Entender a origem do sucesso.
Número de participantes: 3 participantes.
Duração: 30 minutos.
Procedimento: O cliente escolhe um representante para
sua mãe e outro para o seu sucesso, em todas as áreas -
financeira, amorosa, profissional, entre outras. Em seguida,
coloca-se de frente para o representante da mãe e de
costas para o representante do sucesso. Olhando para a
mãe, o cliente diz tudo aquilo que ela não lhe deu. Por
exemplo: “Você não me deu carinho, você não me deu
dinheiro, você me abandonou...". Toda e qualquer crítica
em relação à mãe do cliente é ali colocada, não importando
se ela está viva ou morta. Em seguida, o cliente é instruído
a observar o próprio corpo e a postura da mãe.
Depois desse exercício de percepção, sem falar nada, o
cliente se vira para o sucesso, ficando de costas para a
mãe. Deve agora observar como o seu sucesso se apresenta
depois das críticas feitas à mãe.
Ainda sem dizer nada, o cliente se volta mais uma vez para
a mãe e diz tudo o que ela lhe deu. Por exemplo: “Você me
deu amor, você ficou do meu lado quando eu estava doente,
você brigou por mim quando fui coagido na escola". E
finaliza dizendo: “Mãe, você me deu tudo: a VIDA! Mãe,
você me deu tudo: a VIDA!” O cliente agora observa como
está a postura da mãe e como ele mesmo está, depois de tê-
la agradecido por TUDO.
Na sequência, o cliente se volta novamente para o sucesso,
observando como o sucesso está e como ele mesmo se
sente agora perante o sucesso.
Para finalizar, as três pessoas - o representante do sucesso,
o representante da mãe e o próprio cliente - trocam as
experiências vivenciadas (sensações, pensamentos e
emoções que tiveram durante o exercício).
Importante: os três representantes devem experimentar
os três papéis, de forma alternada.
Esse exercício mostra concretamente como a gratidão à
vida dada pela mãe é importante para obtenção do sucesso.
Segundo Bert Hellinger, o sucesso tem o rosto da mãe.
 

E xercício 4 | S olange B ertão


MEDITAÇÃO - NUTRIR-SE DAS RAÍZES E OBTER
FORÇA DOS ANCESTRAIS
Fonte: Aprendido com Jacob Shnnaider.
Número de Participantes: Individualmente ou em
grupos.
Duração: 10 minutos.
Procedimento: O facilitador da meditação deve orientar
seu cliente ou o grupo, seguindo as instruções que se
seguem:
Sente-se em um lugar confortável e faça toda a
mentalização calmamente.
Feche os olhos, inspire pelo nariz e expire pela boca
algumas vezes até sentir seu corpo mais presente.
Imagine, agora, seu pai e sua mãe entrando pela porta e
ficando à sua frente.
Neste momento, olhe para seu pai e diga mentalmente:
“Você me deu tudo, a vida e muito mais. Obrigado!". Ainda
mentalmente, faça uma leve reverência ao seu pai.
Depois de alguns segundos, olhe para sua mãe e diga a ela:
“Você me deu tudo, a vida e muito mais. Obrigado!”, E,
então, faça uma reverência à sua mãe.
Em seguida, imagine que seus pais se colocam atrás de
você. Sinta a força deles e observe o que muda em seu
corpo.
Imagine, agora, atrás de seu pai, os pais dele. Sinta em seu
corpo a força de seus avós paternos. Posicione, então, seus
avós maternos e perceba também a diferença em seu
corpo.
Atrás de seus avós, visualize agora seus bisavós. E, depois
de alguns segundos, os seus tataravós, atrás de seus
bisavós. Como você sente a força deles chegando até você?
Perceba e se aproprie desta força.
Se um dos dois lados - do pai ou da mãe estiver mais escuro
ou pesado, imagine uma pessoa para representar um
familiar que tenha sido rejeitado, desprezado ou excluído e,
mentalmente, diga a ela: "Você também pertence.
Obrigada".
Sinta a força de todos os seus ancestrais, os responsáveis
pela sua vida, chegando até você.
Mentalmente, volte-se para olhá-los e, de frente para todas
essas pessoas, diga: “Obrigada. Todo o sacrifício que vocês
fizeram valeu a pena. A vida chegou até mim! Eu vou fazer
valer a pena. Vou viver com alegria, plenamente.
Obrigada!”
Ainda mentalmente, faça uma profunda reverência em
agradecimento a todos eles. Calmamente, você os olha.
Aqueles que já morreram também te olham do céu,
abençoando-o para que você faça valer a pena a vida que
chegou até você.
Mentalmente, você se vira. Seus pais estão novamente à
sua frente e te dão um sorriso, te abençoando. Você
agradece com um sorriso.
Aqueles que morreram te olham do céu e aqueles que estão
vivos saem pela porta.
Então, bem lentamente, você abre os olhos e observa ao
seu redor, calmamente, preenchido com toda a vida.
Observação: Para as pessoas que foram adotadas, dê a
seguinte orientação: primeiramente, mentalize seus pais
adotivos e agradeça por terem mantido a sua vida. Peça
que eles te abençoem para que você possa agradecer seus
pais biológicos, aqueles que te deram a vida. Em seguida,
faça toda a meditação, conforme instruído anteriormente.
Esta mentalização pode ser feita individualmente, sempre
que uma pessoa se sentir insegura para enfrentar situações
difíceis.
Pode também ser usada ao término do trabalho de
constelação familiar em grupo, para que cada participante
e constelado saia com toda a força de seus ancestrais e
presente em seu próprio corpo.
SOLANGE BERTÃO
Psicóloga clínica. Atendimento a adultos há mais de 30
anos.
Consultora em Constelações Sistêmicas desde 2004.
Conduz Grupos de Constelação em Grupo e Individual com
sede em São Paulo e Belo Horizonte. Sócia Fundadora e
Membro da ABC-Sistemas (Associação Brasileira de
Constelação Sistêmica). Membro da Hellinger Sciencia
desde 2010. www.solangebertao.com.br
constelacao@solangebertao.com.br
contato@solangebertao.com.br
+55 11 3743-2166 I +55 11 97474-8844
 
GLOSSÁRIO
Âncora de Solo – Conceito que remete à Programação
Neurolinguística (PNL). Objeto material utilizado como
referência para um lugar ocupado por um membro,
representante do sistema familiar/organizacional ou para
demarcar uma posição, situação, sentimento, afeto,
presentes no Campo. Podem ser utilizados como âncoras de
Solo, por exemplo, folhas de papel, bonecos, tecido,
sapatos, etc.
Campo Morfogenético – Conceito desenvolvido pelo
biólogo e bioquímico Ruppert Sheldrake. Ele menciona um
campo de influência que conecta e ressoa entre todos os
seres vivos. Em outra definição: os campos morfogenéticos
são a memória coletiva a qual recorre cada membro da
espécie e para qual cada um deles contribui.
Cliente – Pessoa que busca o processo de Constelação e
exercícios/pensamentos sistêmicos para colocar, visualizar,
elucidar uma questão pessoal no campo.
Constelando – Pessoa que se submete ao processo de
Constelação como cliente levando sua questão pessoal ao
Campo, para ser facilitada e visualizada.
Diferenciar – Fazer uma distinção entre conceitos, afetos,
comportamentos, pensamentos, crenças. Discernir e
singularizar uma coisa de outra.
Emaranhado – Quando os “fios do destino" entre os
membros do sistema se enredam e causam "interferência",
“ruído” um em relação ao outro. Quando as Ordens do
Amor são desrespeitadas, ignoradas, podem trazer
emaranhamentos entre àqueles envolvidos neste sistema.
Como em um novelo de lã, fios por vezes se embaraçam e
fazem nós, dificultando o fluxo e movimento destes fios.
Assim, muitas vezes ao excluirmos ou desrespeitarmos
alguém de nosso sistema, interrompemos ou bloqueamos o
fluxo relacional, vincular e comunicacional dos membros
familiares, interferindo no sistema como um todo.
Facilitador – O terapeuta que facilita/acompanha o
processo de Constelação ou exercício sistêmico com seus
clientes, alunos ou colegas. O ato de facilitar é estar
presente no processo sistêmico e acompanhar até onde
este é possível. A postura do facilitador é neutra, sem
julgamento e sem intenção de interferir no sistema do
cliente, permitindo que apareçam as dinâmicas e lugares
tais como são e/ou forem.
Focalizar – Colocar o foco sobre algo, alguma coisa ou
situação. Geralmente quando colocamos o foco sobre uma
situação e/ou objeto, somos capazes de destacar, realçar ou
evidenciá-los.
Genograma – O desenho ou gráfico descritivo da estrutura
familiar do cliente. É importante ferramenta de
visualização dos lugares ocupados por cada membro do
sistema familiar. Demonstra a Hierarquia, Ordem no
Sistema. Pode ser utilizado também como forma de
visualização de um tema, característica repetitiva na cadeia
ancestral, como, por exemplo, uma doença, vício, evento
trágico e/ou acontecimento, etc.
Gesto de resolução – Refere-se aos movimentos
realizados durante o processo final de conclusão, tanto seja
numa constelação grupal com representantes ou num
exercício de movimento sistêmico. Esses gestos surgem na
finalização do processo. Geralmente todos os participantes
sentem-se aliviados, liberados e mais integrados.
Grounding – Também "Aterramento”, levar o cliente às
sensações corporais no presente, no aqui-agora, para
retornar da experiência ocorrida durante o processo e
seguir para outro momento mais consciente, presente.
Identificação – Ato de reconhecimento de uma
característica comum ou próxima que atua no sentido de
pertencimento e inclusão. Processo psíquico fundamental
na socialização primária, no qual a criança buscará
identificar-se em comportamentos, gestos e crenças com
suas figuras familiares. Posteriormente à criança, jovem e
adulto continuarão identificando-se com outras figuras de
importância simbólica no meio profissional e social.
Intervenção – Quando o facilitador faz movimentações no
campo, no sentido de alterar a distância entre
representantes, posições, foco ou postura do(a)
representante. Exercer influência em determinada situação
na tentativa de acrescentar, aprofundar ou testar certa
situação, relação e comunicação.
Intrincado – Que se apresenta misturado; embaraçado;
emaranhado; difícil de se compreender; confuso.
Lealdade Sistêmica – Conceito desenvolvido pelo
psiquiatra Ivan Boszormenyi-Nagy que aponta para o
código de lealdade que liga e mantém os membros de um
mesmo sistema familiar. O conceito de lealdade é
fundamental para compreender a estruturação relacional
das famílias. A lealdade invisível manifesta-se nos membros
de uma família que ficam ligados às demandas
inconscientes de seus ancestrais, levando-os a uma
fidelidade que vai até mesmo contra seus próprios desejos.
Esse tipo de lealdade se organiza com base na formação de
mitos, fantasias e segredos, e pode percorrer várias
gerações. Pode ser compreendida como uma tentativa
mascarada de equilibrar as relações familiares. As
Lealdades invisíveis estão presentes em todos os sistemas
familiares e muitas vezes atuam de forma inconsciente.
O conceito de Lealdade Sistêmica é fundamental para
compreender o conceito do Pertencimento, uma das três
Ordens do Amor expostas por Bert Hellinger em sua
terapêutica e filosofia.
Local de origem – Assim como a Origem ou Origem
Ancestral, este termo remete à origem do cliente no
espaço. Onde nasceu, em qual país, qual cultura, qual
idioma? Tanto de nosso cliente como dos membros de seu
sistema familiar como avós, bisavós, tataravós entre outros.
Metaposição – Um lugar destituído de sentimentos e
julgamentos, um lugar externo da situação que permite que
você a veja de uma outra perspectiva.
Origem – Procedência, no sentido de onde provêm nosso
cliente. De qual contexto cultural, familiar, o cliente
provêm e o que traz deste sistema. Qual é o seu sistema de
origem? Como é o seu núcleo familiar? Quem faz parte de
seu sistema familiar? Quem está presente, quem já não é
mais presente e quem foi retirado, excluído do sistema? É a
partir da Origem que se trabalha a singularidade e as
lealdades sistêmicas de nosso cliente.
Origem ancestral – Procedência mais antiga do cliente. As
gerações anteriores ao núcleo familiar e suas origens no
sentido de pátria e cultura. De que país vieram os seus
ancestrais? Qual história vem junto com a origem de seus
familiares e ancestrais? Novamente é um olhar para as
lealdades sistêmicas mais antigas do sistema familiar de
nosso cliente.
Percepção – As impressões corporais que se obtém a
partir de um determinado lugar como representando ou
constelando. A consciência, sentido, discernimento
alcançado a partir de um lugar ou um estado.
Pertencimento – Todo membro de uma família tem o
mesmo direito de pertencer. O sistema preocupa-se em
proteger e incluir todos da mesma forma. Se por acaso esse
lugar é negado a algum membro, o sistema o reconduz ao
grupo através da sua representação por outro familiar,
geralmente uma criança da geração seguinte ou próxima. O
pertencimento permeia a todos em um grupo familiar e
esta sensação nos acompanha nos grupos posteriores,
sociais, profissionais, relacionais. Cada pessoa que nasce
ou é vinculada a um sistema, necessita ser reconhecida
como membro integrante e respeitada no seu lugar e papel
dentro desse mesmo sistema. Quando ocorre a exclusão ou
desrespeito deste lugar, há tensão e desequilíbrio no
sistema.
Presentificar – Trazer uma lembrança, sensação,
percepção ao momento presente e levar a consciência a
este momento. A presentificação auxilia no discernimento e
consciência de substratos mais regredidos de nossa psique.
Esta regressão, negação ou resistência podem provir de
processos sintomáticos e/ou traumas de determinada
situação, evento e acontecimento.
Recursos – É uma força que muda a condição do cliente.
Essa força pode vir de dentro do sistema familiar ou não.
Quando vem de dentro do sistema familiar, muitas vezes os
recursos aparecem representados por parentes, ancestrais
ou alguém do sistema familiar do cliente que atua como
respaldo, proteção, força, para que o mesmo siga adiante.
Se coloca ao Cliente o que ele necessita ou precisaria em
determinada situação de crise ou angústia, e muitas vezes
surge a imagem de um membro familiar ou um
sentimento/afeto, que possa auxiliar, dar contorno à tal
situação.
Representante – Uma pessoa do grupo que é escolhida
para um lugar e papel no sistema ou tema do constelando.
Como representante vivencia situações, sensações e
percepções que causam diversas associações de
similaridade com o sistema do cliente que traz o tema. Por
vezes, esta disponibilidade para representar um lugar para
outra pessoa ou situação causa um processo terapêutico,
de associações, insights para o representante. Assim há
também benefícios para aqueles que se disponibilizam para
representar.
Ressonância – Quando um afeto, situação, sentido,
começa a vibrar, ressoar, e desta forma a atingir e
movimentar o sistema como um todo. Na física, temos a
definição: estado de um sistema que vibra em frequência
própria, com amplitude acentuadamente maior, como
resultado de estímulos externos que possuem a mesma
frequência de vibração.
 
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YALOM, Irwin. Os desafios da terapia - reflexões para
pacientes e terapeutas. Ediouro, Rio de Janeiro, 2006
 
ESPAÇO EDITORA CONEXÃO SISTÊMICA O Espaço
Editora Conexão Sistêmica, dirigido por Glaucia Paiva
e Oswaldo Santucci, tem como objetivo o estudo, o
treinamento e a divulgação dos temas do pensamento
sistêmico e das perspectivas das constelações
familiares, organizacionais, pedagógicas e
educacionais. Desta forma, promove Treinamentos
internacionais e nacionais, edita livros, DVDs e
publica a Revista Brasileira de Filosofia, Pensamento
e Prática das Constelações Sistêmicas, possibilitando
que as pessoas transmitam suas ideias e conheçam
mais sobre o tema. O compartilhamento e a conexão
das várias tendências da abordagem do pensamento
sistêmico possibilitam o desenvolvimento das pessoas
do ponto de vista social, afetivo e profissional.
Acreditamos e observamos que o conhecimento e a
prática destes temas trazem melhor qualidade de
vida.
Glaucia Paiva atende em consultório com terapia e
counseling sistêmico para mudança de comportamento e
orientação. Apresentou a Estrutura Sistêmica do recurso
Justa Razão no congresso em Copenhague - Dinamarca em
2013.
Oswaldo Santucci, com a abordagem sistêmica, é
consultor organizacional e desenvolveu um modelo para
atendimentos com o coaching e counseling sistêmico.
Ambos facilitam oficinas e cursos em várias regiões do
Brasil.

www.conexaosistemica.com.br

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