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Docente: xxxxxscshshhgghsahhfh
Discente: Dinis Quiassona Freitas
LUANDA 2020
RESUMO
SN - Sistema Nervoso
TDAH - Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
IPM - Intervenção Psicomotora
NEE - Necessidades educativas especiais
EE - Educação Especial
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO. ....................................................................................................... 5
2. Neurociências e Psicologia do desenvolvimento ...................................................... 7
2.1. Neurociências e Aprendizagem ....................................................................... 10
2.2. Neurociências e Plasticidade Neural ................................................................ 12
2.3. Funções executivas e mecanismos de aprendizagem ...................................... 12
3. Desenvolvimento Psicomotor ................................................................................. 16
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 23
5. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 24
1. INTRODUÇÃO.
O SN, por meio de seu integrante mais complexo, o cérebro, recebe e processa os
estímulos ambientais e elabora respostas adaptativas que garantem a sobrevivência do
indivíduo e a preservação da espécie (Halpern; O'Connell, 2000; Ferrari et al., 2001). A
evolução nos garantiu um cérebro capaz de aprender, para garantir nosso bem-estar e
sobrevivência e não para ter sucesso na escola. A menos que o bom desempenho escolar
signifique esse bem-estar e sobrevivência do indivíduo. Na escola o aluno aprende o que
é significativo e relevante para o contexto atual de sua vida. Se a “sobrevivência” é a nota,
o cérebro do aprendiz selecionará estratégias que levem à obtenção da nota e não,
necessariamente, à aquisição das novas competências, as estratégias pedagógicas
utilizadas por educadores durante o processo ensino-aprendizagem são estímulos que
produzem a reorganização do SN em desenvolvimento, resultando em mudanças
comportamentais
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2. Neurociências e Psicologia do desenvolvimento
Essa visão tem sido amplamente aceita pelas teorias do desenvolvimento com base
em evidências tanto neurais quanto psicológicas. Uma teoria clássica de que recém-
nascidos diferem significativamente dos adultos vem do cientista suíço Jean Piaget.
Piaget considerava que a aquisição do conhecimento é um processo e como tal deveria
ser estudado de maneira histórica, abarcando o modo como o conhecimento muda e
evolui. Desse modo, define sua epistemologia genética como a disciplina que estuda os
mecanismos e processos mediante os quais se passa de “[...] estados de menor
conhecimento aos estados de conhecimento avançado.” (PIAGET, 1971,p.8).
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pequenas que precisam manipular a realidade que as envolve, para entendê-la. Na maioria
dos casos, essa atividade é interna, mental, ainda que possa se basear em objetos físicos.
Ao contar, comparar, classificar, embora haja imobilidade do sujeito, ele está ativo
mentalmente.
De acordo com Piaget, todas as crianças passam por quatro estágios cognitivos
mais ou menos na mesma idade, independentemente da cultura em que vivem. Nenhum
estágio pode ser omitido, uma vez que as habilidades adquiridas em estágios anteriores
são essenciais para os estágios seguintes. No estágio sensório-motor a criança explora o
mundo e desenvolve seus esquemas principalmente por meio de seus sentidos e
actividades motoras. Vai do nascimento até o período de “linguagem significativa” (por
volta de 2 anos). Durante esse estágio, as crianças têm conceitos rudimentares dos objetos
do seu mundo.
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✓ Estágio pré-operacional (dos 2 aos 7 anos), a linguagem progride
substancialmente e a criança começa a pensar simbolicamente, usando
símbolos, tais como palavras, para representar conceitos. No entanto, a
criança ainda não consegue fazer operações ou processos mentais
reversíveis. Neste estágio, a criança também é egocêntrica, isto é, não
consegue distinguir suas próprias perspectivas das de outras pessoas, nem
consegue entender que há pontos de vista diferentes dos seus. (PIAGET,
1971).
✓ Estágio de operações concretas (dos 7 aos 11 anos), nesse período, há a
emergência de muitas habilidades importantes de raciocínio. O
pensamento da criança, agora mais organizado, possui características de
uma lógica de operações reversíveis. Entretanto, durante esse estágio, elas
inicialmente podem realizar operações quantitativas somente com eventos
concretos. Não é capaz de operar com hipóteses. (PIAGET, 1971).
✓ Estágio operações formais (dos 11 anos em diante), durante o estágio o
estágio de operações formais, as crianças aprendem a fazer representações
abstratas de relações, de acordo com Piaget. Crianças nessa idade podem
generalizar relações matemáticas e manifestar pensamento hipotético-
dedutivo, a habilidade de gerar e testar hipóteses sobre o mundo.
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2.1. Neurociências e Aprendizagem
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comportamentos com os quais nascemos, e para a formação de novas sinapses, resultando
em novos comportamentos.
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2.2. Neurociências e Plasticidade Neural
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frequente dos neurônios relacionados a elas, resultará em neuroplasticidade e produzirá
sinapses mais consolidadas. Esse conjunto de neurônios associados numa rede é o
substrato biológico da memória.
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Problemas respiratórios que perturbam o sono, anemia que reduz a oxigenação
dos neurônios, dificuldades auditivas e visuais não facilmente detectadas, entre outros
fatores, podem dificultar a aprendizagem. É importante o aprendiz estar em boas
condições de saúde para aprender bem. Aprendizes são indivíduos em transformação.
Seus cérebros, portanto, estão sempre mudando um pouco. O cérebro do adolescente
ainda está em desenvolvimento, principalmente na chamada área pré-frontal, parte mais
anterior do lobo frontal, envolvida com as funções executivas, ou seja, com a elaboração
das estratégias de comportamento para solução de problemas e auto-regulação do
comportamento (Herculano-Houzel, 2005). Cérebros adolescentes testam novos
comportamentos com o objetivo de selecionar habilidades, atitudes e conhecimentos de
fato proveitosos para a sobrevivência na vida adulta. Eles aprendem o que os motivam, o
que os emocionam, o que desejam, aquilo que tem significado para seu cotidiano.
Transformar o conteúdo programático de uma disciplina em algo relevante para o
aprendiz é um grande desafio para o professor.
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3. Desenvolvimento Psicomotor
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Um esquema corporal bem estabelecido pressupõe conhecer a imagem do nosso
próprio corpo, saber que ele faz parte da nossa identidade. Perceber cada parte, mas sem
perder a noção de unidade. A percepção da globalidade corporal é posterior à percepção
dos elementos separados, porque obriga a um nível mais alto de simbolização e
organização (MATTOS e NEIRA, 2007).
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(Dominguez & Rosales, 2007). O seu trabalho não pode, por isso, apenas focar-se no
desenvolvimento de uma ou outra competência (e.g.: linguagem, motricidade, perceção
visual), ou num ou outro fator psicomotor, até porque essa atuação iria contra a perspetiva
holística na qual se fundamenta (Fonseca, 2011).
Apesar da lateralidade não se referir apenas à questão de qual mão é usada, mas
também na lateralidade ocular, auditiva e pedal, o foco estará, predominantemente, na
manual, pois se acredita que ela seja de fundamental relevância no processo de
alfabetização, principalmente no que se trata da escrita.
Segundo Holle (1979), a lateralidade é uma sensação interna de que o corpo possui
dois lados, que existem duas metades do corpo e que estas não são exatamente iguais. Ser
capaz de perceber a lateralidade revela a sensação de que os dois lados do corpo não são
exatamente os mesmos, que uma das mãos é usada mais facilmente que a outra,
discriminando entre direita e esquerda. O conhecimento estável da esquerda e da direita
só é possível entre 6 e 7 anos de idade e a reversibilidade (possibilidade de reconhecer a
mão direita ou a mão esquerda de uma pessoa à sua frente) não é possível antes dos 6
anos de idade.
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Segundo Gobbi e Patla (1997), para que a criança consiga perceber e agir com
sucesso no ambiente é necessário extrair e integrar os sistemas exteroceptivos,
exproprioceptivos e cinestésicos. Os sinais exteroceptivos estão relacionados à
identificação da localização e forma dos objetos e da superfície do ambiente, os
exproprioceptivos referem-se à identificação das partes do corpo relativas umas as outras,
aos objetos e ao ambiente, e os sinestésicos são a posição a velocidade e a orientação do
corpo, sendo estes provenientes dos receptores musculares e articulares do corpo.
4. As Unidades Funcionais
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A divisão dentro desta hierarquia foi em três grandes unidades funcionais. A
primeira unidade funcional foi descrita como a responsável pela vigília e pelo tônus
cortical. A segunda unidade funcional era a encarregada de receber, processar e
armazenar as informações que chegavam do mundo externo e interno. E a terceira unidade
funcional regularia e verificaria as estratégias comportamentais e a própria atividade
mental.
Fonte:
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A compreensão disto é importante para que entendamos as funções do tronco
cerebral. A primeira delas é a regulação do ciclo sono-vigília. É esta área cerebral que
determina o quanto estamos lúcidos ou o quanto estamos a cair no sono. E todos os
estados atencionais entre o sono e a vigília. É por isso que não conseguimos acordar ou
dormir de uma vez só. A condução a estes estágios é gradual, tal qual a transmissão
nervosa do sistema reticular. Apenas conseguimos nos despertar e adormecer lentamente,
tentar apressar o processo pode trazer consequências indesejáveis. Pois não se trata de
nada mais do que a estimulação e a desestimulação que o tronco cerebral (em especial a
formação reticular) realiza sobre o córtex cerebral1.
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É possível acordar ou adormecer de uma vez só, instantaneamente? Não, justamente pelo sistema reticular não
trabalhar com a lei do tudo-ou-nada. É por isso que conseguimos adormecer lentamente e acordar lentamente, nunca
de supetão. Se os neurônios desta região fossem diferentes, quem sabe se o nosso comportamento de sono e vigília não
seria muito diferente?
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sua parte anterior e posterior. A segunda unidade funcional, esta portanto na parte
posterior, abarca os lobos occipital, temporal e parietal.
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5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Correia, L. (2010). Educação Especial e Inclusão: Quem Disser Que Uma Sobrevive
Sem a Outra Não Está no Seu Perfeito Juízo. 2ª edição. Porto: Porto Editora.7
Costa, A. (2006). A Educação Inclusiva dez anos após Salamanca: reflexões sobre o
caminho percorrido. In Rodrigues, D. (ed). Educação Inclusiva. Estamos a fazer
progressos? Cruz Quebrada: Faculdade de Motricidade Humana. pp. 13-30.
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ANSARI D.; COCH, D. Bridges over troubled waters: education and cognitive
neuroscience. Trends in Cognitive Sciences, v. 10, n. 4, p. 146-151, 2006.
ANSARI, D. Paving the way towards meaningful interactions between neuroscience and
education. Developmental Science, v. 8, n. 6, p. 467-467, 2005.
BLAKE, P.R.; GARDNER, H. A first course in mind, brain, and education. Mind, Brain,
and Education, v.1, p. 61–65, 2007.
BLAKEMORE, S-J., FRITH, U. The learning brain: lessons for education. Oxford:
Blackwell Publishing, 2005.
Bizzo, N. (1998). Ciências: fácil ou difícil. São Paulo, SP: Editora Ática.
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