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Sumário
As emoções e a neurociência................................................................... 6
Consciência ............................................................................................ 14
Memória.................................................................................................. 15
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NOSSA HISTÓRIA
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Introdução a Neuropsicopedagogia: Conceitos
Básicos e Atuação Profissional
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A Neuropsicopedagogia apresenta -se como um novo campo de
conhecimento que através dos conhecimentos
neurocientíficos, agregados aos conhecimentos
da pedagogia e psicologia vem contribuir para
os processos de ensino -aprendizagem de
indivíduos que apresentem dificuldades de
aprendizagem e que estão inseridos no processo
de inclusão. Neuropsicopedagogia traz
importantes contribuições à educação, pois
existe a possibilidade de se perceber o
indivíduo em sua totalidade.
Neurociência do comportamento
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controlam todos os nossos comportamentos, sejam voluntários ou não.
Compreendendo como os processos mentais influenciam em nossas ações,
emoções, sentimentos etc. Dotado de terminações nervosas, nosso cérebro controla
todo o nosso corpo, e a neurociência vem explicar, através dos processos mentais o
porquê isso ocorre.
Neurociência Cognitiva
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governam as funções como a memória, o pensamento, as emoções, a consciência e
a personalidade são muito mais difíceis de localizar.
Cérebro e emoções
As emoções e a neurociência
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Atribuir a expressão emocional a estruturas cerebrais confere sua natureza
inata. As emoções são uma ferramenta adaptativa que informa às outras pessoas
sobre o nosso estado emocional. Foi demonstrada a homogeneidade na expressão
de alegria, tristeza, ira… em diferentes culturas. É uma das maneiras que temos de
nos comunicar e criar empatia com as pessoas.
Linguagem e fala
A linguagem é uma das habilidades que nos diferencia do resto dos animais.
A capacidade de nos comunicar com tanta precisão e a grande quantidade de
nuances para expressar pensamentos e sentimentos faz da linguagem nossa
ferramenta de comunicação mais rica e útil. Essa característica de exclusividade da
nossa espécie estimulou muitas pesquisas a se concentrarem no seu estudo.
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O hemisfério direito é responsável pelo conteúdo emocional da linguagem. O
dano específico de regiões encefálicas pode comprometer funções essenciais da
linguagem, podendo causar afasias. As afasias podem apresentar muitas
características diferentes, como, por exemplo, dificuldades na articulação, na
produção ou na compreensão da linguagem.
Tanto a linguagem quanto o pensamento não são sustentados por uma única
área concreta, mas sim pela associação de diferentes estruturas. Nosso cérebro
trabalha de uma forma tão organizada e complexa que quando pensamos ou falamos,
ele realiza múltiplas associações entre áreas. Nossos conhecimentos prévios vão
influenciar os novos, em um sistema de retroalimentação.
Desenvolvimento cognitivo
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Uma teoria clássica de que recém-nascidos diferem significativamente dos
adultos vem do cientista suíço Jean Piaget. Piaget considerava que a aquisição do
conhecimento é um processo e como tal deveria ser estudado de maneira histórica,
abarcando o modo como o conhecimento muda e
evolui. Desse modo, define sua epistemologia
genética como a disciplina que estuda os
mecanismos e processos mediante os quais se
passa de “[...] estados de menor conhecimento aos
estados de conhecimento avançado.” (PIAGET,
1971, p.8).
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“Ele tem a consciência de que o objeto continua existindo, mesmo quando não está
visível.” (PIAGET; INHELDER, 2003, p.20).
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era derrubado e batia no objeto colocado atrás dele, como seria esperado. Na
segunda, o painel era derrubado, mas o objeto havia sido removido secretamente,
fazendo com que o painel caísse direto na superfície da mesa. Nestas tarefas, as
crianças mostravam mais surpresa na segunda condição que na primeira.
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desenvolvimento cognitivo e tentando mostrar quando as crianças são capazes de
realizar tarefas perceptivos, motoras e cognitivas complexas.
O fato de que a idade exata para um processo particular possa ocorrer ser
antes do que Piaget propôs, ou de que os estágios descritos por Piaget possam ser
mais graduais do que os mencionados, não diminui significativamente o valor de seu
conceito de desenvolvimento cognitivo. Além disso, descrever uma linha do tempo de
maturação cognitiva é, com modificações adequadas, útil, porque um objetivo da
neurociência cognitiva é relacionar a linha do tempo de desenvolvimento cognitivo
com o desenvolvimento neural para esclarecer as bases biológicas da cognição.
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO
Atenção
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por exemplo, a um aluno que preste atenção às matérias lecionadas pelo professor,
ignorando estímulos visuais, sonoros ou outros, como o que se está a passar fora da
sala de aula (estando, neste caso, relacionado também com o problema da disciplina).
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o grau de concentração da atenção sobre determinado objeto não depende apenas
do interesse, mas do estado de ânimo e das condições gerais do psiquismo.
Consciência
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Tomada de decisões
Memória
O motivo pelo qual a memória configura um tema tão importante é que nela
reside boa parte da nossa identidade. Por outro lado, apesar do esquecimento no
sentido patológico nos preocupar, a verdade é que nosso cérebro precisa descartar
informações inúteis para dar lugar a novos aprendizados e acontecimentos
significativos. Neste sentido, o cérebro é um especialista em reciclar seus recursos.
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As conexões neuronais mudam com o
uso ou o desuso destas. Quando retemos
informações que não são utilizadas, as
conexões neuronais vão se enfraquecendo até
desaparecer. Da mesma forma, quando
aprendemos algo novo criamos novas
conexões. Todos aqueles aprendizados que
podemos associar a outros conhecimentos ou
acontecimentos vitais serão mais facilmente
lembrados.
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consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo
temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).
Hoje é possível afirmar que a memória não possui um único locus. Diferentes
estruturas cerebrais estão envolvidas na aquisição, armazenamento e evocação das
diversas informações adquiridas por aprendizagem.
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amígdala), e a segunda via projeta-se de áreas corticais de associação, por meio do
giro do cíngulo e do córtex entorrinal, para o hipocampo que, por sua vez, projeta-se
através do núcleo septal e do núcleo talâmico medial para o córtex pré-frontal,
havendo então o armazenamento de informações que reverberam no circuito ainda
por algum tempo.
Memória de trabalho
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Memória implícita: A aprendizagem de habilidades motoras depende de
aferências corticais de áreas sensoriais de associação para o corpo estriado ou para
os núcleos da base. Os núcleos caudado e putâmen recebem projeções corticais e
enviam-nas para o globo pálido e outras estruturas do sistema extrapiramidal,
constituindo uma conexão entre estímulo e resposta. O condicionamento das
respostas da musculatura esquelética depende do cerebelo, enquanto o
condicionamento das respostas emocionais depende da amígdala. Já foram descritas
alterações no fluxo sanguíneo, aumentando o do cerebelo e reduzindo o do estriado
no início do processo de aquisição de uma habilidade. Já ao longo desse processo,
o fluxo do estriado é que foi aumentado. O neo-estriado e o cerebelo estão envolvidos
na aquisição e no planeamento das ações, constituindo, então, através de conexões
entre o cerebelo e o tálamo e entre o cerebelo e os lobos frontais, elos entre o sistema
implícito e o explícito.
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alguns pesquisadores acerca da análise da função cerebral que a neurociências se
ocupa, isto, questiona-se se estas são suficientemente refinadas para
verdadeiramente esclarecer sobre a relação entre comportamento humano e função
cerebral. (BARROS, et al., 2004).
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por exemplo, a alfabetização, influencia a organização cerebral. (MENDONÇA;
AZAMBUJA; SCHLECHT, 2008).
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A sociedade criou expectativas em relação ao que as neurociências podem
trazer à educação, sendo algumas dessas crenças falsas. A procura de respostas
não deve incidir na questão de como a ciência do
cérebro é aplicada à prática educativa, mas sim
naquilo que os educadores precisam saber e
como podem ser informados pela investigação
neurocientífica. O ponto de partida para o
entendimento mútuo passa pela utilização de um
vocabulário que seja igualmente entendido por
neurocientistas e educadores. Os próprios
problemas de investigação devem responder a
questões elaboradas pelo trabalho conjunto de
modo a ir de encontro aos reais problemas que ocorrem nos contextos educativos.
Quanto maior for o diálogo, menos espaço haverá para interpretações erradas, sendo
mais esclarecedor por todas as partes.
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Relação entre neurociência e educação
O Sistema Nervoso (SN), por meio de seu integrante mais complexo, o cérebro,
recebe e processa os estímulos ambientais e elabora respostas adaptativas que
garantem a sobrevivência do indivíduo e a preservação da espécie. A evolução nos
garantiu um cérebro capaz de aprender, para garantir nosso bem-estar e
sobrevivência e não para ter sucesso na escola. A menos que o bom desempenho
escolar signifique esse bem-estar e sobrevivência do indivíduo. Na escola o aluno
aprende o que é significativo e relevante para o contexto atual de sua vida. Se a
“sobrevivência” é a nota, o cérebro do aprendiz selecionará estratégias que levem à
obtenção da nota e não, necessariamente, à aquisição das novas competências.
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Tabela - Princípios da neurociência com potencial aplicação no ambiente de sala de aula.
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As neurociências são ciências naturais, que descobrem os princípios da
estrutura e do funcionamento neurais, proporcionando compreensão dos fenômenos
observados. A. Educação tem outra natureza e sua finalidade é criar condições
(estratégias pedagógicas, ambiente favorável, infraestrutura material e recursos
humanos) que atendam a um objetivo específico, por exemplo, o desenvolvimento de
competências pelo aprendiz, num contexto particular. A educação não é investigada
e explicada da mesma forma que a neurotransmissão. Ela não é regulada apenas por
leis físicas, mas também por aspectos humanos que incluem sala de aula, dinâmica
do processo ensino aprendizagem, escola, família, comunidade, políticas públicas.
Descobertas em neurociências não se aplicam direta e imediatamente na escola. O
trabalho do educador pode ser mais
significativo e eficiente se ele conhece o
funcionamento cerebral, o que lhe
possibilita desenvolvimento de estratégias
pedagógicas mais adequadas.
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A inclusão dos fundamentos neurobiológicos do processo ensino-
aprendizagem na formação inicial do educador proporcionará nova e diferente
perspectiva da educação e de suas estratégias pedagógicas, influenciando também
a compreensão dos aspectos sociais, psicológicos, culturais e antropológicos
tradicionalmente estudados pelos pedagogos.
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REFERÊNCIAS
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______. Princípios da neurociência. 4. ed. São Paulo: Manole, 2003
28
TABACOW, L. S. Contribuições da neurociência cognitiva para a formação
de professores e pedagogos. Campinas: PUCCampinas, 2006.
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