Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Dependência Química
Da Evidência Científica à Prática Clínica
ALESSANDRA DIEHL
DANIEL CRUZ CORDEIRO
RONALDO LARANJEIRA
e colaboradores
T776 Tratamentos farmacológicos para dependência química [recurso
eletrônico] : da evidência científica à prática clínica /
Alessandra Diehl ... [et al.] . – Dados eletrônicos. – Porto
Alegre : Artmed, 2010.
CDU 616.89
ALESSANDRA DIEHL
DANIEL CRUZ CORDEIRO
RONALDO LARANJEIRA
e colaboradores
Versão impressa
desta obra: 2010
2010
© Artmed Editora S.A., 2010
Capa
Clayton Adjair
Ilustrações
Carlos Soares
Preparação do original
Aline Candiota
Leitura final
Juçá Neves da Silva
Editora Sênior - Biociências
Cláudia Bittencourt
Projeto e editoração
Armazém Digital® Editoração Eletrônica – Roberto Carlos Moreira Vieira
SÃO PAULO
Av. Angélica, 1091 - Higienópolis
01227-100 São Paulo SP
Fone (11) 3665-1100 Fax (11) 3667-1333
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Alessandra diehl
Graduação em Medicina e Residência Médica em Psiquiatria pela Universida-
de Federal de Pelotas (UFPEL). Formação em Pesquisa Clínica pela Invitare
Pesquisa Clínica Auditoria e Consultoria/Sociedade Brasileira de Profissionais
em Pesquisa Clínica. Especialista em Dependência Química pela Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP)/Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
(UNIAD). Mestre em Ciências pelo Departamento de Psiquiatria da UNIFESP.
Doutoranda do Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Especializanda em
Sexualidade Humana do Programa de Sexualidade (PROSEX) da Universi-
dade de São Paulo (USP). Secretária Regional de São Paulo da Associação
Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas (ABEAD) – gestão 2008-2009.
Diretora-clínica da Enfermaria de Dependência Química da UNIAD São Ber-
nardo do Campo. Professora do Curso de Extensão Dependência Química e
Diversidade Sexual da UNIAD. Pesquisadora e membro do corpo clínico do
Ambulatório de Adultos da UNIAD Clínica.
daniel Cruz Cordeiro
Graduação em Medicina pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Resi-
dência Médica em Psiquiatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo. Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP). Especialista em Dependência Química pela Universidade
Federal de São Paulo (UNIFESP)/Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
(UNIAD). Mestre pela Universidade de Londres. Doutorando do Departamen-
to de Psiquiatria da UNIFESP. Vice-diretor clínico da Enfermaria de Depen-
dência Química da UNIAD São Bernardo do Campo. Pesquisador e colabora-
dor da UNIAD/UNIFESP. Professor do Curso de Extensão Aconselhamento em
Dependência Química da UNIAD.
Ronaldo Laranjeira
Graduação em Medicina e Residência Médica em Psiquiatria pela Universida-
de Federal de São Paulo (UNIFESP). Ph.D. em Psiquiatria pela Universidade
de Londres. Livre-docente e Professor Titular do Departamento de Psiquia-
tria da UNIFESP. Atual Vice-coordenador do Departamento de Dependência
Química da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Coordenador do Blog
da Dependência Química (www.uniad.org.br/bloguniad). Coordenador Geral
do Instituto Nacional de Políticas Públicas em Álcool e Drogas/Unidade de
Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) da UNIFESP. Coordena vários cursos
de pós-graduação Lato senso em dependência química (virtual e presencial).
Professor Orientador do Programa de Pós-graduação do Departamento de
Psiquiatria da UNIFESP. Coordenador-geral da UNIAD/UNIFESP.
Gustavo Fadel
Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de São Paulo
(UNESP) – Botucatu. Mestre em Ciências pelo Departamento de Psiquiatria
da UNIFESP. Membro do Laboratório Interdisciplinar de Neurociências Clíni-
cas (LiNC) da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).
Neide Zanelatto
Psicóloga. Especialista em Dependência Química pelo Departamento de Psi-
quiatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Psicolo-
gia da Saúde pela Universidade Metodista de São Paulo. Coordenadora-clínica
do Ambulatório de Adultos da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas
(UNIAD) Clínica. Professora de Curso de Extensão de Terapia Cognitiva na
Dependência Química na UNIAD/UNIFESP.
exercer uma boa prática clínica baseada na melhor evidência científica dispo-
nível e na experiência dos especialistas da área.
O livro traz, também, cinco seções correlatas que abordam a farmacolo-
gia das principais substâncias psicoativas, a neurociência das adições, o papel
das intervenções psicossociais no tratamento farmacológico das dependên-
cias químicas, os testes de screening para álcool e outras drogas e a pesquisa
clínica com dependentes químicos.
Preparamos este livro com muito carinho, dinamismo e entusiasmo, es-
perando que você, caro leitor, possa, além de apreciar a leitura, enriquecer-se
com esses conhecimentos.
Alessandra Diehl
PARte 1
Farmacologia
PARte 2
Neurociência
PARte 3
Intervenções psicossociais
PARte 4
Álcool
Parte 5
Nicotina (tabaco)
8
Tratamento farmacológico da
síndrome de dependência de nicotina . .....................................................139
Alessandra Diehl
Parte 6
Maconha (cannabis)
10
Tratamento farmacológico da intoxicação aguda, síndrome
de abstinência e dependência de maconha ...............................................167
Alessandra Diehl e Ronaldo Laranjeira
Parte 7
Cocaína/crack
11
Tratamento farmacológico de intoxicações agudas
e síndrome de abstinência de cocaína .......................................................185
Alessandra Diehl
12
Tratamento farmacológico da síndrome
de dependência de cocaína/crack ..............................................................188
Alessandra Diehl e Ronaldo Laranjeira
13
Tratamento farmacológico da intoxicação aguda por opioides .................215
Daniel Cruz Cordeiro
14
Tratamento farmacológico da síndrome de abstinência e
dependência de opioides . .........................................................................223
Daniel Cruz Cordeiro
Parte 9
Sedativos e hipnóticos
15
Tratamento farmacológico da intoxicação aguda por
benzodiazepínicos .....................................................................................229
Daniel Cruz Cordeiro
16
Tratamento farmacológico da síndrome de abstinência e
dependência de benzodiazepínicos ...........................................................238
Daniel Cruz Cordeiro
17
Hipnóticos e barbitúricos ..........................................................................247
Daniel Cruz Cordeiro
Parte 10
Psicoestimulantes
18
Anfetaminas e metanfetaminas .................................................................253
Daniel Cruz Cordeiro e Alessandra Diehl
19
Tratamento farmacológico da intoxicação por anfetaminas e
metanfetaminas .........................................................................................259
Daniel Cruz Cordeiro
20
Tratamento farmacológico da síndrome de abstinência de
anfetaminas e metanfetaminas ..................................................................265
Daniel Cruz Cordeiro e Alessandra Diehl
21
Tratamento farmacológico da dependência de anfetaminas e
metanfetaminas .........................................................................................269
Daniel Cruz Cordeiro e Alessandra Diehl
Parte 11
Inalantes
22
Farmacoterapia dos inalantes ....................................................................277
Alessandra Diehl
Parte 12
Alucinógenos
23
Farmacoterapia dos alucinógenos .............................................................283
Alessandra Diehl
Parte 13
Outras drogas
24
Tratamento farmacológico do abuso e da dependência de
esteroides anabolizantes ...........................................................................291
Alessandra Diehl
25
Abuso e dependência de drogas anestésicas . ...........................................297
Alessandra Diehl
26
Farmacoterapia dos anticolinérgicos .........................................................305
Alessandra Diehl
27
Miscelânia de compostos ..........................................................................308
Alessandra Diehl e Daniel Cruz Cordeiro
Parte 14
Múltiplas substâncias psicoativas
28
Dependência de múltiplas substâncias em poliusuários de drogas . ..........317
Alessandra Diehl
29
Tratamentos farmacológico e psicossocial da comorbidade
entre transtornos mentais e dependência química ...................................327
Alessandra Diehl e Hamer Nastasy Palhares Alves
Parte 16
Pesquisa clínica
30
A pesquisa clínica com dependentes químicos . ........................................347
Alessandra Diehl e Luís André Piancó de Góes e Castro
Parte 17
Testes
31
Screenings para álcool e drogas .................................................................375
Alessandra Diehl
Índice ...................................................................................................................390
ÁLCOOL
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Por muito tempo imaginou-se que o álcool provocasse seus efeitos cau-
sando uma depressão geral em funções do cérebro, o que levaria a uma de-
sestabilização das membranas de células nervosas e consequentemente a uma
alteração inespecífica na transmissão de impulsos elétricos e na liberação de
neurotransmissores na fenda sináptica. No entanto, como o mecanismo de
ação do álcool envolve vários neurotransmissores no SNC, ele não é único.
Dentre os neurotransmissores envolvidos, os principais são: o ácido g-ami-
Efeitos farmacológicos
Nicotina (tabaco)
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Efeitos farmacológicos
Farmacocinética
Mecanismo de ação
núcleo
Terminal nervoso +
(Δ9-THC)
krox 24
Canal Na+ +
?
– Receptor CB2
canabinoide
MAP
quinase
+
– Adenilato
ciclase
ATP
–
proteína
+ quinase
Canal Ca2+
voltagem-dependente fosforilação –
tipo N e P/Q cAMP
Fenda sináptica
Canal K+ Canal K+
tipo A
Figura 1.1
Mecanismo de ação da maconha (Δ9-THC).20
Efeitos farmacológicos
Cocaína
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Efeitos farmacológicos
Sedativos e hipnóticos
Farmacocinética
Figura 1.2
Estrutura química do benzodiazepínico diazepam.27
Mecanismo de ação
a a a a a a
Membrana pós-sináptica
Citoplasma
Figura 1.3
Mecanismo de ação dos benzodiazepínicos sobre o complexo do receptor GABA.31
Alucinógenos
Farmacocinética
Em geral, o LSD é administrado por via oral, sendo logo absorvido pelo
trato gastrintestinal. Apenas uma pequena dose da droga (~ 25 µg) já é sufi-
ciente para produzir seus efeitos em humanos 30 minutos após sua ingestão.
Rapidamente, o LSD é distribuído por todo o organismo, e seus efeitos duram
entre 6 e 12 horas. Apenas 1% da droga chega ao SNC. A substância é meta-
bolizada pelo fígado, e seus metabólitos são eliminados pela bile e intestino,
excretados posteriormente nas fezes.36
Mecanismo de ação
Figura 1.4
Estrutura química do LSD.37
Efeitos farmacológicos
Psicoestimulantes
Tabela 1.1
Relação de drogas comumente utilizadas em raves. Club drugs, derivados
de anfetaminas, agentes alucinógenos, sedativos, anestésicos
dopamina Terminal
nervoso
noradrenalina
anfetamina
MAO
+
Transportador de
noradrenalina
Transportador
Sítio de ligação de dopamina
das anfetaminas
Receptor
noradrenérgico
Receptor
dopaminérgico
Fenda sináptica
Figura 1.5
Mecanismo de ação das anfetaminas e seus derivados.44
Mecanismo de ação
Usaremos como referência a metanfetamina que é conhecida por seu
formato de cristal,42 pode ser ingerida, injetada, cheirada e fumada, sendo
essa última a forma mais comum. Atua no SNC aumentando a liberação das
catecolaminas (noradrenalina, serotonina e dopamina) ao impedir o arma-
zenamento desses neurotransmissores dentro das vesículas no neurônio pré-
-sináptico (Figura 1.5). Além disso, bloqueia a recaptação desses neurotrans-
missores para o neurônio pré-sináptico, impedindo também a ação da mono-
aminoxidase (MAO), uma das enzimas responsáveis pela degradação desses
neurotransmissores na fenda simpática. Essa combinação de ações resulta em
um efetivo aumento dessas catecolaminas no SNC.
Efeitos farmacológicos
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Efeitos farmacológicos
Os efeitos observados com o GHB são dose-dependentes. Por isso, em
baixas doses é comum observar euforia, redução dos estados de ansiedade,
Transportador
GHB/GABA de Mitocôndria
membrana
plasmática
GHB GHB
Extracelular GHB Succinato
periférico SSADH
GHB SSA
desidrogenase
GABA-T
GABA
Receptor GABA9
Figura 1.6
Mecanismo de ação do GHB no neurônio GABAérgico.58
CEtamina
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Efeitos farmacológicos
Solventes e inalantes
Tabela 1.2
Substâncias psicoativas que são utilizadas como solventes e inalantes
Farmacocinética
Mecanismo de ação
Efeitos farmacológicos
Opioides
O ópio, cujo nome científico é Papaver somniferum, deu origem aos opioi
des, termo proposto para designar as substâncias com ação semelhante à da
morfina, porém com uma estrutura química diferente.69
A partir daí, surgiram as substâncias naturais, semissintéticas e sinté-
ticas extraídas do ópio. Contudo, o conceito de opioide evoluiu e passou a
incluir todas as substâncias naturais, semissintéticas ou sintéticas que intera-
gem com os receptores opioides, quer como agonista, quer como antagonis-
ta70 (Tabela 1.3).
Farmacocinética
De um modo geral, os opioides são bem absorvidos pelo TGI, pela mu-
cosa nasal, pelas vias aéreas e por via parenteral. São biotransformados no
fígado em duas fases. Por meio da glucoronidação e da N-desmetilação dão
Tabela 1.3
Classificação dos opioides
Naturais
Morfina Analgésico
Ópio (pó) Antidiarreico, analgésico
Codeína Antitussígeno
Sintéticos
Meperidina Analgésico
Propoxifeno Analgésico
Fentanil Analgésico
Semissintéticos
Heroína Droga de abuso
Metadona Tratamento da dependência de morfina e
heroína
Mecanismo de ação
–
–
receptor receptor
GABA receptor opioide (m) GABA receptor opioide (m)
morfina
Fenda Fenda
sináptica sináptica
receptor
heroína
receptor dopamina dopamina
Figura 1.7
Mecanismo de ação da morfina e da heroína.74
Efeitos farmacológicos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). São Paulo: De-
partamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo; c2006-2006 [atuali-
zada em 2009 Mar 10; acesso em 2009 mar 6]. Disponível em: http://200.144.91.102/
cebridweb/default.aspx.
2. Jones AW, Jonsson KA, Neri A. Peak blood-ethanol concentration and the time of its oc-
currence after rapid drinking on an empty stomach. J Forensic Sci. 1991 Mar;36(2):376-
85.
3. Ferreira MP, Weems S. Alcohol consumption by aging adults in the United States: health
benefits and detriments. J Am Diet Assoc. 2008;108(10):1668-76.
4. Levitt MD, Li R, DeMaster EG, Elson M, Furne J, Levitt DG. Use of measurements of
ethanol absorption from stomach and intestine to assess human ethanol metabolism.
Am J Physiol. 1997 Oct;273(4 Pt 1):G951-7.
5. Baraona E, Abittan CS, Dohmen K, Moretti M, Pozzato G, Chayes ZW, et al. Gen-
der differences in pharmacokinetics of alcohol. Alcohol Clin Exp Res. 2001
Apr;25(4):502-7.
6. Lieber CS. Cytochrome P-4502E1: its physiological and pathological role. Physiol Rev.
1997 Apr;77(2):517-44.
25. McCance EF, Price LH, Kosten TR, Jatlow PI. Cocaethylene: pharmacology, physiology
and behavioral effects in humans. J Pharmacol Exp Ther. 1995 Jul;274(1):215-23.
26. Riss J, Cloyd J, Gates J, Collins S. Benzodiazepines in epilepsy: pharmacology and
pharmacokinetics. Acta Neurol Scand. 2008 Aug; 118(2):69-86.
27. Diazepam In: NetDrugs.info [acesso em 2009 março 31] Disponível em: http://www.
netdrugs.info/images/moleculas/DIAZEPAM.gif.
28. Giovannitti JA, Trapp LD. Adult sedation: oral, rectal, IM, IV. Anesth Prog. 1991 Jul-
Oct; 38(4-5):154-71.
29. Rey E, Treluyer JM, Pons G. Pharmacokinetic optimization of benzodiazepine therapy
for acute seizures: focus on delivery routes. Clin Pharmacokinet. 1999;36(6):409-
24.
30. Olkkola KT, Ahonen J. Midazolan and other benzodiazepines. Handb Exp Pharmacol.
2008;(182):335-60. Review.
31. Gaba A receptor [acesso em 2009 maio 31]. Disponível em: http://www.emslive.
com/content_images/1/drug_benzo.jpg.
32. Saias T, Gallarda T. Paradoxical aggressive reactions to benzodiazepine use: a review.
Encephale. 2008 Sep;34(4):330-36.
33. Auchewski L, Andreatni R, Galduróz JCF, Lacerda RB. Avaliação da orientação médica
sobre os efeitos colaterais de benzodiazepínicos. Rev Bras Psiquiatr. 2004;26(1):24-31.
34. Puntillo K, Casella V, Reid M. Opioid and benzodiazepine tolerance and dependence: ap-
plication of theory to critical care practice. Heart Lung. 1997 Jul-Aug;26(4):317-24.
35. Winter, JC. Hallucinogens as discriminative stimuli in animals: LSD, phenethylamines,
and tryptamines. Psychopharmacology (Berl). 2008 Nov 1. [Epub ahead of print].
36. Ungerleider JT, Fisher DD. The problens of LSD-25 and emotional disorder. Calif Med.
1967 Jan;106(1):49-55. Review.
37. Universidade Federal de Santa Catarina. Departamento de química [acesso em 2009
março 31]. Disponível em: http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/images/ medi-
cinal/lsd.gif.
38. Barnes NM, Sharp T. A review of central 5-HT receptors and their function. Neuro-
pharmacology. 1999 Aug;38(8):1083-152.
39. Abrahan HD, Aldridge AM, Gogia P. The Psycchopharmacology of hallucinogens.
Neuropsychopharmacology. 1996 Apr;14(4):285-98.
40. Gresch PJ, Smith RL, Barrett RJ, Sanders-Busch E. Behavioral tolerance to lysergic acid
diethylamide associated with reduced serotonin-2A receptor signaling in rat cortex.
Neuropsychopharmacology. 2005 Sep;30(9):1693-702.
41. Sardinha LS, Garcia AL. Um estudo sobre a psicodinâmica do usuário de ecstasy. Psicol:
teor prat. 2000 jul/dez;2(2):70-87.
42. Moro ET, Ferraz AF, Pinheiro NS. Anesthesia and the ecstasy user. Rev Bras de Anes-
tesiol. 2006 Mar/Abr;56(2):183-8.
43. Xavier CAC, Lobo PLD, Fonteles MMF, Vasconcelos SMM, Viana GSB, Sousa FCF. Ecs-
tasy (MDMA): pharmacological and toxic effects, mechanism of action and clinical
management. Rev Psiq Clín. 2008;35(3);96-103.
44. Ellinwood EH, King G, Lee TH. Chronic amphetamine use and abuse [acesso em
março]. Disponível em: http://www.acnp.org/g4/GNA1000166/CH166.thm.
65. Pedrozo M de FM, Siqueira MEPB de. Solventes de cola: abuso e efeitos nocivos à
saúde. Rev Saúde Públ S Paulo.1989;23(4):336-40.
66. Kurtzman TL, Otsuka KN, Wahl RA. Inhalant abuse by adolescents. J Adolesc Health.
2001 Mar;28(3):170-80.
67. Galduróz JCF. O uso de inalantes (solventes) entre estudantes de 10 e 20 graus em
dez capitais brasileiras-1993 [tese]. São Paulo (SP): Universidade Federal de São
Paulo- Escola Paulista de Medicina; 1996.
68. Ferigolo M, Arbo E, Malysz AS, Bernardi R, Barros HMT. Aspectos clínicos e farmaco-
lógicos do uso de solventes. J Bras Psiquiatr. 2000 set;49(9):331-41.
69. Gozzani JL. Opioids and antagonists. Rev Bras Anestesiol. 1994 jan/fev;44(1):65-73.
70. Duarte DF. Opium and opioids: a brief history. Rev Bras Anestesiol. 2005 fev;55(1):135-
46.
71. Vaughan CW, Connor M. In search of a role for the morphine metabolite morphine-3-
glucuronide. Anesth Analg. 2003 Aug;97(2):311-2.
72. Rook EJ, Huitema AD, van den Brink W, van Ree JM, Beijnen JH. Pharmacokinetics
and pharmacokinetic variability of heroin and its metabolites: review of the literature.
Curr Clin Pharmacol. 2006 Jan;1(1):109-18.
73. Bloor BC, Maze M, Segal I. Interaction between adrenergic and opioid pathways. In:
Estafanous FG. Opioids in anesthesia. 2nd. ed. Boston: Butterworth-Heineman, 1991.
p. 34-46.
74. The mechanism of action of heroin at the delta (δ) and kappa (κ) opiate receptors
[acesso em 2009 março 31]. Disponível em: http://www.cnsforum.com/imagebank/
item /moa_heroin_delta_kappa /default.aspx.
75. Rang HP, Dale MM, Ritter JM, Moore PK. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2003. p. 651-62.
COCAíNA
Metanfetamina e Ecstasy
(MDMA -3,4-metilenodioximetanfetamina)
Maconha
Nicotina
Álcool
Opioides
Vários estudos têm demonstrado, ao longo do tempo, que existe uma ca-
deia de reações envolvendo os diversos neurotransmissores citados nos meca-
nismos de ação das diferentes drogas de abuso, que culmina com a liberação
da dopamina na porção ventral do núcleo estriado chamada de nucleus acum-
bens (NA). O NA recebe projeções de neurônios dopaminérgicos localizados
na área tegmental ventral, local de convergência para estímulos procedentes
da amígdala, do hipocampo, do córtex entorrinal, do giro do cíngulo anterior
e de parte do lobo temporal. Do NA partem eferências para o septo hipocam-
Hipocampo
tr iado
PFC oes
Ne
VP
Tálamo
Nucleus
acumbens
VTA
Glutamato
GABA Amígdala
Dopamina
Transportador
de dopamina
Figura 2.1
Sistema límbico de recompensa.
BNST
PFC HPC
PVN
CRF
PIT AMYG
ACTH
Glândula
adrenal Glicocorticoides
BNST
CRF
HPC
CRF
PVN
Resposta
comportamental AMYG Medula
ao estresse oblonga
Resposta
simpática
ao estresse
NE
NE
Débito cardíaco
Pulsação
Medula
Resistência vascular adrenal
periférica
Glicose sanguínea Adrenalina
Taxa cardíaca Secreção de
ácido gástrico
Pressão sanguínea
Esvaziamento
gástrico
Figura 2.2
CRF e eixo HPA.
ACTH – hormônio adrenocorticotrófico; AMYG – amígdala; BNST – núcleo posterior da estria termi-
nal; CRF – fator liberador de corticotrofina; HPC – hipocampo; NE – noradrenalina; PIT – hipófise; PFC
– córtex pré-frontal; PVN – núcleo paraventricular do hipotálamo.12
PROCESSO DE DEPENDÊNCIA
GENÉTICA E DROGADIÇÃO
NEUROPSICOLOGIA E DROGADIÇÃO
Ventrículos
Córtex Tálamo
frontal
Substância
Estriato negra
Hipotálamo
Via serotonérgica
Via dopaminérgica
(nigroestrial) Tronco
Via dopaminérgica encefálico
(mesolímbica)
Figura 2.3
Circuito dopaminérgico e serotonérgico cerebral.38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
1. Grant S, London ED, Newlin DB, Villemagne VL, Liu X, Contoreggi C, et al. Activation
of memory circuits during cue-elicited cocaine craving. Proc Natl Acad Sci U S A. 1996
Oct 15;93(21):12040-5.
2. Volkow ND, Wang GJ, Fischman MW, Foltin RW, Fowler JS, Abumrad NN, et al. Rela-
tionship between subjective effects of cocaine and dopamine transporter occupancy.
Nature. 1997 Apr 24;386(6627):827-30.
3. Volkow ND, Wang GJ, Fischman MW, Foltin R, Fowler JS, Franceschi D, et al. Effects
of route of administration on cocaine induced dopamine transporter blockade in the
human brain. Life Sci. 2000 Aug 11;67(12):1507-15.
4. Rudnick G, Clark J. From synapse to vesicle: the reuptake and storage of biogenic
amine neurotransmitters. Biochim Biophys Acta. 1993 Oct 4;1144(3):249-63.
5. Gessa GL, Melis M, Muntoni AL, Diana M. Cannabinoids activate mesolimbic dopa-
mine neurons by an action on cannabinoid CB1 receptors. Eur J Pharmacol. 1998 Jan
2;341(1):39-44.
6. Malin DH, Lake JR, Carter VA, Cunningham JS, Hebert KM, Conrad DL, et al. The
nicotine antagonist mecamylamine precipitates nicotine abstinence syndrome in the
rat. Psychopharmacology (Berl). 1994 Jun;115(1-2):180-4.
7. Caine SB, Negus SS, Mello NK, Bergman J. Effects of dopamine D (1-like) and D
(2-like) agonists in rats that self-administer cocaine. J Pharmacol Exp Ther. 1999
Oct;291(1):353-60.
8. Caine SB, Negus SS, Mello NK. Effects of dopamine D (1-like) and D(2- like) agonists
on cocaine self-administration in rhesus monkeys: rapid assessment of cocaine dose-
effect functions. Psychopharmacology (Berl). 2000 Jan;148(1):41-51.
9. Ikemoto S, Glazier BS, Murphy JM, McBride WJ. Role of dopamine D1 and D2
receptors in the nucleus accumbens in mediating reward. J Neurosci. 1997 Nov
1;17(21):8580-7.
10. Koob GF, Le Moal M. Drug addiction, dysregulation of reward,and allostasis. Neurop-
sychopharmacology. 2001 Feb;24(2):97-129.
11. Koob GF. Neurobiological substrates for the dark side of compulsivity in addiction.
Neuropharmacology. 2009;56 Suppl 1:18-31. Epub 2008 Aug 7.
12. Koob GF, Le Moal M. Drug addiction dysregulation of reward, and allostasis. Neurop-
sychopharmacology. 2001 Feb;24(2):97-129.
13. Araújo RB, Oliveira M da S, Pedroso RS, Miguel AC, Castro MGT de. Craving
and chemical dependence: concept, evaluation and treatment. J Bras Psiquiatr.
2008;57(1):57-63.
14. Messas GP. A participação da genética nas dependências químicas. Rev Bras Psiq. 1999
oct;21(supl 2):35-42.
15. Merikangas K. The genetic epidemiology of alcoholism. Psychol Med 1990;20:11-22.
16. Strakowski SM, DelBello MP, Fleck DE, Arndt S. The impact of substance abuse on the
course of bipolar disorder. Biol Psychiatry. 2000 Sep 15;48(6):477-85.
17. Hutchison KE, LaChance H, Niaura R, Bryan A, Smolen A. The DRD4 VNTR polymorphism
influences reactivity to smoking cues. J Abnorm Psychol. 2002 Feb;111(1):134-43.
18. Erblich J, Boyarsky Y, Spring B, Niaura R, Bovbjerg DH. A family history of smoking
predicts heightened levels of stress-induced cigarette craving. Addiction. 2003
May;98(5):657-64.
19. Guindalini C, Howard M, Haddley K, Laranjeira R, Collier D, Ammar N, Craig I, et al.
A dopamine transporter gene functional variant associated with cocaine abuse in a
Brazilian sample. Proc Natl Acad Sci U S A. 2006 Mar 21;103(12):4552-7. Epub 2006
Mar 14.
20. Messas G, Meira-Lima I, Turchi M, Franco O, Guindalini C, Castelo A, et al. Association
study of dopamine D2 and D3 receptor gene polymorphisms with cocaine dependence.
Psychiatr Genet. 2005 Sep;15(3):171-4.
21. Arinami T, Itokawa M, Komiyama T, Mitsushio H, Mori H, Mifune H, et al. Association
between severity of alcoholism and the A1 allele of the dopamine D2 receptor gene
TaqI A RFLP in Japanese. Biol Psychiatry. 1993 Jan 15;33(2):108-14.
71. Brody AL, Olmstead RE, London ED, Farahi J, Meyer JH, Grossman P, et al. Smoking-
induced ventral striatum dopamine release. Am J Psychiatry. 2004 Jul;161(7):1211-8.
72. Volkow ND, Mullani N, Gould L, Adler SS, Guynn RW, Overall JE, et al. Effects of acute
alcohol intoxication on cerebral blood flow measured with PET. Psychiatry Res. 1988
May;24(2):201-9.
73. Volkow ND, Hitzemann R, Wang GJ, Fowler JS, Burr G, Pascani K, et al. Decreased
brain metabolism in neurologically intact healthy alcoholics. Am J Psychiatry. 1992
Aug;149(8):1016-22.
74. Moselhy HF, Georgiou G, Kahn A. Frontal lobe changes in alcoholism: a review of the
literature. Alcohol Alcohol. 2001 Sep-Oct;36(5):357-68.
75. Gilman S, Koeppe RA, Adams K, Johnson-Greene D, Junck L, Kluin KJ, et al. Positron
emission tomographic studies of cerebral benzodiazepine-receptor binding in chronic
alcoholics. Ann Neurol. 1996 Aug;40(2):163-71.
76. Abi-Dargham A, Krystal JH, Anjilvel S, Scanley BE, Zoghbi S, Baldwin RM, et al. Alte-
rations of benzodiazepine receptors in type II alcoholic subjects measured with SPECT
and [123I]iomazenil. Am J Psychiatry. 1998 Nov;155(11):1550-5.
77. Volkow ND, Wang GJ, Fowler JS, Logan J, Hitzemann R, Ding YS, et al. Decreases in
dopamine receptors but not in dopamine transporters in alcoholics. Alcohol Clin Exp
Res. 1996 Dec;20(9):1594-8.
78. Volkow ND, Wang GJ, Maynard L, Fowler JS, Jayne B, Telang F, et al. Effects of alcohol
detoxification on dopamine D2 receptors in alcoholics: a preliminary study. Psychiatry
Res. 2002 Dec 30;116(3):163-72.
79. Laine TP, Ahonen A, Räsänen P, Tiihonen J. Dopamine transporter availability and depres-
sive symptoms during alcohol withdrawal. Psychiatry Res. 1999 Jun 30;90(3):153-7.
80. Repo E, Kuikka JT, Bergström KA, Karhu J, Hiltunen J, Tiihonen J. Dopamine trans-
porter and D2-receptor density in late-onset alcoholism. Psychopharmacology (Berl).
1999 Dec;147(3):314-8.
81. Heinz A, Ragan P, Jones DW, Hommer D, Williams W, Knable MB, et al. Reduced central
serotonin transporters in alcoholism. Am J Psychiatry. 1998 Nov;155(11):1544-9.
82. Laine TP, Ahonen A, Torniainen P, Heikkilä J, Pyhtinen J, Räsänen P, et al. Dopamine
transporters increase in human brain after alcohol withdrawal. Mol Psychiatry. 1999
Mar;4(2):189-91, 104-5.
83. Galynker II, Watras-Ganz S, Miner C, Rosenthal RN, Des Jarlais DC, Richman BL, et al.
Cerebral metabolism in opiate-dependent subjects: Effects of methadone maintenance.
Mt Sinai J Med. 2000 Oct-Nov;67(5-6):381-7.
84. Danos P, Kasper S, Grünwald F, Klemm E, Krappel C, Broich K, et al. Pathological regional
cerebral blood flow in opiate-dependent patients during withdrawal: a HMPAO-SPECT
study. Neuropsychobiology. 1998;37(4):194-9.
85. Wang GJ, Volkow ND, Fowler JS, Logan J, Abumrad NN, Hitzemann RJ, et al. Dopa-
mine D2 receptor availability in opiate-dependent subjects before and after naloxone-
precipitated withdrawal. Neuropsychopharmacology. 1997 Feb;16(2):174-82.
86. Firestone LL, Gyulai F, Mintun M, Adler LJ, Urso K, Winter PM. Human brain activity
response to fentanyl imaged by positron emission tomography. Anesth Analg. 1996
Jun;82(6):1247-51.
1.
Os benefícios da terapia medicamentosa são pequenos
2.
Os efeitos colaterais são insuportáveis
3.
As medicações não são necessárias
4.
As medicações são danosas ou fazem parte de uma conspiração
5.
As medicações podem mudar a personalidade do indivíduo que as
utiliza
6. As medicações podem tornar o paciente dependente22
7. O custo (financeiro) não compensa o possível benefício23
Esta técnica deve ser utilizada já na entrevista inicial e, sempre que ne-
cessário, durante o processo de tratamento. As intervenções motivacionais
são baseadas, em parte, no modelo de estágios de mudança descrito por Pro-
chaska e DiClemente24 e também no modelo de entrevista motivacional de
Miller e Rollnick.20 O objetivo dessa técnica é trabalhar a ambivalência do
paciente e sua percepção da situação em que se encontra (seja com relação
ao uso de substâncias ou não) e guiá-lo de modo que ele próprio se proponha
a realizar as mudanças de comportamento exigidas para atingir as metas es-
tabelecidas (p. ex., usar a medicação de forma adequada). Na prática dessa
técnica, o profissional deve necessariamente manifestar sua empatia, ajudar
o paciente a reconhecer discrepâncias entre suas metas e seu comportamento
e demonstrar habilidade para lidar com a resistência, explorando consequên-
cias da ação e da não ação do paciente e ressaltando a comunicação de livres
escolhas e o desenvolvimento da autoeficácia.25
Método socrático
Diários de automonitoramento
Considerações finais
Referências
24. Prochaska JO, DiClemente CC. Stages of change in the modification of problem beha-
viours. Prog Behav Modif. 1992;28:183-218.
25. Kouimtsidis C, Reynolds M, Drummond C, Davis P, Tarrier N. Cognitive Behavioural
Therapy in the treatment of addiction: a treatment planner for clinicians. London:
John Wiley & Sons; 2007.
26. Beck AT, Wright FD, Newman CF, Liese BS. Cognitive Therapy of substance abuse. New
York: Guilford Press; 1993.
27. O’Malley SS, Carroll KM. Psychotherapeutic considerations in pharmacological trials.
Alcohol Clin Exp Res. 1996 Oct;20(7 Suppl):17A-22A.
28. Gossop M, Stewart D, Marsden J. Attendance at Narcotics Anonymous and Alcoholics
Anonymous meetings, frequency of attendance and substance use outcomes after
residential treatment for drug dependence: a 5-year follow-up study. Addiction. 2008
Jan;103(1):119-25. Epub 2007 Nov 20.
29. Alcoholics Anonymous. The AA Member – Medications & Other Drugs. New York,
Alcoholics Anonymous World Services, 1984.
30. Narcotics Anonymous. In times of illness. New York: Narcotics Anonymous World
Services; 1992.
31. Carroll KM, Ziedonis D, O’Malley SS, McCance-Katz E, Gordon L, Rounsaville BJ.
Pharmacologic Interventions for Alcohol- and Cocaine-Abusing Individuals: A Pilot
Study of Disulfiram vs. Naltrexone. Am J Addict. 1993 Winter;2(1):77-9.
32. Laudet AB, Magura S, Cleland CM, Vogel HS, Knight EL, Rosenblum A. The effect of
12-step based fellowship participation on abstinence among dually diagnosed persons:
a two-year longitudinal study. J Psychoactive Drugs. 2004 Jun;36(2):207-16.
33. Suire JG, Bothwell RK. The psychosocial benefits of alcoholics anonymous. Am J Addict.
2006 May-Jun;15(3):252-5
34. Dobkin PL, De CM, Paraherakis A, Gill K. The role of functional support in treatment
retention and outcomes among outpatient adult substance abusers. Addiction. 2002
Mar;97(3):347-56.
35. Soyez V, De Leon G, Broekaert E, Rosseel Y. The impact of social network intervention
on retention in Belgian therapeutic communities: a quasi-experimental study. Addiction.
2006 Jul;101(7):1027-34.
36. Pisani VD, Fawcet J, Clark DC, McGuire M. The relative controbutions of medication
adherence and AA meeting attendance to abstinent outcome for chronic alcoholics.
J. Study Alcohol. 1993;4(1):115-9.
37. Meissen G, Powell TJ, Wituk SA, Girrens K, Arteaga S. Attitudes of AA contact persons
toward group participation by persons with a mental illness. Psychiatric Services.
1999;50(8)1079-81.
38. Magura S, Laudet AB, Mahmood D, Rosenblum A, Knight E. Adherence to medica-
tion regimens and participation in dual-focus self-help groups. Psychiatr Serv. 2002
Mar;53(3):310-6.
39. Marron JT. The twelve steps. A pathway to recovery. Prim Care. 1993 Mar;20(1):107-
19.
Quadro clínico
Tabela 4.1
Níveis plasmáticos de álcool (mg %) e a fenomenologia relacionada5
0,03 Euforia/excitação
Alterações leves de atenção
0,05 Alterações leves de coordenação
0,1 Ataxia
Diminuição da concentração
Náuseas e vômitos
0,2 Hipotermia
Disartria
Amnésia
≥ 0,4 Anestesia
Coma
Morte
Tratamento medicamentoso
Pindolato de piridoxina
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Cherpitel CJ. Alcohol and injuries: a review of international emergency room studies
since 1995. Drug Alcohol Rev. 2007 Mar;26(2):201-14.
2. Reis AD, Figlie NB, Laranjeira R. Prevalência do uso de substâncias em pacientes com
traumas em um pronto socorro brasileiro. Rev. Bras. Psiquiatr. 2006;28(3):191-5.
3. Aoki PS. Emergências relacionadas ao álcool. In: Cordeiro DC, Baldaçara L. Emergências
psiquiátricas.São Paulo: Roca; 2007. p.137-53.
4. Cherpitel CJ, Borges G. Substance use among emergency room patients: an exploratory
analysis by ethnicity and acculturation. Am J Drug Alcohol Abuse. 2002;28(2):287-
305.
Leitura recomendada
Noritomi DT, Goldbaum TS, Libório AB. Emergências relacionadas ao álcool. In: Martins HS,
Damasceno MCT, Awada SB (Eds.). Pronto socorro: condutas do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo: Manole; 2007. p. 825-4.
Nível leve/moderado
Nível grave
Na convulsão
Na alucinose alcoólica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Cordeiro DC, Figlie NB, Laranjeira R. Boas práticas no tratamento do uso e dependência
de substâncias. In: Cordeiro DC, Laranjeira R. Tratamento farmacológico e desintoxi-
cação do uso nocivo e dependência do álcool. São Paulo: Roca, 2007. p. 33-40.
2. Laranjeira R, Nicastri S, Jerônimo C, Marques AC. Consenso sobre a Síndrome de
Abstinência do Álcool (SAA) e o seu tratamento. Rev Bras Psiquiatr. 2000;22(2):62-
71.
3. Focchi GRA, Leite MC, Laranjeira R, Andrade AG. Dependência química: novos mo-
delos de tratamento. In: Abuso e dependência do álcool: diagnóstico e tratamento
farmacológico. São Paulo: Roca, 2001.
Álcool
– +
opiáceos
glu mu
+ canabinoides GABA +
Figura 6.1
Neurotransmissores envolvidos no sistema de neurotransmissores do álcool.7
Dissulfiram
Figura 6.2
Mecanismo de ação do dissulfiram.6
Seus principais achados revelam uma baixa taxa de abandono (92 pa-
cientes ainda permaneciam no estudo), sendo que 90% do grupo DSF e 56%
do grupo TPM permaneciam abstinentes. Entretanto, o TPM mostrou maior
redução de fissura do que o DSF.
Chama atenção a alta taxa de adesão desse estudo, o que não costuma-
mos encontrar em outros ensaios clínicos com dependentes químicos. Uma
possível justificativa para tal fato é a participação ativa da família no trata-
mento, aliada ao traço cultural do país, onde as questões familiares são alta-
mente valorizadas. Embora recomendem a realização de mais ensaios clínicos
comparando essas medicações em diferentes amostras, os autores foram con-
tundentes ao afirmar que o DSF foi mais eficaz que o TPM na prevenção de
recaídas em dependentes de álcool.21
Modo de uso
deve se abster para que não haja uma reação adversa, como desodorantes
ou perfumes que contenham álcool, condimentos com álcool e/ou vinagre e
produtos de limpeza que contenham álcool. Essas informações devem constar
no contrato escrito, em duas vias, que o paciente assina em concordância com
sua família, o que parece aumentar a adesão medicamentosa e o compromis-
so com o tratamento.
Contraindicações
Reações adversas
As reações adversas mais comuns são letargia, tontura (no período ini-
cial), gosto metálico e mal-estar gastrintestinal; já as menos comuns são can-
saço, cefaleia, convulsões, diminuição da libido, hepatite, impotência, rash
cutâneo, odor corporal, reações psicóticas, neuropatia periférica e óptica e
tremor.6,11
Intoxicação
Controle laboratorial
Situações especiais
Interações medicamentosas
Considerações
Naltrexona
Mecanismo de ação
Contraindicações
naltrexona
Neurônio naltrexona
dopaminérgico
da área
tegmental
ventral
Interneurônio
GABA
glu Receptor μ opioide
Canais de cálcio Receptores pré-sinápticos
voltagem sensitivos metabotroicos de glutamato
GABA Receptor NMDA
Encefalina Receptor GABA B
Dopamina Receptor GABA A
Figura 6.3
Ação da naltrexona na região da área tegmental ventral.7
Efeitos adversos
Orientações clínicas
Acamprosato
Mecanismo de ação
Orientações clínicas
Núcleo
Neurônio arqueado
glutamatérgico do
do córtex neurônio
pré-frontal opiáceo
Área
tegmental
ventral
Neurônio naltrexona
dopaminérgico
da área acamprosato
tegmental
ventral
Interneurônio
GABA
glu Receptor μ opioide
Canais de cálcio Receptores pré-sinápticos
voltagem sensitivos metabotroicos de glutamato
GABA Receptor NMDA
Encefalina Receptor GABA B
Dopamina Receptor GABA A
Figura 6.4
Ação do acamprosato na região da área tegmental ventral.7
Topiramato
Orientações clínicas
Efeitos colaterais
Situações especiais
Considerações
Ondansetron
Reações adversas
Baclofen
Efeitos colaterais
LY686017
Vareniclina
Olanzapina
Nalmefene
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Valladoid GR, Carrasco JSD. Guia Práctica de intervención en el alcoholismo. In: Mag-
nitude de los problemas por el alcohol y papel de atención primaria en su tratamento.
Madrid,Espanha: Editora Gabriel Rubio;2000. p. 15-32.
2. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. I Levantamento Domiciliar sobre o uso
de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo 107 maiores cidades do país.
São Paulo: CEBRID;2002.
3. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. II Levantamento Domiciliar sobre o
uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo 108 maiores cidades do país.
São Paulo: CEBRID;2005.
4. Walsh, RA. Medical education about alcohol: review of its role and effetiveness. Alcohol
Alcohol. 1995;30(6):689-702.
5. Marusić S, Thaller V, Javornik N. Psicofarmacoterapia en el tratamiento alcohol. Eur.
J. Psychiat. 2004 Oct-Dec;18(4)(Ed. esp.).
6. Castro LA, Baltieri DA. The pharmacologic treatment of the alcohol dependence. Rev
Bras Psiquiatr. 2004 May;26(S1):S43-6.
7. Stahl SM. Stahl’s Essential Psychopharmacology: neuroscientific basis and pratical
applications. 4rd. ed. New York: Cambridge University Press;2008.
8. Vopicelli JR, Pettinatt HM, MacLellan AT, O’Brien CP. Combining medication and
psychosocial treatments for addictions. The BRENDA Approach. IN: Dealing with
pharmacotherapy and medication compliance issues. New York: Guilford Press;2001.
p. 92-100.
9. Kuehn BM. New therapies for alcohol dependence: open options for office-based
treatment. J Am Med Ass. 2007 Dec 5;298(21):2467-8.
10. Suh JJ, Pettinati HM, Kampman KM, O’Brien CP. The status of disulfiram a half of a
century later. J Clin Psychopharmacol. 2006 Jun;26(3):290–302.
11. Cordioli AV. Psicofármacos:consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed;2005.p.695.
31. Bobes J, Carreno JE, Gutierrez CE, San Narciso GI, Antuna MJ, Diaz T, et al. Study of
effectiveness of craving control with topiramate in patients with substance dependence
disorders. Actas Esp Psiquiatr. 2004 Sep-Oct; 32(5):299-306.
32. Johnson BA, Roache JD, Javors MA, et al. Ondansetron for reduction of drinking among
biologically predisposed alcoholic patients. J Am Med Ass. 2000;284:963-71.
33. Miller G. Tackling alcoholism with drugs. Psychopharmacology. 2007;320(5873):168–70.
34. GlaxoSmithKline. Prescription medicines: Zofran. March 2006.[acesso em 2008 maio
13]. Disponível em URL: http://www.gsk.com/products/prescription_medicines/us/
zofran.htm.
35. Colombo G, Addolorato G, Agabio R, Carai Mam, Pibiri F, Serra S, Vacca G And Gessa
Gl. Role of GABAB receptor in alcohol dependence: reducing effect of Baclofen on
alcohol intake and alcohol motivational properties in rats and amelioration of alco-
hol withdrawal syndrome and alcohol craving in human alcoholics. Neurotox Res.
2004;6(5):403-14.
36. Flannery BA, Garbutt JC, Cody MW, Renn W, Grace K, Osborne M, et al. Baclofen
for alcohol dependence: a preliminary open-label study. Alcohol Clin Exp Res. 2004
Oct;28(10):1517-23.
37. Novartis Pharma Arnhem. Lioresal. [Acesso em 2008 maio 13]. Disponível em URL:
http://www.novartis.nl/pdf/bijsluiters/Lioresal.pdf.
38. George DT, Gilman J, Hersh J, Thorsell A, Herion D, Geyer C, et al. Neurokinin 1 receptor
antagonism as a possible therapy for alcoholism. Scien. 2008;319(1536):1536-9.
39. Hutchison KE, Ray L, Sandman E, Rutter MC, Peters A, Davidson D, Swift R. The effect
of olanzapine on craving and alcohol consumption. Neuropsychopharmacology. 2006
Jun;31(6):1310-7.
40. Hutchison KE, Wooden A, Swift RM, Smolen A, McGeary J, Adler L, Paris L. Olanza-
pine reduces craving for alcohol: a DRD4 VNTR polymorphism by pharmacotherapu
interation. Neuropsychopharmacology. 2003 Oct;28(10):1882-8.
41. Hutchison KE, McGeary J, Smolen A, Bryan A, Swift RM.The DRD4 VNTR polymorphism
moderates craving after alcohol consumptions. Health Psychol. 2002 Mar;21(2):139-46.
42. Karhuvaara S, Simojoki K, Virta A, Rosberg M, Löyttyniemi E, Nurminen T, et al. Tar-
get nalmefene with simple medical management in the treatment of heavy drinks: a
randomized double-blind placebo-controlled multicenter study. Alcohol Clin Exp Res.
2007 Jul;31(7):1179-87.
43. Arias AJ, Armeli S, Gelernter J, Covault J, Kallio A, Karhuvaara S, et al. Effects of opioid
receptor gene variation on target nalmefene treatment in heavy drinkers. Alcohol Clin
Exp Res. 2008 Jul; 32(7):1159-66.
44. Drobes DJ, Anton RF, Thomas SE, Voronin K. Effects of naltrexone and nalmefene on
subjective response to alcohol among non-treatment-seeking alcoholics and social
drinkers. Alcohol Clin Exp Res. 2004 Sep;28(9):1362-70.
45. Mason BJ, Salvato FR, Williams LD, Ritvo EC, Cutler RB. A double-blind, placebo-
controlled study of oral Nalmefene for alcohol dependence. Arch Gen Psychiatry. 1999
Aug;56(8):719-24.
46. Grant JE, Kim SW, Hollander E, Potenza MN. Predicting response to opiate antagonist
and placebo in the treatment of pathological gambling. Psychopharmacology (Berl).
2008 Nov;200(4):521-7.
Leituras recomendadas
O tratamento hoje
Intervenções psicossociais
Considerações finais
18. Heatherton TF, Kozlowski LT, Frecker RC, Fagerström KO. The fagerström test for ni-
cotine dependence: a revision of the fagerström tolerance questionnaire. Br J Addict.
1991 Sep;86(9):1119-27.
19. Galduróz JCF, Noto AR, Fonseca AM, Carlini EA. V Levantamento nacional sobre o
consumo de drogas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública
de ensino nas 27 capitais brasileiras. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações so-
bre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRID/UNIFESP);
2004.
20. Food and Agriculture Organization of United Nations. Projections of tobacco produc-
tion, consumptiom and trade to the year 2010. Rome: FAO; 2003.
21. Perkins KA. Metabolic effects of cigarette smoking. J Appl Physiol. 1992 Feb;72(2):401-9.
22. Hughes JR, Gust SW, Skoog K, Keenan RM, Fenwick JW. Symptoms of tobacco withdra-
wal. A replication and extension. Arch Gen Psychiatry. 1991 Jan;48(1):52-9.
23. Cigarette smoking and health. American Thoracic Society. Am J Respir Crit Care Med.
1996 Feb;153(2):861-5.
24. Barton J. Young teenagers and smoking in 1997. A report of the key findings from the
teenage smoking attitudes survey carried out in england in 1997. London: Office for
National Statistics; 1998.
25. Everett SA, Warren CW, Sharp D, Kann L, Husten CG, Crossett LS. Initiation of cigarette
smoking and subsequent smoking behavior among U.S. high school students. Prev
Med. 1999 Nov;29(5):327-33.
26. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN). Pesquisa nacional sobre saúde e
nutrição (PNSN). Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
1989.
27. Galduróz JCF, Noto AR, Nappo AS, Carlini EA. I Levantamento domiciliar nacional
sobre o uso de drogas psicotrópicas. Parte A: estudo envolvendo as 24 maiores cidades
do Estado de São Paulo. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRID/UNIFESP); 1999.
28. Ministério da Saúde. Controle do tabagismo: um desafio. Rio de Janeiro: Instituto
Nacional de Câncer; 1991. p.12-3.
29. Lando HA, Thai DT, Murray DM, Robinson LA, Jeffery RW, Sherwood NE, et al. Age
of initiation, smoking patterns, and risk in a population of working adults. Prev Med.
1999 Dec;29(6 Pt 1):590-8.
30. Carlini E, Galduróz JCF, Noto AR, Nappo AS. I levantamento domiciliar sobre o uso de
drogas psicotrópicas no Brasil de 2001. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRID/UNIFESP);
2002.
31. Henningfield JE, Keenan RM. Nicotine delivery kinetics and abuse liability. J Consult
Clin Psychol. 1993 Oct;61(5):743-50.
32. Sargent PB. The diversity of neuronal nicotinic acetylcholine receptors. Annu Rev
Neurosci. 1993;16:403-43.
33. Fiore MC, Novotny TE, Pierce JP, Giovino GA, Hatziandreu EJ, Newcomb PA, et al.
Methods used to quit smoking in the United States. Do cessation programs help?. JAMA.
1990 May 23-30;263(20):2760-5. Erratum in: JAMA. 1991 Jan 16;265(3):358.
34. US Department of Health and Human Services. Public health service treating tobacco
use and dependence. Rockville: Public Health Services; 2000.
54. Stead LF, Davis RM, Fiore MC, Hatsukami DK, Raw M, West R. Effectiveness of over-
the-counter nicotine replacement therapy. JAMA. 2002 Dec 25;288(24):3109-
10.
55. Stapleton JA, Russell MA, Feyerabend C, Wiseman SM, Gustavsson G, Sawe U, et al.
Dose effects and predictors of outcome in a randomized trial of transdermal nicotine
patches in general practice. Addiction. 1995 Jan;90(1):31-42.
56. Henningfield JE. Do nicotine replacement medications work? A unique standard for
nicotine. Addiction. 1994 Apr;89(4):434-6; discussion 438-9.
57. Hurt RD, Offord KP, Lauger GG, Marusić Z, Fagerström KO, Enright PL, et al. Cessa-
tion of long-term nicotine gum use--a prospective, randomized trial. Addiction. 1995
Mar;90(3):407-13.
58. Alterman AI, Gariti P, Cook TG, Cnaan A. Nicodermal patch adherence and its corre-
lates. Drug Alcohol Depend. 1999 Jan 7;53(2):159-65.
59. Benowitz NL. Nicotine safety and toxicity. New York: Oxford University; 1998.
60. Cupples ME, McKnight A. Randomised controlled trial of health promotion
in general practice for patients at high cardiovascular risk. BMJ. 1994 Oct
15;309(6960):993-6.
61. Deagle EA 3rd, Berigan TR. Adding behavioral therapy to medication for smoking
cessation. JAMA. 1999 Jun 2;281(21):1983.
62. Covey LS. Tobacco cessation among patients with depression. Prim Care. 1999
Sep;26(3):691-706.
63. Goldstein MG. Bupropion sustained release and smoking cessation. J Clin Psychiatry.
1998;59 Suppl 4:66-72.
64. Hurt RD, Sachs DP, Glover ED, Offord KP, Johnston JA, Dale LC, et al. A comparison of
sustained-release bupropion and placebo for smoking cessation. N Engl J Med. 1997
Oct 23;337(17):1195-202.
65. Jorenby DE, Leischow SJ, Nides MA, Rennard SI, Johnston JA, Hughes AR, et al. A
controlled trial of sustained-release bupropion, a nicotine patch, or both for smoking
cessation. N Engl J Med. 1999 Mar 4;340(9):685-91.
66. Shiffman S, Johnston JA, Khayrallah M, Elash CA, Gwaltney CJ, Paty JA, et al. Evoniuk
G, DeVeaugh-Geiss J. The effect of bupropion on nicotine craving and withdrawal.
Psychopharmacology (Berl). 2000 Jan;148(1):33-40.
67. Humfleet G, Hall S, Reus V, Sees K, Mufloz R, Triffleman E. The efficacy of nortrptyli-
ne as na adjunct to psychological treatment for smokers with and aithout depressive
histories, in Problems of Drug Dependence. In: Adler M. NIDA Reseach Monograph.
Rockville: National Institute on Drug Abuse; 1996.
68. ughes JR, Stead LF, Lancaster T. Antidepressants for smoking cessation. Cochrane
Database Syst Rev. 2000;(4):CD000031. Update in: Cochrane Database Syst Rev.
2002;(1):CD000031.
69. Cinciripini PM, Cinciripini LG, Wallfisch A, Haque W, Van Vunakis H. Behavior therapy
and the transdermal nicotine patch: effects on cessation outcome, affect, and coping.
J Consult Clin Psychol. 1996 Apr;64(2):314-23.
70. Hughes JR. Combining behavioral therapy and pharmacotherapy for smoking cessa-
tion: an update. In: Onken LS, Blaine JD, Boren JJ. Integrating behavior therapy with
medication in the treatment of drug dependence (NIDA Research Monograph 150).
Rockville: National Institute on Drug Abuse; 1995. p.92-109.
88. auhut AS, Mullins SN, Dwoskin LP, Bardo MT. Reboxetine: attenuation of intravenous
nicotine self-administration in rats. J Pharmacol Exp Ther. 2002 Nov;303(2):664-
72.
89. Cohen C, Perrault G, Voltz C, Steinberg R, Soubrié P. SR141716, a central cannabinoid
(CB(1)) receptor antagonist, blocks the motivational and dopamine-releasing effects
of nicotine in rats. Behav Pharmacol. 2002 Sep;13(5-6):451-63.
90. Balerio GN, Aso E, Maldonado R. Role of the cannabinoid system in the effects indu-
ced by nicotine on anxiety-like behaviour in mice. Psychopharmacology (Berl). 2006
Mar;184(3-4):504-13.
91. Camarelles Guillem F. [Medication for ending tobacco dependency. Current state].
Aten Primaria. 2005 Jun 30;36(2):62-3.
92. Cerny EH, Lévy R, Mauel J, Mpandi M, Mutter M, Henzelin-Nkubana C, et al. Preclinical
development of a vaccine ‘against smoking’. Onkologie. 2002 Oct;25(5):406-11.
93. Coe JW, Brooks PR, Vetelino MG, Wirtz MC, Arnold EP, Huang J, et al. Varenicline: an
alpha4beta2 nicotinic receptor partial agonist for smoking cessation. J Med Chem.
2005 May 19;48(10):3474-7.
94. de Villiers SH, Lindblom N, Kalayanov G, Gordon S, Malmerfelt A, Johansson AM, et
al. Active immunization against nicotine suppresses nicotine-induced dopamine release
in the rat nucleus accumbens shell. Respiration. 2002;69(3):247-53.
95. Fagerström K, Balfour DJ. Neuropharmacology and potential efficacy of new treatments
for tobacco dependence. Expert Opin Investig Drugs. 2006 Feb;15(2):107-16.
96. Henningfield JE, Fant RV, Buchhalter AR, Stitzer ML. Pharmacotherapy for nicotine
dependence. CA Cancer J Clin. 2005 Sep-Oct;55(5):281-99; quiz 322-3, 325. 96.
97. Kuehn BM. Could a novel vaccine help smokers quit?. JAMA. 2005 Aug 24;294(8):891-
2.
98. Kuehn BM. FDA speeds smoking cessation drug review. JAMA. 2006 Feb 8;295(6):614.
99. Le Houezec J. Why a nicotine vaccine?. Clin Pharmacol Ther. 2005 Nov;78(5):453-
5.
100. Maldonado R, Valverde O, Berrendero F. Involvement of the endocannabinoid system
in drug addiction. Trends Neurosci. 2006 Apr;29(4):225-32.
101. Pentel P, Malin D. A vaccine for nicotine dependence: targeting the drug rather than
the brain. Respiration. 2002;69(3):193-7.
102. Vocci FJ, Chiang CN. Vaccines against nicotine: how effective are they likely to be in
preventing smoking?. CNS Drugs. 2001;15(7):505-14.
“Fumo porque sou burro!”... “Ele queria que soubessem que morreu
porque fumava...” (esposa do ator).
Paulo Autran (O Senhor dos Palcos – 1922-2007)
Folha de São Paulo, 2007
Será que o renomado ator teria realmente sido “burro” como se auto-
denominou? Ou teria sido apenas uma vítima de diversos fatores correla-
cionados, como publicidade agressiva, incentivo sociocultural de uma época
na qual fumar era extremamente glamoroso, baixos preços do cigarro, falta
de informação sobre os malefícios dessa droga, não existência de uma polí-
tica de ambiente livre de tabaco, tabagismo passivo, genética familiar, neu-
rotransmissores de dopamina ou seus receptores nicotínicos e seu sistema
mesolímbico? O fato é que o ator tinha uma doença chamada dependência
de nicotina, que foi incorporada como doença mental tanto na Classificação
Internacional de Doenças (CID), da Organização Mundial da Saúde (OMS),
como nos critérios diagnósticos da American Psychiatric Association.1
O tabagismo é indubitavelmente um grave problema de saúde pública.
A OMS estima que um terço da população adulta mundial (cerca de 1,2 bi-
lhão de pessoas) seja fumante. O tabagismo é uma pandemia considerada a
segunda principal causa mundial de morte, sendo responsável pela morte de
1 a cada 10 adultos no mundo (de 5 milhões de mortes a cada ano).1
Dados do II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotró-
picas, realizado nas 108 maiores cidades do País em 2005, revelam que, no
Brasil, 44% da população faz uso do tabaco ao longo da vida, taxa inferior
aos Estados Unidos (67,3%) e ao Chile (72%), e a dependência de nicotina
atinge 10,1%.2
Acredita-se que metade das pessoas que fumam hoje em dia morrerá em
decorrência de alguma doença relacionada ao tabaco. Se os padrões atuais
de tabagismo permanecerem, antes de 2030 teremos cerca de 10 milhões de
mortes a cada ano.3,4
As intervenções para o abandono do uso de tabaco ainda não estão to-
talmente integradas à rotina dos serviços de saúde. A falta de estratégias de
integração, de tempo disponível para ações mais específicas de tratamento e
mesmo a falsa crença dos profissionais da saúde de que tratamentos para de-
pendência de nicotina são pouco eficazes são algumas das barreiras para a rea-
lização do tratamento.5 Muitos fumantes desconhecem ou subestimam os mé-
todos existentes para interromper o tabagismo. Assim, a desinformação pode
também representar uma importante barreira na busca por tratamento.6
Cerca de 70% dos tabagistas desejam parar de fumar, mas apenas 30%
fazem pelo menos uma tentativa por ano.4 Sabe-se, hoje, que indivíduos que
buscam auxílio profissional para interromper o hábito de fumar conseguem
manter sua abstinência pelo menos duas vezes mais do que aqueles que ten-
tam parar de fumar sem ajuda profissional.7
Da mesma forma que outras dependências, a de nicotina é uma pa-
tologia crônica, de caráter progressivo e com possibilidades de recaída. O
processo da dependência envolve fatores ambientais, biológicos e psicológi-
cos.1,7 Os fatores não farmacológicos são importantes para a determinação de
problemas relacionados ao uso do tabaco, assim como sua prevalência, mas
são os fatores farmacológicos que definem a tolerância e a dependência da
substância.7
A identificação da dependência de nicotina como um transtorno mental
e o crescente conhecimento de sua neurobiologia levaram ao desenvolvimen-
to, sobretudo nas últimas duas décadas, de terapias farmacológicas para essa
doença. A importância dos medicamentos no tratamento do tabagismo tem
aumentado consideravelmente e, nos dias atuais, os diferentes fármacos exis-
tentes desempenham papel fundamental na abordagem da maioria dos pa-
cientes, sendo recomendados sempre que não houver contraindicações para
seu uso.7
Os fumantes fumam por razões distintas, bem como consomem quanti-
dades diferentes de nicotina, experimentam sintomas de abstinência particu-
lares e são diferentes em diversos aspectos, como idade, presença de comorbi-
dades clínicas ou psiquiátricas, grau de educação, nível socioeconômico, en-
tre outros; daí a importância de tratamentos individualizados. É fundamental
para o sucesso do tratamento que o paciente tenha expectativas adequadas
e que também não recorra a tratamentos que já fracassaram em tentativas
anteriores. Recomenda-se discutir com o paciente as opções terapêuticas dis-
poníveis, esclarecendo suas vantagens e desvantagens, aumentando assim as
chances de adesão e sucesso terapêutico.8
Córtex
pré-frontal
Neurônio de
glicose
Neurônio
Nicotina ativa de acetilcolina
indiretamente
Área a liberação de
tegmental dopamina
ventral
Interneurônio
GABA
α7
α4β2
glu
GABA
Acetilcolina
Dopamina
Figura 8.1
Ação da nicotina no sistema de recompensa.9
Antidepressivos
Bupropiona
Antidepressivo lançado nos Estados Unidos em 1989, a bupropiona é
comercializada no Brasil com os nomes de Zyban® (Laboratório GlaxoSmi-
thkline), Wellbutrin® e Zetron® e apresentada na forma de comprimidos de
150 mg, de liberação lenta.
Em geral, é indicada aos tabagistas que consomem 15 ou mais cigarros/
dia ou apresentam sintomas depressivos.5
Mecanismo de ação
Atua na inibição da recaptação de dopamina e noradrenalina, não apre-
sentando efeito serotonérgico, histamínico, adrenérgico ou muscarínico, o
Efeitos colaterais
Contraindicações
Orientações clínicas
Nortriptilina
Orientações clínicas
Efeitos colaterais
Contraindicações
Essa medicação não deve ser usada nas seguintes situações: pacientes
com glaucoma de ângulo fechado, durante o primeiro trimestre de gestação
ou durante a amamentação e em quadros de reação alérgica a antidepressivos
tricíclicos.
Vareniclina
Orientações clínicas
Ações da vareniclina no
circuito de recompensa
Córtex
pré-frontal
glu neuron
Neurônio
de acetilcolina
Área
tegmental
ventral
Neurônio vareniclina
vareniclina
dopaminér-
gico da área
tegmental
ventral
Interneurônio
GABA
α7
α4β2
glu
GABA
Acetilcolina
Dopamina
Figura 8.2
Ação da vareniclina no sistema de recompensa cerebral.9
Efeitos colaterais
Contraindicações
Até o momento, existem pelo menos seis ensaios clínicos que revelam
aumento nas taxas de abstinência com o uso da vareniclina no tratamento da
dependência de nicotina, sendo que, em alguns desses estudos, se observa
também uma superioridade da vareniclina quando comparada à bupropiona
e ao placebo (ver Figura 8.3). O total das amostras foi de 4.924 pacientes,
sendo que 2.451 utilizaram a vareniclina. Em geral, a razão de chances de se
manter abstinente depois de 12 meses de tratamento com a vareniclina é de
3,22 (IC 95% 2,43-4,27), quando comparada ao placebo.4,18-20
Em uma revisão sistemática conduzida por Cahill e colaboradores,20 os
autores concluem que existe necessidade de mais ensaios clínicos indepen-
dentes analisando a vareniclina versus placebo a fim de testar os achados
iniciais. Também são necessárias comparações com terapias de substituição
de nicotina e de ensaios clínicos adicionais com a bupropiona a fim de me-
lhor estabelecer a eficácia relativa dos tratamentos20. Observar na Figura
8.3 a razão de chances de diferentes modalidades de tratamento para taba-
gismo.
Figura 8.3
Razão de chances para alcançar a abstinência de nicotina em médio e longo prazo, segundo
diferentes modalidades de tratamento para o tabagismo.4 TRN = Terapia de reposição de
nicotina.
Adesivo de nicotina
Orientações clínicas
Precauções
Efeitos colaterais
Contraindicações
Gomas de nicotina
Efeitos colaterais
Contraindicações
Importante
Pastilhas de nicotina
Antagonistas opioides
Efeitos colaterais
Contraindicação
Clonidina
Vacinas
Metoxissaleno
Acetato de prata
Considerações finais
Referências
Leituras recomendadas
American Cancer Society. Cancer drug guide: varenicline. [Comunicado na internet]. 2008 Jan
19. Disponível em: http://www.cancer.org/docroot/CDG/content/CDG_Varenicline.asp.
Cahill K, Stead LF, Lancaster T. Nicotine receptor partial agonists for smoking cessation.
Cochrane Database Syst Rev. 2008 Jul 16;(3):CD006103.
Etter JF, Duc TV, Perneger TV. Validity of the Fagerström test for nicotine dependence
and of the Heaviness of Smoking Index among relatively light smokers. Addiction. 1999
Feb;94(2):269-81.
Fiore MC, Bailey WC, Cohen SJ, Dorfman SF, Goldstein MG, Gritz ER, et al. Treating tobacco
use and dependence: clinical practice guideline. Washington: US Department of Health and
Human Services; 2000.
Focchi GRA, Braun IM. Tratamento farmacológico do tabagismo. Rev Psiquiatric Clín. 2005
Out;32(5):267-75.
Grimshaw GM, Stanton A. Tobacco cessation interventions for young people. Cochrane
Database Syst Rev. 2006 Oct 18;(4):CD003289.
Laranjeira R, Ferreira MP. Como criar um hospital livre de cigarros. Rev Ass Med Brasil.
1997;43(2):169-72.
Malbergier A, Oliveira Jr HP. Dependência de tabaco e comorbidade psiquiátrica. Rev Psiq
Clín. 2005 Set-Out;32(5):276-82.
Malcon M, Menezes AMB. Tabagismo na adolescência. Pediatria (São Paulo). 2002;24(3/4):
81-2.
Marques ACR, Laranjeira RR. Tratando a dependência de nicotina. J Bras Med. 2006
Out;91(4):18-42.
Stead LF, Bergson G, Lancaster T. Physician advice for smoking cessation. Cochrane Database
Syst Rev. 2008 Apr 16;(2):CD000165.
Tonstad S, Tønnesen P, Hajek P, Williams KE, Billing CB, Reeves KR, et al. Effect of mainte-
nance therapy with varenicline on smoking cessation: a randomized controlled trial. JAMA.
2006 Jul 5;296(1):64-71.
Gestantes
Adolescentes
Idosos
Considerações finais
Referências
1. Hall SM. Nicotine interventions with comorbid populations. Am J Prev Med. 2007
Dec;33(6 Suppl):S406-13.
2. Moeller-Saxone K. Cigarette smoking and interest in quitting among consumers at a
Psychiatric Disability Rehabilitation and Support Service in Victoria. Aust N Z J Public
Health. 2008 Oct;32(5):479-81.
3. Salín-Pascual RJ, Alcocer-Castillejos NV, Alejo-Galarza G. Nicotine dependence and
psychiatric disorders. Rev Invest Clin. 2003 Nov-Dec;55(6):677-93.
4. Marques ACPR, Campana A, Gigliotti AP, Lourenço MTL, Ferreira MP, Laranjeira R. Consenso
sobre o tratamento da dependência de nicotina. Rev Bras Psiq. 2001;23(4):200-14.
5. van Schayck OC, Pinnock H, Ostrem A, Litt J, Tomlins R, Williams S, et al. IPCRG
Consensus statement: tackling the smoking epidemic – practical guidance for primary
care. Prim Care Respir J. 2008 Sep;17(3):185-93.
6. Gulliver SB, Kamholz BW, Helstrom AW. Smoking cessation and alcohol abstinence:
what do the data tell us? Alcohol Res Health. 2006;29(3):208-12.
7. Grant KM, Kelley SS, Smith LM, Agrawal S, Meyer JR, Romberger DJ. Bupropion and
nicotine patch as smoking cessation aids in alcoholics. Alcohol. 2007 Aug;41(5):381-91.
8. Malbergier A, Oliveira Jr HP. Dependência de tabaco e comorbidade psiquiátrica. Rev
Psiq Clín. 2005 Set-Out;32(5):276-82.
9. Ranney L, Melvin C, Lux L, McClain E, Lohr KN. Systematic review: smoking cessation
intervention strategies for adults and adults special populations. Ann Intern Med. 2006
Dec 5;145(11):845-56.
10. Fakhfakh R, Lagrue G. Depression, tobacco dependence and nicotine. Arch Inst Pasteur
Tunis. 2002;79(1-4):65-72.
11. Buchhalter AR, Fant RV, Henningfield JE. Novel pharmacological approaches for treating
tobacco dependence and withdrawal current status. Drugs. 2008;68(8):1067-88.
12. Jauniaux E, Burton GJ. Morphological and biological effects of maternal exposure to
tobacco smoke on the feto-placental unit. Early Hum Dev. 2007 Nov;83(11):699-706.
30. Evins AE, Deckersbach T, Cather C, Freudenreich O, Culhane MA, Henderson DC, et
al. Independent effects of tobacco abstinence and bupropiona on cognitive function
in schizophrenia. J Clin Psychiatry. 2005 Sep;66(9):1184-90.
31. McEvoy J, Freudenreich O, McGee M, VanderZwaag C, Levin E, Rose J. Clozapine
decreases smoking in patients with chronic schizophrenia. Biol Psychiatry. 1995 Apr
15;37(8):550-2.
32. George TP, Sernyak MJ, Ziedonis DM, Woods SW. Effects of clozapine on smoking in
chronic schizophrenic outpatients. J Clin Psychiatry. 1995 Aug;56(8):344-6.
34. Saules KK, Schuh LM, Arfken CL, Reed K, Kilbey MM, Schuster CR. Double-blind placebo
controlled trail of fluoxetine in smoking cessation treatment including nicotine patch
and cognitive-behavioral group therapy. Am J Addict. 2004 Oct-Dec;13(5):438-46.
35. Miyamoto K, Yoshimura R, Ueda N, Sugita A, Umene W, Hori H, et al. Effects of acute
paroxetine treatment on the consuption of cigarette smoking and caffeine in depressed
patients. Hum Psychopharmacol. 2007 Oct;22(7):483-90.
36. Campayo JG, Sobradiel N, Alda M, Mas A, Andrés E, Magallón R, et al. Effectiveness
of topiramato for tobacco dependence in patinets with depression; a randomised,
controlled trial. BMC Fam Pract. 2008 May 7;9:28.
37. Diehl A, Scherbaum N. Nicotine dependence as comorbidity of alcohol dependence- epi-
demiology, etiology and therapy. Fortschr Neurol Psychiatr. 2008 Jan;76(1):14-20.
38. Johnson BA. Topiramato induced neuromodulation of cortico-mesolimbic dopamine
function: a new vista for treatment of comorbid alcohol and nicotine dependence?
Addict Behav. 2004 Sep;29(7):1465-79.
39. Ait-Daoud N, Wiesbeck GA, Bienkowski P, Li MD, Pfützer RH, Singer MV, et al. Comorbid
alcohol and nicotine dependence: from the biomolecular basis to clinical consequences.
Alcohol Clin Exp Res. 2005 Aug;29(8):1541-9.
40. David S, Lancaster T, Stead LF, Evins AE. Opioid antagonists for smoking cessation.
Cochrane Database Syst Rev. 2006 Oct 18;(4):CD003086.
41. Regalado-Pineda J, Lara-Rivas G, Osio-Echánove J, Ramírez-Venegas A. Current tre-
atment for smoking. Salud Publica Mex. 2007;49 suppl 2:S270-S9.
42. Rigotti NA, Munafo MR, Stead LF. Interventions for smoking cessation in hospitalized
patients. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Jul 18;(3):CD001837.
43. Gritz ER, Vidrine DJ, Fingeret MC. Smoking cessation a critical component of
medical management in chronic disease populations. Am J Prev Med. 2007
Dec;33(6Suppl):S414-22.
44. Walker MS, Vidrine DJ, Gritz ER, Larsen RJ, Yan Y, Govindan R, et al. Smoking relapse
during the first year after treatment for early-stage non-small-cell lung cancer. Cancer
Epidemiol Biomarkers Prev. 2006 Dec;15(12):2370-7.
45. Wisnivesky JP, Szwarcberg JB, McGinn TG. Lung cancer. Screening, counseling, and
long term smokers. Geriatrics. 2002 Nov;57(11):28-32.
Leitura recomendada
Hurt RD, Sachs DP, Glover ED, Offord KP, Johnston JA, Dale LC, et al. A comparison of
sustained-release bupropion and placebo for smoking cessation. N Engl J Med. 1997 Oct
23;337(17):1195-202.
A maconha talvez seja, entre todas as drogas, aquela que mais tem gera-
do polêmicas nos últimos tempos. Presente em discursos apaixonados defen-
dendo suas propriedades, ora é enaltecida em blogs e sites de adolescentes,
ora é censurada em noticiários policiais de apreensão e nos achados de pes-
quisadores comprovando seus prejuízos. O fato é que a maconha continua a
dominar o mercado mundial das drogas ilícitas em termos de cultivo, volume
de produção e número de consumidores.1
Curiosamente, pouca pesquisa vem sendo desenvolvida no tratamento
do abuso ou da dependência de maconha, embora os transtornos relaciona-
dos a essa droga tenham recebido crescente atenção e interesse nos últimos
anos.2-4
Dois fatores podem ter contribuído de forma crucial para a falta de pes-
quisas clínicas focalizadas nesse transtorno:
A evidência científica
nucleus acumbens
canabinoide
glu
THC
VTA
canabinoide
glu
GABA
GABA canabinoide
canabinoide
THC
Figura 10.1
Ação da maconha e do Δ9-tetraidrocanabinol (Δ9-THC) no circuito de recompensa.15
Fluoxetina
Buspirona
Bupropiona
Nefazodona
Valproato de sódio
Antipsicóticos
Rimonabanto
Sujeitos da Tipo de
Autor (ano) pesquisa intervenção N Desfechos
Tabela 10.1
Síntese dos principais estudos clínicos que avaliaram fármacos para o
tratamento da dependência de maconha (continuação)
Sujeitos da Tipo de
Autor (ano) pesquisa intervenção N Desfechos
Considerações finais
Referências
1. World Drug Report 2008 [Monografia na internet]. Vienna: United Nations Office on
Drug and Crimes (UNODC); 2008. Disponível em: http://www.unodc.org/documents/
wdr/WDR_2008/WDR_2008_eng_web.pdf.
2. McRae AL, Budney AJ, Brady KT. Treatment of marijuana dependence: a review of the
literature. J Subst Abuse Treat. 2003 Jun;24(4):369-76.
3. Palmer T. Evidence in cannabis research. Br J Psychiatry. 2004 Jun;184:542-3.
4. Dennis M, Babor TF, Roebuck MC, Donaldson JR. Changing the focus: the case for
recognizing and treating cannabis use disorder. Addiction. 1997;97(Suppl 1):4-15.
5. Laranjeira R. Em defesa da “revisão científica: maconha e saúde mental”. [Ar-
tigo online]. São Paulo: Associação Brasileira de Psiquiatria; 2006. Disponível
em: http://www.abpbrasil.org.br/departamentos/coordenadores/coordenador/
noticias/?not=121&dep=62.
6. Denis C, Lavie E, Fatséas M, Auriacombe M. Psychotherapeutic interventions for can-
nabis abuse and/or dependence in outpatient settings. Cochrane Database Syst Rev.
2006 Jul 19;3:CD005336.
7. National Household Survey on Drug Abuse: office of applied studies: 1999-2000.
Rockville: Substance Abuse and Mental Health Services Administration (SAMHSA);
2001. Disponível em: http://www.samhsa.gov.
8. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. I Levantamento domiciliar sobre o uso
de drogas psicotrópicas no Brasil: 2001. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID); 2002.
9. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. II Levantamento domiciliar sobre o
uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do
país. São Paulo: Páginas & Letras; 2005.
Budney AJ, Higgins ST, Radonovich KJ, Novy PL. Adding voucher-based incentives to coping
skills and motivational enhancement improves outcomes during treatment for marijuana
dependence. J Consult Clin Psychol. 2000 Dec;68(6):1051-61.
Budney AJ, Novy PL, Hughes JR, Allen M. A controlled, outpatient study of the signs and
symptoms of marijuana withdrawal. In: 62nd. Annual Scientific Meeting. Puerto Rico: The
College on Problems of Drug Dependence; 2000.
Dennis M, Babor TF, Roebuck MC, Donaldson J. Changing the focus: the case for recognizing
and treating cannabis use disorders. Addiction. 2002 Dec;97 (Suppl 1):4-15.
Marijuana Treatment Project Research Group. Brief treatments for cannabis dependence: fin-
dings from a randomized multisite trial. J Consult Clin Psychol. 2004 Jun;72(3):455-66.
Sanofi-aventis. [Homepage na internet]. Disponível em: http://www.sanofi-aventis.com.
Zuardi AW, Crippa JA, Guimarães FS. Cannabis e saúde mental: uma revisão sobre a droga
e o medicamento. Ribeirão Preto: FUNPEC; 2008.
Alessandra Diehl
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Gawin FH, Kleber HD. Abstinence symptomatology and psychiatric diagnosis in cocaine
abusers. Clinical observations. Arch Gen Psychiatry. 1986 Feb;43(2):107-13.
2. Ribeiro M; Laranjeira RR, Dunn J. Cocaína: bases biológicas da administração, absti-
nência e tratamento. J Bras Psiq. 1998;47(10);497-511.
3. Botega NJ. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. In: Ri-
beiro M, Laranjeira R, Dunn J. Álcool e drogas: emergência e psiquiátrica. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed; 2006. p.263-82.
4. Jorge RCFA. Emergências relacionadas ao uso e abuso de drogas. In: Cordeiro DC,
Baldaçara L. Emergências psiquiátricas. São Paulo: Roca; 2007. p.115-36.
5. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005. p.695.
6. Ramoska E, Sacchetti AD. Propanolol-induced hypertension in treatment of cocaine
intoxication. Anals Emerg Med. 1985;14(11):1112-3.
7. Freeman K, Feldman J. Cocaine myocardial infarction and ß- Blockers: time to rethink
the equation? Ann Emerg Med. 2008 Feb;51(2):130-4.
8. Dattilo PB, Hailpern SM, Fearon K, Sohal D, Nordin C. Beta-blockers are associated
with reduced risk of myocardial infarction after cocaine use. Ann Emerg Med. 2008
Feb;51(2):117-25. Erratum in: Ann Emerg Med. 2008 Jul;52(1):90.
9. Hoffman R. Cocaine and ß- Blockers: should the controversy continue? Ann Emerg
Med. 2008 Feb;51(2):127-9.
10. Laranjeira R, coord. Usuários de substâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e
tratamento. 2. ed. São Paulo: CREMESP/AMB; 2003.
Anticonvulsivantes
Topiramato
Gabapentina e lamotrigina
Valproato de sódio
Antidepressivos
Antidepressivos tricíclicos
Nefazodona
Bupropiona
Mirtazapina
Venlafaxina
Agonistas dopaminérgicos
Lítio
Antipsicóticos
Antagonistas opioides
Agentes aversivos
Dissulfiram
ANFETAMINAS
Bloqueadores adrenÉrgicos
Drogas nootrópicas
Vacinas
Uma vacina anticocaína (TA-CD) vem sendo desenvolvida para ser usa-
da em humanos. Ela age produzindo anticorpos de cocaína, os quais isolam
e sequestram a droga na corrente sanguínea, retardando sua entrada no cé-
rebro.58
Em ratos, a vacina anticocaína foi capaz de produzir anticorpos e blo-
quear a autoadministração da droga. Ensaios clínicos iniciais revelaram um
aumento consistente e dose-dependente de anticorpos anticocaína com o uso
da vacina. Essa elevação mostrou-se eficaz tanto com cinco aplicações, em um
período de 3 meses, seguidas de quatro aplicações em baixas doses, quanto
com três aplicações na dose 10 vezes mais alta da vacina. No entanto, dentre
os pacientes que estavam na faixa de baixas doses, aqueles que receberam
uma dose mais alta tiveram significativamente mais urinas negativas para
cocaína (95 versus 55% urinas livres de cocaína), durante 12 semanas de
seguimento em ensaio clínico ambulatorial.1
O nível de anticorpos declina com o passar do tempo, e, aproximada-
mente 4 meses depois da última aplicação da série, é necessária uma nova
vacinação para adquirir níveis de anticorpos com adequada eficácia clínica. A
farmacoterapia com vacina utiliza anticorpos de anticocaína para sequestrar
moléculas de cocaína na circulação periférica. Os complexos de cocaína-anti-
corpo são muito grandes para cruzar a barreira sanguínea cerebral, manten-
do, assim, a cocaína fora do seu sítio de ação no sistema nervoso central. A
molécula de cocaína é, por si só, também muito pequena para ser antigênica
Antagonista 5HT3
Highlights
Perspectivas futuras
Considerações finais
Apesar da intensa pesquisa dos últimos anos, não há, ainda, medica-
mento algum aprovado para o tratamento da dependência de cocaína. Em
outras palavras, ainda não existe uma farmacoterapia com evidência sólida o
bastante para tratar os usuários dessa substância.8,9
Referências
3. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo AS. I Levantamento domiciliar sobre o uso
de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo 107 maiores cidades do país.
São Paulo: CEBRID, 2002.
4. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. II Levantamento domiciliar sobre o
uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do
país. São Paulo: Páginas & Letras; 2005.
5. Duailibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. Profile of cocaine and crack users in Brazil. Cad
Saúde Pública. 2008;24(suppl.4):S545-S57.
6. Leite MC, Andrade AG. Tratamento farmacológico. In: Cocaína e crack: dos fundamentos
ao tratamento. Porto Alegre: Artmed; 1999. p.303-10.
7. O’Brien CP. Anticraving medications for relapse prevention: a possible new class of
psychoactive medications. Am J Psychiatry. 2005 Aug;162(8):1423-31.
8. Vocci FJ, Elkashef A. Pharmacotherapy and other treatments for cocaine abuse and
dependence. Curr Opin Psychiatry. 2005 May;18(3):265-70.
9. Lima MS, de Oliveira Soares BG, Reisser AA, Farrell M. Pharmacological treatment of
cocaine dependence: a systematic review. Addiction. 2002 Aug;97(8):931-49.
10. Karila L, Gorelick D, Weinstein A, Noble F, Benyamina A, Coscas S, et al. New treat-
ments for cocaine dependence: a focused review. Int J Neuropsychopharmacol. 2008
May;11(3):425-38.
11. Gardner TJ, Kosten TR. Therapeutic options and challenges for substances of abuse.
Dialogues Clin Neurosci. 2007;9(4):431-45.
12. Stahl SM. Stahl’s essential psychopharmacology: neuroscientific basis and practical
aplications. 3rd. ed. Cambridge: Cambridge University; 2008. p.1117.
13. Rohsenow DJ, Martin RA, Eaton CA, Monti PM. Cocaine craving as a predictor of
treatment attrition and outcomes after residential treatment for cocaine dependence.
J Stud Alcohol Drugs. 2007 Sep;68(5):641-8.
14. Dackis C, O’Brien C. Glutamatergic agents for cocaine dependence. Ann N Y Acad Sci.
2003 Nov;1003:328-45.
15. Lu L, Hope BT, Shaham Y. The cystine-glutamate transporter in the accumbens: a novel
role in cocaine relapse. Trends Neurosci. 2004 Feb;27(2):74-6.
16. Ribeiro M, Laranjeira RR, Dunn J. Cocaína: bases biológicas da administração, absti-
nência e tratamento. J Bras Psiquiatr. 1998 Out;47(10):497-511.
17. Zullino DF, Khazaal Y, Hättenschwiler J, Borgeat F, Besson J. Anticonvulsant drugs in the
treatment of substance withdrawal. Drugs Today (Barc). 2004 Jul;40(7):603-19.
18. Minozzi S, Amato L, Davoli M, Farrell M, Lima Reisser AA, Pani PP, et al. Anticonvulsants
for cocaine dependence. Cochrane Database Syst Rev. 2008 Apr 16;(2):CD006754.
19. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre; 2005.
20. Zullino DF, Cottier AC, Besson J. Topiramate in opiate withdrawal. Prog Neuropsycho-
pharmacol Biol Psychiatry. 2002 Oct;26(6):1221-3.
21. Kampman KM, Pettinati H, Lynch KG, Dackis C, Sparkman T, Weigley C, et al. A pilot
trial of topiramate for the treatment of cocaine dependence. Drug Alcohol Depend.
2004 Sep 6;75(3):233-40.
22. Bobes J, Carreno JE, Gutierrez CE, San Narciso GI, Antuna MJ, Diaz T, et al. Study of
effectiveness of craving control with topiramate in patients with substance dependence
disorders. Actas Esp Psiquiatr. 2004 Sep-Oct;32(5):299-306.
41. Zueco Perez PL. Mirtazapine in the treatment of cocaine-dependence in patients with
methadone. Actas Esp Psiquiatr. 2002 Nov-Dec;30(6):337-42.
42. Soares BG, Lima MS, Reisser AA, Farrell M. Dopamine agonists for cocaine dependence.
Cochrane Database Syst Rev. 2003;(2):CD003352.
43. Focchi GR, Leite MC, Andrade AG, Scivoletto S. Use of dopamine agonist pergolide in
outpatient treatment of cocaine dependence. Subst Use Misuse. 2005;40(8):1169-77.
44. Gawin FH, Kleber HD, Byck R, Rounsaville BJ, Kosten TR, Jatlow PI, et al. Desipramine
facilitation of initial cocaine abstinence. Arch Gen Psychiatry. 1989 Feb;46(2):117-21.
45. Amato L, Minozzi S, Pani PP, Davoli M. Antipsychotic medications for cocaine depen-
dence. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Jul 18;(3):CD006306.
46. Smelson DA, Williams J, Ziedonis D, Sussner BD, Losonczy MF, Engelhart C, et al. A
double-blind placebo-controlled pilot study of risperidone for decreasing cue-elicited
craving in recently withdrawn cocaine dependent patients. J Subst Abuse Treat. 2004
Jul;27(1):45-9.
47. Grabowski J, Rhoades H, Silverman P, Schmitz JM, Stotts A, Creson D, et al. Rispe-
ridone for the treatment of cocaine dependence: randomized, double-blind. J Clin
Psychopharmacol. 2000 Jun;20(3):305-10.
48. Kampman KM, Pettinati H, Lynch KG, Sparkman T, O’Brien CP. A pilot trial of olanzapine
for the treatment of cocaine dependence. Drug Alcohol Depend. 2003 Jun5;70(3):265-
73.
49. Shoptaw S, Yang X, Rotheram-Fuller EJ, Hsieh YC, Kintaudi PC, Charuvastra VC, et al.
Randomized placebo-controlled trial of baclofen for cocaine dependence: preliminary
effects for individuals with chronic patterns of cocaine use. J Clin Psychiatry. 2003
Dec;64(12):1440-8.
50. Grant JE, Kim SW, Hollander E, Potenza MN. Predicting response to opiate antagonists
and placebo in the treatment of pathological gambling. Psychopharmacology (Berl).
2008 Nov;200(4):521-7.
51. Ramoz N, Versini A, Gorwood P. Eating disorders: an overview of treatment responses
and the potential impact of vulnerability genes and endophenotypes. Expert Opin
Pharmacother. 2007 Sep;8(13):2029-44.
52. Dackis CA, Kampman KM, Lynch KG, Pettinati HM, O’Brien CP. A double-blind, placebo-
controlled trial of modafinil for cocaine dependence. Neuropsychopharmacology. 2005
Jan;30(1):205-11.
53. Malcolm R, LaRowe S, Cochran K, Moak D, Herron J, Brady K, et al. A controlled trial
of amlodipine for cocaine dependence: a negative report. J Subst Abuse Treat. 2005
Mar;28(2):197-204.
54. Pani PP, Amato L, Davoli M, Vecchi S. Disulphiram for the treatment of cocaine depen-
dence (Protocol). Cochrane Database Syst Rev. 2008 Apr 26;(2):CD007024.
55. Suh JJ, Pettinati HM, Kampman KM, O’Brien CP. The status of disulfiram: a half of a
century later. J Clin Psychopharmacol. 2006 Jun;26(3):290-302.
56. Xavier C, Casas M, Vidal X, Bosch R, Roncero C, Antoni Ramos-Quiroga J, et al.
Efficacy of central nervous system stimulant treatment for cocaine dependence: a
systematic review and meta-analysis of randomized controlled clinical trials.Addic-
tion.2007;102(12):1871-87.
Leituras recomendadas
Castells X, Casas M, Vidal X, Bosch R, Roncero C, Ramos-Quiroga JA, et al. Efficacy of central
nervous system stimulant treatment for cocaine dependence: a systematic review and meta-
analysis of randomized controlled clinical trials. Addiction. 2007 Dec;102(12):1871-87.
Glasziou P, Vandenbroucke JP, Chalmers I. Assessing the quality of research. BMJ. 2004 Jan
3;328(7430):39-41. Erratum in: BMJ. 2004 Sep 11;329(7466):621.
Herranz JL. Topiramate, a new antiepileptic drug. Rev Neurol. 1997;25(144):1221-5.
Johnson BA, Ait-Daoud N, Bowden CL, DiClemente CC, Roache JD, Lawson K, et al. Oral
topiramate for treatment of alcohol dependence: a randomized controlled trial. Lancet. 2003
May 17;361(9370):1677-85.
Lima AR, Lima MS, Soares BG, Farrell M. Carbamazepine for cocaine dependence. Co-
chrane Database Syst Rev. 2002;(2):CD002023. Update in: Cochrane Database Syst Rev.
2009;(1):CD002023.
Lima MS, Reisser AA, Soares BG, Farrell M. Antidepressants for cocaine dependence. Cochrane
Database Syst Rev. 2003;(2):CD002950.
Stoops WW, Lile JA, Lofwall MR, Rush CR. The safety, tolerability, and subject-rated effects
of acute intranasal cocaine administration during aripiprazole maintenance. Am J Drug
Alcohol Abuse. 2007;33(6):769-76
Quadro clínico
Tabela 13.1
Principais opioides de uso comercial no Brasil
Complicações clínicas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
1. Baltieri DA, Strain EC, Dias JC, Scivoletto S, Malbergier A, Nicastri S, et al. Diretrizes
para o tratamento de pacientes com síndrome de dependência de opióides no Brasil.
[Artigo online]. Rev Bras Psiquiatr. 2004;26(4):259-69. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/rbp/v26n4/a11v26n4.pdf.
2. Tanaka PP, Moss J. O papel dos antagonistas periféricos dos opióides no tratamento da dor
e nos cuidados perioperatórios. Rev Bras Anestesiol. 2008 Set-Out;58(5):533-47.
3. Zubieta J, Greenwald MK, Lombardi U, Woods JH, Kilbourn MR, Jewett DM, et
al. Buprenorphine-induced changes in mu-opioid receptor availability in male
heroin-dependent volunteers: a preliminary study. Neuropsychopharmacology. 2000
Sep;23(3):326-34.
4. Lingford-Hughes A, Nutt D. Neurobiology of addiction and implications for treatment.
Br J Psychiatry. 2003 Feb;182:97-100.
5. UNODC. United Nations Office Drug and Crime. World Drug Report 2008. Slovakia:
United Nations Publications, 2008. n. E08.XI.1, p. 310. Disponível em: < http://viewer.
zmags.com/showmag.php?preview=1&mid=wtddth&%5Fx=1#/page0/ >. Acesso
em: 20 jan. 2009.
6. Carlini E, Galduróz JCF, Noto AR, Nappo AS. I levantamento domiciliar sobre o uso de
drogas psicotrópicas no Brasil de 2001. São Paulo: Centro Brasileiro de Informações
sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo (CEBRID/UNIFESP);
2002.
7. Laranjeira R, Ratto L, Dunn J. Heroína a próxima epidemia de drogas no Brasil? J Bras
Psiquiatr. 1997 Jan;46(1):5-7.
8. Policia Federal. [Homepage na internet]. Disponível em: http://www.dpf.gov.br/DCS/.
Acesso em: 10 dez 2008.
9. ADPF. Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal. Disponível em: http://
www.adpf.org.br/modules/news/article.php?storyid=39427. Acesso restrito em: 10
dez 2008.
10. Alves HNP, Surjan JC, Nogueira-Martins LA, Marques ACP, Ramos SP, Laranjeira RR.
Perfil clínico e demográfico de médicos com dependência química. Rev Assoc Med
Bras. 2005 Maio-jun;51(3):139-43.
11. Daudt AW, Hadlich E, Facin MA, Aprator MS, Pereira RP. Opióides no manejo da dor
— uso correto ou subestimado? Dados de um hospital universitário. Rev Assoc Med
Bras. 1998 Abr-jun;44(2):106-10.
12. Hoffman RS, and col. Atypical Reactions Associated With Heroin Use-Five States,
January-April 2005. JAMA. 2005;294(19):2424-27.
13. Polydorou S, Kleber HD. Detoxification of opioids. In: Galanter M, Kleber HB. The
American Psychiatric Publishing textbook of substance abuse treatment. 4th. ed. Ar-
lington: American Psychiatric Publishing, 2008. p.265-287.
14. Botega NJ. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. In: Ri-
beiro M, Laranjeira R, Dunn J. Álcool e drogas: emergência e psiquiátrica. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2006. p. 263-81.
15. Darke S, Ross J, Hall W. Overdose among heroin users in Sydney, Australia: I. Preva-
lence and correlates of non-fatal overdose. Addiction. 1996 Mar;91(3):405-11.
16. Gossop M, Griffiths P, Powis B, Williamson S, Strang J. Frequency of non-fatal heroin
overdose: survey of heroin users recruited in non-clinical settings. BMJ. 1996 Aug
17;313(7054):402.
17. Seal KH, Kral AH, Gee L, Moore LD, Bluthenthal RN, Lorvick J, et al. Predictors and
prevention of nonfatal overdose among street-recruited injection heroin users in the
San Francisco Bay Area, 1998-1999. Am J Public Health. 2001 Nov;91(11):1842-6.
Leituras recomendadas
Beletsky L, Ruthazer R, Macalino GE, Rich JD, Tan L, Burris S. Physicians’ knowledge of
and willingness to prescribe naloxone to reverse accidental opiate overdose: challenges and
opportunities. J Urban Health. 2007 Jan;84(1):126-36.
Brown C, Fezoui M, Selig WM, Schwartz CE, Ellis JL. Antitussive activity of sigma-1 receptor
agonists in the guinea-pig. Br J Pharmacol. 2004 Jan;141(2):233-40.
Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. II Levantamento domiciliar sobre o uso de
drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país. São
Paulo: Páginas & Letras; 2005.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Atypical reactions associated with heroin
use-five states, January-April 2005. JAMA. 2005 Nov 16;294(19):2424-27.
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Heroin overdose deaths-Multnomah
County, Oregon, 1993-1999. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2000 Jul 21;49(28):633-6.
Figlie BN, Bordin S, Laranjeira R. Aconselhamento em dependência química. São Paulo:
Roca; 2004.
Opióides. In: Figlie BN, Bordin S, Laranjeira R. Aconselhamento em dependência química.
São Paulo: Roca; 2004.
Projeto Diretrizes [Monografia online]. Barueri: Associação Médica Brasileira, Conselho
Federal de Medicina; 2008. Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_di-
retrizes/texto_introdutorio.pdf.
Ribeiro M, Laranjeira R, Dunn J. Álcool e drogas: emergência e psiquiátrica. IN: Botega NJ,
organizador. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed; 2006. p.263-81.
Sporer KA. Acute heroin overdose. Ann Intern Med. 1999 Apr 6;130(7):584-90.
Sporer KA. Strategies for preventing heroin overdose. BMJ. 2003 Feb 22;326(7386):442-4.
Unintentional and undetermined poisoning deaths-11 States, 1990-2001. JAMA. 2004 May
5;291(17):2064-5.
Metadona (Metadon®)
É o medicamento mais estudado e utilizado para tratamento da depen-
dência de opioides, sendo também utilizado como analgésico no tratamento
da dor aguda. Tem ação agonista completa sobre os receptores mu e meia-
vida de aproximadamente 24 horas. Altas doses de metadona aliviam o cra-
ving e induzem a tolerância cruzada para outros opioides, bloqueando, assim,
a euforia induzida pela heroína.3,4
LAAM
Buprenorfina (Temgesic®)
Naltrexona (Revia®)
Considerações finais
Referências
1. World Drug Report 2008 [Monografia na internet]. Vienna: United Nations Office on
Drug and Crimes (UNODC); 2008. Disponível em: http://www.unodc.org/documents/
wdr/WDR_2008/WDR_2008_eng_web.pdf.
2. Silveira DX, Julião AM, Moreira FG. Transtornos relacionados ao uso de drogas: roteiro
terapêutico e acompanhamento psiquiátrico. In: Silveira DX, Moreira FG. Panorama
atual de drogas e dependências. São Paulo: Atheneu; 2006. p.107-12.
3. American Psychiatric Association. Diretrizes para o tratamento de transtornos psiqui-
átricos: compêndio 2006. Porto Alegre: Artmed; 2008.
4. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
5. Epstein S, Renner JA, Ciraulo DA, Knapp CM, Jaffe JH. Opioids. In: Kranzler HR, Ci-
raulo DA. Clinical manual of addiction, psychopharmacology. Washington: American
Psychiatric Association; 2005. p.55-110.
6. Krantz MJ, Mehler PS. Treating opioid dependence. Growing implications for primary
care. Arch Intern Med. 2004 Feb 9;164(3):277-88.
7. Shottenfeld RS, Chawarski MC, Pakes JR, Pantalon MV, Carroll KM, Kosten TR. Metha-
done versus buprenorphine with contingency management or performance feedback
for cocaine and opioid dependence. Am J Psychiatry 2005;162(2):340-9.
8. Mattick RP, Kimber J, Breen C, Davoli M. Buprenorphine maintenance versus placebo
or methadone maintenance for opioid dependence. Cochrane Database Syst Rev.
2004;(3):CD002207. Update in: Cochrane Database Syst Rev. 2008;(2):CD002207.
9. O’Connor PG, Fiellin DA. Pharmacologic treatment of heroin-dependent patients. Ann
Intern Med. 2000 Jul 4;133(1):40-54.
10. Seal KH, Ochoa KC, Hahn JA, Moss AR. Overdosing among young injection drug users
in San Francisco. Addict Behav. 2001 May-Jun;26(3):453-60
Ser idoso também parece estar relacionado com uma maior chance de
receber prescrição de BDZ, visto que é a medicação psicotrópica mais comu-
mente prescrita entre os idosos.6
Outro aspecto importante referente ao uso de BDZs é a utilização des-
ses fármacos nas tentativas de suicídio, correspondendo a cerca de 50% de
todos os medicamentos utilizados nesse caso, seguidos pelos barbitúricos
(16%) e analgésicos (13%), conforme dados de estudo realizado no Hospital
de Clínicas da UNICAMP.7 No entanto, apesar de aparecerem em vários estu-
dos entre os fármacos mais associados a tentativas de suicídio e intoxicações
acidentais por medicamentos,3,8-12 os BDZs oferecem muita segurança, sen-
do que doses 50 a 100 vezes maiores que as terapêuticas ainda permanecem
bem toleradas.13
Raramente pacientes intoxicados por BDZs vão a óbito, mesmo nas into-
xicações mais graves, que incluem toxicidade cardíaca e pulmonar,14 porque
não produzem depressão do sistema nervoso central (SNC) importante e ra-
ras vezes produzem Glasgow abaixo de oito.15
A Tabela 15.1 apresenta os principais BDZs, suas dosagens habituais e
meia-vida.
Tabela 15.1
Principais benzodiazepínicos, dosagens habituais e meia-vida
Considerações finais
Referências
Leituras recomendadas
Buckley NA, Dawson AH, Whyte IM, O’Connell DL. Relative toxicity of benzodiazepines in
overdose. BMJ. 1995 Jan 28;310(6974):219-21.
Ciraulo DA, Ciraulo J, Sands B F, Knapp C M, Sarid-Segal O. Sedative-Hypnotics. In: Kranzler
HR, Ciraulo DA. Clinical manual of addiction psychopharmacology. Arlington: American
Psychiatric; 2005. p.111-62.
Existem duas diferenças básicas entre esses dois fenômenos que podem
se confundir quando a ansiedade está relacionada a introdução ou manuten-
ção de medicação ansiolítica. A primeira diferença diz respeito ao tempo en-
tre a descontinuação do tratamento e o surgimento dos sintomas, que podem
piorar ou melhorar. Na síndrome de abstinência, por exemplo, eles ocorrem
alguns dias depois da redução ou parada da ingestão medicamentosa e são
mais graves no início, diminuindo gradativamente à medida que o tempo
passa até desaparecerem.
No caso do reaparecimento de sintomas relacionados com ansiedade,
observa-se uma progressiva piora à medida que o tempo passa, após a des-
continuação do consumo de benzodiazepínicos. Em ambos os fenômenos, a
meia-vida da medicação em uso tem relação direta com o tempo para o sur-
gimento ou a duração dos sintomas.16
A segunda diferença está na própria apresentação dos sintomas. Apesar
de ambos terem muitos sintomas em comum, como insônia, nervosismo e di-
ficuldade de concentração, a síndrome de abstinência apresenta sintomas que
não podem ser explicados apenas como resultantes de um quadro de ansie-
dade.16 Entre eles estão: aumento da percepção sensorial (odores, luz, tato,
paladar), despersonalização, desrealização, alterações perceptuais anormais
de movimentos18 e convulsões.16
Tratamento medicamentoso
Retirada gradual
A retirada gradual é o tratamento clássico no qual a própria substância
é utilizada para tratar a abstinência; é muito utilizada por ser uma técnica
fácil e de baixo custo. Consiste na redução de um quarto da dose (25%) por
semana. A retirada da primeira metade (50%) é mais bem aceita, podendo
ser feita nas duas semanas iniciais de tratamento. A segunda metade (50%
restante) pode necessitar de um tempo maior para ser retirada. Um esquema
de redução de doses feito por escrito, com desenhos dos comprimidos e da-
tas subsequentes de redução, pode facilitar a compreensão da técnica.14,25 A
retirada lenta evita o rebote dos sintomas18 e é recomendada mesmo para os
pacientes com doses terapêuticas.14
Estudos mais recentes têm corroborado a eficácia da retirada gradual
dos benzodiazepínicos,24,26,27 porém, atualmente, melhores resultados têm
sido observados quando associada ao chamado “stepped care”, ou seja, a inter-
venção mínima seguida de descontinuação sistemática não combinada.21,27
O esquema a seguir facilita a conduta no momento da retirada gradual.
Evidência científica
Carbamazepina (Tegretol®)
A revisão sistemática conduzida por Denis e colaboradores,29 a qual in-
cluiu 8 ensaios clínicos avaliando um total de 458 sujeitos dependentes de um
único benzodiazepínico, evidenciou o potencial valor da carbamazepina como
uma intervenção eficaz para a descontinuação gradual do BDZ. Ela apresen-
tou um benefício bastante modesto na redução da gravidade da abstinência,
porém, houve melhora significativa no wash out da droga no seguimento.
Ainda são necessários outros estudos controlados com amostras maiores
para que se possa confirmar esses benefícios, avaliando efeitos adversos, melhor
dose terapêutica e quando seu uso clínico é a melhor indicação.29 Poucos estu-
Valproato (Depakane®)
Outras medicações
Considerações Finais
17. Raj A, Sheehan D. Benzodiazepines. In: Schatzberg AF, Nemeroff CB, editors. Essentials
of clinical psychopharmacology. 2nd. ed. Washington: American Psychiatric; 2006.
p.181-98.
18. Sadock BJ, Sadock VA, Grebb JA. Manual de farmacologia psiquiátrica. 3ª ed. Porto
Alegre: Artmed; 2002.
19. Leonard BE. Pharmacological aspects of drugs of misuse. In: David JK, editor. Seminars
in clinical psychopharmacology. 2nd. ed. London: Gaskell; 2004. p.484-528.
20. Rosebush PI, Mazurek MF. Catatonia after benzodiazepine withdrawal. J Clin Psycho-
pharmacol. 1996 Aug;16(4):315-9.
21. Oude Voshaar RC, Gorgels WJ, Mol AJ, Couvée JE, van Balkom AJ, Zitman FG. Tre-
atment methods for discontinuation of long –term benzodiazepine use. Ned Tijdschr
Geneeskd. 2001 Jul 14;145(28):1347-50.
22. Haro G, Cervera G, Martinez-Raga J, Pérez-Gálvez B, Fernandez-Garcés M, Sanju-
an J. Pharmacological treatment of substance dependence from a neuroscientific
perspective(II): alcohol, benzodiazepines and nicotine. Actas Esp Psiquiatr. 2003
Sep-Oct;31(5):284-98.
23. Voshaar RC, Gorgels WJ, Mol AJ, van Balkom AJ, Mulder J, van de Lisdonk EH, et al. Pre-
dictors of long-term benzodiazepine abstinence in participants of a randomized controlled
benzodiazepine withdrawal program. Can J Psychiatry. 2006 Jun;51(7):445-52.
24. Vicens C, Fiol F, Llobera J, Campoamor F, Mateu C, Alegret S, et al. Withdrawal from
long-term benzodiazepine use: a randomised trail in family practice. Br J Gen Pract.
2006 Dec;56(533):958-63. Comment in: Br J Gen Pract. 2007 Mar;57(536):246.
25. Bordin S, Figlie BN, Laranjeira R. Sedativos-Hipnóticos. In: Aconselhamento em de-
pendência química. São Paulo: Roca; 2004. p.130-8.
26. Voshaar RC, Gorgels WJ, Mol AJ, van Balkom AJ, van de Lisdonk EH, Breteler MH, et al.
Tapering off long term benzodiazepine use with out group cognitive-behavioural therapy:
three-condition, randomised controlled trail. Br J Psychiatry. 2003 Jun;182:498-504.
27. Voshaar RC, Couvée JE, van Balkom AJ, Mulder PG, Zitman FG. Strategies for discontinuing
long-term benzodiazepine use: meta-analysis. Br J Psychiatry. 2006 Sep;189:213-20.
28. Harris JT, Roache JD, Thornton JE. A role for valproate in the treatment of seda-
tive-hypnotic withdrawal and for relapse prevention. Alcohol Alcohol. 2000 Jul-
Aug;35(4):319-23.
29. Denis C, Fatséas M, Lavie E, Auriacombe M. Pharmacological interventions for benzo-
diazepine mono-dependence–management in outpatient settings. Cochrane Database
Syst Rev. 2006 Jul 19;3:CD005194.
30. Lader M, Tylee A, Donoghue J. Withdrawing benzodiazepines in primary care. CNS
Drugs. 2009;23(1):19-34.
31. McElroy SL, Keck Jr PE, Post RM, editors. Antiepileptic drugs to treat psychiatric
disorders. New York: Informa Health Care; 2008.
Leitura recomendada
Sadock BJ, Kaplan HI, Sadock VA. Kaplan and Sadock’s synopsis of psychiatry: behavioral
sciences/Clinical Psychiatry. 10th. ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2007.
BARBItúRICOS
tABeLA 17.1
Principais barbitúricos e duração de suas ações
Considerações Finais
Referências
Autor – Convidado
Fórum – Emagrecimento
Data – 01h40min 12/06/2005
Título – VENDO ANFETAMINAS DESOBESI-M DUALID REDUCTIL XE-
NICAL LIPOSTABIL XENADRINE THERMO PRO CLEMBUTEROL
Algumas das perguntas:
1. Gostaria de saber de quantos miligramas você tem anfetamina e o
preço. Uso Anfepramona 50 mg 2x/dia para auxiliar na diminuição
do apetite. Por favor, escreva para xxx@hotmail.com. Um abraço.
2. Queria um contato com os preços e as propriedades dos remédios!
Quais mais fortes e que atuam mais rápido, efeitos colaterais, etc.
xxx@yahoo.com.br. Obrigada!
3. oi, preciso perder 18 quilos, por favor me mande os preços e forma
de pagamento. Moro em São José do Rio Preto, interior de São
Paulo. xxx@hotmail.com
4. oi, para perda de aproximadamente 5 kg, qual o mais indicado ?Me
mande seus preços e indicações e as formas de pagamento?? Moro
em Campina Grande, Paraíba. xxx@ig.com.br
5. Desejo comprar 2 caixas de Desobesi 30 cápsulas. Quanto custa cada
caixa? Como realizo o pagamento? Qual o prazo de entrega em São
Paulo capital? xxx@japan.com
6. Olá, gostaria de saber o preço do Desobesi M, pois estou tentando
entrar no site athletic body e não consigo. Aguardo uma resposta e
retorno com o endereço pra ser enviado. Preciso também do número
da conta pra depósito.
Nas últimas décadas, muitas variações dessas substâncias têm sido pro-
duzidas clandestinamente para fins recreativos. No Brasil, a mais conhecida
é a 3,4-metilenedioximetanfetamina (MDMA), tendo seu pico de surgimento
na década de 1990 e atingindo um público de adultos jovens, com formação
escolar, inseridos no mercado de trabalho, pertencentes às classes sociais mais
abastadas e poliusuários de drogas. Os nomes mais conhecidos da substância
na gíria de rua são: “bala”, “E” ou “pastilha”, “XTC” e “Adam”.4,5
Outra anfetamina que não possui utilização médica é a metanfetamina
(4-metilaminorex). Encontrada na forma de pó branco, pode às vezes apresen-
tar coloração marrom devido ao grau de impureza da substância produzida de
forma clandestina, sendo popularmente conhecida por “ice” e “ice glass”.6
A origem da metanfetamina foi em 1919, como uma substituta sintética
para a efedrina. Os laboratórios clandestinos emergiram na década de 1960,
Considerações finais
Referências
1. Buxton JA, Dove NA. The burden and management of crystal meth use. CMAJ. 2008
Jun 3;178(12):1537-9.
2. World Drug Report 2008 [Monografia na internet]. Vienna: United Nations Office on
Drug and Crimes (UNODC); 2008. Disponível em: http://www.unodc.org/documents/
wdr/WDR_2008/WDR_2008_eng_web.pdf.
3. Ribeiro M, Marques ACPR, Anfetaminas. In: Projeto diretrizes [Monografia online].
Barueri: Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina; 2008. Disponível
em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/texto_introdutorio.pdf.
4. Baptista MC, Noto AR, Nappo S, Carlini EA. O uso de êxtase (MDMA) na cidade de São
Paulo e imediações: um estudo etnográfico. J bras psiquiatr. 2002 Mar-Abr;51(2):81-9.
Leituras recomendadas
Bolding G, Hart G, Sherr L, Elford J. Use of crystal methamphetamine among gay men in
London. Addiction. 2006 Nov;101(11):1622-30.
Cabaj RP. Gay men and lesbians. In: Galanter M, Kleber HD. Textbook of substance abuse
treatment. 4th. ed. Virgínia: American Psychiatric Pub; 2008. p. 623-38.
Tratamento
Agitação
Complicações cardiovasculares
A hipertensão é melhor tratada por meio da sedação. Caso não seja efi-
caz, um vasodilatador, como o nitroprussiato de sódio ou a fentolamina, pode
ser útil para reverter o quadro.9
Taquiarritmias
Considerações Finais
Referências
1. Hanson GR, Venturelli PJ, Fleckenstein AE. Stimulants. In: Hanson GR. Drugs and
society. 9th. ed. Boston: Jones and Bartlett Publishers; 2005. p.280-321.
2. Greene SL, Kerr F, Braitberg G. Review article: amphetamines and related drugs of
abuse. Emerg Med Australas. 2008 Oct;20(5):391-402.
3. Buxton JA, Dove NA. The burden and management of crystal meth use. CMAJ. 2008
Jun 3;178(12):1537-9.
4. Rawson RA, Ling W. Clinical management: methamphetamine. In: Galanter M, Kleber
HD. Textbook of substance abuse treatment. 4th. ed. Virgínia: American Psychiatric
Pub, 2008. p. 169-79.
5. Schifano F, Corkery JM, Cuffolo G. Smokable (“ice”, “crystal meth”) and non smokable
amphetamine-type stimulants: clinical pharmacological and epidemiological issues,
with special reference to the UK. Ann Ist Super Sanita. 2007;43(1):110-5.
6. Jorge RCFA. Emergências relacionadas ao uso e abuso de drogas. In: Cordeiro DC,
Baldaçara L,(Orgs.). Emergências psiquiátricas. São Paulo: Roca; 2007. p.115-36.
7. Bordin S, Figlie NB, Laranjeira R. Anfetaminas. In: Aconselhamento em dependência
química. Roca: São Paulo; 2004. p.118-24.
8. Wise MG, Rundell JR. Anphetamine related disorders. In: Clinical manual of psycho-
somatic medicine: a guide to consultation-liaison psychiatry. Washington: American
Psychiatric; 2005. p.168-70.
9. Olson KR. Poisoning and drug overdose. 5th. ed. New York: McGraw-Hill Professional;
2006. p.68-405.
10. Kaye S, Darke S, Duflou J, McKetin R. Methamphetamine-related fatalities in Australia:
demographics, circumstances, toxicology and major organ pathology. Addiction. 2008
Aug;103(8):1353-60.
11. Cordeiro DC, Baldaçara L. Emergências psiquiátricas. São Paulo: Roca; 2007.
12. Rustin T. Substance Abuse. In: Glick RL. Emergency psychiatry: principles and practice.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2008. p.233-54.
13. Martin JFV, Loureiro AAC, Cipullo JP. Crise hipertensiva: atualização clínico-terapêutica.
Arq Ciênc Saúde. 2004 Out-dez;11(4):253-61.
Leitura recomendada
Sadock BJ, Sadock VA, Grebb JA. Compêndio de psiquiatria: ciências do comportamento e
psiquiatria clínica. 9. ed. Porto Alegre: Artmed; 2007
Observa-se que pouca pesquisa formal tem sido conduzida para avaliar
a eficácia de qualquer regime farmacoterápico a ser utilizado na síndrome de
abstinência de anfetaminas e metanfetaminas.1 Muitas das condutas realiza-
das neste período provém da prática e da observação clínica de pacientes que
se apresentam em salas de emergência ou ambulatórios de dependência quí-
mica com quadro de fadiga, humor depressivo e pensamentos negativos ou
pessimistas. Na grande maioria dos casos os sintomas resolvem em curto pe-
ríodo de tempo, sendo necessárias apenas medidas suportivas de provisão de
ambiente calmo, restabelecimento da alimentação, hidratação e descanso.
Após períodos prolongados de consumo desses psicoestimulantes, os
usuários apresentam períodos de exaustão muito semelhantes aos da depres-
são. Nos quadros de abstinência provocados pelas anfetaminas, os sintomas
mais comuns são fadiga, fissura intensa, cefaleia, ansiedade, agitação, pesa-
delos, anedonia, humor depressivo e hiperfagia.2,3 Quadros mais intensos de
abstinência são observados em usuários de metanfetaminas por via injetável;
tais como paranoia e prejuízo cognitivo.4
A síndrome de abstinência de metanfetaminas pode ser dividida em
duas fases:
Tratamento
Antipsicóticos
Os antipsicóticos são reservados para os casos de quadros de psicose,
agitação ou mesmo delirium.3 Haloperidol é comumente utilizado (dosagens
de acordo com o que foi discutido no capítulo sobre intoxicação por anfeta-
minas).
A tioridazida (Melleril®) é outro antipsicótico que pode ser útil em casos
de agitação e ansiedade,1 na dose média de 300 a 600 mg/dia, fracionada
em 2 a 4 vezes. Pacientes com problemas hepáticos, renais e com baixo peso
devem receber doses diárias menores.7
A olanzapina em comprimidos orodispersíveis (Zyprexa zydis®) ou na
forma injetável para uso intramuscular (Zyprexa® IM), em doses habituais,
é suficiente para estabilizar o quadro:8 em torno de 10 mg/IM, repetindo a
dose em 1 ou 2 horas.7 Na forma orodispersível, existem comprimidos de 5
e 10 mg.
Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos, em especial os com meia-vida curta, podem ser
utilizados no intuito de diminuir a sintomatologia durante a síndrome de
abstinência.4 O lorazepam ou o diazepam podem ser administrados para agi-
tação e ansiedade.3
Considerações Finais
Referências
1. Wolff K. Addiction medicine. In: Karch SB. Drug abuse handbook. 2nd. ed. New York:
CRC; 2006. p.559-96.
2. Murphy MJ, Cowan RL, Sederer L. Substance related disorders. In: Blueprints in
psychiatry. 5th ed. Philadelphia: Lippincott, Williams and Wilkins; 2008. p.32-41.
3. Wise MG, Rundell JR. Anphetamine related disorders. In: Clinical manual of psycho-
somatic medicine: a guide to consultation-liaison psychiatry. Washington: American
Psychiatric; 2005. p.168-70.
4. Ribeiro M, Marques ACPR. Anfetaminas. In: Projeto diretrizes [Monografia online].
Barueri: Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina; 2008. Disponível
em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/texto_introdutorio.pdf.
5. McGregor C, Srisurapanont M, Jittiwutikarn J, Laobhripatr S, Wongtan T, White JM.
The nature, time course and severity of methamphetamine withdrawal. Addiction.
2005 Sep;100(9):1320-9.
6. Hanson GR, Venturelli PJ, Fleckenstein AE. Stimulants. In: Drugs and society. 9th ed.
Boston: Jones and Bartlett; 2005. p.280-321.
7. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005. p.270-2.
8. Rustin T. Substance abuse. In: Glick RL. Emergency psychiatry: principles and Practice.
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2008. p.233-54.
9. King GR, Ellinwood Jr EH. Amphetamines and other stimulants. In: Lowinson JH, Ruiz
P, Millman RB, Langrod JG, editors. Substance abuse: a comprehensive textbook. 4th.
ed. Philadelphia: Lippincott, Williams and Wilkins; 2004. p.277-301.
10. Guthrie S, Brower KJ, Karam-Hage M. Substance related disorders. In: Chisholm-Burns
MA. Pharmacotherapy: principles and practice. New York: McGraw-Hill Professional;
2008. p.525-48.
11. Degenhardt L, Coffey C, Carlin JB, Moran P, Patton GC. Who are the new amphe-
tamine users? A 10-year prospective study of young Australians. Addiction. 2007
Aug;102(8):1269-79.
12. Rawson RA, Ling W. Clinical management: methamphetamine. In: Galanter M, Kleber
HD. Textbook of substance abuse treatment. 4th. ed. Virgínia: American Psychiatric
Pub, 2008. p. 169-79.
Leitura recomendada
Buxton JA, Dove NA. The burden and management of crystal meth use. CMAJ. 2008 Jun
3;178(12):1537-9.
Tratamento farmacológico
Considerações finais
Referências
Leitura recomendada
Possibilidades terapêuticas
Considerações finais
Referências
sexual behavior among a cohort of San Francisco men who have sex with men. The
Explore Study Team. J Urban Health. 2005 Mar;82(Suppl 1):62-70.
9. Petermann H. [Laughing gas: pleasure gas and inhalation anesthetic—experience and
action as decisive factors in the history of anesthesia]. Sudhoffs Arch Z Wissenschafts-
gesch Beih. 2004;(54):227-37.
10. Wu LT, Schlenger WE, Ringwalt CL. Use of nitrite inhalants (“poppers”) among Ame-
rican youth. J Adolesc Health. 2005 Jul;37(1):52-60.
11. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
p.695.
12. Miller G. Psychopharmacology. Tackling alcoholism with drugs. Science. 2008 Apr
11;320(5873):168-70.
13. Carlini EA, Galduroz JCE, Noto AR, Nappo SA. II Levantamento domiciliar sobre o
uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do
país. São Paulo: Páginas & Letras; 2005.
Leitura recomendada
Pandina R, Hendren R. Other drugs of abuse: inhalants, designer drugs, and steroids. In:
McCrady BS, Epstein EE. Addictions: a comprehensive guidebook. New York: Oxford Uni-
versity; 1999. p.171-86.
classificação
Alucinógenos naturais
Acredita-se que aproximadamente 50 espécies de plantas possuam pro-
priedades alucinógenas, e estima-se que existam em torno de uma dúzia de
alucinógenos naturais, os quais são consumidos por seus usuários com diver-
sas finalidades. Desde a antiguidade, por exemplo, alguns alucinógenos natu-
rais vêm sendo empregados para fins ritualísticos, com o objetivo de produzir
experiências místicas.7
As principais plantas com propriedades alucinógenas são os “cogume-
los”, a “jurema”, a “chacrona” e o “cocapi” ou “caapi” (Ayahuasca), sendo que
as duas últimas são plantas ingeridas no “ritual do Santo Daime”, ou “culto
da união vegetal”, sob a forma de preparações líquidas, utilizadas principal-
mente na América do Sul (Peru, Colômbia e Brasil).1,7
Alucinógenos sintéticos
O LSD (dietilamida do ácido lisérgico), conhecido pelos usuários como
“ácido” ou “doce”,4 é considerado o protótipo desse grupo e, por esse motivo,
Tratamento
Devido ao fato de não estar ainda bem estabelecida a dose mínima letal
e a toxicidade do LSD, é importante que a gravidade dos quadros de intoxica-
ção sejam sempre avaliadas à luz da apresentação clínica.12
Os casos que chegam aos serviços de saúde, em geral, são estados agu-
dos de overdose, em decorrência de reações de pânico, que geram as chama-
das “bad trips”, ou de episódios de flashbacks.10,12
Recomenda-se aos serviços de emergência e pronto-socorro (PS) que
dispõem de screening/testes para detecção de drogas que os utilizem, prin-
cipalmente para identificar uso concomitante de outras possíveis drogas de
abuso.13 Esse procedimento tem implicações importantes na orientação de
condutas mais assertivas, evitando interações medicamentosas e aparecimen-
to de outras complicações clínicas (p. ex, coma por uso de outra droga).8,12
Na maioria dos pacientes assistidos em PS por sintomas de intoxicação
por LSD, a droga já foi completamente absorvida. Se o paciente ingeriu uma
quantidade substancial da droga (maior que 200 µg/kg) em um período ante-
rior à chegada ao PS (em 30 minutos) e não está obnubilado ou comatoso ou,
ainda, apresentando convulsões, o mais eficiente é a remoção da droga não
absorvida do estômago mediante lavagem gástrica. Caso esse procedimento
não seja viável, recomenda-se a indução da emese por meio de xaropes para
produzir vômitos. Se o vômito não ocorrer depois da primeira dose, o xarope
pode ser repetido em 30 minutos. As convulsões são tratadas com baixas do-
ses de diazepam (10 mg EV), tratamento que pode ser repetido, se necessário.
Considerações finais
Referências
1. Weaver MF, Schnoll SH. Hallucinogens and club drugs. In: Galanter M, Kleber HD.
Textbook of substance abuse treatment. 4th. ed. Virgínia: American Psychiatric Pub,
2008. p. 191-200.
2. Miller NS, Gold MS, Smith DE. Manual therapeutics for addictions. New York: John
Wiley & Sons; 1997.
3. Frances RJ, Miller SI. Clinical textbook of addictive disorders. 2nd. ed. New York: The
Guilford; 1998.
4. Stephens RS. Cannabis and hallucinogens. In: McCrady BS, Epstein EE. Addictions: a
comprehensive guidebook. New York: Oxford University; 1999. p.121-40.
5. Doria P. Albert Hofmann e o LSD, 1906-2008. [Artigo online]. 2008 Abr 30 [captu-
rado 2009 Fev 04]; Disponível em: http://pedrodoria.com.br/2008/04/30/albert-
hofmann-1906-2008/.
6. LSD. [Artigo online]. [capturado 2009 Fev 04]; Disponível em: http://www.profcupido.
hpg.ig.com.br/drogas_lsd.htm.
7. Riba J, Fornells AR, Urbano G, Morte A, Antonijoan R, Montero M, et al. Subjective
effects and tolerability of the South American psychoactive beverage Ayahuasca in
healthy volunteers. Psychopharmacology (Berl). 2001 Feb;154(1):85–95.
8. Kulig K. LSD. Emerg Med Clin North Am. 1990 Aug;8(3):551-8.
9. Halpern JH, Pope HG Jr. Hallucinogen persisting perception disorder: what do we
Know after 50 years? Drug Alcohol Depend. 2003 Mar 1;69(2):109-19.
10. Hermle L, Kovar KA, Hewer W, Ruchsow M. Hallucinogen-induced psychological
disorders. Fortschr Neurol Psychiatr. 2008 Jun;76(6):334-42.
11. Lerner AG, Gelkopf M, Skladman I, Rudinski D, Nachshon H, Bleich A. Clonazepam
treatment of lysergic acid diethylamide-induced hallucinogens persisting perception
disorder with anxiety features. Int Clin Psychopharmacol. 2003 Mar;18(2):101-5.
12. Tacke U, Ebert MH. Hallucinogens and phencyclidine. In: Kranzler HR, Ciraulo DA.
Clinical manual of addiction psychopharmacology. Washington: American Psychiatric;
2005. p.211-42.
13. McCarron MM, Walberg CB, Baselt RC. Confirmation of LSD intoxication by analysis
of serum and urine. J Anal Toxicol. 1990 May-Jun;14(3):165-7.
Leituras recomendadas
Laranjeira RR, Nicastri S. Abuso e dependência de álcool e drogas. In: Almeida OP, Dractu
L, Laranjeira RR. Manual de psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1996.
Levine RR. Pharmacology: drug actions and reactions. 5nd. ed. New York: Parthenon; 1996.
1. Esteroides orais:
Anadrol (oximetolona), Oxandrin (oxandrolona), dianabol (metan-
drostenolona), Winstrol (stanozolol)16
2. Esteroides injetáveis:
Decadurabolin (nandrolona decanoato), durabolin (nandrolona fe-
nopropionato), depotestosterona (testosterona cipionato), equipoise
(boldenona undecilenato) e tetraidrogestrinona (THG).16
Considerações finais
Referências
1. Brower KJ. Anabolic steroid abuse and dependence. Curr Psychiatry Rep. 2002
Oct;4(5):377-87.
2. Birgner C, Kindlundh-Högberg AM, Alsiö J, Lindblom J, Schiöth HB, Bergström L.
The anabolic androgenic steroid nandrolone decanoate affects mRNA expression of
dopaminergic but not serotonergic receptors. Brain Res. 2008 Nov 13;1240:221-8.
3. Guarino G, Spampinato S. Nandrolone decreases mu opioid receptors expression in
SH-SY5Y human neuroblastoma cells. Neuroreport. 2008 Jul 16;19(11):1131-5.
4. Araújo LR, Andreolo J, Silva MS. Utilização de suplemento alimentar e anabolizante
por praticantes de musculação nas academias de Goiânia-GO. Rev Bras Ciên Mov. 2002
Jul;10(3):13-8.
5. Perry PJ, Lund BC, Deninger MJ, Kutscher EC, Schneider J. Anabolic steroid use in
weightlifters and bodybuilders: an internet survey of drug utilization. Clin J Sport
Med. 2005 Sep;15(5):326-30.
6. Di Pietro MC. Uso abusivo de esteróides anabolizantes androgênicos: a droga da ge-
ração saúde. In: Silveira DX, Moreira FG. Panorama atual de drogas e dependências.
São Paulo: Atheneu; 2006. p.175-8.
7. Kanayama G, Hudson JI, Pope HG Jr. Long-term psychiatric and medical consequences
of anabolic-androgenic steroid abuse: a looming public health concern?. Drug Alcohol
Depend. 2008 Nov 1;98(1-2):1-12.
8. Bolding G, Sherr L, Maguire M, Elford J. HIV risk behaviors among gay men who use
anabolic steroids. Addiction. 1999 Dec;94(12):1829-35.
9. Bolding G, Sherr L, Elford J. Use of anabolic steroids and associated health risks among
gay men attending London gyms. Addiction. 2002 Feb;97(2):195-203.
10. Anabolic steroid use: Federal efforts to prevent and reduce anabolic steroid abuse
among teenagers. Report to the Committee on Oversight and Government Reform,
cetamina
Tratamento
Não existe atualmente qualquer tratamento com indicação específica
para intoxicação por cetamina. O suporte com cuidados gerais, que inclui
promover um ambiente calmo e com baixo estímulo, pode ser útil. Em geral,
poucas horas de observação são suficientes.13
O uso de benzodiazepínicos pode ser útil, em particular se agitação
psicomotora estiver presente, embora os clínicos devam estar alertas para
a possibilidade de interação medicamentosa, levando ao prolongamento da
meia-vida da cetamina. O uso de antipsicótico pode ocasionalmente piorar os
sintomas.13
GHB
Tratamento
Considerações finais
Referências
1. Halkitis PN, Palamar JJ, Mukherjee PP. Poly-club-drug use among gay and bisexual
men: a longitudinal analysis. Drug Alcohol Depend. 2007 Jul 10;89(2-3):153-60.
2. Carey JW, Mejia R, Bingham T, Ciesielski C, Gelaude D, Herbst JH, et al. Drug Use,
High Risk Sex Behaviors, and Increased Risk for Recent HIV Infection among Men who
Have Sex with Men in Chicago and Los Angeles. AIDS Behav. 2008 May 23. [Epub
ahead of print].
3. Halkitis PN, Palamar JJ. GHB use among gay and bisexual men. Addict Behav. 2006
Nov;31(11):2135-9.
4. Leung KS, Li JH, Tsay WI, Callahan C, Liu SF, Hsu J, et al. Dinosaur girls, candy girls,
and Trinity: voices of Taiwanese club drug users. J Ethn Subst Abuse. 2008;7(3):237-
57.
5. McCaughan JA, Carlson RG, Falck RS, Siegal HA. From “Candy Kids” to Chemi-Kids”:
a typology of young adults who attend raves in the Midwestern United States. Subst
Use Misuse. 2005;40(9-10):1503-23.
6. Pal HR, Berry N, Kumar R, Ray R. Ketamine dependence. Anaesth Intensive Care. 2002
Jun;30(3):382-4.
7. Muetzelfeldt L, Kamboj SK, Rees H, Taylor J, Morgan CJ, Curran HV. Journey through
the K-hole: phenomenological aspects of ketamine use. Drug Alcohol Depend. 2008
Jun 1;95(3):219-29.
8. Wu LT, Schlenger WE, Galvin DM. Concurrent use of methamphetamine, MDMA, LSD,
ketamine, GHB, and flunitrazepam among American youths. Drug Alcohol Depend.
2006 Sep 1;84(1):102-13.
9. Ketamine: a briefing paper for drug education professionals. Drug & Alcohol [Artigo
online]. 2005 Jun [capturado 2008 Maio 23]; Disponível em: http://www.drugscope.
org.uk/Resources/Drugscope/Documents/PDF/Education%20and%20Prevention/
Ketamine.pdf.
10. Johnston LD, O’Malley PM, Bachman JG. Table 2: trends in annual and 30-day pre-
valence of use of various drugs for eight, tenth, and twelfth graders [online]. Michi-
gan: University of Michigan; 2003. Disponível em: http://monitoringthefuture.org/
data/02data/pr02t2.pdf.
11. Shahani R, Streutker C, Dickson B, Stewart RJ. Ketamine-associated ulcerative cystitis:
a new clinical entity. Urology. 2007 May;69(5):810-2.
12. Degenhardt L, Copeland J, Dillon P. Recent trends in the use of “club drugs”: an Aus-
tralian review. Subst Use Misuse. 2005;40(9-10):1241-56.
13. Kranzler HR, Ciraulo DA. Clinical manual of addiction psychopharmacology. Washin-
ghton: American Psychiatric; 2005.
14. Kugelberg FC, Holmgren A, Eklund A, Jones AW. Forensic toxicology findings in deaths
involving gamma-hydroxybutyrate. Int J Legal Med. 2008 Dec 2. [Epub ahead of print].
15. Girard AL, Senn CY. The role of the new “date rape drugs”in attributions about date
rape. J Interpers Violence. 2008 Jan;23(1):3-20.
16. Lee SJ, Levounis P. Gamma hydroxybutyrate: an ethnographic study of recreational
use and abuse. J Psychoactive Drugs. 2008 Sep;40(3):245-53.
17. Smith Km, Larive Ll, Romanelli F. Club drugs: methylenedioxymethamphetamine,
flunitrazepam, ketamine hydrochloride, and gamma-hydroxybutyrate. Am J Health
Syst Pharm. 2002 Jun 1;59(11):1067-76.
18. Falcão LAR. O uso das drogas sintéticas: uma pesquisa bibliográfica [Monografia
online]. São Paulo; 2006 [capturado 2008 maio 31]. Disponível em: http://www.
smarcos.br/noticias/drogassinteticas.pdf.
19. Carter LP, Koek W, France CP. Behavioral analyses of GHB: receptor mechanisms.
Pharmacol Ther. 2009 Jan;121(1):100-14.
Leituras recomendadas
Campbell-Fleming JM, Williams A. The use of ketamine as adjuvant therapy to control severe
pain. Clin J Oncol Nurs. 2008 Feb;12(1):102-7.
Club Drugs: agrupamento de várias classes de drogas [Folheto online]. São Paulo: Associação
Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD). Prefeitura Municipal de Santos
(PMS). [capturado 2008 maio 31]. Disponível em: http://www.abead.com.br/informacoes/
arquivos/Folheto_clubdrugs.pdf.
Correll GE, Futter GE. Two case studies of patients with major depressive disorder given
low-dose (subanesthetic) ketamine infusions. Pain Med. 2006 Jan-Feb;7(1):92-5.
Guimarães Neto WM, Peres RAN. O ácido gama hidroxibutirato: GHB [Artigo online].
[capturado 2008 maio 31]; Disponível em: http://www.marombapura.com.br/index.
php?option=com_content&task=view&id=322&Itemid=31.
Ketamine. Wikipedia: the free encyclopedia. [Artigo online]. [capturado 2008 Maio 24];
Disponível em: http://en.wikipedia.org/wiki/Ketamine.
Krupitsky EM, Burakov AM, Dunaevsky IV, Romanova TN, Slavina TY, Grinenko AY. Single
versus repeated sessions of ketamine-assisted psychotherapy for people with heroin depen-
dence. J Psychoactive Drugs. 2007 Mar;39(1):13-9.
Leung KS, Cottler LB. Ecstasy and other club drugs: a review of recent epidemiologic studies.
Curr Opin Psychiatry. 2008 May;21(3):234-41.
McCambridge J, Winstock A, Hunt N, Mitcheson L. 5-Year trends in use of hallucinogens and
other adjunct drugs among UK dance drug users. Eur Addict Res. 2007;13(1):57-64.
Novoa RA, Ompad DC, Wu Y, Vlahov D, Galea S. Ecstasy use and its association with sexual beha-
viors among drug users in New York City. J Community Health. 2005 Oct;30(5):331-43.
Organização Mundial da Saúde. Neurociência do uso e da dependência de substâncias
psicoativas: São Paulo: Roca; 2006.
Pandina R, Hendren R. Other drugs of abuse: inhalants, designer drugs, and steroids. In:
McCrady BS, Epstein EE. Addictions: a comprehensive guidebook. New York: Oxford Uni-
versity; 1999. p.171-86.
Ribeiro M, Laranjeira R, Dunn J. Álcool e drogas: emergência psiquiátrica. In: Botega NJ,
organizador. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed; 2006. p.263-81.
Vaiva G, Bailly D, Boss V, Thomas P, Lestavel P, Goudemand M. A case of acute psychotic
episode after a single dose of ecstasy. Encephale. 2001 Mar-Apr;27(2):198-202.
Yamamoto J. Recent trends of drug abuse in Japan. Ann N Y Acad Sci. 2004 Oct;1025:430-8
Tratamento
Considerações Finais
Referências
1. Tacke U, Ebert MH. Hallucinogens and phencyclidine. In:. Kranzler HR, Ciraulo DA.
Clinical manual of addiction psychopharmacology. Washington: American Psychiatric;
2005. p.211-42.
2. Dias JC, Pinto IM. Substâncias psicoativas: classificação, mecanismos de ação e efeitos
sobre o organismo. In: Silveira DX, Moreira FG. Panorama atual das drogas e depen-
dências. São Paulo: Atheneu; 2006. p.39-49.
3. Baeza M, Adolfo G. Abuso de anticolinérgicos: contribución a su clínica. Rev Psiquiatr.
1993 Jul-set;10(3):6-12.
4. Organização Mundial da Saúde. Neurociência do uso e da dependência de substâncias
psicoativas. São Paulo: Roca; 2006.
5. Ribeiro M, Laranjeira R, Dunn J. Álcool e drogas: emergência psiquiátrica. In: Botega
NJ, organizador. Prática psiquiátrica no hospital geral: interconsulta e emergência. 2.
ed. Porto Alegre: Artmed; 2006. p.263-81.
6. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed;2005.
7. Marc B, Martis A, Moreau C, Arlie G, Kintz P, Leclerc J. Acute datura stramonium poi-
soning in an emergency department. Presse Med. 2007 Oct;36(10 Pt 1):1399-403.
8. Spina SP, Taddei A. Teenagers with Jimson weed (datura stramonium) poisoning.
CJEM. 2007 Nov;9(6):467-8.
9. Crouch BI, Caravati EM, Booth J. Trends in child and teen nonprescription drug
abuse report to a regional poison control center. Am J Health Syst Pharm. 2004 Jun
15;61(12):1252-7.
10. Halpern JH. Halluconogens and dissociative agents growing in the United States.
Pharmacol Ther. 2004 May;102(2):131-8.
11. Gjerden P, Bramness JG, Slørdal L. The use and potential abuse of anticholinergic an-
tiparkinson drugs in Norway: a pharmacoepidemiological study. Br J Clin Pharmacol.
2009 Feb;67(2):228-33.
12. Raymundo M, Nappo SA, Oliveira LG, Sanchez Z, Carlini EA. Triexifenidila: caracte-
rização de seu consumo abusivo por um grupo de usuários na cidade de São Paulo.
Rev Psiquiatr Clin. 2003;30(6):207-17.
13. Carlini C, Silva Filho B, Ramos A. O abuso do Artane por meninos de rua de Säo
Paulo: possíveis influências da Portaria n§ 27/86 da DIMED. J Bras Psiquiatr. 1988
Jul-ago;37(4):201-3.
14. Montcriol A, Kenane N, Delort G, Asencio Y, Palmier B. Intencional datura stramo-
nium intoxication: an unknown etiology of mydriasis. Ann Fr Anesth Reanim. 2007
Sep;26(9):810-3.
15. DeFrates LJ, Hoehns JD, Sakornbut EL, Glascock DG, Tew AR. Antimuscarinic into-
xication resulting from the ingestion of moonflower seeds. Ann Pharmacother. 2005
Jan;39(1):173-6.
Chá da morte
O chamado “chá da morte” ou “chá de fita” é outra novidade e tem atraí
do a atenção da mídia, dos clínicos e dos pediatras, mas principalmente de
muitos jovens.
Nesse caso, os produtos usados são materiais encontrados com facili-
dade em qualquer domicílio. A literatura científica sobre o tema é ainda es-
cassa, porém existem várias salas de bate-papo e fóruns virtuais nos quais os
adolescentes trocam receitas de drogas já experimentadas, falam sobre suas
experiências com elas e anunciam quais serão as próximas da lista a serem
vivenciadas.
Entre as descrições de preparo está o uso de metais pesados extraídos
de pilhas, baterias velhas de celulares, baterias comuns e fitas cassete ou de
vídeo, materiais que são fervidos e muitas vezes cozidos em panelas de pres-
são até que liberem uma alta quantidade de ácidos e metais pesados. Essa
Efedrina
LAXANTES
CÁPSULA DO VENTO
Cafeína
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Referências
Leituras recomendadas
Chá da Morte e outras drogas lícitas iludem adolescentes [Artigo online]. [capturado 2008
Jun 01]; Disponível em: http://www.picarelli.com.br/magali/drogas_licitas.htm.
Deveze E. LSD com tarja vermelha: o antiinflamatório Benflogin faz sucesso nas baladas
como droga alucinógena. O barato pode causar hemorragia intestinal e danos nos rins.
Revista Época [periódico online]. 2005 Jan 31 [capturado 2008 Jun 01]; Disponível em:
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,,EPT900393-1664,00.html.
Efedrina. Wikipedia: the free encyclopedia. [Artigo online]. [capturado 2008 Jun 01]; Dis-
ponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Efedrina.
Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento
da CID-10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed; 1993.
Algumas recomendações
Referências
1. Kedia S, Sell MA, Relyea G. Mono- versus polydrug abuse patterns among publicly
funded clients. Subst Abuse Treat Prev Policy. 2007 Nov 8;2:33.
2. McCabe SE, Cranford JA, Morales M, Young A. Simultaneous and concurrent polydrug
use of alcohol and prescription drugs: prevalence, correlates, and consequences. J Stud
Alcohol. 2006 Jul;67(4):529-37.
3. Gouzoulis-Mayfrank E, Daumann J. The confounding problem of polydrug use
in recreational ecstasy/MSMA users: a brief overview. J Psychopharmacol. 2006
Mar;20(2):188-93.
4. Barrett SP, Gross SR, Garand I, Pihl RO. Patterns of simultaneous polysubstance use
in Canadian rave attendees. Subst Use Misuse. 2005;40(9-10):1525-37.
5. Kunitz SJ. Risk factors for polydrug use in a Native American population. Subst Use
Misuse. 2008;43(3-4):331-9.
6. Peters RJ Jr, Williams M, Ross MW, Atkinson J, McCurdy SA. The use of fry (embalming
fluid and PCP-laced cigarettes or marijuana sticks) among crack cocaine smokers. J
Drug Educ. 2008;38(3):285-95.
7. O’Grady KE, Arria AM, Fitzelle DM, Wish ED. Heavy drinking and polydrug use among
college students. J Drug Issues. 2008;38(2):445-66.
8. Kelly BC, Parsons JT. Predictors and comparisons of polydrug and non-polydrug cocaine
use in club subcultures. Am J Drug Alcohol Abuse. 2008;34(6):774-81.
9. Rosenthal D, Mallett S, Milburn N, Rotheram-Borus MJ. Drug use among homeless
young people in Los Angeles and Melbourne. J Adolesc Health. 2008 Sep;43(3):296-
305.
10. Kristensen Ø, Lølandsmo T, Isaksen A, Vederhus JK, Clausen T. Treatment of polydrug-
using opiate dependents during withdrawal: towards a standardisation of treatment.
BMC Psychiatry. 2006 Nov 15;6:54.
11. Leri F, Bruneau J, Stewart J. Understanding polydrug use: review of heroin and cocaine
co-use. Addiction. 2003 Jan;98(1):7-22.
12. Cole JC, Goudie AJ, Field M, Loverseed AC, Charlton S, Sumnall HR. The effects of
perceived quality on the behavioural-economics of alcohol, amphetamine, cannabis,
cocaine, and ecstasy purchases. Drug Alcohol Depend. 2008 Apr 1;94(1-3):183-90.
13. Parrott AC, Sisk E, Turner JJ. Psychobiological problems in heavy ecstasy (MDMA)
polydrug users. Drug Alcohol Depend. 2000 Jul 1;60(1):105-10.
14. Van Dam NT, Earleywine M, DiGiacomo G. Polydrug use, cannabis, and psychosis-like
symptoms. Hum Psychopharmacol. 2008 Aug;23(6):475-85.
15. Willner-Reid J, Belendiuk KA, Epstein DH, Schmittner J, Preston KL. Hepatitis C and
human immunodeficiency virus risk behaviors in polydrug users on methadone main-
tenance. J Subst Abuse Treat. 2008 Jul;35(1):78-86.
16. Byqvist S. Polydrug misuse patterns in Sweden. Gender differences. Subst Use Misuse.
1999 Jan;34(2):195-216.
17. Brecht ML, Huang D, Evans E, Hser YI. Polydrug use and implications for longitudinal
research: ten –year trajectories for heroin, cocaine, and methamphetamine users. Drug
Alcohol Depend. 2008 Aug 1;96(3):193-201.
18. Levin JM, Mendelson JH, Holman BL, Teoh SK, Garada B, Schwartz RB, et al. Improved
reginal cerebral blood flow in chronic cocaine polydrug users treated with buprenor-
phine. J Nucl Med. 1995 Jul;36(7):1211-5.
19. Duailibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. Perfil dos usuários de cocaína e crack no Brasil:
revisão. Cad Saúde Pública. 2008;24(Suppl 4):S545-S57.
20. de Sola Llopis S, Miguelez-Pan M, Peña-Casanova J, Poudevida S, Farré M, Pacifici R, et
al. Cognitive performance in recreational ecstasy polydrug users: a two-year follow-up
study. J Psychopharmacol. 2008 Jul;22(5):498-510.
21. Hoshi R, Mullins K, Boundy C, Brignell C, Piccini P, Curran HV. Neurocognitive function
in current and ex-users of ecstasy in comparison to both match polydrug-using controls
and drug-naïve controls. Psychopharmacology (Berl). 2007 Oct;194(3):371-9.
22. Stevens A, Peschk I, Schwarz J. Implicit learning, executive function and hedonic ac-
tivity in chronic polydrug abusers, currently abstinent polydrug abusers and controls.
Addiction. 2007 Jun;102(6):937-46.
23. Nyamathi A, Dixon EL, Shoptaw S, Marfisee M, Gelberg L, Williams S, et al. Profile of
lifetime methamphetamine use among homeless adults in Los Angeles. Drug Alcohol
Depend. 2008 Jan 1;92(1-3):277-81.
24. Lovisi GM. Avaliação de distúrbios mentais em moradores de albergues públicos das
cidades do Rio de Janeiro e de Niterói [tese]. Rio de Janeiro (RJ): Escola Nacional de
Saúde Pública Fiocruz; 2000.
25. Varanda W, Adorno RCF. Descartáveis urbanos: discutindo a complexidade da população
de rua e o desafio para políticas de saúde. Saúde Soc. 2004 Jan-abr;13(1):56-69.
26. Hopper JW, Su Z, Looby AR, Ryan ET, Penetar DM, Palmer CM, et al. Incidence and
patterns of polydrug use and craving fro ecstasy in regular ecstasy users: an ecological
momentary assessment study. Drug Alcohol Depend. 2006 Dec 1;85(3):221-35.
27. Goppel MA, van den Brink W, van Ree JM. Pharmacologic interventions in drug addic-
tion: an advisory report from the Health Council of the Netherlands. Ned Tijdschr
Geneeskd. 2003 Aug 23;147(34):1637-40.
28. Lacks V, Moreira FG, Silveira FDX. Comorbidades: considerações gerais e transtorno
do humor. In: Silveira FDX, Moreira FG. Panorama atual de drogas e dependências.
São Paulo: Atheneu; 2006. p.67-73.
Intervenções psicossociais
Intervenções farmacológicas
Esquizofrenia
Depressão maior
Transtornos do sono
Compulsão sexual
Jogo patológico
Dependência de internet/computador
Transtornos da personalidade
Considerações finais
1. Drake RE, Mueser KT, Brunette MF. Management of persons with co-occurring severe
mental illness and substance use disorder: program implications. World Psychiatry.
2007 Oct;6(3):131-6.
2. Riggs P, Levin F, Green AI, Vocci F. Comorbid psychiatric and substance abuse disorders:
recent treatment research. Subst Abus. 2008;29(3):51-63.
3. Gregg L, Barrowclough C, Haddock G. Reasons for increased substance use in psychosis.
Clin Psychol Rev. 2007 May;27(4):494-510.
4. Leweke FM, Koethe D. Cannabis and psychiatric disorders: it is not only addiction.
Addict Biol. 2008 Jun;13(2):264-75.
5. Drake RE, O’Neal EL, Wallach MA. A systematic review of psychosocial research on
psychosocial interventions for people with co-occurring severe mental and substance
use disorders. J Subst Abuse Treat. 2008 Jan;34(1):123-38.
6. Ross S. The mentally III substance abuser. In: Galanter M, Kleber HD. Textbook of subs-
tance abuse treatment. 4th. ed. Virgínia: American Psychiatric Pub; 2008. p. 537-54.
7. Zaleski M, Laranjeira RR, Marques AC, Ratto L, Romano M, Alves HN, et al. Guidelines
of the Brazilian Association of psychiatric comorbidity with alcohol and other drugs
dependence. Rev Bras Psiquiatr. 2006 Jun;28(2):142-8.
8. Wobrock T, D’Amelio R, Falkai P. Pharmacotherapy of schizophrenia and comorbid
substance use disorder. A systematic review. Nervenarzt. 2008 Jan;79(1):17-8, 20-2,
24-6.
9. Green AI, Noordsy DL, Brunette MF, O’Keefe C. Substance abuse and schizophrenia:
pharmacotherapeutic interventions. J Subst Abuse Treat. 2008 Jan;34(1):61-71.
10. Cordioli AV. Psicofármacos: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed; 2005.
p.695.
11. Muhonen LH, Lahti J, Sinclair D, Lönnqvist J, Alho H. Treatment of alcohol dependence
in patients with co-morbid major depressive disorder--predictors for the outcomes
with memantine and escitalopram medication. Subst Abuse Treat Prev Policy. 2008
Oct 3;3:20.
12. Muhonen LH, Lönnqvist J, Juva K, Alho H. Double –blind, randomized comparison of
memantine and escitalopram for the treatment of major depressive disorder comorbid
with alcohol dependence. J Clin Psychiatry. 2008 B Mar;69(3):392-9.
13. Arnedt JT, Conroy DA, Brower KJ. Treatment options for sleep disturbances during
alcohol recovery. J Addict Dis. 2007;26(4):41-54.
14. Mariani JJ, Levin FR. Treatment strategies for co-occurring ADHD and substance use
disorders. Am J Addict. 2007;16 Suppl 1:45-54; quiz 55-6.
15. Szobot CM, Romano M. Co-ocorrency between attention deficit hyperactivity disorder
and psychoactive substances. J Bras Psiquiatr. 2007;56(Suppl 1):39-44.
16. Vieira Júnior AC. Dependência de sexo. In: Silveira DX, Moreira FG. Panorama atual
das drogas e dependências. São Paulo: Atheneu; 2006. p.403-8.
17. Mick TM, Hollander E. Impulsive-compulsive sexual behavior. CNS Spectr. 2006
Dec;11(12):944-55.
18. Marazziti D, Dell’Osso B. Topiramate plus citalopram in the treatment of Compulsive-
Impulsive Sexual Behaviors. Clin Pract Epidemol Ment Health. 2006 May 22;2:9.
19. Palha AP, Esteves M. Drugs of abuse and sexual functioning. Adv Psychosom Med.
2008;29:131-49.
20. Schneider JP, Irons RR. Assessment and treatment of addictive sexual disorders: relevan-
ce for chemical dependency relapse. Subst Use Misuse. 2001 Dec;36(13):1795-820.
21. Benotsch EG, Kalichman SC, Kelly JA. Sexual compulsivity and substance use in HIV
seropositive men who have sex with men: prevalence and predictors of high risk
behaviors. Addict Behav. 1999 Nov-Dec;24(6):857-68.
22. Semple SJ, Zians J, Grant I, Patterson TL. Sexual compulsivity in a sample of HIV positive
methanfetamine using gay and bisexual men. AIDS Behav. 2006 Sep;10(5):587-98.
23. Dell’Osso B, Altamura AC, Allen A, Marazziti D, Hollander E. Epidemiologic and cli-
nical updates on impulse control disorders: a critical review. Eur Arch Psychiatry Clin
Neurosci. 2006 Dec;256(8):464-75.
24. Liu T, Maciejewski PK, Potenza MN. The relationship between recreational gambling
and substance abuse/dependence data from a nationally representative sample. Drug
Alcohol Depend. 2009 Feb 1;100(1-2):164-8.
25. Petry NM, Hanson T, Alessi SM. Contingency management reduces drug-related hu-
man immunodeficiency virus risk behaviors in cocaine-abusing methadone patients.
Addiction. 2008 Jul;103(7):1187-97.
26. Weinstock J, Ledgerwood DM, Modesto-Lowe V, Petry NM. Ludomania: avaliação
transcultural do jogo de azar por dinheiro e seu tratamento. Rev Bras Psiquiatr. 2008
Maio;30(Supl 1):S3-10.
27. Vieira Júnior AC, Bizeto J. Outras dependências não químicas. In: Silveira DX, Moreira
FG. Panorama atual das drogas e dependências. São Paulo: Atheneu; 2006. p.421-6.
28. Block JJ. Issues for DSM-V: internet addiction [Artigo online]. Am J Psychiatry. 2008
Mar;165(3):306-7; Disponível em: http://www.addictioninfo.org/articles/2464/1/
Issues-for-DSM-V-Internet-Addiction/Page1.html.
29. Reuters (NY). Estudo liga games a uso de drogas e álcool entre jovens. Folha Online
[periódico online] 2009 fev 6 [acesso em 2009 maio 15]. Disponível em: http://www1.
folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u499721.shtml.
30. Lee HC. Internet addiction treatment model: cognitive and behavioral approach, in
2007. In: International Symposium on the Counseling and Treatment of Youth Internet
Addiction; 2007; Seoul: National Youth Commission. p.138.
31. Kemp DE, Gao K, Ganocy SJ, Elhaj O, Bilali SR, Conroy C, et al. A 6-month, double-
blind, maintenance trial of lithium monotherapy versus the combination of lithium
and divalproex for rapid-cycling bipolar disorder and Co-occurring substance abuse
or dependence. J Clin Psychiatry. 2009 Jan;70(1):113-21.
32. Moran P, Coffey C, Mann A, Carlin JB, Patton GC. Personality and substance use di-
sorders in young adults. Br J Psychiatry. 2006 Apr;188:374-9.
33. Ancona A. Transtorno de personalidade borderline. In: Silveira DX, Moreira FG. Pa-
norama atual das drogas e dependências. São Paulo: Atheneu; 2006. p.84-9.
34. Dantas HS, Andrade AG. Comorbidade entre transtorno de estresse pós-traumático e
abuso e dependência de álcool e drogas: uma revisão da literatura. Rev Psiquiatr Clín.
2008;35(Suppl 1):55-60.
35. Grant JE. Clinical characteristics and psychiatric comorbidity in males with exhibitio-
nism. J Clin Psychiatry. 2005 Nov;66(11):1367-71.
Leituras recomendadas
Abdo CHN. Estudo da vida sexual do brasileiro. São Paulo: Bregantini; 2004.
Resolução 196/96
Adesão medicamentosa
Perdas (dropouts)
Questões éticas
Perspectivas futuras
Considerações finais
Referências
Anexo 1
RESOLUÇÃO 196/96
Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde
10 de outubro de 1996
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde em sua Quinquagésima Nona Reunião
Ordinária, realizada nos dias 09 e 10 de outubro de 1996, no uso de suas competências
regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e
pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990,
RESOLVE:
Aprovar as seguintes diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolven-
do seres humanos:
I – Preâmbulo
A presente Resolução fundamenta-se nos principais documentos internacionais que
emanaram declarações e diretrizes sobre pesquisas que envolvem seres humanos: o
Código de Nuremberg (1947), a Declaração dos Direitos do Homem (1948), a Decla-
ração de Helsinque (1964 e suas versões posteriores de 1975, 1983 e 1989), o Acordo
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU, 1966, aprovado pelo Congresso
Nacional Brasileiro em 1992), as Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para
Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS 1982 e 1993) e as Di-
retrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS, 1991).
Cumpre as disposições da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e
da legislação brasileira correlata: Código de Direitos do Consumidor, Código Civil e
Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Orgânica da Saúde 8.080, de
19/09/90 (dispõe sobre as condições de atenção à saúde, a organização e o funciona-
mento dos serviços correspondentes), Lei 8.142, de 28/12/90 (participação da comuni-
dade na gestão do Sistema Único de Saúde), Decreto 99.438, de 07/08/90 (organização
e atribuições do Conselho Nacional de Saúde), Decreto 98.830, de 15/01/90 (coleta
por estrangeiros de dados e materiais científicos no Brasil), Lei 8.489, de 18/11/92, e
Decreto 879, de 22/07/93 (dispõem sobre retirada de tecidos, órgãos e outras partes
do corpo humano com fins humanitários e científicos), Lei 8.501, de 30/11/92 (utili-
zação de cadáver), Lei 8.974, de 05/01/95 (uso das técnicas de engenharia genética e
liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados), Lei 9.279, de
14/05/96 (regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial), e outras.
Esta Resolução incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, os quatro
referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e justiça,
entre outros, e visa assegurar os direitos e deveres que dizem respeito à comunidade
científica, aos sujeitos da pesquisa e ao Estado.
O caráter contextual das considerações aqui desenvolvidas implica em revisões
periódicas desta Resolução, conforme necessidades nas áreas tecnocientífica e ética.
Ressalta-se, ainda, que cada área temática de investigação e cada modalidade de
pesquisa, além de respeitar os princípios emanados deste texto, deve cumprir com as
exigências setoriais e regulamentações específicas.
II – Termos e definições
A presente Resolução, adota no seu âmbito as seguintes definições:
II.1 – Pesquisa – classe de atividades cujo objetivo é desenvolver ou contribuir
para o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizável consiste em teorias,
relações ou princípios ou no acúmulo de informações sobre as quais estão baseados,
que possam ser corroborados por métodos científicos aceitos de observação e infe-
rência.
II.2 – Pesquisa envolvendo seres humanos – pesquisa que, individual ou cole-
tivamente, envolva o ser humano, de forma direta ou indireta, em sua totalidade ou
partes dele, incluindo o manejo de informações ou materiais.
II.3 – Protocolo de Pesquisa – Documento contemplando a descrição da pes-
quisa em seus aspectos fundamentais, informações relativas ao sujeito da pesquisa, à
qualificação dos pesquisadores e à todas as instâncias responsáveis.
II.4 – Pesquisador responsável – pessoa responsável pela coordenação e realiza-
ção da pesquisa e pela integridade e bem-estar dos sujeitos da pesquisa.
II.5 – Instituição de pesquisa – organização, pública ou privada, legitimamente
constituída e habilitada na qual são realizadas investigações científicas.
II.6 – Promotor – indivíduo ou instituição, responsável pela promoção da pes-
quisa.
II.7 – Patrocinador – pessoa física ou jurídica que apoia financeiramente a pes-
quisa.
II.8 – Risco da pesquisa – possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, mo-
ral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer fase de uma
pesquisa e dela decorrente.
II.9 – Dano associado ou decorrente da pesquisa – agravo imediato ou tardio,
ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto ou indireto, de-
corrente do estudo científico.
II.10 – Sujeito da pesquisa – é o(a) participante pesquisado(a), individual ou
coletivamente, de caráter voluntário, vedada qualquer forma de remuneração.
II.11 – Consentimento livre e esclarecido – anuência do sujeito da pesquisa e/
ou de seu representante legal, livre de vícios (simulação, fraude ou erro), dependên-
cia, subordinação ou intimidação, após explicação completa e pormenorizada sobre a
natureza da pesquisa, seus objetivos, métodos, benefícios previstos, potenciais riscos
e o incômodo que esta possa acarretar, formulada em um termo de consentimento,
autorizando sua participação voluntária na pesquisa.
II.12 – Indenização – cobertura material, em reparação a dano imediato ou tar-
dio, causado pela pesquisa ao ser humano a ela submetida.
II.13 – Ressarcimento – cobertura, em compensação, exclusiva de despesas de-
correntes da participação do sujeito na pesquisa.
II.14 – Comitês de Ética em Pesquisa-CEP – colegiados interdisciplinares e
independentes, com “munus público”, de caráter consultivo, deliberativo e educativo,
criados para defender os interesses dos sujeitos da pesquisa em sua integridade e digni-
dade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos.
II.15 – Vulnerabilidade – refere-se a estado de pessoas ou grupos que, por quais-
quer razões ou motivos, tenham a sua capacidade de autodeterminação reduzida, so-
bretudo no que se refere ao consentimento livre e esclarecido.
V – Riscos e benefícios
Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco. O dano
eventual poderá ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou a coletividade.
V.1 – Não obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo seres humanos
serão admissíveis quando:
a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir
ou aliviar um problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros
indivíduos;
pelo CEP institucional deverão ser enviados à CONEP/MS, que dará o devido encami-
nhamento.
IX.6 – Pesquisas com novos medicamentos, vacinas, testes diagnósticos, equipa-
mentos e dispositivos para a saúde deverão ser encaminhados do CEP à CONEP/MS e
desta, após parecer, à Secretaria de Vigilância Sanitária.
IX.7 – As agências de fomento à pesquisa e o corpo editorial das revistas científicas
deverão exigir documentação comprobatória de aprovação do projeto pelo CEP e/ou
CONEP, quando for o caso.
IX.8 – Os CEP institucionais deverão encaminhar trimestralmente à CONEP/MS
a relação dos projetos de pesquisa analisados, aprovados e concluídos, bem como dos
projetos em andamento e, imediatamente, aqueles suspensos.
X. Disposições transitórias
X.1 – O Grupo Executivo de Trabalho-GET, constituido através da Resolução CNS
170/95, assumirá as atribuições da CONEP até a sua constituição, responsabilizando-se
por:
a) tomar as medidas necessárias ao processo de criação da CONEP/MS;
b) estabelecer normas para registro dos CEP institucionais;
X.2 – O GET terá 180 dias para finalizar as suas tarefas.
X.3 – Os CEP das instituições devem proceder, no prazo de 90 (noventa) dias, ao
levantamento e análise, se for o caso, dos projetos de pesquisa em seres humanos já
em andamento, devendo encaminhar à CONEP/MS, a relação dos mesmos.
X4 - Fica revogada a Resolução 01/88.
ADIB D. JATENE
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
Homologo a Resolução CNS nº 196, de 10 de outubro de 1996, nos termos
do Decreto de Delegação de Competência de 12 de novembro de 1991.
ADIB D. JATENE
Ministro de Estado da Saúde
Imunoensaio
Figura 31.1
Imunoensaio competitivo.12,17
Radioimunoensaio
O radioimunoensaio (RIA) utiliza um marcador radioativo (normalmen-
te o 125I, 3H ou 14C) que emite radiação passível de ser medida com um
contador b ou g.
Imunoensaios enzimáticos
Os imunoensaios enzimáticos (EIAs) utilizam marcadores enzimáticos,
como o desidrogenase de glicose-6-fosfato (G6PD) e o b-galactosidase, para
fornecerem um sinal mensurável. As reações são monitoradas por fotometria
à medida que ocorrem alterações na absorção. A droga da amostra e a droga
marcada com G6PD competem pelos locais de ligação dos anticorpos. A liga-
ção inibe a atividade enzimática, enquanto as enzimas libertas permanecem
ativas para interagirem com o substrato. A atividade enzimática/absorção é
diretamente proporcional à concentração de droga (Figura 31.2).17
Polarização fluorescente
Substrato
Substrato reagindo
com a enzima
Enzima junto
com a droga
Figura 31.2
Exemplo de imunoensaio enzimático (EIA).17
compete com a droga marcada por fluorescência nos locais de ligação dos
anticorpos. A mistura da reação é excitada por uma luz polarizada de modo
linear. À medida que o marcador regressa ao estado de baixa energia, vai emi-
tindo luz; a polarização é então medida. O valor de polarização da amostra é
inversamente proporcional à concentração do analisado.17
Fluxo lateral
Amostra
injetora
Forno T regulador
Detector de
espectrometria
de massa
Coluna:
Gás: tubular aberta
He, N2, H2 (capilaridade)
Figura 31.3
Esquema do gás cromatografia/espectrometria de massa (CG-EM).
Período de detecção
Tabela 31.1
Substância Urina Cabelo Sangue
Locais de trabalho
Justiça/criminalidade
Existe uma estreita relação entre a criminalidade e o abuso de substân-
cias psicoativas,21 o que parece justificar o emprego de testes de drogas no pe-
ríodo de detenção ou anterior ao julgamento, nos prisioneiros em reinserção
e em liberdade condicional, de acordo com a aplicabilidade forense.
O advento da utilização da técnica do fio de cabelo como espécime para
detecção de drogas trouxe algumas vantagens em relação aos métodos tradicio-
nais (urina e sangue), como a coleta não invasiva, relativamente fácil de execu-
Figura 31.4
Kit de screening para verificação da presença de cocaína e tetraidrocanabinol (THC) na
urina. Fonte: Google Web Pictures, 2007.
1. utilizar urina de outra pessoa (familiar ou amigo que não usa dro-
gas);
2. utilizar urina comprada de outra pessoa (já existem anúncios na
internet);
3. utilizar xampus especiais para “limpar” ou “desintoxicar” o cabelo
(a maioria deles também disponíveis na internet);
4. usar diuréticos para facilitar a remoção das drogas.18,25
Pesquisas clínicas
Maior ênfase deve ser dada a métodos que possam render estimativas
suficientes para propósitos de monitoração e de pesquisas epidemiológicas e
precisas o bastante para também serem úteis a fins forenses.20
Atletas
Referências
1. DuPont RL. Drug testing. In: Miller NS, Gold MS, Smith DE, editors. Manual of thera-
peutics for addictions. New York: Wiley-Liss; 1997. p.86-94.
2. Gallardo E, Queiroz JA. The role of alternative specimens in toxicological analysis.
Biomed Chromatogr. 2008 Aug;22(8):795-821.
3. Kim JY, Cheong JC, Kim MK, Lee JI, In MK. Simultaneous determination of amphe-
tamine-type stimulants and cannabinoids in fingernails by gas chromatography-mass
spectrometry. Arch Pharm Res. 2008 Jun;31(6):805-13.
4. Garcia-Jimenez S, Heredia-Lezama K, Bilbao-Marcos F, Fuentes-Lara G, Monroy-Noyola
A, Deciga-Campos M. Screening for marijuana and cocaine abuse by immunoanalysis
and gas chromatography. Ann N Y Acad Sci. 2008 Oct;1139:422-5.
5. Jemionek JF, Copley CL, Smith ML, Past MR. Concentration distribution of the ma-
rijuana metabolite Delta 9-tetrahydrocannabinol-9-carboxylic-acid and the cocaine
metabolite benzoylecgonine in the department of defense urine drug testing program.
J Anal Toxicol. 2008 Jul-Aug;32(6):408-16.
6. Drummer OH. Introduction and review of collection techniques and applications of
drug testing of oral fluid. Ther Drug Monit. 2008 Apr;30(2):203-6.
7. Tavares O. Doping no esporte: uma análise tendo como foco os atletas olímpicos bra-
sileiros e alemães. Rev Bras Cienc Esporte. 2005 Set;27(1):37-53.
8. Highfield R. Olympic Games drug testing means’cheaters escape and innocents tar-
nished’ [Artigo online]. 2008 Ago [capturado 2008 Dez 26]; Disponível em: http://
www.telegraph.co.uk/scienceandtechnology/science/sciencenews/3348936/Olympic-
Games-drug-testing-means-’cheaters-escape-and-innocents-tarnished’.html.
9. Fendrich M, Johnson TP, Wislar JS, Hubbell A, Spiehler V. The utility of drug testing in
epidemiological research: results from a general population survey. Addiction. 2004
Feb;99(2):197-208.
10. Ricordel I, Wenzek M. [Cannabis and safety of work. Evolution of its detection
within the controls of narcotics since 2004 to the SNCF]. Ann Pharm Fr. 2008
Aug;66(4):255-60.
11. Nolan S. Drug–free workplace programmes: New Zealand perspective. Forensic Sci
Int. 2008 Jan 30;174(2-3):125-32.
12. Substance Abuse and Mental Health Services Administratin (SAMHSA). [Homepage
na internet]. Disponível em: http://www.workplace.samhsa.gov/.
13. Verstraete AG, Pierce A. Workplace drug testing in Europe. Forensic Sci Int. 2001 Sep
15;121(1-2):2-6.
14. Hawks RL, Chiang CN. Urine testing for drugs of abuse. Rockville: Department of
Health and Human Services, National Institute on Drug Abuse; 1986. p.1481.
15. Osterloh JD, Becker CE. Chemical dependency and drug testing in the workplace. West
J Med. 1990 May;152(5):506-13.
16. Macdonald S. Work-place alcohol and other drug testing: a review of the scientific
evidence. Drug Alcohol Rev. 1997 Sep;16(3):251-9.
17. Collins JA. Imunoensaio e testes de drogas aditivas em laboratório de toxicologia
[slides]. 2007 Set [capturado 2008 Dez 27]:[62 slides]; Disponível em: http://
www.abbottdiagnostics.com/science/Explorations_Innovations_Webcasts/2007/
pdf/2007_09_18_pres_portuguese.pdf.
18. Kipnis S, Serdinsky G, Davidoff J. Alcohol & drug screens: a guide to the interpretation
and effective use of screens for substances of abuse [slides]. [capturado 2008 Dez
31]:[94 slides]; Disponível em: http://www.oasas.state.ny.us/AdMed/documents/
drugscreen.ppt.
19. Gibb KA, Yee AS, Johnston CC, Martin SD, Nowak RM. Accuracy and usefulness of a
breath alcohol analyzer. Ann Emerg Med. 1984 Jul;13(7):516-20.
20. Cherpitel CJ, Ye Y, Bond J, Borges G, Macdonald S, Stockwell T, et al. Validity of self-
reported drinking before injury compared with a physiological measure: cross-national
analysis of emergency-department data from 16 countries. J Stud Alcohol Drugs. 2007
Mar;68(2):296-302.
21. Bennet T. Drugs and crime: the results of research on drug testing and interviewing
arrestees. London: Great Britain Home Office Research Development and Statistics
Directorate; 1998. p.119.
22. Kintz P, Villain M, Cirimele V. Hair analyses for drug detection. Ther Drug Monit. 2006
Jun;28(3):442-6.
23. Bragg M. Is urinary drug screening useful clinically? Emerg Med Australas. 2007
Jun;19(3):246-52.
24. American Bio Medica Corporation [homepage]. New York: NASDAQ/ABMC; [acesso
em 2009 maio 23]. Disponível em: http://www.abmc.com.
25. Dasgupta A. Adulterants and drugs-of- abuse testing: an update. MLO Med Lab Obs.
2008 Feb;40(2):24-5.
26. Cooke F, Bullen C, Whittaker R, McRobbie H, Chen MH, Walker N. Diagnostic accuracy
of NicAlert cotinine test strips in saliva for verifying smoking status. Nicotine Tob Res.
2008 Apr;10(4):607-12.
27. Helland A, Espnes KA, Reimers A, Aamo T, Zahlsen K, Rygnestad T, et al. Toxicological
screening of medicines and drugs in emergency cases. Tidsskr Nor Laegeforen. 2008
Jan 3;128(1):42-5.
28. Reis AD, Figlie NB, Laranjeira R. Prevalência do uso de substâncias em pacientes com
traumas em um pronto socorro brasileiro. Rev Bras Psiquiatr. 2006 Set;(28)3:191-5.
29. Koren G, Hutson J, Gareri J. Novel methods for the detection of drug and alcohol ex-
posure during pregnancy: implications for maternal and child health. Clin Pharmacol
Ther. 2008 Apr;83(4):631-4.
30. Araojo R, McCune S, Feibus K. Substance abuse in pregnant women: making improved
detection a good clinical outcome. Clin Pharmacol Ther. 2008 Apr;83(4):520-2.
Leituras recomendadas
Exames e testes do uso de drogas. Qualidade de vida: sistema de provas rápidas para detectar
o consumo de drogas através da urina. [Homepage na internet]. Disponível em: http://
www.sapiensvita.com.br/usodrogas.html.
Dupont RL, Selavka CM. Testing to identify recent drug use. In: Galanter M, Kleber HD.
Textbook of substance abuse treatment. 4th. ed. Virgínia:American Psychiatric Pub, 2008.
p. 655-64.
N P
Nalmefene, 119 Pamelor ver Nortriptilina
Naltrexona Parafilias ver Transtorno de preferência
conceito, 110, 225 sexual
contraindicações, 110-111 Pastilhas de nicotina, 151
efeitos adversos, 111-112, 225 PCP ver Cetamina
mecanismo de ação, 110 Pesquisa clínica
orientações clínicas, 112 conceito, 347-348
Nefazodona, 172, 196 desafios, 352
Neuroimagem, 66-69 ensaios, 351
Neurontin ver Gabapentina investigação, 350
Neuropsicologia, 64-66 perspectivas, 355-356
Nicogen ver Metoxissaleno práticas, 349
Nicorette ver Gomas de nicotina Pindolato de piridoxina, 91-92
Nicotina Poliusuários
conceito, 27-28 características, 318-319
efeitos farmacológicos, 29 recomendações, 320
farmacocinética, 28 Propoxifeno ver Opioides
histórico, 127-129 Prozac ver Fluoxetina
mecanismo de ação, 28-29, 56-57, Psicoestimulantes
141-142 conceito, 37-38
Niquitin ver Adesivo de nicotina, efeitos farmacológicos, 40
Pastilhas de nicotina farmacocinética, 39-40
Nortriptilina mecanismo de ação, 40, 56
conceito, 144 Psilocibina, 284
contraindicações, 145
cuidados especiais, 145 R
efeitos colaterais, 144-145
Remeron ver Mirtazapina
orientações clínicas, 144
Revia ver Naltrexona
NTX ver Naltrexona
Rimonabanto, 174
Risperidona ver Antipsicóticos
O
Olanzapina, 119 S
Ondansetron
SAA ver Síndrome de abstinência
conceito, 116
do álcool
orientações clínicas, 117
SDA ver Síndrome de dependência
reações adversas, 117
do álcool
Ópio ver Opioides
V Z
Vacinas, 153, 204-205 Zetron ver Bupropiona
Valpakine ver Valproato de sódio Zofran ver Ondansetron
Valproato de sódio, 172-173, 193 Zyban ver Bupropiona
Valproato, 244 Zyprexa ver Olanzapina
Um dos principais desafios enfrentados por quem atende pacientes com depen-
dência química é lidar com o crescente número de artigos científicos e encontrar
respostas efetivas à demanda de atualização ao mesmo tempo em que mantém
um conhecimento sólido, flexível e dinâmico.