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C OM O E S T U D A R D E

F OR MA E F I C I E NT E ?
D E S C UB R A OS 1 2
S E GR E D OS D O
P R OC E S S O DA
A P R E N D IZ A GE M
A importância de se estudar de
forma eficiente
Quando se trata do estudo, podemos dizer que esta é uma das atividades
em que prezar pela qualidade e eficiência é mais importante que pela quantidade.
Já é comprovado, cientificamente, que o overlearning, ou seja, a prática de
estudar muito de uma só vez, é prejudicial à aprendizagem e ao corpo como
um todo, podendo ter más consequências em diversas áreas,
como aumentar o nível de stress, causar cansaço nos olhos, sobrecarga cerebral,
etc.
Essa dificuldade ocorre porque a capacidade do cérebro em absorver
conhecimento é uma, e a de se relembrar e fixar conhecimento, é outra –
menor. Logo, exigimos um aproveitamento de 100% que é inexistente. Sem
compreender isso, muitos alunos acabam ficando frustrados e desmotivados nos
estudos, podendo levar até a problemas psicológicos.
Contudo, existem técnicas e segredinhos que vão maximizar sua memória e
aumentar o seu limite de absorção, o que vai te ajudar a sair do atual nível e ir
para um superior, dentro do que é saudável!
Preste atenção nas dicas a seguir, teste cada um delas – em conjunto é
melhor ainda – veja qual fez diferença em sua vida e se apegue a
ela! Descubra com qual você tem mais afinidade para saber como estudar de
forma eficiente!

1- Plano de estudos, rotina, organização


Precisamos ter em mente o que devemos estudar, como e para quê. Essas
perguntas vão dar sentido ao estudo, traçar uma meta, um plano e uma rotina
para saber como estudar de forma eficiente.
Ter um horário fixo, além de organizar melhor, ajuda a não deixar o estudo
para depois e já vai preparando o cérebro para aumentar a atividade quando o
horário se aproxima, assim, há um melhor aproveitamento a longo prazo.
Além disso, estudando cada dia um pouquinho, o cérebro não é sobrecarregado e
o conteúdo é repetido, gerando fixação.

A primeira vez que você ouve ou estuda algo novo, a chance de retenção pode
ir para 80% apenas revendo o conteúdo novamente dentro de 24 horas e essa
porcentagem sobre se você continua praticando isso todo dia.

2 – Preparar o ambiente e, se possível,


variar de vez em quando
Muitas pessoas acham que conseguirão estudar em um ambiente
barulhento, movimentado e cheio de distrações. Você pode até tentar, mas
com certeza seria mais produtivo se estivesse em um ambiente que te permita foco,
silêncio e concentração.
Além disso, sair da sala de aula, ir para uma biblioteca, uma sala de estudos, um
parque silencioso ou um escritório, são pequenas variações de ambientes ideais que
podem causar inspiração no estudante e fazê-lo descobrir onde se sente mais à
vontade, ou seja, mais propício ao estudo.
Saber o tipo de local em que você se adequa é básico antes de entender como
estudar de forma eficiente.

3 – Dormir bem ajuda a fixar conteúdo


Há quem pense que sono não tem nada a ver com estudo. Contudo, basta
pararmos para lembrar que, quando não dormimos bem, acordamos mais
indispostos, cansados, irritadiços, sem muita capacidade de concentração. Logo,
um sono de qualidade interfere e muito na aprendizagem!
Outro fator interessante  é como a revisão antes de dormir pode ser
benéfica. Não devemos estudar quando estamos com sono, pois será
improdutivo. Mas, se pararmos para ler uma folhinha de resumo antes de
dormir, é provável que aquilo fique na cabeça e, durante o sono, o cérebro fique
processando no subconsciente aquela informação.
Algumas pessoas já aplicaram essa técnica não muito comum e obtiveram
bons resultados, não custa tentar!

4 – Fazer atividades físicas


Recentemente publicaram um estudo na British Medical Journal, mostrando
os efeitos benéficos do exercício físico para o cérebro. De acordo com a
pesquisa, 10 a 40 minutos de atividade física diária aumentou a concentração
e o foco mental, desencadeado pelo aumento de fluxo sanguíneo no cérebro.
Além disso, o exercício é ótimo para aliviar a tensão e exercitar a criatividade!

5 – Tomar banho 
Acredite se puder, mas o tipo de banho que tomamos antes de ir aos
estudos pode interferir na nossa capacidade de aprendizagem!

Um banho frio, bem rapidinho – é claro –  é estimulante e revigorante, pois põe
o corpo e a mente em alerta. Ele é ideal em caso de o estudante estar
desanimado ou com preguiça.
Já o banho quente é relaxante, dilata vasos e músculos, aliviando stress e
mentes inquietas. Ideal para estudantes tensos ou agitados.
O banho libera dopamina, que é responsável pela sensação de prazer no
cérebro e também auxilia no aprendizado e memorização. Assim, tomar um
bom banho antes de estudar pode ser essencial!

6 – Escrever 
Quando escrevermos uma informação que acabamos de aprender ou que
ainda não está automática no cérebro, o poder de fixação na memória
aumenta. Isso acontece porque mais áreas do cérebro são ativados no processo
de escrita do que no processo de leitura ou escuta.
Portanto, o ato de escrever resumos, confeccionar infográficos, listas e tópicos
feitos à mão; são ótimas forma de ajudar a fixar o conteúdo. 
Os resumos são importantes porque, além de trabalhar a escrita fixadora, é
uma ótima forma de consulta rápida, posteriormente. Além disso, você
pode pontuar suas dúvidas facilmente para saber onde estudar mais.
Preparamos um artigo muito útil sobre como fazer um bom resumo! Confira!

7 – Fazer exercícios da matéria


Sabemos muito bem que é na hora do exercício que surgem as dúvidas. Assim,
ele é uma ótima forma de sabermos se estamos sabendo da matéria, se
não, em qual ponto estamos fracos e como o assunto costuma ser cobrado. 
Eles não nos dão apenas a noção do conteúdo, mas treinam a capacidade
interpretativa, que é muito importante, principalmente nos vestibulare como
o Enem.
8 – Utilizar diferentes materiais, mas
não abandonar os clássicos!
A maior parte dos alunos preferem uma cópia impressa de um texto que deve
ser lido do que um dispositivo digital para trabalho escolar, pois podem
grifar , escrever palavras-chave e usas marcadores coloridos.
Além disso, um professor de psicologia da Universidade de Leicester
descobriu que os alunos precisam de mais repetição para aprender quando leem
na tela do computador em comparação a quando consultam apenas material
impresso. 
Isso ocorre pois as ondas e luzes que compõem as telas podem ser um distrator
para a visão e para a atividade cerebral, além do fato de que estamos habituados
a pegar o celular para checagens rápidas, como “rolar o feed”, o que causa certa
habituação no cérebro que fica ansioso para passar logo o texto que está lendo.
Você pode e deve buscar formas diferente de aprender, como os flashcards,
apps, testes na internet, mas não abandone por completo o jeito clássico, cada
um possui suas vantagens e desvantagens! Encontre qual jeito é mais adequado
para qual matéria e a sua compreensão.

9-Fazer conexões
Muitas daquelas pessoas que respondem perguntas conceituais facilmente, com
rapidez, conseguem fazer isso devido ao uso de conexões. Quando há uma
palavra nova, pode ser que ela seja totalmente rejeitada pelo cérebro, pois é
estranha e nada remete a ela.
Nessa hora, surge a enrolação de palavras e o “branco”. Para isso, podemos
associar as palavras e informações com coisas que já são familiares para
nós. Assim, fica mais fácil de lembrar o novo conceito depois.

10 – Relembrar, não reler


Um professor de psicologia da Universidade de Washington em St. Louis
publicou um artigo na Psychological Science aconselhando os alunos a não
se restringirem ao hábito de ler e reler.
Segundo o psicólogo, reler os materiais pode causar uma falsa sensação de
aprendizagem, pois naquele momento o seu cérebro ativa a memória a curto
prazo e você se lembra do que leu. Porém, com o passar do tempo, essa
informação é perdida.
Então, ele sugere que os alunos recitem tudo o que podem lembrar a respeito
do que leram. Assim, o seu cérebro fará um trabalho muito maior, o que
garantirá que outras áreas do conhecimento possam armazenar essa
informação e fazer com que durem mais tempo.

11 – Variar o conteúdo
No nosso dia a dia estamos acostumados a receber muitas informações
conectadas. Além disso, como já visto, fazer associações é uma boa forma de
fixação. Portanto, quando vamos estudar algo, é bom intercalar o estudo com
outras matérias. 
Essas matérias não devem ser completamente desconexas, mas ter um grau de
parentesco com a matérias em foco. Por exemplo, se vamos estudar biologia,
dependendo da matéria, é interessante intercalar com química. O mesmo serve
para História e geografia, Matemática e física.
Aprendendo uma, facilmente você se lembrará das outras. 

12 – Ensinar para aprender


Quando devemos apresentar um trabalho em grupo ou quando vamos tirar
a dúvida de um colega, fica claro que nos empenhamos mais para entender e,
depois, poder transmitir. Além disso, só damos conta de ensinar bem aquilo que
realmente aprendemos.
Portanto, fazer um ensaio de aula, um teatro de professor, explicar para um
colega ou parente, ou até explicar para si mesmo, são ações que estimulam o estudo
e a fixação do conteúdo aprendido.

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