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MÉTODOS DE ESTUDO EFICAZES

Um estudante comprometido com resultados positivos é rodeado de


diversos questionamentos, como seja, qual é a melhor forma de
estudar. Será que é usando questões? E os mapas mentais? Existe
uma técnica de estudo infalível?
A verdade é que existem muitos métodos de estudo que se pode
utilizar para gerir melhor o tempo, assimilar melhor o conteúdo e
praticar o que se aprendeu.
Basta descobrir qual deles é que funciona melhor para cada um.
Por isso, consta do presente texto de apoio uma listagem com os
principais métodos de estudo que existem.
Etapas de Aprendizagem
Antes de se colocar em prática os métodos de estudo, é importante
saber como o cérebro aprende.
Pesquisas recentes indicam que existem 5 etapas na
aprendizagem: compreender, reter, praticar, disseminar e criar.
Na primeira etapa, somos expostos a um novo conteúdo e
compreendemos aquela informação nova. Porém, para poder
lembrar-se dessa informação, precisamos retê-la.

A retenção é a segunda etapa, onde nós conectamos esse


conhecimento a algo que já sabemos, a fim de tornar a informação
mais familiar. Como terceira etapa, temos a aplicação, onde
colocamos em prática o que retemos, seja na vida real ou através
de exercícios.
A prática, por si só, já é uma etapa importante para o aprendizado,
mas vai-se além.
Na quarta etapa, disseminação, ensina-se o que aprendeu para
outras pessoas e na etapa cinco, criação, usa-se esse aprendizado
para criar algo novo. É passando por essas etapas que o cérebro
marca esse novo conhecimento como valioso, evitando a curva do
esquecimento.

O que é a curva do esquecimento?


Assim como o nosso cérebro consegue armazenar novos
conhecimentos, ele também precisa fazer a eliminação de algumas
informações. Isso porque nós temos um espaço limitado de
memória e nem tudo o que vemos e aprendemos será útil.
Esse processo de eliminação é chamado de curva do
esquecimento e foi cunhado pelo psicólogo alemão Hermann
Ebbinghaus em 1885.
A curva do esquecimento explica que o cérebro dá preferência para
memória mais utilizadas e mais recentes, que estejam sendo
empregadas com mais frequência. Por consequência, as memórias
menos usadas e menos recentes são eliminadas aos poucos.
Então, para que a curva do esquecimento não atinja nos estudos,
existem algumas técnicas que se podem utilizar.

O que são métodos de estudo?


Os métodos de estudo, que também podem ser chamados de
táticas ou técnicas de estudo, nada mais são do que ferramentas e
sistemas desenvolvidos para ajudar uma pessoa a aprender e
assimilar melhor um conteúdo ou assunto.
Ou seja, são técnicas utilizadas para facilitar o aprendizado.
Esses métodos podem ser combinados entre si para potencializar o
estudo, mas é importante dizer que a eficácia deles depende de
personalização.
Isso significa que eles não funcionam sozinhos. Para uma técnica
funcionar, ela precisa ser exactamente o que se precisa
e contemplar o tipo de estudo que mais funciona para cada
individuo.
Por exemplo, se é uma pessoa mais visual, pode ser que o mais
indicado sejam os mapas mentais e não o estudo por questões.
Agora, se for uma pessoa que tenha uma abordagem mais direta e
prática, o estudo por questões pode ser ideal.
A dica, então, é conhecer os principais métodos de estudo, testar
aqueles que mais atraem e, depois disso, decidir qual é o mais
indicado conforme o jeito de aprender.
OS PRINCIPAIS MÉTODOS DE ESTUDO
Abaixo, encontra-se uma série de técnicas de estudo para
experimentar, colocar em prática e potencializar o aprendizado:

1. Método Pomodoro
O método Pomodoro é uma técnica de gestão de tempo, talvez a
mais conhecida de todas elas. Ele pode ser aplicado para diversas
finalidades, mas especialmente para os estudos.
Consiste em dividir o tempo entre 25 minutos de concentração e 5
ou 15 minutos de descanso, dependendo da sua preferência. A
ideia do método é que se use os 25 minutos de concentração para
estudar todo o conteúdo que precisa, sem se distrair com nada.
E depois, use o tempo de pausa para descansar, tomar água e, até,
olhar as redes sociais. Porém, sabendo que depois do período de
descanso precisa-se voltar para o foco total.

2. Método Robinson (EPL2R)


O método Robinson consiste em respeitar as etapas do seguinte
acrônimo:

o E (explorar)
o P (perguntar)
o L (ler)
o 2R (rememorar e repassar)

Em cada uma dessas etapas, é preciso tomar uma acção


específica. Por exemplo, na primeira etapa, deve-se investigar
sobre a obra e autor. Então, começa-se a perguntar. Aqui,
levantam-se as dúvidas que tiver sobre o assunto. Então, faça uma
leitura aprofundada do material.
Feito isso, passa-se à etapa de rememorar. Ou seja, se certificar de
que o conteúdo foi realmente aprendido. Por último, na etapa de
repasse, é preciso fazer uma análise minuciosa, resultando em
resumos, anotações e desenhos.

3. Mapas mentais
O mapa mental é um dos métodos de estudo mais visuais, que
funciona com ramificações. É uma técnica que ajuda o cérebro a
memorizar as conexões feitas no papel e assimilar o conteúdo com
mais facilidade.
Funciona da seguinte maneira: no centro de uma folha de papel,
dispõe-se o conceito que está estudando. E, de acordo com o
andamento do estudo, vai-se ligando ao conceito principal alguns
conceitos satélites, subtemas e tópicos relevantes.

4. Teste prático
Uma parte importante das etapas do aprendizado é a aplicação,
como se viu acima. E os testes práticos são uma óptima forma de
colocar essa etapa em acção, isso porque eles consistem em
praticar o que o estudante aprendeu.
Então, nesse método de estudo são usados simulados, folhas de
exercícios e edições anteriores de exercicios ou exames como
testes práticos.

5. Autointerrrogação e Autoexplicação
As técnicas de autointerrogação e autoexplicação consistem em o
estudante tomar o papel de professor e dar uma aula a si próprio ou
questionar a si próprio.
Na autointerrogação, é necessário que se faça perguntas para si
mesmo antes de estudar o conteúdo, perguntas relevantes ao
tópico estudado, e responda as perguntas ao finalizar. Já na
autoexplicação, aprende-se o conteúdo e dá uma aula para si
próprio depois de entender. Isso ajuda a fixar melhor o conteúdo.

6. Estudo intercalado
Como o nome sugere, a técnica de estudo intercalado consiste em
intercalar conteúdos para estudar. Ou seja, distribuem-se esses
conteúdos nos dias da semana ou dentro do mesmo dia em uma
programação.
A ideia é não ficar soterrado no mesmo conteúdo ou disciplina, mas
estudar um pouco de cada.

7. Fichamento (ou resumo)


O fichamento, que também é conhecido como resumo, é um dos
métodos de estudo mais difundidos e um dos que mais apresenta
resultados.
Ela consiste em, ao final do estudo de um conteúdo ou da leitura de
um livro, faça-se anotações de palavras-chave, conceitos e
resumos sobre o que acabou de estudar. Ele sistematiza o
conteúdo e exercita a mente porque aciona a etapa da prática do
aprendizado.

8. Estudo mnemônico
Esse é um método bastante divertido e simples, apesar de ter um
nome complicado.
O estudo mnemônico consiste em criar frases engraçadas, músicas
ou rimas, por exemplo, que ajudem a memorizar e assimilar um
conceito. Por exemplo, as fórmulas de matemática que podem ser
lembradas por uma sigla engraçada são parte dessa técnica.

9. Construção e reconstrução de tabelas


Este método de estudos é bastante indicado. A ideia aqui é utilizar o
recurso de tabelas e planilhas para agrupar conceitos, facilitando
entendê-los.
Você pode criar várias colunas com os temas principais de estudo
e, então, em cada linha, escrever palavras-chave e termos que se
referem a eles.

10. Gravações de áudio


A ideia é um pouco parecida com a técnica de autoexplicação.
Nesse caso, lê-se (ou explica-se) um conteúdo em voz alta e grava
o áudio para poder ouvir depois.
Dessa forma, se for uma pessoa auditiva, consegue assimilar
melhor o conteúdo e, também, optimizar o tempo, já que se pode
ouvir o áudio enquanto faz outra coisa.

11. Prática Distribuída


Essa técnica também é chamada de prática espaçada e consiste
em distribuir ao longo do dia as horas que serão dedicadas ao
estudo.
Se uma pessoa tem 6 horas diárias para estudar, a prática
distribuída indica que esse tempo seja dividido em três partes: 2
horas de manhã, 2 horas de tarde e 2 horas de noite. O objectivo é
não tornar o estudo cansativo, evitando que o aprendizado seja
comprometido.
Se se estudar um período mais curto, parar e retomar mais tarde, o
cérebro será exercitado, lembrando com mais facilidade do que foi
visto anteriormente.

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