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● Para realmente aprender, você precisa praticar o estudo ativo. Estudo ativo.
● Existem muitas definições para estudo ativo, mas eu gosto de uma bem simples que
foi dada pelo professor Pierluigi Piazzi: estudo ativo é quando você estuda mexendo
as mãos.
● Você precisa ativamente participar do estudo, e não ficar apenas lendo textos ou
vendo aulas passivamente.
● Porém, mesmo entre as formas de estudo ativo, existem algumas que são muito
mais eficientes do que outras. Um estudo da revista Psychological Science in the
Public Interest (https://arata.se/source-4r9z) avaliou várias técnicas e listou as dez
melhores formas de estudo, segundo critérios científicos.
Efetividade baixa:
1 grifar textos
● Quanto menos esforço a técnica exigir de você, menos eficiente a técnica será para
o seu aprendizado.
2. Reler textos
● Reler um texto que você já leu antes não é muito eficaz para você aprender
conteúdos.
○ O ideal seria você ler apenas uma vez e criar algum resumo ou mapa mental,
para depois só ter que reler o que já estruturou com as suas próprias
palavras.
● Mas existe uma exceção: a releitura massiva, imediatamente após ler o texto.
■ Por exemplo, digamos que você precisa quase que decorar um texto
inteiro para alcançar o seu objetivo.
3. Mnemônicos
4. Visualização
● Isso não invalida o uso de mapas mentais para estudos, já que os mapas não são
apenas desenhos, mas sim a conexão de ideias e conceitos.
● O tempo que é gasto realizando uma técnica de baixa eficácia pode ser melhor
aproveitado com outras técnicas que trazem resultados ainda maiores.
5. Resumos
● O estudo mostrou que os resumos são úteis para provas escritas, mas não tanto
para provas objetivas.
● Ainda assim, a técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos.
○ Fazer resumos, fichamentos e anotações comprimidas de palavras-chaves
pode ser uma estratégia efetiva para estudantes que já são experientes em
sintetizarconhecimentos.
Efetividade moderada:
6. Interrogação elaborativa
● Note que esse tipo de estudo requer um esforço maior do cérebro, pois você tem
que compreender as causas de determinada informação, investigando suas origens.
Isso pode estar no material que você está estudando, mas também pode exigir que
você faça uma pesquisa extra em outros materiais.
7. Autoexplicação
○ Na prática, você tem que explicar o conteúdo com suas próprias palavras
para você mesmo, sem consultar o material de base.
8. Estudo intercalado
● Então, caso você sinta que está perdendo a vontade de estudar por ter enjoado do
assunto, experimente trocar de livros e assuntos. Se você perceber que isso renova
seu ânimo, então a técnica será útil pois aumentará a quantidade de horas de
estudo.
Efetividade alta:
9. Teste prático
● Realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas de
estudo.
● Se a matéria que você está estudando tiver aplicação prática, teste. Sempre que
estudar um novo conteúdo, teste na prática o que você aprendeu.
● Se for uma matéria mais teórica, faça exercícios. Sempre depois de estudar teoria,
resolva exercícios sobre aquele assunto. Podem ser exercícios do livro, de provas
passadas ou até mesmo criados por você em forma de flash cards. O que importa é
colocar em prática o que você estudou.
● também chamada de repetição espaçada, é uma técnica para distribuir o seu estudo
ao longo do tempo, em vez de concentrar toda a aprendizagem em um só momento.
● O tempo ótimo de distribuição das sessões de estudo é de dez a vinte por cento do
período que o conteúdo precisa ser lembrado. Por essa conta, se você quer lembrar
algo por um ano, você deve espaçar seu estudo sobre o mesmo assunto pelo menos
uma vez ao mês. Se quer lembrar por uma semana, deve estudar uma vez por dia.
● Estudar é uma coisa, aprender é outra. Quanto mais passivo for o seu estudo,
menores são as chances de você aprender alguma coisa.
● Da próxima vez que você for estudar, deixe um pouco de lado técnicas menos
eficientes como grifar, reler e resumir e experimente métodos mais eficientes como a
autoexplicação, o teste prático e a repetição espaçada.