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Vamos então analisar o que devemos fazer para obter sucesso em nossos estudos.
1. Relembre: depois de ler um parágrafo, relembre as principais ideias, sem olhar pra
ele. Ao final da página, repita o procedimento relembrando as principais ideias de
toda a página. A habilidade de gerar as ideias dentro de você mesmo é um ótimo
indicador de aprendizado.
2. Teste a si mesmo: descubra se você realmente aprendeu. Teste-se o tempo todo.
3. Divida seus problemas: dividir o problema em partes permite, ao final, entender
como funciona sua solução. Depois de resolve-lo por completo, repita. Tenha
certeza que é capaz de resolve-lo por inteiro, passo a passo.
4. Faça repetições espaçadas: o cérebro é como um músculo, ele é capaz de lidar
com uma quantidade limitada de exercícios por dia. Dessa forma, faça como um
atleta e pratique diariamente em pequenas doses para que seu cérebro se fortaleça
ao longo do tempo e melhore seu desempenho. É interessante que o espaçamento
seja gradativo, aumentando com o passar dos dias, garantindo inclusive que a
técnica de relembrar consolide a memória.
5. Alterne diferentes técnicas de resolução de problemas durante sua prática:
esta é uma técnica contra-intuitiva pois os livros geralmente não são estruturados
dessa forma. Os livros trazem uma cadeia sequencial de ensino, o que faz sentido
no momento do primeiro entendimento. Misturar e trabalhar diferentes tipos de
problemas nos ensina como e quando usar uma determinada técnica para solução
do problema.
6. Faça pausas: é normal ‘travarmos’ em algum momento da solução de problemas
ou não entender algum conceito quando você o conhece pela primeira vez. Esse
fato corrobora, inclusive, a necessidade da prática espaçada no aprendizado.
Quando ocorrer a frustração, faça uma pausa, permitindo que o modo difuso do
seu cérebro (subconsciente) também trabalhe. Quantas vezes você já
experimentou a sensação de, após algum tempo, entender alguma coisa ‘do
nada’? Acredite no modo difuso do seu cérebro. Dê trabalho a ele!
7. Use questionamentos explicativos e analogias simples: sempre que você
estiver estudando um novo assunto, principalmente quando o esforço aplicado não
estiver produzindo os resultados esperados, imagine como você poderia explicar
aquele assunto para uma criança de 10 anos. Exercite essa técnica, explique em
voz alta pra essa criança imaginária (crianças de verdade tendem a produzir muita
distração!). De repente você estará buscando analogias que tornem a explicação
mais fácil, bem como palavras mais simples, o que te levará a ter um entendimento
melhor.
8. Foco: evite distrações quando for estudar. Utilizar a técnica de Pomodoro nessa
etapa é muito útil. Consiste em configurar um temporizador (seja através de
cronômetro, alarme ou aplicativo específico) para um período normalmente de 25
minutos de foco total seguido de uma pausa de 5 minutos, para então reiniciar o
ciclo. O interessante é ter um tempo maior no qual você se dedique com foco,
evitando todo e qualquer sinal de distração (celular, whatsapp, televisão, rádio e
afins). Após o período de foco você terá uma pausa onde poderá checar sua vida
social e, como um bônus, induzir seu cérebro a trabalhar em modo difuso com as
informações trabalhadas durante o período de modo focado. Outro benefício desta
técnica, além de intercalar entre os modos focado e difuso, é que você divide sua
sessão de estudo ou resolução de problemas em etapas, dando mais atenção ao
processo de estudo do que o produto deste. Muitas vezes ao se pensar no
trabalho final a ser realizado criamos uma barreira, internamente entendida como o
desconforto de uma dor física, que geralmente nos leva a procrastinar.
9. Comece pelo o mais difícil: esta é outra técnica contra-intuitiva. Os livros, por
terem a missão de ensinar pela primeira vez, geralmente utilizam uma abordagem
sequencial sobre o assunto, permitindo que o leitor construa o entendimento de
maneira organizada. Porém, na hora de resolver exercícios, comece pelo mais
difícil. Você certamente estará mais descansado no início da prática de exercícios e
poderá tirar proveito disso. Caso não consiga resolver na primeira abordagem,
passe para um exercício mais simples. Dessa forma você vai focar sua atenção em
outras informações e deixará o modo difuso do seu cérebro trabalhando com
aquele problema mais complicado. Quando você retornar ao problema inicial
possivelmente terá um entendimento melhor do que na primeira abordagem, te
auxiliando em sua solução. O mais importante dessa técnica é não passar muito
tempo lutando para encontrar a solução. Gaste entre 1 e 2 minutos e passe
adiante.
10. Faça uma comparação mental: lembre de onde você veio e então imagine onde
os seus estudos irão leva-lo. Seja o seu maior apoiador, não o sabotador. Busque
maneiras de se estimular positivamente quando estiver pouco motivado, seja
através de frases de efeito, fotos que traduzam seus objetivos ou te estimulem a
buscar mais. Compare o seu eu passado com o seu eu futuro e persista no sonho!
Por fim, vou compartilhar com vocês uma técnica muito interessante que conheci (antes
do curso Aprendendo a Aprender), de um físico ganhador do Prêmio Nobel chamado
Richard Feynman. A técnica é conhecida como Os 4 Passos Para Aprender Tudo o Que
Quiser.
Aproveito para agradecer o pessoal do Integrando Conhecimento que me cedeu,
gentilmente, a referência ao vídeo que eles têm no YouTube sobre a técnica em questão
(clique aqui e veja o vídeo). Aproveitem para se inscrever no canal deles, além de visitar a
página na web.
Feynman defendia que existem dois tipos de sabedoria: a que é focada em saber apenas
o nome de alguma coisa e a que é focada em saber, de fato, alguma coisa. Vamos aos
quatro passos para saber, de fato, alguma coisa: