Como criar resumos poderosos para aprender mais rápido

COMO RESUMIR LIVROS E APRENDER MAIS RÁPIDO
Caro leitor,
O objetivo nas próximas páginas deste livro é apresentar quais são os

elementos principais para você criar resumos eficientes de livros (ou
qualquer material) e conseguir memorizar e aprender de forma
produtiva.
Sabe aquela sensação de terminar de ler um material e esquecer quase

tudo, ter que ficar voltando no texto, pois não entendeu o que leu?
É isso que vamos trabalhar.
Ler uma única vez, criar um resumo poderoso e seguir no processo

de memorização com a certeza de estar trabalhando as vias neurais
corretas do seu cérebro.
Sim, isso é possível.
Mas antes, precisamos entender como funciona nosso cérebro,

como memorizamos ou esquecemos algo e, principalmente, aplicando
os métodos corretos nos momentos corretos.
Aqui estamos falando de neurociência.
Aprender de forma eficiente nada mais é do que dominar

os processos neurais que ocorrem dentro do nosso cérebro
em cada fase do aprendizado.
Vamos ver adiante que existem 3 passos do nosso aprendizado e,

para cada fase, temos métodos específicos que devem ser aplicados
para garantir o aprendizado.
Porém, muitas pessoas acreditam que para memorizar utilizando

resumos, basta grifar algumas frases no livro ou então fazer anotações
“quilométricas” em uma folha de caderno. Isso até ajuda algo, porém,
criar resumos poderosos, que falem a mesma língua de nosso cérebro,
vai muito além de grifar algumas frases ou fazer anotações
gigantescas.
Por isso, já quero apresentar-lhe um conceito que é um divisor de

águas e que normalmente passo somente para quem é aluno dos meus
treinamentos.
A partir desse momento, não vamos mais nos

referirmos a “resumo” e sim a “ativo de memorização”.
Pode parecer só um jogo de palavras, mas é muito mais do que isso. É

a diferença de gastar tempo e ser produtivo no em seu aprendizado.
Mas fique tranquilo, vamos entender a diferença entre um simples
resumo e um ativo de memorização.
O resumo, ou melhor, o ativo de memorização, é uma parte de um

processo maior. Vamos conversar sobre o ativo de memorização, mas
se você busca estratégias para ter leituras produtivas, criar resumos
que geram resultados e memorização do conteúdo lido, aconselho
conhecer o treinamento Leitura Eficaz.
Nele, trabalhamos esse processo completo, desde ativar o cérebro

leitor, gerar concentração, ter produtividade na leitura e criar seus
ativos de memorização para garantir a consolidação do conteúdo e
nunca mais se esquecer do que é importante.
A verdade é que, ninguém que busca criar um resumo, faz isso

só por fazer.
Se pudéssemos, líamos o conteúdo e pronto. Mas não é assim que o

cérebro funciona, uma pequena fração do conteúdo é memorizado na
fase da aquisição, que é o momento da leitura.
Por isso buscamos eficácia no aprendizado.
É importante focar na eficácia, que nada mais é do que fazer

certo o que precisa ser feito.
Um resumo feito da maneira errada, não se enquadra em ser eficaz,

pelo motivo de você estar perdendo tempo com algo que não irá gerar
resultado.
Aqui entra uma premissa muito importante:
Anotações e resumos são coisas completamente diferentes.

Anotação é um processo passivo, resumo é um processo ativo.
Anotação é um processo passivo, ou seja, simplesmente anota o que

está sendo recebido, seja um livro, apostila, palestra, aula ou qualquer
momento que esteja recebendo a informação.
Já o resumo, como ativo de memorização, é um processo ATIVO.
Ou seja, vai muito além de simplesmente anotar, você tem controle e

etapas bem definidas do que fazer, por qual motivo fazer e como aquilo
será utilizado como um ativo de memorização posteriormente.
Aqui já podemos falar de um grande paradigma que muitos acabam

travando, achar que está gastando muito tempo criando o resumo, ou
então, que não tem tempo para criar o resumo.
Essas pessoas estão certas, pois um resumo feito da forma errada, sem
método, sem objetivo e, principalmente, que não vai gerar resultado,
realmente, é uma perda de tempo.
Mas não é essa categoria de resumo que estou tratando com você, o
que estamos falando é a construção de um ativo de memorização.
Melhor dizendo, não sou nem eu que estou falando, é a neurociência.

Existem diversos estudos que mostram a importância de você seguir no
processo de aprendizado e não parar somente no momento da leitura.
Por isso, sempre tenho muito cuidado de não transmitir um “achismo”

ou algo que funcionou para mim. O que estou te falando, que mostro
em meus cursos e vamos ver ao longo deste livro digital, é ciência.
É a maneira que o cérebro funciona.
Infelizmente vejo muita gente querer ficar ensinando para os outros o

que funcionou para ela, mas ali existem diversas variáveis, a genética,
a epigenética, o contexto, ambiente que vive, experiências anteriores,
dentre outros fatores.
Por isso, nosso foco é exclusivamente na maneira que o cérebro

processa cada etapa do aprendizado.
Sabe aquelas frases “mas não concordo com isso”, “mas na minha
opinião”, isso é irrelevante quando falamos em aprendizado de maneira
séria e seguindo a neurociência.
Aprendizado é cérebro, cérebro é ciência.

Simples assim.
Especialista em Neurociências e Comportamento pela PUC, criador

do método Leitura Eficaz e fundador do portal MapaMental.org, que
já conta com mais de 2 milhões de acessos.
Nos últimos anos, já ajudou mais de 25 mil alunos a desenvolver

uma alta performance mental, gerando mais produtividade,
memorização e uma leitura eficaz.
Existe um erro cometido pela grande maioria das pessoas que

não consegue aprender de forma eficiente.
Um erro “simples”, que pode estar atrapalhando muito. Porém, ao ser

identificado, garante um salto significativo na qualidade do aprendizado
e memorização.
Que erro é esse?
Não saber a diferença ente Entender e Aprender.
Você pode estar pensando, mas qual a diferença entre eu saber ou não
isso, como isso mudará minha forma de aprender e como reterei mais
informação?
A minha resposta: Toda diferença!
Depois que “destravei” essa chave em meu cérebro, comecei a

aprender melhor. Hoje consigo armazenar muito mais conhecimento do
que antes.
Para exemplificar, preciso te contar uma breve história.
Certa vez, estava no aeroclube de minha cidade, conversando com um

amigo que é piloto e entramos juntos na cabine de um avião de
pequeno porte. Durante nossa conversa, ele me explicou a função de
cada elemento do painel da aeronave.
Depois de quase uma hora de conversa, além de ficar encantado com a

máquina, entendi muito bem as explicações de meu amigo, arriscaria
dizer que conseguiria até decolar naquele dia.
Mas agora que vem o “pulo do gato”.
Eu entendi muito bem tudo que ele disse.
Mas será que aprendi?
Com toda certeza, não aprendi.
Após alguns dias, nem me lembrava o que era cada um daqueles

botões no painel do avião.
E essa sutil diferença, é que faz a maioria das pessoas se frustrarem

quando estão lendo ou estudando.
Ao recebermos uma instrução, seja pela leitura, conversando,

participando de uma aula ou mesmo uma reunião e estivermos com a
concentração correta, entenderemos muito bem a informação
transmitida.
Com isso, temos a falsa sensação de que nunca mais vamos

esquecer o que foi ensinado, que não precisamos mais reforçar aquele
tema, pois já está em nossa memória de longo prazo.
Confesso que naquele dia, me senti um verdadeiro piloto de avião, até

porque, aquela informação estava “muito fresca” em minha memória,
tudo fazia sentido.
Mas com o passar do tempo, dias, semanas ou meses, o que você acha
que aconteceu?
Se eu tivesse que explicar 1% do que conversei, provavelmente não

saberia lhe dizer. Eu lembro que tive a conversa, mas praticamente não
me lembro do conteúdo.
Aqui está a diferença principal: Eu entendi muito bem, mas não

aprendi.
Por qual motivo eu não aprendi?
Pois fiquei somente na esfera do entendimento (memória de curto

prazo) e não trabalhei aquela informação, para se tornar conhecimento,
ou melhor, aprendizado (memória de longo prazo).
Talvez você esteja pensando:
Ok Filipe, e os resumos?
Por isso a importância de criar seu ativo de memorização de tudo que

você deseja estudar e aprender. A revisão (também da forma correta)
deste ativo/resumo é que vai garantir que você insira o que desejar na
memória de longo prazo.
Simplesmente ler e reler um texto não irá garantir seu aprendizado e a

retenção na memória de longo prazo.
Trate o resumo como seu ativo de memorização.
Ele será seu maior aliado para garantir que você retenha e memorize o
conteúdo que está lendo.
Nas próximas páginas, vou te mostrar o processo A2R que vai

exemplificar bem todo esse processo.
Se você é daqueles que, quando está lendo algo, precisa ficar voltando
no texto ou lendo tudo várias vezes, pois não se lembra do que leu, é
importante ter essa clareza do A2R, pois cada etapa tem seu recurso
correto.
São três etapas para você sempre aplicar quando desejar aprender e
memorizar de forma eficiente.
Acabamos de falar da importância em transferir uma informação da

memória de curto prazo (entendimento) para a memória de longo prazo
(aprendizado), é isso que o ativo de memorização faz.
E a boa notícia, é que existe um processo que deve ser realizado

quando quisermos fazer essa transferência para nossa memória de
longo prazo.
Chamo este processo de A2R, ele consiste em:
✓ Passo #1 – Aquisição;
✓ Passo #2 – Retenção;
✓ Passo #3 – Recordação.
Essas etapas exigem concentração e memorização, mas em cada uma

temos um objetivo diferente.
Seguir o processo é o que garante o resultado.

1º Passo: Aquisição
É o momento que você recebe a informação pela primeira vez. Seja

você participando de uma aula, palestra, lendo um livro ou qualquer
material pela primeira vez.
Nesta etapa temos dois objetivos principais:
• Primeiro objetivo: Ter concentração para captar em nossa

memória de curto prazo o máximo da informação que está sendo
transmitida.
• Segundo objetivo: Conseguir organizar essas informações de

uma forma que facilite o processo da segunda e terceira etapa.
Se você sofre com a releitura, ou seja, precisar ficar voltando e ler

novamente a todo momento, pois não entendeu o que leu, deve focar
nessa fase da aquisição.
Aquisição não é memorização, aqui você está simplesmente recebendo

a informação, só isso. Mas se fizer sem foco, sem concentração, essa
informação sequer chegará em sua memória de curto prazo. Ela será
dissipada no ar.
Duas ferramentas primordiais que você deve aplicar nessa fase da

aquisição:
1. Concentração;
2. Gatilhos de memória.
A parte da concentração não é o nosso foco aqui neste livro, mas

dentro do treinamento Leitura Eficaz, temos uma etapa exclusiva sobre
como gerar concentração e foco na leitura.
Sobre os gatilhos de memória, são as anotações, os resumos. Mas

como já vimos, não é qualquer resumo.
A anotação feita da forma errada nesta fase, pode comprometer o

restante do processo e você não conseguir memorizar de forma
eficiente.
E qual a melhora maneira de realizar essas anotações?
Por meio dos ativos de memorização.
A “arte” do resumo perfeito, consiste em você identificar quais são as

informações importantes irão gerar um gatilho em sua memória das
demais informações.
Vamos falar mais sobre os resumos logo adiante.

2º Passo: Retenção
A retenção pode acontecer tanto de forma conjunta ou separada da

aquisição, pois depende de alguns fatores, como o seu planejamento
inicial e objetivos com a leitura.
De forma resumida, se é um conteúdo que exige muita memorização e

você não tem domínio, a retenção irá acontecer com a aquisição.
Mas caso seja um conteúdo que você tem algum domínio, poderá
seguir para a retenção após a aquisição.
Nessa fase representa a maior parte do processo e é a que dispende

mais energia de você.
Mas Filipe, o que eu faço nessa fase?
O objetivo é que você crie resumo para começar a migrar a informação

(memória de curto prazo) para o aprendizado (memória de longo
prazo).
É aqui que vamos conseguir resumir o conteúdo importante de um livro

de 200, 300, 400 páginas e uma única folha.
É aqui que você pode resumir todo um curso, em um único ativo de

memorização.
Por isso, um resumo bem-feito,

é 90% do seu aprendizado.
Se errar no momento de resumir de forma eficiente, todo o processo de

memorização e aprendizado daquele conteúdo será comprometido.
Imagine você ter 10 folhas escritas para revisar, quanto tempo levará?
Ou pior, ter grifado e anotado no livro, 300 páginas do livro com as

anotações. Precisará de horas para revisar.
Vou deixar um exemplo da diferença de um resumo comum e um ativo

de memorização:
(1) Resumo feito de forma linear
(2) Ativo de memorização

Veja que interessante, na primeira imagem, é um texto totalmente

linear, levará alguns minutos para ler uma única página. Agora na
segunda imagem, você revisa o ativo de memorização em segundos.
Óbvio que não existe mágica nesse processo, por isso você precisa criar
seu próprio ativo de memorização, principalmente quando deseja ter
um alto nível de memorização.
Lembre-se, você já está com as informações em sua memória de curto

prazo, agora você criou seu ativo de memorização (da maneira correta)
que contém os gatilhos para sua memória das demais informações.
Preste muita atenção, pois essa é a virada de jogo nos

resultados quando queremos aprender e memorizar de forma
eficaz.
O ativo de memorização não deve conter todo o conteúdo que deseja

memorizar, ele deve conter os gatilhos de memória do conteúdo que
você deseja memorizar.
Uma sútil diferença, mas que faz toda diferença.
Se você já conhece, pode observar que o ativo de memorização foi

criado utilizando os mapas mentais.
Daqui a pouco vamos conversar mais sobre como criar seu ativo.
3º Passo: Recordação
É a fase final, que trará o objetivo de todo aprendizado, sendo a

memorização do conteúdo.
Aplicando de forma eficiente a aquisição e retenção, elas irão garantir

que você consiga recordar sempre que precisar do conteúdo na terceira
fase.
Aqui faremos algo “simples”, porém muito poderoso.
Repetir, repetir e repetir.
Sim, vamos repetir ao cérebro os gatilhos de memória do ativo de

memorização para ir fortalecendo as sinapses neurais responsáveis por
aquele aprendizado.
Por isso é importante que o ativo seja criado da maneira correta, pois a
repetição deve ser feita várias vezes, porém de forma produtiva.
De forma simplificada, as sinapses são as conexões feitas entre um

neurônio e outro, é assim que eles se comunicam. Tudo que sabemos,
aprendemos, as habilidades que temos, as funções de nosso corpo são
possíveis, pois existem sinapses neurais para tal.
Contudo, quando falamos em aprendizado, as sinapses são formadas

sem muita “força”, ou seja, se não fortalecermos elas, aquele
aprendizado será esquecido.
Aqui representa, biologicamente, a diferença entre o entendimento e o

aprendizado.
Entendimento é quando as sinapses ainda estão “frágeis”, já o

aprendizado é quando elas estão fortalecidas.
E como fazemos esse fortalecimento das sinapses?
Com a repetição, ou melhor dizendo, com a revisão do seu ativo de

memorização.
Se observarmos, essa repetição já é a maneira que, naturalmente,

nosso cérebro já utiliza para memorizar e aprender praticamente tudo.
Um novo caminho, uma nova habilidade, um novo idioma, uma nova

tarefa para seu trabalho, etc.
“A repetição é a mãe do aprendizado”

(Lair Ribeiro)
Então, quantas vezes e por quanto tempo devemos fazer essa revisão?
Depende de alguns fatores, como do ativo de memorização criado, do

seu objetivo com o conteúdo, do seu conhecimento prévio, entre
outros.
Afinal, seu cérebro não tem somente esse novo conteúdo para
memorizar, ele possui uma bagagem anterior, que pode auxiliar nesse
processo.
Por exemplo, se está estudando um idioma que você já tem um certo

domínio, irá memorizar mais fácil do que uma pessoa que não sabe
nada daquele idioma.
Isso vale para qualquer assunto ou conteúdo. Quando suas “prateleiras

do cérebro” já possuem alguma referência e associação do conteúdo
que está querendo memorizar, fica mais fácil.
Tudo isso para observarmos a importância do planejamento e definição

correta do objetivo.
Existem ferramentas para isso, mostro várias delas para meus alunos
do treinamento Leitura Eficaz.
Mas para você já poder aplicar as revisões em sua rotina, siga um

roteiro básico:
1. Revise seu ativo no mesmo dia que criar;

2. Continue revisando uma vez por dia, durante os próximos 7 dias;
3. Posteriormente, revise-o uma vez por semana durante 1 mês.
Como eu disse, esse roteiro é algo mais genérico, para ter clareza do
tempo e como irá revisar, depende do planejamento prévio que envolve
diversos fatores.
É assim que você garante que irá reter em sua memória de

longo prazo.
Talvez você já tenha reparado o que tudo isso significa.
Sabe o que é?
Ter controle do processo.
Saímos de, simplesmente abrir um material e ler e torcer para

memorizar e fomos para um processo em que temos clareza de cada
uma das etapas para consolidar em nossa memória de longo prazo.
Agora que você já entendeu a importância do processo A2R para

garantir um aprendizado eficiente, vamos ver qual é a melhor
ferramenta para se criar resumos de livros ou qualquer outro conteúdo
que você desejar memorizar.
Como vimos, não é qualquer categoria de anotação ou resumo que irá

gerar resultado, pois precisamos ter algo eficaz para fazermos as
revisões e repetir ao cérebro os gatilhos de memória para fortalecer as
sinapses.
Aquela anotação linear (linha após linha) que aprendemos desde

criança, que utilizamos por toda nossa vida, não é eficiente para esse
processo.
E por um simples motivo, não é a forma

que nosso cérebro trabalha.
Então, qual é a melhor forma?
Temos que fazer anotações e resumos, utilizando os mesmos recursos

que nosso cérebro utiliza.
Estes recursos, basicamente são:
• Associações (conexões);
• Palavras-chave (gatilhos);
• Imagens (visual).
E existe uma ferramenta, criada pelo professor e pesquisador Tony

Buzan em meados de 1970 e que hoje já ajuda mais de 250 milhões de
pessoas em todo o mundo a organizar ideias, informações e memorizar
qualquer conteúdo.
Apresento o poder dos mapas mentais.
Se tivesse que definir mapa mental em uma única frase, seria:
“É o canivete suíço de nosso cérebro”.
Podemos fazer essa afirmação, pois os mapas mentais utilizam o

mesmo formato que nosso cérebro utiliza para armazenar e organizar
informação e conhecimento em nossa memória de curto e longo prazo.
Este “formato” é o pensamento radiante, que são as conexões neurais.
Os mapas mentais falam a mesma língua que nosso cérebro!
Poucos métodos e ferramentas possuem este poder de ativar diversos

circuitos neurais em nosso cérebro no momento do aprendizado.
Veja um exemplo de mapa mental:

Incrível, não é mesmo?
Você consegue revisar um livro inteiro em poucos minutos

utilizando os mapas mentais como ativo de memorização.
Para ficar ainda mais claro, também vou deixar o mapa mental com o
resumo do que estamos conversando no neste livro.
Clique aqui para baixar

Como vimos, para criar um ativo de memorização realmente eficientes,

as etapas anteriores ao mapa mental e as etapas posteriores ao mapa
mental, são tão importantes quando a sua criação.
Mas quero deixar para você um checklist prático para poder criar seu
primeiro mapa mental ainda hoje.
1º Passo: Escolha um material pequeno, algo entre 5 e 10 páginas.
2º Passo: Faça a leitura normalmente. Claro que existem diversas

técnicas de preparo do cérebro e concentração para esse momento.
Mas nesse primeiro momento, faça da maneira que está acostumado.
3º Passo: Ao término da leitura, comece criando seu mapa mental.

Aqui você pode fazê-lo manualmente (uma folha em branco e uma
caneta) ou então utilizando algum software, o que recomendo, é o
Mindmeister.
4º Passo: Faça as revisões seguindo o cronograma simplificado que

conversamos anteriormente.
Vamos focar aqui a maneira mais simples, pegue uma folha em branco
e uma caneta ou lápis.
Trabalharemos os 3 elementos principais nesse primeiro mapa mental,

são eles:
1. IDEIA CENTRAL
É o início do nosso mapa mental, conhecido também como elemento

central. A ideia central, como o próprio nome já diz, deve ficar no
centro da folha, podendo ser representada por uma palavra-chave,
imagem-chave ou ambas. Podemos dizer que é o "título" de nosso
mapa mental.
2. RAMIFICAÇÕES
Ramificações ou ramos são as linhas que interligam uma ideia a outra.

Elas fazem a conexão das ideias de seu mapa.
3. PALAVRAS-CHAVE
São os gatilhos que conversamos, ou seja, as palavras associadas ao

assunto ou ideia que você quer lembrar.
Juntamente com as imagens-chave (não precisamos focar neste

primeiro momento, mas são importantes), são ganchos para sua
memória.
Utilize palavras-chave que são relacionadas a elementos como

situações, emoções, fatos e escolhas. Evite utilizar frases longas, pois
elas irão limitar e confundir a memória, principalmente na fase da
revisão.
4. CORES E IMAGENS-CHAVE (Opcional)
São elementos importantes no mapa mental e, com o tempo, é algo

simples de ser aplicado. Deixei como opcional, para que não sejam uma
barreira de criar seu primeiro mapa mental.
De forma resumida, se desejar, pode dividir seu mapa mental em cores

diferentes em cada ramificação principal, isso ajudará a organização
para as revisões futuras.
E desenhos/imagens para exemplificar melhor. Afinal, uma imagem vale

mais que mil palavras.
Vou deixar um exemplo de um mapa mental que acabei de fazer.
Algo simples, direto ao ponto. Não precisa fazer letra bonita, desenho
maravilhoso. O perfeccionismo deve passar longe dos seus mapas
mentais.
Precisamos somente que tenham os elementos que “falem” a língua do

nosso cérebro.
Agora que você já entendeu a importância de criar seu ativo de

memorização (resumo poderoso) e quais são os elementos para isso...
E deseja ir para o próximo nível dominando o processo

completo da leitura produtiva, tenho um convite para você.
Como conversamos, o aprendizado possui várias etapas além do

resumo, que inicia desde a preparação do cérebro leitor, passando por
um planejamento correto, criação de um ativo de memorização e o
trabalho desse ativo, para reter o conhecimento no longo prazo.
É exatamente esse processo que venho estudando nos últimos 10 anos

e já ensinei para mais de 8 mil alunos dentro da formação Leitura
Eficaz.
Nela, você terá aulas práticas com o processo completo da leitura

produtiva, com ferramenta para preparar seu cérebro produtivo na
leitura, gerar concentração e foco, ler mais rápido, passo a passo da
criação do ativo de memorização e como fazer a revisão do ativo para
consolidar o conteúdo em sua memória de longo prazo.
Inclusive, em uma dessas aulas, você me verá criando um ativo de

memorização de um livro em tempo real. Passo a passo.
1. Como preparar seu cérebro leitor;

2. Ter mais velocidade na leitura;
3. Gerar concentração sempre que precisar;
4. Criação do ativo de memorização (mapa mental);
5. Revisão do ativo de memorização em 3 minutos;
6. Consolidação na memória de longo prazo.

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O objetivo nas próximas páginas deste livro é apresentar quais são os

Sabe aquela sensação de terminar de ler um material e esquecer quase

É isso que vamos trabalhar.

Ler uma única vez, criar um resumo poderoso e seguir no processo

Sim, isso é possível.

Mas antes, precisamos entender como funciona nosso cérebro,

Aqui estamos falando de neurociência.

Aprender de forma eficiente nada mais é do que dominar

Vamos ver adiante que existem 3 passos do nosso aprendizado e,

Porém, muitas pessoas acreditam que para memorizar utilizando

Por isso, já quero apresentar-lhe um conceito que é um divisor de

A partir desse momento, não vamos mais nos

Pode parecer só um jogo de palavras, mas é muito mais do que isso. É

O resumo, ou melhor, o ativo de memorização, é uma parte de um

Nele, trabalhamos esse processo completo, desde ativar o cérebro

A verdade é que, ninguém que busca criar um resumo, faz isso

Se pudéssemos, líamos o conteúdo e pronto. Mas não é assim que o

Por isso buscamos eficácia no aprendizado.

É importante focar na eficácia, que nada mais é do que fazer

Um resumo feito da maneira errada, não se enquadra em ser eficaz,

Aqui entra uma premissa muito importante:

Anotações e resumos são coisas completamente diferentes.

Anotação é um processo passivo, ou seja, simplesmente anota o que

Já o resumo, como ativo de memorização, é um processo ATIVO.

Ou seja, vai muito além de simplesmente anotar, você tem controle e

Aqui já podemos falar de um grande paradigma que muitos acabam

Melhor dizendo, não sou nem eu que estou falando, é a neurociência.

Por isso, sempre tenho muito cuidado de não transmitir um “achismo”

É a maneira que o cérebro funciona.

Infelizmente vejo muita gente querer ficar ensinando para os outros o

Por isso, nosso foco é exclusivamente na maneira que o cérebro

Aprendizado é cérebro, cérebro é ciência.

Especialista em Neurociências e Comportamento pela PUC, criador

Nos últimos anos, já ajudou mais de 25 mil alunos a desenvolver

Existe um erro cometido pela grande maioria das pessoas que

Um erro “simples”, que pode estar atrapalhando muito. Porém, ao ser

Que erro é esse?

Não saber a diferença ente Entender e Aprender.

A minha resposta: Toda diferença!

Depois que “destravei” essa chave em meu cérebro, comecei a

Para exemplificar, preciso te contar uma breve história.

Certa vez, estava no aeroclube de minha cidade, conversando com um

Depois de quase uma hora de conversa, além de ficar encantado com a

Mas agora que vem o “pulo do gato”.

Eu entendi muito bem tudo que ele disse.

Mas será que aprendi?

Com toda certeza, não aprendi.

Após alguns dias, nem me lembrava o que era cada um daqueles

E essa sutil diferença, é que faz a maioria das pessoas se frustrarem

Ao recebermos uma instrução, seja pela leitura, conversando,

Com isso, temos a falsa sensação de que nunca mais vamos

Confesso que naquele dia, me senti um verdadeiro piloto de avião, até

Se eu tivesse que explicar 1% do que conversei, provavelmente não

Aqui está a diferença principal: Eu entendi muito bem, mas não

Por qual motivo eu não aprendi?

Pois fiquei somente na esfera do entendimento (memória de curto

Talvez você esteja pensando:

Por isso a importância de criar seu ativo de memorização de tudo que

Simplesmente ler e reler um texto não irá garantir seu aprendizado e a

Trate o resumo como seu ativo de memorização.