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DEFINIÇÃO
Apresentação de conceito de pesquisa e definição de projeto de pesquisa, com os elementos
necessários à sua elaboração. Estratégias para revisão bibliográfica e para a construção
escrita de um embasamento teórico na apresentação
da pesquisa. Regras gerais para
formatação de trabalhos e normas técnicas.
PROPÓSITO
Compreender como se inicia e se encaminha uma pesquisa científica, refletindo sobre os
conceitos, elementos e as normas fundamentais para a realização e apresentação de projetos
e demais trabalhos acadêmicos de pesquisa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
MÓDULO 3
Identificar as normas técnicas que devem ser consideradas ao elaborar um trabalho acadêmico
INTRODUÇÃO
Uma das etapas mais significativas do processo formativo é a pesquisa. Para muitos, a
produção de TCC, artigos, monografias, entre outros, é um momento árduo e de instabilidade
durante um curso de graduação. Muitas vezes, a
dificuldade aparece porque não se tem
familiaridade com a prática investigativa sistemática. É preciso conceber o ato de pesquisar
como um processo presente em toda a sua trajetória pessoal, profissional e acadêmica.
Desde criança, criamos ferramentas para pesquisar e testar hipóteses. Formulamos perguntas,
investigamos a partir de dúvidas, lançamos mão de diferentes procedimentos com a finalidade
de encontrar respostas, descobrir fenômenos
e fatos. Porém, essas pesquisas do nosso
cotidiano, muitas vezes, nem são planejadas ou contextualizadas, pelo menos, não de forma
consciente. É uma prática mais genérica, um ato de pesquisar de maneira menos organizada.
Imagine se você fosse escrever uma pesquisa somente partindo da sua vivência cotidiana, sem
contextualização, normas ou embasamento teórico. Você acha que ela teria rigor acadêmico e
poderia apresentar resultados mais sistematizados?
É provável que sua resposta seja não. Por
quê? O que falta e o que diferencia a pesquisa cotidiana da científica? Veremos alguns
aspectos ao longo da exploração deste tema.
Ao se matricular em um curso de nível superior, você inicia o contato mais direto com o ato de
pesquisar de modo planejado. Desde os primeiros períodos, você se prepara para, ao final,
lançar mão de normas, embasamentos teóricos
e técnicas em favor de um objeto de pesquisa.
MÓDULO 1
PESQUISA E CIÊNCIA
Ao iniciar a reflexão para a construção de um projeto de pesquisa, você pode se deparar com
questionamentos do tipo:
1 Como iniciar?
COMENTÁRIO
Fonte: Andrey_Popov/Shutterstock
Produzir pesquisa é um processo contínuo, que visa responder ao fato pesquisado e verificar
uma hipótese, bem como sua articulação com outros fatos e hipóteses. Dessa maneira, o
conhecimento é produzido e compartilhado
nas escolas e universidades.
Demo (1985) afirma que é preciso conceber o conhecimento produzido sempre buscando
sair dos extremos:
A partir daí, imaginamos que sempre existe o que descobrir na realidade, equivalendo
isto a aceitar que a pesquisa é um processo interminável, intrinsecamente processual. É:
um fenômeno de aproximações sucessivas e nunca esgotado,
não uma situação
definitiva, diante da qual já não haveria o que descobrir.”
Dogmatismo indiscutível
Relativismo
É preciso destacar que toda pesquisa, para ter relevância, precisa se articular com problemas
reais que nos afetam, lançando luz sobre sua utilidade e relação com a vida prática. A
separação entre teoria e prática não é possível
no contexto da pesquisa, pois uma se faz com
a outra, em uma profunda relação de complementaridade.
DICA
Para começar uma pesquisa científica, deve-se iniciar a reflexão sobre o assunto e, de maneira
organizada, elaborar um projeto de pesquisa.
O PROJETO DE PESQUISA
Para realizar uma investigação sistemática, são necessários elaboração, definição de objetivos,
recorte e metodologias adotadas para responder às perguntas de pesquisa. Esses itens, entre
outros, são organizados em um projeto,
que é um importante processo de reflexão do autor
sobre o que se pretende investigar.
A escrita do projeto de pesquisa pode ser requerida nos cursos de graduação, como etapa
necessária ao planejamento da pesquisa de conclusão de curso. Para fins de acesso a cursos
de pós-graduação, o projeto de pesquisa pode
ser, inclusive, uma etapa de seleção, de modo
que o aluno ingresse no curso já com a pesquisa em fase de planejamento. Em outros
momentos, o projeto pode ser apresentado para buscar financiamento que viabilize a
investigação.
Em todos os casos, ter um projeto bem estruturado é o caminho para se conseguir desenvolver
bem seu trabalho. Um exemplo de roteiro seria:
Embora não se tenha um consenso ou uma receita única para a elaboração do projeto, alguns
elementos são definidos como primordiais. A seguir, refletiremos sobre cada item que precisa
estar presente nesse roteiro da
pesquisa.
Após definir o tema, é preciso que o autor se pergunte o que deve pesquisar naquela área, pois
o tema em si mesmo é um caminho em aberto, com uma perspectiva ampla da pesquisa, e
precisa de um recorte para direcionamento. Por
exemplo: se o tema da sua pesquisa for
“Alfabetização e letramento”, você já definiu a área onde se pretende atuar, mas faltam
algumas respostas.
Alfabetização e letramento
No exemplo, foram selecionados três recortes (objetos de pesquisa) possíveis dentro do tema
“Alfabetização e letramento”. A partir desses três recortes, abrem-se duas possibilidades (ou
mais) de investigação em cada. É
preciso ter clareza desse percurso para fazer a
problematização, direcionando o olhar para aquilo que, de fato, é pertinente para o
desenvolvimento do seu trabalho.
Em relação à escrita desse item, você pode construir o problema de pesquisa a partir de uma
pergunta. Inclusive, a elaboração de perguntas é uma importante estratégia interna em
todas as etapas da sua pesquisa.
A indagação sobre aspectos do tema gera a problematização e deve, ainda, ser clara, com
resposta viável e uma dimensão possível de pesquisa. Na perspectiva do exemplo, a
formulação do problema poderia ocorrer a partir da pergunta:
O currículo da Rede Municipal de
Educação do Rio de Janeiro – anos iniciais do Ensino Fundamental – favorece a prática do
letramento matemático? Observe que o direcionamento foi todo encaminhado na pergunta: a
área de conhecimento, o tema, a etapa escolar que se quer pesquisar, a abrangência da
pesquisa e a dúvida em si.
Rudio (2000) afirma que a definição do problema deve ser fruto de algumas indagações do
autor:
Assim, as perguntas anteriores levam o pesquisador a considerar uma série de fatores que se
apresentam durante a execução da pesquisa, auxiliando no processo de delimitação do
problema.
RESUMINDO
ATENÇÃO
É preciso destacar que, na etapa anterior, foi mencionado que o problema de pesquisa precisa
ser algo viável, solucionável. Nesse contexto, a hipótese seria uma possibilidade de
solução, ancorada nas reflexões já encaminhadas sobre o tema e problema.
Fonte: fran_kie/Shutterstock
OBSERVAÇÃO
RESULTADOS DE OUTRAS PESQUISAS
TEORIAS
INTUIÇÃO
A elaboração da hipótese é fruto de um processo reflexivo e criativo, pois visa responder algo
que ainda ninguém respondeu, o que supõe o pensamento inovador. Todo o desenho do
trabalho está ancorado na confirmação ou não da
hipótese inicial. Nesse cenário, a hipótese se
articula ao objetivo da pesquisa.
DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS
Para entender melhor de que modo os objetivos da pesquisa são desenhados, você deve ter
em mente a pergunta: esta pesquisa se desenvolve para quê?
Tomando como base o tema, problema e as hipóteses já definidos, o autor da pesquisa precisa
se ocupar em definir objetivos claros, articulados ao todo e que representem a finalidade do
trabalho.
Em geral, os objetivos são iniciados com verbos no infinitivo que indiquem a ação, a meta da
pesquisa. Por exemplo: analisar, produzir, realizar, comparar etc. É indispensável que os seus
objetivos sejam possíveis de atingir.
A organização dos objetivos no trabalho deve ser dividida
em duas dimensões:
Objetivo geral
Em sentido amplo, você deverá definir um objetivo geral, que “diz respeito ao conhecimento
que o estudo proporcionará em relação ao objeto” (MINAYO, 2009, p. 45), tornando-se um tipo
de resultado intelectual
articulado à hipótese inicial. O objetivo geral é de longo alcance,
correspondendo a uma ação mais ampla.
EXEMPLO
Objetivo específico
Em sentido mais restrito, esses objetivos consistem no desdobramento das ações necessárias
para se atingir o objetivo geral. É como se fossem os degraus de uma escada. O pesquisador
deve, considerando o
objetivo geral, localizar e cumprir cada pequena ação que colabore para
o atingimento do objetivo mais amplo. São ações de curto alcance e devem estar articuladas
umas com as outras.
EXEMPLO
EXEMPLO
EXEMPLO
JUSTIFICATIVA
Você já leu um trabalho ou projeto e depois acabou comprando a ideia, reconhecendo a
relevância da investigação lida? Por que será que isso aconteceu? Faça uma breve
reflexão acerca dos itens que o autor descreveu,
que o encantaram e despertaram seu
interesse para a investigação do tema. Provavelmente, foram utilizados argumentos muito
coerentes e que fizeram sentido na sua prática profissional, de modo que você, de fato,
conseguiu
articular e incorporar à sua vivência a necessidade daquela pesquisa.
A relevância da sua pesquisa deve ser expressa pela justificativa. As seguintes perguntas
norteadoras podem auxiliar na construção desse item:
A justificativa precisa estar articulada ao problema de pesquisa dos pontos de vista prático e
conceitual. Os argumentos
empregados devem se ancorar em relevância técnica, social e
científica. Minayo (2009) esclarece que a justificativa deve possuir argumentos que:
Por: StepanPopov/Shutterstock
Metodologia é o caminho que se quer ou se necessita percorrer até que sua pesquisa atinja os
objetivos propostos. Para tal, o pesquisador deve fazer uso de métodos e técnicas, bem como
articular seus procedimentos com concepções
teóricas, aproximando-as da prática. Não se
pretende propor uma série de técnicas desprovidas de sustentação teórica, da mesma forma
que não deve ser puramente teoria, sem desenhá-la de maneira clara e coerente a serviço
dos
desafios encontrados na prática.
Para definir seus caminhos metodológicos, você deve considerar que o pensamento criativo é
um pilar. Flexibilizar, observar caminhos alternativos e reconstruir são tarefas que enriquecem
a pesquisa, desde que
caminhem ao encontro dos objetivos traçados.
ATENÇÃO
EXEMPLO
EXEMPLO
É comum adotar o estudo de caso ou a pesquisa bibliográfica em estudos exploratórios,
pois se busca levantar dados sobre grupos ou sujeitos. Porém, você deve ser criativo e
inovar, sempre justificando suas escolhas dos pontos
de vista teórico e prático. Nessa
perspectiva, desde que de modo bem fundamentado, você pode e deve colocar os
procedimentos técnicos disponíveis a serviço da sua pesquisa. Lembre-se de que eles
existem para auxiliar a
realização de seu trabalho.
CRONOGRAMA E EXECUÇÃO
Tendo como base os objetivos e procedimentos que você vai adotar para fazer a sua pesquisa,
é preciso pensar em um importante recurso: o tempo. É a perspectiva do “quando”.
O pesquisador deve indicar o tempo para a execução de cada etapa da pesquisa, inclusive,
considerando que algumas ações podem ser realizadas simultaneamente. Geralmente, a
escrita desse item aparece em forma de quadro ou tabela,
indicando cada tarefa a ser
realizada nas linhas e o tempo para a sua execução ao lado, na coluna correspondente.
Fonte: Lallanan/Shutterstock.
DICA
Faça o planejamento das ações ao longo dos meses: isso ajuda a antecipar dificuldades
e facilidades, trabalhar com prazos e ter compreensão de todas as tarefas articuladas, em
uma perspectiva geral de dependência
entre elas.
A) Definição de objetivos
B) Delimitação do problema
C) Escolha da metodologia
D) Definição da justificativa
GABARITO
De acordo com Demo (1985), o projeto de pesquisa é feito para mapear o caminho a ser
seguido. É o instrumento de planejamento da pesquisa. As demais opções de resposta
apresentam outras fases ou características da pesquisa.
MÓDULO 2
A apresentação de cada item do projeto foi feita separadamente, mas é preciso evidenciar a
relação profunda de complementaridade entre eles. A perspectiva teórica pode ser entendida
como o fio condutor, a linha que costura
todos os elementos do projeto de modo coerente.
Assim, você lança mão de justificativas teóricas sempre que pertinentes, valoriza e demonstra
conhecimento sobre o seu tema e revela quais são as lacunas na teoria que sugere
e justifica
sua pesquisa.
Ou seja, mesmo que você escreva um capítulo separado para expor seu referencial teórico, as
citações e ideias dos autores de referência na área podem estar presentes em todo o seu
projeto, desde a introdução até as suas considerações
finais.
Fonte: jakkaje879/Shutterstock
COMENTÁRIO
Neste módulo, você irá refletir sobre como organizar o levantamento bibliográfico e o
embasamento teórico no projeto de pesquisa, o que possibilitará um diálogo lógico e bem
fundamentado entre a teoria e a realidade
que se busca entender.
TEORIA
Diversos termos buscam definir o que aqui estamos chamando de levantamento bibliográfico
e embasamento teórico. É possível encontrar termos como “revisão bibliográfica” (MINAYO,
2009), “revisão
de literatura” (LAVILLE; DIONNE, 1999), “estado da arte” (GERHARDT;
SILVEIRA, 2009), entre outros.
Mas, em todas essas formas de nomear, há uma característica comum: buscar as bases
teóricas e conceituais que sejam compatíveis com o problema de pesquisa e com a linha de
raciocínio desenvolvida ao longo do trabalho.
Fonte: alphaspirit/Shutterstock
Minayo (2009, p. 16) define teoria como “conhecimentos que foram construídos cientificamente
sobre determinado assunto, por outros estudiosos que o abordaram antes de nós e lançam luz
sobre a nossa pesquisa”.
Para que seu projeto tenha um bom embasamento teórico, é importante fazer uma revisão
bibliográfica para mapear tudo o que já foi ponderado por outros autores e esteja diretamente
relacionado ao seu problema, evitando um
discurso muito floreado, que visa apenas ao volume
de informações, porém, desconectadas entre si. Nisto consiste o trabalho: conseguir evidenciar
o que, de fato, é relevante para o seu problema de pesquisa, no meio
de tudo que já foi
produzido.
A busca pela perspectiva teórica a ser considerada no trabalho surge antes mesmo da sua
escrita e se estende até a leitura dos seus dados. Ela passa a ser o eixo em que todos os itens
do projeto deverão estar organizados.
Há, também, os autores que passaram a produzir conhecimento inspirado nas grandes teorias,
problematizando-as e colaborando com novos olhares. Ao elaborar seu projeto de pesquisa,
tenha em mente que o conhecimento científico não é dogmático. Ao contrário, ele passa por
mudanças ao longo dos anos e, ao fazer uma pesquisa, é necessário que você esteja
atento
também ao que se produziu de novidade sobre o seu tema nos últimos anos.
IDEIAS REVOLUCIONADORAS
DICA
TEORIA X PRÁTICA
Você já parou para pensar nas frases que ouvimos repetidamente: “teoria é diferente da
prática”, “isso é só na teoria”, entre outras, que acabam por desvalorizar o ato de produzir
conhecimento acadêmico cientificamente?
Essas frases são repetidas, muitas vezes, por pessoas que não conseguiram ainda enxergar a
complementaridade entre teoria e prática e como uma ocorre em função da outra. Se, por um
lado, devemos assumir que o conhecimento prático,
cotidiano, é resultado de interrogações
teóricas anteriores; por outro, é preciso assumir, também, que não se produz pesquisa e
“teoria” sem um olhar prático.
A teoria é fruto da busca constante por explicar e melhorar a realidade. Vamos entender isso:
Veiga-Neto (2012) propõe uma reflexão significativa nesse contexto quando, a partir da
metáfora da casa (BACHELARD, 2003), destaca que é preciso ir aos porões das casas em
que habitamos.
Se partirmos dessa metáfora, a casa é o piso intermediário, onde acontecem as relações
cotidianas (práticas).
O sótão da casa é o local para aonde iremos, no futuro, em que estão nossos objetivos e
sonhos.
Já os porões consistem no lugar em que mora a memória, a história. Nessa perspectiva, aqui
se entende o porão como o lugar onde se pode compreender quem somos, por meio
das
memórias. Podemos, inclusive, entender essas memórias como todas as contribuições dos
autores que chegaram antes de nós e refletiram sobre o tema que estamos a buscar
compreensão.
REFLEXÃO DE VEIGA-NETO:
“Sem o acolhimento da casa e sem as memórias de que ela é a fonte primeira, seríamos
seres desenraizados; seres sem imaginação porque sem história, e sem história porque
sem memória. Mas, mesmo que acolhidos pela casa, corremos
sempre o risco de viver
bloqueados, viver no alheamento, isto é, alienados no mundo e do mundo.
Isso será assim se não soubermos ocupar toda a casa, se nos mantivermos confinados
apenas no espaço intermediário, nesse espaço das experiências imediatas em que se
desenrola o que chamamos de vida concreta e de realidade.
Se nos deixarmos prender
nos andares intermediários, sem habitar o sótão e o porão, perderemos boa parte de
nossa própria condição humana, pois, enquanto lá no sótão se dão as experiências da
imaginação e da sublimação,
é lá no porão que estão as raízes e a sustentação racional
da própria casa”
De que maneira você poderia ir aos porões para construir e articular bem a
1
sua pesquisa?
É possível conceber o piso intermediário como aquela realidade que você busca compreender
e o sótão como a melhoria esperada por você, profissional que busca formação para viabilizá-
la.
MAS E OS PORÕES?
Se você não estabelecer uma relação entre essas “partes da casa”, corre um grande risco de
viver sujeito aos limites impostos pelos outros e pelos seus próprios, o que, consequentemente,
vai impossibilitar sua “ida ao sótão”,
os seus voos mais altos.
Em síntese, as três dimensões estão articuladas: o futuro que se deseja e trabalha para
construir, as práticas cotidianas e os aspectos teóricos, as memórias. O profissional, para
desenvolver uma postura efetivamente coerente
e promissora, precisa saber habitar todos os
níveis da “casa” em que está inserido. O contrário disso indica uma postura limitada e
conformada.
Ao escolher o tema para a pesquisa, você deve fazer um levantamento bibliográfico para
analisar quais foram as considerações já feitas sobre o seu problema de pesquisa. Esse
levantamento consiste em consultar, nos
diferentes bancos de dados, o que já existe sobre
determinado assunto. Considere livros, artigos, periódicos e demais fontes confiáveis de
pesquisa.
Para auxiliar na busca pela produção bibliográfica, é fundamental adotar uma estratégia de
pesquisa. A partir daí, você terá mais segurança para iniciar a escrita do seu projeto, pois será
capaz de elaborar, antecipar
questões, criticar, formular. Seus argumentos e suas ponderações
serão pautados em autores de referência, fortalecendo seu projeto e sua pesquisa com um
embasamento teórico coerente.
Uma vez feita a pesquisa bibliográfica, como os teóricos podem ser incorporados ao seu
trabalho? É justo ressaltar que a pesquisa bibliográfica não se resume a esse momento inicial
de contato com o tema e o problema
de pesquisa. Ela passa a ser uma ação recorrente e
necessária ao bom encaminhamento do seu trabalho. Ela é a base do processo
investigativo. Portanto, é preciso estar atento a tudo que está
sendo publicado relacionado à
sua problemática.
Depois, é necessário considerar que os autores de referência não estão limitados ao capítulo
dedicado ao embasamento teórico. Ao contrário, eles deverão ser a base que norteia o
estabelecimento das hipóteses, do
problema, dos objetivos e do trabalho como um todo.
Porém, em seu projeto, você terá uma parte dedicada à contextualização e à exposição teórica
do problema de pesquisa. A seguir, serão exploradas algumas formas
de organizar esse
capítulo no trabalho.
Agora, iremos explorar as estratégias de pesquisa:
Fonte: BongkarnGraphic/Shutterstock
O QUE CONSIDERAR AO ESCREVER O SEU
EMBASAMENTO TEÓRICO?
Após fazer o levantamento bibliográfico sobre o tema e o problema de pesquisa, você deve se
perguntar: por onde eu começo para registrar, no projeto, todas as informações
encontradas?
É comum, ao fazer a revisão e ter contato com múltiplas possibilidades de abordagem do seu
tema, que você se sinta instigado a incluir tudo no seu capítulo mais teórico. Também é
possível você se perguntar
o que deve ser destacado no trabalho. O que, de tudo o que
descobriu com a pesquisa, é relevante para a sua questão?
Imagine que você esteja fazendo uma filtragem de todas as informações obtidas. O filtro
deverá ter critérios para cumprir sua tarefa, que é selecionar informações. Como estabelecer
esses critérios e eleger o que serve inicialmente
e o que deve ser guardado para um momento
posterior? Você pode pensar nesses critérios de filtragem como o problema de pesquisa.
Lembre-se de que, dentro do seu tema, você estabeleceu um recorte para pesquisar de
maneira
mais focada determinada questão.
Inicie uma escrita coerente, que possa evidenciar tudo aquilo que reforça e sustenta os seus
argumentos. Esteja atento aos seguintes fatores ao escrever:
CONTEXTUALIZAÇÃO E PESQUISA
Adote uma escrita com exposição linear das ideias. Você pode fazer isso partindo de um
contexto mais amplo (do seu tema propriamente dito) para o mais específico (aquilo que
compete ao seu problema de pesquisa),
ou pode fazer uma descrição das principais
contribuições dos autores de forma cronológica, por exemplo.
É possível, também, partir de uma perspectiva mais global sobre como o seu tema é discutido
em diversos países e, no segundo momento, restringir para a discussão local do tema. Ou seja:
situe o leitor, torne evidente
a organização lógica no seu texto.
CRIAÇÃO DE TÓPICOS
Introduza questões, articule cada uma por vez e finalize com seus argumentos em um
parágrafo que sintetize a ideia. O texto pode parecer confuso se você não demonstrar essa
organização das ideias. Escreva, espere
um ou dois dias e leia o que escreveu. Perceba se faz
sentido, se falta informação ou se uma argumentação é repetida desnecessariamente.
APROFUNDAMENTO DE CONCEITOS
Dê atenção aos conceitos abordados em sua justificativa ou definição do problema de
pesquisa. No capítulo de embasamento teórico, você deve viabilizar a ampliação do
entendimento do leitor sobre o conceito que sustenta
seu argumento introdutório.
Existem dois tipos de citação: direta ou indireta. Dentro de cada tipo, existem normas
específicas para incorporar a citação ao seu texto.
Nas citações diretas, você inclui a escrita do autor tal como está na obra consultada, nas
mesmas palavras do autor. Elas devem ser incorporadas ao corpo do texto, caso tenham
menos de três linhas, apenas separadas
por aspas. Ou seguir o exemplo destacado nestas
linhas, caso seja uma citação maior. Nesse caso, ela deverá ter uma letra menor, um
espaçamento simples e um recuo esquerdo de 4cm. Em ambos os casos, devem ser
indicados
o autor, o ano e a página do trecho utilizado.
Em citações indiretas, você inclui as ideias do autor em suas próprias palavras, no corpo do
texto, indicando o nome do autor e o ano de publicação da obra em que se encontra aquele
argumento.
PRODUÇÃO AUTORAL
Essa é uma importante tarefa nesse momento da escrita. Não é porque você baseia seus
argumentos em autores de referência que seus próprios argumentos estão inibidos. A tarefa
consiste em “costurar” seus argumentos
com os dos autores, que validarão o que você está
refletindo. É preciso articular suas ideias com as dos autores, bem como as ideias de um autor
com outro autor. Tudo isso faz do seu trabalho um conteúdo autoral,
é a teia de relações entre
assuntos que você estabeleceu, com o seu olhar.
Muitos temas podem ser tratados por pessoas diferentes de um modo bem similar, mas cada
um estabelece as relações com o tema de um jeito particular. O embasamento teórico é
organizado a partir de seu ponto de vista.
É preciso respeitar e preservar as ponderações
dos autores, tal como foram feitas, evitando distorcer o que disseram. Ao mesmo tempo, é
preciso deixar a sua marca, comentar os posicionamentos dos autores, complementar
quando
necessário, sempre de forma coerente.
Moraes (2004) considera o plágio como a imitação de uma obra, ocorrendo um atentado aos
direitos do autor quanto à integridade e à autoria de sua criação. Atualmente, com a
facilidade de acesso
à informação, o plágio passou a ser uma ação ainda mais recorrente. As
buscas na internet constituem um avanço proporcionado pela tecnologia, mas devem ser feitas
preservando a autoria de cada trabalho publicado.
Apresente um conteúdo original, contendo argumentos desenhados por você, mesmo que
inspirados em obras anteriores, cite quais são essas obras. Dê os créditos ao autor da ideia, ou
da citação.
Essas considerações assumem a forma de sugestões que devem orientar a escrita do seu
trabalho, mas não pretendem se concretizar em um passo a passo demasiadamente
hermético. Muitos são os caminhos possíveis e as demandas de
cada investigação. Porém,
considerando as questões anteriormente abordadas, sua pesquisa terá melhor embasamento,
reflexão e organização.
No próximo módulo, serão exploradas as normas que você precisa adotar como padrão de
organização gráfica e de informações no seu projeto e nos demais trabalhos acadêmicos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A) O orientador quer que ele inclua mais autores clássicos, pois é preciso mapear todos,
mesmo que não possuam relação direta com o problema estipulado, pois esses autores são
fundamentais em qualquer pesquisa acadêmica do tema.
B) O orientador não compreendeu bem seus argumentos, por esse motivo o texto precisa ser
revisto.
C) O número de páginas pode ser ampliado, já que o texto ficou tão bom.
D) O orientador pediu para revisar o capítulo porque o aluno não apresentou o estado atual da
questão investigada, como ela é vista pelos autores que publicaram recentemente, mesmo que
inspirados nos clássicos.
C) Deve estar disposto como fio condutor de todo o trabalho, sendo evidenciado, sempre que
pertinente, para justificar as escolhas, os recortes, a relevância do tema até a análise dos
dados. Encontra lugar privilegiado na seção dedicada à exposição da revisão bibliográfica e do
embasamento teórico.
GABARITO
De acordo com o que foi discutido neste módulo, o que pode ter motivado o orientador a
pedir a revisão do capítulo?
O embasamento teórico norteia todo o trabalho, até as conclusões. Existe também um espaço
destinado especialmente ao aprofundamento das questões teóricas relevantes para a
pesquisa.
MÓDULO 3
AS NORMAS E A SOCIEDADE
A sociedade está organizada a partir de normas, que são compartilhadas entre grupos e
organizações sociais. As normas influenciam a economia, no modo como são produzidos os
alimentos, a qualidade de produtos e serviços. Elas
estão presentes no dia a dia mais do que
imaginamos e possuem a finalidade de organizar, garantir qualidade, facilitar o acesso à
informação, dentre outros benefícios.
Você possui o hábito de formatar seus trabalhos acadêmicos de acordo com normas
técnicas? Geralmente segue a formatação recomendada pela universidade? Se você já
está familiarizado com tais práticas, certamente
compreende um pouco da relevância dessas
normas.
Com o intuito de formalizar a apresentação das pesquisas, são consideradas algumas
orientações que norteiam a formatação padronizada das informações necessárias, seja no
projeto, na monografia, artigo, entre outros.
Muito se comenta sobre a aplicação das normas ABNT, mas imagine se não houvesse norma e
os trabalhos pudessem ser apresentados da maneira que os pesquisadores quisessem!
É possível que você tenha usado termos conhecidos como “palavras-chave” para buscas na
internet e consultado resumos de publicações antes de fazer a leitura completa, entre outros
procedimentos que viabilizam a sua busca.
Fonte: Autor/Shutterstock
VERIFICAR
ATENÇÃO
PARTE EXTERNA
Capa
Lombada
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Dedicatória
mais...
ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Referências
Glossário
Apêndice
Anexos
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Folha de rosto
Errata
Folha de aprovação
Dedicatória
Agradecimentos
Epígrafe
Resumo
Lista de ilustrações
Lista de tabelas
Sumário
AGORA VAMOS ESPECIFICAR CADA ÁREA
APRESENTADA.
PARTE EXTERNA
Como pudemos perceber, costuma ser a menor parte do documento, contendo apenas dois
elementos:
CAPA
Deve conter as informações na seguinte ordem: nome da instituição, nome do autor, título e
subtítulo (se houver), número do volume (se houver), cidade e ano. Consiste na apresentação
inicial do trabalho. O texto
deve estar em negrito, letras maiúsculas e centralizado, conforme a
figura abaixo:
Fonte: Autor/Shutterstock
LOMBADA
Elemento opcional que contém em impressão longitudinal (do alto para baixo) as informações
na seguinte ordem: nome do autor, título do trabalho e informações numéricas, como volume
(se houver). As letras devem
estar centralizadas e em negrito. A lombada é indicada quando o
trabalho é impresso para encadernação.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
A parte interna do trabalho inicia com os elementos pré-textuais, que devem estar posicionados
anteriormente ao texto principal e oferecem informações relevantes para a identificação e
utilização do trabalho. Os elementos são:
FOLHA DE ROSTO
Semelhante à capa. Apresenta as informações na seguinte ordem: instituição, nome(s) do(s)
autor(es); título e subtítulo (se houver); número do volume (se houver); natureza da pesquisa e
aprovação ou grau pretendido
com ela; nome do orientador, coorientador (se houver); local
(cidade) da entidade onde a pesquisa deve ser apresentada; ano de entrega.
ERRATA
Elemento opcional inserido após a conclusão da escrita do trabalho, que visa citar possíveis
erros que ocorreram, seguidos de suas respectivas correções. Geralmente, indica-se número
da folha, linha, local do
erro e correção, por meio dos termos “onde se lê…”, “leia-se…”.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Obrigatória apenas em teses e dissertações.
DEDICATÓRIA
Página opcional em que o autor pode prestar uma homenagem ou dedicar o trabalho a uma ou
mais pessoas.
AGRADECIMENTOS
Elemento opcional para fazer agradecimentos a todos que contribuíram para a sua trajetória
durante a pesquisa. É importante agradecer ao orientador e à banca (se houver).
EPÍGRAFE
Elemento opcional em que o autor faz uma citação que vá ao encontro de sua pesquisa,
indicando o nome do autor da frase citada.
RESUMO
É importante destacar, em frases objetivas, a síntese do trabalho: objetivos, ideia central,
perspectiva teórica, metodologia e resultados obtidos. É orientado que o resumo seja uma
construção breve, por isso,
geralmente, possui indicação de quantidade de linhas ou palavras.
É necessário ser direto e destacar os elementos essenciais. Ao final, são indicadas as
palavras-chave (que resumem as ideias principais da
pesquisa).
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Elemento opcional que consiste em uma relação das ilustrações contidas no trabalho de
maneira sequencial e sua página correspondente. Devem ser consideradas figuras, desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias,
gráficos, mapas, entre outros, podendo haver
recomendação de lista separada para cada um desses tipos de ilustração. Deve conter o nome
da ilustração seguido da página em que se encontra. O título desse
item deve estar em letras
maiúsculas, centralizado no início da página e em negrito.
LISTA DE TABELAS
Elemento opcional elaborado de acordo com a ordem das tabelas apresentadas no texto. Deve
conter cada item com seu nome específico, seguido da indicação da página em que está
inserido. O título desse item deve
estar em letras maiúsculas, centralizado no início da página e
em negrito.
SUMÁRIO
Elemento obrigatório que consiste na enumeração sequencial dos capítulos, seções e demais
formas de subdividir o trabalho, acompanhadas de suas respectivas páginas. Deve seguir a
numeração e subdivisão propostas
no corpo do texto, iniciando pelos elementos textuais. Deve
haver uma linha pontilhada que ligue o nome do capítulo à página correspondente. Observe a
figura a seguir:
ELEMENTOS TEXTUAIS
Os elementos textuais consistem na apresentação da pesquisa em si. Sua organização é
subdividida em três partes distintas: introdução, desenvolvimento e conclusão. Esses
elementos podem estar organizados em capítulos, dependendo
do formato e objetivo do
trabalho apresentado, e podem ter diversos títulos. Por exemplo, a parte do desenvolvimento
do trabalho pode ter um ou mais títulos criados, com nomes que correspondam à pesquisa em
sua abordagem.
INTRODUÇÃO
O texto introdutório deve conter alguns elementos que apresentem sua pesquisa. É importante
fazer uma breve exposição sobre a escolha do tema, delimitando o recorte, bem como a
relação do tema com outros, quando
pertinente. É necessário evidenciar o problema de
pesquisa, a justificativa, os objetivos e a hipótese. Você pode fazer isso por meio de subseções
no texto introdutório ou de maneira corrida, mas é importante
que o leitor consiga perceber a
presença desses elementos. Geralmente, também é na Introdução que a metodologia deve ser
evidenciada, com a descrição de cada técnica e procedimento de pesquisa.
Os seus argumentos expostos na Introdução também devem estar pautados em seu referencial
teórico. Evidencie isso, mesmo que rapidamente, podendo ser um assunto retomado de
maneira mais ampla quando estiver escrevendo
o seu embasamento teórico.
A parte dedicada à exposição da sua revisão bibliográfica pode ser organizada em capítulo
separado (como parte do desenvolvimento) ou como uma subseção da introdução,
dependendo do formato do trabalho acadêmico em questão.
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é a exposição de todo o corpo da pesquisa. Deve conter a articulação
ordenada dos assuntos. Apresenta-se como a parte mais extensa, em geral. Os tópicos
iniciados na introdução devem ser desenvolvidos
de modo mais detalhado. Nessa parte,
também são apresentados os dados observados, a análise feita e a ótica sob a qual essa
análise foi proposta, destacando como os dados foram interpretados.
A ótica da análise deve estar delineada pelas inspirações presentes no embasamento teórico.
Se a perspectiva teórica adotada em sua pesquisa é a inspiração para elaboração de
hipóteses, é a mesma perspectiva
que vai possibilitar melhor compreensão dos resultados. O
desenvolvimento deve ser organizado em seções e subseções.
CONCLUSÃO
Parte final do texto, em que são expostas as considerações finais. Muitas vezes, não se chega
a uma conclusão fechada, pois o conhecimento científico é dinâmico e aberto a novas
investigações. Pode-se adotar
o termo “considerações finais” para articular os resultados da
sua pesquisa, tendo em vista objetivos, hipóteses e resposta para o problema proposto.
Em projetos de pesquisa, por exemplo, Gil (2002) sugere que a revisão de literatura seja
apresentada como parte da introdução, podendo ser um subitem. Em trabalhos maiores,
geralmente, a revisão é apresentada em capítulo próprio.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
São elementos que finalizam e completam o trabalho. Consistem na apresentação das
referências, glossário, apêndice, anexos e índice.
REFERÊNCIAS
Apresenta-se como elemento obrigatório. Reúne as informações sobre todas as fontes de
consulta citadas durante o trabalho, permitindo a identificação de cada obra. Deve conter as
seguintes informações das obras
citadas, organizadas por ordem alfabética: autor, título da
obra, edição, local, editora e data de publicação. Quando houver informação adicional, deve
estar evidenciada (volume, total de páginas). Para
consultas via internet, deve-se indicar
também o endereço e a data de acesso do documento.
APÊNDICE
Elemento opcional que apresenta os documentos escritos pelo autor que complementam a
pesquisa, sem que represente um prejuízo à compreensão do trabalho. Devem ser
identificados por letras maiúsculas em sequência,
seguidas de travessão, com o título do
documento ao lado (APÊNDICE A – Análise dos dados).
ANEXOS
São elementos facultativos e consistem na inclusão de documentos não elaborados pelo autor,
que complementam a sua pesquisa. São identificados por letras maiúsculas sequenciais,
seguidas de travessão, com seus
respectivos títulos (ANEXO A – Ficha de Anamnese).
SOBRENOME, Nome et alii. Título. Subtítulo da obra. Edição. Local: editora, ano de
publicação.
SOBRENOME, Nome. Título da obra. Nome da revista em que foi publicado o artigo.
Cidade, volume, número, período (meses). Ano. Disponível em:
http//www.google.com/exemplo. Acesso: inserir data de acesso.
É possível que você precise citar documentos de outras fontes, não exemplificadas aqui.
Consulte as normas da ABNT NBR 6023:2018 ou o documento com as orientações
próprias da instituição em que ocorre a pesquisa. Elas têm liberdade,
inclusive, de definir
se as referências dizem respeito apenas às obras citadas na pesquisa, àquelas que
foram consultadas. E, ainda, se utilizadas como citação direta, ou também em citação
indireta.
DICA
Para as citações com mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas de
ilustrações e tabelas, o espaçamento entre as linhas deve ser simples;
Para as notas de rodapé, legendas, paginação e citações com mais de três linhas,
recomenda-se uma fonte menor do que a do corpo do texto (utilizar tamanho 11 ou 10
para as citações e 10 para nota de rodapé).
1 Elementos pré-textuais
2 Textuais
3 Pós-textuais
A numeração visível na folha é indicada a partir dos elementos textuais, até os pós-textuais. Os
elementos pré-textuais devem ser contados (exceto a capa), porém não numerados.
Para organização das seções, é recomendada a numeração dos títulos e subtítulos (seções
primárias, secundárias etc.). Considere o exemplo a seguir, de acordo com ABNT NBR
6024:2003.
1.1.1.1 Seção quaternária (Caixa baixa, itálico sem negrito, tamanho 12)
A) Espaçamento entre linhas simples no corpo do texto, fonte tamanho 13 (Arial ou Times), cor
preta, papel tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com
2cm.
B) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor
preta, papel tamanho ofício, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com
2cm.
C) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor
preta, papel tamanho A4, com margens superior e esquerda com 3cm; direita e inferior com
2cm.
D) Espaçamento entre linhas 1,5 no corpo do texto, fonte tamanho 12 (Arial ou Times), cor
preta, papel tamanho A4, com margens superior e esquerda com 2cm; direita e inferior com
3cm.
GABARITO
“Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a Avaliação Educacional, estabelecendo
como recorte os anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Educação
do Rio de Janeiro. É feita uma contextualização do tema e investigação das formas como
essa prática vem sendo proposta nas rotinas escolares. As considerações de Esteban
(2003), Perrenoud (1999) e Luckesi (2009) dão sustentação teórica a esta pesquisa.
O resumo faz parte dos elementos pré-textuais. Na sequência, o resumo é definido como
aquele que contém, em frases objetivas, a síntese do trabalho: os objetivos, a ideia central,
perspectiva teórica, metodologia e os resultados obtidos.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os conceitos explorados no módulo 1 colaboram para a escrita do seu projeto de pesquisa,
fase fundamental de reflexão e estabelecimento de diretrizes. O módulo 2 possibilitou um
contato com estratégias de leitura e construção
dos argumentos teóricos, bem com a forma
como esses argumentos devem delinear sua pesquisa, desde o planejamento até a análise dos
dados e conclusão. Ao final deste tema, você refletiu sobre as vantagens de se adotar normas
técnicas para a apresentação das pesquisas e como isso facilita o acesso à informação, a
diminuição do plágio e a catalogação de pesquisas acadêmicas. A partir disso, foram
apresentadas e exemplificadas as normas da ABNT
que servem de padrão para a
apresentação da sua pesquisa.
A partir das reflexões aqui propostas, estabeleça seu cronograma de estudos, inicie as leituras,
a revisão bibliográfica e escrita do seu projeto. Realizar essas ações de maneira antecipada
garante que você faça o seu Trabalho
de Conclusão de Curso (TCC) de forma mais tranquila,
segura e leve.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6024: informação e
documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação.
Rio de Janeiro, 2003.
DEMO, Pedro. Introdução à Metodologia da Ciência. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1985.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de pesquisa. Porto Alegre:
UFRGS, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MINAYO, Maria Cecília de Sousa (Org.) Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 28.
ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 2. ed. Petrópolis: Vozes,
2000.
VEIGA-NETO, Alfredo. É preciso ir aos porões. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de
Janeiro, v.17, n.50, p.267-492, maio/ago. 2012.
EXPLORE+
Como vimos ao longo da exploração deste tema, a pesquisa é uma importante via para se
produzir conhecimento e buscar a compreensão da realidade. Para ampliar seus
conhecimentos sobre a complementaridade entre as práticas educativas
e a pesquisa, é
importante ver como Pedro Demo articula o tema em seu livro Educar pela Pesquisa.
Conforme explorado no módulo 3, é orientado que se adote normas técnicas para a
apresentação da sua pesquisa. Para melhor apropriação dessas normas e de como elas são
propostas, explore o catálogo da ABNT. Além das normas apresentadas,
confira,
especialmente: NBR 6027, NBR 6028, NBR 6034, NBR 10520, NBR 12225, NBR 14724, NBR
15287.
Como essas normas geralmente sofrem atualização, e são muito detalhadas, você deve
pesquisar uma versão digital que apresente todas as normas de modo organizado. Uma boa
opção é o Manual de Normalização do Trabalho Acadêmico do IFB (Instituto Federal de
Brasília).
CONTEUDISTA
Monise da Silva Nascimento
CURRÍCULO LATTES