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PLANOS DE AULAS
LABORATÓRIO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
E PESQUISA
1ºANO
1º semestre
“As habilidades humanas que nos fazem aprender –
curiosidade, atenção e observação.”
Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Ana Maia – Diretora da Área de EducaçãoSimone André –
Gerente Executiva Mônica Pellegrini Rita Leite Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto Andreza Adami – Analista
de Projeto
Consultoria em Laboratório de Iniciação Científica e Pesquisa: Ana Maria de Souza Erika Cameiro Riqueza Heliete
Meira C.A. Aragão Letícia Portieri Monteiro Maria Ignez Diniz Pedro Henrique Arruda Aragão
Coordenação de Agentes Técnicos: Alexandra do Santos, Francis Wilker e Renata Monaco
© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 2
Dessa1 forma, as atividades aqui propostas, além de desenvolver várias competências, têm
condições mais adequadas e significativas para a aquisição tanto de conteúdos escolares,
quanto de conhecimentos mais amplos e abstratos. Ainda que não gere conhecimento inédito
como se espera da academia, o jovem vivencia, conhece ou refaz percursos de outros
investigadores, construindo conhecimento novo em si e compartilhando-o com os outros
colegas.
Os conhecimentos das Ciências e da Tecnologia e a construção das habilidades essenciais
para aprender e preparar-se para o mundo do trabalho se desenvolverão concomitantemente
nas atividades de iniciação científica propostas. Desenvolvidas em roteiros para o professor e o
aluno, elas têm como centro ora um tema, ora um conceito, ou ainda processos científicos. Se
assim atende às orientações oficiais, o componente Laboratório não prescinde das metas para
promover a aprendizagem dos jovens na área das Ciências da Natureza, e, para isso, utiliza as
metodologias integradoras empregadas para que os alunos se tornem cada vez mais
protagonistas de seus percursos escolares. Enquanto pesquisam, eles adquirem uma
compreensão mais ampla e dinâmica do mundo material com o qual convivem e têm a
oportunidade de desenvolver a leitura de textos de origens diversas, como sites, imagens, texto
de divulgação cientifica e textos acadêmicos.
O ciclo investigativo ou o pensar científico
Vale a pena nos determos para entender um pouco mais sobre o método científico que é a
base diferencial deste componente. Nesta proposta o método científico deve ser entendido de
três modos diferentes, como forma das Ciências produzirem conhecimento, um procedimento
humano de pensar e, ainda, uma metodologia para ensinar e aprender as Ciências da
Natureza.
Compreendemos melhor como se expressa essa integração no texto que se segue, produzido
por uma neurocientista interessada no ensino de qualidade nas escolas públicas brasileiras.1
“Nas Ciências da Natureza utiliza-se, de modo geral, da metodologia que se tornou
conhecida como ‘método científico’. Nela, encontram-se envolvidas habilidades
cognitivas fundamentais e diretamente relacionadas ao processo de aprendizagem.
Essas habilidades, quando aplicadas em ciências, resultam em um processo cíclico, que
envolve diferentes etapas e visa, de modo geral, à resolução de um problema.
Chamamos em ciências esse ciclo de ‘ciclo investigativo’ (ver Figura 1), mas também
poderíamos denominá-lo de ‘ciclo de resolução de problemas’ ou ‘ciclo mental’,
conforme o caráter ou o destaque que a ele se queira dar. O importante é que, seja qual
for a denominação e o destaque, se observe que, quando o assunto é gerar inovação,
novas ideias e novos conhecimentos, o mais importante é fazer uso de estratégias que
exijam o uso sistematizado de uma série de habilidades cognitivas fundamentais,
voltadas para a investigação e a resolução de problemas.
O que comumente se denomina de ‘método científico’ nada mais é, portanto, do que
isso: uma estratégia de investigação que se vale de habilidades e competências
cognitivas próprias do cérebro humano, ou seja, que são inerentes aos seres humanos,
pois se encontram voltadas precisamente a satisfazer a nossa necessidade de
sobreviver, ou seja, de resolver problemas e aprender com eles. Apesar de inerentes, no
entanto, vale destacar que essas habilidades podem e devem ser ampliadas ou
refinadas, tornando-se ainda mais úteis. Isso, por sua vez, faz do ‘método cientifico’ uma
importante estratégia a ser usada no ensino quando o objetivo é desenvolver o
raciocínio lógico, o pensamento crítico dos alunos e a inovação ou a geração de
conhecimentos próprios.
1
O trecho destacado é da pesquisadora em Neurociências Vera Rita da Costa, cedido gentilmente para estas orientações, e
também para divulgação entre professores e alunos de escolas públicas do Brasil.
Tipos de experimentação
A. Demonstração
A demonstração apresenta uma característica marcante que é a ilustrativa. É uma
modalidade de interesse na comprovação de uma lei científica, na reprodução de um
fenômeno da natureza ou de alguns aspectos a ele relacionados, tornando, de alguma
forma, perceptível aos alunos uma representação concreta. Uma das limitações dessa
modalidade é quando ela se desenvolve de forma centrada no professor. Nesse caso, os
estudantes são apenas observadores do experimento.
B. Verificação
Os experimentos de verificação são caracterizados por buscar a validade de alguma lei
ou sistema físico, químico ou biológico. Essa atividade se destaca por facilitar a
interpretação dos parâmetros que determinam o comportamento de um evento. Esse tipo
de experimento pode contribuir para tornar o ensino mais realista, no sentido de se
evitarem erros conceituais.
>>>
II. Sequência de experimentos simples que permitem ao aluno vivenciar o ciclo cognitivo
do pensar científico por inteiro. Mas aqui, é importante destacar, nosso objetivo inicial é
formar o aluno para a observação, no olhar investigativo, passo inicial do método
científico.
Cada atividade foi idealizada para ocupar em média 4 tempos de aula, 2 tempos para o
experimento em si, e 2 tempos para as discussões, pesquisa e conclusões possíveis para as
perguntas feitas pela atividade ou pelos alunos.
O total de 11 atividades deve ser analisado pelo professor e planejado em função das
condições em sua escola e classe de alunos.
È importante lembrar que é preciso prever os recursos e materiais para cada experimento,
ainda que de fácil acesso, se eles não forem providenciados antecipadamente podem
comprometer a realização da atividade.
Macrocompetências enfocadas
Em relação à Matriz de Competências para o século 21, as atividades dão especial ênfase ao
desenvolvimento de:
Colaboração
Comunicação
Responsabilidade
Pensamento crítico
Resolução de problemas
Na perspectiva dos multiletramentos, que supõe práticas de leitura engendradas com/por outras
linguagens e mídias, espera-se que o aluno possa:
Ler diferentes tipos de texto de divulgação científica, entre eles sites, blogs, imagens,
gráficos, vídeos, filmes e textos acadêmicos;
Metodologias integradoras
As atividades desse projeto foram estruturadas com referência nas metodologias integradoras
propostas. Em especial, tem como foco o desenvolvimento de competências que integram a
Matriz de Competências para o século 21, a aprendizagem colaborativa por meio da atuação
dos alunos em grupos e da postura problematizadora e investigativa diante do itinerário
formativo da escola, das crenças e dos conhecimentos que trazem para o espaço escolar.
2. Antes de cada atividade registre nos itens “O que sabemos!” e “O que queremos
aprender” as aprendizagens (ou ausência delas) presentes na Tabela.
3. No final de cada Atividade preencha socializando o item “O que aprendemos”. A analise
dessa tabela pelos alunos lhes causa satisfação, pois podem visualizar o processo de
aquisição do conhecimento do início (Sabemos) ao fim (Aprendemos), passando
também pela tomada de consciência do que desejavam saber (Queremos saber)
Importante!
Assistir ao vídeo é uma estratégia proposta para que o aluno perceba as habilidades
cognitivas comuns a todos os seres humanos e utilizadas por Leonardo da Vinci. Os
alunos devem identificar algumas delas ao responder o questionário, especialmente as
questões 3, 4, 8, 12, 13b e 14 além do enunciado da pergunta 11. As habilidades a
serem destacadas são:
- Leonardo manteve sempre acessa a sua curiosidade (interesse pelo que ocorre ao
nosso redor).
- Ele utilizava a observação para todos os fenômenos que chamavam sua atenção.
- Levantava hipóteses após a observação atenta do que lhe chamou a atenção.
- Projetava um modelo e/ou um experimento que pudesse comprovar as perguntas
(hipóteses) que fazia.
- Estudava, ou melhor, pesquisava o que já existia (o que atualmente podemos
apresentar como levantamento bibliográfico) para poder comparar os dados obtidos em
seus experimentos ou modelos com o conhecimento existente.
- Analisava esses dados de modo lógico-dedutivo e concluía se a hipótese levantada
estava correta ou errada.
É necessária a intervenção do professor no sentido de orientar os alunos a responderem o
questionário. Muitas das habilidades acima descritas não estão explícitas no vídeo, portanto
será necessária a sua intervenção em diferentes momentos da correção do questionário.
Sugere-se que realize algumas perguntas para que os alunos se interem do que é o método
cientifico e que o mesmo é uma forma de pensar. Por exemplo, pergunte o que significa
pensar. Tente dissecar esse termo “pensar” com os alunos, ou seja:
O que é pensar? É ter uma ideia? É associar ideias?
É associar algo que já conheço a uma nova pergunta?
É imaginar uma explicação?
Enfim todas essas ações estão envolvidas no pensar.
4. Retorne a Leonardo da Vinci e mostre que como ele todos os seres humanos são
curiosos, imaginativos (criam explicações, tem ideias) e tem a capacidade de observar.
Mas o que diferenciou Leonardo da Vinci, assim como muitos outros seres humanos
que descobriram e descobrem novos conhecimentos? Ele aprendeu a organizar a
curiosidade, com a observação atenta, a fazer perguntas, a levantar hipóteses, a criar
explicações (por meio de experimentos ou modelos), a registrar, a analisar os registros
e concluir.
Informe que como Leonardo da Vinci ou Albert Einstein e tantos outros cientistas e
pesquisadores todos os seres humanos tem capacidade para aprender e essa
capacidade é composta por algumas habilidades:
o A curiosidade (é necessário se encantar com o que nos cerca)
o A observação ( é necessário saber olhar, escutar, perceber o meio que nos
cerca)
o Fazer perguntas sobre o que não entendemos ou temos a curiosidade em saber.
o Levantar hipóteses sobre o que achamos ser uma explicação para o que
observamos.
o Pesquisar (procurar o que já se sabe sobre a pergunta que fazemos) sobre o
que já se sabe ou que foi proposto para a pergunta feita.
o Analisar os dados
o Concluir se os dados de modo lógico podem comprovar a hipótese levantada ou
não.
O que torna essas pessoas pesquisadoras é que elas utilizam de modo sistemático e
organizado as habilidades que temos para aprender. Leonardo da Vinci realizava
sistematicamente um ciclo mental, ou seja, ele pensava utilizando organizadamente
capacidades cognitivas (de aprendizagem) que todos os seres humanos possuem.
5. Apresente em um slide, o esquema a seguir que representa o ciclo mental da
aprendizagem:
7. Após essas conclusões informe aos alunos que farão uso dessas habilidades
cognitivas, principalmente da observação e da análise de dados ao longo das atividades
que vivenciarão no componente Laboratório de Iniciação Científica. Pergunte se aceitam
o desafio de vivenciar o fazer ciências e se querem aprender a pensar como os
cientistas o fazem, lembre-os de que “Tudo o que há no universo primeiro está em sua
mente depois em suas mãos” (Leonardo da Vinci).
Mudança de estado: a
Atividade 2 chuva
Explicar as etapas do ciclo da água considerando suas
Resumo características e manifestações na natureza.
Reconhecer que os conceitos de “estados físicos da água” e de
Objetivos “mudanças de estado físico” estão diretamente ligados ao conceito
de “ciclo da água” e que este é um processo contínuo e sujeito a
alterações.
Organização da turma Times de 3 alunos.
Tempo 4 tempos.
4. Para fundamentar ainda mais a discussão acerca dos experimentos, solicite aos alunos
que leiam os textos sugeridos, a seguir, que focalizam a transpiração das plantas em
dois contextos mais amplos (um ecológico e outro evolutivo):
Uma história vitoriosa (O colunista Jerry Borges conta como as plantas deixaram a
água para ocupar a Terra há quase 500 milhões de anos). Disponível em
bit.ly/umahistoriavitoriosa (acesso: mar/2015).
Caça aos rios voadores (Estudo que mostra que a umidade amazônica influencia
chuvas de outras regiões do país, por Marcella Huche). Disponível em:
http://goo.gl/Kq8HPd (acesso:mar/2015).
Informação:
Quanto ao processo da transpiração dos animais, uma maneira atrativa para aguçar a
curiosidade e atenção do aluno para o processo e o experimento associado é apresentar
casos médicos como o referido na entrevista realizada com o Dr. Jorge Cruz, cirurgião
torácico, especialista no tratamento da doença hiperidrose (excesso de transpiração),
publicada na revista Ciência Hoje. Segue indicação e fonte de acesso: Hiperidrose –
Corpos que chovem (Entrevista com Dr. Jorge Cruz, cirurgião torácico, maio/2012, por
Sónia Mendes da Silva). Disponível em: bit.ly/hiperidrosecorposchovem, (acesso em
23/3/2015).
Você, professor(a), pode se valer dessa leitura para rever com os alunos o processo da
febre, seu significado fisiológico, e a ação dos antitérmicos associados à transpiração
excessiva. Quanto ao vapor d’água eliminado no processo de ventilação pulmonar, é
importante associá-lo à presença do filme de água que recobre internamente os
alvéolos pulmonares e viabiliza a troca de gases presentes (em diferentes pressões) no
interior do pulmão e o sangue. Essa associação geralmente não é discutida no processo
de troca de gases no processo de ventilação pulmonar.
- Caderno do estudante
Material/recursos - Rótulo de diferentes marcas de garrafas de água mineral
envasada (3 a 4 para cada grupo)
- álcool, água, sal, óleo, areia, açúcar,
- colheres plásticas de chá
- béquer ou tubos de ensaio ou copos plásticos transparentes
- bastão de vidro
Tempo 4 tempos.
1ª etapa
1. Inicialmente, é conveniente que explore a própria leitura de rótulo, reconhecendo os
tipos de informações que são apresentadas: que informações sobre a água são
apresentadas? Como são apresentadas? Depois, reconhecem e selecionam as
informações que irão trabalhar.
2. Inicie esse estudo com uma conversa coletiva, com o objetivo de conhecer o que os
alunos já sabem, ou não, sobre substâncias puras e misturas. Utilize apenas alguns
minutos para esse questionamento, porque o objetivo não é desenvolver esses
conceitos, mas dar a oportunidade aos estudantes de reverem o conhecimento que têm
(ou não) sobre esses conceitos e, no decorrer das atividades propostas, possam utilizar
as informações levantadas para desenvolver a observação, o levantamento de
hipóteses, o registro e a análise de dados. Esse questionamento deve ser feito de modo
interativo, isto é, com a participação ativa dos estudantes. Para tanto construa com eles,
por exemplo, um quadro baseado na tabela do tipo SQCA (o nome da tabela SQCA, é
composto das letras iniciais das ações a serem empreendidas, ou seja; S = Sabemos; Q
12. Perceba se todos os alunos concluíram que a água mineral é uma mistura de
sustâncias e não uma substância pura. Verifique se existem dúvidas e peça para os
alunos que compreenderam os conceitos de substância pura e mistura expliquem essa
diferença.
Os alunos podem apresentar um entendimento não muito claro sobre os termos água pura e
água potável. Se surgir essa dúvida, esclareça apenas e somente depois dos alunos terem
apresentados suas conclusões sobre o que analisaram, que água pura é formada somente
moléculas de H2O enquanto a água potável é formada por uma mistura de diferentes
substâncias.
2ª etapa
1. Solicite que os alunos leiam as questões presentes no Caderno do Estudante.
2. Oriente-os a preencherem a tabela Mistura ou não mistura no caderno de estudante na
qual os alunos registrarão suas hipóteses sobre a dissolução ou não de diferentes
sustâncias.
Professor, após os alunos classificarem as misturas pode ser que não reconheçam ou
mesmo não lembrem da classificação de misturas (objeto de estudo do Ensino Fundamental
2). Desta forma, informe o significado dos termos HOMO (igual) e HETERO (diferente) e
faça as associações necessárias para que reconheçam o tipo de cada uma das misturas
que prepararam.
3ª etapa
1. Apresente a tabela com várias misturas do cotidiano dos alunos, estimule-os concluírem
se se cada mistura trata de mistura homogênea ou heterogênea, reforçando esses dois
conceitos. A discussão inicial deverá ser feita em time de 4 alunos. Professor, os alunos
que devem classificar cada uma das misturas, não interfira nesse nessa ação. Somente
depois na socialização, entre os grupos, é que deve interferir tirando possíveis dúvidas
que ainda possam ter. Segue um “quadro gabarito” como referência para você,
professor.
2. Cada um do grupo deve socializar (cada grupo apresenta a classificação dada para
cada mistura) e depois concluem com o apoio do professor.
Professor, após essas atividades, espera-se que o aluno tenha compreendido por meio de
observação, levantamento de hipóteses, experimentação, os conceitos de substância pura,
misturas, misturas homogêneas e misturas heterogêneas.
Como está seu portfólio? Você pode tirar fotos de todo o processo de construção e dos
aparelhos construídos por seus alunos. Selecione alguns textos feitos por eles como registro
do percurso dessa atividade. Bom trabalho!
Tempo 4 tempos.
É importante que você, professor(a), auxilie os alunos a organizarem suas ações, sem, no
entanto, interferir nas ideias que eles apresentarem para o desenvolvimento
desses modelos.
Sugere-se que o professor apresente aos alunos o vídeo “Animação Célula 3D” disponível
em: bit.ly/animacaocelula (acesso em março, 2015), para que tenham uma visão
tridimensional de modelos celulares e os mesmos auxiliem os alunos a terem ideias para a
produção dos modelos.
Informação:
Professor(a), conheça o jogo “Célula Adentro” disponível no site:
http://celulaadentro.ioc.fiocruz.br (acesso em 23/3/2015) desenvolvido pelo Instituto
Oswaldo Cruz. Se na sua escola houver possibilidade, faça o download do site indicado e
imprima para a sua turma jogar.
1ª etapa
1. Oriente os alunos a preencherem individualmente a tabela A no Caderno do
Estudante, analisando de modo criterioso cada um dos itens propostos.
Ao fazer essa autoavaliação, o aluno tem a oportunidade de analisar tanto algumas
habilidades cognitivas (observar, registrar dados, cumprir procedimentos, organizar o local
de trabalho, levantar hipóteses, apresentar conclusões) como competências
socioemocionais (como: colaboração, estimular os colegas a realizarem as tarefas etc.).
Seleção natural:
Atividade 8 mudanças do ambiente
Nessa atividade os alunos montarão uma sequência de meios de
Resumo cultura e testaram o grau de desenvolvimento de microorganismos
(bacterias e/ou fungos) na presença de diferentes soluções
desinfetantes. Analisaram os resultados obtidos e os associaram ou não
às diferentes teorias evolucionistas (criacionista, lamarkista, darwinista
e neodarwinista) estudadas ao longo do ensino médio.
Objetivos Organizar, observar, registrar, analisar, argumentar e concluir.
Procedimentos
1 – Para a preparação da solução nutritiva
Cozinhe duas cenouras e bata no liquidificador com 100 ml de água filtrada (um
copo padrão).
Filtre a mistura com uma peneira de malha fina ou coe essa mistura em funil
revestido com papel de filtro ou gaze dobrada para separar a parte líquida da
sólida. Após essa coagem o material mais sólido fica retido e você obterá uma
solução nutritiva.
Recolha a solução nutritiva em um frasco, previamente esterilizado. Tampe o
frasco com chumaço de algodão hidrofóbico e envolva essa rolha de algodão
hidrofóbico com papel Kraft (marrom) e vede, com elástico escolar ou fita
adesiva, essa tampa. Reserve a solução nutritiva.
C - Do meio de cultura
No caso de usar ágar adicione 200 ml de água filtrada à solução nutritiva que
estava reservada e adicione a solução de ágar.
Caso tenha optado pela solução de gelatina é necessário observar se o volume
que preparou é o suficiente para todas as placas de Petri. Caso falte é
necessário preparar o volume que falta mantendo a concentração mais alta
indicada. Não adicione água à solução concentrada de gelatina que preparou,
pois ficará muito diluída e não dará a consistência necessária.
Meça o pH das soluções (você pode usar uma fita indicadora ou uma solução de
azul de bromotimol). Ele deve estar em torno de 7,0. Caso não esteja, ajuste o
pH utilizando gotas de limão (solução ácida) ou solução de bicarbonato de sódio
(solução básica - veja o item – solução de bicarbonato de sódio*).
Tampe o frasco novamente com a rolha de algodão hidrofóbico e envolva-o com
um pedaço de papel marrom.
*Uma solução de bicarbonato de sódio:
- 1 Copo com ¼ de água
- 1 Copo com ½ de bicarbonato de sódio.
Misture os dois ingredientes, dissolvendo bem o bicarbonato.
Material
Placas de Petri ou recipientes de vidro ou plástico como copinhos ou potinhos
plásticos com tampa (encontrados em lojas de embalagens e material para
festas).
Solução nutritiva do meio de cultura.
Cotonetes
Conta gotas
Esterilização dos materiais necessários que irão receber o meio de cultura
Papel Kraft marrom
1
- Procedimentos descritos e modificados do site: bit.ly/panelapressaofunciona, acesso em
DEZ, 2015.
A atividade
A atividade proposta tem como foco levar o aluno a rever conceitos associados às
teorias evolucionistas estudadas nno rimeiro semestre do ensino médio no componente
Biologia. Esses experimentos são utilizados normalmente para testar a eficácia de
agentes antibacterianos e necessitam a preparação de meios de cultura para que possa
ser realizado. A seguir encontram-se os materiais e procedimentos associados aos
diferentes passos para a produção de meio de cultura e esterilização de material.
Após a preparação dos meios de cultura preveja quantos grupos, de no máximo quatro
alunos (ideal serião três), poderá formar com os alunos do LICP de sua escola. Prepare
para cada grupo um conjunto de materiais necessários para a realização dos
experimentos, a saber:
- Seis placas de Petri ou outro recipiente com tampa contendo o meio de cultura
previamente preparado.
OBSERVAÇÃO 1
Caso tenha tempo disponivel e a escola disponibilizar: materiais adequados para a
preparação do meio de cultura; uma autoclave e/ou panela de pressão; e equipamentos
para aquecer e refrigerar, os alunos poderão realizar a preparação do meio de cultura
sob sua supervisão e orientação o que deve ocupar dois tempos.
Figura 2 - Esquema demonstrativo sobre como podem ser feitas as divisões do meio de
cultura com os traços adequados na tampa do recipiente.
Procedimento
PONTO DE ATENÇÃO
Chame atenção para o fato que esses experimentos tratam de cultivo de fungos e
bactérias e que após a vedação das placas de Petri (ou outro tipo de recipiente que for
utilizado) esses devem ser muito bem vedados, pois haverá a proliferação de
microorganismos que podem causar danos à saude (desde uma leve alergia até casos
graves).
Utilize esse momento para informar aos estudantes que os experimentos que utilizam
material biológico vivo seguem regras de segurança e que devem ser seguidas à risca
para evitar problemas á saúde.
Procedimentos
Etapa 1
Os alunos deverão coletar algumas gotas, com o(s) conta gotas, das soluções
presentes nos frascos 1, 2, 4, 5 e 6 e com uma espátula de madeira devem coletarno
frasco 3 uma pequena proção de pasta de alho. Caso utilizem apenas um conta gotas é
necessário providenciar uma fonte de água corrente para que lavem adequadamente o
conta gotas antes de coletarem a solução seguinte. Esse procedimento é necessário do
contrário terão mistur a de soluções e isso afetará o resultado dos experimentos.
Etapa 2
1. Oriente os alunos a pegarem as placas de Petri que inocularam na aula passada e que
devem estar identificadas com o nome dos alunos do grupo.
2. Pergunte se tem duvidas sobre os procedimentos descritos no Caderno do Estudante
e acompanhe o desenvolvimento dos registros e analise dos dados obtidos nos
experiementos e que devem ser feitos no Caderno do Estudante.
3. Após o preenchimento das respostas solicitadas socialize as conclusões que cada
grupo produziu a partir dos dados obtidos. Esse momento é importante tanto para
verificar se todos os grupos obtiverem resultados semelhantes com o aparecimento das
zonas de morte ou não nos diferentes meios.
1. Converse com a turma sobre o que eles sabem sobre saltos de paraquedas. Por
exemplo, formule perguntas tais como:
o Você já viu saltos de paraquedas?
o Como eles acontecem?
o O que faz com que o paraquedista não caia rapidamente no chão?
Registre no quadro as hipóteses iniciais dos jovens, sem interferir nas conclusões que
apresentam. Você e eles retornarão a esse registro mais adiante.
Aqui tem .
Eventualmente você pode encontrar alguma dificuldade com cronômetros para todos os
grupos, mas nesse caso sugerimos o uso de aplicativo disponível na maioria dos
celulares atuais.
7. Ao final, promova nova roda de conversa e socialização das hipóteses formuladas pelos
grupos. Deixe que utilizem sua linguagem, ainda que imprecisa, mas verifique se há
hipóteses que já sinalizam para os conceitos de força da gravidade e força de
resistência do ar percebendo quando o formato do objeto em queda livre influencia o
movimento.
Poderão surgir hipóteses como:
A diferença de velocidades entre os movimentos de queda livre e queda com
paraquedas.
Que nos dois casos à ação da gravidade.
Os alunos relacionam as quedas dos paraquedas e a folha de papel abertos.
O paraquedas desce suavemente porque oferece maior resistência do ar.
O paraquedas que não se abre tem a queda semelhante à da bolinha de papel,
porque oferece menor resistência do ar.
8. Solicite que leiam o texto Conversa sobre a força da gravidade e a força de resistência
do ar.
9. Em roda de conversa peça a um time que apresente um dos desenhos com a
representação das forças e explique para os demais o que ocorre na situação descrita.
Discutam coletivamente as conclusões do time. Em seguida peça a outro time que
apresente outra situação de desenho fazendo a mesma rotina de explicação e
discussão e assim sucessivamente até que todas as representações de forças sejam
exploradas. Finalize retomando as hipóteses iniciais dos jovens realizadas na 1ª etapa
da atividade sobre porque o paraquedista não cai rapidamente no chão
10. Sistematize algumas das principais ideias com base no texto do aluno e aproveite esse
momento para mobilizar os estudantes para saber como funcionam os aviões, tema de
um dos projetos propostos para o 1º ano do Ensino Médio. Vale investir!
Professor(a), essa atividade pode ser ampliada com pesquisa bibliográfica sobre outras
forças de resistência a movimento, tal como empuxo e atrito. Nesse caso, desafie os
alunos com algumas perguntas curiosas, deixe-os falar sobre o que sabem sobre o
tema e qual a relação entre ele e esse que foi trabalhado na atual atividade, instigando-
os a desenvolver a pesquisa. Algumas perguntas, como sugestão: por que um balão
cheio de gás Hélio sobe e só desce depois de perder o gás? Será que a força que
mantem um navio flutuando tem as mesmas características da força de resistência do
ar? Ou seja, só muda o fluido? Por que rolar uma bola no carpete é mais difícil do que a
rola em piso de madeira?
1. Professor inicie a aula com uma conversa coletiva a partir da seguinte afirmação: Você
inspira e expira para absorver o oxigênio do ar. O ar, portanto, é vital para você, assim
como para a maioria dos organismos vivos do nosso planeta. A seguir pergunte se os
alunos têm opiniões sobre:
o De onde vem este ar?
o Por que podemos afirmar que o ar existe, se não podemos vê-lo?
o O que acontece no ambiente que faz com que seja possível perceber que o ar
existe e que ele se movimenta?
o E finalmente a pergunta desafio da aula de hoje: O que faz o ar se movimentar?
2. Professor(a), apresente as perguntas uma a uma e ouça as argumentações dos alunos
sobre as hipóteses que têm sobre cada pergunta apresentada. Conduza a aula de
forma que possam justificar suas opiniões e que, ao final da discussão, eles tenham
escolhido algumas das opiniões da turma que julgaram ser preciso fundamentar
melhor. Este é o momento de levantar as concepções prévias dos alunos sobre o
assunto e selecionar aquelas hipóteses que precisam ser investigadas.
3. Apresente o experimento da espiral de Arquimedes e solicite aos alunos que registrem
suas hipóteses como sugerido no Caderno do Estudante.
PONTO DE ATENÇÃO
Uma vez que o experimento exige a manipulação de fogo ele deve ser realizado de
forma demonstrativa, mas com a participação ativa dos estudantes.
Material:
1 pires
1 vela
4. Socialize alguns dos registros das hipóteses dos alunos sobre porque a espiral se move
com o calor da chama e verifique se fazem ou não associação com a formação dos
ventos, para, depois, propor a leitura do texto sobre a formação dos ventos, que se
encontra na 2ª parte da atividade no Caderno do Estudante.
O professor pode se utilizar desse experimento para explorar a diferença entre força à
distância e força de contato. No caso, por observação podem ser simuladas forças em
contato (empurrar cadeira, levantar um peso etc. e contrapor com esse experimento.