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ORIENTAÇÕES PARA

PLANOS DE AULAS

LABORATÓRIO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
E PESQUISA

1ºANO
1º semestre
“As habilidades humanas que nos fazem aprender –
curiosidade, atenção e observação.”

O Laboratório de Iniciação Cientifica e Pesquisa se justifica com o objetivo de


mostrar aos jovens um pouco do que significa fazer ciência, ao mesmo tempo em
que busca o desenvolvimento integral do aluno em direção às macrocompetências
da Matriz de Competências para o século 21 desta proposta.
Os alunos vivenciarão no componente a pesquisa científica adaptada à escola, com
foco em algumas das partes que compõem uma investigação pelo método científico:
formulação de perguntas, levantamento de dados, análise e estabelecimento de
relações entre as informações obtidas e tentativas de respostas às questões
propostas. O desenvolvimento desse processo relaciona-se com a tecnologia para
favorecer a aquisição de algumas habilidades cognitivas, como a busca de
informações na rede virtual, a análise e a associação de dados.
A proposta atende ao que postulam diferentes documentos oficiais, como, por
exemplo, a LDB de 1996 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio
de 1998, quanto à necessidade de dar significado ao conhecimento, aproximando-o
de situações mais próximas da vida pessoal, social e cultural do aluno. Ou seja, os
conteúdos escolares precisam ser contextualizados para o estudante encontrar
sentido nos saberes formais da escola, como os das Ciências ou do mundo do
trabalho. Trata-se de apresentá-los em situações práticas, como experimentos,
pesquisas ou trabalhos de campo.
Mais recentemente o MEC (2013) apresenta orientações para o desenvolvimento do
que esse documento designa como macro campo de Iniciação e Pesquisa, a
respeito do qual encontramos o seguinte:
As ações propostas neste macro campo deverão propiciar a aproximação
com o modo pelo qual a ciência é produzida e socializada. A vivência de
práticas de produção de sentido, a experiência com diferentes formas e
possibilidades de produção de conhecimento e o contato com as questões
de ordem ética, próprias do campo científico, serão capazes de enriquecer
e qualificar a experiência formativa dos estudantes. (p.16)
A recomendação do MEC, ressaltamos, não tem a pretensão de tornar o aluno um
cientista no sentido acadêmico formal. Seu propósito é levar o estudante a
desenvolver diversas habilidades cognitivas, tais como, observar, levantar
hipóteses, registrar e analisar dados e propor conclusões, habilidades inerentes ao
método cientifico e que mobilizam o jovem para a aquisição de conteúdos
específicos das disciplinas. Além disso, o aluno deve desenvolver, ao realizar uma
pesquisa, habilidades não cognitivas como a persistência, a responsabilidade, a
organização, o planejamento e a colaboração, por exemplo, que são características
importantes para se aprender a buscar, adquirir, atualizar e utilizar novos
conhecimentos na escola e na vida.

Expediente:
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente Ana Maia – Diretora da Área de EducaçãoSimone André –
Gerente Executiva Mônica Pellegrini Rita Leite  Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto Andreza Adami – Analista
de Projeto
Consultoria em Laboratório de Iniciação Científica e Pesquisa: Ana Maria de Souza  Erika Cameiro Riqueza Heliete
Meira C.A. Aragão  Letícia Portieri Monteiro  Maria Ignez Diniz Pedro Henrique Arruda Aragão
Coordenação de Agentes Técnicos: Alexandra do Santos, Francis Wilker e Renata Monaco
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Dessa1 forma, as atividades aqui propostas, além de desenvolver várias competências, têm
condições mais adequadas e significativas para a aquisição tanto de conteúdos escolares,
quanto de conhecimentos mais amplos e abstratos. Ainda que não gere conhecimento inédito
como se espera da academia, o jovem vivencia, conhece ou refaz percursos de outros
investigadores, construindo conhecimento novo em si e compartilhando-o com os outros
colegas.
Os conhecimentos das Ciências e da Tecnologia e a construção das habilidades essenciais
para aprender e preparar-se para o mundo do trabalho se desenvolverão concomitantemente
nas atividades de iniciação científica propostas. Desenvolvidas em roteiros para o professor e o
aluno, elas têm como centro ora um tema, ora um conceito, ou ainda processos científicos. Se
assim atende às orientações oficiais, o componente Laboratório não prescinde das metas para
promover a aprendizagem dos jovens na área das Ciências da Natureza, e, para isso, utiliza as
metodologias integradoras empregadas para que os alunos se tornem cada vez mais
protagonistas de seus percursos escolares. Enquanto pesquisam, eles adquirem uma
compreensão mais ampla e dinâmica do mundo material com o qual convivem e têm a
oportunidade de desenvolver a leitura de textos de origens diversas, como sites, imagens, texto
de divulgação cientifica e textos acadêmicos.
O ciclo investigativo ou o pensar científico
Vale a pena nos determos para entender um pouco mais sobre o método científico que é a
base diferencial deste componente. Nesta proposta o método científico deve ser entendido de
três modos diferentes, como forma das Ciências produzirem conhecimento, um procedimento
humano de pensar e, ainda, uma metodologia para ensinar e aprender as Ciências da
Natureza.
Compreendemos melhor como se expressa essa integração no texto que se segue, produzido
por uma neurocientista interessada no ensino de qualidade nas escolas públicas brasileiras.1
“Nas Ciências da Natureza utiliza-se, de modo geral, da metodologia que se tornou
conhecida como ‘método científico’. Nela, encontram-se envolvidas habilidades
cognitivas fundamentais e diretamente relacionadas ao processo de aprendizagem.
Essas habilidades, quando aplicadas em ciências, resultam em um processo cíclico, que
envolve diferentes etapas e visa, de modo geral, à resolução de um problema.
Chamamos em ciências esse ciclo de ‘ciclo investigativo’ (ver Figura 1), mas também
poderíamos denominá-lo de ‘ciclo de resolução de problemas’ ou ‘ciclo mental’,
conforme o caráter ou o destaque que a ele se queira dar. O importante é que, seja qual
for a denominação e o destaque, se observe que, quando o assunto é gerar inovação,
novas ideias e novos conhecimentos, o mais importante é fazer uso de estratégias que
exijam o uso sistematizado de uma série de habilidades cognitivas fundamentais,
voltadas para a investigação e a resolução de problemas.
O que comumente se denomina de ‘método científico’ nada mais é, portanto, do que
isso: uma estratégia de investigação que se vale de habilidades e competências
cognitivas próprias do cérebro humano, ou seja, que são inerentes aos seres humanos,
pois se encontram voltadas precisamente a satisfazer a nossa necessidade de
sobreviver, ou seja, de resolver problemas e aprender com eles. Apesar de inerentes, no
entanto, vale destacar que essas habilidades podem e devem ser ampliadas ou
refinadas, tornando-se ainda mais úteis. Isso, por sua vez, faz do ‘método cientifico’ uma
importante estratégia a ser usada no ensino quando o objetivo é desenvolver o
raciocínio lógico, o pensamento crítico dos alunos e a inovação ou a geração de
conhecimentos próprios.

1
O trecho destacado é da pesquisadora em Neurociências Vera Rita da Costa, cedido gentilmente para estas orientações, e
também para divulgação entre professores e alunos de escolas públicas do Brasil.

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Com base no ciclo investigativo originário das ciências podem-se programar ciclos de
aprendizagem valiosos, em que os alunos, assim como em ciência, percorram
importantes circuitos ou ciclos mentais. Ou seja, partindo de questionamentos de
preferência próprios, os alunos podem ser conduzidos a uma sequência de ‘fazeres’ que
também envolvem o pensar, que os induzam a planejar e executar procedimentos; a
coletar evidências; a organizar, sistematizar e analisar informações e a concluírem,
gerando modelos explicativos ou teorias próprias que possam ser confrontadas com
aquelas já estabelecidas. O ciclo investigativo torna-se, assim, um ciclo de resolução de
problemas, um ciclo mental e um ciclo de aprendizagem significativo.

Figura 1 – O ciclo investigativo nas Ciências da Natureza

Características do ciclo investigativo fundamentais para a aprendizagem:


 As atividades são centradas no aluno, não no professor. É o aluno que formula
hipóteses, questões, pesquisa, lê, escreve, registra, analisa e conclui;

 Comporta ações motoras (o fazer) e ações cognitivas (o pensar), sem declinar de


conceitos, que são também elementos fundamentais no processo;

 As atividades em grupo são estimuladas, favorecendo o uso de habilidades


diferenciadas e favorecendo valores, como o trabalho colaborativo;

 O papel do professor é motivar, orientar e supervisionar, com o objetivo de atingir


uma meta traçada em parceria com os alunos.

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Processos mentais envolvidos no ciclo investigativo
Analisando o esquema da Figura 1, observa-se que o processo cíclico envolvido na
metodologia científica inicia-se com uma capacidade cerebral inerente a todos os seres
humanos, que é a curiosidade. No entanto, é importante destacar que a curiosidade apenas
não garante a aprendizagem. Para que a aprendizagem ocorra são necessários, além da
curiosidade, muitos outros processos mentais que sustentem as diferentes etapas do ciclo ou
circuito a ser percorrido e que ajudem a levar da mera curiosidade à aprendizagem. O principal
desses mecanismos é a atenção.
É a atenção que tornará o sujeito predisposto ou não para observar, formular questionamentos,
fazer associações e realizar os demais processos mentais que deverão fomentar a
aprendizagem ou a produção de um ou mais registros de memória permanente. Ou seja, sem
atenção não ocorre a aprendizagem, pois é ela basicamente que garante o envolvimento
ordenado e sistemático do sujeito às atividades (o ciclo investigativo) e, portanto, a
continuidade dos processos mentais a ele relacionados (o ciclo de resolução de problema ou
ciclo mental).”

O método científico nas aulas e atividades das Ciências da Natureza


Dependendo da atividade proposta, o aluno pode ser estimulado a desenvolver habilidades que
compõem o ciclo investigativo. Para melhor explicar essa relação entre a atividade proposta e o
desenvolvimento de uma habilidade, tomaremos como exemplo de tarefa para os alunos uma
pesquisa de dados bibliográficos (pesquisa em textos didáticos, artigos, imagens, vídeos ou
filmes).
Para que o cérebro percorra o ciclo que viabiliza a aprendizagem (memória de longa duração),
é necessário que a pesquisa de dados proposta não seja uma ação aleatória, mas sim
vinculada a uma questão provocadora, no caso formulada pelo professor. Se, ao desenvolver a
pesquisa bibliográfica, o aluno de imediato se depara com uma resposta pronta, essa atividade
não passará de uma tarefa a ser cumprida, sem maiores conquistas para o desenvolvimento do
pensar científico. No entanto, se a pergunta solicitar do aluno seleção, análise de dados e
estabelecimento de relações entre eles na formulação da resposta, certamente essas etapas do
ciclo serão contempladas para estimular as habilidades de vivenciar o próprio ciclo. De fato, ao
discernir qual bibliografia é ou não pertinente para o estudo, o aluno estará utilizando as várias
habilidades, tais como a observação que orienta o foco da pesquisa e a associação e a análise
de dados, que o levará a concluir se os dados levantados respondem à pergunta formulada.
Ampliando possibilidades com o mesmo exemplo de pesquisa bibliográfica, a proposta pode
envolver uma análise que indique um contraste, uma diferença e/ou semelhança entre dados.
Nesse caso, a atividade possibilitará ao aluno formular uma pergunta, induzindo-o a vivenciar
as etapas do ciclo e a desenvolver as habilidades a ela relacionadas.
É relevante perceber que, partindo de uma mesma proposta – a pesquisa bibliográfica, a
atividade é direcionada para a resolução de algum problema envolvendo diferentes etapas do
‘método cientifico’ como estratégia de ensino para desenvolver, além dos conteúdos escolares,
o raciocínio lógico e o pensamento crítico dos alunos.
Consideramos importante, portanto, que o professor reconheça o ciclo investigativo nas
diferentes atividades que podem ser propostas ao aluno (preleções, experimentos, debates,
produção de textos etc.) para o estudo de um conceito ou outro conhecimento.
Identificar esse ciclo é uma forma de organizar e planejar as atividades, assim como de
estabelecer condições que auxiliem o aluno a desenvolver habilidades relacionadas ao campo
do pensar científico. Significa, de fato, saber de onde partir, o que fazer e aonde chegar em
termos de aprendizagem dos alunos, tomando assim o método científico como uma estratégia.
Professor, nas atividades sugeridas nesta OPA, se evidenciará em sua descrição a
aplicação do método científico. Vamos lá?!

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A experimentação como metodologia específica deste componente
Além do compromisso com o desenvolvimento da Matriz de Competências para o século 21,
este componente tem como meta o desenvolvimento do pensamento científico, por isso neste
semestre a proposta está centrada no desenvolvimento do ciclo investigativo do aluno pela
experimentação. Nosso objetivo é desenvolver as habilidades cognitivas da observação,
registro e análise de dados coletados e formulação de conclusões.
É consenso entre os professores do Ensino Médio que a experimentação é uma prática que
envolve os alunos de diferentes formas, ora aguçando a curiosidade, ora estimulando a atenção
e a observação de fenômenos naturais. Agrega, ainda, a vantagem de constituir uma maneira
promissora de minimizar as dificuldades de se aprender conteúdos científicos.
Além da motivação e da ludicidade, as práticas experimentais são formativas quando
favorecerem o desenvolvimento do senso crítico e do pensamento lógico-dedutivo e
argumentativo, e, também, ampliam as habilidades de observação, de análise e de síntese.
De fato, o desenvolvimento de habilidades cognitivas está condicionado aos objetivos visados
pelos experimentos e as estratégias planejadas para o processo de ensino–aprendizagem. Em
outras palavras, não basta realizar um experimento para garantir o desenvolvimento de
habilidades cognitivas é preciso definir os objetivos de aprendizagem envolvidos nesse fazer e
as habilidades que se tem como meta.
O projeto de iniciação científica proposto utilizará a experimentação e estimulará os alunos a
realizarem o ciclo mental ou ciclo investigativo, assim como desenvolver a cooperação e
interação entre seus pares.

Os diferentes sentidos da experimentação

Vale destacar as diferentes modalidades no uso da experimentação e suas características para


que se perceba a potencialidade das atividades de experimentação, no processo de ensino e
aprendizagem. Atualmente reconhecem-se quatros modos de experimentação descritos a
seguir:

Tipos de experimentação

A. Demonstração
A demonstração apresenta uma característica marcante que é a ilustrativa. É uma
modalidade de interesse na comprovação de uma lei científica, na reprodução de um
fenômeno da natureza ou de alguns aspectos a ele relacionados, tornando, de alguma
forma, perceptível aos alunos uma representação concreta. Uma das limitações dessa
modalidade é quando ela se desenvolve de forma centrada no professor. Nesse caso, os
estudantes são apenas observadores do experimento.

B. Verificação
Os experimentos de verificação são caracterizados por buscar a validade de alguma lei
ou sistema físico, químico ou biológico. Essa atividade se destaca por facilitar a
interpretação dos parâmetros que determinam o comportamento de um evento. Esse tipo
de experimento pode contribuir para tornar o ensino mais realista, no sentido de se
evitarem erros conceituais.

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C. Investigação
A Investigação envolve, em especial, um ambiente de discussão e questionamento que,
com as intervenções do professor, conduz os alunos a indagarem por que um evento
natural ocorre ou se expressa de determinada forma, utilizando-se do experimento e dos
conhecimentos de que já se apropriaram para acessar novos conhecimentos que podem
ser inferidos daquela prática. Aliando esse movimento questionador com as práticas dos
registros, a investigação tem aproximação com o processo de resolução de problemas,
em que os estudantes são envolvidos desde a identificação do problema, até a
comunicação dos resultados. O professor se evidencia tanto nos cuidados em planejar o
processo do aluno, como também em manter o sentido dessa prática, estimulando e
envolvendo o estudante.
Em geral, o progresso no desempenho dos alunos, a autonomia e a variedade de
habilidades desenvolvidas por meio da experimentação são potencializados na
modalidade investigativa. No entanto, o envolvimento do aluno de forma competente,
participando das discussões, levantando suas hipóteses, pesquisando referências
teóricas, organizando estratégias, registrando dados de pesquisa e a forma com que
eles são obtidos, analisando, tanto os dados como o próprio processo investigativo, não
é conquistado de forma imediata. É necessária a intervenção contínua do professor, que
não pode ater-se apenas ao conteúdo objetivado, mas também ao modo com que os
estudantes se aproximam do fazer científico.
A atividade de investigação propicia um melhor entendimento dos sistemas físicos ou
químicos ou biológicos estudados e um maior compromisso do aluno na construção de
seu conhecimento. Envolve, também, intensa participação do professor, pois é ele que
irá auxiliar e estimular os alunos na busca das explicações.
D. Experimentação virtual
Sobre essa modalidade de experimento, não existe mais dúvida de sua importância e da
necessidade da utilização de ferramentas computacionais para o processo de ensino e
aprendizagem da Biologia, Física e Química. De fato, a integração das tecnologias na
sala de aula vem despontando como um recurso muito promissor.
Um dos aspectos exclusivos das atividades experimentais no computador é o fato de
permitir simular situações que não podem ser repetidas em um laboratório de escola ou
observadas de perto pelos alunos. Outro aspecto é o de permitir idas e vindas ao mesmo
experimento, ou a parte dele, para melhor entendimento dos resultados, ou, ainda,
retornar diversas vezes, alterando, com facilidade, os parâmetros envolvidos nos
sistemas abordados e, assim, tanto compreender os processos ou fenômenos (físicos,
químicos ou biológicos) estudados nas simulações, como vivenciar práticas para o
desenvolvimento do pensamento crítico e criativo.
Fonte: ARAGÃO, H.M.C.A.; BARRETO, S. R. G.; SOUZA, A. M. A experimentação no ensino das Ciências
da natureza. IAS: Solução Educacional para o EM – material de apoio ao professor.

Em geral, o progresso no desempenho dos alunos, a autonomia e a variedade de habilidades


desenvolvidas por meio da experimentação são potencializados na modalidade investigativa.
Por esse motivo essa foi a modalidade de prática escolhida para o desenvolvimento dos
experimentos do Laboratório de Iniciação Científica.
As pesquisas propostas são de natureza experimental com a utilização de materiais de fácil
acesso. O desenvolvimento de cada uma das propostas ocupa de um a dois tempos de aula e
Em
estimulam, geral, o progresso
principalmente, no desempenho
a observação, dosde
o registro alunos,
dados,a eautonomia e a variedade
a formulação de No
de hipóteses.
habilidades desenvolvidas por meio da experimentação são potencializados na
modalidade investigativa. Por esse motivo essa foi a modalidade de prática escolhida
para o desenvolvimento dos experimentos do Laboratório de Iniciação Científica.

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hipóteses. No entanto, é fundamental que o professor cuide para que ocorra o envolvimento do
aluno de forma competente, participando das discussões, levantando suas hipóteses,
organizando ações, registrando e analisando dados. Esse fazer científico ou processo
investigativo, não é conquistado de forma imediata pelos alunos. É preciso a intensa
participação do professor, pois é ele que irá auxiliar e estimular os alunos na busca das
explicações.
Conforme mencionado, as práticas propostas por meio da experimentação permitem que o
aluno vivencie as habilidades do ciclo investigativo que predispõem o estudante a
desenvolver o raciocínio lógico, a associação de diferentes ideias e auxilia a sua aprendizagem.

A organização das atividades

As atividades estão divididas em dois momentos:


I. No primeiro deles (Atividade 1), os alunos serão convidados a conhecer um dos maiores
gênios de todos os tempos, Leonardo Da Vinci, e a entender o que fez dele merecedor,
até os dias de hoje, de nossa admiração como cientista.

II. Sequência de experimentos simples que permitem ao aluno vivenciar o ciclo cognitivo
do pensar científico por inteiro. Mas aqui, é importante destacar, nosso objetivo inicial é
formar o aluno para a observação, no olhar investigativo, passo inicial do método
científico.

Nos momentos nos quais a observação é requerida, esse


simbolo será colocado no sentido de facilitar o trabalho do
professor sobre quando essa habilidade cognitiva estiver
presente:

E quando a organização e rigor nos procedimentos forem


fundamentais na preparação dos materiais será colocado o
simbolo:

Cada atividade foi idealizada para ocupar em média 4 tempos de aula, 2 tempos para o
experimento em si, e 2 tempos para as discussões, pesquisa e conclusões possíveis para as
perguntas feitas pela atividade ou pelos alunos.
O total de 11 atividades deve ser analisado pelo professor e planejado em função das
condições em sua escola e classe de alunos.
È importante lembrar que é preciso prever os recursos e materiais para cada experimento,
ainda que de fácil acesso, se eles não forem providenciados antecipadamente podem
comprometer a realização da atividade.

Organização dos alunos:


Cada atividade descreve a organização dos alunos, mas em geral elas são propostas para
grupos de 3 a 4 alunos.

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Expectativas de aprendizagem
 Reconhecer a estrutura de uma pesquisa científica.
 Vivenciar: a observação, o levantamento e a análise de dados e apresentar conclusões.
 Colaborar e conviver com outros.
 Relacionar o processo experimental com novos conhecimentos.
 Mobilizar conceitos já elaborados para, a partir daí, construir novos conceitos.

Macrocompetências enfocadas
Em relação à Matriz de Competências para o século 21, as atividades dão especial ênfase ao
desenvolvimento de:
 Colaboração
 Comunicação
 Responsabilidade
 Pensamento crítico
 Resolução de problemas

Na perspectiva dos multiletramentos, que supõe práticas de leitura engendradas com/por outras
linguagens e mídias, espera-se que o aluno possa:
 Ler diferentes tipos de texto de divulgação científica, entre eles sites, blogs, imagens,
gráficos, vídeos, filmes e textos acadêmicos;

Na perspectiva da comunicação, investigação e resolução de problemas, espera-se tornar o


aluno capaz de:
 Construir categorias de análise pela semelhança de fatos ou de informações de fontes
diversas;
 Analisar informações de acordo com as categorias estabelecidas;
 Situar acontecimentos no tempo.

Ainda no sentido do desenvolvimento das competências da Matriz de Competências, espera-se


que:
 Os alunos aceitem o desafio da pesquisa e sejam criativos na proposição de caminhos
para realizá-la;
 Haja colaboração na gestão das atividades planejadas e organizadas pelo grupo;
 As situações de conflito inerentes ao convívio sejam resolvidas pelo grupo de modo
refletido e respeitoso;
 Os alunos aceitem exercer com independência parte das atividades e persistam frente a
eventuais dificuldades.

Metodologias integradoras
As atividades desse projeto foram estruturadas com referência nas metodologias integradoras
propostas. Em especial, tem como foco o desenvolvimento de competências que integram a
Matriz de Competências para o século 21, a aprendizagem colaborativa por meio da atuação
dos alunos em grupos e da postura problematizadora e investigativa diante do itinerário
formativo da escola, das crenças e dos conhecimentos que trazem para o espaço escolar.

A avaliação no componente Laboratório de Iniciação Científica


No componente Laboratório de Iniciação Científica e de Pesquisa não existe uma nota, o que
de certa forma facilita tanto a avaliação do professor como a autoavaliação que os alunos farão
sobre diferentes focos de seus estudos nessa disciplina.

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A avaliação proposta leva o aluno a repensar sobre sua atuação e desempenho tanto em
relação aos conteúdos específicos de cada atividade como na realização dos experimentos,
nas rodas de conversa, na socialização de ideias, na organização do trabalho, no registro de
dados e na cooperação com os colegas.
Para tanto, é importante planejar a avaliação de modo integrado ao planejamento do ensino,
pois diferentes aspectos da aprendizagem dos estudantes estão se desenvolvendo à medida
que as atividades acontecem nas aulas.
Como o processo de aprendizagem é contínuo e ocorre por meio da interação das habilidades
cognitivas e socioemocionais somadas aos conceitos estudados é importante que o professor-
orientador registre, organize e analise sistematicamente os dados e informações obtidas sobre
essas diferentes aprendizagens dos alunos. Como sugestão o professor-orientador pode
produzir planilhas coletivas e/ou individuais nas quais possa registrar dados sobre o que cada
aluno já sabe, sobre diferentes habilidades, assim como sua aprendizagem de conteúdos
específicos.
Uma forma, por exemplo, de registrar essas aprendizagens é por meio de tabelas nas quais
diferentes itens de aprendizagem podem ser colocados. A tabela 1, que se encontra a seguir,
pode ser usada como modelo, adaptada e ampliada pelo professor, incluindo outros itens e
prioridades, segundo a dinâmica de cada classe.

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Outro fato importante que deve ser considerado para que o processo de avaliação se mostre
mais eficaz é que ele seja realizado em diferentes momentos. Por exemplo, o professor-
orientador deve obter informações importantes sobre as concepções prévias dos alunos e sobre
os modelos explicativos que têm e com os quais o professor deverá lidar ao longo do processo
de ensino e aprendizagem. Para tanto inicie a abordagem de cada uma das atividades
propostas levantando com os alunos as informações prévias que já tem sobre o assunto e
quais são suas expectativas sobre o tema. Observe a tabela a seguir como exemplo de planilha
de observação e no final de cada uma das atividades proposta verifique o que os alunos
aprenderam utilizando as anotações que fizeram no Caderno do Estudante as quais levam o
estudante a autoavaliar sua aprendizagem especifica.
Outro momento de avaliação pode ser feito por meio da análise das aprendizagens específicas
que os alunos já sabem, ou não, e posteriormente verificar o que aprenderam. Para tanto segue
como sugestão a seguite ação:
1. Coloque no quadro uma tabela semelhante a descrita a seguir:
Aprendizagens sobre ........
O que sabemos O que queremos saber O que aprendemos

2. Antes de cada atividade registre nos itens “O que sabemos!” e “O que queremos
aprender” as aprendizagens (ou ausência delas) presentes na Tabela.
3. No final de cada Atividade preencha socializando o item “O que aprendemos”. A analise
dessa tabela pelos alunos lhes causa satisfação, pois podem visualizar o processo de
aquisição do conhecimento do início (Sabemos) ao fim (Aprendemos), passando
também pela tomada de consciência do que desejavam saber (Queremos saber)

Diário de bordo – o portfólio


Para uma organização dessas ações avaliativas sugere-se aos professores-orientadores a
organização de um diário de bordo ou portfólio pessoal, uma pasta ou caderno de registro (virtual
ou impresso), em que as suas anotações, relatos, impressões, exemplos de atividade de alunos
etc. possam ser organizados. Também consideramos fundamental a criação de um instrumento
que sirva de guia e lembrete aos professores das expectativas de aprendizagem e dos
objetivos definidos como prioritários em Ciências. Isso, sem dúvida, facilitará as observações e
registro. Do contrário, corre-se o risco de recair em observações e registros genéricos e
subjetivos que não ajudarão o professor no processo de avaliação. Nossa sugestão, nesse
caso,
© Instituto é definir
Ayrton Senna e fazer uso de umaLaboratório
pauta de observação
de Inciação e 1registro,
Científica organizada de forma
ano/1º semestre 11
sistematizada em uma tabela, com os pontos considerados fundamentais na área de Ciências.
No caso da proposta aqui apresentada, essa pauta deve conter o conjunto de habilidades
específicas de Ciências, atitudes e conceitos ou noções centrais definidos como prioridades.
Vale lembrar que o diário de bordo do professor, além das pautas de avaliação, poderá constar
cópias dos registros coletivos realizados, exemplos dos registros feitos pelos alunos, relatos e
impressões anotados pelo professor, registros fotográficos das atividades desenvolvidas, entre
outros. O conjunto de informações obtidas pela análise dos registros dos alunos permite que o
professor reflita sobre cada estudante e também sobre seu próprio trabalho. É importante que o
professor-orientador avalie a sua gestão da aula. Como sugestão o professor-orientador deve
analisar, por exemplo, se: foi pontual; planejou a execução das atividades propostas;
providenciou os recursos em tempo para a aula; explicitou aos alunos quais eram os objetivos
da atividade que devem desenvolver; criou perguntas motivadoras; fez boas perguntas que
mobilizaram aprendizagens. O registro desses itens e outros que o professor-orientador achar
necessário vai auxiliá-lo a avaliar o seu desenvolvimento profissional e contribuir para um
desempenho profissional melhor.

Agora é estudar as atividades e planejar.


Bom trabalho!
.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 12


Atividade Foco Duração prevista Página

O que faz um O que é o ciclo investigativo e a pesquisa


Mobilização 4 tempos 14
cientista? científica.
Os alunos observam a mudança do estado
Mudança de
físico da água e o relaciona a formação das
estado: a chuva 4 tempos 18
chuvas.
Os seres vivos Os alunos reconhecem que algumas
contribuem para a atividades fisiológicas das plantas e dos
presença de água animais estão relacionadas à presença de 4 tempos 20
no ar? água no ar.
A analise de rótulos de diferentes tipos de
água levam os alunos a reconhcerem
Experimentos Água mineral 4 tempos
substâncias simples e misturas 22
(homog~eneas e heterogêneas)
Admirável mundo
Construção de microscópio rudimentar. 4 tempos
pequeno 26
Construção de Construção de modelos celulares
4 tempos
modelos de células (procariontes e eucariontes) em escala. 27
Os alunos, individualmente, avaliam as
habilidades socioemocionais que utiliaram
Gestão da Avaliando minhas nas diferentes Atividades e reavaliam esses
2 tempos
aprendizagem ações registros após conversa com o professor 29
sobre essa autoavaliação.
Os alunos testam se diferentes componentes
Seleção natural: adicionados a um meio de cultura selecionam
mudanças do microorganismos diferentes e como esse
4 tempos
ambiente fenomeno está associado ou não às 30
diferentes teorias evolucionistas.
Fotossintesse: Os alunos observam a produção de gás
Enxergando o gás oxigênio por meio de experimento envolvendo 4 tempos
38
oxigênio a alga do gênero Elodea.
Experimentos Os alunos, reunidos em times, montam um
- continuação paraquedas e investigam o funcionamento
desse dispositivo, analisando as forças que
Paraquedas
agem em cada um dos momentos de descida, 6 tempos
39
ampliando as noções de força da gravidade e
de força de resistência do ar.
Atividade extracurricular indicada como opção
caso o calendário escolar comporte ou tenha
um interesse específico do professor e/ou
Atividade A espiral de alunos. Os alunos analisaram as mudanças 2 tempos
Arquimedes 42
adicional que a temperatura promove no ar e como isso
está associado a formação dos ventos.

Os alunos, individualmente, avaliam as


habilidades socioemocionais que utilizaram
Avaliando minhas
Gestão da nas diferentes Atividades e reavaliam esses 2 tempos
ações 45
aprendizagem registros após conversa com o professor
sobre essa autoavaliação.

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MOBILIZAÇÃO PARA O PENSAR CIENTÍFICO

Atividade 1 O que faz um cientista?

Os alunos analisam, por meio de um questionário, um vídeo sobre


a vida de Leonardo da Vinci e reconhecem nas ações desse
pesquisador o método científico que utiliza habilidades cognitivas
Resumo que todos os seres humanos possuem, mas que são empregadas
de modo organizado e sistemático. As atividades experimentais
que serão propostas na sequência permitirão que os jovens
realizem a observação, a busca de informação, o registro e a
análise de dados, algumas das habilidades empregadas em um
estudo de pesquisa.
Objetivos Conhecer/compreender a proposta do componente Laboratório de
Iniciação Científica, mobilizar os jovens para a pesquisa de cunho
científico.
Organização da turma Individual e em times de 3 a 4 alunos.

Material/recursos - Caderno do Estudante.


- Video: Leonardo da Vnci – documentário legendado. Disponível
em: bit.ly/docleonardo, acesso em dez. 2015.
Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Uma forma de garantir que os alunos assistam ao vídeo é realizar essa atividade na sala de
informática em pequenos grupos (no máximo 3) para assistirem ao vídeo em cada um dos
computadores. Para tanto reserve o local e dois tempos para essa atividade que inclui o
preenchimento do questionário que se encontra no Caderno do Estudante relacionado ao
conteúdo do vídeo.
Organize a divisão de alunos por computador, copie o vídeo previamente, pois algumas escolas
bloqueiam o sinal do YouTube. Antes da apresentação do vídeo peça para que leiam as
perguntas do questionário reserve no máximo 10 minutos para essa leitura e informe que devem
ter observado que as perguntas estão relacionadas a diferentes momentos do vídeo, portanto
esse deverá ser visto com muita atenção e poderão retornar a ele quantas vezes acharem
necessárias para responder a essas perguntas. Informe que eles terão 2 tempos para assistir e
responder o questionário.
Oriente-os de que é interessante que conversem entre si sobre as respostas dadas, mas
deverão preencher individualmente o questionário, pois esse será o primeiro registro deles neste
componente.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 14


1a etapa (2 tempos)
1. Reúna os alunos e informe que devem assistir ao vídeo Leonardo da Vinci –
documentário legendado. Esse vídeo tem aproximadamente 60 minutos de duração e
está disponível no YouTube o que possibilita que seja assistido em grupo ou
individualmente.
2a etapa (2 tempos)
1. Reserve os 10 primeiros minutos desses dois tempos reunindo os alunos em
semicírculo e perguntando se gostaram ou não do vídeo e que apresentem suas razões.
Esse momento tem o objetivo de reunir todos os alunos que fizeram a leitura do vídeo
em grupos menores e verificar a reação deles ao realizar essa tarefa. É necessário que
eles explicitem porque gostaram e porque não gostaram do vídeo e detectar se o não
gostar está associado a não conseguir responder uma ou outra pergunta.
2. A seguir apresente em PowerPoint cada uma das perguntas do questionário
separadamente. Para cada uma delas peça para que diferentes alunos, escolhidos por
você, deem a sua resposta. Pergunte se todos concordam com a resposta dada e
resolva as possíveis dúvidas que surgirem. Peça para que todos verifiquem suas
respostas e façam os acertos necessários. Informe que no final da revisão das
respostas irá recolher os questionários e os mesmos serão analisados por você
professor. Essa é uma forma dos alunos realmente realizarem essa tarefa e é uma
oportunidade para que avalie a forma como desenvolveram ou não o que foi solicitado.
Essa avaliação permite observar alunos mais ou menos proativos, assim como avaliar
se são ou não organizados e comprometidos com a tarefa. Esses dados o ajudarão a
separar os alunos em subgrupos como descrito mais adiante.

Importante!
Assistir ao vídeo é uma estratégia proposta para que o aluno perceba as habilidades
cognitivas comuns a todos os seres humanos e utilizadas por Leonardo da Vinci. Os
alunos devem identificar algumas delas ao responder o questionário, especialmente as
questões 3, 4, 8, 12, 13b e 14 além do enunciado da pergunta 11. As habilidades a
serem destacadas são:
- Leonardo manteve sempre acessa a sua curiosidade (interesse pelo que ocorre ao
nosso redor).
- Ele utilizava a observação para todos os fenômenos que chamavam sua atenção.
- Levantava hipóteses após a observação atenta do que lhe chamou a atenção.
- Projetava um modelo e/ou um experimento que pudesse comprovar as perguntas
(hipóteses) que fazia.
- Estudava, ou melhor, pesquisava o que já existia (o que atualmente podemos
apresentar como levantamento bibliográfico) para poder comparar os dados obtidos em
seus experimentos ou modelos com o conhecimento existente.
- Analisava esses dados de modo lógico-dedutivo e concluía se a hipótese levantada
estava correta ou errada.
É necessária a intervenção do professor no sentido de orientar os alunos a responderem o
questionário. Muitas das habilidades acima descritas não estão explícitas no vídeo, portanto
será necessária a sua intervenção em diferentes momentos da correção do questionário.
Sugere-se que realize algumas perguntas para que os alunos se interem do que é o método
cientifico e que o mesmo é uma forma de pensar. Por exemplo, pergunte o que significa
pensar. Tente dissecar esse termo “pensar” com os alunos, ou seja:
O que é pensar? É ter uma ideia? É associar ideias?
É associar algo que já conheço a uma nova pergunta?
É imaginar uma explicação?
Enfim todas essas ações estão envolvidas no pensar.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 15


3. Em seguida, os alunos devem ser levados refletir sobre porque temos uma ideia. Ter
uma ideia é o fruto de alguma associação que fizemos e queremos testar. Por
exemplo: mudar a rota utilizada para ir para a escola em busca de diminuir o tempo
gasto para isso; ou, testar uma nova fórmula de bolo variando algum ingrediente de uma
receita conhecida etc.
O que se deseja dessa conversa com os alunos é que geralmente a curiosidade nos leva a
fazer perguntas sobre algo que não entendemos ou que não conhecemos. Não basta
apenas ser curioso é necessário observar com calma, detalhes daquilo que nos chama a
atenção, ser minucioso e após esse momento geralmente temos uma ideia ou que explique
o que não tinhamos entendido ou não conhecíamos ou que nos leva a procurar a resposta.

4. Retorne a Leonardo da Vinci e mostre que como ele todos os seres humanos são
curiosos, imaginativos (criam explicações, tem ideias) e tem a capacidade de observar.
Mas o que diferenciou Leonardo da Vinci, assim como muitos outros seres humanos
que descobriram e descobrem novos conhecimentos? Ele aprendeu a organizar a
curiosidade, com a observação atenta, a fazer perguntas, a levantar hipóteses, a criar
explicações (por meio de experimentos ou modelos), a registrar, a analisar os registros
e concluir.
Informe que como Leonardo da Vinci ou Albert Einstein e tantos outros cientistas e
pesquisadores todos os seres humanos tem capacidade para aprender e essa
capacidade é composta por algumas habilidades:
o A curiosidade (é necessário se encantar com o que nos cerca)
o A observação ( é necessário saber olhar, escutar, perceber o meio que nos
cerca)
o Fazer perguntas sobre o que não entendemos ou temos a curiosidade em saber.
o Levantar hipóteses sobre o que achamos ser uma explicação para o que
observamos.
o Pesquisar (procurar o que já se sabe sobre a pergunta que fazemos) sobre o
que já se sabe ou que foi proposto para a pergunta feita.
o Analisar os dados
o Concluir se os dados de modo lógico podem comprovar a hipótese levantada ou
não.
O que torna essas pessoas pesquisadoras é que elas utilizam de modo sistemático e
organizado as habilidades que temos para aprender. Leonardo da Vinci realizava
sistematicamente um ciclo mental, ou seja, ele pensava utilizando organizadamente
capacidades cognitivas (de aprendizagem) que todos os seres humanos possuem.
5. Apresente em um slide, o esquema a seguir que representa o ciclo mental da
aprendizagem:

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 16


6. Informe que essa forma organizada e sistemática de pensar sobre o meio que nos cerca
é denominada de Método Científico. Este método facilita a compreensão dos
problemas que nos cercam e possibilita o planejamento das ações que podem ser
tomadas em cada caso, seja desenvolvendo um projeto de pesquisa seja resolvendo
problemas do dia a dia.
Utilizar organizadamente e sistematicamente as habilidades acima descritas nos
transforma em excelentes estrategistas diante das situações problemas (de qualquer
origem) e, no caso na aprendizagem, um estrategista para avançar nos estudos
realizados na escola.

7. Após essas conclusões informe aos alunos que farão uso dessas habilidades
cognitivas, principalmente da observação e da análise de dados ao longo das atividades
que vivenciarão no componente Laboratório de Iniciação Científica. Pergunte se aceitam
o desafio de vivenciar o fazer ciências e se querem aprender a pensar como os
cientistas o fazem, lembre-os de que “Tudo o que há no universo primeiro está em sua
mente depois em suas mãos” (Leonardo da Vinci).

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O PENSAR CIENTÍFICO E A EXPERIMENTAÇÃO

As atividades a seguir são constuidas de experimentos e todas têm com característica o


desenvolvimento do ciclo investigativo como maior foco nas habilidades da observação,
e análise de dados.

Mudança de estado: a
Atividade 2 chuva
Explicar as etapas do ciclo da água considerando suas
Resumo características e manifestações na natureza.
Reconhecer que os conceitos de “estados físicos da água” e de
Objetivos “mudanças de estado físico” estão diretamente ligados ao conceito
de “ciclo da água” e que este é um processo contínuo e sujeito a
alterações.
Organização da turma Times de 3 alunos.

- Caderno do Estudante (um por estudante).


- Materiais
o 1 pote de vidro transparente (maionese, geleia etc.)
o 1 cuba de plástico
o 1 funil de plástico (pode ser adaptado de garrafa pet, pois é
melhor que seja transparente)
Material/recursos o Corante (2 cores diferentes)
o 1/2 rolo de algodão pequeno
o Plástico transparente para vedar a cuba
- Videos:
o Natureza sabe tudo água, o ciclo interminável. De Estevam
Guerra. Disponível em. bit.ly/ciclointerminavel, acesso em dez.
2015
o Ciclo da Água Narrado. Disponível em: bit.ly/cicloaguanarrado,
acesso em Dez. 2015
- Sites de consulta sobre o ciclo da água:
o bit.ly/cicloagua2, acesso em dez 2015.
o bit.ly/cicloagua3 acesso em dez, 2015.
Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Faça uma boa mediação durante a discussão, de modo que:
- Seja instaurado um clima acolhedor às ideias, fazendo com que todos se sintam com vontade
de compartilhar o que pensam e sentem. Quando houver divergências de opiniões, valorize
todas, propondo uma atitude de respeito do grupo em relação à diversidade. Evidenciar as
singularidades e coincidências de valores, ideias, habilidades, pontos de vista é importante para
que a turma se conheça e se reconheça como tal.
- Os mais tímidos sejam incentivados a se expressar e a compartilharem momentos de fala com
os colegas.
- Os jovens não “personalizem” a participação em alguém, como, por exemplo, nos líderes dos
trios, pois esse momento é de caráter coletivo.
- A importância do registro seja apontada, orientando os alunos a anotarem o que de mais
importante for discutido.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 18


1. Reúna a turma em trios de trabalho e apresente o tema do dia: “Mudança de estado: a
chuva”. Peça que os grupos de trabalho leiam a questão inicial da atividade 1 (“Como a
chuva se forma?”) do Caderno do Estudante e, enquanto eles trabalham, circule pela
sala para orientá-los.
Poderão surgir hipóteses como:
- A chuva vem das nuvens.
- A água evapora devido ao ar quente sobre as águas dos rios, dos lagos, das poças.
Quando atingem as camadas de ar frio se condensam, ocorrendo a precipitação.
- Ocorrem constantes mudanças de estados físicos, como um processo cíclico que forma a
chuva.
- A água evapora de rios, lagos, mares e depois se condensa formando gotículas que
formam as nuvens. Havendo clima quente, o ar quente se choca com a superfície fria e
chove.
- As chuvas são causadas por frentes frias.
- A água evapora, sobe, encontra região fria na atmosfera e se condensa, formando as
nuvens. - Quando as nuvens ficam pesadas, a água cai na forma de chuva.

2. Promova a socialização das hipóteses dos trios. Depois de expostas e discutidas as


hipóteses, apresente um modelo para as etapas do processo, que consista de uma
simulação do ciclo da água em sistema fechado (conforme o modelo apresentado na
atividade 1 do Caderno do Estudante), onde são observadas a evaporação e a
condensação da água, tendo como fonte de energia o Sol.
3. Após o experimento, os alunos registram o procedimento e o que observaram, tecendo
um paralelo com o processo que ocorre na natureza e identificando as transformações
de estados físicos da água que acontecem na chuva. É importante que você,
professor(a), colabore com a sistematização dos conhecimentos envolvidos, por
exemplo, com um texto coletivo que focalize o ciclo da água, na natureza, e as
transformações de estado físico que ocorrem. Como base para a sua consulta
indicamos no item materia e alguns sites de consulta “Ciclo da água”.

Avaliando durante o processo


Professor(a), oriente seus alunos que após a realização do experimento proposto, eles
devem descartar adequadamente os materiais sob sua orientação e limpar o local de
trabalho.
Fique atento ao trabalho realizado pelos alunos durante o experimento. Observe se
todos os estudantes compartilham suas ideias, se todos realizam os procedimentos
adequadamente, ou seja, utilizam as medidas recomendadas, organizam o trabalho na
forma como está descrito no protocolo de procedimentos, realizam os registros
propostos, e ao término dos trabalhos, recolhem os materiais e limpam o local de
trabalho, como foram orientados.
Registre esses dados em uma planilha para que possa auxiliar seus alunos tanto no
desenrolar da atividade como na avaliação que farão de suas aprendizagens na última
atividade deste período letivo, a Atividade 8 (“O que aprendi até agora”).

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 19


Os seres vivos contribuem
com a presença da água
Atividade 3 no ar?

Reconhecer a transpiração vegetal e animal como processos


Resumo associados à sobrevivência desses seres vivos.
Associar a transpiração vegetal ao processo de fotossíntese.
Objetivos Associar a disponibilidade de água ambiental para a raiz da planta
e as características da forma e dimensões das folhas e o número
de estômatos. Relacionar a presença de vapor d’água na expiração
com a necessidade de uma barreira líquida entre o ar inspirado e
expirado e o processo de difusão dos gases com pressões
diferentes no interior do pulmão e sangue. Associar a transpiração
pela pele com o mecanismo de manutenção da temperatura
corpórea.
Organização da turma Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com
momentos em roda de conversa envolvendo a turma toda e de
trabalho em times.
 Caderno do Estudante (um por estudante).
Material/recursos  Materiais descritos na atividade 2 do Caderno do Estudante

Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Nesta atividade, os alunos continuarão a trabalhar em times de maneira colaborativa. Agora,
eles estudarão a evaporação sob outra perspectiva, pois para o desempenho de suas
necessidades fisiológicas, os vegetais retiram água do solo por meio de suas raízes. Uma
pequena fração é retida e o restante é liberado na forma de vapor d’água, através da superfície
das folhas, pelo processo de transpiração. Os animais também liberam vapor de água quando
transpiram e quando respiram.

1. Inicie a atividade relembrando os processos estudados que contribuem para a presença


de vapor d’água no ar e reforçando as perguntas direcionadas aos alunos:
 Os seres vivos contribuem para a presença de água no ar?
 Como podemos verificar?
2. Reúna a turma em times de trabalho (grupos de 4 a 5 alunos) e peça que os times leiam
a questão inicial da atividade 2 do Caderno do Estudante e acompanhe as
discussões. Procure observar a qualidade de interação dos estudantes, se participam
com interesse e valorizam as hipóteses dos colegas.
3. Após a discussão nos grupos, peça aos alunos que apresentem suas hipóteses.
Resuma as ideias dos estudantes registrando-as no quadro e proponha os
experimentos sugeridos na atividade 2 do Caderno do Estudante, pois esses dão
suporte para constatar o processo de transpiração (vegetal e animal), e auxiliam a sua
visualização. Não registre apenas as hipóteses sabidamente corretas, escreva também
aquelas provenientes do senso comum e até mesmo os “chutes” para ao final comparar
os resultados com cada uma dessas anotações, incentivando os jovens a analisar
porque suas primeiras respostas estavam equivocadas e sobre o que se deter com mais
cuidado na próxima vez que formularem hipóteses para uma fenômeno observado.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 20


importante que você, professor(a), colabore com a sistematização dos conhecimentos
envolvidos. Por exemplo, quanto à questão da transpiração foliar das plantas, você pode
relembrar os alunos sobre o frescor que a copa das árvores produz além da sombra e
verificar se associam esse frescor à umidade produzida pela transpiração foliar e como esse
processo está vinculado ao processo de fotossíntese.

4. Para fundamentar ainda mais a discussão acerca dos experimentos, solicite aos alunos
que leiam os textos sugeridos, a seguir, que focalizam a transpiração das plantas em
dois contextos mais amplos (um ecológico e outro evolutivo):
 Uma história vitoriosa (O colunista Jerry Borges conta como as plantas deixaram a
água para ocupar a Terra há quase 500 milhões de anos). Disponível em
bit.ly/umahistoriavitoriosa (acesso: mar/2015).
 Caça aos rios voadores (Estudo que mostra que a umidade amazônica influencia
chuvas de outras regiões do país, por Marcella Huche). Disponível em:
http://goo.gl/Kq8HPd (acesso:mar/2015).

Desta forma, os alunos verão o processo de transpiração vegetal em contextos mais


amplos que possibilitam compreender o significado da transpiração vegetal (além da
manutenção da vida das plantas) como um processo que mantém a vida em nosso
planeta.

Informação:
Quanto ao processo da transpiração dos animais, uma maneira atrativa para aguçar a
curiosidade e atenção do aluno para o processo e o experimento associado é apresentar
casos médicos como o referido na entrevista realizada com o Dr. Jorge Cruz, cirurgião
torácico, especialista no tratamento da doença hiperidrose (excesso de transpiração),
publicada na revista Ciência Hoje. Segue indicação e fonte de acesso: Hiperidrose –
Corpos que chovem (Entrevista com Dr. Jorge Cruz, cirurgião torácico, maio/2012, por
Sónia Mendes da Silva). Disponível em: bit.ly/hiperidrosecorposchovem, (acesso em
23/3/2015).

Você, professor(a), pode se valer dessa leitura para rever com os alunos o processo da
febre, seu significado fisiológico, e a ação dos antitérmicos associados à transpiração
excessiva. Quanto ao vapor d’água eliminado no processo de ventilação pulmonar, é
importante associá-lo à presença do filme de água que recobre internamente os
alvéolos pulmonares e viabiliza a troca de gases presentes (em diferentes pressões) no
interior do pulmão e o sangue. Essa associação geralmente não é discutida no processo
de troca de gases no processo de ventilação pulmonar.

Avaliando durante o processo


Professor(a), continue orientando seus alunos que, após a realização do experimento
proposto, eles devem descartar adequadamente os materiais sob sua orientação e
limpar o local de trabalho.
Fique atento ao trabalho realizado pelos alunos durante o experimento. Observe se
todos os estudantes compartilham suas ideias, se todos realizam os procedimentos
adequadamente, ou seja, utilizam as medidas recomendadas, organizam o trabalho na
forma como está descrito no protocolo de procedimentos, realizam os registros
propostos e ao término dos trabalhos, recolhem os materiais e limpam o local de
trabalho, como foram orientados.
Registre esses dados em uma planilha para que possa auxiliar seus alunos tanto no
desenrolar da atividade como na avaliação que farão de suas aprendizagens na última
atividade deste período letivo, a Atividade 7 (“O que aprendi até agora”).

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 21


Água mineral: - Que
substância é essa?
Atividade 4
Neste experimento, os alunos analisam rótulos de água mineral
Resumo envasada, misturam substâncias e observam os resultados das
diversas misturas. Por meio do levantamento de hipóteses, testam
se diferentes substâncias sofrem ou não dissolução.
Diferenciar substância pura de mistura e classificar os tipos de
Objetivos misturas em homogêneas e heterogêneas. Ler e interpretar rótulos
com informações científicas. Comparar os tipos de águas quanto a
composição quiímica.
Organização da turma Individual e times 4 alunos.

- Caderno do estudante
Material/recursos - Rótulo de diferentes marcas de garrafas de água mineral
envasada (3 a 4 para cada grupo)
- álcool, água, sal, óleo, areia, açúcar,
- colheres plásticas de chá
- béquer ou tubos de ensaio ou copos plásticos transparentes
- bastão de vidro
Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Essa atividade será desenvolvida em 4 tempos. Os estudantes diferenciarão substância pura de
mistura, por meio de levantamentos de hipóteses analisando rótulos da água mineral envasada
e realizando os experimentos propostos no Caderno do estudante. Para tanto é necessário
providenciar previamente os materiais descritos no item “Material” em quantidade suficiente,
relacionada ao número de alunos e times que serão formados na sua classe. Os alunos devem
ser orientados na execução dos experimentos de modo a colocarem em práticas habilidades
cognitivas de observação, levantamento de hipóteses, registro e análise. Além do
desenvolvimento dessas habilidades, é importante que os alunos se apropriem dos significados
dos conceitos envolvidos neste estudo.
Em todas as etapas da atividade, é importante orientar os alunos a ler atenciosamente as
orientações presentes no Caderno do Estudante e lembrá-los de registrar o que é solicitado.

1ª etapa
1. Inicialmente, é conveniente que explore a própria leitura de rótulo, reconhecendo os
tipos de informações que são apresentadas: que informações sobre a água são
apresentadas? Como são apresentadas? Depois, reconhecem e selecionam as
informações que irão trabalhar.
2. Inicie esse estudo com uma conversa coletiva, com o objetivo de conhecer o que os
alunos já sabem, ou não, sobre substâncias puras e misturas. Utilize apenas alguns
minutos para esse questionamento, porque o objetivo não é desenvolver esses
conceitos, mas dar a oportunidade aos estudantes de reverem o conhecimento que têm
(ou não) sobre esses conceitos e, no decorrer das atividades propostas, possam utilizar
as informações levantadas para desenvolver a observação, o levantamento de
hipóteses, o registro e a análise de dados. Esse questionamento deve ser feito de modo
interativo, isto é, com a participação ativa dos estudantes. Para tanto construa com eles,
por exemplo, um quadro baseado na tabela do tipo SQCA (o nome da tabela SQCA, é
composto das letras iniciais das ações a serem empreendidas, ou seja; S = Sabemos; Q

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 22


= Queremos saber; C = Como faremos; A = Aprendemos). Caso deseje, use uma
versão mais simples, tal como sugerida na tabela abaixo, com apenas dois parâmetros.
Nesse caso, sugerimos que coloque na tabela os conhecimentos que os alunos já têm
ou não sobre substâncias e misturas. Essa tabela permite que o estudante tome
consciência do que sabe e/ou do que ainda falta saber.
3. Construa a tabela coletivamente, engajando ativamente os alunos em sua elaboração.

O que sei sobre Respostas


O que é uma substância pura?
O que é uma mistura?
Exemplos de substâncias puras.
Exemplos de misturas.

4. Coloque as respostas dos alunos na tabela. O objetivo nesse momento é conhecer o


que os alunos sabem sobre o assunto e mais do que isso que eles possam reconhecer
o que sabem, o que não sabem ou o que ainda tem dúvidas.
5. Como muitas substâncias encontradas no cotidiano são misturas, esse conceito e
alguns exemplos serão citados pelos alunos com certa facilidade, tais como a mistura
de leite e achocolatado e refrigerante, entre outros. Para a substância pura, podem citar
a água do filtro e álcool comercial, entre outros. Nesse momento, professor, é
importante começar a direcionar os exemplos, mostrando que água do filtro é tratada e
também apresenta sais minerais dissolvidos e ajude-o a compreender a diferença entre
sustância pura e mistura.
6. Após essa discussão coletiva e direcionamento das ideias, espera-se que o aluno
comece a relacionar o conceito de substância pura como aquela composta por um único
tipo de substância e as misturas como compostas por mais de uma substância.
7. Em seguida, após essa breve revisão os conhecimentos que apresentam sobre a
diferença entre as substâncias puras e misturas. Levante a seguinte questão: - A água
mineral é uma substância pura ou uma mistura?
8. Registre no quadro as hipóteses dos alunos (pode ser na forma de tabela ou lista)
contabilizando o que “acham” sobre a água mineral ser uma substância pura ou uma
mistura.
Hipótese Número de alunos
É substância pura
É uma mistura
9. A seguir solicite que se agrupem em times de 4 alunos e entregue para cada grupo os
rótulos de água mineral de fontes diferentes, de modo que cada um dos componentes
do time leia um dos rótulos. Colete rótulos de marcas de águas minerais diferentes, para
que eles possam perceber as semelhanças e diferenças na composição da água
mineral de diferentes marcas. Esses rótulos podem ser conseguidos nas garrafas de
água vendidas na escola, ou também fotografias dos rótulos das garrafas de água ou
ainda da internet que podem ser pesquisados nos sites indicados no item “Recursos e
providências”. Se utilizar as imagens da internet, providencie a impressão desses
rótulos, ou, caso disponha de internet na escola e os alunos tenham acesso, via celular
ou outra tecnologia, à rede, utilize esse recurso para que eles mesmos acessem os
sites e façam a leitura dos rótulos indicados.
Exemplo de rótulo e a composição da água mineral:

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 23


Figura 1: Exemplo de rótulo da composição da água
Fonte: www.vitrinepublicitaria.net/gabibreu/DAFE_SAIDA_624.JPG

10. Informe-os que respondam as questões 1-3, da etapa 1 descrita no Caderno do


Estudante. Após a discussão dentro dos times, socialize os resultados que cada time
chegou, mas devem justificar sua resposta.
11. Volte ao quadro das hipóteses e pergunte aos alunos: - Fundamentados na análise da
composição da água analisados por vocês, qual dessas hipóteses é correta?
Retomar as hipóteses iniciais, para confrontá-las com os novos fatos, ideias ou conceitos
aprendidos, impulsiona o aluno no sentido da tomada de consciência do seu próprio
processo de aprendizagem.

12. Perceba se todos os alunos concluíram que a água mineral é uma mistura de
sustâncias e não uma substância pura. Verifique se existem dúvidas e peça para os
alunos que compreenderam os conceitos de substância pura e mistura expliquem essa
diferença.
Os alunos podem apresentar um entendimento não muito claro sobre os termos água pura e
água potável. Se surgir essa dúvida, esclareça apenas e somente depois dos alunos terem
apresentados suas conclusões sobre o que analisaram, que água pura é formada somente
moléculas de H2O enquanto a água potável é formada por uma mistura de diferentes
substâncias.

2ª etapa
1. Solicite que os alunos leiam as questões presentes no Caderno do Estudante.
2. Oriente-os a preencherem a tabela Mistura ou não mistura no caderno de estudante na
qual os alunos registrarão suas hipóteses sobre a dissolução ou não de diferentes
sustâncias.
Professor, após os alunos classificarem as misturas pode ser que não reconheçam ou
mesmo não lembrem da classificação de misturas (objeto de estudo do Ensino Fundamental
2). Desta forma, informe o significado dos termos HOMO (igual) e HETERO (diferente) e
faça as associações necessárias para que reconheçam o tipo de cada uma das misturas
que prepararam.

A seguir as cinco misturas propostas para os alunos:


MISTURA EXPERIMENTO
Recipiente 1: 5 mL de água + 5 mL de álcool. Homogênea
Recipiente 2: 5 mL de água + 1 colher de chá de areia. Heterogênea
Recipiente 3: 5 mL de água + 5 mL de óleo. Heterogênea
Recipiente 4: 25 mL de água + 1 colher de chá de sal. Homogênea
Recipiente 5: 5 mL de água + 1 colher de chá de sal Heterogênea

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 24


Nos recipientes 4 e 5 além do conceito sobre mistura homogênea e heterogênea, pode-se
ampliar a discussão e desenvolver o conceito de coeficiente de solubilidade da substância.

3ª etapa
1. Apresente a tabela com várias misturas do cotidiano dos alunos, estimule-os concluírem
se se cada mistura trata de mistura homogênea ou heterogênea, reforçando esses dois
conceitos. A discussão inicial deverá ser feita em time de 4 alunos. Professor, os alunos
que devem classificar cada uma das misturas, não interfira nesse nessa ação. Somente
depois na socialização, entre os grupos, é que deve interferir tirando possíveis dúvidas
que ainda possam ter. Segue um “quadro gabarito” como referência para você,
professor.

Mistura Composição Homogênea ou


Heterogênea
Ar atmosférico Gás nitrogênio (N2), gás oxigênio (O2), Homogênea. Mistura
gás carbônico (CO2), Ozônio (O3), entre gasosa é sempre
outros gases homogênea.
Sangue Plasma sanguíneo (líquido), plaquetas, Heterogênea
hemácias e linfócitos (partículas sólidas)
Soro fisiológico Cloreto de sódio – sal de cozinha- (NaCl) Homogênea
+ água (H2O)
Bronze Liga metálica de cobre (Cu) e estanho Homogênea
(Sn)
Granito 3 sólidos (feldspato, mica e quartzo) Heterogênea
Água mineral Água + sais minerais + gás carbônico Heterogênea
gasosa
Ouro 18 quilates Liga metálica de ouro (Au) + cobre (Cu) + Homogênea
prata (Ag)
Latão Liga metálica de cobre (Cu) e zinco (Zn) Homogênea

2. Cada um do grupo deve socializar (cada grupo apresenta a classificação dada para
cada mistura) e depois concluem com o apoio do professor.

Professor, após essas atividades, espera-se que o aluno tenha compreendido por meio de
observação, levantamento de hipóteses, experimentação, os conceitos de substância pura,
misturas, misturas homogêneas e misturas heterogêneas.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 25


Admirável mundo
Atividade 5 pequeno

É proposta pesquisar e construir uma versão simples de microscópio de


Resumo fácil construção para finalidades didáticas, usando materiais de fácil
acesso e uma lente.
Permitir ao aluno a construçmental simples. Desenvolver a criatividade
Objetivos e a inovação.
Organização da Times formados por 3 a 4 alunos
turma
⋅ Caderno do Estudante.
Material/recursos ⋅ Videos para a construção de microscópios caseiros:
o Como transformar seu smartphone em um microscópio caseiro.
Disponível em bit.ly/microscopiosmartphone, acesso dez. 2015.
o Faça um microscópio caseiro com celular – Disponível em. Manual
do Mundo, bit.ly/microscopiocaseiro3 acesso dez. 2015.
o Microscópio caseiro com laser – disponível em Manual do Mundo,
bit.ly/microscopiocaseiro4 acesso dez. 2015.
Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Nesta atividade, os alunos constroem um microscópio com materiais simples e utilizam para
observação: penas de aves, grãos de areias, escamas de peixe, cristais de sais, folha de Elodea
e grão de pólen. Para a observação de células, com possibilidade de observação de núcleos,
sugerimos a prática tradicional de remoção da película externa da cebola corado com azul de
metileno, colada sobre a fita adesiva.

1. Organize a ida ao laboratório de informática para que os alunos possam pesquisar


diferentes propostas para a construção de microscópios simples.
2. Alguns sites interessantes estão indicados no item “Recursos e providências”.
3. Oriente os alunos a discutirem um planejamento e estabelecerem uma divisão de
trabalho, em especial para a obtenção do material e da lente, registrando no Caderno
do Estudante;
4. A lente utilizada na construção do modelo deve ser retirada de um objeto com defeito,
que seria descartado. Podem ser sugeridos, caneta laser, driver de CD, webcam e
mouse óptico.
5. Na aula seguinte com os materiais por grupo, os alunos podem construir seus
microscópios e observar diferentes amostras selecionadas por você com antecedência.
6. Ao final, numa roda de conversa, incentive os grupos a conhecer os microscópios
construídos por outros colegas e a experimentá-los. Troque entre os alunos os
desenhos do que observaram com seu instrumento.
7. Peça então que registrem, em um pequeno texto coletivo, o percurso desse
experimento de pesquisa e construção.

Como está seu portfólio? Você pode tirar fotos de todo o processo de construção e dos
aparelhos construídos por seus alunos. Selecione alguns textos feitos por eles como registro
do percurso dessa atividade. Bom trabalho!

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Construção de modelos
Atividade 6 de células

Construção de modelos celulares (procariontes e eucariontes) em escala .


Resumo
Reconhecer as diferenças estruturais e dimensões relativas entre as
Objetivos células procariontes e eucariontes. Reconhecer as proporções relativas
entre as células animal e vegetal e de outros seres vivos.
Organização da Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com
turma momentos em roda de conversa envolvendo a turma toda e de
momentos de trabalho em times .
 ⋅Caderno do Estudante (um por estudante).
Material/recursos  Materiais descritos na Atividade 6 do Caderno do Estudante.

Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Uma das grandes dificuldades do estudo citológico (cito = célula) é ter ideia do tamanho relativo
de uma célula e de suas organelas. A proposta de construir modelos de diferentes células é que
o estudante possa comparar dois tipos de células e reconhecer as diferentes estruturas que
compõem as células. Mas, mais do que isso, no segmento escolar do Ensino Médio é importante
que os estudantes tenham uma ideia mais clara das dimensões microscópicas e possam
compreender as diferenças relativas do tamanho entre uma célula animal e outra vegetal, pelo
menos, e entre as células procariontes e eucariontes.

1. Oriente os alunos a se reunirem em grupos de 4 estudantes. A princípio, sugere-se que os


grupos façam ou um modelo de uma célula animal ou de uma célula vegetal genérica,
conforme orientado na atividade 6 do Caderno do Estudante, mas é interessante que cada
grupo possa construir modelos de células animal, vegetal ou de outros seres vivos e possam
compará-los entre si.
2. Na tabela A no Caderno do Estudante encontram-se tipos celulares de diferentes reinos, e
é interessante que pelo menos dois grupos construam o modelo de uma bactéria, outros
dois construam o de dois protozoários diferentes (ameba e paramécio), e o restante dos
grupos construam modelos de diferentes células vegetais e animais segundo os exemplos
apresentados nessa tabela.
Desta forma, no final da produção dos modelos os alunos constatarão a diferença das
dimensões entre as células procariontes e eucariontes, assim como entre diferentes células
animais e vegetais.

É importante que você, professor(a), auxilie os alunos a organizarem suas ações, sem, no
entanto, interferir nas ideias que eles apresentarem para o desenvolvimento
desses modelos.
Sugere-se que o professor apresente aos alunos o vídeo “Animação Célula 3D” disponível
em: bit.ly/animacaocelula (acesso em março, 2015), para que tenham uma visão
tridimensional de modelos celulares e os mesmos auxiliem os alunos a terem ideias para a
produção dos modelos.

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3. É importante informar aos alunos onde podem encontrar figuras das células indicadas, por
exemplo, na Tabela A do Caderno do Estudante (sites de imagens na internet e
principalmente no livro didático adotado pela escola) para que possam fundamentar a
construção dos modelos celulares. Em seguida, procure verificar se os materiais propostos
pelos alunos são viáveis e respeitam as dimensões descritas na Tabela A do Caderno do
Estudante. Oriente-os a utilizarem sucata e/ou materiais, como propostos no Caderno do
Estudante, e não permita que comprem isopor para a montagem dos modelos.
4. Após a construção dos modelos determine a data de apresentação dos mesmos e nessa
ocasião tire as dúvidas que os alunos apresentarem em relação à anatomia celular,
principalmente entre células procariontes e eucariontes.

Informação:
Professor(a), conheça o jogo “Célula Adentro” disponível no site:
http://celulaadentro.ioc.fiocruz.br (acesso em 23/3/2015) desenvolvido pelo Instituto
Oswaldo Cruz. Se na sua escola houver possibilidade, faça o download do site indicado e
imprima para a sua turma jogar.

Avaliando durante o processo


Professor(a), oriente seus alunos que, após a realização do experimento proposto, eles
devem descartar adequadamente os materiais sob sua orientação e limpar o local de
trabalho.
Fique atento ao trabalho realizado pelos alunos durante o experimento. Observe se todos os
alunos compartilham suas ideias, se todos realizam os procedimentos adequadamente, ou
seja, utilizam as medidas recomendadas, organizam o trabalho na forma como está descrito
no protocolo de procedimentos, realizam os registros propostos. Observe as atividades
proativas de colaborar com a aprendizagem dos colegas e essas observações o(a)
auxiliarão a apresentar mais esse dado para os alunos quando realizarem a Atividade 8.
Verifique se, ao término dos trabalhos, recolhem os materiais e limpam o local de trabalho,
como foram orientados.
Registre esses dados em uma planilha para que possa auxiliar seus alunos tanto no
desenrolar da atividade como na avaliação que farão de suas aprendizagens na última
atividade deste período letivo, a Atividade 7 (“O que aprendi até agora”).

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Avaliando minhas ações
Atividade 7
As habilidades desenvolvidas e as atitudes apresentadas durante as
Resumo atividades estudadas serão analisados pelos estudantes.
Objetivos Reconhecer as habilidades e atitudes desenvolvidas.
Organização da Individual.
turma
- Tabelas descritas na Atividade 7 do Caderno do Estudante .
Material/recursos - Anotações e registro da avaliação em processo feita pelo professor, ao
longo das atividades propostas.
Tempo 2 tempos.

1ª etapa
1. Oriente os alunos a preencherem individualmente a tabela A no Caderno do
Estudante, analisando de modo criterioso cada um dos itens propostos.
Ao fazer essa autoavaliação, o aluno tem a oportunidade de analisar tanto algumas
habilidades cognitivas (observar, registrar dados, cumprir procedimentos, organizar o local
de trabalho, levantar hipóteses, apresentar conclusões) como competências
socioemocionais (como: colaboração, estimular os colegas a realizarem as tarefas etc.).

2. Ao final, analise as autoavaliações de seus alunos, observando quais têm tendência a


afirmar que realizaram todas as tarefas de modo organizado e como solicitado; no
entanto, muito provavelmente muitos não terão realizado as atividades de modo
esperado, e, é por esse motivo que você, professor(a), deve ter acompanhado e
registrado em sua planilha de avaliação como os alunos desenvolveram as ações
propostas, a saber: se realmente observaram, registraram, analisaram, levantaram
hipóteses e concluíram; e se agiram como grupo estimulando o colega a realizar as
tarefas, ensinando o que aprenderam entre si, tomando atitudes positivas para o
trabalho colaborativo.
2ª etapa
1. Reserve mais uma aula para socializar sua análise das autoavaliações dos alunos.
Nesse caso, não se trata de expor esse ou aquele jovem, afinal a avaliação deve ser um
espaço de confiança e visto como oportunidade para aprender e não para ser
recriminado ou classificado.
2. Inicie essa devolutiva, destacando os pontos positivos das aprendizagens feitas e
elogiando-os no seu caminhar para se tornarem bons resolvedores de problemas,
porque estão conquistando uma ferramenta cognitiva poderosa, que é dada pelo pensar
científico, organizado, estruturado e cuidadoso.
3. No entanto, se for o caso, exponha também suas discordâncias sobre aspectos que os
alunos não perceberam ou não registraram e nos quais podem melhorar. Ao demonstrar
aos estudantes que você possui altas expectativas em relação a eles, os jovens se
sentirão valorizados, pois sua confiança na capacidade deles constrói com eles um
ambiente favorável para novas e mais desafiadoras aprendizagens.
3ª etapa
Complemente seus registros com uma síntese pessoal sobre os estudantes,
destacando o que aprenderam, seus pontos fortes e suas fragilidades, e anote o que é
importante que seja discutido com seus colegas professores para que os jovens, ou
algum deles em especial, possam avançar em suas aprendizagens.

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EXPERIMENTAÇÃO

Seleção natural:
Atividade 8 mudanças do ambiente
Nessa atividade os alunos montarão uma sequência de meios de
Resumo cultura e testaram o grau de desenvolvimento de microorganismos
(bacterias e/ou fungos) na presença de diferentes soluções
desinfetantes. Analisaram os resultados obtidos e os associaram ou não
às diferentes teorias evolucionistas (criacionista, lamarkista, darwinista
e neodarwinista) estudadas ao longo do ensino médio.
Objetivos Organizar, observar, registrar, analisar, argumentar e concluir.

Organização da Em grupos de três no maximo quatro alunos


turma
- Caderno do estudante
Material/recursos - Sites para pesquisa:
o A teoria de Darwin e a teoria sintética da evolução, disponível:
bit.ly/ateoriadarwin, acesso em novembro de 2015.
o Seleção Natural - Ana Lucia Santana, disponível em:
bit.ly/selenatural, acesso em novembro de 2015.
o Evolucionismo: Seleção natural é a ideia central do darwinismo -
Maria Sílvia Abrão: disponível em: bit.ly/evolucionismo, acesso em
novembro de 2015.
Vídeos:
o Seleção natural e a borboleta-coruja – disponivel em:
bit.ly/evolucaoeselecao , acesso em novembro de 2015.
o Biologia - Introdução à seleção natural (Khan Academy),
disponivel em: bit.ly/introducaoselecaonatural,, acesso em nov.
2015.
o Growing Bacteria in Petri Dishes. disponível em: bit.ly/gbacteria, acesso
em nov. 2015.
o Growing Bacteria. Disponível em: bit.ly/gbacteria2, acesso em nov.
2015.
Tempo 4 tempos.

Para sua presença pedagógica


Essa atividade será desenvolvida em 4 tempos, uma etapa de experiemtação e uma segunda na
qual os dados obtitos serão registrados e analisados. Na segunda etapa os alunos deverão
derno do Estudante e apartir do observado e dessas respostas deverão apresentar conclusão
(ões) que responderá(ão) ou não a hipótese apresentada no inicio da atividade.
Em todas as etapas da atividade, é importante orientar os alunos a ler atenciosamente os
procedimentos presentes no Caderno do Estudante e lembrá-los de registrar o que é solicitado.
O aluno tem apresentado resistência em registrar e principalmente escrever como, por exemplo,
as justificativas. Uma forma de suplantar esse bloqueio é que façam primeiramente a escrita em
grupo e depois de entrarem em acordo com o que o grupo escreveu copiem o que foi decidido
cada um no seu caderno do estudante. Incentive-os a realizar essa ação uma habilidade
cognitiva extremamente importante para auxiliar a organização do pensamento.

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Importante:
Antes de iniciar os trabalhos informe que devem seguir rigorosamente as informações que
constam no Caderno do Estudante e que as infomações complementares serão dadas pelo
professor. Chame a atenção dos alunos que devem trabalhar de modo organizado e que todos
os membros do grupo devem participar de todas as ações programadas. Isso significa que
devem realizar as ações com calma e atenção para que não ocorram erros de etiquetagem,
forma de cultivo do meio de cultura, da relação entre a numeração dos meios de cultura e das
substãncias que serão inoculadas em cada meio de cultura.

É necessário preparar antecipadamente o meio de cultura para a realização dos


experimentos previstos para essa atividade. Os materiais e procedimentos necessários
para a produção dos meios de cultura seguem descritos a seguir.

Meio de cultura base


Material
 Duas cenouras lavadas Pode-se usar tambem ração canina ou para gatos. Para
facilitar a moagem no liquidificador deixe os palets de ração mergulhados em
água filtrada até dobrar de diâmetro
 Ágar ou gelatina sem sabor
 Água filtrada
 Liquidificador
 Peneira de rede bem fina (para separar a pasta da fase liquida)
 Funil
 Algodão hidrofóbico
 Gaze
 Papel Kraft marrom

Procedimentos
1 – Para a preparação da solução nutritiva
 Cozinhe duas cenouras e bata no liquidificador com 100 ml de água filtrada (um
copo padrão).
 Filtre a mistura com uma peneira de malha fina ou coe essa mistura em funil
revestido com papel de filtro ou gaze dobrada para separar a parte líquida da
sólida. Após essa coagem o material mais sólido fica retido e você obterá uma
solução nutritiva.
 Recolha a solução nutritiva em um frasco, previamente esterilizado. Tampe o
frasco com chumaço de algodão hidrofóbico e envolva essa rolha de algodão
hidrofóbico com papel Kraft (marrom) e vede, com elástico escolar ou fita
adesiva, essa tampa. Reserve a solução nutritiva.

2 – Para a preparação da solução de ágar ou de gelatina sem sabor


A - Solução de ágar
 O tipo mais fácil de ágar para se utilizar nesta experiência é um ágar em pó.
Você vai precisar de 1,2 g (cerca de 1/2 colher de chá) de gelatina em pó sem
sabor que deve ser diluído em 60 ml (aproximadamente 1/4 de xícara de chá) de
água filtrada. Essa proporção corresponde ao volume necessário para
preencher uma placa de Petri de 10 cm. Desta forma, calcule o total de ágar e
água que irá usar para o total de placas de Petri que serão utilizadas nessa
atividade.

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 Em um recipiente refratário (é o mais adequado), misture a quantidade total
necessária de ágar para o total de placas de Petri que comporão as bancadas
dos diferentes grupos de alunos (o ideal é que o grupo seja constituido de no
máximo 4 alunos).
 Coloque esse recepiente refratário no microndas e deixe ferver por um minuto,
olhando para certificar-se de que a solução de ágar não transborde.
 Quando a solução estiver pronta, o pó de ágar deverá estar completamente
dissolvido e o líquido deverá estar claro.
 Deixe a solução de ágar esfriar por alguns minutos antes de prosseguir.

B - Solução de gelatina sem sabor


 Poderá utilizar no lugar do ágar, gelatina sem sabor (na forma de placas
translucidas) encontrada no comércio de alimentos.
 Se utilizar essa gelatina recomenda-se diluí-la em concentração mais alta que o
indicado na embalagem, para tanto dissolva a em água filtrada na metade do
volume de água indicado pelo fabricante.

C - Do meio de cultura
 No caso de usar ágar adicione 200 ml de água filtrada à solução nutritiva que
estava reservada e adicione a solução de ágar.
 Caso tenha optado pela solução de gelatina é necessário observar se o volume
que preparou é o suficiente para todas as placas de Petri. Caso falte é
necessário preparar o volume que falta mantendo a concentração mais alta
indicada. Não adicione água à solução concentrada de gelatina que preparou,
pois ficará muito diluída e não dará a consistência necessária.
 Meça o pH das soluções (você pode usar uma fita indicadora ou uma solução de
azul de bromotimol). Ele deve estar em torno de 7,0. Caso não esteja, ajuste o
pH utilizando gotas de limão (solução ácida) ou solução de bicarbonato de sódio
(solução básica - veja o item – solução de bicarbonato de sódio*).
 Tampe o frasco novamente com a rolha de algodão hidrofóbico e envolva-o com
um pedaço de papel marrom.
*Uma solução de bicarbonato de sódio:
- 1 Copo com ¼ de água
- 1 Copo com ½ de bicarbonato de sódio.
Misture os dois ingredientes, dissolvendo bem o bicarbonato.

B - Das placas de Petri com o meio de cultura

Material
 Placas de Petri ou recipientes de vidro ou plástico como copinhos ou potinhos
plásticos com tampa (encontrados em lojas de embalagens e material para
festas).
 Solução nutritiva do meio de cultura.
 Cotonetes
 Conta gotas
 Esterilização dos materiais necessários que irão receber o meio de cultura
 Papel Kraft marrom

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Processo de esterilização dos materiais
 Os materiais (placas de Petri, frascos de vidro, conta-gotas, cotonetes) devem
estar livres de microorganismos, ou seja, estéreis. Veja como esterilizar o
material no box - Esterilização com uma panela de pressão a seguir.
 Caso disponha de uma autoclave na escola faça o procedimento de esterilização
nesse equipamento por 15 minutos. IMPORTANTE: Ao utilizar uma autoclave
pela primeira vez, peça a alguém que já tenha experiência com esse aparelho
para lhe orientar.
 Embrulhe separadamente cada material e embrulhe-os em papel kraft.
 O frasco que receberá a solução nutritiva deve ser esterilizado com
antecedência assim como as placas de Petri que devem ser esterilizadas antes
de ser usadas. Pode-se adquirir placas de Petri que são pré-esterilizadas e
seladas em embalagens de plástico.

Montagem das placas de Petri com o meio de cultura


 Separe as duas metades da placa de Petri e derrame a solução quente de ágar
ou gelatina misturada com a solução nutritiva na metade inferior da placa de
Petri. Esse volume deve ser apenas o suficiente para formar uma camada sobre
o fundo da placa.
 Coloque rapidamente a metade superior da placa de Petri para evitar que
bactérias no ar contaminem o meio de cultura.
 Se utilizou ágar aguarde por 30 minutos a duas horas, até que a solução de ágar
esfrie e endureça (quando pronta, se assemelhará a gelatina). Caso tenha
utilizado gelatina coloque as placas de Petri na geladeira imediatamente.
 Tanto as placas com meio de cultura com ágar ou gelatina deve permanecer sob
refrigeração e envoltas em papel marrom até o momento que serão utilizadas
nos experimentos.
 Caso utilize recipientes de plasticos esses não poderão ser esterilizados na
panela de pressão, portanto lave-os adequadamente com sabão e água corrente
ou álccolou lisoforme e seque-os bem antes de colocar o meio de cultura. Como
devem ter tampa coloque-a logo depois do meio de cultura para evitar
contaminação.

Box - Esterilização dos equipamentos com panela de pressão


Material
1, Panela de pressão de 3, 4 ou 4 ½ litros devidamente higienizada com sabão,
detergente e água;
2. 500 ml de água no interior da panela;
3.“Cesta de metal” ou suporte de metal perfurado e improvisado com 6 cm de altura.
Suporte improvisado: lata cortada com 6 cm de altura com o fundo perfurado com
orifícios de 0,3 cm de diâmetro. Exemplo: uma lata de achocolatado com fundo
perfurado com um prego. Esta lata é colocada emborcada no interior da panela. Ver
figura 1.
Procedimentos
1. Lavar a panela, utilizando água, sabão ou detergente, e esponja.
2. Selecionar os objetos que serão esterilizados no caso placas de Petri frascos de vidro
que receberão a solução nutritiva. Os objetos de vidro e outros materiais têm tempos
diferentes de esterilização.
- 15 minutos para material de superfície, como seringas, agulhas e pinças (vidro e
metal);
- 30 minutos para material de densidade, como gaze e tiras.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 33


- Os materiais de plastico devem ser higienizados, mas não devem ser colocados na
panela de pressão.
- Caso possa utilizar uma autoclave consulte o tempo de esterilização de diferentes
materiais no site bit.ly/esterilizacaotempo, (acesso em Nov.2015 ).

3. Coloque a água na panela de pressão.


4. Coloque a seguir o suporte de metal ou cesta de metal no interior da panela. Entre o
suporte e a água deve-se deixar no mínimo, 3 cm. Veja figura ilustrativa a seguir:

Figura 1- Esquema mostrando a forma do suporte de metal no interior da panela de


pressão e o nível de água necessário para o processo de esterilização de materiais.
Fonte: esquema modificado de bit.ly/panelapressaofunciona, acesso em nov., 2015.

5. Colocar o material sobre o suporte. Dispor o material de modo a facilitar a circulação


do vapor entre eles.1
6. Fechar a panela e colocar a válvula na tampa. Verificar as condições da borracha
para que se tenha uma boa vedação.1
7. Colocar a panela sobre a chama intensa. Aguardar a saída de jato de vapor
contínuo.1
8. Diminuir a intensidade do fogo e marcar o início e o fim do tempo de esterilização. 1
9. Ao final do período, desligar o fogo. Deixar a panela sobre o fogão, aguardar o
desaparecimento da pressão da panela.1
10. Retirar a válvula e manter a panela fechada por 10 minutos aguardando a secagem
fechada.1
11. Abrir a panela, colocando a tampa sobre a mesma, deixando apenas uma fresta.
Aguardar 10 minutos para completar a secagem.1
12. Retirar o material, colocar sobre uma superfície seca, não metálica, para evitar a
condensação do vapor.1
13. Anotar a data da esterilização e a data limite de validade do pacote.1
14. Estocar de preferência em armário fechado, em ambiente limpo e seco e de acesso
restrito.1
1
OBSERVAÇÃO
Algumas vezes, quando a temperatura ambiente é baixa e a umidade do ar alta, os
equipamentos ou material a ser esterilizado colocados na parte central do suporte
podem permanecer úmidos; deve então ser realizado o seguinte procedimento:
- Retirar a cesta ou suporte com o material;
- Desprezar a água restante;

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 34


- Recolocar a cesta e aquecer a panela (aberta ou semi-aberta) em fogo moderado, por
mais 5 minutos.

Embora não seja possível a esterilização de grande quantidade de material, a


esterilização através da panela de pressão segue os princípios da esterilização por
autoclave, e é eficiente e simples, podendo ser realizada em pequenos consultórios
médicos ou odontológicos, pequenos centros de saúde, farmácias e até mesmo no
domicílio.1

1
- Procedimentos descritos e modificados do site: bit.ly/panelapressaofunciona, acesso em
DEZ, 2015.

A atividade
A atividade proposta tem como foco levar o aluno a rever conceitos associados às
teorias evolucionistas estudadas nno rimeiro semestre do ensino médio no componente
Biologia. Esses experimentos são utilizados normalmente para testar a eficácia de
agentes antibacterianos e necessitam a preparação de meios de cultura para que possa
ser realizado. A seguir encontram-se os materiais e procedimentos associados aos
diferentes passos para a produção de meio de cultura e esterilização de material.
Após a preparação dos meios de cultura preveja quantos grupos, de no máximo quatro
alunos (ideal serião três), poderá formar com os alunos do LICP de sua escola. Prepare
para cada grupo um conjunto de materiais necessários para a realização dos
experimentos, a saber:
- Seis placas de Petri ou outro recipiente com tampa contendo o meio de cultura
previamente preparado.

OBSERVAÇÃO 1
Caso tenha tempo disponivel e a escola disponibilizar: materiais adequados para a
preparação do meio de cultura; uma autoclave e/ou panela de pressão; e equipamentos
para aquecer e refrigerar, os alunos poderão realizar a preparação do meio de cultura
sob sua supervisão e orientação o que deve ocupar dois tempos.

- Recipientes devidamente etiquetados com os números 1, 2, 3, 4, 5, e 6 contendo


repectivamente:
 Frasco 1 – Desinfetante opaco
 Frasco 2 – Desinfetante translucido.
 Frasco 3 - Extrato de alho (em pasta)
 Frasco 4 – solução comercial de hidroxido de sódio (água sanitária)
 Frasco 5 – Sabonete líquido
 Frasco 6 – Solução de água e farinha de trigo concentrada

Os frascos 1 a 5 contem substâncias que atuam como agentes antibacterianos e a


solução de farinha de trigo do frasco 6 será o controle dos experimentos, pois agirá
como meio de proliferação de microorganismos.
 Conta gotas
 Espátula de madeira
 Caderno do Estudante onde se encontram as orientações para a realização dos
experimentos

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 35


OBSERVAÇÃO 2
Poderá aumentar o número de substâncias testadas ou mesmo trocar as substâncias
sugeridas, no entanto mantenha a solução de farinha de farinha de trigo e a pasta de
alho.
Para ampliar as substâncias teste sem aumentar o número de recipientes com o meio
de cultura peça para que os alunos subdividam o meio de cultura em duas metades ou
em três áreas. Para tanto solicite que desenhem na tampa da placa de Petri com a
caneta de vidro traços que delimitaram duas metades ou mais áreas.
É importante informar os alunos que devem registrar em cada área delimitada o número
da solução teste que será analisada. Para que possam analisar os dados obtidos com
segurança. Veja a figura 2 com os traços orientadores e identificação das diferentes
áreas.

Figura 2 - Esquema demonstrativo sobre como podem ser feitas as divisões do meio de
cultura com os traços adequados na tampa do recipiente.

Procedimento

- Oriente os alunos a se reunirem em grupos de no máximo quatro alunos para que o


trabalho em equipe seja facilitado. Grupos acima de quatro mostram baixo rendimento
em laboratório e promove distração entre os membros do grupo.

PONTO DE ATENÇÃO
Chame atenção para o fato que esses experimentos tratam de cultivo de fungos e
bactérias e que após a vedação das placas de Petri (ou outro tipo de recipiente que for
utilizado) esses devem ser muito bem vedados, pois haverá a proliferação de
microorganismos que podem causar danos à saude (desde uma leve alergia até casos
graves).
Utilize esse momento para informar aos estudantes que os experimentos que utilizam
material biológico vivo seguem regras de segurança e que devem ser seguidas à risca
para evitar problemas á saúde.

- Dependendo das condições de trabalho prepare as bancadas de trabalho


antecipadamente colocando para cada grupo o conjunto de seis placas de Petri, uma
caneta para plastico ou vidro e conta gotas. Caso não possa preparar as bancadas
antecipadamente solicite que os alunos retirem esse kit com você e para tanto organize
a forma de retirada do material.
- Peça para que leiam no Caderno do Estudante os itens “Material” e “Procedimentos”
antes de iniciarem os experimentos. Pergunte se têm duvidas sobre os procedimentos
que devem realizar e após as explicações, que se fizerem necessárias inicie os
trabalhos.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 36


1. Primeiramente os alunos farão a contaminação dos meios de cultura segundo protocolo
no Caderno do Estudante. Verifique se realizam os procedimentos de modo adequado
e organizadamente.
2. A seguir oriente-os como deverão coletar as soluções teste. Esse é mais um dos
momentos que os alunos devem demonstrar organização, interação e cooperação
entre si. Observe como realizam essa fase e interfira quando necessário para que se
conscientizemdas posturas que devem adotar no LICP.
3. Certifique-se que os alunos estão seguindo o protocolo proposto no caderno do
estudante e faça as intervenções necessárias para que possam ter resultados
confiáveis na etapa 2 na qual verificarão como ocorreu o crescimento de
microorganismos na presença das diferentes soluções teste.
4. Espera-se observar um anel ou "halo" ao redor do local onde colocou os agentes
antibacterianos e essa área é denominada de "zona de morte". A zona de morte” naõ
será observada na número 6 (placa cntrole) , pois a farinha de trigo age como meio
nutritivo para os microoganismos.
5. Os alunos podem medir a eficácia de diferentes agentes antibacterianos, comparando o
tamanho das zonas de morte em cada placa de Petri. Quanto maior a zona de morte,
mais eficaz será o agente antibacteriano.

Procedimentos

Etapa 1
Os alunos deverão coletar algumas gotas, com o(s) conta gotas, das soluções
presentes nos frascos 1, 2, 4, 5 e 6 e com uma espátula de madeira devem coletarno
frasco 3 uma pequena proção de pasta de alho. Caso utilizem apenas um conta gotas é
necessário providenciar uma fonte de água corrente para que lavem adequadamente o
conta gotas antes de coletarem a solução seguinte. Esse procedimento é necessário do
contrário terão mistur a de soluções e isso afetará o resultado dos experimentos.

Etapa 2
1. Oriente os alunos a pegarem as placas de Petri que inocularam na aula passada e que
devem estar identificadas com o nome dos alunos do grupo.
2. Pergunte se tem duvidas sobre os procedimentos descritos no Caderno do Estudante
e acompanhe o desenvolvimento dos registros e analise dos dados obtidos nos
experiementos e que devem ser feitos no Caderno do Estudante.
3. Após o preenchimento das respostas solicitadas socialize as conclusões que cada
grupo produziu a partir dos dados obtidos. Esse momento é importante tanto para
verificar se todos os grupos obtiverem resultados semelhantes com o aparecimento das
zonas de morte ou não nos diferentes meios.

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Fotossíntese: Enxergando
Atividade 9 do gás oxigênio

Reconhecer a eliminação do gás oxigênio no processo da fotossíntese.


Resumo
Apresentar a importância do processo da fotossíntese para os seres
Objetivos vivos, caracterizando-o.
Organização da Em quartetos.
turma
 ⋅Caderno do Estudante.
Material/recursos  Materiais descritos na Atividade 9 do Caderno do Estudante

Duração prevista 2 tempos.

1. Organize os materiais necessários com antecedência. Os ramos de Elodea são


facilmente encontrados em casas de aquarismo.
2. Oriente os estudantes a se dividirem em quartetos para a preparação do
experimento.
Reforce os cuidados que devem ser tomados na preparação de experimentos, isto é, os
procedimentos devem ser seguidos cuidadosamente para evitar enganos que geralmente
causam erros nos resultados.

3. Supervisione as bancadas e a montagem do experimento e cuide para que os alunos


façam as observações solicitadas na atividade 9 do Caderno do Estudante.
4. Caso não tenha acesso à internet, para que os alunos pesquisem sobre o processo
da fotossíntese, faça uma breve conversa com eles resgatando o que já sabem
sobre esse processo bioquímico e registre no quadro as ideias que os alunos
relatarem. Depois desse registro, aproveite esse momento para explicar que o gás
oxigênio é um resíduo metabólico do processo de fotossíntese e que os processos
de fotossíntese e respiração celular aeróbia NÃO são processos complementares,
afirmação essa ainda presente em alguns livros didáticos, e que é um erro conceitual
grave. Informe que esses dois processos bioquímicos surgiram independentemente
um do outro em momentos diferentes da história da vida na Terra.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 38


Paraquedas
Atividade 10
A atividade foi planejada para ser desenvolvida em quatro etapas.
Resumo Como característica experimental, a proposta é investigativa
envolvendo fortemente a habilidade de observação. Ao produzir e fazer
funcionar paraquedas, os times investigam as forças mecânicas
envolvidas no movimento desse dispositivo e a ação da resistência do
ar.
Reconhecer que o ar exerce pressão e oferece resistência à queda dos
Objetivos corpos; identificar as forças que agem em um corpo em queda livre,
dependendo da forma desse corpo por se deparar com a resistência do
ar.
Organização da Coletiva e times de 4 alunos.
turma
- Caderno do Estudante.
Material/recursos ⋅- Duas folhas de papel A4 (pode ser já utilizado) para cada aluno;
- Réguas ou fita métrica, sacos plásticos de supermercados, barbante e
objetos pequenos (tais como lápis, caneta, borracha e outros bem leves
com menos 10 cm de comprimento) disponíveis para cada grupo.
- Materiais utilizados no experimento, conforme descrição no caderno
do aluno.
- Local espaçoso e adequado para fazer lançamento dos paraquedas
(preferencialmente em local aberto e no caso de local fechado ter no
mínimo pé direito alto.
Duração prevista 6 tempos.

Para sua presença pedagógica


A atividade é composta de três etapas. Na 1ª delas o professor lança perguntas a turma para
estimular a reflexão sobre o assunto. Na segunda etapa é proposta uma atividade investigativa
simples, para comprovar a resistência do ar e na terceira é proposta a construção do
paraquedas, quando são discutidas as forças da gravidade e resistência do ar.
É importante providenciar o material que será utilizado pelos alunos com antecedência.
Organizando-o em kits por grupo, agiliza-se a aula e previne dispersões.
Lembre-se das ações que permitem o desenvolvimento integral dos alunos garantindo um
ambiente de confiança e respeito ao outro, mas com liberdade para socialização de ideias.

1. Converse com a turma sobre o que eles sabem sobre saltos de paraquedas. Por
exemplo, formule perguntas tais como:
o Você já viu saltos de paraquedas?
o Como eles acontecem?
o O que faz com que o paraquedista não caia rapidamente no chão?
Registre no quadro as hipóteses iniciais dos jovens, sem interferir nas conclusões que
apresentam. Você e eles retornarão a esse registro mais adiante.

2. Apresente o objetivo da atividade e organize-os em times de 4 alunos para que realizem


o Experimento 1- comparando queda livre, dessa atividade no Caderno do Estudante.

Aqui tem .

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 39


Acompanhe os grupos enquanto realizam a atividade e registram suas hipóteses. As
falas dos alunos contribuem para você perceber o direcionamento a ser dado nas
problematizações a serem feitas nas conversas coletivas.

3. Realizado o primeiro experimento, organize uma roda de conversa e proponha que


um grupo socialize suas respostas às perguntas da ficha, questione se há
respostas diferentes das deste grupo e promova a discussão, sem dar a resposta
certa, mas sim devolvendo novas perguntas que mobilizem os alunos a buscar
argumentos mais qualificados para concordar ou discordar dos colegas.
Lembre-se de que a argumentação só se desenvolve em exercício!

Espera-se que os alunos confirmem que independente da forma, a folha amassada em


formato de bola ou a folha aberta, a massa se conserva. Caso contrário, problematize,
por exemplo, amassando uma folha de papel enquanto os alunos observam, pergunte:
ao amassar a folha, alterei a sua massa? Problematize a diferença entre massa e peso.
Uma balança mede massa ou peso? É correto chegar no mercado e perguntar: qual o
peso desse saco de arroz?

A expectativa é de que os estudantes façam referência à gravidade, afirmando que


todos os objetos caem do mesmo modo, devido à força da gravidade, a menos que a
resistência do ar retarde o movimento, logo, todos os corpos estão sujeitos à mesma
aceleração. Além disso, espera-se que identifiquem que a área da folha interfere no
tempo da descida e que quanto maior a área maior o tempo da descida ao chão. Caso
apresentem questionamentos ou hipóteses que coloquem a teoria em dívida,
problematize. Por exemplo, peça que observem você deixar cair ao solo uma folha de
papel aberta e depois, colocar a mesma folha repousada sobre um livro e deixar cair
esse conjunto em direção ao solo. Pergunte: por que o livro não caiu mais rápido do
que a folha de papel? Espera-se que concluam que a força de resistência do ar é
praticamente eliminada pelo livro, permitindo que a folha caia livremente, chegando ao
solo ao mesmo tempo que o livro. Da mesma forma, quando a folha é amassada a área
de contato com o ar é diminuída de tal forma que a força de resistência do ar é
praticamente eliminada, permitindo que a folha caia livremente, chegando ao solo no
mesmo tempo que o livro. Comente que a resistência do ar tem efeito muito maior
sobre a folha de papel do que sobre o livro. Pergunte se eles têm uma explicação para
isso, mas não sistematize uma resposta.

4. Proponha a construção de paraquedas conforme indica a 2ª etapa da atividade no


Caderno do aluno. Antecipadamente você pode consultar os sites
bit.ly/fazerparaquedas e bit.ly/paraquedasbrinquedo (acessados em dezembro de 2015)
para verificar outras possibilidades de confecção de paraquedas rudimentar.
5. Com os alunos organizados em times e com o material disponível, faça uma leitura
coletiva das instruções de montagem do paraquedas, registradas no Caderno do
Estudante. Verifique se existem dúvidas e peça que desenvolvam a montagem.
6. Em seguida oriente-os a realizar o Experimento 2 – lançamento, utilizando um espaço
mais amplo e preferencialmente tendo possibilidade de lançar os paraquedas a uma
significativa altura do solo e registrar respostas para as perguntas propostas na

atividade. Aqui tem .

Eventualmente você pode encontrar alguma dificuldade com cronômetros para todos os
grupos, mas nesse caso sugerimos o uso de aplicativo disponível na maioria dos
celulares atuais.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 40


PONTO DE ATENÇÃO

Faça os combinados necessários com os alunos para prevenir objetos lançados em


direção a outro colega. Alerte os riscos!

7. Ao final, promova nova roda de conversa e socialização das hipóteses formuladas pelos
grupos. Deixe que utilizem sua linguagem, ainda que imprecisa, mas verifique se há
hipóteses que já sinalizam para os conceitos de força da gravidade e força de
resistência do ar percebendo quando o formato do objeto em queda livre influencia o
movimento.
Poderão surgir hipóteses como:
 A diferença de velocidades entre os movimentos de queda livre e queda com
paraquedas.
 Que nos dois casos à ação da gravidade.
 Os alunos relacionam as quedas dos paraquedas e a folha de papel abertos.
 O paraquedas desce suavemente porque oferece maior resistência do ar.
 O paraquedas que não se abre tem a queda semelhante à da bolinha de papel,
porque oferece menor resistência do ar.

8. Solicite que leiam o texto Conversa sobre a força da gravidade e a força de resistência
do ar.
9. Em roda de conversa peça a um time que apresente um dos desenhos com a
representação das forças e explique para os demais o que ocorre na situação descrita.
Discutam coletivamente as conclusões do time. Em seguida peça a outro time que
apresente outra situação de desenho fazendo a mesma rotina de explicação e
discussão e assim sucessivamente até que todas as representações de forças sejam
exploradas. Finalize retomando as hipóteses iniciais dos jovens realizadas na 1ª etapa
da atividade sobre porque o paraquedista não cai rapidamente no chão
10. Sistematize algumas das principais ideias com base no texto do aluno e aproveite esse
momento para mobilizar os estudantes para saber como funcionam os aviões, tema de
um dos projetos propostos para o 1º ano do Ensino Médio. Vale investir!

Professor(a), essa atividade pode ser ampliada com pesquisa bibliográfica sobre outras
forças de resistência a movimento, tal como empuxo e atrito. Nesse caso, desafie os
alunos com algumas perguntas curiosas, deixe-os falar sobre o que sabem sobre o
tema e qual a relação entre ele e esse que foi trabalhado na atual atividade, instigando-
os a desenvolver a pesquisa. Algumas perguntas, como sugestão: por que um balão
cheio de gás Hélio sobe e só desce depois de perder o gás? Será que a força que
mantem um navio flutuando tem as mesmas características da força de resistência do
ar? Ou seja, só muda o fluido? Por que rolar uma bola no carpete é mais difícil do que a
rola em piso de madeira?

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A espiral de Arquimedes
Atividade 11
Trata-se de uma atividade extracurricular, opcional, caso haja interesse
Resumo da classe e/ou do professor. Esse experimento demonstrativo prevê a
observação de uma espiral de Arquimedes colocada sobre uma vela
acesa para os alunos observarem o que acontece. A partir das
hipóteses levantadas e da discussão dos resultados a ideia é explorar a
formação dos ventos.
Perceber como o ar se movimenta, compreendendo a origem dos
Objetivos ventos.
Organização da Coletivo, individual e em grupos de 4 alunos.
turma
- Caderno do Estudante.
Material/recursos - 1 pires; uma vela; fósforo; uma folha de papel cortada em forma de
espiral.
Duração prevista 2 tempos.

Para sua presença pedagógica


Nesta atividade, os alunos levantam hipóteses sobre o experimento da espiral de Arquimedes,
em seguida o professor realiza a atividade com auxílio dos alunos para discutir os resultados e
relacionar com a formação dos ventos.

1. Professor inicie a aula com uma conversa coletiva a partir da seguinte afirmação: Você
inspira e expira para absorver o oxigênio do ar. O ar, portanto, é vital para você, assim
como para a maioria dos organismos vivos do nosso planeta. A seguir pergunte se os
alunos têm opiniões sobre:
o De onde vem este ar?
o Por que podemos afirmar que o ar existe, se não podemos vê-lo?
o O que acontece no ambiente que faz com que seja possível perceber que o ar
existe e que ele se movimenta?
o E finalmente a pergunta desafio da aula de hoje: O que faz o ar se movimentar?
2. Professor(a), apresente as perguntas uma a uma e ouça as argumentações dos alunos
sobre as hipóteses que têm sobre cada pergunta apresentada. Conduza a aula de
forma que possam justificar suas opiniões e que, ao final da discussão, eles tenham
escolhido algumas das opiniões da turma que julgaram ser preciso fundamentar
melhor. Este é o momento de levantar as concepções prévias dos alunos sobre o
assunto e selecionar aquelas hipóteses que precisam ser investigadas.
3. Apresente o experimento da espiral de Arquimedes e solicite aos alunos que registrem
suas hipóteses como sugerido no Caderno do Estudante.

PONTO DE ATENÇÃO

Uma vez que o experimento exige a manipulação de fogo ele deve ser realizado de
forma demonstrativa, mas com a participação ativa dos estudantes.

Material:
 1 pires
 1 vela

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 Fósforo
 1 folha de papel cortada em forma de espiral.

Foto: Juliana Porto Modelo de espiral em papel para recorte

Realizando a atividade experimental


Os alunos devem ter em mãos a ficha da atividade e preencher a 1ª parte com suas
hipóteses relacionadas a cada etapa do experimento.
Tenha em mente as perguntas que os alunos devem responder com suas hipóteses
para fazer paradas durante o experimento, de modo que eles possam preencher a ficha
antes de ver o que vai acontecer com a espiral.
As perguntas propostas aos alunos são:
 O que deverá acontecer com a espiral ao ser colocada próximo à vela apagada?
 O que você acha que acontecerá com a espiral em papel ao ser colocada
próxima à vela acesa? Por que será que isso acontece?
 O que aconteceu com a temperatura acima da vela depois que ela foi acesa?
 O que acontece com a espiral? Por que isso acontece?
 Que relação há entre o movimento da espiral e a formação do vento?
O experimento
a) Acenda uma vela e fixe-a em um pires.
b) Aguarde alguns minutos até que a região sobre a vela fique aquecida.
c) Peça aos alunos que sintam a temperatura acima da vela antes de acendê-la e
depois que ela foi acessa.
d) Segure a espiral de papel um pouco acima da chama da vela, onde o ar está
mais quente.
e) Solicitem que os alunos observem o que acontece com a espiral.

4. Socialize alguns dos registros das hipóteses dos alunos sobre porque a espiral se move
com o calor da chama e verifique se fazem ou não associação com a formação dos
ventos, para, depois, propor a leitura do texto sobre a formação dos ventos, que se
encontra na 2ª parte da atividade no Caderno do Estudante.

© Instituto Ayrton Senna Laboratório de Inciação Científica 1 ano/1º semestre 43


5. Novamente no coletivo, discuta os resultados com os alunos ajudando-os a fazer
associação do movimento da espiral com a formação dos ventos.
Observe se eles entenderam o esquema de flechas presente no texto e analise com
eles que esse tipo de desenho tem a função de explicar o movimento dos ventos.
Desafie-os a fazer um novo desenho para explicar esse fenômeno e a entrega-lo
juntamente com o texto proposto no Caderno do Aluno.
6. Na próxima aula reserve um tempo para que essas produções possam ser socializadas
e expostas de modo que todos tenham a oportunidade de ver e comparar seus
desenhos e texto. Aqueles que quiserem podem rever seus textos, complementá-los,
ilustra-los etc.
7. Leia os textos de seus alunos e devolva com comentários produtivos e incentivadores,
só assim eles farão melhor a cada nova proposta de escrita.

Algumas dessas produções podem ser registros para o seu portfólio.

O professor pode se utilizar desse experimento para explorar a diferença entre força à
distância e força de contato. No caso, por observação podem ser simuladas forças em
contato (empurrar cadeira, levantar um peso etc. e contrapor com esse experimento.

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Avaliando minhas ações
Atividade 12

As habilidades desenvolvidas e as atitudes apresentadas durante as


Resumo atividades estudadas serão analisados pelos estudantes.
Reconhecer as habilidades e atitudes desenvolvidas.
Objetivos
Organização da Individual.
turma
- Tabelas descritas na Atividade 7 do Caderno do Estudante.
Material/recursos - Anotações e registro da avaliação em processo feita pelo
professor, ao longo das atividades propostas.
Duração prevista 2 tempos.

Para sua presença pedagógica


Realize esse segundo moneto de avaliação referente a auto avaliação dos alunos. Proceda
como sugerido na Atividade 7 e verifique se observou mudanças nas atitudes dos alunos
relacionadas aos trabalhos no LICP, principalmente as associadas a organização e trabalho em
grupo.

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