Você está na página 1de 16

COMO ESTUDAR PARA O

VESTIBULAR

E APRENDER TUDO O
QUE VOCÊ PRECISA
SEM DESPERDIÇAR
O SEU TEMPO
CONHEÇA A MELHOR
FORMA DE APRENDER

Por percebermos as dificuldades na organização e no planejamento de estudo,


apresentamos a pirâmide da aprendizagem, de William Glasser, para que
criemos consciência de como devemos agir para aprender melhor.
Com o propósito de ajudá-lo(a) a melhorar seu rendimento na escola e,
consequentemente, em concursos como o Enem, procuramos, a partir de pesquisas
sobre métodos e técnicas de estudo, conhecer métodos de estudo mais eficazes.
Como resultado, passamos a apresentar alguns desses métodos e suas classificações
na referida pesquisa. (Revista Científica Psychological Science in the Public Interest, janeiro
de 2013).
PRÁTICA DISTRIBUÍDA
[Classificação Alta]

Você já se perguntou se é melhor estudar em grandes partes ou dividir seus estudos


por um período de tempo? A pesquisa descobriu que o nível ótimo de distribuição de
sessões para a aprendizagem é de 10 a 20% do tempo que algo precisa ser lembrado.
Se você quer se lembrar de algo por uma semana, você deve espaçar seu aprendizado
de 12 a 24 horas. Parece, no entanto, que o efeito de prática distribuída pode funcionar
melhor ao processar profundamente as informações - portanto, para obter melhores
resultados, tente uma combinação de prática distribuída e autoteste.
A maioria dos estudantes cai na "vieira da procrastinação" - somos todos culpados em
um momento de confundir todo o conhecimento logo antes de um exame, mas as
evidências são bastante conclusivas de que essa é a pior maneira de estudar,
certamente quando se trata de lembrar a longo prazo. O que não está claro é se o
amontoamento é tão popular porque os alunos não entendem os benefícios da prática
distribuída ou se a culpa é das práticas de teste - provavelmente uma combinação de
ambas.
Uma coisa é certa: se você se dedicar a espaçar seu aprendizado ao longo do tempo,
estará praticamente garantido que verá melhorias. Ou seja, estudar um pouco a cada
dia é mais eficaz do que estudar muito em um dia só.
TESTE PRÁTICO
[Classificação Alta]

A pesquisa descobriu que, embora o teste de múltipla escolha seja realmente eficaz,
testes práticos que exigem respostas mais detalhadas para serem gerados são mais
eficazes. É importante ressaltar que o teste prático é eficaz quando você mesmo cria as
perguntas.Esta técnica é até duas vezes mais eficiente do que as demais técnicas de
estudos. Este método é bem simples e sua eficácia raramente é mencionada. O Teste
Prático consiste na resolução de exercícios, simulando a realização de uma
prova.Empregar esta técnica de estudo auxilia no estímulo da sua aprendizagem,
enfatizando assuntos de seu domínio e identificando aqueles que precisam ser
revisados.
INTERROGATÓRIO
ELABORATIVO
[Classificação moderado]

O método envolve concentrar-se no porquê das perguntas, e não em quais


perguntas, e criar perguntas para si mesmo. Depois de ler alguns parágrafos do
texto, peça a si mesmo que explique “por que x = y?” E use suas respostas para
formar suas anotações. Este é um bom método porque é simples. No entanto,
requer conhecimento prévio suficiente para permitir que você gere boas
perguntas para si mesmo, portanto, pode ser melhor para alunos com
experiência em um determinado assunto. Um estudo descobriu que o
aprendizado elaborado demorava 32 minutos, em oposição a 28 minutos de
simples leitura.
AUTOEXPLICAÇÃO
[Classificação moderada]

Uma técnica que é útil para a aprendizagem abstrata. Envolve explicar e


registrar como alguém resolve ou entende os problemas à medida em que eles
funcionam e justifica as escolhas que são feitas. É mais eficaz se for feito
durante o aprendizado do que após o aprendizado. Como explicação
elaborativa, a auto-explicação se beneficia de sua simplicidade. Ao contrário do
aprendizado elaborativo, a autoexplicação duplicou a quantidade de tempo
gasto em uma tarefa quando comparado a grupo de controle de leitura.
PRÁTICA INTERCALADA
[Classificação Moderada]

Você já se perguntou se é melhor estudar tópicos em blocos ou tópicos


"intercalados"? Ao contrário dos outros métodos discutidos acima, há muito
menos evidências a serem seguidas. A pesquisa até agora conduzida sugere que
a intercalação é útil para o aprendizado motor (aprendizado envolvendo
movimento físico) e tarefas cognitivas (como problemas de matemática) - nas
quais foram relatados benefícios de até 43%. Sugere também que, como prática
distribuída, a prática intercalada parece beneficiar a retenção em longo
prazo:Não é à toa que a técnica de Estudo Intercalado virou sensação. As
vantagens de colocá-la em prática são muitas. Veja algumas delas:
- É uma técnica de estudo excelente para quem precisa reter informações para
uma grande prova a ser realizada a longo ou médio prazo, como o ENEM ou
outro concurso, por estimular a memória de longo prazo;
- Segundo a pesquisa, funciona melhor nas Exatas ou com assuntos que exigem
o uso do raciocínio lógico. Para as disciplinas mais teóricas, o Estudo Intercalado
pode ser menos eficiente, mas também é uma opção;
- A rotação de assuntos faz com que o estudante consiga se manter estudando
por mais tempo;
- A técnica evita que um conteúdo fique abandonado ou esquecido;
- Ajuda a trabalhar a interdisciplinaridade, conceito-chave para o ENEM e que
conecta conhecimentos de duas ou mais áreas do conhecimento.
DESTAQUE E SUBLINHADO
[Classificação baixa]

Verificou-se que esta é a técnica favorita dos estudantes. Parece bastante intuitivo que
destacar sozinho é ineficaz pelas mesmas razões que é tão popular - não requer
treinamento, leva praticamente nenhum tempo adicional e, crucialmente, envolve muito
pouco pensamento acima do esforço necessário para simplesmente ler um pedaço de
texto.Vale lembrar que este estudo avaliou apenas pesquisas examinando o destaque /
sublinhado como uma técnica autônoma. Não foi levado em conta o realce associado a
outras técnicas.
RESUMO
[Classificação baixa]

O resumo e a anotação foram benéficos para a preparação para os exames


escritos, mas menos úteis para os tipos de testes que não exigem que os alunos
gerem informações - como testes de múltipla escolha. O resumo foi classificado
como provavelmente menos benéfico, mas mais útil do que os métodos mais
comuns utilizados pelos alunos - destacar, sublinhar e reler.“Pode ser uma
estratégia de aprendizado eficaz para alunos que já são hábeis em resumir”
A PALAVRA-CHAVE
MNEMÔNICO
[Classificação baixa]

Uma técnica para memorizar informações que envolvem vincular palavras a


significados por meio de associações com base em como uma palavra soa e criar
imagens para palavras específicas. Muitas pesquisas descobriram que os
mnemônicos são úteis para memorizar informações em curto prazo em várias
situações, incluindo o aprendizado de línguas estrangeiras, o aprendizado de
nomes e ocupações de pessoas, o aprendizado de termos científicos etc.
Portanto, o mnemônico pode ser útil para lembrar as definições na semana
anterior ao exame, mas não parece ser muito útil quando usado em qualquer
escala como auxílio à memória em longo prazo.
IMAGENS PARA
APRENDIZADO DE TEXTO
[Classificação baixa]

Experiências que pedem aos alunos que simplesmente imaginem imagens


visuais claras ao ler textos encontraram vantagens ao memorizar frases, mas
essas vantagens parecem muito menos pronunciadas quando partes de textos
mais longos estão envolvidas. Embora as imagens sejam relatadas como mais
versáteis que a palavra-chave mnemônica, elas também foram úteis apenas para
determinadas situações. Por exemplo, as imagens não foram consideradas
eficazes para ajudar os alunos a responder perguntas que exigiam inferências a
partir do texto, nem foram úteis para responder perguntas sobre uma passagem
no coração humano. Talvez o mais interessante seja que a pesquisa de imagens
descobriu que o desenho não parece melhorar a compreensão e pode
realmente reverter os benefícios das imagens.
RELER
[Classificação baixa]

No geral, a releitura é considerada muito menos eficaz do que outras técnicas.


A releitura em massa - reler imediatamente após a leitura - foi considerada mais
eficaz do que delinear e resumir pela mesma quantidade de tempo. Parece, no
entanto, que a leitura espaçada por um período maior de tempo tem um efeito
muito mais forte do que a leitura em massa.
MÉTODO POMODORO
DE ESTUDO

É uma técnica de estudo que tem por objetivo o gerenciamento do tempo, da


atividade e do pensamento, criada por Francesco Cirilo em 1980. É baseada em
curtos períodos de estudo de 25 minutos cada, intercalados com pausas
frequentes, de 5 minutos, nos quais o aluno deverá estudar somente um
conteúdo por período.
Isto pode potencializar o aprendizado. O cérebro desta forma consegue fixar
melhor as informações. Para conter as distrações, há quem use esta técnica
também no trabalho e nas atividades do dia a dia.Aqui estão algumas das
melhorias que você poderá experimentar:

- Produtividade aumentada;
- Melhor qualidade e quantidade de trabalho;
- Melhor gerenciamento de tempo;
- Foco e motivação fortalecidos;
- Eliminação do hábito de multitarefa;
- Mais concentração na tarefa que se tem em mãos;
- Maior senso de urgência e, portanto, maior agilidade;
- Aumento da força de vontade e da concentração;
- Diminuição dos níveis de estresse por estar fazendo uma coisa de cada vez.
CURVA DE
ESQUECIMENTO

Temos a incrível capacidade natural de levarmos ao esquecimento 50% do que


aprendemos durante um dia de estudo se não for feita uma boa revisão de
conteúdo no dia seguinte. Mais ainda, se não for feita revisão nos dias seguintes,
perdas ainda maiores.
A investigação empírica sistemática do processo de esquecimento se inicia a
partir dos estudos pioneiros de Ebbinghaus, no final do século XIX. Ruiz-Vargas
(1995) salienta que uma das contribuições mais conhecidas de Ebbinghaus é a
curva de esquecimento.
O esquecimento pode ser entendido sob três perspectivas:
(1) falha no acesso ao material retido de forma intacta na memória;
(2) distorções mnemônicas em função da influência ativa de conhecimentos
esquematizados;
(3) produto da interferência entre diferentes informações armazenadas
(Schwartz & Reisberg, 1991).
Esses primeiros esforços realizados no intuito de lançar alguma luz sobre um
fenômeno de tamanha complexidade forneceram subsídios para novas
construções teóricas, mais sofisticadas e com maior poder explicativo.
CURVA DE
ESQUECIMENTO

É difícil rejeitar a hipótese de que há uma perda real da informação


armazenada somente pelo simples desuso, somos inclinados a aceitar a ideia de
que as informações, uma vez armazenadas, não se perdem passivamente.
Conforme proposto por algumas teorias mais modernas (Reyna, 2000; Reyna &
Brainerd, 1998), haveria uma gradual fragmentação do traço mnemônico devido
à interferência de processamentos posteriores, diferentemente da perda passiva
da informação proposta pela Teoria da Deterioração

Obs.: Como podemos perceber, não há como estudar e ter proveito sem um
método, ou melhor, sem o compromisso de organizar a forma de como estudar.
Faz-se necessário, no entanto, não perder de vista a individualidade, que vai
gerar maior adaptação a um dos métodos ou, no nosso modo de ver, a
combinação de mais de um, aproveitando as possibilidades de organização ou
estratégia propostas por eles.

No mais, está claro que quem quer ter


sucesso tem que trabalhar para isso.

Você também pode gostar