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A OTIMIZAÇÃO

O serviço de Otimização de Processos tem como principais


objetivos melhorar a qualidade do produto, dar controle dos processos
internos, aumentar a produtividade e eficiência do processo, reduzir
custos e tempo e melhorar as condições de trabalho.

Praticamente todo aluno de engenharia já ouviu falar em otimização. Aliás, não


é para menos: otimização, como o próprio nome diz, é a busca pelo ótimo, pela
melhor solução, considerando o objetivo e as restrições impostas.

Otimização é definida como a forma pela qual é possível encontrar uma solução
ou um conjunto de soluções ótimas para uma determinada função ou um
conjunto de funções. Uma solução ótima é quando você encontra o melhor
resultado para o seu problema, aquele que atingiu melhor o objetivo e respeitou
todas as condições que foram colocadas.

Você usa a otimização na engenharia o tempo todo. Ela começa a aparecer desde
os primeiros períodos, lá no cálculo e na programação. Um exemplo clássico é o
dimensionamento de uma caixa de água ou de uma lata de óleo com o menor
custo possível e com dimensões máximas e mínimas. Lembrou?

Talvez você tenha feito alguns cálculos simples de otimização na calculadora ou


criado um programa de computador para resolver. No entanto, nem todos os
problemas de otimização são simples ou envolvem poucas variáveis. Para resolver
esses você pode usar a ferramenta solver do Excel ou programas específicos e
mais complexos.

Fora da faculdade, a otimização também é utilizada constantemente,


principalmente na indústria. Quase todos os produtos que você compra e/ou suas
embalagens foram dimensionados pensando em obter maior aproveitamento
com menor custo. Através da otimização é possível saber, por exemplo, qual o
formato de uma garrafa que cabe mais produto e gasta menos matéria prima,
levando em conta que esse formato deve permitir ocupar menos espaço no fardo,
caber nas portas de geladeiras, ser fácil de segurar (afinal, não queremos garrafas
que não caibam em nossas mãos, certo?) e diversas outras restrições.

A modelagem está ligada a otimização, visto que vários modelos são utilizados
para resolver esse tipo de problema. A modelagem visa representar problemas
reais em problemas matemáticos, resolvê-los e interpretar suas soluções. Assim,
modelos são uma representação mais simples do problema.

O primeiro passo para modelar um problema é identificá-lo, definindo, então, o


objetivo do seu modelo. Em seguida, é necessário determinar as variáveis e
especificar as restrições.

Sabemos, por experiência própria, que nem tudo é simples na engenharia. Assim,
os problemas são, quase sempre, difíceis de serem representados, o que faz com
que não seja possível aplicar métodos determinísticos (que usam cálculos de
derivadas e gradiente). Diante disso, é necessário partir para os métodos
heurísticos. Os métodos heurísticos usam probabilidades para obtenção da
melhor solução.

A otimização é uma ferramenta útil na tomada de decisão. No entanto, há


problemas que podem levar dias, meses ou anos para obtenção da solução por
otimização. Neste caso, é preciso rever o problema ou pensar em outra forma de
obter sua solução.

Referências: Saramago, S. P. e Steffen Jr, V.; Campelo, F. (2013); Gramani, M. C.


N.

O que é o método
heurístico?
O método heurístico é a parte prática do conceito heurístico, que é
qualquer abordagem para solução de problemas, aprendizado ou
descoberta que emprega um método prático que não é garantido
como ideal ou perfeito, mas suficiente para objetivos imediatos.
Ou seja, de modo coloquial, é um conjunto de métodos e técnicas
diferentes que nos permitem encontrar e resolver um problema. Onde
encontrar uma solução ideal é impossível ou impraticável, métodos
heurísticos podem ser usados para acelerar o processo de encontrar
uma solução satisfatória.

A heurística também pode ser definida como um tipo de atalho mental


que alivia a carga cognitiva de tomar uma decisão.Como disciplina
científica, pode ser aplicada a qualquer ciência com o objetivo de
concluir em um resultado eficiente o problema proposto.
Método heurístico
O método heurístico baseia-se no uso de vários processos empíricos,
ou seja, estratégias baseadas na experiência, na prática e na
observação dos fatos, a fim de chegar à solução efetiva de um
determinado problema.

Foi o matemático húngaro George Pólya (1887-1985) que popularizou


o termo com a publicação de um de seus livros chamado como
resolvê-lo ( Como para resolver isso ).
Durante sua juventude, estudando e compreendendo diferentes testes
matemáticos, ele começou a considerar como esses testes haviam
sido resolvidos.

Essa preocupação o levou a discuti-los através de diferentes


procedimentos heurísticos que ele mais tarde ensinou a seus alunos.
Suas estratégias foram:

1. Desenhe um esboço do problema


2. Motive o oposto do problema para encontrar sua solução,
consulte um plano.
3. Se for um problema abstrato, tente estudar um exemplo
específico executando o plano. Em princípio, trate o
problema em termos gerais
4. Verificar
No primeiro ponto, Pólya argumenta que isso parece tão óbvio, que
nem sempre é mencionado; no entanto, os alunos às vezes dificultam
seus esforços para resolver problemas simplesmente porque não o
entendem completamente, ou mesmo em parte.

Então, ao se referir à observação de um plano em sua segunda seção,


Pólya menciona que existem muitas maneiras razoáveis de resolver
problemas.

A capacidade de escolher uma estratégia apropriada é melhor


aprendida com a solução de muitos problemas. Dessa forma, a
escolha de uma estratégia será cada vez mais fácil.

O terceiro passo é geralmente mais fácil do que projetar o plano. Em


geral, tudo o que é necessário é cuidado e paciência, pois você já
possui as habilidades necessárias. Persista com o plano que foi
escolhido. Se não funcionar, descarte-o e escolha outro.
No quarto passo, Pólya menciona que muito pode ser ganho,
dedicando um tempo para refletir e observar o que foi feito, o que
funcionou e o que não aconteceu. Isso permitirá que você preveja qual
estratégia usar para resolver problemas futuros.

O método heurístico no ensino


O método heurístico é um método de descoberta para entender a
ciência independentemente do professor. Os escritos e ensino de
ELE. Armstrong, professor de química no Instituto City and Guilds
(Londres), teve muita influência na promoção do ensino de ciências na
escola.

Ele era um forte defensor de um tipo especial de treinamento em


laboratório (treinamento heurístico). Aqui, o aluno prossegue com a
descoberta de forma independente; portanto, o professor não fornece
ajuda ou orientação neste método.

O professor apresenta um problema para os alunos e depois fica de


lado enquanto eles descobrem a resposta.

O método exige que os alunos resolvam uma série de problemas


experimentais. Cada aluno tem que descobrir tudo por si mesmo e não
lhe dizem nada. Os alunos são levados a descobrir fatos com a ajuda
de experimentos, dispositivos e livros. Nesse método, as crianças se
comportam como um pesquisador.

No método heurístico administrado por etapas, uma folha de


problemas é fornecida com uma instrução mínima para o aluno e é
necessária para realizar os experimentos relacionados ao problema
em questão.

Você deve seguir as instruções e inserir em seu caderno uma história


do que fez e dos resultados alcançados. Ele também deve deixar sua
conclusão. Dessa maneira, ele é levado a pesquisar a partir da
observação.

Este método de ensino de ciências tem os seguintes méritos:

• Desenvolver o hábito de abordagens e pesquisas entre os


alunos.
• Desenvolva o hábito de auto-aprendizado e auto-direção.
• Desenvolva atitudes científicas entre os alunos, tornando-
os verdadeiros e honestos, para que eles aprendam a
tomar decisões através de experiências reais.
• É um sistema de aprendizagem psicologicamente correto,
pois se baseia no máximo “aprender fazendo”.
• Desenvolva o hábito de diligência nos alunos.
• Nesse método, a maior parte do trabalho é realizada na
escola e, portanto, o professor não precisa se preocupar
em atribuir tarefas de casa.
• Oferece a possibilidade de atenção individual do professor
e contatos mais próximos.
• Esses contatos ajudam a estabelecer relações cordiais
entre o professor e o aluno.
Como desvantagem da aplicação do método heurístico no ensino de
uma determinada ciência, podemos destacar:

• O método espera grande eficiência e muito trabalho,


experiência e treinamento do professor.
• Há uma tendência do professor de enfatizar os ramos e
partes do assunto que se prestam ao tratamento
heurístico, ignorando ramos importantes do assunto que
não implicam medição e trabalho quantitativo e, portanto,
não são tão adequados.
• Não é adequado para iniciantes. Nos estágios iniciais, os
alunos precisam de orientação suficiente para que, se não
lhes derem, possam desenvolver um desagrado pelos
alunos.
• Nesse método, muita ênfase é colocada no trabalho
prático que pode levar o aluno a formar um equívoco
sobre a natureza da ciência como um todo. Eles crescem
na crença de que a ciência é algo que deve ser feito em
laboratório.
Otimização em engenharia
O T I M I Z A Ç Ã O
No dia a dia sempre se está buscando otimizar, seja o tempo, o
dinheiro, a performance física etc. Este desafio também está
presente na indústria, já que se deseja otimizar produtos ou
processos com o intuito de reduzir tempos de desenvolvimento,
melhorar a eficiência e/ou minimizar custos de fabricação.

Essa necessidade da otimização em engenharia é


evidenciada tanto no design de um novo produto quanto na
modificação do projeto de um produto existente. Realizar essa
tarefa não é simples principalmente devido a grande
quantidade de opções que o projetista possui à disposição.
Mas qual delas escolher?

A abordagem tradicionalmente adotada em vários setores da


indústria emprega a metodologia de tentativa e erro. Este
procedimento escolhe novas configurações com base
principalmente na experiência do profissional. Porém, muitas
vezes, não é obvia a escolha de um novo design, pois se
trabalha com objetivos conflitantes, como por exemplo, reduzir
a massa e aumentar a durabilidade simultaneamente. Assim,
geralmente se obtém produtos ou processos satisfatórios, mas
não ótimos.

Com o objetivo de desenvolver produtos cada vez melhores e


com menores custos, os profissionais apostam
na metodologia de otimização, que é utilizada para tornar o
processo de busca de melhorias mais preciso, pois emprega
um método científico de busca mais rápido, por ser
automatizado. Essa metodologia utiliza um algoritmo
matemático de otimização como elemento para selecionar
novos designs iterativamente em busca da configuração ótima.

Na literatura existem uma variedade de algoritmos de


otimização, tais como os métodos baseados em derivada,
métodos heurísticos, como o Simplex, e métodos evolutivos,
como os algoritmos genéticos. A escolha por um desses
métodos depende do tipo de variáveis do projeto e do tempo
disponível para a otimização.

Para começar a aplicar a metodologia de otimização em


engenharia, é preciso definir os elementos básicos: variáveis
de entrada, funções objetivo e restrições. As variáveis de
entrada são os parâmetros do projeto que se tem liberdade
para modificar, por exemplo, variáveis geométricas (espessura,
largura, raios de curvatura etc.); variáveis de operação
(velocidade de entrada, carregamento, temperatura etc.); e
outras como materiais, trajetórias etc.

As funções objetivo representam as metas do projeto, ou


seja, minimizar ou maximizar variáveis como eficiência, custos,
tensões, perda de carga, atrito, troca térmica etc. Essas
funções são as forças motrizes da otimização, que podem ser
uma ou mais. Finalmente as restrições são os requisitos que
devem ser cumpridos pelos novos designs. Podem ser
exigências provenientes de normas, de viabilidade, de
fabricação.

Após a modelagem de otimização citada acima, é necessário


definir como serão calculadas as variáveis de saída (funções
objetivo e restrições). A forma mais simples seria contar com
uma expressão analítica em função das variáveis de entrada.
Nos problemas práticos geralmente não é possível ter esta
expressão, assim as variáveis de saída precisam ser
calculadas numericamente, por meio de rotinas computacionais
ou softwares específicos que simulem os fenômenos físicos do
projeto, ou experimentalmente.

Chama-se de funções caixa preta a qualquer uma das


ferramentas que dados valores das variáveis de entrada,
calcula os valores das variáveis de saída. Assim a otimização,
guiada pelo algoritmo de otimização, vai realizar um looping na
caixa preta mudando as variáveis de entrada para encontrar as
variáveis de saída.

Vários casos de sucesso em engenharia aplicaram técnicas


de otimização. Por exemplo, na redução do tempo por volta
de um carro de competição da BMW Team na corrida de
Interlagos, durante o Campeonato de GT3. Com o intuito de
diminuir o tempo de volta (função objetivo), foram modificados
vários parâmetros de setup do carro, como: ângulo do
aerofólio, configuração dos amortecedores, das rodas, entre
outros. No total foram rodadas 600 diferentes simulações em
apenas 01 dia, obtendo no final uma redução de 1.38 segundos
por volta, uma redução significativa para esta competição. Mais
detalhes deste projeto podem ser encontrados Dentro
da indústria de óleo e gás, a Petrobras utilizou otimização
para realizar o dimensionamento inicial da plataforma P-55, a
qual é a maior plataforma semissubmergível construída no
Brasil e que já está em operação. O objetivo foi encontrar
as dimensões do casco da plataforma que minimizem o
movimento vertical da mesma e cumpram com várias restrições
de projeto, como de movimento, de construção e de
montagem.

A natureza do problema e a quantidade de restrições acabaram


reduzindo fortemente o número de configurações viáveis,
assim foi preciso usar um algoritmo de otimização robusto,
capaz de encontrar as regiões viáveis. Os estudos incluíram
análises hidrodinâmicas, de estabilidade e de fadiga. Acesse o
estudo completo
Finalmente, outra vantagem da metodologia de otimização
em engenharia é a facilidade de acoplar distintas áreas de
estudo dentro do mesmo projeto. Esta área conhecida
como Multidisciplinary Design Optimization (MDO) permite
encontrar o design ótimo levando em conta ao mesmo tempo:
Fluidodinâmica, Análise Estrutural, Eletromagnetismo, Custos,
Logística etc. Isso é importante, pois a maioria dos projetos de
engenharia é de natureza multidisciplinar.

RESUMO
"A otimização é um ramo da área da matemática e dos métodos numéricos que tem sido objeto
de investigação teórica e aplicada ao longo das últimas décadas. Em particular, a engenharia é
uma das áreas onde a otimização tem encontrado terreno propício para a sua aplicação e
desenvolvimento teórico e prático.
As técnicas de otimização alcançaram uma maturidade sem precedentes e são usadas num
largo espectro de aplicações industriais em diferentes áreas, nomeadamente engenharia
estrutural, aeroespacial, automóvel, química, eletrónica, fabricação assistida por computador e
produção industrial.
A otimização pode ser definida como o estabelecimento racional de um projeto que é o melhor
dentro de todos os possíveis de acordo com um ou mais objetivos predefinidos e obedecendo a
um conjunto prescrito de restrições.
Em sentido lato, as condições referidas requerem uma integração adequada entre duas áreas
bem definidas: a otimização em engenharia e a otimização matemática. Desta interação resulta
a integração da otimização no ciclo de projeto de sistemas em engenharia. Para aplicar os
conceitos matemáticos à pesquisa do projeto ótimo de sistemas em engenharia, deve-se
formular o problema matemático subjacente e construir o respetivo modelo.
Para tal, é necessário definir as variáveis de projeto, os objetivos e as restrições do problema
de otimização. Neste livro, é feita uma apresentação detalhada sobre os conceitos matemáticos
de otimização, bem como a descrição dos principais algoritmos de acordo com a sua
taxonomia.<
Considera-se constituir esta obra um importante contributo para a disseminação do
conhecimento nesta área e uma referência fundamental para estudantes, investigadores,
cientistas e engenheiros.
Sobre a obra Neste quarto volume analisa-se o essencial sobre investimentos financeiros, seja
sobre os instrumentos, os mercados, a avaliação das suas rendibilidades e risco, bem Como se
comparam e sugerem comportamentos aos investidores. A obra integra os principais modelos
da teoria financeira, nomeadamente a teoria da carteira de Markowitz, os modelos de mercado,
CAPM e APT, e ainda modelos alternativos.
Toda a exposição é acompanhada de vários exemplos práticos ilustrativos. Sobre a coleção Esta
coleção aborda os temas de Gestão e Finanças Empresariais em todas as suas vertentes, com o
objetivo de apresentar os conceitos de Finanças Empresariais de modo claro e preciso.
Saber interpretar a informação contabilística e diagnosticar/caraterizar a situação económico-
financeira são elementos fundamentais para a tomada de decisões empresariais. Os vários
volumes que constituem a coleção apresentam os principais conceitos, métodos e técnicas de
análise financeira, sendo complementados com exemplos práticos para facilitar o seu
entendimento.
Destina-se aos estudantes do ensino superior nas áreas de gestão e de finanças, e também aos
profissionais destas áreas."

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