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Região administrativa especial

Regiões administrativas especiais da China (Macau e Hong Kong).

Região Administrativa Especial (RAE) é uma divisão administrativa de nível


provincial da República Popular da China. Cada RAE tem um chefe de
governo executivo como chefe da região e um chefe de governo. A República
Popular da China, possui duas Regiões Administrativas Especiais, Hong
Kong e Macau.[1]
Estas regiões não devem ser confundidas com as Zonas Econômicas
Especiais (ZEE), que são regiões totalmente administradas pelo governo
central chinês. O artigo 31 da Constituição da República Popular da
China autorizou a Assembleia Popular Nacional a criar as Regiões
Administrativas Especiais.[2]

Características
O Artigo 31 da Constituição da República Popular da China autoriza
a Assembleia Popular Nacional a criar Regiões Administrativas Especiais e a
criar uma Lei Básica que fornece a estas regiões um alto nível de autonomia,
um sistema político separado e uma economia capitalista sob o princípio de
"um país, dois sistemas" proposto por Deng Xiaoping.

Regiões administrativas especiais da República Popular da China


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Alto nível de autonomia


Prédio do Conselho Legislativo de Hong Kong, uma das RAE da Rep. Popular da China

Atualmente, as duas RAEs de Hong Kong e Macau são responsáveis por todas
as questões locais, exceto por atos de Estado como política externa e defesa
nacional; ou seja, possuem seu próprio Poder Judiciário e tribunal de última
instância, políticas de imigração, moedas e processos de extradição. Os
sistemas legais preexistentes, a lei comum em Hong Kong e a
lei portuguesa em Macau, foram preservados.
Com algumas exceções, as leis nacionais que aplicam-se na RPC não se
aplicam a uma RAE. As exceções envolvem questões diplomáticas, defesa
nacional ou algo além do alcance da autonomia de uma RAE.
Imigração e nacionalidade
Cada uma das RAEs emite passaportes próprios, apenas para residentes
permanentes que também são nacionais da RPC, ou seja, nacionais da RPC
que satisfazem uma das condições abaixo:

 nascido na RAE;
 nascido em qualquer lugar mas um dos pais é residente permanente
da RAE;
 residiu por sete ou mais anos continuamente na RAE.
Além de oferecer ao dono proteção consular da República Popular da China,
esses passaportes também especificam que o dono tem o direito de
desembarcar na RAE que emitiu o passaporte.

Referências
1. ↑ Ghai, Yash P. [2000] (2000). Autonomy and ethnicity: negotiating competing
claims in multi-ethnic states. Cambridge University Press. ISBN 0521786428,
9780521786423. p 92.
2. ↑ Lauterpacht, Elihu. Greenwood, C. J. [1999] (1999). International Law Reports
Volume 114 of International Law Reports Set Complete set. Cambridge University
Press, 1999. ISBN 0521642442, 9780521642446. p 394.
Hong Kong e Macau – as regiões
administrativas especiais da
China
Sob o princípio “Um país, dois sistemas”, as divisões possuem
relativa autonomia e complementam, de forma significativa, a
economia nacional chinesa
DISCIPLINASGEOGRAFIAHISTÓRIA

Por Julie Tsukada Publicado em 25 mar, 2019 Last updated 25 mar, 2019

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Um país pode ter regiões com um regime político e econômico próprio


diferentes do seu? Na China, não só é possível como já é praticado há
mais de 20 anos! O país asiático conta com duas regiões
administrativas especiais: Hong Kong e Macau.

O que é uma região administrativa especial?


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As regiões administrativas especiais (RAE) são divisões
administrativas com relativa autonomia na China. Sob o princípio “Um
país, dois sistemas”, criado pelo líder supremo da China Deng Xiaoping
nos anos de 1978 a 1990, Hong Kong e Macau – antes controladas,
respectivamente, por Inglaterra e Portugal – voltaram a ser territórios
chineses.

A partir da adoção desta política nacional, a China conseguiu


recuperar a soberania de Hong Kong e Macau, mas sob condições
específicas, que asseguram a autonomia das regiões em questões
políticas e econômicas. Para delimitá-las, foram criadas Leis Básicas,
uma para cada divisão administrativa, que asseguram as questões
legais que envolvem ambos locais.

Hong Kong se tornou uma RAE em 1997; Macau, dois anos depois, em
1999.

Antes ser uma região administrativa especial chinesa, Macau era uma


colônia portuguesa (Foto: Wikimedia Commons)

Tanto Hong Kong como Macau são territórios a nível provincial na


China. Possuem sistema político, econômico, judiciário, moeda e
políticas de imigração próprios. Questões relacionadas à defesa
nacional e política externa, no entanto, obedecem a legislação chinesa.
Os cidadãos das regiões também contam com liberdade de expressão
e acesso à informação, algo que a população chinesa não possui.

Cada região possui seu chefe executivo, similar ao governador de uma


província. Entretanto, a eleição não é direta. O eleito para o cargo é
escolhido por um colégio eleitoral constituído por diferentes
representantes da sociedade.

Segundo acordos firmados com a Grã-Bretanha e Portugal, Hong Kong


e Macau continuarão como RAE por um período de 50 anos, ou seja,
até 2047 e 2049, respectivamente. Depois, não se sabe como será o
status das divisões administrativas.

Independência?

Manifestantes pró-democracia protestam em Hong Kong (Foto:


Wikimedia Commons)

Enquanto em Macau não existe um movimento independentista


notável ou popular que provoque instabilidade, em Hong Kong a
divisão é mais clara. Existem grupos que desejam a soberania chinesa
total, enquanto outros reivindicam a democracia e o direito de eleger
diretamente seus chefes executivos.

Outros grupos, no entanto, vão além – desejam a independência de


Hong Kong da China. A reivindicação é fortemente ligada ao forte
senso de identidade local, construído durante os anos de ocupação
inglesa e que desde o status de RAE, ganharam ainda mais força,
como uma forma de barrar a influência chinesa na província.

Movimentos e ativistas pró-independência são rigorosamente presos


ou repreendidos. Em 2018, um partido que defendia abertamente a
independência da região foi ilegalizado pelo governo de Hong Kong
sob a justificativa de ser uma ameaça à segurança e à ordem da
divisão administrativa.

Todavia, a independência de Hong Kong da China não é reivindicada


por todos os ativistas pró-democracia.

Região Administrativa
Hong Kong

População (2018): 7.434.000¹
Área total: 1,104 km²
Chefe executivo: Carrie Lam
Idiomas oficiais: chinês (cantonês)² e inglês
Religião oficial: nenhuma
Moeda: dólar de Hong Kong
Inicialmente território chinês, Hong Kong se tornou colônia do Reino
Unido em 1842, após o fim da primeira Guerra do Ópio. Desde 1º de
julho de 1997, é uma região administrativa especial da China. É um
dos mais importantes centros financeiros do mundo.

Macau

População (2018): 692.700³
Área total: 30,8 km²
Chefe executivo: Chui Sai On
Idiomas oficiais: chinês (cantonês) e português
Religião oficial: nenhuma
Moeda: pataca

Colônia portuguesa por mais de 400 anos, Macau se tornou região


administrativa especial da China em 20 de dezembro de 1999. Com
uma economia voltada ao turismo, [e conhecida por seus casinos.

¹ e ³ – Dados da Enciclopédia Britânica

² – O chinês é uma família linguística que engloba diferentes idiomas.


Um deles é o cantonês, dialeto falado em Hong Kong e Macau.

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