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Classe 1 – 2º / 2002
BRASÍLIA – DF
NOVEMBRO – 2002
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
3. OBJETIVO
5. MARKETING NA EMPRESA
7. LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
12. CONCLUSÃO
2
1 - INTRODUÇÃO
2 - ESTUDO DE CASO
Um Distribuidor de Bebidas
3
3 - OBJETIVO
Esta nova visão da logística como fator diferencial de competição pelas empresas,
tem exigido constantes estudos e atualizações.
Recebimento /
Expedição
Cliente “ A “
Fabricante de Bebidas “ X “
Administração
de Frota e Departamento
Elaboração de Rotas de Manutenção
Armazenamento de Armazenamento de
Fabricante de Bebidas “ Y “ Engradados Vazios Engradados Cheios
Transporte de Transporte de
Engradados Vazios DISTRIBUIDOR Engradados Vazios
DE BEBIDAS
$
$
$
Cliente “ C “
Departamento
de Marketing
e Financeiro
Fabricante de Bebidas “ Z “
Atendimento ao cliente Departamento
Fiscal
Cliente “ D “
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4 - VISÃO PRIMÁRIA
Aspecto Fiscal
Na saída, o depósito emitirá tantas Notas Fiscais de Venda, quanto ‘achar’ que vai
vender. Estas Notas Fiscais são endereçadas a vários clientes.
Suponha que a Distribuidora de bebidas ‘ache’ que a Lanchonete Bafo de Onça irá
comprar 10 caixas de cerveja e 10 de refrigerante. Quando o motorista chegar a
lanchonete ele venderá o lote todo que está descrito na Nota Fiscal (10 cx. de
cerveja e 10 cx. de refrigerante) ou trará de volta o lote todo, com a ressalva no
verso da Nota Fiscal ‘ Mercadoria não aceita ‘. E o depósito emitirá uma Nota
Fiscal de Entrada com destaque do ICMS para que haja o crédito pela entrada,
assim não haverá perda de ICMS. Do ponto de vista fiscal é impossível acomodar
uma situação em que o dono da lanchonete resolva ficar apenas com uma parte
dos produtos da Nota Fiscal de Venda. A solução fiscal para os casos em que o
dono das lanchonete aceita apenas uma parte da mercadoria, seria retornar com a
carga toda, fazer a respectiva Nota Fiscal de Entrada, e então, emitir a Nota Fiscal
de Venda com as quantidades certas. Trabalhar assim fica ‘meio caro’.
5 - MARKETING NA EMPRESA
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É no marketing que você definirá a expectativa de lucros e a estratégia de atuação
do negócio. No planejamento de marketing devem ser considerados os seguintes
tópicos: o nicho de mercado que a empresa atuará; a análise dos consumidores
do seu produto; definição de quais características do seu produto serão
divulgadas; a projeção de vendas nos ambientes econômicos pessimista,
conservador e otimista; e, a estratégia de divulgação do produto com os custos
envolvidos.
O outro ponto é conhecer a concorrência e o seu porte. A não ser que você tenha
uma idéia revolucionária, uma killer application, estude cuidadosamente suas
chances. As estruturas das empresas já estabelecidas oferecem mais confiança
aos consumidores, além de conseguirem preços mais competitivos pelo volume
que vendem.
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conseguirá definir o foco de atuação e determinar qual a viabilidade do negócio.
Faça as seguintes perguntas:
A classificação de custo fixo e variável deve ser feita sempre em relação a algum
parâmetro de comparação. Normalmente, em uma empresa industrial são
considerados itens de custos fixos aqueles que independem do nível de atividade
e itens de custos variáveis aqueles que aumentam de acordo com o crescimento
do nível de atividade.
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Dessa forma, todos os custos que ocorrem de maneira independente ao
deslocamento do caminhão são considerados fixos e os custos que variam de
acordo com a distância percorrida são considerados variáveis. É importante
ressaltar que essa forma de classificação não é uma regra geral. Nesse trabalho,
o conceito de fixo e variável estará sempre relacionado à distância percorrida.
A segunda consideração é que um custo variável pode se tornar fixo à medida que
um determinado nível de serviço é comprometido a priori. Por exemplo, se uma
empresa de ônibus se compromete a oferecer uma determinada freqüência de
viagens necessariamente todos os custos variáveis (por exemplo combustível)
dessas viagens se tornam independentes do número de passageiros, ou de
qualquer outra variável. Então esses custos passam a ser considerados fixos.
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É importante notar que a remuneração do capital – que é um custo de
oportunidade – e a depreciação devem ser considerados como itens
independentes.
Como os custos fixos são constantes mês a mês - salvo variações de preço e ou
salariais -, estes são calculados em relação ao mês (R$/mês).
9
Já os custos variáveis, por dependerem da distância devem ser calculados em
função da quilometragem (R$/Km).
A seguir são explicados os cálculos dos itens de custo fixo, cujas fórmulas podem
ser vistas no quadro e os resultados na tabela, abaixo.
O custo de pessoal deve considerar o custo com salário, horas extra, encargos e
benefícios. No caso da utilização do caminhão em mais de um turno deve-se levar
em conta as despesas relativas aos demais motoristas.
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Item de Item de
Fórmula Fórmula
Custo Custo
Depreciação Pneu
P1 - preço unitário do pneu novo
P2 - preço da recapagem
Remuneração
Óleo
do Capital
Custo Lavagem/
Administrativo Lubrificação
IPVA/Seguro
Combustível
obrigatório
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O custo dos pneus é calculado como se fosse uma depreciação por quilômetro em
vez de tempo. Basta dividir o preço de um jogo de pneus (preço unitário do pneu
vezes o número de pneus do veículo) pela vida útil em quilômetros dos pneus.
Para considerar a recapagem, deve-se somar ao preço de cada pneu o preço de
suas respectivas recapagens, multiplicando o resultado pelo número de pneus,
para então, dividi-lo pela vida útil dos pneus considerando as recapagens.
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• A facilidade de manuseio do produto – representa a facilidade de se
carregar e se descarregar o veículo. Uma maneira encontrada para se
agilizar a carga e a descarga é a paletização, que reduz de maneira
significativa os tempos de carga e descarga.
• A facilidade de acomodação – peças com formatos muito irregulares ou
com grande extensão muitas vezes prejudicam a utilização do espaço do
veículo, dificultando a consolidação e a total utilização do mesmo.
• Riso da carga – produtos inflamáveis, tóxicos ou mesmo visados para
roubo são fatores de risco que influenciam o valor do frete.
• Sazonalidade – efeitos como a safra de grãos afetam de forma acentuada a
procura por frete,fazendo com que os preços de frete desta época sejam
maiores que os da entressafra.
• Trânsito – entregas em grande centros urbanos com trânsito e com janelas
de horário para carregamento e descarregamento, também influenciam o
custo e respectivamente o preço do transporte.
• Carga retorno – a não existência de frete retorno faz com que o
transportador tenha que considerar o custo do retorno para compor o preço
do frete.
• Especificidade do veículo de transporte – quanto mais especifico for o
veículo menor é a flexibilidade do transportador, assim caminhões
refrigerados ou caminhões tanques acabam tendo um preço de frete
superior que um veículo de carga granel.
Assim, para viabilizar a operação nesse mercado, com preços abaixo do custo, as
transportadoras subcontratam o serviço de motoristas autônomos, os agregados.
Esses por sua vez trabalham cobrindo apenas os custos variáveis mais imediatos,
sem se dar conta que um dia terão que repor o veículo e que ainda deveriam ser
remunerados pelo seu investimento. O resultado disso é uma frota com idade
média superior a 15 anos e muitas vezes trafegando sem condições de uso.
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sucesso desse setor depende sobretudo do planejamento e da coordenação da
operação.
No caso em que o preço do frete está incluso no valor do bem, o custeio deve ser
realizado para verificar se a margem gerada por cada cliente realmente sustenta
os seus custos de entrega. Para contornar os casos de entregas não rentáveis, as
empresas fornecedoras podem estabelecer lotes mínimos de entrega
diferenciados por região e/ou alterar a freqüência de entrega de determinados
clientes, assim como estabelecer dias da semana para entregas em determinadas
regiões visando a consolidação de carga.
O primeiro é em relação a distância da praça destino, que ocorre quando não são
considerados de maneira adequada os tempos e os respectivos custos de carga e
descarga. Por exemplo, se para uma carga de 25 toneladas, fosse cobrado um
preço de R$ 2,50/Km para qualquer tamanho de rota, em uma rota de 50 Km, o
valor do frete seria de R$ 125,00 enquanto o custo seria de aproximadamente R$
180,00; enquanto que, para uma rota de 2.000 km, o valor do frete seria de R$
5.000,00 enquanto o custo dessa rota, mesmo considerando o retorno, seria
inferior a R$ 3.600,00. Assim os clientes próximos ao fornecedor seriam
beneficiados em detrimento dos clientes mais afastados. Essa distorção ocorre
porque os custos de carga e descarga independem da distância da rota, uma vez
que estes só dependem dos tempos de carregamento e descarregamento. Dessa
forma, nas rotas curtas a influência desses custos é proporcionalmente maior que
nas rotas longas.
O ponto focal para redução do custo de frete deve ser o nível de utilização da
frota, ou seja, rodar o máximo possível com cada caminhão carregado para se ter
um menor número de caminhões sem prejudicar o nível de serviço. Isso reduz de
forma significativa os custos fixos, que usualmente correspondem a cerca de 50%
14
dos custos totais de um veículo. A seguir, são listadas algumas ações que visam
aumentar a utilização da frota
7 – LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES
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• Que linhas de produto devem ser estocadas em cada centro de
distribuição?
• Que modalidades de transporte devem ser usados para suprimento e para
distribuição?
Estes números dão uma idéia do volume de dados a ser manuseado, já que a
análise requer informações detalhadas sobre a demanda, custos de transporte,
custos de funcionamento, localização dos clientes, localização dos atuais e
prováveis pontos de estocagem e suprimento etc. E aqui começam uma das
principais dificuldades na realização destes estudos: na maioria das empresas os
dados existem mas não estão estruturados, pois normalmente não existem
sistemas de informação voltados para a sua geração. Como conseqüência, cerca
de 2/3 do tempo de estudos de localização de instalações são gastos na aquisição
e preparação dos dados!
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As possíveis aplicações para os estudos de localização são muito amplas. Se as
olharmos em função do nível das decisões, em termos de serem mais estratégicas
ou mais operacionais, temos alguns exemplos:
Por outro lado, os estudos de localização podem ser usadas com objetivos mais
exploratórios, quando se deseja avaliar o impacto de mudanças no ambiente de
negócios da empresa sobre a sua estrutura de suprimento e distribuição.
Cada zona será atendida por um veículo, com periodicidade pré-estabelecida. Por
exemplo, a zona 1 pode ser visitada toda segunda-feira, a zona 2, toda terça-feira,
e assim por diante. A periodicidade da entrega pode ser diária, semanal,
quinzenal, mensal, etc., dependendo das características específicas de cada caso.
A escolha do período em que as visitas se repetem vai depender basicamente de
dois fatores antagônicos : de um lado, o atendimento ao cliente, que se sente
melhor atendido quando as entregas são mais freqüentes; de outro lado, o custo
do transporte para o distribuidor, que é levado a operar com carregamentos
maiores para seus veículos, sendo obrigados a espaçar mais os intervalos entre
visitas sucessivas.
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Há casos em que o veículo pode executar mais de um roteiro de entrega por dia.
Nessa situação, ele volta ao depósito, é carregado novamente e vai atender outra
zona.
m=N/q
nr * T * ( t / 7 )
nv = m / ( nr * T * ( t / 7 ) )
nv = m / nr
Suponhamos, por exemplo, que a região atendida tenha um total de 3.600 pontos
a serem visitados com freqüência bi-semanal (t = 14 dias). Cada roteiro
compreende 20 pontos de parada, em média. O número de zonas é então :
18
m = 3.600 / 20 = 180 zonas
Supondo que cada veículo realize dois roteiros por dia, operando 6 dias por
semana, temos :
m = nv * nr * T * ( t / 7 )
m = 8 * 2 * 6 * ( 14 / 7 ) = 192
( Na Prática )
q= 20 Número de paradas ou visitas por roteiro, podendo ser para coleta ou entrega de produtos
q= Arredondamento do número de paradas ou visitas por roteiro, podendo ser para coleta ou entrega de
19
(arredondado) produtos
19
9 – DISTÂNCIA PERCORRIDA E TEMPO DE CICLO
F2
F1
Fn
dz = k * α * √ A * q
20
correção α . Tomando dois pontos quaisquer A e B, a distância Euclidiana (linha
reta) entre eles é representada por AB. Suponhamos que o percurso real entre A e
B corresponda a uma distância d. Obviamente, d é igual ou maior do que AB. O
coeficiente α é calculado, dividindo-se d por AB, e como d > = AB, o valor de α
será sempre igual ou maior do que a unidade.
y
Distância em B
linha reta
(Euclidiana)
A α = d / AB
x
Para se ter uma medida representativa de α , é conveniente levantar um conjunto
razoavelmente grande de pares de pontos, calculando-se para cada para a
distância em linha reta (AB) e o percurso real ao longo do sistema viário (d).
Sejam Abi e di os valores de AB e d encontrados para o par i ( i = 1,2,3 ). A
fórmula estatística que permite calcular α é a seguinte :
__ __
α = ( Σ AB * di ) / (Σ ABi² )
i
No quadro abaixo, são apresentadas as distâncias Euclidianas (em linha reta) e
reais medidas entre 10 pontos escolhidos ao acaso. São pontos situados, não
muito distantes entre si (distância média real em torno de 3,4 km). Ainda no
quadro abaixo, é mostrado o ajuste do coeficiente α para este caso, tendo sendo
obtido o valor α = 1,52.
__ __
α = ( Σ AB * di ) / (Σ ABi² ) = 1,52
i
Quando a distância entre os pares de pontos aumenta, o valor de α tende a cair
porque os efeitos das sinuosidades e restrições de trânsito passam a ser menos
significativos. Na literatura especializada, é comum se adotar um valor de α igual
a 1,35 para distribuição urbana, considerando-se, para isso, um levantamento
suficientemente grande de pares de pontos e com distâncias bastantes variadas
entre si.
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Distância em Distância
Par A, B linha reta real (d ) α AB * d AB²
(AB) (km) (km)
1 3,00 4,10 1,37 12,30 9,00
2 1,60 2,00 1,28 3,20 2,60
3 3,90 5,10 1,31 19,90 15,20
4 1,10 2,30 2,01 2,60 1,30
5 1,20 1,70 1,36 2,10 1,50
6 1,60 1,90 1,20 3,00 2,60
7 2,60 4,00 1,53 10,40 6,80
8 1,60 2,70 1,71 4,30 2,60
9 2,20 3,20 1,44 7,00 4,80
10 3,10 6,60 2,17 20,50 9,60
média AB = 2,2 km
média d = 3,4 km
__ __
α = ( Σ AB * di ) / (Σ ABi² ) = 1,52
i
A distância total percorrida num roteiro é dada, então, pela soma das distâncias do
depósito à zona e vice-versa, mais a distância percorrida dentro da zona :
D = 2 * d0 + dz = 2 * d0 + K * α * √ A * q
Suponhamos, no exemplo anterior, que a região atendida tenha 830 km² de área.
Havendo 192 zonas, e cada uma terá, em média, 4,32 km² de área. A distância
média entre o depósito e as zonas é igual, no exemplo, a 11,3 km (dado do
exemplo). Em cada zona, são atendidos, em média, q = 18,7 pontos. Adotamos α
= 1,52 e k = 0,765, obtemos o percurso estimado para um roteiro de entregas
qualquer :
Para estimar o tempo médio de ciclo, isto é, o tempo necessário para realizar um
roteiro completo de entregas (ou coletas), consideramos adicionalmente as
seguintes variáveis :
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vo = velocidade média no percurso entre o depósito e a zona, e vice-versa (km/h);
vz = velocidade média no percurso dentro da zona de entrega (km/h);
tp = tempo médio de parada em cada ponto visitado (minutos);
Tc = ( 2 * do / Vo ) + ( dx / Vz ) + ( tp / 60 ) * q
A capacidade física dos veículos é um dos aspectos que devem receber a devida
atenção no dimensionamento de sistemas de distribuição física de produtos. A
capacidade física pode se manifestar em termos de peso ou de volume. O
primeiro caso ocorre para cargas de densidade mais elevada e, o segundo, para
mercadorias leves. Algumas vezes, quando o produto é acondicionado de forma
homogênea, em palets, em caixas uniformes, em sacas, etc., a capacidade é
expressa, na prática, por meio dessas unidades. Por exemplo, a capacidade de
um caminhão que distribui botijões de gás GLP de 13 kg pode ser expressa
através do número máximo de unidades carregadas que pode transportar.
Quando o veículo não for bem dimensionado para a distribuição dos produtos
específicos da industria ou da empresa comercial em questão, poderão ocorrer
situações insatisfatórias. Por exemplo, se o veículo estiver superdimensionado, a
tendência é aumentar o número de clientes visitados por rota. Mas isso poderá
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estourar o tempo máximo de trabalho diário da tripulação, com efeitos negativos
em termos de produtividade, relações trabalhistas, etc. Se o veículo estiver
subdimensionado, poderá haver sobras inesperadas de mercadoria no depósito,
obrigando à realização de viagens extras (de custo mais elevado) ou deixando a
carga para a viagem seguinte, o que prejudica o nível de serviço oferecido aos
clientes.
( Na Prática )
Distância em Distância
Par A, B linha reta real (d) Alpha AB + d AB²
(AB) (km) (km)
Alpha = 1,54 Coeficiente de correção que transforma distância em linha reta (Euclidiana) em distância real
10 – ROTEIRIZAÇÃO DE VEÍCULOS
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O processo tradicional de roteirização dos veículos de coleta e de entrega
se baseia na experiência do encarregado do depósito. Com base na prática de
muitos anos, e conhecendo as condições viárias e de tráfego da região atendida, o
encarregado define os roteiros, indicando o número e a seqüência de clientes a
serem visitados em cada percurso. Ainda hoje, muitos depósitos e terminais de
carga se apóiam em funcionários com esse tipo de experiência para elaboração
dos roteiros de distribuição de produtos.
Vamos ilustrar esse tipo de problema com um exemplo simples. Na figura abaixo é
mostrada uma zona de distribuição na qual são localizados 18 pontos a serem
visitados num roteiro de entrega. No quadro abaixo são fornecidas as
coordenadas x, y de cada ponto. A origem dos eixos x e y coincide com a
localização do depósito. No quadro também são apresentadas as quantidades de
mercadoria a serem entregues a cada cliente.
11
8 3
12
18 10 6
13 7
9
16
2
1
15
17
14
Depósito
25
7,00
6,50
6,00
5,50
5,00
4,50
4,00
5,00 5,50 6,00 6,50 7,00 7,50 8,00 8,50 9,00
De início, supomos, por absurdo, que cada roteiro contenha apenas um cliente.
Ou seja, o veículo sairia do depósito com a carga de um único cliente, faria a
entrega e retornaria ao depósito para um novo carregamento e uma nova entrega
e, assim, sucessivamente. Essa situação é, obviamente, a pior possível em termos
de custo e quilometragem percorrida, pois não se tira vantagem do uso
compartilhado do veículo para atender vários clientes num único roteiro.
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Ponto Coordenada Coordenada Peso
Caixas
Número "x" (*) "y" (*) (kg)
1 7,52 5,35 6 270
2 7,09 5,43 6 270
3 8,27 6,43 9 405
4 8,37 6,35 8 360
5 8,35 5,54 11 495
6 8,53 6,00 9 405
7 7,56 5,84 4 180
8 7,40 6,50 5 225
9 8,11 5,69 9 405
10 8,05 6,12 7 315
11 7,83 6,51 7 315
12 7,71 6,39 8 360
13 7,24 5,96 5 225
14 8,22 5,15 9 405
15 7,90 5,32 9 405
16 7,88 5,67 4 180
17 7,37 5,23 9 405
18 7,68 6,09 7 315
(*) - As coordenadas são referidas ao depósito
d0j
Depósito
d0k
Ponto k
Dj = 2 * d ( 0 ; j ) e, na segunda visita , Dk = 2 * d ( 0 ; k )
D = Dj + Dk = 2 * d ( 0 ; j ) + 2 * d ( 0 ; k )
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Admitimos agora que o veículo visite os dois pontos j e k numa única viagem ou
roteiro, fazendo um percurso triangular conforme a figura abaixo. A distância total
percorrida é agora :
Ponto j
d0j
d0k
Depósito
Ponto k
D’ = d ( 0 ; j ) + d ( j ; k ) + d ( 0 ; k )
g ( j ; k ) = D – D’ = 2 * d ( 0 ; j ) + 2 * d ( 0 ; k ) – d ( 0 ; j ) – d ( j ; k )
-d(0;k)=d(0;j)+d(0;k)–d(j;k)
0 - 2 - 13 - 14 - 5 - 9 - 10 - 6 - 4 - 3 - 11 - 12 - 8 - 18 - 7 - 16 - 15 - 1 - 17 - 0
A distância total percorrida pelo veículo nesse roteiro é de 37,9 km. Analisando
visualmente o roteiro gerado pelo método de Clarke e Wright, observamos que o
mesmo ainda pode ser melhorado.
Utilizamos agora um método heurístico denominado 3-opt, que combina três arcos
quaisquer (arcos são ligações entre dois pontos no roteiro), e alterando,de forma
sistemática, a ordem dos pontos. Para usar este processo partimos da solução
gerada pelo método de Clarke e Wright. A aplicação do método 3-opt forneceu o
seguinte roteiro final :
0 -2 - 13 - 8 - 12 - 11 - 3 - 4 - 6 - 10 - 18 - 7 - 16 - 9 - 5 - 14 - 15 - 1 - 17 – 0
28
A distância total percorrida pelo veículo nesse roteiro é de 36,3 km, cerca de 4,3 %
mais curta do que o resultado anteriormente obtido através do método de Clarke e
Wrigth.
( Na Prática )
Características dos pontos a serem visitados no exemplo de roteirização
Número de
Distância média
Sub-Região Área (km) pontos de
ao depósito (km)
entrega
A 200 5,9 1730
B 220 12,0 1309
C 219 17,6 1090
639 4129
29
Quantidade de mercadoria entregue em cada ponto visitado :
- média : 3,5 caixas
- desvio padrão : 1,5 caixas
30
18 pontos de entrega por roteiro. Para isso, temos que determinar inicialmente a
variância do número total de caixas no caminhão, quando carregado com as
mercadorias destinadas aos 18 clientes. Temos :
Nv = Na / ( 6 * qr * Nr )
ma = 6 * nr * nv
Vamos estimar agora o tempo de ciclo gasto por um veículo num roteiro dentro da
sub-região A. Conforme vimos anteriormente, o tempo de ciclo corresponde a um
roteiro padrão e, é dado pela relação :
Tc = ( ( 2 * do ) / Vo ) + ( dz / Vz ) + ( ( tp / 60 ) * q )
31
a distância dz percorrida dentro da zona de entrega é estimada através da
seguinte relação :
Dz = k * α * √ A * q
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Colocando-se k = 0,765, α = 1,52, A = 2,08 e qa = 18 na expressão, obtemos dz =
7,1 km / roteiro. A distância média do depósito à zona é igual a 5,9 km. O percurso
médio para um roteiro na sub-região A é, então :
Cada veículo percorre dois roteiros por dia, perfazendo então 2 * 18,9 = 37,8 km /
dia. Admitindo-se 25 dias úteis por dia, a quilometragem mensal de um veículo
que atende a sub-região A é igual a 25 * 37,8 = 945 km / mês.
O custo mensal é a soma do custo fixo (R$ 4.704,73 / mês) com o custo
quilométrico (945 km * R$ 0,71 = R$ 673,16), levando a R$ 5377,85 por veículo e
por mês.
Uma vez que cada veículo realiza dois roteiros por dia, é recomendável que sejam
alocados diariamente, a cada caminhão, um roteiro mais próximo ao depósito e
outro mais distante, de forma a manter mais ou menos equilibrados os tempos de
ciclo e a quilometragem da frota.
Finalmente, é preciso frisar que os resultados desse exemplo não devem ser
extrapolados para outras situações. Outros equipamentos podem ser
recomendados para situações diversas da analisada no exemplo, devendo o
problema ser analisado caso a caso.
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( Na Prática )
Distância
Número
Sub média ao
Área (km²) de pontos
região depósito
de entrega
(km)
nr = 1 Número de roteiros de entrega (ciclo) que cada caminhão faz por dia
qa = Como quantidade de nº de clientes em cada ponto não é fixa, não podemos locar o número encontrado,
18
(sugerido) assim, sugerimos valor menor que o obtido ( aleatório ) :
Tc = 3 Tempo de ciclo gasto por um veículo num roteiro dentro da sub-região (horas)
34
12 – CONCLUSÃO
13 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
35