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Autoavaliação

Olá!

Você sabia que muitos educadores ainda têm a ideia equivocada de que a autoavaliação visa à
autodistribuição de notas ou menções?

Saiba que a autoavaliação pode contribuir com você, educador, no acompanhamento do de-
sempenho de seus alunos, promovendo uma análise dos resultados do seu planejamento de
forma rápida e objetiva. Ela proporciona, então, um diagnóstico.

Para os alunos, a autoavaliação deve ter um sentido emancipatório, possibilitando uma reflexão
contínua sobre o processo de sua aprendizagem e um agir para sua melhoria constante.

A autoavaliação é uma estratégia de metacognição, isto é, uma ação planejada que potencializa
o processo de pensar sobre o próprio aprendizado.

Assim, ela serve ao aluno como instrumento de transformação, subsidiando você, professor,
com informações acerca de eventuais erros e lacunas na compreensão, de modo que você possa
converter a situação com intervenções no seu planejamento e no processo de ensino e aprendi-
zagem.

Além disso, o aluno pode aprender a reconhecer a si mesmo e intervir, junto com o professor,
para melhorar a relação ensino/aprendizagem. Isto é, promove a autorregulação da aprendiza-
gem.

Contudo, o que vemos acontecer, na prática, é que muitos professores elaboram a autoavalia-
ção de maneira equivocada e pouco utilizam as informações que ela disponibiliza para fazer
intervenções junto aos alunos.

Entre os principais equívocos, podemos citar os três que são mais comuns:

Primeiro: Pedir que o aluno dê uma nota para si mesmo. Como essa nota pode contribuir para a
aprendizagem do aluno?

Segundo: Fazer perguntas muito genéricas, por exemplo, o que você aprendeu neste semestre?
Quanto mais específicos forem os seus questionamentos, mais precisos serão os alunos para
que foquem no que precisam avançar. Prefira perguntas que indicam as fragilidades, por exem-
plo, o que você avalia que foi mais difícil de aprender sobre x tema, e por quê?

Terceiro: Não ler e não utilizar as informações fornecidas na autoavaliação para avaliar o seu
trabalho e rever seu planejamento. Muitos professores arquivam as avaliações e o processo se
encerra ali. Nada é transformado.
Então o que fazer?
Talvez, o primeiro ponto seja construir uma autoavaliação cujos parâmetros ajudem os alunos
na reflexão sobre sua conduta e atuação no processo de aprendizagem, e que forneçam ao pro-
fessor informações para construir intervenções para correção das situações críticas.

Você pode fazer isso separando atitudes, conteúdos e estratégias de ensino, por exemplo, pro-
pondo uma análise de cada aspecto separadamente.

Outro ponto que deve ser levado em consideração: converse com seus alunos sobre a importân-
cia da realização de uma autoavaliação ética, verdadeira, e sobre os critérios que estão sendo
utilizados na ferramenta – critérios estes que podem, inclusive, ser construídos com os próprios
alunos.

Também, é importante avaliar o momento adequado para a sua aplicação.

Se a autoavaliação é aplicada apenas ao final de um determinado período letivo, pouco se pode


fazer para intervir ou modificar a circunstância, além do fato de que o aluno terá mais dificulda-
de em lembrar de tudo o que pode ser importante mencionar no momento.

Para elaborar o instrumento, use a criatividade e faça uso de vários tipos de autoavaliação, con-
siderando o conteúdo que você deseja que seja avaliado. Você pode pedir uma avaliação escrita
por meio de uma redação, pode elaborar perguntas com respostas discursivas, fazer uma lista de
verificação com diferentes níveis de graduação e, até mesmo, construir uma matriz de rubrica.

Mas, não esqueça de construir um plano de ação para viabilizar a correção dos pontos fracos en-
contrados. Incluir os alunos nesta etapa também pode ser muito construtivo, além de auxiliá-los
a assumir a regulação de forma gradativa.

Até a próxima!

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