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E M E F Coronel Ney Rodrigues Peixoto

“Construção do Processo Avaliativo”


Profª Dra. Áurea Peniche Martins
LDB 9394/96 e Avaliação
• Art. 9º A União incumbir-se-á de:     
•  VI - assegurar processo nacional de avaliação
do rendimento escolar no ensino
fundamental, médio e superior, em
colaboração com os sistemas de ensino,
objetivando a definição de prioridades e a
melhoria da qualidade do ensino;
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• Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
• II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
• III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
• IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos
de menor rendimento;
• V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos,
além de participar integralmente dos períodos dedicados
ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional;
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• Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e
médio, será organizada de acordo com as seguintes regras
comuns:
• V - a verificação do rendimento escolar observará os
seguintes critérios:
• a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais;
• b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
atraso escolar;
• c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
mediante verificação do aprendizado;
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• d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
• e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos
de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados
pelas instituições de ensino em seus regimentos;
• VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola,
conforme o disposto no seu regimento e nas normas
do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas
letivas para aprovação;
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• Seção III -Do Ensino Fundamental
• Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração
de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se
aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante: 
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular
por série podem adotar no ensino fundamental o regime
de progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do
processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas
do respectivo sistema de ensino.
Avaliar para
promover: as
setas do caminho

Jussara Hoffmann
Avaliar é...
Para Jussara Hoffmann
–A avaliação é essencial à educação. Inerente e indissociável
enquanto concebida como problematização, questionamento,
reflexão sobre a ação. Um professor que não avalia
constantemente a ação educativa, no sentido indagativo,
investigativo, do termo, instala sua docência em verdades
absolutas, pré-moldadas e terminais.
–A avaliação é reflexão transformada em ação. Ação essa,
que nos impulsiona para novas reflexões. Reflexão
permanente do educador sobre a realidade, e
acompanhamento, passo a passo do educando, na sua
trajetória de construção de conhecimento.
O que é avaliar?

• Avaliar é fazer uma intervenção; é


diagnosticar se a aprendizagem está
ocorrendo.
• A avaliação tem que ser significativa.
• Avaliação é uma relação com o outro
(o aprendiz).
• A avaliação é uma mediação.
Do que precisa o professor, para
avaliar?

• Entrar em sintonia com o pensamento


do aluno.

• Precisa conhecer os diferentes estágios


da evolução do pensamento do aluno.

• Reconhecer as diferenças.
Tipos de avaliação:

• Formal:

• para promover ou não (seleção); para gerar


diagnósticos (interferências)
• Onde houve falha no processo?
• Que processos “terapêuticos” podem ser
aplicados?

• Comparativa: quem é melhor? (gera hierarquia)


Classificatória Mediadora
•Julgar •Observar
•Testar •Interpretar
•Medir •Compreender
•Comparar •Acompanhar
•Classificar •Orientar
•Ver resultados •Mediar
•Selecionar •Promover

Usar múltiplos instrumentos para poder mediar.


Lembrar que há múltiplas inteligências.
Avaliar, SEMPRE, o crescimento do aluno e a
postura do professor
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
O que o professor precisa mudar na sua concepção de
avaliação para desenvolver uma pratica avaliativa
mediadora?

Para HOFFMAN, as transformações de avaliação são


multidimensionais. Uma grande questão é que avaliar
envolve valor, e valor envolve pessoa. Nós somos o que
sabemos em múltiplas dimensões. Quando avaliamos uma
pessoa, nos envolvemos por inteiro - o que sabemos, o
que sentimos, o que conhecemos desta pessoa, a relação
que nós temos com ela.
E é esta relação que o professor acaba
criando com seu aluno. Então, para que
ele transforme essa sua prática,
algumas concepções são extremamente
necessárias. Em primeiro lugar, o
sentimento de compromisso em relação
àquela pessoa com quem está se
relacionando.
Avaliar é muito mais que conhecer o
aluno, é reconhecê-lo como uma pessoa
digna de respeito e de interesse.
Em segundo lugar, o professor precisa
estar preocupado com a aprendizagem
desse aluno. Nesse sentido, o
professor se torna um aprendiz do
processo, pois se aprofunda nas
estratégias de pensamento do aluno,
nas formas como ele age, pensa e
realiza essas atividades educativas.
Só assim é que o professor pode intervir, ajudar e
orientar esse aluno. É um comprometimento do
professor com a sua aprendizagem - tornar-se um
permanente aprendiz.
Aprendiz da sua disciplina e dos próprios processos
de aprendizagem. Por isso a avaliação é um terreno
bastante arenoso, complexo e difícil. Eu mudo
como pessoa quando passo a perceber o enorme
comprometimento que tenho como educador ao
avaliar um aluno.
Por que ainda persiste, em algumas escolas, o culto
à reprovação?
O mito que ainda persiste é de que uma escola
que não reprova não é uma escola de qualidade.
A grande resistência dos professores em, ainda,
manter a aprovação e a reprovação, e mesmo
criticar novas estratégias, como regimes seriados e
escolaridade por ciclos, se explica pela
necessidade natural de uma sociedade em
desenvolvimento de perceber a sua escola como
uma escola de qualidade.
E a escola de qualidade que se conhece é aquela
conservadora, tradicional, a que os pais tiveram e
que as famílias conhecem.
Por outro lado, nesse processo de mudança, muitas
escolas e professores entenderam o processo de não-
reprovação como um processo de não- avaliação.

Uma das questões frequentes é os professores dizerem


que agora “não fazem mais provas”, que, então, estão
seguindo o processo de avaliação mediadora.

Isso é um sério equívoco, por que, mesmo que o termo


prova possa nos agredir, pelo seu significado de uma
prova terminal, o teste, a tarefa e o exercício são
extremamente necessários para o acompanhamento
do aluno.
Países como Itália, Suíça, Alemanha, que
desenvolvem processos de avaliação formativa há
muito anos, realizam muitos teste com seus alunos
e professores.
A diferença é que o resultado desses testes
serve como subsídio para novos projetos, tanto
para a melhoria da aprendizagem dos alunos
quanto para o aperfeiçoamento dos professores.
E nós, muitas vezes, utilizamos esses testes - e
esse é o grande problema de uma avaliação
tradicional - para simplesmente classificar, sem
fazer nada a respeito.
Dessa forma, sabemos que o aluno não sabe
alguma coisa, mas não sabemos por que ele não
sabe e nem desenvolvemos processos para que ele
venha a aprender.
O grande problema com a não-reprovação é,
de fato, que esse aluno seja abandonado, que não
tenha mais suas tarefas lidas, seus exercícios
acompanhados, e que o professor o deixe de lado,
esperando que ele aprenda por si só. Isso é um
sério equívoco e que, muitas vezes, acaba
acontecendo.
A avaliação tradicional justifica a
não-aprendizagem.
Ela olha para o passado e não se
preocupa com
futuro.
Em uma cultura avaliativa
mediadora, por exemplo, 20% do
tempo em que os professores
estiverem reunidos em conselho de
classe, eles irão discutir o que vem
acontecendo com seus alunos e, no
restante do tempo, vão encaminhar
propostas pedagógicas para auxiliar os
alunos em suas necessidades.
Em uma cultura avaliativa
mediadora...
• Essa é uma avaliação como um
projeto de futuro - o professor
interpreta a prova não para saber o
que o aluno não sabe, mas para
pensar em quais estratégias
pedagógicas ele deverá desenvolver
para atender esse aluno.
VAMOS REFLETIR E DANÇAR??!!
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OBRIGADA!
aurea.martins@ufra.edu.br
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(91)981658136 (ZAP)

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