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Curso de Profissionalização em Serviço

Modelos de Avaliação Pedagógica


E – fólio A

A minha experiência atualmente no ensino é lecionar os cursos profissionais, nas áreas técnicas, em
que apresentam um programa que se organiza numa estrutura modular apresentando cada módulo
uma identidade própria. A escola onde estou inserida tem só tem praticamente o ensino profissional,
com um nível de aproveitamento e muito baixo e a nível de comportamento muito difícil e
problemático e com um cariz socioeconómico muito baixo. Devido a estas características e com
vista a facilitar e tornar mais rigoroso o processo de avaliação dos alunos através da adoção de
critérios uniformes para toda a escola.
Sendo assim, os critérios que se seguem constituem referências para a avaliação formativa, uma vez
que é esta que nos fornece os dados que permitem realizar uma avaliação sumativa. Tornou-se uma
necessidade de objetivar todo o tipo de informação recolhida sobre os alunos, seja ela cognitiva ou
comportamental, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e a outras pessoas
ou entidades legalmente autorizadas, obter informações em qualquer momento de aprendizagem
com vista à definição e ao ajustamento de processos e estratégias.
Assim são consideradas, na criação das situações de aprendizagem e, consequentemente, na
avaliação dos alunos, competências no domínio cognitivo e no domínio das atitudes e valores (sócio
- efetivo). Em cada um destes domínios, são objetiva e pormenorizadamente descritos quais os
elementos de recolha de informação contemplados.
No domínio cognitivo as competências definidas para efeitos de operacionalidade, resumir-se-ão
em:
 Apreensão de conteúdos;
 Compreensão/interpretação;
 Aplicação de conhecimentos/Resolução de problemas;
 Expressão escrita;
 Expressão oral.
Instrumentos de avaliação: Fichas formativas, testes de avaliação, participações orais, trabalhos de
casa, trabalhos práticos e relatórios.
No domínio sócio efetivo (atitudes e valores) as competências dividir-se-ão em dois subdomínios:
1. Comportamento que engloba:
 Atitude na sala de aula (cumprimento de regras e de tarefas);
 Comportamento disciplinar (de acordo com o novo estatuto do aluno);
 Cooperação/Solidariedade/Cidadania;

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2. Responsabilidade que engloba:


 Empenho no trabalho de aula;
 Caderno diário organizado, material escolar trazido para a aula e métodos de estudo;
 Assiduidade;
 Pontualidade;
 Trabalhos de casa realizados;
 Autonomia/Sentido critico.
Instrumentos de avaliação: grelhas de observação, contagem de faltas e participações disciplinares.
Para os Cursos Profissionais (área técnica), a distribuição será a seguinte:
 Às Competências/Conhecimentos será atribuído um peso de 70% a 80%;
 Às Atitudes/Comportamento e Participação/Empenho um peso de 20% a 30%
Toda a avaliação será expressa em termos quantitativos, numa escala de 0 a 20.
Classificação Designação
De 0 a 4 Valores Mau
De 5 a 9 Valores Insuficiente
De 10 a 13 Valores Suficiente
De 14 a 17 Valores Bom
De 18 a 20 Valores Muito Bom

Atendendo à lógica modular adotada, a notação formal de cada módulo, a publicar em pauta, só terá
lugar quando o aluno atingir a classificação mínima de 10 valores.
A escola deve encontrar meios para que de uma forma individualizada, possa exercer um papel
crucial na ligação entre a participação parental e o processo educacional dos jovens, e desta forma
cabe ao encarregado de educação um papel importante de acompanhamento do processo de
avaliação dos seus filhos ou educandos, quer através de informações avaliativas, quer através da
participação nas reuniões promovidas pela escola ou ainda através do acompanhamento dos
registos. Cabe ao pais ou encarregados de educação assinar as provas avaliativas dos seus
educandos como também verificar os cadernos diários e trabalhos de casa.
O aluno deve-se envolver no processo de autoavaliação, que vai muito além do seu parecer acerca
do nível do final de cada módulo, como também deverá, com a orientação do professor, auto regular
o seu processo de aprendizagem identificar dificuldades e áreas de preferência.

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Outros intervenientes no processo de aprendizagem são os docentes que de acordo com os critérios
específicos de avaliação da disciplina e os docentes dos apoios que cabe informar, periodicamente,
o docente titular da turma/ os docentes que lecionam as respetivas disciplinas e o diretor de turma
sobre a evolução dos alunos que os frequentam.
A avaliação, além de estimular o sucesso educativo dos alunos, deve melhorar a qualidade do
ensino e da aprendizagem e certificar os conhecimentos, competências e capacidades dos alunos,
quer para efeitos de prosseguimento de estudos, quer para ingresso na vida ativa.
A avaliação do aproveitamento escolar deve ter em consideração os objetivos de cada ciclo de
estudos; deve ter um caráter contínuo, predominantemente formativo e globalizante, pressupondo a
utilização de estratégias adequadas à consecução dos objetivos de cada disciplina/área disciplinar,
com recurso a instrumentos de avaliação e observação próprios.
Tendo em conta que os cursos profissionais são vocacionados para uma qualificação profissional, o
processo de avaliação que levo sempre em consideração é a avaliação de carácter formativa e
sumativa.
Por avaliação formativa entende-se a recolha e tratamento, com carácter sistemático e contínuo, dos
dados relativos aos vários domínios da aprendizagem que revelam os conhecimentos e
competências adquiridos, as capacidades e atitudes desenvolvidas, bem como as destrezas
dominadas.
Todos os instrumentos de observação e avaliação devem ser tidos em conta na formulação de um
juízo globalizante inerente à avaliação formativa.
Os alunos com mais dificuldades beneficiam muito significativamente do facto de serem avaliados
através de estratégias de avaliação formativa. Compreendendo melhor o que aprendem e são
capazes de transferir tais aprendizagens para contexto diferentes que aprendem.
Com este processo de avaliação consegue-se detetar dificuldades suscetíveis de aparecer durante a
aprendizagem a fim de corrigi-las rapidamente.
O desenvolvimento dos alunos é fornecido ao professor, permitindo que a prática docente se ajuste
às necessidades discentes durante o processo de aprendizagem.
Uma das mais importantes características da avaliação formativa é a capacidade de gerar, com
rapidez informações úteis sobre etapas vencidas e dificuldades encontradas, estabelecendo um
feedback contínuo sobre o andamento do processo ensino-aprendizagem.
Os resultados servem para apoiar, compreender, reforçar, facilitar, harmonizar as competências e
aprendizagem dos alunos.

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No final de cada módulo ocorre uma avaliação sumativa, de acordo com as realizações e os ritmos
de aprendizagem dos alunos, para uma tomada de decisão, no âmbito da classificação e da
aprovação em cada disciplina ou módulo. Na nota final de cada módulo têm-se em conta todo o
processo de avaliação formativa ao longo do processo educativo tendo uma ponderação mais
elevada que a avaliação sumativa.
A principal função da avaliação é de melhorar as aprendizagens dos alunos e em simultâneo o
ensino dos professores.

Bibliografia:
Pinto, J. & Santos, L. (2006). A avaliação numa perspetiva formativa. In J. Pinto & L. Santos,
Modelos de Avaliação das Aprendizagens. Lisboa: Universidade Aberta.
Pinto, J. & Santos, L. (2006). Instrumentos de avaliação ao serviço da aprendizagem. In J. Pinto &
L. Santos, Modelos de Avaliação das Aprendizagens. Lisboa: Universidade Aberta.

Bibliografia complementar:
Decreto-Lei n.º 139/2012 de 5 de julho, Ministério da Educação e Ciência.
Critérios de avaliação da Escola.

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