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Práticas e TIC

1ª Parte:

Os ambientes virtuais de aprendizagem poderão constituir-se como soluções bastante


interessantes, capazes de complementar o ensino presencial e de favorecer uma
participação mais ativa e autónoma do aluno durante o processo de
ensino/aprendizagem. A combinação de um ensino em sala de aula real e virtual
chamamos de blended learning, é um modelo de aprendizagem derivado do e-learning
recorrendo a metodologias e incentivando os alunos a desenvolver estratégias
pedagógicas que promovam e facilitem a auto-aprendizagem colaborativa, motivadoras e
flexíveis tentando integrar novos recursos didáticos, conteúdos mais dinâmicos e
interativos.
Nesta metodologia o professor deixa de ser o elemento central e o detentor da sabedoria
e passa a ter um papel de guia, facilitador de aprendizagens. Orienta os estudantes,
dando-lhes pistas e objetivos concretos no sentido de saberem organizar toda a
informação fornecida pela Web.
O objetivo do b-learning em relação aos alunos é tentar valorizar a sua participação no
processo de ensino/aprendizagem. Passando a aprendizagem a ser mais centrada no
aluno. Estes passam a ser mais autónomos e podem planear o estudo com maior
flexibilidade, podendo ser realizado de acordo com sua disponibilidade de tempo e no
local mais adequado. Sendo assim passam a ser menos dependentes do professor, e por
isso têm uma maior responsabilidade pela sua própria aprendizagem.
Neste modelo de aprendizagem os alunos têm de desenvolver determinadas capacidades,
tais como, procurar e encontrar informação relevante na Internet, desenvolver critérios
de validação da informação, aplicar a informação na realização de nova informação e a
situações reais, trabalhar em equipa, compartilhando e elaborando a informação, tomar
decisões com base em informações distintas e tomar decisões em grupo.
Na minha atividade letiva enquadrava a modalidade em b-learning na disciplina de
Desenho Técnico no módulo de geometria descritiva.
A geometria descritiva tem como objetivo representar objetos de três dimensões num
plano de bidimensional. Utiliza-se para a representação de objetos que se encontram
situados no infinito e tem o intuito de desenvolver a habilidade espacial dos alunos. A
maioria dos alunos revela muita dificuldade na visualização espacial e acabam por
desistir.
Com a introdução de uma metodologia b-learning, penso que consigo proporcionar um
ensino/aprendizagem mais estimulante e assim melhorar os índices de sucesso à
disciplina, através de um software de simulação e interatividade, exercendo efeitos
bastantes positivos na aprendizagem, aumentando o grau de compreensão e de
motivação para o estudo, por parte do aluno. Desta forma desenvolve-se as capacidades
de explorar, conjeturar e raciocinar logicamente.
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Práticas e TIC

A implementação da metodologia b-learning é realizada em duas fases, com sessões


presenciais e sessões não presenciais. As sessões presenciais decorrem numa sala de
aula, onde o aluno aprende a partilhar, construir e a debater o conhecimento com o
apoio do professor. Deste modo, o aluno associou os conceitos de geometria descritiva à
utilização de ferramentas específicas (software de geometria descritiva), proporcionando
uma melhor visão da construção geométrica. Para estas sessões, desenvolveram-se
diversas fichas de trabalho, colocadas na plataforma.
Nas sessões não presenciais cabe ao professor proporcionar ambientes de aprendizagem
virtuais, onde o aluno se sinta seguro na elaboração e na busca do conhecimento. As
atividades propostas são disponibilizadas na plataforma e são resolvidas pelos alunos, de
forma autónoma, sem recurso à sala de aula.
Na plataforma encontra-se disponível um software de geometria descritiva, neste
programa os alunos podem navegar, experimentar, explorar novos ângulos de uma
questão, simular, tomar decisões, enfim relacionar-se com o objeto de estudo, no seu
tempo real, permite ao aluno compreender melhor as leis, os princípios e as técnicas
relacionadas com a geometria descritiva.
Desta forma a matéria estudada deixa de ser abstrata e distante e transforma-se num
conhecimento palpável e acessível.
A avaliação de desempenho dos alunos é efetuada através das avaliações do trabalho
colaborativo e das atividades realizadas nas sessões presenciais, no trabalho autónomo e
atividades desenvolvidas fora da sala de aula e ainda a ficha de avaliação teórica e
prática.
O b-learning é utilizado já com alguma frequência no ensino superior e com algum
sucesso, a nível do ensino básico e secundário tenho algumas dúvidas, visto que os
alunos não apresentam maturidade, concentração nem responsabilidade para a sua
utilização.
Para a maioria dos meus alunos, as atividades nas salas de informática da escola
constituíram muitas vezes os únicos momentos em que interagiram com as tecnologias
digitais, pois estes estudantes não têm acesso a estas tecnologias noutros espaços
devido a questões da ordem económica, social e cultural.
A escola não consegue oferecer essas condições, visto que não conseguimos dar aulas
sempre em salas equipadas com computadores e internet.

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Práticas e TIC

2ª Parte:
Hoje em dia podemos aprender a trabalhar, onde a aprendizagem é informal e imediata,
que carateriza a sociedade da informação e do conhecimento. Esta aprendizagem é
baseada principalmente em conteúdos online que se aplicam a uma diversidade de
situações, a aquisição de conhecimentos e de competências ocorrem naturalmente com
um duplo objetivo: o desenvolvimento da pessoa e a melhoria do desempenho.
Esta aprendizagem pode ser efetuada à distância através de ambientes interativos com a
eliminação do tempo fixo para o acesso ao ensino/aprendizagem, a comunicação em
tempos diferentes e as informações são armazenadas e com acesso em tempos
diferentes sem perder a interatividade. Esta comunicação é efetuada através de meios
disponíveis como, teleconferências, chats, fóruns de discussão, email, blogues, espaço
wiki, plataformas de ambientes virtuais que possibilitam a interação entre alunos e
professores. No ensino à distância temos vários tipos de aprendizagem, como o e-
leraning e o b-learning.
O e-learning significa ensino à distância não presencial transmitido através de meios
eletrónicos. Com esta modalidade de aprendizagem consegue-se uma maior autonomia e
independência na aprendizagem, apesar que a adaptação nem sempre é fácil, pois
estamos muito habituados ao ensino tradicional, onde se pode recorrer ao professor para
resolver os problemas. Com o ensino à distância temos que criar diferentes hábitos de
aprendizagem, principalmente no que diz respeito ao ato de aprender por mim, sem
recurso a professores.
Os programas de e-learning permitem uma aprendizagem mais rápida do que os
tradicionais pelo facto de cada um poder avançar na matéria ao seu ritmo. Em relação ao
contato humano é uma desvantagem, tanto no papel de aluna ou de professora, pois
gosto de ver as pessoas de falar com elas diretamente, de ter contato com os alunos. A
falta de contato humano direto é compensada através da criação de comunidades
virtuais, enriquecendo o processo relacional de pessoas com o mesmo interesse, mas
com diferentes visões e localizadas em distintas regiões do país.
O b-learning é uma mistura dos dois modos de ensino presencial e não presencial. No
ensino presencial o aluno-professor está em sala de aula ao mesmo tempo e desta forma
podem tirar dúvidas e discutirem determinados assuntos. Quando o aluno não está na
sala de aula ao mesmo tempo o aluno estuda à hora que pode, os materiais didáticos
podem ser textos, imagens, fichas, dowloads ou vídeos gravados que podem ser
reproduzidos conforme a necessidade de cada um.
Bibliografia:
WWW.eft.educom.pt
WWW.giase.minedu.pt/nonio/softeduc/soft3/geom.htm
MOREIRA, J.A. & MONTEIRO, A, (2010) O trabalho pedagógico em cenários presenciais e
virtuais no ensino superior.

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