10

boas práticas
que todo
gestor escolar
deve aplicar
no Ensino
Híbrido
10
boas práticas
que todo
gestor escolar
deve aplicar
no ensino
híbrido
O termo ensino híbrido foi criado nos anos 60. O ensino com o uso de tecnologia
surgiu como uma alternativa de um instrutor na década de 1960 em mainframes
e minicomputadores. A principal vantagem, na época, que o ensino combinado
oferecia era a escala de atuação. Um instrutor só pode ensinar um determinado
número de pessoas enquanto o uso de outras tecnologias amplifica esse processo.

A forma atual como entendemos ensino híbrido só aconteceu no final dos anos 90
quando começamos a adicionar componentes online a sala de aula presencial.

O ensino híbrido é uma abordagem que combina materiais educacionais online

e oportunidades de interação online com métodos já conhecidos da sala de
aula presencial. Requer a presença física do professor e do aluno, com alguns
elementos não presenciais, onde o próprio aprendiz pode controlar o ritmo, quando
e onde estudar. Embora os alunos ainda frequentem escolas com abordagens e
metodologias mais convencionais, com a presença de um professor, as práticas de
sala de aula face a face são combinadas com atividades mediadas por computador.

Hoje, ensino híbrido se refere não apenas a maneira de ensinar e aprender de forma
diferente, mas também ao uso de mais de um método de ensino para aumentar as
chances de aprendizagem e suporte ao aluno. Este tipo de ensino permite continuar
dando suporte para ele mesmo quando está fora de sala de aula.

Muito se torcia o nariz para essa abordagem. Mas hoje, ela torna-se o centro do
debate educacional em um mundo pós COVID-19.
Quais são as suas vantagens?
Há inúmeras. Mas selecionamos algumas que valem a pena chamar atenção:

Professores e alunos não ficam limitados a apenas um meio de ensino/

aprendizado.

A customização de conteúdo é mais factível. Cada aluno pode ter uma trilha de
aprendizado diferente.

Promove uma abordagem de aprendizagem contínua que é mais eficaz em

ambientes de mudanças e aprendizagem profunda.

Alunos se mostram mais engajados ao interagir com diferentes metodologias.

Oferece mais oportunidades de aprendizagem social, colaboração, maior

participação e estratégias informais.

O aluno tem acesso à informação por diferentes meios, podendo acessar de

vários locais e em horários de conveniência.

O uso de abordagens síncronas e assíncronas pode fornecer mais

oportunidades para os alunos desenvolverem suas habilidades e aplicá-las.

Há uma grande flexibilidade de conteúdo, maneira de ensiná-lo e plataforma.

Existe potencial para um desenvolvimento mais rápido e custos reduzidos,

dependendo das abordagens que você selecionar.

O ensino híbrido aumenta a escala de atendimento, o que pode reduzir muito

o custo do ensino.
Quais O ensino híbrido é comum na era digital que se

são as
tornou quase sinônimo de “aprendizagem” em si.
Algumas práticas pedagógicas que ocorrem em
uma sala de aula convencional são muito aplicáveis
suas para o ensino online. As discussões, por exemplo.
Uma estratégia bem conhecida nas escolas. Elas

vantagens? podem ocorrer pessoalmente ou em fóruns online.

Os alunos podem enviar trabalhos online e receber
feedback dos professores eletronicamente.

A tecnologia permitiu que os educadores não

apenas aumentassem a experiência tradicional da
sala de aula, mas também a transformassem de
maneira geral, já que podem ministrar aulas de
maneiras diferentes.

O modelo de ensino híbrido já vem sendo usado em

estratégias de treinamento corporativo há muito
tempo. As universidades corporativas já adotam
essa prática, justamente por dar maior escala ao
ensino mais ‘técnico’. Uma abordagem híbrida pode
ser feita por vídeo-aulas, seguidos de um webinar
ou fórum de discussões finalizando com atividades
a serem executadas no trabalho ou uma avaliação. É
como montar um quebra-cabeça. A única diferença
é que agora o resultado final não é a foto de um
cavalo, mas a trilha de aprendizado de um aluno.
10 Boas Práticas
para a Gestão
Escolar
Desenhar uma trilha de ensino híbrido é
totalmente diferente de projetar um curso
convencional presencial. Você precisa de uma
mentalidade mais aberta, holística, para garantir
que tudo se encaixe de maneira eficaz. Para
lhe ajudar a desenvolver o melhor currículo,
coordenador, pesquisamos as melhores práticas e
sintetizamos em um conjunto de 10 dicas.
1 Relacionamento
em primeiro
lugar
Bons professores sabem que os alunos precisam se conectar
com ele antes de se conectar com o conteúdo. Construir e
manter bons relacionamentos e atender às necessidades
socioemocionais dos alunos deve ser a prioridade nº 1 para
os professores. Isso inclui lidar com traumas e incertezas
devido à pandemia e turbulência do retorno às aulas, bem
como promover relacionamentos positivos entre colegas e
nutrir um ambiente de aprendizagem seguro e de apoio.

Criar esse relacionamento de confiança com o aluno no

mundo digital é um desafio, e deve ser o seu principal
objetivo.
2 Projete para atender aos
resultados de aprendizagem, não
para usar tecnologias específicas
Escolha abordagens que cumpram os resultados de
aprendizagem ao invés de focar em uma ferramenta específica.

É muito comum projetarmos as lições baseados em

ferramentas e recursos que queremos usar.

As ferramentas não são o mais importante desse projeto. Os

objetivos de desempenho e aprendizado sim. Comece por
eles. Defina os. Apenas após isso, defina quais ferramentas,
entregáveis e tecnologias você usará.
 3 Projete do zero, em vez de
redesenhar um curso ou
currículo existente
Se adaptarmos ao redesenhar o currículo sem considerar
ambientes digitais, suas práticas de linguagem e
especificidades, tendemos a replicar o modelo tradicional de
ensino. É comum utilizarmos as mesmas práticas de arranjo de
grupo, conteúdo e maneira de exposição em ambientes virtuais
de aprendizagem. O currículo nos moldes do ensino híbrido
exige um design bem específico.

Por isso, crie do zero. Comece novamente, levando em conta os

objetivos de aprendizagem e os resultados que se pretende que
os alunos alcancem.
4 Considere as
preferências
e o contexto
do aluno

Leve as preferências do aluno em consideração

durante a criação e o desenvolvimento do
currículo, propostas e aulas. Pesquise o público
para descobrir os ambientes de aprendizagem
que eles preferem ou consideram mais
convenientes. Por exemplo, em outros contextos,
se os membros do público estiverem isolados
de seus colegas, eles podem preferir discussões
online a cursos individualizados.

O contexto também deve ser levado em

consideração. A maioria dos alunos hoje apenas
utilizam dispositivos móveis. Isso dificulta a
utilização de algumas ferramentas. Se pergunte:
Quais dispositivos meus alunos utilizam?
Como é a sua conexão com a internet? Quais
ferramentas posso utilizar que seja fácil de
acessar em dispositivos móveis? Posso fazer essa
mesma atividade digital e offline?
5 Mantenha as expectativas
e as rotinas de sala de
aula simples e claras
Todos os alunos se beneficiarão por ter expectativas e diretrizes
muito claras e simples para o aprendizado virtual ou em casa.
Para ambientes a distância e híbridos, certifique-se de que os
alunos saibam quais plataformas de tecnologia usarão, como
se comunicar com os professores e entre si, onde encontrar
tarefas e recursos e o que fazer se precisarem de ajuda ou
tiverem dúvidas.
6 Use “scaffolding” para ajudar
os alunos a ter sucesso com a
aprendizagem autônoma
Um dos maiores desafios em um modelo de ensino híbrido
ou à distância é garantir que os alunos tenham o suporte de
que precisam para trabalhar de forma autônoma em casa.
Essa é a maior dúvida, maior causa de desmotivação.

Fornecer expectativas claras, dividir as tarefas em partes

menores, dar aos alunos uma estrutura para fazer anotações
e ensinar explicitamente o vocabulário acadêmico e as
habilidades de pensamento, podem preparar os alunos
para atingir os objetivos enquanto trabalham de forma
autônoma.
 7 Promova aprendizagem
ativa, envolvimento e
colaboração
Em um ambiente virtual, os professores precisam
trabalhar ainda mais para criar oportunidades
de conexão, colaboração, envolvimento e
aprendizagem ativa. Adicionar interatividade às
aulas virtuais ajudará os alunos a manter o foco e o
envolvimento.

Como fazer isso? Utilize momentos de webinar,

discussões, quizzes e projetos. Use a imaginação.
Existem várias ferramentas que poderão lhe ajudar.
8 Projete
para
construir
sinergia

Determine como os componentes de uma estratégia

combinada se encaixarão como um todo. Vincule as
experiências de aprendizagem de cada componente entre si
para que trabalhem para se reforçar.

Essa pergunta deve sempre estar em sua mente:

“Como os conteúdos de materiais diferentes podem ser
complementares?”

Pense como se fosse tecer uma tapeçaria. Traga diferentes

professores para lhe ajudar a costurar esse currículo. Tenho
certeza que terão várias ideias de sinergia.
9 Prepare os
alunos
Uma estratégia de ensino combinada será
nova para muitos professores e alunos. Forneça
uma orientação e justificativa para o uso dessa
abordagem. Você pode precisar introduzi-lo em
um nível organizacional. Por que não realizar os
treinamentos dos professores e equipes diretivas
de maneira híbrida? Assim, todos podem
experienciar desse novo modelo antes de aplicar
com os seus alunos.

Os participantes podem desfrutar da liberdade

e diversidade em um programa combinado.
Deixe-os conhecer seus benefícios.
10 Avalie o programa
construindo um piloto
Não comece por todo o currículo. Comece por um conteúdo,
uma turma.

Para avaliar um programa híbrido, comece pequeno com

uma versão piloto ou prototipada. Determine se os alunos
podem entender como isso se encaixa e observe para ver
onde as pessoas podem tropeçar. Observe quais aspectos são
motivadores e eficazes e quais são frustrantes. Implemente
uma estratégia de melhoria contínua.

Comece pequeno e vá medindo os resultados. Não tem

receita de bolo. Você terá que estar aberto ao erro e testar
muito antes de estar plenamente satisfeito com um novo
modelo de ensino.
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