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Ministério da Educação

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação


Diretoria de Projetos Especiais
Fundo de Fortalecimento da Escola – FUNDESCOLA
© 2005
Esta obra poderá ser reproduzida desde que citada a fonte.

Elaboração:
Lílian Barboza de Sena

Colaboração, revisão e validação do documento:


Alcides Aparecida C. da Veiga Jardim
Angélica Maria F. de Souza
Arilma Maria de Almeida Spindole
Dúrbio Avelino da Silva
Francisca das Chagas S. da Silva
Glauciane Pinheiro Andrade
Maria Antônia Tânia A. Lopes
Maria Nanci Costa de Lucena
Marizélia Laray
Olgalice Suzarte de Jesus
Wellingta Magnólia L. Leite de Andrade
João Libânio Cavalcante
Roselita Cosmo de Sousa Sales

Esta obra foi editada e publicada para atender a objetivos do Programa


FUNDESCOLA/DIPRO/FNDE, em conformidade com o acordo de financiamento
número 4487 BR, celebrado com o Banco Mundial, no âmbito do Projeto BRA
00/027 do PNUD e do Projeto BRA 914/1111 da Unesco.
Aluna de uma EscolaAtiva do estado do Pará.

Declaração Mundial de Educação Para Todos


“Quer as novas oportunidades educacionais transformem-se em
desenvolvimento significativo ou não, para o indivíduo ou para a sociedade
depende, em última instância, se as pessoas realmente aprenderão como
resultado dessas oportunidades, isto é, se elas realmente assimilarão
conhecimentos práticos, capacidade de raciocínio lógico, habilidades e
valores.
A educação básica deve, portanto, dar prioridade à verdadeira
aprendizagem e a seu resultado, em vez de ater-se somente à matrícula,
participação contínua em programas organizados e cumprimento de
exigências para obtenção de certificados. Abordagens ativas e que exigem
participação são particularmente valiosas para assegurar a aprendizagem
e permitir que os alunos desenvolvam plenamente seus potenciais. É
necessário, portanto, definir os níveis aceitáveis de aprendizagem para os
programas educacionais, assim como melhorar e aplicar sistemas de
avaliação do rendimento escolar.”

Conferência Mundial – Educação Para Todos


1990, Jomtien – Tailândia
Índice

1. Apresentação ......................................................................................... 7
2. Introdução .............................................................................................. 9
3. Escola Ativa no Brasil ............................................................................. 11
4. Concepções que fundamentam a estratégia metodológica Escola Ativa ...15
5. Condições para a implantação da estratégia metodológica Escola Ativa ..25
6. Custos para a implantação da estratégia metodológica Escola Ativa ........31
7. O monitoramento, o assessoramento pedagógico e a formação
continuada como condições para o sucesso da estratégia metodológica
Escola Ativa ...........................................................................................33
8. Considerações finais .............................................................................37
9. ANEXOS ...............................................................................................41
Anexo I – Especificações técnicas do kit pedagógico .............................43
Anexo II – Ficha cadastral do município .................................................51
Bibliografia
APRESENTAÇÃO 7

Apresentação
A estratégia metodológica Escola Ativa foi implantada no Brasil em 1997,
pelo Ministério da Educação, com o objetivo de minimizar uma lacuna no sistema
educacional brasileiro: a ausência de metodologia adequada para o atendimento
de escolas multisseriadas.

Os altos índices de fracasso escolar dessas escolas, em sua maioria


unidocentes, isoladas e com poucos recursos, localizadas geralmente no campo,
apontavam a necessidade de se dirimir os problemas educacionais existentes:
altos índices de evasão, reprovação e distorção idade-série, além de professores
despreparados para lidar com uma organização escolar diferente.

A Escola Ativa, como uma inovação pedagógica voltada para o combate


às causas desse fracasso escolar, utiliza métodos e materiais adequados para
o atendimento dessas escolas, investindo na formação continuada dos
professores e propiciando acompanhamento técnico aos estados e municípios
que implantaram a estratégia em sua rede.

Durante todos esses anos, a implementação da Escola Ativa vem


mobilizando vários educadores, de várias partes do Brasil, que acreditam no
sucesso dos alunos da escola multisseriada e na competência dos profissionais
que trabalham com a educação no campo, pois esta leva qualidade às escolas
e melhora o desempenho escolar dos alunos.

Neste momento, a estratégia busca sua sustentabilidade nos estados e


municípios, focalizando sua atuação naquilo que é essencial para sua
institucionalização de acordo com os objetivos traçados pela Diretoria de
Programas Especiais: garantir a institucionalização da Escola Ativa nos estados
e municípios e propiciar que suas equipes desenvolvam as ações de implantação,
monitoramento, implementação e avaliação, sem perder o foco na qualidade.

Esta publicação pretende orientar Secretarias Estaduais e Municipais


interessadas na implantação da estratégia metodológica Escola Ativa, buscando
definir procedimentos que objetivem a qualidade e o sucesso das ações a serem
executadas, proporcionando, assim, uniformidade na transmissão das concepções
e metodologias que norteiam os elementos e instrumentos da estratégia.
8 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Esperamos que essas diretrizes facilitem a execução das ações, contribuindo


de forma significativa para a melhoria da aprendizagem dos alunos, para a
prática de seus professores e para o sucesso da Escola Ativa em suas escolas.

Leopoldo Jorge Alves Júnior


Diretor de Programas Especiais/FNDE/MEC
Introdução

Alunos da EscolaAtiva em um desfile de 07 de setembro no estado do Maranhão.


10 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

A escola que antes era considerada “forte” era aquela que exigia muitos
conteúdos, mesmo que estes beirassem o absurdo e a inutilidade. O foco do
ensino visava ao acúmulo de informações, e o meio era a habilidade de
memorização e reprodução em momentos de avaliação. Assim, a aprendizagem
se limitava, sobretudo, à capacidade de repetir a linguagem transmitida.
Essa escola não atrai o aluno de hoje. Os rumos da educação para o
momento social atual se voltam para um novo foco: o desenvolvimento de
competências nos vários campos do saber. Ser competente é colocar em jogo
nossas habilidades sócio-afetivas e cognitivas frente a uma situação-problema,
e o papel do professor é possibilitar ao aluno a construção de um “fazer”
autônomo, cooperativo e interdependente, desempenhando as funções de
organizador, consultor, mediador e incentivador da aprendizagem.
Na LDB – Lei de Diretrizes e Bases da educação no 9394/96 – destacam-se
algumas acepções do “aprender” referentes à educação escolar:
Art. 32 – o ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório
e gratuito, na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo como meio
básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores.
Para o século XXI, a UNESCO, no Relatório Jacques Delors, apresenta os
quatro pilares da educação, que devem permear diretrizes gerais e orientadoras
na proposta curricular da educação escolar: Aprender a Conhecer, Aprender a
Fazer, Aprender a Viver Juntos e Aprender a Ser, que é a via essencial que integra
os três pilares anteriores.
Em consonância com o exposto, a Escola Ativa, implantada no Brasil desde
1997, traz estratégias pedagógicas inovadoras que permitem a formação integral
do aluno, respeitando a diversidade e priorizando a identidade e o exercício de
cidadania.
Concebendo a Escola Ativa como política pública para classes
multisseriadas, os estados e municípios garantem uma escola que tem o
compromisso com o sucesso de seus alunos, mostrando que é possível promover
a eqüidade, respeitando a diversidade cultural, regional e comunitária em sua
essência e na sua organização.

Alcides Aparecida Cardoso da Veiga Jardim


Coordenadora Estadual da Escola Ativa do Estado de Goiás
Escola Ativa
no Brasil

Alunos de uma EscolaAtiva do estado de Sergipe.


12 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Historicamente, no Brasil, as classes multisseriadas foram discriminadas


por serem escolas de difícil acesso, unidocentes, isoladas, heterogêneas, de
organização complicada e que não possuíam representatividade junto às
Secretarias Municipais e Estaduais de Educação. Localizadas, em sua maioria,
no campo, esperava-se que um dia elas desaparecessem, como conseqüência
natural de um processo de desenvolvimento econômico que levou para as
cidades, nas últimas décadas, um enorme contingente da população rural. Além
disso, persistiam nessas classes vários problemas: o nível de aprendizagem
dos alunos, bem inferior aos das escolas seriadas; os altos índices de repetência;
a evasão e a má formação de professores.
Em maio de 1996, um grupo de técnicos da Direção-Geral do Projeto
Nordeste1, projeto do Ministério da Educação, e técnicos dos estados de Minas
Gerais e Maranhão foram convidados pelo Banco Mundial a participarem, na
Colômbia, de um curso sobre a estratégia “Escuela Nueva – Escuela Activa”,
desenhada por um grupo de educadores colombianos que, há mais de vinte
anos, obtinha sucesso no enfrentamento dos problemas educacionais das
classes multisseriadas daquele país.
Surgiu daí o desafio de se pensar nessa alternativa como uma metodologia
que objetivasse conferir qualidade às classes multisseriadas brasileiras, tornando
o ensino nelas desenvolvido de igual ou melhor qualidade do que o das classes
seriadas: desafio pretensioso, mas possível.
Em agosto de 1996, em um seminário ministrado por um representante da
Fundacion volvamos a la gente, responsável na Colômbia pela implantação e
implementação da estratégia neste país, a DGPN2 reuniu em Brasília todos os
Secretários de Educação e diretores de ensino dos estados do Nordeste para
conhecerem a estratégia e decidirem sobre sua adoção.
Após o seminário, os estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande
do Norte, Ceará, Maranhão e Piauí decidiram pela adoção da estratégia e, em
outubro de 1996, técnicos destes estados foram capacitados na Colômbia. A
partir daí, a estratégia passou a se chamar Escola Ativa.
A implantação da estratégia metodológica Escola Ativa no Brasil ocorreu
no ano de 1997, com assistência técnica e financeira do Projeto Nordeste/MEC,
tendo como objetivo aumentar o nível de aprendizagem dos alunos, reduzir a
repetência e a evasão e elevar as taxas de conclusão de parte do ensino
fundamental, ou seja, de 1a a 4a série. No final de 1998, os estados de Sergipe e
Alagoas decidiram implantar, também, a estratégia.

1
Projeto Educação Básica para o Nordeste.
2
Direção-Geral do Projeto Nordeste.
ESCOLA ATIVA NO BRASIL 13

Em meados de 1999, o Projeto Nordeste chegou ao seu final, dando lugar a


um novo momento, ou seja, ao surgimento do Programa FUNDESCOLA3, o que
não acarretou descontinuidade nas ações de implementação da estratégia que
já se consolidavam nos estados. A Escola Ativa então passou a fazer parte das
ações do Programa FUNDESCOLA.
Para melhor compreensão, subdividiremos o processo de implantação da
Escola Ativa no Brasil em fases. Tais fases representam o processo que a
estratégia percorreu desde sua implantação ao longo dos últimos anos.
Fase I – Implantação e testagem – momento da preparação, implantação e
acompanhamento para conhecer a efetividade da estratégia Escola Ativa,
buscando a afirmação pela qualidade da mudança em sala de aula. Período
compreendido entre os anos de 1997 e 1998, em estados da região Nordeste. O
Projeto Nordeste planejou ações que incluíram a elaboração de Guias de
Aprendizagem, a capacitação de técnicos e professores e a contratação de um
supervisor pedagógico por estado, para realizar supervisões nas escolas.
Fase II – Expansão I – momento de ampliar o número de escolas nos estados
e nos municípios do Nordeste que solicitaram a expansão, sem perder de vista
a qualidade. Nesta fase, ocorreu, nas regiões Norte e Centro-Oeste, a implantação
em municípios que compunham a ZAP – Zonas de Atendimento Prioritário –
definidas pelo Programa FUNDESCOLA.
Fase III – Consolidação – reconhecimento da efetividade da estratégia pelos
estados e municípios. Criação de rede de formadores (multiplicadores) da
estratégia, dando aos estados e municípios a oportunidade de participarem das
ações de formação e de monitoramento mais eficazmente. Esta fase daria início
ao processo de proporcionar mais autonomia aos estados e municípios nas
ações de monitoramento e formação dos profissionais de sua rede. Os
supervisores contratados pelo Programa FUNDESCOLA, que antes prestavam
assessoramento pedagógico mensal aos professores em suas escolas,
realizariam esta ação como demonstração. Seus esforços estariam voltados
agora para o assessoramento aos técnicos estaduais e municipais, orientando-
os em suas dificuldades e nas dificuldades detectadas junto aos professores
nos processos de legalização e articulação e de alinhamento da estratégia Escola
Ativa com outras ações da Secretaria.
Fase IV – Expansão II – nesta fase houve uma expansão que rompia com os
limites das ZAP, oportunidade em que foram incorporados municípios denominados
autônomos. A esses municípios restaram as responsabilidades de capacitar seus
professores e dotar as escolas de estrutura física e de kit pedagógico4.

3
Programa Fundo de Fortalecimento da Escola.
4
Conjunto de materiais didáticos como globo, mapas, etc. Ver listagem no Anexo I.
14 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Ao Programa FUNDESCOLA coube a distribuição dos materiais instrucionais,


para a formação de professores, e de Guias de Aprendizagem5, para os alunos,
necessários para a implantação.
Fase IV – Disseminação e Monitoramento – hoje estruturalmente
pertencente às ações educacionais da Coordenação Geral de Fortalecimento
Institucional – CGFOR/Diretoria de Programas Especiais/FNDE/MEC, a Escola
Ativa conta com responsáveis pela implantação, implementação e
monitoramento da estratégia nos âmbitos nacional, estadual e municipal, que
compõem uma grande rede junto a gestores, técnicos, professores, alunos e
pais que se apóiam e caminham buscando a sustentabilidade da estratégia
nas escolas, nos estados e nos municípios. A fase atual busca a sustentabilidade
nos estados e municípios, focalizando sua atuação naquilo que é essencial
para o seu sucesso, propiciando às equipes estaduais e municipais que
desenvolvam autonomamente as ações de implantação, monitoramento,
implementação e avaliação, sem perder o foco na qualidade.
Esta fase se traduz, também, num momento de adequação e desenvolvimento
de projetos pilotos para atendimento de demandas para as áreas indígenas e
extrativistas.
Para as áreas de reservas agro extrativistas foram desenhados quatro Guias
complementares que atenderão as especificidades dessa clientela sem, contudo,
descaracterizar a metodologia da Escola Ativa.
Ao longo dos anos, a estratégia metodológica Escola Ativa, que em sua
implantação foi uma transposição da estratégia colombiana “Escuela Nueva -
Escuela Activa”, foi sendo adaptada por todos os agentes envolvidos
(coordenadores, gerentes, técnicos estaduais e municipais, professores e alunos)
para se adequar cada vez mais à diversidade educacional, cultural, geográfica
e política do contexto rural brasileiro, valorizando as pessoas e as ações voltadas
para a melhoria das condições econômicas, sociais e educacionais das
comunidades do campo.

5
Livros didáticos das áreas do conhecimento elaborados para o atendimento de classes multisseriadas que
implantaram a estratégia Escola Ativa.
ConcepçõesqueFundamentama
EstratégiaMetodológica
EscolaAtiva

Alunos de uma EscolaAtiva do estado de Roraima, em uma atividade com a comunidade.

“A Escola Ativa valoriza o ser humano a partir de sua bagagem natural. Uma
escola onde todos constróem seu conhecimento. Acima de tudo, uma escola
que reflete a expectativa da comunidade quanto ao ensino e à aprendizagem
dos alunos envolvidos no processo.”

Prof. Luiz Augusto Paiva


Secretário Municipal de Castanhal - PA
16 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

A escola precisa ser vista como a unidade fundamental para a


implementação de mudanças e, para tanto, é essencial mudar as práticas de
construção do conhecimento em sala de aula.
As avaliações6 realizadas com os alunos brasileiros comprovam a baixa
qualidade da educação, razão pela qual torna-se necessária a revisão das
práticas pedagógicas em sala de aula e fora dela. Isto implica:
z mudar o papel do professor, de repassador de informações, para um
arquiteto de percurso, um articulador de pensamentos;
z oferecer atividades que desafiem os alunos, possibilitando-lhes
desenvolver experiências pertinentes de aprendizagem;
z organizar trabalhos cooperativos em pequenos grupos;
z promover a participação ativa dos alunos como protagonistas da
construção da sua aprendizagem e da sua formação como cidadãos
autônomos;
z planejar oportunidades para que os alunos coloquem seus
conhecimentos prévios em prática, ampliando-os e aplicando-os às
novas experiências;
z avaliar, no processo, o desempenho dos alunos;
z realimentar permanentemente conteúdos em um ritmo adequado;
z explicitar aos alunos o que se espera deles.
A escola que não considera estas e outras práticas eficazes limita a
possibilidade de se enfrentar os persistentes problemas da baixa qualidade da
educação.
A estratégia metodológica Escola Ativa tem como princípios norteadores a
valorização do aluno como ser livre, ativo e social, o professor como facilitador
no processo de aprendizagem do aluno e a comunidade como parceira na
transmissão de saberes culturais, sociais e nas atividades empreendidas pela
escola.
Possui como objetivos:
z ofertar às escolas multisseriadas uma metodologia adequada e com
custos mais baixos que a nucleação;

6
SAEB e PIZA.
CONCEPÇÕES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 17

z atender o aluno em sua comunidade, conforme prescreve a RESOLUÇÃO


No 1, Art.6o do CNE7 de 03 de abril de 2002, que institui Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo;
z promover a eqüidade;
z reduzir as taxas de evasão e repetência nas escolas multisseriadas;
z corrigir a distorção idade/série dos alunos;
z promover a participação dos pais nos aspectos pedagógicos e
administrativos da escola;
z melhorar a qualidade do Ensino Fundamental – 1a a 4a série – ofertado
nessas escolas.
Sua implementação e vivência proporcionam:
z ao aluno: o acesso ao conhecimento prático aplicável no meio social
em que vive; a ampliação e o acesso a novos conhecimentos; a
aprendizagem cooperativa; o desenvolvimento de seu senso crítico e
autonomia;
z ao professor: a oportunidade de refletir sobre sua formação,
individualmente ou em grupo; o acesso às novas metodologias com
orientação e assessoramento pedagógico;
z ao técnico pedagógico: a oportunidade de refletir sobre sua formação
e atuação visando intervenções pedagógicas eficazes junto ao professor;
compreender a metodologia aplicada; identificar dificuldades
diagnosticadas na aprendizagem do discente e na prática e formação
dos docentes;
z à comunidade: a oportunidade de participar da gestão da escola como
co-responsável no processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos,
interagindo na construção do conhecimento.
Ressalta-se que esta estratégia está fundamentada em princípios que
valorizam a:
z educação voltada para a transformação social;
z educação voltada para o desenvolvimento de valores éticos, morais,
cívicos e democráticos;

7
Art. 6o – O Poder Público, no cumprimento das suas responsabilidades com o atendimento escolar e à luz da
diretriz legal do regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, proporcionará
Educação Infantil e Ensino Fundamental nas comunidades rurais, inclusive para aqueles que não o concluíram
na idade prevista, cabendo em especial aos Estados garantir as condições necessárias para o acesso ao Ensino
Médio e à Educação Profissional de Nível Técnico.
18 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

z educação voltada para o fortalecimento do vínculo escola-família-


comunidade.
Para atender a estas especificidades, a Escola Ativa é estruturada de acordo
com os seguintes componentes:

Curricular
Componente relacionado à oferta dos conteúdos que são trabalhados na
sala de aula a partir de cada elemento da estratégia Escola Ativa. O componente
curricular é formado pelos seguintes elementos: Guias de Aprendizagem,
Cantinhos de Aprendizagem, Governo Estudantil e Comunidade.

Formação e Acompanhamento
Componente voltado para o planejamento e promoção de encontros, cursos
ou reuniões para a formação continuada dos técnicos e professores, fortalecendo
as experiências de sucesso e intervindo nas distorções detectadas.

Comunitário
Componente voltado para fortalecer as relações escola-família-comunidade.

Administrativo
Componente voltado para a organização da documentação escolar, a
legalização e a institucionalização da estratégia metodológica Escola Ativa junto
aos conselhos de educação.
Os componentes que estruturam a metodologia da Escola Ativa possuem
estratégias vivenciais chamadas de elementos. Os elementos da estratégia são
voltados para a formação de valores democráticos, participativos e que favoreçam
a aprendizagem dos conteúdos escolares. Quando combinados, beneficiam a
aprendizagem efetiva nas classes multisseriadas, como veremos a seguir.
CONCEPÇÕES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 19

1. Guias de Aprendizagem
São livros didáticos das
áreas do conhecimento – Língua
Portuguesa, Matemática, Ciências,
História e Geografia – com uma
organização que permite aos
alunos o desenvolvimento das
atividades de forma autônoma.
Enfatiza a auto-aprendizagem
como princípio educativo,
possibilitando que os alunos
avancem no seu próprio ritmo
Escola Ativa do estado da Bahia.
durante o processo de ensino,
seguindo os processos lógicos nas atividades apresentadas.

Os guias possuem:

z Atividades seqüenciais que partem da problematização mais simples para


a mais complexa.

z Propostas de atividades individuais, em duplas e em grupos que


favoreçam o aprendizado cooperativo e o planejamento das aulas. Foram
elaborados especialmente para o atendimento das classes multisseriadas
a partir das diretrizes curriculares nacionais, mas são passíveis de
adaptações baseadas na proposta curricular do município ou do estado.

2. Cantinhos de Aprendizagem
São espaços organizados pela comunidade
escolar que remetem à pesquisa, à investigação,
à observação e à aquisição de novos
conhecimentos.
Este elemento estimula o aluno a investigar,
a questionar e a pesquisar. Os cantinhos devem
conter:
z Material para manuseio e observação.
z Material de apoio e incentivo à pesquisa.
z Produções dos alunos.
z Artigos e produtos produzidos na
comunidade. Escola Ativa do estado da Bahia.
20 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

3. Governo Estudantil
É uma organização dos
alunos e para os alunos, que
garante sua formação cívico-
democrática, desenvolvendo
diversas atividades em prol da
escola e da comunidade. Em cada
escola, há um governo estudantil
(presidente, vice-presidente e
secretário), formado e eleito pelos
alunos e que os estimula a sempre
estarem envolvidos com as
atividades da sala de aula e na
gestão da escola, oportunizando EscolaAtiva do estado do Mato Grosso.
o desenvolvimento afetivo, social e moral, exercitando assim a cidadania.
Promove:
z O desenvolvimento sócio-emocional dos alunos.
z O desenvolvimento de valores cívicos e democráticos.
z O incentivo para a formação de líderes.
z O compromisso do aluno com a escola.
z A participação da comunidade na gestão administrativa e pedagógica escolar.
z O desenvolvimento da escrita e da oralidade com função social.

4. Articulação com a comunidade


Promove relações mais
estreitas com a comunidade,
visando à formação integral do
aluno, com atividades curriculares
relacionadas à sua vida diária e ao
seu ambiente natural e social.
Considera:
z A escola como sistemati-
zadora dos conheci-
mentos da comunidade.
z A comunidade como ComunidadeRuraldoestadodeRoraima.
parceira efetiva da escola
no processo educativo.
z Os conteúdos que revitalizam a cultura da comunidade e a vida do aluno.
CONCEPÇÕES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 21

Tanto os componentes da estratégia Escola Ativa como seus elementos se


inter-relacionam, e suas formas de organização e acompanhamento levam em
conta os seguintes procedimentos:

Aprendizagem ativa e centrada no aluno


O aluno é o foco do trabalho da Escola Ativa. Todo o planejamento deve ser
relacionado com o cotidiano dos alunos. Cabe ao professor organizar e coordenar
as situações de aprendizagem, considerando as características individuais dos
alunos para o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades intelectuais.

Avaliação contínua e processual


A avaliação deve verificar adequadamente se o aluno está adquirindo
conhecimentos, desenvolvendo capacidades, aptidões e formando atitudes e
valores. A avaliação é vista como um conjunto de ações que tem a função de
alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Os alunos, tendo clareza
dos conteúdos e do grau de expectativa da aprendizagem que se espera deles,
terão mais condições de desenvolver, com a ajuda do professor, estratégias
pessoais e recursos para vencer dificuldades.

Recuperação paralela
Detectados os aspectos que deverão ser revistos, o professor deverá
redirecionar suas ações, oferecendo aos alunos com dificuldades de
aprendizagem atividades de recuperação para o seu desenvolvimento durante
o estudo do conteúdo, nunca após o término do bimestre, semestre ou ano
letivo.

Promoção flexível
O aluno, ao desenvolver competências e habilidades relacionadas aos
conteúdos da série em que estuda, é promovido para a série seguinte,
independentemente de ter ou não concluído o ano letivo.
22 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Atenção!
Em relação à avaliação, à recuperação e à promoção flexível, a Escola
Ativa respalda-se na LDB – Lei no 9.394/96 e em seus artigos a saber:
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais,
períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos
não-seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou
por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de
aprendizagem assim o recomendar.
§ 1o A escola poderá reclassificar os alunos, até mesmo quando se
tratar de transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior,
tendo como base as normas curriculares gerais.
§ 2o O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais,
até mesmo climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de
ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será
organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas
por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído
o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do
ensino fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento,
a série ou fase anterior na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante
avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento
e experiência do candidato e que permita sua inscrição na série
ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo
sistema de ensino;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série,
o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial,
desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as
normas do respectivo sistema de ensino;
CONCEPÇÕES QUE FUNDAMENTAM A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 23

IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries


distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para
o ensino de línguas estrangeiras, artes ou outros componentes
curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento
escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em
seus regimentos.
CondiçõesparaaImplantação
daEstratégiaMetodológica
EscolaAtiva

E. M. R. Laura Vicunha – Pedra Preta - Mato Grosso.

“A estratégia metodológica Escola Ativa tem desempenhado importante papel


na inclusão escolar e social dos alunos moradores do campo, pois trabalha, não
só os conteúdos curriculares, mas a valorização da identidade, da auto-estima e
do respeito à diversidade social, cultural e étnica.
É importante destacar que as escolas municipais parceiras têm contribuído
sobremaneira para o oferecimento de um ensino de qualidade que vem
melhorando o desempenho escolar desses alunos.
Os quatorze municípios do Mato Grosso do Sul que adotaram a Escola Ativa
como estratégia para a redução dos altos índices do fracasso escolar alcançaram
resultados bastante positivos, reduzindo a evasão escolar e elevando a taxa de
aprovação.
Acreditamos na força de transformação que esse projeto pode desencadear na
comunidade campesina, à medida que tem compromisso com a qualidade do
ensino e com o êxito escolar dos alunos.”

Depoimento do Profor. Hélio de Lima


Secretário de Estado de Educação do Estado do Mato Grosso do Sul
26 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Geralmente a informação sobre a estratégia metodológica Escola Ativa vem


de diversas formas: informalmente, em conversas e comentários, por meio de
notícias e reportagens veiculadas na mídia, em palestras, etc. Mas poucos
gestores procuram se atualizar sobre as informações técnicas ou as condições
que existem para se implantar a estratégia.
Para a implantação da estratégia metodológica Escola Ativa, os estados e/
ou municípios devem reunir as seguintes condições:
z possuir classes multisseriadas;
z assinar o Acordo de Cooperação e Apoio Técnico entre a DIPRO/FNDE/
MEC, estados e municípios8;

z monitorar os processos de implantação e implementação, por meio de


uma supervisão pedagógica sistemática;
z dotar as escolas de condições mínimas de funcionamento9;
z prover as escolas de materiais didáticos10 e de kit pedagógico.
Além das condições acima, o estado e os municípios devem seguir processos
para a implantação e implementação da Escola Ativa que obedecem as seguintes
etapas:
1. solicitar informações técnicas sobre a Escola Ativa ao órgão gestor
central, para decidir sobre a implantação ou não da estratégia
metodológica11;
2. demonstrar intenção e condições de implantar com qualidade a estratégia
metodológica Escola Ativa e solicitar, por meio de comunicação formal
ao órgão gestor central, a sua implantação;
3. assinar o Acordo de Cooperação entre estados/municípios/DIPRO/FNDE/
MEC;

4. selecionar escolas que implantarão a estratégia metodológica Escola


Ativa12;

8
Documento a ser solicitado à Diretoria de Programas Especiais/FNDE/MEC para a implantação da estratégia
Escola Ativa.
9
Garantir às escolas: ambiente salubre, carteiras individuais para o trabalho em grupo.
10
Prover de material escolar (caderno, lápis, borracha e apontador) e didático (livros didáticos e de literatura infantil)
permanente.
11
As informações técnicas sobre a estratégia metodológica Escola Ativa poderão ser obtidas por meio de contato
com a DIPRO/FNDE/MEC ou com a Coordenação Estadual da Escola Ativa nos 19 estados das regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. Recomendamos que o município que tenha a intenção de implantar a Escola Ativa
visite inicialmente uma escola que tenha a estratégia implantada. Esta visita poderá demonstrar a efetividade da
estratégia, como é desenvolvida e, principalmente, se esta se adequa ou não à realidade do município.
12
Recomenda-se implantar a estratégia em um número reduzido de escolas, garantindo o trabalho efetivo de
monitoramento e o sucesso da implantação. Após a avaliação da implementação, caso o município ou estado
queira expandi-la, esta ação deverá ser feita gradativamente.
CONDIÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 27

5. adequar as escolas com condições mínimas de funcionamento;


6. selecionar técnicos estaduais e/ou municipais com formação adequada
para prestarem assessoramento pedagógico aos professores;
7. capacitar técnicos e professores na estratégia metodológica Escola
Ativa;
8. solicitar os Guias de Aprendizagem ao órgão gestor central;
9. implantar a estratégia metodológica Escola Ativa nas escolas;
10. acompanhar, monitorar e avaliar a implantação;
11. promover reuniões e encontros para a formação continuada de técnicos
e professores de sua rede;
12. institucionalizar a estratégia metodológica Escola Ativa junto aos
conselhos de educação;
13. avaliar institucionalmente a implementação da Escola Ativa.
De acordo com os critérios estabelecidos pelo Fundescola para disseminação
da Escola Ativa, são da responsabilidade de cada gestor:

DIPRO/FNDE/MEC
a) definir políticas e estratégias para a implantação e a implementação da
estratégia metodológica Escola Ativa em âmbito nacional;
b) prestar assessoramento técnico às Secretarias Estaduais e Municipais
de Educação durante os processos de implantação e implementação
da estratégia metodológica Escola Ativa;
c) disponibilizar material instrucional, para técnicos e professores, que
propiciem a formação inicial da estratégia metodológica Escola Ativa
no estado ou no município;
d) disponibilizar Guias de Aprendizagem de 1a a 4a séries aos alunos das
escolas beneficiadas com a estratégia Escola Ativa;
e) acompanhar, por meio de avaliação externa, o impacto da implantação
da estratégia metodológica Escola Ativa no desempenho dos alunos
(índices de promoção, diminuição do índice de evasão e de distorção
idade-série) e na formação dos professores das classes multisseriadas
que adotaram a estratégia.
28 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO


a) coordenar e monitorar, em âmbito estadual, o processo de implantação e
implementação da estratégia metodológica Escola Ativa;
b) garantir as condições básicas de infra-estrutura para o funcionamento da
coordenação estadual da Escola Ativa, para a realização do monitoramento
e assessoramento técnico indispensáveis ao bom andamento da
implementação da estratégia metodológica Escola Ativa no estado;
c) promover e viabilizar encontros, palestras e seminários, com vistas à
análise, à discussão e à avaliação do desenvolvimento dos trabalhos;
d) viabilizar a distribuição dos Guias de Aprendizagem e de outros materiais
instrucionais destinados às ações de implantação e implementação da
estratégia metodológica Escola Ativa;
e) elaborar o Plano de Trabalho Anual, em consonância com as Normas e
Diretrizes da DIPRO/FNDE/MEC, com vistas à celebração e à execução
de convênio(s) destinado(s) à formação inicial e continuada dos
professores e técnicos estaduais ou municipais;
f) coordenar a execução dos eventos de formação inicial e continuada
promovidos pelo DIPRO/FNDE/MEC, no âmbito do estado e dos
municípios;
g) garantir condições para o deslocamento dos técnicos estaduais às
escolas que adotaram a estratégia metodológica Escola Ativa;
h) prestar assessoramento técnico-pedagógico às Secretarias Municipais;
i) regularizar, junto ao Conselho de Educação pertinente, a situação das
escolas beneficiadas com o projeto Escola Ativa.

MUNICÍPIO
a) assegurar, com recursos próprios, a participação de 02 (dois) técnicos
nos eventos de formação inicial da estratégia metodológica Escola Ativa
ou em encontros pedagógicos promovidos pelo estado;
b) responsabilizar–se pela formação inicial e continuada de seus professores;
c) dotar as escolas de infra-estrutura física adequada ao desenvolvimento
das atividades inerentes à implantação e à implementação da estratégia
metodológica Escola Ativa;
d) garantir que os professores capacitados na estratégia metodológica
Escola Ativa permaneçam na escola;
CONDIÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 29

e) designar e manter um técnico da Secretaria Municipal de Educação,


capacitado na estratégia metodológica Escola Ativa, para realizar o
assessoramento pedagógico junto às escolas;
f) regularizar, junto ao Conselho de Educação pertinente, a situação das
escolas beneficiadas com estratégia metodológica Escola Ativa;
g) suprir as escolas selecionadas com mobiliário, kit pedagógico, material
escolar básico (cadernos, lápis, borracha, apontador), bem como com
material de consumo necessário ao pleno desenvolvimento das
atividades pedagógicas e administrativas relativas à estratégia;
h) distribuir, em tempo hábil, os Guias de Aprendizagem, bem como
acompanhar sua utilização junto aos professores e alunos;
i) viabilizar o deslocamento dos técnicos municipais ou da Coordenação
Estadual às Escolas Ativas, de forma a garantir orientação e
acompanhamento aos professores;
j) garantir o deslocamento e a participação dos supervisores e professores
municipais nos momentos destinados à formação continuada
(encontros, palestras, seminários, capacitação e microcentro).
Cabe à Secretaria Estadual designar um técnico habilitado na área
pedagógica para acompanhar as ações de implantação e implementação da
estratégia Escola Ativa no estado. Este técnico é chamado de Coordenador
Estadual. São responsabilidades do Coordenador Estadual da Escola Ativa:
1. Divulgar o programa junto às Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
2. Planejar e executar cursos e oficinas a partir das dificuldades detectadas
na ação de monitoramento.
3. Realizar reuniões com técnicos municipais ou estaduais e com
formadores, para acompanhamento e monitoramento do programa.
4. Elaborar, organizar e prestar orientações aos técnicos estaduais e
municipais na aplicação, correção e sistematização dos instrumentos
de avaliação da aprendizagem dos alunos das Escolas Ativas.
5. Elaborar e organizar os instrumentos estaduais de monitoramento
(relatórios, planos de ação, dados estatísticos das escolas).
6. Prestar assessoria técnica e pedagógica ao município, objetivando a
qualidade e a sustentabilidade da Escola Ativa.
Durante a implantação e, posteriormente, implementação da estratégia
metodológica Escola Ativa, existem responsabilidades dos atores que atuam
diretamente na escola – técnico, professor e aluno. Sua atuação determinará o
sucesso no desenvolvimento dos trabalhos. Por isso, definimos a seguir uma
matriz de responsabilidades e as ações a serem realizadas por cada um.
30 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA
CustosparaaImplantaçãoda
EstratégiaMetodológica
EscolaAtiva

Aluno de uma Escola Ativa no estado da Bahia.

“Ela diz que o passo eu faço


criando, inovando, participando,
organizando.
Sendo um aluno crítico e participativo.
Buscando o melhor para nós,
Com a certeza de que seremos o futuro desta nação.”

Música composta por alunos da Escola Ativa de Inharé, Carnaubal, CE.


32 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

A Escola Ativa é uma estratégia pedagogicamente eficaz e financeiramente


viável para os municípios e estados. Não existe um custo padrão para implantá-la,
pois este varia conforme a situação do estado, do município ou de cada escola.
Financeiramente, os custos para a implantação da Escola Ativa incidem
sobre:
z adequação do ambiente escolar;
z material didático;
z monitoramento e assessoramento pedagógico;
z formação continuada.
A adequação da sala de aula precede a implantação da estratégia Escola
Ativa. Esta adequação se dá a partir do momento em que o estado ou o município
adapta os prédios escolares, garantindo condições mínimas de funcionamento
e segurança aos alunos e professores, e provê carteiras individuais às escolas.
A adaptação é realizada também no momento em que o professor, junto
aos alunos, organiza os grupos de estudo (por série), incorpora recursos didáticos
à aula e envolve a comunidade nessa organização.
Neste momento, os cantinhos são montados e necessitam de materiais de
experimentação.
Os materiais fabricados compõem o kit pedagógico e são listados a partir
dos conteúdos contemplados nos Guias de Aprendizagem. Estes materiais
deverão ser adquiridos pelas Secretarias de Educação que implantarem a
estratégia.
É responsabilidade do Governo Federal prover livros para todos os alunos
da educação básica. Ao FNDE/DIPRO/MEC caberá a disponibilização dos Guias
de Aprendizagem, da coleção de alfabetização para todas as escolas e dos
materiais instrucionais para a formação de técnicos e professores na estratégia
Escola Ativa.
A partir do exposto, o custo para a implantação variará em função do estágio
em que se encontra a Secretaria Estadual ou Municipal em relação aos demais
itens: ela já possui uma estratégia de monitoramento e assessoramento
pedagógico, de formação e de provimento de material didático? Se sim, o custo
adicional para implantar a Escola Ativa passa a ser quase zero; se não, será
necessário um investimento nesses itens, pois nenhuma proposta pedagógica
subsiste sem condições efetivas para sua implementação.
OMonitoramento,
oAssessoramentoPedagógicoea
FormaçãoContinuadacomo
CondiçõesparaoSucessoda
EstratégiaMetodológica
EscolaAtiva

Microcentro realizado por professores ativos no estado de Sergipe.

“ Penso no Supervisor Municipal como alguém que pode ver além das aparências,
que suscita questões para a reflexão e as traz para a discussão, favorecendo a
transformação, o crescimento do outro.
O acompanhamento dá subsídios para a validação das impressões, permite o
surgimento de novas questões e com elas a possibilidade de intervenções
adequadas, seguras.
Sendo assim, precisa haver o controle realizado com responsabilidade e por
todos os envolvidos, observando as metas e os objetivos traçados.”
Edileuza Neris
Supervisora do Fundescola/BA, no período de 2002/2003
34 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

O monitoramento e o assessoramento pedagógico, realizados em estados,


municípios e escolas, acontecem de forma permanente e continuada, visando à
internalização e à sustentabilidade da estratégia pelas Secretarias de Educação
e à intervenção pedagógica coerente e simultânea para a melhoria das práticas
observadas em sala de aula.
Essas ações fazem parte do componente Formação e Acompanhamento
da estratégia Escola Ativa e são de responsabilidade das Secretarias Estaduais
e Municipais, em uma parceria técnica com a DIPRO/FNDE por meio de:
z Oficinas e cursos – realizados periodicamente, com professores e
técnicos, visando ao aprofundamento teórico e prático da estratégia,
de conteúdos diversos, de temas relacionados ao processo de ensino
e aprendizagem e do assessoramento técnico.
z Reunião técnica – momento para planejamento e avaliação da ação
supervisora estadual e municipal.
z Microcentro13 mensal ou bimensal – encontro sistemático de formação
continuada organizado pelos professores e/ou técnicos estaduais ou
municipais, para discussão de suas dificuldades e avanços, em um
intercâmbio de experiências educativas, visando à melhoria da prática
pedagógica e da supervisão, desenvolvendo assim uma atitude solidária,
investigadora, criativa, dinâmica e ativa, no tripé ação/ reflexão/ ação.
Geralmente com uma duração de oito horas.
z Acompanhamento pedagógico às escolas – realizado sistematicamente
pelo técnico estadual e municipal que, a partir da situação pedagógica
encontrada na sala de aula, permite o surgimento de novas questões e
com elas de intervenções e orientações necessárias ao professor,
buscando a qualidade do processo de aprendizagem dos alunos,
utilizando como estratégias a observação/intervenção/registro.
É importante ressaltar que as ações criam mecanismos que promovem a
descentralização e a responsabilidade dos estados e municípios na formação
continuada dos profissionais de sua rede.
Compete às Secretarias de Educação coordenar os processos de formação
e a disponibilidade dos materiais, atentando para o fato de que não pode haver
formação sem os materiais necessários e não se deve entregar materiais sem a
correspondente formação. Os materiais didáticos e instrucionais destinados aos
professores são instrumentos de apoio para articular a multiplicação dos
processos pedagógicos desenvolvidos junto aos alunos.

13
A Escola Ativa pressupõe a organização de microcentros, oficinas pedagógicas ou círculos de estudo como
estratégia permanente de capacitação, de modo a permitir a interação e o intercâmbio de experiências entre os
professores.
O MONITORAMENTO, O ASSESSORAMENTO PEDAGÓGICO E A FORMAÇÃO CONTINUADA COMO CONDIÇÕES
PARA O SUCESSO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA 35

A formação dos professores deverá ser planejada pelo estado e/ou município
e deverá seguir os seguintes princípios para uma capacitação efetiva:
1. definir módulos de formação continuada com temas como: estratégia
metodológica Escola Ativa, alfabetização, uso dos materiais do kit
pedagógico, conteúdos dos Guias de Aprendizagem e das áreas do
conhecimento;
2. utilizar metodologias vivenciais semelhantes às que os professores
utilizarão com seus alunos;
3. identificar os processos da implantação da estratégia metodológica
Escola Ativa, detectar e discutir as dificuldades encontradas;
4. propiciar aos professores visitas às escolas que já possuem a estratégia
metodológica implantada e que já vêm desenvolvendo a estratégia a
algum tempo;
5. providenciar materiais de consumo, instrucionais e informativos durante
a capacitação. Os materiais facilitam a multiplicação dos processos, a
interação entre os professores, a aplicação durante as aulas e junto à
comunidade;
6. enfatizar o “aprender a aplicar” as estratégias que levem a melhorar as
práticas pedagógicas em sala de aula (combinação entre a teoria e a
prática);
7. orientar a introdução seqüencial e gradual dos elementos da Escola
Ativa em sala de aula;
8. assegurar a interação e o intercâmbio de experiências entre os professores
e iniciar uma rede horizontal de participação no planejamento de
microcentros, círculos de estudo ou em oficinas pedagógicas, a partir
de dificuldades detectadas, ou em temas de interesse dos docentes.
Esta estratégia propiciará a identificação de formadores ou até mesmo
de agentes de apoio pedagógico.
Para que as ações relacionadas ao monitoramento e assessoramento
pedagógico sejam realizadas, faz-se necessário que o órgão gestor assegure
ao técnico estadual ou municipal condições para que este chegue às escolas,
viabilizando transporte e ajuda de custo para que ele realize suas atividades
pedagógicas, que são:
z monitoramento das ações de implantação e implementação, para
garantir a internalização e a sustentabilidade da estratégia pelo sistema;
z apoio na organização e na realização de encontros para a troca de
experiências entre as Secretarias;
36 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

z planejamento e execução de microcentros para a formação dos professores,


com vistas à melhoria das ações de implementação da estratégia;
z participação em reuniões com o Coordenador Estadual da Escola Ativa,
para relatos sobre a implementação da estratégia.
O monitoramento e o assessoramento pedagógico, como instrumentos de
formação, inovação e mudança, situam-se na escola como processo de
desenvolvimento e de (re) qualificação.
Considerações
Finais

Alunos da EscolaAtiva no estado da Paraíba.


38 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Até o presente momento, a única estratégia metodológica voltada para


escolas multisseriadas no campo, que atende de 1a a 4a séries do ensino
fundamental e que já é institucionalizada em vários estados e municípios é a
Escola Ativa.
A Escola Ativa visa garantir aos alunos pertencentes às escolas do
campo um ensino de qualidade, capaz de promover a permanência e o sucesso
escolar, bem como atender às necessidades da sociedade contemporânea, a
saber:
z proporcionar uma nova forma de ensinar e aprender, utilizando
estratégias inovadoras;
z desenvolver uma ação pedagógica, respeitando o ritmo de
aprendizagem dos educandos, seus conhecimentos e suas formas de
expressão;
z garantir avaliações permanentes com os discentes, considerando o erro
como ponto de partida para novas aprendizagens;
z proporcionar um clima escolar onde o respeito, a cooperação, a
liberdade, o afeto e a organização sejam elementos constantes em todo
o desenvolvimento do trabalho;
z envolver a comunidade em todas as ações desenvolvidas pela escola,
visando a uma participação mais efetiva;
z utilizar os Guias de Aprendizagem para um melhor desenvolvimento
das habilidades e competências, proporcionando a promoção para as
séries seguintes e beneficiando alunos repetentes ou que ingressaram
tardiamente na escola;
z garantir a formação continuada aos docentes, promovendo mudanças
substanciais no clima escolar e nas práticas utilizadas em sala de aula.
Durante esses anos, onde a Escola Ativa foi implementada com compromisso,
podemos notar mudanças nas escolas, nos alunos, nos professores e na
comunidade, como:
z maior valorização da escola como centro de referência e de informação
para a comunidade;
z crescimento do número de alunos leitores e escritores competentes;
z maior interação da comunidade com as ações da escola;
z mais alunos participativos, interessados pelos estudos, solidários,
desinibidos e autônomos;
CONSIDERAÇÕES FINAIS 39

z mais professores comprometidos, responsáveis e participativos;


z redução do índice de evasão;
z redução do índice de distorção idade-série;
z elevação substancial do percentual de promoção;
z criação da rede de formação continuada;
z elevação da auto-estima do aluno, do professor e da comunidade;
z acesso e uso efetivo do material didático;
z maior valorização e preservação do patrimônio público;
z parcerias entre escolas, comunidades, sociedade civil e empresas
privadas;
z maior valorização, resgate cultural e preservação do meio ambiente.
A Escola Ativa promove o respeito à organização multisseriada, incentivando
a melhoria da qualidade, a eficiência e a eqüidade do ensino fundamental. Enfatiza
a responsabilização do professor nos processos de auto-formação, para que
este desenvolva seus conhecimentos pedagógicos a partir da reflexão sobre
sua prática.
O professor é orientado e motivado a realizar inovações em sala de aula,
proporcionando uma participação mais ativa dos alunos, para que estes
demonstrem o potencial e o conhecimento que possuem.
Mas a estratégia metodológica Escola Ativa não é mágica, portanto o
sucesso de sua implementação e os resultados alcançados serão conseqüência
da atuação, com compromisso, de todos os atores envolvidos, do apoio
adequado e de uma boa gestão.
Os maiores desafios da Escola Ativa e que garantem seu sucesso são o
envolvimento e o comprometimento de todos os sujeitos que participam dos
processos – Ministério da Educação, Secretarias de Educação, Professores,
Alunos e Pais –, para que, em um esforço conjunto, dêem sustentabilidade à
estratégia. Estes são aspectos realmente preponderantes para o sucesso, cujo
respeito à lógica e à organização das classes multisseriadas valorizará alunos e
professores, deixando à mostra o que têm de melhor para oferecer.
Anexos
ANEXOS 43

ANEXO I
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS MATERIAIS DIDÁTICOS QUE
COMPÕEM O KIT PEDAGÓGICO DA ESCOLA ATIVA

GLOBO TERRESTRE
01 globo, com o objetivo de trabalhar noções básicas sobre o planeta Terra e de
identificar movimentos de rotação e translação e a relação do homem com a
natureza e o meio ambiente.
Descrição:
Confecção: esfera de material plástico ABS rígido ou em material prensado,
biodegradável (celulose ou resina) e resistente a impactos. O arco de sustentação
do globo (régua de meridiano) deverá ser confeccionado em plástico PS
(poliestireno) resistente a alto impacto, com gravação dos pontos cardeais em
alto relevo, com 23 graus de inclinação, permitindo sua rotação sobre sua base.
Conteúdo: divisão política dos países em cores e destaques para os estados
brasileiros e suas capitais; destaque de pontos principais, tais como picos mais
elevados, pontos extremos, grandes hidroelétricas; oceanos; mares; rios e
cidades principais; fusos horários e linhas internacionais de data, nomenclatura
em língua portuguesa.
Medida: 30 cm de diâmetro.
Escala: aproximadamente 1:42.000.000.

MAPA-MÚNDI
01 mapa-múndi, político e geográfico, com o objetivo de localizar países e regiões
e trabalhar a relação do homem com a natureza e o meio ambiente.
Descrição:
Confecção: impresso em cores, em papel especial plastificado e telado no verso,
com molduras de madeira nas extremidades superior e inferior, com suporte
para fixação na parte em velcro.
Conteúdo: diferenciação e nomeação dos continentes e oceanos, divisão dos
países em cores, destaque para as capitais, cidades, rios, mares. Lista com
alguns dados atualizados: população mundial, maiores cidades, montanhas mais
altas, dimensões da Terra, etc.
44 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Medida: 1,20 x 0,90 m, aproximadamente.


Escala: 1:30.000.000.
Edição: atualizada, contendo títulos, legendas e nomenclatura em língua
portuguesa.

MAPA DO BRASIL
01 mapa do Brasil, político e geográfico, com o objetivo de desenvolver a noção
de espaço temporal, identificar regiões e estados brasileiros e trabalhar a relação
do homem com a natureza e o meio ambiente.
Descrição:
Confecção: impresso em cores, em papel especial plastificado e telado no verso,
com molduras de madeira nas extremidades superior e inferior, com suporte
para fixação na parte em velcro.
Conteúdo: divisão regional em cores específicas e estados em tonalidades
individualizadas, destaque para as capitais, cidades, rios e rodovias; encartes
históricos da divisão política, fusos horários e ilhas oceânicas, relevo, hidrografia,
temperatura e chuvas, clima e vegetação.
Medida: 1,20 x 0,90 m, aproximadamente.
Escala: 1:5.000.000.
Edição: atualizada, contendo títulos, legendas e nomenclatura em língua
portuguesa.

MAPA DO ESTADO:
01 mapa do estado X, com o objetivo de desenvolver a noção de espaço temporal
e de identificar os principais municípios geográficos por meio do trabalho da
relação do homem com a natureza e o meio ambiente.
Descrição:
Confecção: impresso em cores, em papel plastificado e telado no verso, com
molduras de madeira nas extremidades superior e inferior, com suporte para
fixação na parede em velcro.
Conteúdo: sedes municipais e distâncias para a capital destacadas em cores
contrastantes; respectivos distritos, povoados, aeroportos, portos e ferrovias,
rodovias principais e secundárias, com indicação de pavimentação e distância
ANEXOS 45

quilométrica; hidrografia, represas, rios navegáveis, relevos principais e


coordenadas geográficas; continuidade cartográfica nos estados vizinhos e
sistemas de localização das sedes municipais.
Medida: 1,20 x 0,90 m, aproximadamente.
Escala: variável de acordo com o estado.
Edição: atualizada, contendo títulos, legendas e nomenclatura em língua
portuguesa.

MAPA DA REGIÃO X
01 mapa da região X, com o objetivo de desenvolver a noção de espaço temporal
e de identificar os principais municípios geográficos por meio do trabalho da
relação do homem com a natureza e o meio ambiente.
Descrição:
Confecção: impresso em cores, em papel plastificado e telado no verso, com
molduras de madeira nas extremidades superior e inferior, com suporte para
fixação na parede em velcro.
Conteúdo: destaque dos estados em tonalidades individualizadas, destaque
para a capital, principais cidades e rios. Rodovias principais e secundárias;
hidrografia, represas, rios navegáveis, relevos principais e coordenadas
geográficas; continuidade cartográfica nas regiões vizinhas.
Medida: 1,20 x 0,90 m, aproximadamente.
Escala: variável de acordo com a região.
Edição: atualizada, contendo títulos, legendas e nomenclatura em língua
portuguesa.

MAPA DO MUNICÍPIO X
01 mapa do município X, com o objetivo de desenvolver a noção de espaço
temporal, identificando limites geográficos, rios, rodovias e coordenadas
geográficas.
Descrição:
Confecção: impresso em cores, em papel plastificado e telado no verso, com
molduras de madeira nas extremidades superior e inferior, com suporte para
fixação na parede em velcro.
46 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Conteúdo: destaque para os limites geográficos, rios, rodovias e coordenadas


geográficas.
Medida: 1,20 x 0,90 m, aproximadamente.
Escala: variável de acordo com o município.
Edição: atualizada, contendo títulos, legendas e nomenclatura em língua
portuguesa.

RELÓGIO DE PAREDE
01 relógio de parede, com o objetivo de desenvolver a noção de tempo e a
compreensão e o uso do relógio como objeto social.
Descrição: com algarismos indo-arábicos, divisão dos minutos e ponteiro de
segundos.
Confecção: de plástico, preto e branco, com aproximadamente 25 cm de altura
por 25 cm de largura, com funcionamento a pilha (AA).

CORDA
05 metros de corda de sisal para pular.
Confecção: sisal.
Diâmetro: 1 cm.

ÁBACO ABERTO
01 ábaco aberto no sentido vertical, para efetuar as operações de adição, divisão,
subtração e multiplicação e para facilitar a compreensão do sistema de
numeração decimal.
Descrição:
Dimensão aproximada: base de 35 x 10 x 2 cm – 5 hastes com 22 x 1cm de
diâmetro – 50 argolas coloridas 3,5 x 1,5 cm.
Confecção: madeira.
ANEXOS 47

MATERIAL DOURADO
01 estojo com 611 peças em polipropileno, representando as unidades, as
dezenas, as centenas e o milhar, sendo: 01 cubo milhar, 10 placas centenas,
100 prismas dezenas e 500 cubos unidades. Permite compreender a idéia de
sistema decimal, o conceito de ordem e classe e efetuar operações básicas.

BONECOS DE FANTOCHE
Bonecos de feltro, com tamanho aproximado de 14 x 24 cm, compondo uma
família branca, com 7 personagens, com aproximadamente 10 tipos de profissões
como: médico, policial, professor, enfermeira, engenheiro, lavrador, pescador,
músico, barqueiro e agrônomo.
Aproximadamente 15 espécies de animais domésticos.

ATLAS GEOGRÁFICO
01 atlas destinado a alunos e professores do Ensino Fundamental, de
complexidade média, garantindo uma qualidade gráfica condizente com as
modernas técnicas de impressão, apresentando títulos claros e precisos, escalas
nas formas numérica e gráfica, simbologia de acordo com a lógica da semiologia
gráfica e ainda com ênfase no Brasil e na América do Sul, nos aspectos físicos,
humanos e econômicos e das grandes regiões brasileiras.
Índice remissivo dos mapas e nomes geográficos citados no atlas; mapas que
permitam uma visão global do mundo (páginas iniciais), com distribuição de
chuvas e temperaturas, correntes marinhas, fusos horários, densidade
demográfica, recursos econômicos, etc.
Nomes em português (quando existir tradução), por exemplo: Nova Iorque e
não “New York”, Colônia e não “Koln”; capa dura.

ALFABETO MÓVEL
04 jogos formados por 72 peças com letras script maiúsculas, para a construção
de palavras, a exploração e o desenvolvimento da leitura e da escrita em
atividades dirigidas.
Descrição:
Confecção: material emborrachado, colorido, lavável e atóxico.
Dimensões: 12 x 12 x 6 cm.
48 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

BOLA
03 bolas de borracha no 03, para jogar queimada e outros jogos.
Descrição:
Confecção: borracha.
Diâmetro: 60 mm.

PINCÉIS
05 jogos de pincéis redondos para tinta guache, com 08 tamanhos diferentes.
Descrição:
Confecção: pêlos de camelo, finos e flexíveis, com pontas finas naturais. Virolas
plásticas brancas. Cabo de plástico.
Tamanho: do no 0 ao no 14.

TINTA GUACHE
• 02 tubos de tinta guache amarela;
• 02 tubos de tinta guache azul;
• 02 tubos de tinta guache vermelha;
• 02 tubos de tinta guache branca;
• 02 tubos de tinta guache preta.
Descrição:
Embalagem: tubo plástico redondo com tampa de rosca.
Tamanho: 500 ml.

TORSO HUMANO ASSEXUADO


01 torso humano destinado ao estudo de ciências naturais, favorecendo o
conhecimento e a identificação das partes internas do corpo humano.
Descrição:
Confecção: em resina plástica rígida e inquebrável, apresentando todos os
detalhes anatômicos e fissuras da mesma maneira que os de tamanho natural.
ANEXOS 49

O modelo é dissecável em 11 partes: dorso, cabeça (em três partes), pulmão


(em duas partes), coração (em duas partes), fígado, estômago e intestino.
Acompanha um guia para anatomia humana.
Dimensões: 50 x 20 x 12 cm.

ESQUELETO
01 esqueleto em material plástico de PVC, desmontável, fixado com pinos, com
coloração e textura semelhantes ao real, com o objetivo de desenvolver o
raciocínio lógico, a atenção concentrada, a associação, a identificação das
funções dos ossos e a divisão do esqueleto.
Descrição:
Tamanho: 85 x 21 x 14 cm.

TRENA:
01 trena com fita metálica de 2,00 m de comprimento, com recolhimento por
pressão.
ANEXOS 51

ANEXO II

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE PROGRAMAS ESPECIAIS
PROGRAMA DE MELHORIA E EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO
FUNDO DE FORTALECIMENTO DA ESCOLA

ESCOLA ATIVA

FICHA CADASTRAL DO MUNICÍPIO

CARACTERIZAÇÃO:

Município: ___________________________________________________

Região: _____________________________________________________

Via de acesso: ________________________________________________


CEP: ____________________Fone: ( __)____________E-mail: _____________

Nome do Prefeito: _____________________________________________

Endereço da Prefeitura: _________________________________________


Fone: (___)_____________FAX: (___)_______________E-mail: ____________

Endereço do Prefeito: ___________________________________________

Fone: (___)__________________ E-mail: _____________________________


Nome do Secretário de Educação:_________________________________

Formação: ___________________________________________________

Endereço da Secretaria: _________________________________________


52 DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA

Fone: (___)__________________ E-mail: _____________________________


Nome do(s) técnico(s):__________________________________________

Formação:_______________________________________________________________

Fone(s): ( __) _________________________________________________


E-mail: ______________________________________________________

Turno de Trabalho: _____________________________________________

Município:___________________ CEP:_________________
Fone:(___)_____________FAX:(___)__________E-mail:____________________

Fone Particular do Secretário: (___)_____________________

Nome do Técnico Municipal: ___________________________________


Fone: (___)__________________
2. Dados da abrangência do projeto no município:
ANEXOS 53
54
3. Informações sobre a escola: (esta página deve ser preenchida por escola)

Nome da escola:_________________________________________________________________________________________
Endereço: ______________________________________Fone:______________________E-mail:__________________________
Distância do município à sede:_____________________________________________________________________________
Diretor:_________________________________________________________________________________________________
Coordenador Pedagógico:___________________________________________________________________________________

A escola possui rede elétrica? Sim o Não o


A escola possui rede hidráulica? Sim o Não o
A escola possui carteiras: universitárias o carteiras duplas o conjuntos – mesa/cadeira o

Professores:
DIRETRIZES PARA IMPLANTAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA METODOLÓGICA ESCOLA ATIVA
BIBLIOGRAFIA

ESCOLA ATIVA. Capacitação de Professores. 2a ed., FUNDESCOLA/MEC, 2003.


Adaptação de Hacia la escuela Nueva, escrito por Vicky Colbert, Beryl Levinger
e Oscar Mogollón.
PESENTE, Cleomar Herculano de Souza; MEDEIROS, Kátia Maria Alves. Escola
Ativa: aspectos legais. 1a ed., FUNDESCOLA/MEC, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Lei nO 9394/96, de 20 de dezembro
de 1996. Fixa Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
DELORS, Jacques. Educação: um tesouro a descobrir. 2a ed. São Paulo: Cortez;
Brasília, DF: MEC/UNESCO, 1999. Relatório para a Unesco da Comissão
Internacional sobre Educação para o Século XXI.
DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA a Educação Básica nas Escolas do Campo.
MEC. RESOLUÇÃO No 1, Art.6o do CNE.

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