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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA
LICENCIATURA EM PSICOLOGIA EDUCACIONAL - 3º ano

3º GRUPO

EDUYNA ROXAELA
MUHAMMAD AMUDA RAMUJANE
SANTOS SETIMANE MUADIA

MÉTODO DE TRABALHO INDEPENDENTE

Quelimane
2022
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3º GRUPO
EDUYNA ROXAELA
MUHAMMAD AMUDA RAMUJANE
SANTOS SETIMANE MUADIA

MÉTODO DE TRABALHO INDEPENDENTE

Trabalho de carater avaliativo a ser


apresentado ao departamento de Educação e
Psicologia, na cadeira de Didactica de Ensino
de Psicologia, lecionada por: Dr.ª.: Beatriz

Quelimane
2022
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Índice
Introdução ....................................................................................................................... 4

1. Método de Trabalho Independente ................................................................... 5

1.1. Conceitualizações ............................................................................................. 5

1.2. Tarefas do trabalho Independente ..................................................................... 5

1.2.1. Na Tarefa Preparatória .................................................................................. 5

1.2.2. As Tarefas de Assimilação do Conteúdo..................................................... 6

1.2.3. As Tarefas de Elaboração Pessoal ............................................................... 6

1.3. Condições Para o uso do Trabalho Independente ............................................. 6

1.4. O Estudo Dirigido Procura: .............................................................................. 7

1.5. Funções do Estudo Dirigido ............................................................................. 7

1.6. Requisitos Para o Estudo Dirigido .................................................................... 8

Conclusão ..................................................................................................................... 10

Bibliografia ................................................................................................................... 11
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Introdução
Esse método consiste na aplicação de tarefas para serem resolvidas de forma
independente pelos alunos, porém dirigidas e orientadas pelo professor. A maior importância
do trabalho independente é a atividade mental dos alunos, para que isso ocorra de forma
adequada é necessário que as tarefas sejam claras, compreensíveis, e à altura dos conhecimentos
e da capacidade de raciocínio dos alunos, tendo o professor que assegurar condições para que
o trabalho seja realizado e acompanhar de perto a sua realização.
O presente trabalho tem como finalidade apresentar o conceito de método de trabalho
independente, bem como, sua aplicação prática dentro do processo ensino-aprendizagem
desenvolvida em sala de aula, pois se trata de uma importante ferramenta de trabalho que deve
ser utilizado pelo professor como recurso pedagógico. Esta apresentação acontecerá de forma
detalhada durante o decorrer deste trabalho acadêmico, elucidando assim, os princípios que
envolvem uma planificação pedagógico efetiva, onde o processo de construção do
conhecimento do aluno seja estimulado através de atividades que, realizadas individualmente
ou em grupo, proporcionem constante exercício mental.
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1. Método de Trabalho Independente


1.1.Conceitualizações
Segundo DUARTE & LINGUA (1996:28), “Um método é um meio ou caminho pelo
qual se usa para alcançar um fim ou ainda processo racional para chegar a um fim, sistema
educativo ou conjunto de processos didácticos, ou seja constitui a via através da qual se
concretizam os objectivos de uma aula”.
Segundo LIBANEO (1994:150) “método é o caminho para atingir o objectivo. Na vida
quotidiana estamos sempre perseguindo objectivos. Mas estes não se realizam por si mesmo,
sendo necessária a nossa actuação, ou seja, a organização de uma sequência de acções para
atingi-los. Os métodos são, assim, meios adequados para realizar os objectivos
Os métodos de ensino têm um carácter transformador, independentemente de serem
gerais ou específicos, pois são uma base para o desenvolvimento de capacidades, habilidades e
atitudes, por parte do aluno no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo LIBÂNEO ( ) “ O método de trabalho independente dos alunos consiste de


tarefa dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo
relativamente independente e criador”. Este pressupõe determinados conhecimentos,
compreensão da tarefa e do seu objectivo, a domínio do rnétodo de solução, de modo que os
alunos possam aplicar conhecirnentos e habilidades sem a orientação directa do professor
O Método de Trabalho independente caracteriza-se por uma maior actividade visível
dos alunos, individualmente ou em grupo. É por isso que a auto actividade e a independência
experimentam aqui sua máxima expressão, uma vez que o método de trabalho independente
consiste de tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de
modo relativamente independente e criador, NIVAGARA (S/d:193).
Para que trabalho independente seja, de facto, um método pedagógico, é preciso que
seja planificado em correspondência com os objectivos, conteúdos e outros procedimentos
metodológicos.

1.2.Tarefas do trabalho Independente


O Trabalho Independente pode ser adoptado em qualquer momento, sequência da
unidade didáctica ou aula, corno tarefa: preparatória, assimilação do conteúdo ou de elaboração
pessoal. ( Cfr LIBANEO : )
1.2.1. Na Tarefa Preparatória
Os alunos escrevem o que pensam sobre o assunto que será tratado, colhem dados e
observações, respondem um breve questionário ou teste, fazem uma redacção sobre um tema.
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Essa tarefa serve a verificar as condições prévias dos alunos, levantar problemas que depois
serão aprofundados, despertar o interesse pelo assunto, provocar urna atitude interrogativa do
aluno etc
1.2.2. As Tarefas de Assimilação do Conteúdo
São conjunto de actividades constituídas por: exercícios de aprofundamento e aplicação
dos temas já tratados; estudo dirigido; solução de programas , pesquisa com base num problema
novo; leitura do texto do livro, desenho de e tapas depois de uma aula de Geografia etc.
Tarefas desse tipo devem ser intercaladas no decorrer da aula expositiva ou aula de
conversação: o professor interrompe a aula e intercala alguns minutos de trabalho individual ou
em duplas de alunos.
Os resultados desta tarefa podem não ser perfeitos ou correctos, mas mesmo os erros
cometidos e as soluções correctas servem para preparar os alunos para rever conhecimentos e
assimilar a solução correcta.
1.2.3. As Tarefas de Elaboração Pessoal
São exercícios nos quais os alunos conduzem respostas surgidas do seu próprio
pensamento. O modo prático solicitar esse tipo de tarefa é fazer uma pergunta ao aluno que o
leve pensar: “ o que aconteceria se...” , “ o que devemos fazer quando. . .” ,” para que vive..”.
O aluno também pode relatar o que viu ou observou (urna planta, animal, uma
experiência urna visita, um estudo do meio) ou contar o que aprendeu.

1.3.Condições Para o uso do Trabalho Independente


Para que o trabalho independente cumpra a sua função didáctica são necessárias
condições prévias. O professor precisa:
 Dar tarefas claras, compreensíveis e adequadas, a altura dos conhecimentos e da
capacidade de raciocínio dos alunos;
 Assegurar condições de trabalho (local, silêncio, material disponível etc.);
 Acompanhar de perto (as vezes individualmente) o trabalho;
 Aproveitar o resultado das tarefas para toda a classe.
Os alunos, por sua vez, devem:
 Saber precisamente o que fazer e corno trabalhar;
 Dominar as técnicas do trabalho (corno fazer a leitura de um texto, como utilizar
o dicionário ou a enciclopédia, corno fazer observação ou experimento de um
fenómeno, como fazer resumo, como destacar ideias principais e ideias
secundárias, desenvolver atitudes de ajuda mútua) não apenas para assegurar o
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desempenho de trabalho na classe, mas também para pedir ou receber auxílio do


colegas.
Uma das formas didácticas mais comuns para pôr em prática o trabalho independente e
auxiliar no desenvolvimento mental dos alunos é o estudo dirigido individual ou em duplas
de alunos. Ele se cumpre fisicamente por meio de duas funções: a realização de exercícios e
tarefas de reprodução de conhecimentos e habilidades que se seguem a explicação do professor
e a elaboração pessoal de novos conhecimentos, a partir de questões sobre problemas diferentes
daqueles resolvidos em classe.

1.4.O Estudo Dirigido Procura:


 Desenvolver habilidades e hábitos de trabalho independente e criativo sistematizar e
consolidar conhecimentos, habilidades e hábitos;
 Possibilitar a cada aluno, individualmente, resolver problemas;
 Vencer dificuldades e desenvolver métodos próprios de aprendizagem;
 Possibilitar aos alunos o desenvolvimento da capacidade de trabalhar de forma livre e
criativa, com os conhecimentos adquiridos, aplicando-os a situações novas, referentes a
problemas do dia a dia da sua vivência e a problemas mais amplos da vida social;
 Possibilitar ao professor a observação de cada aluno em suas dificuldades e progressos,
bem como a verificação da eficácia do seu próprio trabalho na condução do ensino.
1.5.Funções do Estudo Dirigido
A primeira função do estudo dirigido é a realização de exercícios e tarefas de reprodução
de conhecimentos e habilidades, seguindo-se a exposição verbal, demonstração, ilustração ou
exemplificação, que são formas didácticas do método expositivo. A combinação da explicação
do professor com exercícios é um recurso necessário para uma boa consolidação dos
conhecimentos.
Antes, portanto, de o aluno realizar uma actividade de reprodução do material
assimilado (por exemplo, separar as partes de uma planta), são necessários conhecirnentos já
organizados sobre a planta e suas partes, bem como sobre o modo de proceder na análise e
descrição das funções de cada planta. Evidentemente, na fase de explicação verbal o professor
já possibilita a actividade cognoscitiva dos alunos, explorando os seus conhecimentos prévios
e a sua vivência em relação as plantas, bem como os factos sociais que envolvem esse assunto.
Mas o estudo dirigido, para levar a elaboração pessoal do aluno por meio de exercícios e tarefas
de classe ou o mesmo procedimento deve ser aplicado em relação a tarefas na forma de testes
que são colocados, frequentemente, nos livros didácticos actuais. Esse tipo de exercício pode
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ser útil para combinar a exposição verbal do professor e a actividade dos alunos, mas supõe
uma sólida compreensão e assimilação do assunto, sem o que as respostas ficam mecânicas, e
levar a consolidação dos conhecimentos.
A segunda função do estudo dirigido é proposição de questões que os a1unos possam
resolver criativamente, de modo que assimilem o processo de busca de soluções de problemas.
Esse tipo de estudo dirigido consiste de uma tarefa cuja solução e cujo resultado são
desconhecidos para o aluno; mas, dispondo de conhecimentos e habilidades já assimilados, ele
pode buscar a sua solução. As questões ou problemas devem, pois, ser compatíveis com as
capacidades e possibilidades dos alunos.
O procedimento de investigação e solução de problemas contém seguintes elementos:
colocação do problema; colecta de dados e informações para tomá-lo bem caracterizado;
identificação de possíveis soluções; e escolha de soluções viáveis em face das condições
existentes (conhecimentos tecnologia disponíveis, possibilidades concretas de actuação sobre o
problema).
O uso desta técnica visa não apenas a aplicação de conhecimentos a questões novas no
âmbito da matéria, mas também a situações da vida ática. Favorece o desenvolvimento das
capacidades criadoras e incentiva atitude de participação dos alunos na problemática que afecta
a vida colectiva estimula o comportamento crítico perante os factos da realidade social.
A aplicação deste procedimento no decorrer das aulas, seja individualmente ou em
grupos, requer a colocação de tarefas simples que possam ser resolvidas em curto espaço de
tempo.
Tratando-se de problemas ou etapas mais complexas, devem ser realizados no decorrer
de um trimestre ou semestre, em grupos, e desenvolvidos paralelamente a prograrnação normal
das aulas.
1.6.Requisitos Para o Estudo Dirigido
Qualquer que seja a forma do estudo dirigido, devem ser observados alguns requisitos:
ter claros os objectivos e os resultados esperados; corresponder aos conteúdos da matéria;
observar o tempo disponível; ter os meios de trabalho a mão (livros, mapas, ilustrações,
dicionários, atlas etc.); utilizar resultados obtidos no trabalho de cada aluno para a classe toda.
O estudo dirigido deve começar, sempre, com uma orientação da tarefa da de leitura de
um texto, questões de compreensão de texto, exercícios (Ex: classifique, consulte, escreva etc.)
e questões ou perguntas e clareza e precisão (o que é, por quê, quando, onde, como temente, a
orientação da tarefa deve ser escrita.
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Os alunos realizarão a tarefa silenciosamente (as vezes em duplas). O professor percorre


a classe observando como: está resolvendo as questões.
Pode dar algum esclarecimento deixar o aluno buscar as soluções sozinho, mesmo que
sejam erradas. “Após o término da tarefa, é necessário retomar aos erros e corrigi-los. As vezes
a matéria deve ser revisada, os conhecimentos.
Outras formas de trabalho independente são a pesquisa escolar (resposta a questões com
consultas enciclopédias) e a instrução programada. As fichas didácticas englobam fichas de
noções, de correcção. Cada tema estudado recebe uma numeração, de sequência do programa.
Os alunos vão estudando os conteúdos; os exercícios e comparando as suas respostas com as
que nas fichas de correcção.
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Conclusão
Das abordagens feitas de forma profunda e analítica em volta do tema “método de
trabalho Independente” chegou-se a conclusão de que o trabalho independente é a actividade
mental dos alunos, qualquer que seja a modalidade de tarefa planejada pelo professor para o
estudo individual ou colectivo. O trabalho independente é silencioso usa-se mais para os alunos
ocupados de modo a garantir a melhor assimilação da matéria, para que o trabalho independente
seja um método pedagógico deve ser planificado de acordo os objectivos, conteúdos e outros
procedimentos metodológicos.
Este trabalho independente é um exercício nos quais os alunos produzem respostas
sugeridas dos seus próprios pensamentos, prática de fazer esse tipo de tarefa, é fazer uma
pergunta ao aluno que leve a pensar: o que aconteceria se o aluno também pode relatar o que
viu ou observou (uma planta, um animal, uma experiencia de uma visita, um estudo do meio)
ou contar o que aprendeu.
O trabalho independente pode ser adoptado em qualquer momento da sequência da
unidade ou aula. O trabalho independente é uma forma de interacção activa entre o professor e
os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, convicções e atitudes bem
como a ficção e consolidação de conhecimentos e convicções já adquiridos.
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Bibliografia
LIBÂNEO, J. C. (1994). Didáctica Geral . S. Paulo: Editora Cortez.
LINGUA, S. D. (2006). Fundamentos de Metodologia de Ensino de Geografia, . Maputo.
NIVAGARA, Daniel. Didáctica Geral Aprender a Ensinar, S/d.

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