Você está na página 1de 5

 

Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano 4
Teste 3
Nome da Escola: Ano letivo: Filosofia | 11.° ano

Nome do Aluno(a): Turma: N.°: Data: - -


Professor(a): Classificação:

Grupo I
Na resposta a cada um dos itens seguintes, selecione a única opção correta.

1. O problema da demarcação consiste na tentativa de


 A. impor limites àquilo que pode ser estudado pela ciência.
B. circunscreve
circunscreverr o campo específico da filosofia.
C. distinguir o que é a ciência do que não é ciência.
D. diferenciar as ciências humanas das ciências naturais.

2.  Ao conjunto de informações,


informações, crenças e atividades que não são científicas, mas que se fazem
passar por científicas, dá-se o nome de
 A. ciências ocultas.

B. pseudociência.
C. ciência normal.
D. ciência revolucionár
revolucionária.
ia.

3. O cientismo é
 A. a doutrina que considera o conheciment
conhecimento
o científico como a única forma de conheciment
conhecimento
o fiável, seguro e
rigoroso.
B. a doutrina que considera o conhecimento científico ao mesmo nível de outras formas de conhecimento.
C. a doutrina filosófica que considera o conhecimento científico
científico a única forma de conheciment
conhecimento
o ilegítimo.
D. a doutrina filosófica que considera que a ciência é o mesmo que a filosofia.

4. “O que nasce torto tarde ou nunca se


s e endireita.” Este enunciado traduz um conhecimento
 A. filosófico. C. pseudocientífico.
B. científico. D. vulgar, de senso comum.
5. Considere os seguintes enunciados, relativos aos conhecimentos vulgar e científico.
c ientífico.
1.  A atitude do cientista é necess
necessaria
ariament
mente
e crítica.
crítica.
2.  A atitude científica
científica é dogmáti
dogmática
ca e acríti
acrítica.
ca.
3. O conhecimento vulgar responde a situações e necessidades práticas do dia a dia.
4. O conhecimento vulgar é metódico e sistemático.

Deve afirmar-se que


 A. 1 é correto; 2, 3 e 4 são incorretos.
B. 3 é correto; 1, 2 e 4 são incorretos.
C. 1 e 3 são corretos; 2 e 4 são incorretos.

D. 2 e 3 são corretos; 1 e 4 são incorretos.

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda


 

4 Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.°

6. Pode dizer-se do conhecimento científico que é um conhecimento


 A. desorganizado, prático e transmitido de geração em geração.
B. ametódico, sistemático e explicativo.
C. ininteligíve
ininteligível,l, descritivo e organizado.
D. organizado, explicativo e metódico.

7. Uma afirmação cujo valor de verdade possa ser, pelo menos em princípio, determinado através
da observação ou da experiência é
 A. empiricamente C. dedutivamen
dedutivamente
te inferível.
verificável. D. dedutivamente questionável.
B. empiricamente incontestáv
incontestável.
el.

8. Um modo de ultrapassar a limitação da inexequibilidade da verificação exaustiva e conclusiva é,


para Carnap,
 A. a C. a refutação.
desistênc D. a confirmação.
ia.
B. a difusão.

9. Segundo Popper, uma teoria científica é tanto mais interessante e melhor quanto
 A. menos puder ser empiricamente falsificável.
falsificável.
B. mais falsificada for.

C.
D. mais intuitivamente forte for.
maior for o seu grau de falsificabilidade empírica.

10. Segundo Popper, qual das seguintes opções seria mais interessante para a ciência?
 A. Todos os rubis são vermelhos.
B. Alguns rubis
rubis são vermelhos.
vermelhos.
C. Existem rubis vermelhos.
D. Alguns rubis
rubis não são vermelhos.

Grupo II
1. Distinga o conhecimento científico do conhecimento vulgar e da pseudociência.

2. Que objeção se poderá apresentar ao critério da verificabilidade?


v erificabilidade?
3. De acordo com Popper, o que demarca a ciência da não ciência?

4. Caracterize o método científico, de acordo com o indutivismo.

Grupo III
1. Considere o seguinte excerto:
EQT11DP © Porto Editora
«A minha visão do método da ciência é, muito simplesmente, que ele sistematiza o método pré-científico
de aprendizagem a partir dos nossos erros. Fá-lo através do artifício chamado discussão crítica.»
Karl Popper (1999), O Mito do Contexto, Lisboa, Edições 70, p.

Partindo do excerto, apresente as principais críticas que se podem colocar à perspetiva


popperiana do método científico.

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda


  Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano 4
Cotações

Grupo I
1. ...............................
...................................................................
.........................................................................
................................................................................................................. 5
............................................................................ pontos
2. 5 pontos
3. 5 pontos
4. 5 pontos
5. 5 pontos
6. 5 pontos
7. 5 pontos
8. 5 pontos
9. 5 pontos
10. 5 pontos

Grupo II
1. 25 pontos
2. 25 pontos
3. 25 pontos
4. 25 pontos

Grupo III
1. 50 pontos

TOTAL.........................................................................................................................................................

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda


 

4 Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.°

Sugestões de resposta do teste 3

Grupo I
1. C. 2. B. 3. A. 4. D. 5. C. 6. D. 7. A. 8. D. 9. D. 10. A.

Grupo II
1.  A ciência é um tipo de conhecimento
conhecimento organizado,
organizado, explicativo
explicativo e que recorre a métodos
métodos para testar
testar e avaliar as
suas teorias. O senso comum, ou conhecimento vulgar, é essencialmen
essencialmente
te prático (voltado para a resolução
de necessidades do quotidiano), assistemático (não tem qualquer preocupação em organizar os dados da
experiência) e ametódico (não segue um método ou conjunto de procedimentos organizados que permita
obter conclusões a partir da análise e relação desses mesmos dados), sendo coletivamente partilhado e
transmitido de geração em geração. A pseudociência é uma teoria ou atividade sem qualquer base científica,
mas que procura passar por científica.
2. De acordo com o critério da verificabilidade, uma teoria é científica apenas se consistir em afirmações
empiricamente verificáveis, ou seja, apenas se for possível verificar pela experiência aquilo que ela afirma. No
entanto, a maioria das teorias científicas expressa-se
expressa-se em enunciados universais
universais e esses enunciados não são,
na realidade, suscetíveis de verificação empírica exaustiva, pelo que o critério da verificabilidade inviabiliza a
 justificação completa
completa das hipóteses
hipóteses e das leis científicas.
científicas. Para verificarmos empiricamente
empiricamente enunciados
enunciados
universais, teríamos de observar todos os casos a que se aplicam, o que não é exequível. Um modo de
ultrapassar esta limitação seria pela “confirmação”: as hipóteses científicas, embora não possam ser objeto de
uma verificação conclusiva, podem ser confirmadas pelo maior número de dados empíricos.
3. Popper, um dos principais críticos do critério da verificabilidade, propõe, em alternativa a este critério, o critério
da falsificabilidade. Segundo o filósofo, é na possibilida
possibilidade
de de falsificar ou refutar as teorias científicas que se
encontra a chave para demarcar as teorias científicas das não científicas. Assim, uma teoria é científica
apenas se for empiricamente falsificável, isto é, apenas se for possível refutar pela experiência aquilo que ela
afirma. Testar uma teoria não consiste em procurar casos que a apoiem, mas sim em tentar encontrar casos
que sejam incompatíveis com ela (casos que, a serem observados, a falsifiquem).
4. De acordo com a perspetiva indutivista do método científico, o cientista parte da observação dos factos ou
fenómenos e regista-os de forma sistematizada para procurar encontrar as suas causas. A observação é
neutra, isenta, rigorosa, objetiva e imparcial, devendo ser repetida várias vezes. Por intermédio da comparação
e classificação dos casos observados, o investigador procura aproximar os factos para descobrir a relação
existente entre eles. O cientista parte para a formulação da hipótese, inferindo indutivamente
indutivamente um enunciado
geral a partir de enunciados particulares ou singulares. Após a formulação da hipótese, os cientistas deduzem
consequências dessa hipótese, que usam para fazer previsões, e procuram verificá-las através de testes
consequências
experimentais – verificação experimental. Se as consequências não se verificarem, a hipótese é rejeitada. Se
as consequências se verificarem em cada caso, dá-se a confirmação da hipótese. Em seguida, e recorrendo,
uma vez mais, à indução, o cientista generaliza a relação encontrada
encontrada entre os factos ou fenómenos
semelhantes, estabelecendo uma lei geral, uma lei que expressa as relações constantes entre esses factos ou
fenómenos.

Grupo III
EQT11DP © Porto Editora
1. De acordo com Popper, as leis ou teorias científicas são conjeturas que o cientista procurará submeter a testes
que visam a sua refutação ou falsificação. O cientista parte de um problema, avança com uma hipótese de
resposta explicativa do mesmo e tenta depois a sua refutação por intermédio da observação e de testes
experimentais. A ciência é, assim, na perspetiva de Popper, uma atividade crítica, e o método científico exige
que o cientista seja crítico em relação às suas teorias.
No entanto, esta perspetiva tem sido alvo de várias críticas. Uma delas é a de que o processo de falsificação
não parece ser o procediment
procedimento o mais comum entre os cientistas. Geralmente, os cientistas procuram
confirmar aquilo que as teorias científicas propõem e, mesmo que dada observação implique a rejeição de

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda


  Testes e questões-aula
Dossiê do Professor, Em Questão, Filosofia 11.° ano 4
uma previsão, isso não os demove de investigar no mesmo sentido. Tudo isto significa que a teoria de Popper 
não é descritiva, mas é meramente normativa, apresentando uma conceção idealizada da ciência. Além disso,
a história da ciência parece mostrar que a ciência não evolui por meio de conjeturas ou refutações, já que
cientistas de renome não abandonaram as suas teorias na presença de factos que aparentement
aparentemente e as
falsificavam. Há quem considere que Popper também subestima o valor, para o progresso da ciência, das
previsões bem-sucedidas. É expectável que o cientista se concentre mais nas previsões bem-sucedidas do
que naquelas que são um fracasso. Finalmente, uma outra crítica dirigida a Popper aponta para o facto de o
filósofo não dar conta do conhecimento útil da ciência, que tem um carácter positivo. A ciência proporciona
avanços tecnológicos e resultados práticos, e, por isso, temos razões para acreditar no conhecimento
científico: a nossa confiança na ciência depende do facto de as previsões decorrentes das hipóteses serem
verificadas com frequência e não do facto de as hipóteses não terem sido falsificadas. 
falsificadas. 

José Ferreira Borges, Marta Paiva, Nuno Fadigas, Orlanda

Você também pode gostar