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REVISÃO
DISCUSSÃO
5. Opção A: Sim. Poderá existir ciência sem paradigma se assumirmos que algumas das
maiores descobertas científicas da humanidade aconteceram através dos estudos de um
investigador isolado na ausência de uma comunidade científica e de um paradigma pelo qual
devia direcionar e orientar toda a sua investigação.
Opção B: Não. Não poderá existir ciência sem paradigma porque o paradigma, sendo uma
estrutura teórica que oferece uma visão do mundo, é o que vai indicar à comunidade científica
o que investigar e como investigar, à luz dos seus pressupostos, pelo que é a aceitação de um
paradigma que orienta a comunidade de investigadores para o sucesso da prática científica.
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REVISÃO
1. Durante o período de ciência normal, os cientistas estão empenhados em consolidar o
paradigma tornando-o cada vez mais preciso, consistente e de acordo com a natureza. A
função do cientista neste período será, portanto, alargar o âmbito e o alcance do paradigma.
Como tal, o trabalho do cientista consiste na resolução de puzzles e enigmas, numa tentativa
de melhorar a afinação entre a realidade e o paradigma e na sua aplicação a novas áreas e na
construção de equipamento adequado às exigências experimentais.
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REVISÃO
1. A tese da incomensurabilidade de paradigmas mostra-nos que não existe uma medida
comum, ou um padrão neutro que permita objetivamente estabelecer a superioridade de um
paradigma em relação a outro.
2. De acordo com Kuhn, os critérios que devemos utilizar na avaliação ou escolha de
teorias são: a precisão, a consistência, a abrangência, a simplicidade e a fecundidade. Estes são
critérios objetivos que qualquer boa teoria científica deve respeitar.
3. Kuhn considera que os critérios objetivos não são suficientes para ditar a preferência
por um paradigma em vez de outro, pois a sua vagueza e a ausência de uma orientação
concreta acerca do peso relativo a cada um deles faz com que cientistas diferentes tomem
decisões diferentes utilizando os mesmos critérios.
4. Os argumentos apresentados por Kuhn a favor da tese da incomensurabilidade de
paradigmas mostram-nos que, se os paradigmas fossem comensuráveis, seria possível justificar
a preferência por um paradigma através de critérios puramente objetivos. Mas, como isso não
é possível, então os paradigmas são incomensuráveis. Por outro lado, o facto de os termos
científicos adquirirem o seu significado através de uma rede de significados no seio de um
dado paradigma faz com que Kuhn reforce a sua crença de que os paradigmas são
incomensuráveis, pois os mesmos termos têm significados diferentes em paradigmas
diferentes. Tudo isto mostra que a comparação objetiva entre dois paradigmas para declarar a
superioridade de um em relação ao outro é impossível.
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REVISÃO
1. C.
2. A.
3. De entre os principais contributos de Kuhn para a compreensão da atividade científica
destacam-se os seguintes: o filósofo mostrou que a ciência é influenciada não apenas por
fatores objetivos, mas também por fatores subjetivos; mostrou que o cientista é visto como
alguém que soluciona puzzles e não como um explorador do desconhecido. Por fim, mostrou
que a fé e convicção depositadas no paradigma promovem no cientista uma profunda
resistência à mudança mesmo na presença de severas anomalias.
DISCUSSÃO
4. Opção A: Sim. Os paradigmas são efetivamente incomensuráveis porque não existe
uma medida comum ou um padrão neutro que permita objetivamente estabelecer a
superioridade de um paradigma em relação a outro. Como tal, a passagem de um paradigma
para outro é uma forma radicalmente nova e única de olhar para o mundo.
Opção B: Não. Os paradigmas não são incomensuráveis porque se eles fossem de facto
incomensuráveis não podíamos afirmar que as teorias atuais estão mais próximas da verdade
do que as suas antecessoras; mas é inegável que, olhando para a forma como atualmente é
possível, através da ciência, explicar e prever os fenómenos da natureza, estamos hoje mais
perto da verdade do que antes, o que nos mostra que os paradigmas não são incomensuráveis.