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A Geologia, os geólogos e os seus métodos


Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I

Documento 1
Os estromatólitos apresentam uma morfologia semelhante a uma couve-flor e são encontrados
quase exclusivamente em regimes supratidais e interditais. Estes ambientes estão
maioritariamente expostos acima do nível do mar, tornando-se húmidos e quentes. A maioria dos
estromatólitos antigos formaram-se nas Bahamas e na Austrália Ocidental, onde as águas são
hipersalinas. Este facto não permite a proliferação de seres vivos que se alimentem das
cianobactérias que lhes dão origem.
Baseado em S. M. Stanley, Earth System History, W. H. Freeman and Company, 1999

Documento 2
Diferentes métodos de datação radiométrica
Isótopos Intervalo de datação
Semivida
Pai Filho efetiva
Urânio-238 Chumbo-206 4500 M.a.
Urânio-235 Chumbo-207 704 M.a.
Tório-232 Chumbo-208 14 000 M.a. 10 a 4600 M.a.
Rubídio-87 Estrôncio-87 48 800 M.a.
Potássio-40 Árgon-40 1300 M.a. 100000 anos a 4600 M.a.
Carbono-14 Nitrogénio-14 5730 anos 100 a 60000 anos

Documento 3
Os geólogos consideram ter desvendado uma das mais antigas evidências de vida na Terra. A descoberta, ainda a ser confirmada, sugere que a
vida desabrochou rapidamente no planeta ainda jovem. Investigadores australianos e britânicos reportaram encontrar estruturas dispostas em
camadas, denominadas estromatólitos, em rochas com 3700 milhões de anos.
Baseado em Alexandra Witze, Nature Magazine, 2016

1. Com base no documento 2, indica o par de isótopos menos recomendado para datar os fósseis de estromatólitos indicados no
documento 3.
(A) 238U/206Pb
(B) 87Rb/87Sr
(C) 40K/43Ar
(D) 14C/14N

2. O isótopo de urânio 238U tem uma semivida de, aproximadamente, 4500 M.a., por isso, _____ após a formação de um granito, ele deverá
conter cerca de _____ do teor inicial de 238U.
(A) 2250 M.a.... 25%
(B) 2250 M.a.... 50%
(C) 4500 M.a.... 25%
(D) 4500 M.a.... 50%

3. A datação _____ dos estromatólitos é possível devido à _____ de certos isótopos.


(A) radiométrica ... estabilidade
(B) radiométrica ... instabilidade
(C) relativa ... estabilidade
(D) relativa ... instabilidade

4. Os isótopos radioativos (documento 2) desintegram-se espontaneamente a uma taxa _____ ao longo do tempo e a razão isótopo-
pai/isótopo-filho tende a _____.
(A) constante ... aumentar
(B) variável ... aumentar
(C) constante ... diminuir
(D) variável .... diminuir

5. Se o estudo dos estromatólitos permite a reconstituição de paleoambientes, isso significa que estes resultam da atividade de organismos
que requerem condições de sobrevivência _____ específicas, sendo, por isso, considerados bons fósseis de _____.
(A) pouco ... idade (C) pouco ... fácies
(B) muito ... idade (D) muito ... fácies

6. Tendo por base o método de datação baseado no par 40K/40Ar, a quantidade de isótopos-pais presentes nos estromatólitos referidos no
Documento 3 está entre
(A) 25% e 50%. (C) 50% e 75%.
(B) 75% e 87,5%. (D) 12,5% e 25%.

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7. Explique de que forma o estudo dos estromatólitos contribui para a reconstituição da história da vida na Terra.

8. Há cerca de 3700 M.a., no Arcaico, formaram-se os primeiros estromatólitos por ação das cianobactérias.
Explique as interações geosfera-biosfera-atmosfera, tendo em conta a importância destes seres vivos para a evolução da vida na Terra.

9. Tendo por base as interações entre os subsistemas geosfera-biosfera-hidrosfera esquematizadas na figura 2, relativamente ao processo
de formação de estromatólitos, ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos, iniciando pela
letra B.

A. Atividade metabólica e consequente precipitação de carbonato de cálcio.


B. Proliferação de cianobactérias.
C. Acumulação de sedimentos em camadas sucessivas.
D. Formação de estromatólitos.
E. Formação de colónias de cianobactérias e adesão a um substrato.

Grupo II

Uniformitarismo é a designação atribuída a um dos princípios básicos da Geologia. Este princípio já se encontrava presente na obra de Hutton,
mas foi Lyell o responsável por refazer as conceções huttonianas em Inglaterra, no início do século XIX, em que as correntes diluvianistas,
defendidas por naturalistas e clérigos anglicanos, dominavam.
O Etna, na Sicília, foi estudado por Lyell na tentativa de demonstrar que este não tinha sido construído por uma simples erupção, mas que o
seu cone vulcânico tinha resultado de uma lenta acumulação de escoadas lávicas. Segundo este autor, era possível determinar as idades do
cone vulcânico do Etna, partindo de uma série de estimativas e deduções, da mesma forma que era possível determinar a idade de uma árvore
através da contagem dos anéis do seu tronco. O autor colocou em evidência que os cones vulcânicos eram o resultado de um lento processo
de acumulação de materiais.
Para Lyell, a vida acompanhava os climas, podendo aparecer e desaparecer novas espécies de tempos a tempos devido, provavelmente, a
alterações climáticas associadas à subsidência ou à elevação de blocos continentais.
Baseado em F. Amador & P. Contenças, História da Biologia e da Geologia, Universidade Aberta, 2001

1. O princípio do uniformitarismo refere que


(A) a deposição dos estratos ocorre de forma pontual.
(B) as leis da Natureza são uniformes.
(C) os cones vulcânicos nunca se formam uniformemente.
(D) o atualismo e o gradualismo são princípios alternativos.

2. O princípio do gradualismo
(A) colocou em questão a idade da Terra.
(B) admite que os dinossáurios se extinguiram devido à queda de um meteorito.
(C) assumiu como verdadeira a extinção de espécies devido ao Dilúvio.
(D) assume que o presente é a chave do passado.

3. O neocatastrofismo permite explicar que


(A) o uniformitarismo é um principio errado.
(B) o Dilúvio nunca fez desaparecer espécies.
(C) as alterações geológicas decorrem apenas de fenómenos bruscos.
(D) os dinossáurios se extinguiram de forma brusca.

4. A tectónica de placas é uma teoria


(A) uniformitarista. (C) neocatastrofista.
(B) catastrofista. (D) Nenhuma das anteriores.

5. Extinções em massa são fenómenos neocatastrofistas que definem


(A) períodos. (C) idades relativas.
(B) eras. (D) idades absolutas.

6. O lento processo de acumulação de matérias no cone do Etna, observado por Lyell, é uma evidência do
(A) princípio do atualismo. (C) princípio do catastrofismo.
(B) princípio do gradualismo. (D) princípio do neocatastrofismo.

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7. Faça corresponder a cada um dos conceitos da coluna A um exemplo da coluna B. Utilize cada Letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Datação absoluta (1) Extinções em massa
(b) Datação relativa (2) Método K-Ar
(c) Neocatastrofismo (3) Espécie de amonite
(d) Criacionismo (4) Triásico
(e) Vulcanismo (5) Escoadas lávicas do Etna
(f) Período (6) Dilúvio
(g) Fóssil de fácies (7) Geosfera
(h) Subsistema (8) Estromatólito

8. Baseando-se no gradualismo uniformitarista, explique por que razão alguns cientistas colocam em causa a extinção dos dinossáurios
devido a causas cosmológicas e apresente uma alternativa geológica para a extinção desses seres.

Grupo III

O ciclo das rochas e os princípios de estratigrafia auxiliam a compreensão de processos envolvidos


na formação de rochas e a datação de alguns estratos. Atente nas figuras 1 e 2.

Figura 1

1. As letras A, B e C da figura 1 podem corresponder, respetivamente, a processos de


(A) magmatismo, metamorfismo e diagénese.
(B) cristalização, erosão e recristalização.
(C) fusão, erosão e diagénese.
(D) fusão, erosão e cristalização.

2. Os processos A, B e C da figura 1estão refletidos na figura 2, respetivamente, nos locais


(A) Y, X e Z.
(B) Y, Z e X.
(C) Y, X e U.
(D) Y, U e X.

3. Considerando que na figura 2 houve formação de mármore por metamorfismo de contacto, este ocorreu no local
(A) Y.
(B) X.
(C) U.
(D) Z.

4. A figura 2 representa limites de placas litosféricas do tipo


(A) construtivo.
(B) destrutivo.
(C) conservativo.
(D) transformaste.

5. Se num dos locais da figura 2 ocorreu formação de mármore, o tipo de rocha que lhe deu origem foi
(A) calcário de origem sedimentar. (C) calcário de origem metamórfica.
(B) granito de origem magmática. (D) qualquer tipo de rocha.

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6. O local A corresponde à
(A) crosta continental.
(B) crosta oceânica.
(C) astenosfera.
(D) litosfera.

7. Descreva o processo através do qual se está a formar magma no local Y.

8. Descreva como as condições de pressão e temperatura diferem nos processos geológicos que ocorreram nos locais X e U, classificando
o(s) referido(s) processo(s).

Grupo IV
A figura 1 representa um mapa elaborado durante uma saída de campo.

1. A falha F1 ocorreu
(A) após a formação da unidade litológica B e antes da deposição da unidade litológica A.
(B) após a formação das unidades litológicas A, B e C.
(C) após a formação da unidade litológica C.
(D) após a formação das unidades litológicas A e B.

2. A rocha mais recente da sequência litológica representada no mapa encontra-se na unidade litológica
(A) A. (C) C.
(B) B. (D) que apresenta fósseis.

3. A sequência de acontecimentos representada no mapa é a seguinte:


(A) unidade litológica B, falha F1, unidade litológica C, unidade litológica A.
(B) unidade litológica B, unidade litológica C, falha F1, unidade litológica A.
(C) falha F1, unidade litológica B, unidade litológica A, unidade litológica C.
(D) unidade litológica B, unidade litológica A, falha F1, unidade litológica C.

4. O princípio da estratigrafia que permitiu concluir quanto à idade da unidade litológica C é o princípio da
(A) inclusão. (C) identidade paleontológica.
(B) interseção. (D) sobreposição.

5. O princípio da estratigrafia que permitiu concluir quanto à idade da ocorrência da falha F1 é o princípio da
(A) inclusão.
(B) interseção.
(C) identidade paleontológica.
(D) sobreposição.

6. Na unidade litológica A surgiram fósseis de amonites. Indique a era geológica mais provável a que corresponde esta unidade, indicando o
tipo de datação a que recorreu.

7. Faça uma avaliação da história evidenciada no mapa, referindo os princípios da estratigrafia que utilizou.

Grupo V

Nos últimos dois séculos, o mundo industrializado tem vivido das poupanças da Terra: a energia armazenada financiada pelo Sol. O carvão, o
petróleo e o gás natural são produtos derivados da energia solar que o planeta recebeu no passado.
O prestigiado climatólogo da NASA, James Hansen, forneceu-nos um número para definir a nova condição crítica da vida tal como a
conhecemos. James e os seus colaboradores estudaram a relação histórica entre o carbono atmosférico e fenómenos como o aumento do
nível do mar (durante toda a história humana até ao início da Revolução Industrial, o ar não conteve mais de 275 ppm de CO 2) e depois
analisaram os dados mais recentes do planeta. (...) O número atual é demasiado elevado e é por isso que o Ártico está a fundir. O aquecimento
do planeta não é um problema para o futuro, mas sim uma crise do presente.
Que fazer? Onde encontraremos energia limpa, abundante e suficiente para fazer funcionar o mundo das gerações futuras? A resposta mais
provável continua a ser: principalmente no Sol. Em vez de queimar combustíveis fósseis, devemos conceber e melhorar novas formas de
recolher e usar a luz e o calor que recebemos diariamente da nossa estrela. Baseado em Bill McKibben, National Geographic, 2012

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1. O subsistema onde se encontram armazenados os combustíveis fósseis é a


(A) biosfera. (C) atmosfera.
(B) geosfera. (D) hidrosfera.

2. Atualmente, em situações de equilíbrio da atmosfera, o dióxido de carbono existe


(A) em maior percentagem do que o oxigénio.
(B) em maior percentagem do que o árgon.
(C) em menor percentagem do que o nitrogénio e o oxigénio.
(D) em percentagem semelhante à do oxigénio.

3. Hansen e os seus colaboradores estudaram a relação histórica entre o carbono atmosférico e fenómenos como o aumento do nível do
mar. A relação estudada reflete a interação dos subsistemas
(A) atmosfera-biosfera. (C) biosfera-geosfera.
(B) geosfera-hidrosfera. (D) atmosfera-hidrosfera.

4. Os períodos de aquecimento global podem manifestar-se através


(A) do aparecimento de espécies vegetais com características tropicais em latitudes com temperaturas moderadas.
(B) da extinção de espécies devido ao aparecimento de glaciares.
(C) de desequilíbrios nos subsistemas fechados da Terra.
(D) Todas as opções anteriores.

5. A acumulação de CO2 na atmosfera provoca, no imediato,


(A) o aumento da temperatura, levando a desequilíbrios na biosfera.
(B) o aumento do pH das chuvas, levando a desequilíbrios na biosfera.
(C) a diminuição da temperatura, levando a desequilíbrios na biosfera.
(D) a diminuição do pH, levando ao equilíbrio da biosfera.

6. De acordo com o texto, a concentração atual de CO2 na atmosfera é demasiado elevada, e é por isso que o Ártico está a fundir. Este
processo conduz a uma
(A) regressão marinha. (C) subducção de placa oceânica.
(B) transgressão marinha. (D) expansão oceânica.

7. Apresente uma hipótese que relacione o aumento de dióxido de carbono na atmosfera com o aquecimento global.

8. Faça corresponder a cada situação da coluna A a respetiva interação que consta da coluna B. Utilize cada letra apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Libertação de cinzas vulcânicas. (1) biosfera-geosfera
(b) Libertação de O2 durante a fotossíntese. (2) biosfera-hidrosfera-atmosfera
(c) Distribuição de plantas em função do tipo de solo. (3) hidrosfera-geosfera
(d) Evapotranspiração das plantas. (4) geosfera-atmosfera
(e) A composição química da água resulta da composição do solo onde circula. (5) biosfera-atmosfera

Grupo VI

A teoria da tectónica de placas refere a existência de placas litosféricas que se movimentam entre si, originando três tipos de limites,
referenciados na figura 1 por A, B, C.

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1. Na região assinalada pela letra C


(A) ocorreu construção de placa oceânica.
(B) ocorreu divergência de placas litosféricas.
(C) a placa de Nazca mergulha por baixo da placa Sul-Americana.
(D) a placa Sul-Americana mergulha por baixo da placa de Nazca.

2. No limite assinalado pela letra B, atuam forças


(A) distensivas.
(B) compressivas.
(C) de cisalhamento.
(D) todas as anteriores.

3. O limite assinalado pela letra A representa uma zona de


(A) forte atividade sísmica e destruição de litosfera.
(B) fraca atividade sísmica e construção de litosfera.
(C) forte atividade sísmica e conservação de litosfera.
(D) nenhuma das anteriores.

4. Na fragmentação de um continente, como evidenciado no limite B, ocorrem fenómenos de


(A) espessamento crustal e de destruição de crosta.
(B) estiramento crustal e de magmatismo.
(C) compressão tectónica e de formação de montanhas.
(D) distensão tectónica e de destruição de crosta.

5. Em relação ao limite B, no limite C, a crosta oceânica é, normalmente, mais ____ e contém uma ____ espessura de sedimentos
acumulados.
(A) antiga ... maior
(B) recente ... maior
(C) antiga ... menor
(D) recente ... menor

6. No limite C, a placa subductada é a crosta


(A) oceânica, por ser a mais densa.
(B) oceânica, por ser a mais antiga.
(C) continental, por ser a mais densa.
(D) continental, por ser a menos densa.

7. Faça corresponder a cada um dos limites da coluna A a respetiva designação da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Limite convergente continente-continente (1) Destruição da litosfera, com subducção da placa oceânica.
(b) Limite convergente oceano-continente (2) Conservação de litosfera.
(c) Limite convergente oceano-oceano (3) Formação de litosfera.
(d) Limite divergente (4) Destruição de litosfera com ocorrência de orogenia.
(e) Limite de cisalhamento (5) Convergência de duas placas com densidade idêntica e formação de fossa.

8. A deriva continental de Alfred Wegener não se impôs como teoria de forma consensual na comunidade científica, por não apresentar
uma explicação que justificasse a mobilidade da superfície terrestre.
Apresente, à luz da teoria da tectónica de placas, o motor responsável pelo mobilismo das placas litosféricas.

Grupo VII

As rochas sedimentares podem ser datadas de forma absoluta recorrendo a vestígios de rochas ígneas que se encontram entre os sedimentos,
por exemplo, cinzas vulcânicas em sedimentos marinhos. As rochas ígneas são mais facilmente datadas por métodos radiométricos. A idade
absoluta das rochas ígneas da figura 1 foi determinada por datação radiométrica, tendo-se obtido os seguintes valores:
Rocha A: 1 M.a.
Rocha B: 150 M.a.
Rocha C: 75 M.a.

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1. O corpo ígneo mais recente é o representado pela letra


(A) A. (C) C.
(B) B. (D) F.

2. O estrato mais antigo é o estrato


(A) 1. (C) 12.
(B) 8. (D) 5.

3. A idade da camada 14
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) está compreendida entre 1 e 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é superior a 150 M.a.

4. A camada 14 pertence à Era


(A) Cenozoica. (C) Paleozoica.
(B) Mesozoica. (D) Precâmbrica.

5. A idade da camada 5
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) está compreendida entre 1 e 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é superior a 150 M.a.

6. A idade da camada 21
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) é superior a 75 M.a.
(B) é superior a 1 M.a. (D) é superior a 150 M.a.

7. A idade de D1
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) está compreendida entre 1 e 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é inferior a 75 M.a.

8. A idade de D2
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) está compreendida entre 1 e 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é inferior a 75 M.a.

9. A idade de D3
(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) está compreendida entre 1 e 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é superior a 150 M.a.

10. A idade da falha F


(A) está compreendida entre 75 e 150 M.a. (C) é inferior a 75 M.a.
(B) é superior a 75 M.a. (D) é superior a 150 M.a.

11. As linhas D1 e D2 representam discordâncias angulares, isto é, correspondem


(A) a uma relação geométrica entre estratos, a qual representa uma mudança nas condições de deposição
(B) a zonas de erosão, representando condições ambientais alteradas por corpos ígneos.
(C) a nova deposição de estratos, devido à interseção de corpos ígneos.
(D) a uma relação geométrica entre estratos, provocada pela interseção de corpos ígneos.

12. Atente nos seguintes acontecimentos, ordenando-os de forma sequencial, do mais antigo para o mais recente.
A. Falha F
B. Discordância D1
C. Intrusão C
D. Deposição dos estratos 12-17
E. Intrusão B
F. Dobramento das camadas 1-11
G. Discordância D2
H. Intrusão A

13. Descreva a história geológica representada na figura 1, referindo os princípios estratigráficos que utilizou.

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TEMA II – A TERRA, UM PLANETA MUITO ESPECIAL

Grupo I - O nosso Lugar no Espaço

Se o nosso planeta tivesse uma morada, ela seria: Terra, Sistema Solar, enxame da Virgem, Universo. Mas tal não está correto. O código postal
da Terra não é o enxame da Virgem, mas sim Laniakea (figura 1). Pela primeira vez, os astrónomos mapearam os arredores da nossa galáxia.
Surpreendentemente, verifica-se que a Via Láctea parece estar inserida num superaglomerado onde parecem estar mais de 100 000 galáxias, a
que foi dado o nome de Laniakea.

Uma equipa internacional de cientistas, liderada pelo astrónomo R. Brent Tully da Universidade do Havai, tem acompanhado, através do
telescópio Hubble e outros radiotelescópios, o movimento de 8 mil galáxias e descobriu que a Via Láctea pertence a um superaglomerado até
então desconhecido designado por Laniakea.
Planetas, estrelas e galáxias não se movimentam pelo Espaço individualmente, pois fazem parte de estruturas maiores. Grosso modo, os
planetas orbitam à volta das estrelas, que giram em torno de uma galáxia, que por sua vez se movimenta de uma forma ainda mais complexa
integrada num superaglomerado. Todas estas estruturas gigantes interagem entre si pela força da gravidade.
Durante séculos, os astrónomos acreditavam que a Via Láctea pertencia ao superaglomerado Virgem. A equipa do Havai estudou a gravidade
de milhares de galáxias da vizinhança da Via Láctea, durante mais de 10 anos, e descobriram que o enxame da Virgem e vários outros
aglomerados são apenas pequenas porções de um superaglomerado desconhecido até então. Os superaglomerados são definidos pelas
galáxias que orbitam o seu centro de gravidade e não têm limites visíveis. Uma órbita completa levaria milhões de anos, o que faz com que os
astrónomos não consigam observar o superaglomerado a que pertence cada galáxia e, em vez disso, analisam o seu movimento.
A luz das galáxias revela a sua direção e movimento através do desvio para o vermelho, que acontece quando uma galáxia se afasta da Terra
ou aumenta a sua velocidade, tornando-se a sua luz mais vermelha.
O mapeamento de Laniakea apoia o modelo de que a gravidade que mantém os superaglomerados juntos é um campo gravítico conhecido por
Grande Atrator, que revela a existência de uma concentração localizada de massa equivalente a dezenas de milhares de massas da Via Láctea.
Esta força é tão forte que faz com que pertençamos a este superaglomerado, sendo o enxame da Virgem apenas um apêndice de Laniakea.
Baseado em Science Illustrated, 2015

1. Considerando o estudo realizado pelos cientistas da Universidade do Havai, formule a questão-problema que pode ter estado na base da
investigação que decorreu durante mais de 10 anos.

2. De acordo com o estudo, as observações realizadas a milhares de galáxias permitiram


(A) apenas conhecer a velocidade a que se deslocam.
(B) conhecer a origem do Universo, relacionando-a com os centros de gravidade identificados.
(C) esclarecer a localização da nossa galáxia.
(D) conhecer a origem do Sistema Solar.

3. Em relação a um determinado centro de gravidade, quanto maior for a distância ao centro, _____ é a densidade dos materiais e _____ é a
duração de uma órbita completa.
(A) maior ... maior (C) menor ... menor
(B) maior ... menor (D) menor ... maior

4. A luz emitida pelas galáxias provém de reações químicas que ocorrem


(A) nas estrelas. (C) nos planetas.
(B) nos cometas. (D) nos meteoritos.

5. Não se conhecem com precisão os processos que contribuíram para a formação dos vários sistemas planetários. No caso do nosso
sistema, a hipótese nebular reformulada procura explicar a sua génese e é, atualmente, amplamente aceite.
Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que, segundo esta teoria, terão ocorrido no
processo de formação do Sistema Solar.
A. Achatamento em forma de disco e consequente génese do protossol.
B. Formação de protoplanetas por fenómenos de acreção, seguida da reorganização dos materiais de acordo com a sua densidade.
C. Contração gravítica da nébula de gases e poeiras por efeito da força gravitacional, o que conduz a um aumento da velocidade de rotação e a
um aumento da temperatura.
D. Aglutinação de poeiras que conduziram à formação de planetesimais.
E. De acordo com a temperatura e a distância ao Sol, ocorre a condensação do material e a respetiva separação mineralógica.

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6. Faça corresponder a cada uma das descrições dos diferentes corpos do Sistema Solar, referidos na coluna A, a respetiva designação, que
consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Corpo que, após ultrapassar o atrito da atmosfera, colide com a superfície terrestre, (1) Meteorito
causando depressões. (2) Planeta principal
(b) Corpo celeste que descreve o movimento de translação em torno do respetivo planeta. (3) Planeta secundário
(c) Corpo com órbita muito excêntrica e que efetua o seu movimento em torno do Sol. (4) Cometa
(5) Meteoroide

7. No Sistema Solar, a Terra é o único planeta que reúne as condições essenciais para a existência de vida tal como a conhecemos, sendo,
atualmente, um planeta geologicamente ativo.
Explique o porquê destes factos, relacionando-os com os fenómenos que estiveram na origem da formação do Sistema Solar.

Grupo II - Analisando a atmosfera lunar


Medidas in situ revelam detalhes da produção e evolução de uma exosfera lunar
A exosfera lunar é uma atmosfera tão fina que os átomos nunca colidem, sendo limitada num dos lados
pela superfície lunar e estendendo-se por milhares de quilómetros em direção ao Espaço. A fórmula
precisa desta atmosfera é desconhecida, mas dados recentes obtidos por vaivéns espaciais estão a ser
utilizados para descrever as contribuições relativas de diferentes processos que terão dado origem à
exosfera. A espetroscopia na luz visível e ultravioleta tem permitido obter dados. Embora o sódio e o
potássio sejam constituintes desta atmosfera formada maioritariamente por gases inertes, como o
árgon, o néon e o hélio, a observação destes dois elementos a partir de telescópios terrestres permite
monitorizar o estado do ambiente lunar.
O papel dos bombardeamentos meteoríticos foi estudado enquanto se monitorizava a passagem do
sistema Terra-Lua por fluxos de meteoritos conhecidos. À medida que estes colidem com a superfície
lunar provocam aquecimento e, por consequência, a projeção de material a partir do rególito lunar e o
aquecimento local.
Baseado em Dukes & Hurley, "Sampling the Moon's Atmosphere", Science, 2016

1. A Lua é um satélite que apresenta


(A) uma atmosfera densa na qual predominam gases idênticos aos do planeta Terra.
(B) uma fina atmosfera constituída durante a última etapa da formação do Sistema Solar.
(C) uma fina atmosfera de origem exógena.
(D) atmosfera densa devido à atividade vulcânica.

2. A Lua é um planeta geologicamente _____ e, por isso, para que pudesse ocorrer na atualidade
atividade vulcânica, teria de verificar-se neste planeta _____.
(A) ativo ... o impacto de um meteorito de grandes dimensões
(B) inativo ... atividade geológica interna resultante de atividade tectónica
(C) ativo ... atividade geológica interna resultante de atividade tectónica
(D) inativo ... o impacto de um meteorito de grandes dimensões

3. Os continentes lunares (figura 1) são constituídos por


(A) basalto. (C) andesito.
(B) anortosito. (D) peridotito.

4. As anomalias gravimétricas positivas detetadas na Lua evidenciam


(A) uma distribuição homogénea das rochas da crosta lunar.
(B) a existência de mares onde as rochas são mais densas.
(C) uma dissipação de calor mais intensa em certos locais.
(D) a manifestação de forças de gravidade idênticas em toda a crosta.

5. A Lua, em relação à Terra, apresenta


(A) menor número de crateras de impacto, devido à sua fina atmosfera.
(B) maior número de crateras de impacto, devido à sua fina atmosfera.
(C) maior atividade vulcânica, devido ao impacto meteorítico recente.
(D) menor atividade vulcânica, devido à ausência de atmosfera.

6. Atendendo aos seguintes acontecimentos, ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos que levam à
formação de uma cratera lunar.
A. Aumento da dimensão da cratera.
B. Sobrelevação do rebordo da cratera após descompressão.
C. Formação de pequena depressão.
D. Fraturação, fusão e ejeção de material.
E. Aumento da pressão que leva à formação de uma onda de impacto.

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7. As afirmações que se seguem referem-se à figura 2. Selecione a opção que as avalia corretamente.

I. A figura 2A diz respeito à face visível da Lua, pelo facto de apresentar mais continentes.
II. A figura 2B refere-se à face visível da Lua, em que os continentes lunares apresentam uma superfície irregular e com inúmeras crateras de
impacto.
III. Os mares lunares, visíveis na figura 2A, são formados essencialmente por basaltos, que refletem pouca luz incidente, destacando-se pela
sua cor escura.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) I e III são falsas; II é verdadeira.
(B) I é falsa; II e III são verdadeiras. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

8. Na Lua, o albedo é
(A) superior nos mares, por serem ricos em anortosito. (C) superior nos continentes, por serem ricos em anortosito.
(B) superior nos mares, por serem constituídos por basalto. (D) superior nos continentes, por serem constituídos por basalto.

9. O rególito lunar é um solo muito antigo constituído por rochas fraturadas e outros materiais finos.
Apresente dois agentes de formação do rególito lunar a partir das rochas que constituem a sua superfície.

10. A superfície lunar apresenta um elevado número de crateras de impacto, quando comparada com a superfície terrestre, resultantes dos
choques meteoríticos.
Explique, tendo em conta a massa da Lua, o facto de na superfície lunar existirem muitas crateras de impacto que permanecem inalteradas
até hoje, ao contrário da superfície terrestre.

Grupo III - Terá a vida vindo de Marte?


Um meteorito com origem no planeta Marte, que foi ejetado devido a um impacto com um asteroide ou um cometa, colidiu com o planeta
Terra há cerca de 3800 M.a. Este meteorito continha óxido de boro, que terá levado à síntese de ribose e RNA, moléculas presentes em todas
as células. Benner, um químico americano, descreve ser possível a ribose e o RNA serem produzidos a partir deste componente. Os químicos
conseguiram já criar RNA em laboratório a partir de óxidos de boro, o que levou a retomar a ideia da origem extraterrestre da vida.

1. A datação radiométrica pode ser aplicada para determinar a


idade aproximada da formação do Sistema Solar a partir de
amostras de
(A) meteoritos marcianos, que poderão ter sido os responsáveis
pela origem da vida na Terra.
(B) meteoritos que evidenciam a inexistência de diferenciação nos
asteroides que lhes deram origem.
(C) rochas ígneas, recolhidas em crateras de impacto marcianas.
(D) rochas metamórficas, recolhidas em crateras de impacto
marcianas.

2. Marte é um planeta _____, pois apresenta _____.


(A) telúrico ... elevada densidade
(B) telúrico ... um diâmetro superior ao da Terra
(C) gasoso ... crosta silicatada
(D) gasoso ... uma órbita em torno de um planeta gigante

3. Na crosta de Marte, em rochas magmáticas com a mesma


composição mineralógica, as mais antigas apresentam, para um
determinado elemento
(A) instável, uma maior percentagem de isótopos-pais do que de
isótopos-filhos em relação às rochas mais recentes.
(B) instável, uma menor percentagem de isótopos-pais do que de
isótopos-filhos em relação às rochas mais recentes.
(C) estável, uma maior percentagem de isótopos-pais do que de
isótopos-filhos em relação às rochas mais recentes.
(D) estável, uma menor percentagem de isótopos-pais do que de
isótopos-filhos em relação às rochas mais recentes.

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4. As rochas das crateras de impacto evidenciam metamorfismo que se caracteriza por


(A) pressão elevada e temperatura constante, sendo ambas agentes de metamorfismo.
(B) pressão e temperatura muito elevada, podendo levar à fusão parcial dos materiais.
(C) temperatura muito elevada e pressão constante, sendo a temperatura o principal agente de metamorfismo.
(D) pressão muito elevada e temperatura constante, sendo a pressão o principal agente de metamorfismo.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir uma possível sequência cronológica de acontecimentos relacionados com a origem do
meteorito marciano e a sua queda na superfície terrestre.
A. Vaporização de matéria na superfície do meteoro marciano.
B. Fragmentação de um corpo em órbita na cintura de asteroides e queda em Marte.
C. Interação de um corpo celeste com a atmosfera terrestre.
D. Formação de um meteorito marciano.
E. Formação de uma cratera por impacto do meteorito marciano.

6. A maior parte dos meteoritos provenientes de asteroides tem origem numa zona do Sistema Solar situada entre
(A) Vénus e Terra. (C) Marte e Júpiter.
(B) Terra e Marte. (D) Júpiter e Saturno.

7. Faça corresponder cada uma das descrições dos pequenos corpos do Sistema Solar, na coluna A, à respetiva designação, que consta da
coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Corpo formado por uma liga metálica de ferro e níquel. (1) Siderito
(b) Corpo que terá resultado da fragmentação de um corpo indiferenciado de maiores dimensões. (2) Siderólito
(c) Corpo que apresenta textura semelhante às rochas da superfície terrestre. (3) Acondrito
(4) Condrito
(5) Cometa

8. As afirmações seguintes dizem respeito à formação do Sistema Solar e da Terra. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Durante a formação do Sistema Solar, o aumento da rotação da nuvem de gases e poeiras levou à concentração de material mais denso na
periferia da nuvem.
II. Segundo a teoria da nébula reformulada, a colisão entre planetesimais levou à formação de corpos de maiores dimensões.
III. Durante a diferenciação da Terra terá ocorrido a fusão dos materiais, em que os menos densos, ricos em silício, alumínio e sódio, migraram
para as zonas mais externas do planeta.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) I é falsa; II e III são verdadeiras. (D) I e II são falsas; III é verdadeira.

9. São várias as hipóteses para a origem da vida na Terra, mas todas remetem para o seu início em meio aquático.
Refira-se à composição da atmosfera primitiva e apresente argumentos para a vida ter tido, provavelmente, início em meio aquático.

Grupo IV
De acordo com a IUGS (International Union of Geological Sciences), a organização responsável por definir a Escala do Tempo Geológico, a
Humanidade encontra-se presentemente no Holocénico, época que começou há 11 700 anos, depois da última grande Era Glaciar. Mas alguns
especialistas argumentam que essa designação está desatualizada, defendendo a introdução de uma nova época — o Antropocénico —, uma
vez que o impacte da atividade humana deixou a sua marca, causando a extinção de diversas espécies de animais e plantas, a poluição de
oceanos e a alteração da atmosfera.
É inegável que os humanos estão a alterar o planeta e o ritmo a que ocorrem os processos geológicos. A questão que agora se coloca é se
essas mudanças terão ou não causado impacte significativo no registo estratigráfico. E, se sim, qual é a data de início desta nova época
geológica? As propostas para a data que assinalará o início do Antropocénico incluem "início da disseminação da agricultura", "Revolução
Industrial" ou mesmo "primeiros testes com bombas atómicas".

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As alterações antrópicas mais evidentes incluem mudanças ambientais e climáticas, conversão de florestas em campos agrícolas, fenómenos
de eutrofização, smog e outras alterações, como o aumento da concentração de dióxido de carbono e metano na atmosfera. Apesar da
influência inquestionável do ser humano no planeta, muitos geólogos continuam a afirmar que as alterações no registo estratigráfico não são
suficientemente evidentes, à exceção da presença de elementos radioativos resultantes da detonação das bombas atómicas, que deixaram
uma clara assinatura geoquímica no registo estratigráfico.
Baseado em Colin Waters e colaboradores, Science, 2016

1. A exploração ____ do ambiente, na primeira década do século XX, ____ o aumento da biodiversidade devido ao(à) ____ da
desflorestação.
(A) sustentável ... favoreceu ... aumento (C) sustentável ... comprometeu ... diminuição
(B) excessiva ... favoreceu ... diminuição (D) excessiva ... comprometeu ... aumento

2. O aumento do CO2 e do CH4, durante a Era Industrial, está relacionado com a


(A) atividade vulcânica. (C) redução da biodiversidade.
(B) queima dos combustíveis fósseis. (D) exploração sustentável dos recursos.

3. Em dezembro de 2015 foi assinado o Acordo Climático de Paris entre vários países, com vista à redução da emissão de gases com efeito
de estufa. Relativamente ao efeito de estufa, pode afirmar-se que
(A) provoca o arrefecimento do planeta à medida que os gases se acumulam na atmosfera.
(B) os gases do ar condicionado e do frigorífico destroem a camada do ozono, mas não são gases de estufa.
(C) o O2, CO2 e o CH4 são gases que contribuem para o efeito de estufa.
(D) o efeito de estufa permite diminuir a amplitude térmica do planeta.

4. As afirmações seguintes dizem respeito às alterações antropogénicas a longo prazo (figura 1). Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. O aumento da concentração do CO2 teve o seu apogeu na Era Industrial.
II. A desflorestação e a erosão dos solos estão relacionadas.
III. É pouco provável que venham a ocorrer extinções em massa no futuro.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos que levam à acidificação dos oceanos.
A. Diminuição do pH da água da chuva e acidificação dos oceanos. C. Dissociação iónica do ácido carbónico.
B. Reação do CO2 atmosférico com a água, originando ácido D. Libertação de gases de efeito de estufa para a atmosfera.
carbónico. E. Aumento da pressão atmosférica.

6. Explique de que forma o desenvolvimento da agricultura e da pecuária podem afetar o desenvolvimento sustentável, referindo-se aos
índices presentes na figura 1.

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A um conceito da coluna B. A cada letra deverá corresponder apenas um
número.
COLUNA A COLUNA B
(a) Elevada probabilidade de ocorrência de processos/fenómenos geológicos com prejuízo para a (1) Poluição
população. (2) Desenvolvimento sustentável
(b) Alteração indesejável num dado subsistema através da introdução de substâncias suscetíveis de (3) Recurso renovável
prejudicar a saúde humana ou o meio ambiente. (4) Recurso não renovável
(c) Recurso reposto num intervalo de tempo compatível com a vida humana. (5) Risco geológico
(d) Desenvolvimento que satisfaz as necessidades atuais sem comprometer as necessidades das gerações
futuras
(e) Recurso que é ciclicamente reposto num intervalo de vários milhões de anos.

Grupo V
O desenvolvimento das sociedades modernas tem as suas bases na utilização de combustíveis fósseis. Nos últimos anos, as necessidades
energéticas das populações superaram o expectável, aumentando, consequentemente, o recurso a energias alternativas.

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Baseado em International Energy Agency (IEA), Energy and Air Pollution, 2016

1. As fontes de energia mais utilizadas a nível mundial são o carvão, o petróleo e o gás natural. Estes materiais geológicos representam
recursos
(A) não renováveis, uma vez que a sua reposição na Natureza é relativamente rápida.
(B) renováveis, uma vez que a sua reposição na Natureza é relativamente rápida.
(C) não renováveis, uma vez que a sua reposição na Natureza é na ordem dos milhões de anos.
(D) renováveis, uma vez que a sua reposição na Natureza é na ordem dos milhões de anos.

2. O recurso a combustíveis fósseis provoca


(A) impactes negativos apenas na atmosfera e na geosfera.
(B) impactes positivos na geosfera, mas negativos na atmosfera.
(C) impactes negativos em todos os subsistemas terrestres.
(D) impactes positivos na atmosfera, mas negativos na geosfera e na biosfera.

3. Pela análise da figura 1, podemos afirmar que, em 2010,


(A) foram consumidos cerca de 1500 Mtoe de gás natural.
(B) a utilização de energias limpas correspondeu a cerca de 50% do consumo energético global.
(C) se consumiu mais gás natural do que petróleo.
(D) o consumo de energia nuclear foi menor do que o consumo de energia hídrica.

4. Das atividades antrópicas, a obtenção de energia é uma atividade que


(A) é responsável por grande parte das emissões de monóxido de carbono.
(B) não contribui para a emissão de óxidos de nitrogénio.
(C) tem baixa contribuição para a emissão de dióxido de enxofre.
(D) não contribui para as emissões de amónia.

5. Podem ser considerados agentes de poluição,


(A) erupções vulcânicas com emissões de cinzas.
(B) vibrações, calor ou ruído.
(C) emissões de CO2 resultantes da respiração.
(D) emissões de enxofre por parte das sulfataras.

6. Em 1987 surgiu o conceito de "desenvolvimento sustentável", um modelo de desenvolvimento que pretende resolver os problemas
resultantes das atividades das sociedades modernas.
Explique em que consiste este conceito e de que forma a sua aplicação poderá solucionar alguns dos problemas provocados pela ação
antrópica.

7. As atividades antrópicas têm levado à acumulação de gases na atmosfera. Indique possíveis consequências da acumulação destes gases
na atmosfera, nos diferentes subsistemas terrestres.

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Compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera


Grupo I - Expedição para obter sondagem ultraprofunda no fundo do mar à procura de limites para a existência de vida

Chikyu é uma navio de investigação científica capaz de realizar sondagens profundas até 10 km abaixo do nível do mar. Foi projetado para
atingir as zonas profundas da Terra, como o manto e as profundezas da biosfera. Obteve, em 2012, uma sondagem de carvão de grande
qualidade, à profundidade de 2,2 km do fundo do mar.
Na última década, a consciencialização da abundância de vida nos pequenos
poros da geosfera profunda tornou a microbiologia um foco privilegiado das
perfurações oceânicas com interesse científico. Expedições já realizadas
descobriram microrganismos em argilas pobres em nutrientes, assim como em
camadas de maior dureza. Em 2012, o navio científico Chikyu obteve uma
sondagem em que foram detetados vestígios de vida em camadas de carvão
com mais de 20 M.a. Os cientistas encontraram evidências de que mesmo a
grandes profundidades (mais de 2 km) os microrganismos persistem.
Porém, em rochas e sedimentos abaixo do fundo do mar, a temperatura é
demasiado elevada, impedindo a existência de vida. A questão que falta
responder é a que profundidade se encontram os limites para a existência de
vida.
Uma nova expedição (a expedição T-Limit) foi conduzida entre setembro de
2016 e novembro de 2016. A equipa tentará responder à questão realizando
sondagens na crosta oceânica, em locais onde a temperatura é muito elevada,
tentando encontrar um limite para a existência de vida.
O esforço da expedição pode conseguir encontrar um limite termal para a
existência de vida, mas esta não será a única fronteira a definir. Outras
condições hostis nos sedimentos oceânicos, como falta de nutrientes, altas
pressões ou extrema salinidade, provavelmente estabelecem também limites
para a existência de vida.
Baseado em Science, 2016, DOI: 10.1126/science.aah7272

1. Explique os contributos das sondagens para o estudo do interior da Terra e, apoiando-se no texto, estabeleça relações entre a geosfera e
a biosfera.

2. As sondagens constituem um método direto para estudar o interior da Terra. Outros métodos diretos são
(A) estudos no âmbito do geomagnetismo e da gravimetria.
(B) estudos da planetologia e da astrofísica.
(C) materiais emitidos durante a atividade vulcânica e fragmentos de crosta oceânica carreados tectonicamente para a superfície da Terra.
(D) estudos do modelo interno do interior da Terra baseados na Sismologia.

3. A sondagem efetuada, em 2012, pela equipa de investigação do navio Chikyu foi realizada numa zona de subducção de crosta oceânica.
Este local é
(A) uma zona sem atividade sísmica. (C) uma zona com idade recente.
(B) uma zona de destruição de crosta. (D) uma zona de formação de crosta.

4. As desvantagens da realização das sondagens são


(A) gastos económicos muito elevados.
(B) impactes negativos na geosfera devido a possíveis resíduos.
(C) não poderem atingir profundidades muito elevadas, devido à destruição do material.
(D) Todas as anteriores.

5. A gravimetria permite também estudar o interior da Terra através da força gravítica, que
(A) varia na razão inversa do quadrado do raio terrestre. (C) diminui com a latitude.
(B) varia na razão indireta da densidade. (D) à mesma latitude aumenta com a longitude.

6. Se antes de se realizar uma sondagem se utilizar um gravímetro e a mola deste distender, é provável que
(A) o tarolo contenha rochas de menor densidade do que a densidade média desse local.
(B) o tarolo contenha rochas de maior densidade do que a densidade média desse local.
(C) o local contenha halite.
(D) no local se encontre uma gruta.

7. Durante a realização da sondagem referida no texto, o grau geotérmico tende a _____ com a profundidade e o gradiente geotérmico, a
_____.
(A) aumentar ... diminuir (C) diminuir ... aumentar
(B) aumentar ... aumentar (D) diminuir ... diminuir

8. São exemplos de zonas de baixo grau geotérmico, _____; as _____ são exemplos de zonas de elevado grau geotérmico.
(A) as zonas de fronteiras de placas ... zonas de subducção (C) os fluxos térmicos ... correntes de convecção
(B) os hotspots ... zonas tectonicamente estáveis (D) as cadeias montanhosas ... planícies abissais

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9. Faça corresponder cada uma das descrições da morfologia das áreas continentais e oceânicas, referidas na coluna A, à respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Zona de declive acentuado que representa o limite da parte imersa da crosta (1) Talude continental
continental. (2) Plataforma continental
(b) Zona plana localizada entre os 2500 m e os 6000 m de profundidade. (3) Planície abissal
(c) Região muito profunda onde ocorre destruição da crosta oceânica. (4) Dorsais oceânicas
(5) Fossas oceânicas

10. Explique por que razão se recorre a medições gravimétricas para prospeção mineira, referindo o funcionamento do gravímetro com as
mudanças de densidade.

Grupo II - Erupção do Eyjafjallajökull provocada pelo aquecimento global?


Islândia, abril de 2010
Um insignificante vulcão num glaciar de nome impronunciável atira umas cinzas para o ar. Os cientistas dizem que é coisa pouca, mas os aviões
europeus deixam de poder voar. Sete milhões de pessoas que se preparavam para viajar em trabalho ou em férias, ou que queriam
simplesmente regressar a casa, ficam retidas. Milhares de agricultores, no Quénia, veem, de repente, a sua sobrevivência em risco. Em Israel,
toneladas de flores são destruídas. Barack Obama falha o funeral do Presidente polaco. O cantor Mika cancela o concerto de Lisboa. Mangas e
papaias desaparecem dos supermercados britânicos. A Nissan reduz para metade a sua produção automóvel no Japão. A equipa do Barcelona
é obrigada a fazer uma longa e fatigante viagem de autocarro para jogar com o Inter de Milão, de José Mourinho, para a Liga dos Campeões. E
um hotel em Hong Kong triplica o preço dos seus quartos, em poucas horas.
Baseado em Essentials of Geology, Prentice Hall, 2012

E o que esteve na origem desta erupção? Alguém começou por dizer que a erupção do Eyjafjallajókull se devia provavelmente ao degelo do
glaciar que o cobria. Então é assim: o aumento do CO2 na atmosfera aumenta a temperatura, o que provoca o degelo do glaciar sobre o vulcão.
A redução da pressão sobre o vulcão terá provocado a erupção.
O degelo dos glaciares, por sua vez, provoca o aumento do nível da água do mar e, consequentemente, as terras mais baixas vão ficando
imersas. No entanto, na Islândia, não se verificou isto. Numa investigação publicada na revista científica Geophysical Research Letters,
cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, e da Universidade da Islândia descobriram que a área da ilha está a aumentar a um
ritmo mais rápido na sequência do maior aquecimento global sentido nos últimos 30 anos. A ilha parece estar a elevar-se cada vez mais devido
às alterações climáticas, numa média de 3,5 centímetros por ano.
Freysteinn Sigmundsson, vulcanologista da Universidade da Islândia, refere que a redução do gelo não terá sido importante para desencadear
a última erupção, que ocorreu sob uma calote polar relativamente pequena. Neste vulcão existem magmas com origem em rochas basálticas e
outras câmaras magmáticas com magmas mais ricos em sílica. A erupção teve início com episódios do estilo havaiano ao longo de uma fissura
de quase 500 m na direção NE-SW. As lavas escorreram a uma curta distância do vulcão. A segunda fase da erupção causou um grande
distúrbio no tráfego aéreo europeu e mundial. Enquanto algumas cinzas foram para áreas desabitadas na Islândia, a maioria foi levada por
ventos de oeste, para a Europa. Os gases e cinzas reduzem a visibilidade e quando entram nas turbinas podem paralisar os motores do avião.
Baseado em http://www.livescience.com/8993-iceland-eyjafjallajokull-volcano-erupted.html [consultado em outubro de 2016]

1. O estudo da evolução das massas de gelo que se encontram sobre a Islândia pode ser baseado em métodos
(A) químicos. (C) sísmicos.
(B) magnéticos. (D) gravimétricos.

2. Uma das causas apontadas para o episódio vulcânico da Islândia em 2010, local que revela anomalias gravimétricas ____, estará
relacionada com o _____.
(A) positivas ... degelo dos glaciares (C) positivas ... magma de composição basáltica
(B) negativas ... degelo dos glaciares (D) negativas ... magma de composição basáltica

3. De acordo com o estudo, na Islândia, o degelo do glaciar está a causar


(A) uma redução do nível médio da água do mar, o que provoca a imersão das terras baixas.
(B) um aumento do nível médio da água do mar, o que provoca a emersão das terras baixas.
(C) exposição subaérea das terras baixas, por reajustamentos verticais.
(D) Nenhuma das anteriores.

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4. A erupção do Eyjafjallajökull assumiu, inicialmente, um carácter ____, em que os gases se libertam do magma com relativa ______.
(A) efusivo ... calma (C) explosivo ... calma
(B) efusivo ... violência (D) explosivo ... violência

5. A Islândia está localizada sobre um Limite de placas _____, onde estará a ocorrer _____.
(A) divergente ... expansão crustal na direção NW-SE (C) convergente ... destruição da crosta na direção NW-SE
(B) divergente ... expansão crustal na direção NE-SW (D) convergente ... destruição da crosta na direção NE-SW

6. As afirmações seguintes dizem respeito à atividade vulcânica da Islândia. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. As rochas basálticas formadas atualmente apresentam polaridade normal.
II. Rochas com a mesma polaridade magnética apresentarão a mesma idade.
III. Na Islândia, o limite de natureza divergente origina crosta continental.
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

7. Na Islândia, o vulcanismo que ocorreu em 2010 foi do tipo


(A) intraplaca, em zonas de elevado grau geotérmico. (C) interplaca, em zonas de elevado grau geotérmico.
(B) intraplaca, em zonas de baixo grau geotérmico. (D) interplaca, em zonas de baixo grau geotérmico.

8. Faça corresponder a cada uma das manifestações vulcânicas expressas na coluna A o respetivo equivalente vulcânico, que consta da
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Escoamento lento de lava, originando rochas de superfície áspera e muito rugosa. (1) Nuvem ardente
(b) Materiais sólidos de diversas dimensões dispersos numa fase gasosa, com elevada densidade e (2) Lavas escoriáceas
temperatura. (3) Lavas pahoehoe
(c) Lavas que originam escoadas basálticas. (4) Bombas e blocos
(5) Fissura vulcânica

9. Indique a designação atribuída aos movimentos verticais da ilha referidos no texto.

10. Partindo do contexto tectónico da Islândia evidenciado na figura 1, procure apresentar uma possível explicação para o carácter da
atividade vulcânica registada em 2010, referindo-se ao tipo de erupção e características dos magmas associados.

Grupo III
A figura 1 representa um ambiente tectónico onde se geram magmas. Os resultados de uma experiência laboratorial permitiram elaborar o
diagrama de temperatura/fusão (diagrama 1), mostrando o gradiente geotérmico e a temperatura de fusão para o peridotito anidro (seco) e
hidratado (molhado).

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1. O tipo de lava mais comum na erupção do vulcão A será


(A) de composição básica e com poucos gases.
(B) de composição intermédia com bastantes gases.
(C) de composição ácida com muitos gases.
(D) de composição intermédia ou ácida com gases.

2. O tipo de lava mais comum na erupção do vulcão B será de composição


(A) básica e com poucos gases.
(B) intermédia e com poucos gases.
(C) ácida e com muitos gases.
(D) intermédia ou ácida e com gases.

3. Analisando o diagrama 1, podemos referir que as temperaturas de fusão do magma peridotítico na localidade X e na localidade Y são,
respetivamente,
(A) aproximadamente 1500 °C e 1000 °C.
(B) aproximadamente 1000 °C e 1500 °C.
(C) entre 800 0C e 1500 0C, pois é a temperatura média dos magmas.
(D) 1000 0C para ambas, dado que as localidades estão à mesma profundidade.

4. Na figura 1 os magmas localizados em X e Y estão à mesma profundidade. A água que gerou o peridotito hidratado teve origem durante
_____ e o efeito desta foi _____.
(A) a volatização de materiais ... alterar o ponto de fusão
(B) a vaporização da água pluvial ... elevar o ponto de fusão
(C) a subducção da placa oceânica ... diminuir o ponto do fusão
(D) a obducção da placa oceânica ... alterar o ponto de fusão

5. No manto inferior, onde a temperatura aumenta a uma velocidade inferior à do manto superior,
(A) o gradiente geotérmico aumenta.
(B) o gradiente geotérmico diminui.
(C) o fluxo térmico diminui.
(D) o fluxo térmico aumenta.

6. Os valores _____ de grau geotérmico em zonas de vulcanismo secundário podem originar _____.
(A) baixos ... sulfataras com emissão de dióxido de carbono
(B) elevados mofetas com emissão de dióxido de enxofre
(C) baixos ... nascentes termais, águas quentes e ricas em sais minerais
(D) elevados ... géiseres com emissões contínuas de água quente

7. A zona da localidade Y da figura 1 é uma zona de


(A) subducção, onde podem ocorrer fenómenos de vulcanismo e metamorfismo.
(B) subducção, com mergulho da camada menos densa.
(C) rifte, onde podem ocorrer fenómenos de metamorfismo.
(D) fossa, onde se formam rochas ultrabásicas.

8. Observe a Figura 1 e o diagrama 1 e ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos, de A a E, iniciando a ordenação pelo
acontecimento mais antigo.
A. Formação de magma a 1200 ºC.
B. Peridotito anidro localizado abaixo do rifte oceânico.
C. Erupção do tipo efusivo.
D. Peridotito a ascender por convecção.
E. Ascensão de magma.

9. Explique a justificação mais aceite pela comunidade científica para a origem das plumas térmicas, indicando o tipo de vulcanismo
resultante e caracterizando o tipo de lava que geralmente resulta destas erupções.

Grupo IV
Observe a figura 1 referente às bandas magnéticas do fundo oceânico.

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1. As bandas magnéticas que apresentam polaridade normal são


(A) A e B. (C) A e C.
(B) B e C. (D) A, B e C.

2. A letra X representa
(A) litosfera oceânica. (C) litosfera continental.
(B) crosta oceânica. (D) crosta continental.

3. A letra Y representa
(A) litosfera oceânica. (C) litosfera continental.
(B) crosta oceânica. (D) crosta continental.

4. As bandas magnéticas B e C apresentam


(A) a mesma idade e polaridade inversa. (C) idades diferentes e igual polaridade.
(B) a mesma idade e igual polaridade. (D) idades mais antigas que A.

5. A magnetização das bandas encontradas na crosta oceânica apoia a hipótese de


(A) a crosta oceânica ser mais antiga que a crosta continental. (C) na zona de rifle haver constante formação de crosta.
(B) a crosta continental ser passível de magnetização. (D) as zonas de subducção serem zonas de destruição de crosta.

6. O vulcanismo associado à zona de rifte é


(A) efusivo, caracterizado por lavas ácidas. (C) explosivo, caracterizado por lavas básicas.
(B) efusivo, caracterizado por lavas básicas. (D) explosivo, caracterizado por lavas ácidas.

7. As bandas que apresentam igual polaridade


(A) formaram-se simultaneamente por saída de lava no rifte. (C) têm minerais com orientações magnéticas idênticas.
(B) apresentam necessariamente a mesma distância em relação ao rifte. (D) apresentam o mesmo valor de gradiente geotérmico.

8. A astenosfera corresponde a uma zona


(A) do manto superior, onde o material rochoso se encontra num estado de menor rigidez.
(B) da litosfera, onde o material rochoso está em fusão total.
(C) da Litosfera fluida e de elevada rigidez.
(D) do manto superior, onde o material rochoso tem maior densidade.

9. Explique porque é que a banda magnética B se encontra a uma cota superior à banda C.

10. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos que se referem à expansão do fundo oceânico, durante um ciclo de inversão de
polaridade. Inicie a sequência pela letra A.
A. Ascensão de magma basáltico.
B. Inversão do campo magnético.
C. Arrefecimento das rochas dos fundos oceânicos que, em relação à atualidade, têm polaridade inversa.
D. Segunda fase eruptiva com saída de lava para ambos os lados da dorsal.
E. Magnetização dos minerais constituintes das rochas junto ao rifte com polaridade normal.

11. Faça corresponder as definições da coluna A aos conceitos que constam da coluna B. Utilize cada letra e número uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Camada separada do manto pela descontinuidade de Moho. (1) Placa tectónica
(b) Camada do manto com elevadas correntes de convecção. (2) Astenosfera
(c) Camada constituinte das placas tectónicas, localizada imediatamente acima da astenosfera. (3) Litosfera
(4) Crosta
(5) Núcleo

Grupo V
A partir do século VI a. C., muitos filósofos começaram a questionar-se acerca do funcionamento da Natureza. Por exemplo, Tales considerava
que o planeta Terra tinha tido origem na água e constituía o centro do Universo, sendo como que um disco que flutuava na água. Outros
autores apresentaram alguns modelos da estrutura interna da Terra de forma a conciliar uma explicação da formação da Terra com uma
explicação científica do dilúvio. No final do século XVIII e início do século XIX, a Geologia evoluiu e o estudo do interior da Terra tornou-se
consequentemente mais especializado. Muitos modelos diferentes foram sugeridos, tendo em consideração diferentes fatores, como o estado
físico dos materiais, a temperatura e pressão. O desenvolvimento da Sismologia e de outras áreas científicas foi fundamental para o
conhecimento atual da estrutura interna da Terra. No entanto, como refere Deparis (2001), a tarefa está longe de estar concluída, as
profundezas da Terra ainda não revelaram todos os seus segredos. De uma forma global, podemos considerar que a Terra possui uma
estrutura concêntrica e que se encontra dividida em três camadas.
Baseado em Torres & Vasconcelos, Eurasia Journal of Mathematics, Science & Technology Education, 2015

1. A Sismologia contribui para o conhecimento do interior da Terra, pelo facto de as ondas sísmicas se propagarem
(A) de forma diferente em meios com composição química homogénea e física heterogénea.
(B) de forma diferente em meios com composição química e física heterogéneas.
(C) de forma semelhante em meios com composição química homogénea e física heterogénea.
(D) de forma diferente em locais específicos do planeta Terra - descontinuidades.

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2. A descontinuidade de Gutenberg separa


(A) a mesosfera da endosfera.
(B) o manto inferior do núcleo externo.
(C) o núcleo interno do núcleo externo.
(D) a crosta do manto.

3. A descontinuidade de Lehmann constitui uma fronteira entre _____, registando-se _____ com o
aumento da profundidade.
(A) o núcleo externo e o núcleo interno ... um aumento da velocidade das ondas P
(B) o manto inferior e o núcleo externo ... um aumento da velocidade das ondas S
(C) o núcleo externo e o núcleo interno ... uma diminuição da velocidade das ondas P
(D) o manto inferior e o núcleo externo ... um aumento da velocidade das ondas P

4. O movimento das placas litosféricas é possível devido à menor rigidez dos materiais
(A) da litosfera.
(B) da astenosfera.
(C) do manto.
(D) da mesosfera.

5. A diminuição da velocidade de propagação das ondas P que se regista na descontinuidade de


refere-se à transição entre
(A) Mohorovicic ... litosfera e astenosfera
(B) Mohorovicic ... crosta e manto
(C) Gutenberg ... manto e núcleo externo
(D) Gutenberg ... núcleo externo e núcleo interno

6. Relativamente à zona de sombra das ondas P, pode afirmar-se que


(A) é uma zona de ausência de registo das ondas sísmicas, dos 103° aos 143°, a partir do hipocentro.
(B) é uma zona de ausência de registo das ondas sísmicas, dos 103° aos 143°, a partir do epicentro.
(C) as ondas P se propagam em todos os meios, pelo que não existe zona de sombra.
(D) esta se deve ao aumento da rigidez dos materiais.

7. Relativamente aos modelos físicos e químicos da Terra, faça corresponder cada uma das descrições referidas na coluna A à respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Superfície a partir da qual a velocidade de propagação das ondas P diminui e deixa de haver (1) Astenosfera
propagação das ondas S. (2) Crosta continental
(b) Pode apresentar entre 5 e 10 km de espessura, sendo constituída essencialmente por basaltos e (3) Crosta oceânica
gabros. (4) Descontinuidade de Gutenberg
(c) Apresenta rigidez e engloba a crosta e a parte mais externa do manto. (5) Descontinuidade de Lehmann
(d) Pode apresentar entre 30 e 70 km de espessura. (6) Descontinuidade de Mohorovicic
(e) Superfície que separa a crusta do manto. (7) Litosfera
(8) Mesosfera

8. As afirmações seguintes dizem respeito aos modelos da estrutura interna da Terra. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. O modelo físico da estrutura da Terra é constituído por litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera.
II. O modelo geoquímico da estrutura da Terra é constituído por litosfera, astenosfera, mesosfera e endosfera.
III. A descontinuidade de Gutenberg marca o desaparecimento do silício e a existência do níquel.
(A) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) I e III são falsas; II é verdadeira.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) II e III são falsas; I é verdadeira.

9. Explique de que forma as descontinuidades do interior da Terra permitem separar zonas de materiais com diferentes propriedades.

Grupo VI

No século XVIII, Lisboa era uma das maiores cidades da Europa, com uma população estimada de 275 000 habitantes. Em 1755, no dia 1 de
novembro, Portugal testemunhou a maior catástrofe que ocorreu no país. O terramoto de Lisboa de 1755 foi um dos mais destruidores da
História, com uma magnitude estimada entre 8.6 e 9.0 na escala de Richter.
Sabe-se que o sismo ocorreu às 9:40 de um dia calmo, com uma temperatura de 14 °C e vento nordeste fraco. Ocorreu em três fases distintas:
a primeira fase, que durou cerca de um minuto e meio, não foi muito violenta; a segunda fase, uma fase mais lenta, causou sérios estragos; a
terceira fase durou cerca de três minutos e foi a mais violenta de todas, sendo responsável pelo elevado número de perdas humanas e
estragos materiais.
Pensa-se que o epicentro do sismo de 1755 tenha ocorrido na falha Açores-Gibraltar, junto ao banco de Gorringe. No entanto, existem ainda
algumas controvérsias relativamente ao que terá dado origem a um sismo tão violento.
Lisboa e Algarve, as zonas mais próximas do epicentro, foram as mais afetadas (figura 1), sendo, no entanto, o que se seguiu a causa do maior
número de vítimas. Por um lado, o fogo perdurou por mais de seis dias na baixa de Lisboa, alimentado pelos materiais que eram usados nas
construções daquele tempo. Por outro lado, um tsunami atingiu Lisboa às 11:00.
Baseado em Vasconcelos e colaboradores, Geosphere, 2017

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1. Atente na afirmação: "Ocorreu em três fases distintas: a primeira fase, que durou cerca de um minuto e meio, não foi muito violenta
(...)". Esta primeira fase referida no texto corresponde a
(A) réplicas.
(B) abalos premonitórios.
(C) ondas P.
(D) ondas S.

2. Analisando o mapa de isossistas, verifica-se que a magnitude do sismo


(A) diminui à medida que a distância ao epicentro aumenta.
(B) é a mesma, diminuindo a intensidade do sismo à medida que a distância ao epicentro aumenta.
(C) aumenta à medida que a distância ao epicentro aumenta.
(D) é a mesma, aumentando a intensidade do sismo à medida que a distância ao epicentro aumenta.

3. Nas cidades de Marráquexe e Agadir, o sismo foi sentido


(A) com menor intensidade do que em Meknes.
(B) com maior intensidade do que em Lisboa e em Gibraltar.
(C) com menor intensidade do que em Faro e maior do que em Fez.
(D) com menor intensidade do que em Gibraltar e maior do que em Lisboa.

4. As ondas P caracterizam-se por serem ondas _____, e as ondas S, por serem ondas _____.
(A) transversais, com maior velocidade de propagação ... longitudinais, com menor velocidade de propagação
(B) transversais, com menor velocidade de propagação ... longitudinais, com maior velocidade de propagação
(C) longitudinais, com maior velocidade de propagação ... transversais, com menor velocidade de propagação
(D) longitudinais, com menor velocidade de propagação ... transversais, com maior velocidade de propagação

5. A formação de um tsunami pode ocorrer quando o epicentro de um sismo se localiza no oceano.


À medida que a onda marinha se aproxima da costa, a amplitude da mesma _____ e o seu comprimento _____.
(A) aumenta ... mantém-se
(B) aumenta ... diminui
(C) diminui ... aumenta
(D) mantém-se ... aumenta

6. O sismo de 1755 teve origem no _____ e foi consequência de os seus materiais terem ultrapassado o seu limite de _____.
(A) hipocentro (em Lisboa) ... elasticidade
(B) epicentro (no oceano) ... elasticidade
(C) epicentro (em Lisboa) ... fragilidade
(D) hipocentro (no oceano) ... fragilidade

7. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos que se referem à ocorrência de sismos tectónicos.


A. Libertação de grandes quantidades de energia.
B. Movimento lento das placas tectónicas e consequente acumulação de energia.
C. Deformação elástica dos materiais rochosos.
D. As rochas atingem o limite de acumulação de energia.
E. Fraturação das rochas.

8. Com o terramoto de 1755, Marquês de Pombal distribuiu um questionário aos párocos para se pronunciarem sobre os estragos causados.
Pela primeira vez, no mundo ocidental, há uma tentativa de avaliar a intensidade sísmica.
Refira-se à Escala Macrossísmica Europeia, indicando em que consiste e os parâmetros que avalia.

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Unidade 0 - Diversidade na biosfera


Grupo I
O oceano Pacífico alberga uma grande diversidade de seres vivos que se inter-relacionam, interagindo também com o ambiente onde estão
inseridos. Estas relações são complexas e dinâmicas, e qualquer alteração no funcionamento das mesmas poderá causar um profundo impacte
no ecossistema.
As teias alimentares permitem esquematizar algumas das relações tróficas presentes no ecossistema, ilustrando a transferência de energia de
um nível trófico para outro.

1. No caso do fitoplâncton sofrer uma queda abrupta,


(A) as algas irão sofrer uma diminuição significativa. (C) os animais planctónicos terão mais dificuldade em procurar
(B) as algas simbióticas irão sofrer um aumento significativo. alimento.
(D) os corais sofrerão uma diminuição significativa.
2. O fitoplâncton e o zooplâncton pertencem
(A) ao mesmo nível trófico, sendo ambos seres produtores.
(B) a níveis tróficos diferentes, pertencendo o zooplâncton ao segundo nível trófico.
(C) a níveis tróficos diferentes, sendo ambos seres produtores.
(D) a níveis tróficos diferentes, pertencendo o fitoplâncton ao segundo nível trófico.

3. As esponjas e os peixes da espécie Scarus frenatus pertencem


(A) à mesma comunidade. (C) à mesma população.
(B) a reinos diferentes. (D) a ecossistemas diferentes.

4. No sentido de confirmar que Scarus frenatus não se encontra em vias de extinção, foram efetuados vários estudos, sendo feita a sua
monitorização em vários pontos do Globo. Foi dada particular atenção aos indivíduos Scarus frenatus encontrados nos recifes de coral do
Pacífico. Os indivíduos deste recife de coral e os encontrados no oceano Índico pertencem
(A) a reinos diferentes, mas à mesma comunidade. (C) ao mesmo reino e à mesma comunidade.
(B) à mesma população e a espécies diferentes. (D) à mesma espécie e a populações diferentes.

5. Nesta teia alimentar, as bactérias permitem que o percurso da matéria seja _____ e as algas permitem _____.
(A) cíclico, ao devolver o material orgânico ao meio biótico, ... a introdução de energia no ecossistema, sendo o fluxo de energia cíclico
(B) cíclico, ao devolver o material inorgânico ao meio abiótico, ... a introdução da energia no ecossistema, sendo o fluxo de energia
unidirecional
(C) unidirecional, ao devolver o material orgânico ao meio biótico, ... a introdução de energia no ecossistema, sendo o fluxo de energia cíclico
(D) unidirecional, ao devolver o material orgânico ao meio biótico, ... a introdução de energia no ecossistema, sendo o fluxo de energia
unidirecional

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6. Tanto as células das bactérias como as das algas possuem sempre


(A) parede celular e ribossomas.
(B) material genético e ribossomas.
(C) citoplasma e cloroplastos.
(D) mitocôndrias e parede celular.

7. As afirmações seguintes dizem respeito à teia alimentar representada. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A energia é reciclada pelas bactérias presentes na teia trófica do Pacífico.
II. As esponjas alimentam-se diretamente dos seres produtores.
III. Tanto as algas como o fitoplâncton são seres produtores.
(A) I e II são falsas; III é verdadeira.
(B) Todas as afirmações são falsas.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(D) Todas as afirmações são verdadeiras.

8. Explique de que forma a introdução de espécies invasoras competidoras com os corais pode levar à extinção do Scarus frenatus,
referindo de que forma a perda da biodiversidade pode levar à rutura de ecossistemas.

Grupo II
Corbicula fluminea e Procambarus clarkii são duas espécies invasoras que
coabitam em ecossistemas aquáticos de todo o país, nomeadamente no
estuário do rio Minho.
A amêijoa-asiática, Corbicula fluminea, é uma das espécies mais invasoras
em ecossistemas aquáticos. Características como a maturidade sexual
precoce, alta fecundidade e rápido crescimento fizeram desta espécie uma
invasora não indígena capaz de colonizar novos ambientes, tendo-se
tornado um organismo comum nos habitats de água doce americanos e
europeus. Este bivalve, que se alimenta a partir da filtração da água, tem
como habitat preferencial lagos ou rios, sendo beneficiado por correntes
fortes, uma vez que lhe fornecem uma constante fonte de alimento.
Procambarus clarkii (Girard, 1852) é uma espécie de lagostim carnívora
nativa do Centro-Sul dos Estados Unidos da América, alimentando-se de
larvas de insetos e gastrópodes (caracóis). Esta espécie é altamente
resistente a condições ambientais desfavoráveis, tais como seca, má
qualidade de água, variações de temperatura e baixas concentrações de
oxigénio, e, como consequência, tem uma enorme taxa de proliferação.

No sentido de se estudar a população de C. fluminea no estuário do rio


Minho, foram recolhidas amostras ao longo do gradiente estuarino em
quatro locais (M1, M2, M3 e M4, assinalados na figura 1), tendo sido
realizadas três réplicas por local.
Baseado em Sousa et al., Aquatic Biology, 2008

1. Consideram-se "invasoras"
(A) espécies nativas de uma região que proliferam descontroladamente.
(B) espécies exóticas que não possuem predadores e estão em vantagem
em relação às espécies nativas.
(C) espécies nativas de uma região, mas que concorrem diretamente com
outras espécies locais.
(D) espécies novas que surgiram espontaneamente no ecossistema.

2. A introdução de P. clarkii no estuário do rio Minho poderá ter como


consequência
(A) a redução das populações nativas.
(B) o aumento populacional das espécies nativas diretamente concorrentes.
(C) o aumento da biodiversidade.
(D) a manutenção do equilíbrio do ecossistema.

3. A espécie Corbiculo fluminea estabelece uma relação de _____ com _____, uma vez que _____.
(A) competição interespecífica ... R clarkii ... ambos têm vida séssil
(B) competição intraespecífica ... R clarkii ... ambos são filtradores
(C) competição interespecífica ... outros bivalves filtradores ... competem pela ocupação de espaço no substrato
(D) competição intraespecífica ... gastrópodes filtradores ... competem por alimento

4. No estuário do rio Minho, P. clarkii e C. fluminea fazem parte


(A) da mesma comunidade, mas são de espécies diferentes.
(B) da mesma população, mas são de espécies diferentes.
(C) da mesma comunidade e da mesma população.
(D) de comunidades e populações distintas, mas habitam no mesmo ecossistema.

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5. Relativamente aos locais de amostragem Ml, M2, M3 e M4, pode afirmar-se que
(A) M4 é a estação de amostragem com maior salinidade.
(B) M2 é a estação onde existe maior densidade populacional.
(C) M1 apresenta menor salinidade que M2.
(D) M4 é a estação de amostragem com menor salinidade.

6. Pela análise das amostras recolhidas nas estações Ml, M2, M3 e M4, pode concluir-se que
(A) C. fluminea habita, preferencialmente, ambientes de baixa salinidade.
(B) C. fluminea habita, preferencialmente, ambientes de elevada salinidade.
(C) a salinidade é um fator abiótico que não interfere na distribuição populacional de C. fluminea.
(D) salinidades elevadas promovem a proliferação e o crescimento de C. fluminea.

7. As afirmações seguintes dizem respeito à conservação e extinção de espécies. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Entende-se por extinção de uma espécie o desaparecimento de uma grande população num dado local.
II. A extinção de espécies é um fenómeno geralmente associado a causas antrópicas, alterações climáticas e geológicas.
III. As políticas de conservação incidem sobre a preservação e proteção da espécie, mas não do seu habitat.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

8. Tendo em conta o estudo realizado em C. fluminea e os locais de amostragem mencionados nas figuras 1 e 2, refira-se aos efeitos da
salinidade sobre o crescimento e sobre a densidade populacional dessa espécie.

9. Foi realizado um estudo que pretendia aferir possíveis diferenças entre o crescimento de bivalves em ambiente estuarino e em ambiente
lacustre. O estudo concluiu que os bivalves apresentam, geralmente, conchas de maiores dimensões em ambiente lacustre, por oposição ao
ambiente estuarino.
Apresente uma justificação para o crescimento diferencial das conchas de bivalves em ambiente lacustre e em ambiente estuarino,
atendendo às condições dos diferentes habitats.

10. Faça corresponder cada uma das descrições relativas aos níveis de organização biológica, que constam da coluna A, à respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada tetra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Grupo de bivalves C. fluminea que habita no estuário do rio Minho. (1) Comunidade
(b) Conjuntos de seres vivos do estuário do rio Minho que interagem entre si e com o meio. (2) População
(c) Unidade estrutural e funcional de R. clarkii. (3) Ecossistema
(4) Tecido
(5) Órgão
(6) Célula

Grupo III
Observe as seguintes figuras que representam biomoléculas ou os seus constituintes e moléculas de água.

1. Na figura 1 estão representados,


(A) em a), aminoácidos e polipeptídeos. (C) em b), monossacarídeos e olissacarídeos.
(B) em a), nucleótidos e ácidos nucleicos. (D) em c), nucleótidos e ácidos nucleicos.

2. A figura 1 b2) representa


(A) um nucleótido, em que B é guanina. (C) um nucleótido, em que B é a citosina.
(B) um ácido nucleico, que é uma cadeia de RNA. (D) um ácido nucleico, que é uma cadeia de DNA.

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3. A figura 2 representa moléculas de água, em que a linha a ponteado corresponde a


(A) Ligações covalentes duplas entre dois átomos de hidrogénio.
(B) ligações covalentes duplas entre um átomo de hidrogénio e um átomo de oxigénio.
(C) pontes de hidrogénio entre dois átomos de hidrogénio.
(D) pontes de hidrogénio.

4. A figura 3 representa,
(A) em a), a reação de condensação e, em b), a reação de hidrólise.
(B) em a), a reação de hidrólise e, em b), a reação de condensação.
(C) em a), a formação de um péptido e, em b), a formação de uma proteína.
(D) em a), a formação de um monossacarídeo e, em b), a formação de um polissacarídeo.

5. Na figura 4 está esquematizada a formação de um


(A) polissacarídeo por hidrólise.
(B) dipéptido por hidrólise.
(C) polissacarídeo por condensação.
(D) dipéptido por condensação.

6. Se o primeiro monómero da reação esquematizada na figura 4 for uma alanina, o radical R, é


(A) COOH. (C) CH3.
(B) NH2. (D) H.

7. O processo de síntese da biomolécula esquematizado na figura 4 consiste numa reação


(A) catabólica que ocorre ao nível dos ribossomas. (C) catabólica que ocorre no complexo de Golgi.
(B) anabólica que ocorre ao nível dos ribossomas. (D) anabólica que ocorre no complexo de Golgi.

8. A formação de açúcares está esquematizada na


(A) c2) (polissacarídeo) e na reação de hidrólise da figura 2.
(B) c2) (polissacarídeo) e na reação de condensação da figura 3a) (maltose).
(C) a2) (polipeptídeo), na reação de hidrólise da figura 2 (sacarose) e na figura 4 (alanina).
(D) a2) (polissacarídeo), na reação de condensação da figura 2 e na figura 3.

9. O leite fornece proteínas de elevada qualidade, assim como lactose, que causa, muitas vezes, intolerância ou alergia. Quando deitamos
limão sobre o leite, este coalha.
Explique o que acontece às proteínas lácteas, na presença de limão, que justifique a formação do coalho.

10. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos que se referem à formação de uma proteína funcional.
A. Formação de um monómero com os grupos NH2, COOH, H e um grupo específico.
B. Formação de uma molécula com estrutura quaternária, com função hormonal.
C. Formação de uma estrutura tridimensional com elevada massa.
D. Ligação entre dois aminoácidos por condensação.
E. Formação de um polipeptídeo com libertação de moléculas de água.

Grupo IV - Fitness mitocondrial


De uma forma geral, quando a ingestão calórica persiste e ultrapassa o dispêndio energético, resulta numa situação de obesidade,
caracterizada por um aumento do tecido adiposo visceral, podendo conduzir a diversas doenças, tais como resistência à insulina, diabetes,
doenças cardiovasculares, entre outras.
Sabe-se que a disfunção mitocondrial pode contribuir para uma disfunção do tecido adiposo em casos de obesidade, pelo que foram
conduzidos diversos estudos com ratos sujeitos a diferentes regimes alimentares e intensidades de treino distintas. A disfunção mitocondrial é
caracterizada pela diminuição do conteúdo mitocondrial, pelo declínio do DNA mitocondrial, pela desregulação da expressão de genes
nucleares e pela diminuição do consumo de oxigénio. O exercício físico regular é, por isso, uma estratégia frequentemente utilizada para
melhorar as capacidades funcionais das mitocôndrias.
Baseado em Efeito físico e obesidade. Efeito da atividade física voluntária e do treino de endurance na funcionalidade de mitocôndrias do tecido adiposo. Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, 2014 (tese
de mestrado)
1. As células do tecido adiposo visceral acumulam
(A) lípidos, formados por ácidos gordos e glicerol, unidos por ligações éster.
(B) ácidos gordos e glicerol unidos por ligações fosfodiéster.
(C) aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
(D) aminoácidos unidos por pontes de hidrogénio.

2. Nas células dos ratos pode ser encontrado DNA


(A) no núcleo e no complexo de Golgi. (C) no núcleo e nas mitocôndrias.
(B) no núcleo e nos ribossomas. (D) nas mitocôndrias e nos ribossomas.

3. As mitocôndrias das células dos ratos são organelos


(A) relacionados com a acumulação de lípidos.
(B) com dupla membrana, onde ocorre a produção de energia.
(C) onde ocorrem reações anabólicas que contribuem para a redução dos lípidos.
(D) onde ocorrem reações catabólicas que conduzem à produção de lípidos.

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4. É de esperar que, nas células _____, o número de mitocôndrias seja _____ ao das células epiteliais.
(A) musculares ... superior
(B) musculares ... inferior
(C) adiposas ... superior
(D) adiposas ... inferior

5. Nos estudos referidos no texto, uma das variáveis independentes é


(A) a taxa de exercício físico.
(B) a acumulação de lípidos no tecido adiposo visceral.
(C) a atividade mitocondrial.
(D) o aparecimento de doenças.

6. Faça corresponder cada uma das descrições referidas na coluna A à respetiva designação, que consta da coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Estrutura que delimita o citoplasma em todos os tipos de células. (1) Centríolos
(b) Organelo delimitado por uma dupla membrana que possui clorofilas e outros pigmentos fotossintéticos. (2) Cloroplasto
(c) Microtúbulos proteicos que participam na divisão celular. (3) Lisossomas
(d) Vesículas resultantes do complexo de Golgi que contêm enzimas envolvidas em reações catabólicas. (4) Membrana celular
(e) Organelo formado por uma dupla membrana que produz energia para a célula. (5) Mitocôndria

7. As afirmações seguintes dizem respeito à constituição das células eucarióticas. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Os organelos mais abundantes nas células pancreáticas e nas células das folhas de plantas são o retículo endoplasmático rugoso e os
centríolos.
II. Ao contrário das células procarióticas, as células eucarióticas apresentam ribossomas.
III. As vesículas libertadas pelo retículo endoplasmático rugoso podem estar envolvidas em fenómenos de autofagia.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

8. Nas células, as atividades relacionadas com a secreção celular são atribuídas


(A) ao complexo de Golgi.
(B) aos ribossomas.
(C) às mitocôndrias.
(D) à membrana celular.

9. Explique por que razão as mitocôndrias, para além do núcleo, são os únicos organelos
das células eucarióticas animais capazes de se dividirem autonomamente.

Grupo V - Viver a vida ao extremo

Nem o gelo da Antártida nem a radiação nuclear de Chernobil assustam os sobreviventes


mais resistentes do planeta Terra. Os extremófilos têm vindo a demonstrar aos cientistas
que a vida é capaz de prosperar em qualquer lugar do nosso planeta e, provavelmente,
também no Espaço.

Alguns fungos são capazes de captar radiação nuclear através da melanina como fonte de
energia para a síntese de compostos nutritivos, mesmo vivendo em ambientes com elevados
níveis de radiação nuclear.

Um grupo de cientistas tem questionado o papel da melanina como substância protetora da


radiação solar, mas também a capacidade que estes fungos têm de a utilizar para gerar
fluxos de eletrões. Vários estudos têm sido conduzidos neste âmbito, tendo-se concluído
que a melanina, quando exposta à radiação, pode acelerar o metabolismo celular.

Um dos estudos consistiu no isolamento de moléculas de melanina juntamente com NADH e


ferricianeto, e registou-se uma taxa de oxidação-redução elevada destes dois compostos,
quando na presença de radiação. Assim, será lógico pensar que, se a melanina consegue
reduzir o NAD+ para NADH através da energia da radiação, será, em princípio, muito simples
a sua posterior conversão em ATP (molécula essencial para a obtenção de energia celular).

Dadachova e os seus colaboradores trabalharam com espécies mutantes do fungo C.


neoformans Lac(-) incapazes de produzir melanina e com espécies não mutantes.

Os resultados obtidos são apresentados nos gráficos que se seguem.

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Figura 3 - Crescimento e incorporação de 14C-acetato por células do fungo C. neoformans da linhagem H99 selvagens e mutante Lac(-) (sem a
enzima lactase) sob condições limitantes de nutrientes, num campo de radiação de 0,05 mGy/h ou a um nível de radiação normal:
a) crescimento de células H99 melanizadas;
b) crescimento de células H99 Lac- não melanizadas;
c) incorporação de 14C-acetato em células H99 melanizadas;
d) incorporação de 14C-acetato em células H99 Lac- não melanizadas;
e) proporção de células irradiadas e não irradiadas para células H99 melanizadas e não melanizadas.

Legenda
CFU/ml - colony-forming unit - colónias viáveis de bactérias ou fungos por ml.
cpm - contagens por minuto.
Baseado em E. Dadachova et al., PLoS ONE, 2007, doi: 10.1371/journal.pone.0000457; Science Illustrated, 2014

1. Os fungos Cryptococcus neoformans, ao recorrerem à melanina para a síntese de compostos nutritivos, podem ser considerados, quanto
à fonte de matéria, seres ______ e são constituídos por células ______.
(A) autotróficos procarióticas (C) autotróficos eucarióticas
(B) heterotróficos procarióticas (D) heterotróficos eucarióticas

2. A membrana das células mutantes dos fungos de C. neoformans é uma


(A) dupla camada fosfolipídica com elevado número de proteínas intrínsecas de melanina.
(B) monocamada fosfolipídica com elevado número de proteínas intrínsecas de melanina.
(C) dupla camada fosfolipídica com ausência de proteínas intrínsecas de melanina.
(D) monocamada fosfolipídica com ausência de proteínas intrínsecas de melanina.

3. Duas das variáveis independentes neste estudo são


(A) a incorporação de 14C-acetato por células do fungo C. neoformans e a quantidade de melanina.
(B) estirpes mutantes e selvagens de C. neoformans.
(C) estirpes de C. neoformans e o nível de radiação.
(D) CFU e cpm.

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4. Um dos objetivos deste trabalho de investigação foi


(A) relacionar a presença da enzima lactase com a produção de melanina, através de estirpes mutantes e selvagens.
(B) estudar a importância da melanina para a produção de moléculas nutritivas na presença de radiação.
(C) avaliar o efeito de diversos níveis de radiação na produção de melanina.
(D) testar a influência de 14C-acetato no crescimento das colónias de fungos.

5. Os resultados apresentados na figura 1 permitem afirmar que, no grupo de fungos _____ a incorporação de 14C-acetato foi _____ ao
longo do tempo.
(A) irradiado ... aumentando
(B) não irradiado ... aumentando
(C) irradiado ... diminuindo
(D) não irradiado ... diminuindo

6. A melanina, sendo uma proteína transmembranar,


(A) é um composto quaternário de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
(B) é um composto quaternário de aminoácidos unidos por ligações éster.
(C) é um composto ternário de aminoácidos unidos por ligações peptídicas.
(D) é um composto ternário de aminoácidos unidos por ligações éster.

7. As células de C. neoformans e as células das bactérias apresentam


(A) parede celular formada por celulose.
(B) ribossomas, relacionados com a síntese de proteínas.
(C) mitocôndrias, onde ocorre a produção de energia.
(D) centríolos, relacionados com a divisão celular.

8. A melanina é armazenada em organelos _____ que têm origem em vesículas de transporte provenientes do _____.
(A) membranares ... complexo de Golgi
(B) não membranares … RER
(C) membranares … RER
(D) não membranares ... complexo de Golgi

9. Com o objetivo de estudar com mais pormenor o fungo Cryptococcus neoformans, utilizou-se em laboratório o microscópio ótico. O
acompanhamento do crescimento das colónias deste fungo ao microscópio com objetivas de _____ ampliação permite um campo visual
com ______ pormenor.
(A) menor ... maior
(B) maior ... maior
(C) maior ... menor
(D) menor ... maior

10. Tendo em conta os resultados obtidos na figura 1 para cada uma das medições, apresente conclusões sobre esta investigação, tendo por
base as duas variáveis experimentais em estudo, e indique qual é a condição experimental mais vantajosa para o crescimento deste fungo.

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Unidade 1 – Obtenção de matéria: heterotrofia e autotrofia

Grupo I

Os lípidos são formados por diversos compostos químicos bastante diferentes entre si, sendo os ácidos gordos as substâncias presentes em
maior quantidade. A ingestão inadequada de ácidos gordos polinsaturados tem sido relacionada com diversas patologias, tais como: doenças
cardiovasculares, doenças autoimunes, alguns tipos de cancro e artrite reumatoide. Para entender os efeitos dos lípidos no organismo animal,
é necessário conhecer a composição lipídica dos alimentos, bem como as etapas de digestão e absorção destes compostos. Estes têm ainda uma
importância na manutenção das estruturas, funções e integridade das membranas celulares.
Baseado em L. S. Sant-Ana, Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2004

1. Os lípidos são compostos _____ com função _____.


(A) ternários ... estrutural, energética e hormonal. (C) quaternários ... estrutural, energética e hormonal.
(B) ternários ... estrutural e enzimática. (D) quaternários ... estrutural e enzimática.

2. A membrana plasmática possui lípidos associados a hidratos de carbono que constituem


(A) glicolípidos, com importantes funções ao nível do reconhecimento de substâncias.
(B) fosfolípidos, os principais constituintes desta membrana.
(C) colesterol, cuja função é a estabilização da membrana plasmática.
(D) permeares, com funções associadas ao transporte mediado de substâncias.

3. No ser humano, a digestão dos lípidos é


(A) intracorporal e intracelular. (C) extracorporal e extracelular.
(B) intracorporal e extracelular. (D) extracorporal e intracelular.

4. Durante a digestão dos lípidos ocorrem reações


(A) anabólicas, com gasto de energia. (C) anabólicas, com libertação de energia.
(B) catabólicas, com libertação de energia. (D) catabólicas, com gasto de energia.

5. As afirmações seguintes dizem respeito à obtenção de matéria por seres heterotróficos. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Durante a digestão intracelular há fusão dos lisossomas com vesículas endocíticas ou com vesículas originadas no interior do citoplasma.
II. A digestão é extracelular quando ocorre no exterior do organismo (fungos) e intracelular quando ocorre no interior do organismo (humanos).
III. O tubo digestivo incompleto apresenta uma elevada eficácia.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6. Enuncie três vantagens relacionadas com o surgimento de tubo digestivo completo.

Grupo II - Portugueses revelam à escala atómica um canal de potássio das células

Nas bactérias, nos fungos e nas plantas, os canais iónicos Trk, Ktr e HKT são elementos fundamentais na regulação da pressão osmótica, do pH
e na resistência à seca ou à elevada salinidade. Estes transportadores podem ter funções muito diversas, podendo funcionar como canais de
sódio e potássio ou outros catiões, mas desconhecia-se a forma como o realizavam, pelo que o estudo abre portas a novas ideias em torno dos
mecanismos envolvidos na sua ativação. Para melhor compreender a estrutura e o funcionamento destas nanomáquinas, foi usado como modelo
de estudo a bactéria Bacillus subtilis, na qual estes canais são semelhantes a outros presentes em fungos e plantas, tendo-se estudado as
proteínas membranares, a que se deu o nome de KtrAB. Estas proteínas abrem ou fecham de acordo com a salinidade no exterior. Geralmente,
há sempre mais potássio dentro das células do que fora, enquanto com o sódio ocorre o inverso. As proteínas fazem parte do mecanismo que
assegura essa assimetria essencial das células.
O estudo, realizado no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), consistiu numa espécie de zoom ao interior da membrana celular,
recorrendo a raios X, de modo a perceber a bioquímica destes minúsculos canais inseridos na membrana. Enquanto na bactéria a sua função
reside essencialmente no controlo da salinidade, no corpo humano, os canais de sódio-potássio podem assumir diversas funções, por exemplo,
a regulação da atividade elétrica das células, importante para o ritmo cardíaco ou na comunicação entre neurónios.
O estudo permitiu evidenciar que estes canais são formados por duas partes:
i. uma que constitui o canal propriamente dito e que está embutida na própria membrana;
ii. outra já dentro da célula que controla a abertura e o fecho do canal, alterando a sua conformação na presença de duas outras moléculas, uma
que o ativa e outra que o desativa.
A compreensão dos mecanismos da natureza envolvidos na resistência à hipersalinidade poderão, no futuro, abrir portas ao desenvolvimento
de plantas que cresçam em solos hipersalinos.
Baseado em Nature, 2013, doi:10.1038/nature12055 2013; https://www.publico.pt/ciencias/jornal/portugueses-revelam-a-escala-atomica-um-canal-de-potassio-das-celulas-26411218 [consultado em dezembro de
2016]
1. O principal objetivo do estudo realizado com o Bacillus subtilis foi
(A) descrever a ultraestrutura da membrana.
(B) desvendar a estrutura molecular das proteínas KtrAB.
(C) descrever o comportamento da bactéria em condições de hipersalinidade.
(D) compreender como é controlado o transporte transmembranar de iões.

2. O mecanismo que assegura a assimetria essencial das células mencionado no texto refere-se ao movimento de solutos por
(A) difusão simples. (C) transporte ativo.
(B) difusão facilitada. (D) osmose.

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3. Os fungos, tal como a bactéria Bacillus subtilis,


(A) são fundamentais na reciclagem de matéria orgânica nos ecossistemas.
(B) partilham o mesmo tipo de células.
(C) possuem parede celular, tipicamente formada por peptidoglicanos.
(D) ocupam, habitualmente, diferentes posições nos ecossistemas.

4. Ao existir habitualmente mais potássio dentro da célula, e o inverso com o sódio, podemos afirmar, relativamente ao segundo, que
(A) os meios intracelular e extracelular são isotónicos.
(B) apresenta a mesma concentração do potássio.
(C) o meio intracelular é hipotónico e o meio extracelular é hipertónico.
(D) o meio intracelular é hipertónico e o meio extracelular é hipotónico.

5. Em ambientes com elevada salinidade, o Bacillus subtilis


(A) realiza transporte ativo para anular o gradiente de concentração.
(B) realiza transporte ativo de modo a assegurar o equilíbrio interno da célula.
(C) realiza difusão de sais para o meio extracelular de forma a contrariar a entrada de sais.
(D) não sobrevive.

6. Em ambientes hipotónicos, as células do Bacillus subtilis são resistentes à Use, porque possuem uma ____ celular constituída,
essencialmente, por um polissacarídeo _____.
(A) parede ... estrutural (C) parede ... de reserva
(B) membrana ... estrutural (D) membrana ... de reserva

7. Quando o meio se torna hipersalino, o mecanismo de proteção das bactérias é _____, como consequência ____ da desidratação da célula.
(A) ativado ... do aumento (C) ativado ... da diminuição
(B) desativado ... do aumento (D) desativado ... da diminuição

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao movimento de materiais através da membrana, o número da coluna
B, que assinala o tipo de transporte respetivo. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Movimento de solutos através da proteína KtrAB. (1) Difusão facilitada
(b) Movimento de água para fora das células, em meios hipersalinos, através de proteínas integradas chamadas (2) Osmose
aquaporinas. (3) Transporte ativo
(c) Transporte mediado que conduz à anulação do gradiente de concentrações. (4) Difusão simples
(d) Em meios hipersalinos, a velocidade da entrada de sais nas células é diretamente proporcional ao gradiente de (5) Endocitose
concentrações.
(e) Permite a entrada de polímeros para dentro da célula, envolvidos numa membrana.

9. Ordene as Letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos ocorridos quando os canais de sódio e potássio, a que se refere
o estudo descrito no texto, são ativados.
(A) Mudança de forma do transportador com passagem dos iões de sódio ao longo das membranas.
(B) Mudança de forma do transportador com passagem dos iões de potássio ao longo das membranas.
(C) O grupo fosfato e os dois iões de potássio são libertados para o meio intracelular.
(D) Ligação de dois iões de potássio à proteína transportadora.
(E) Ligação de três iões de sódio à proteína transportadora e hidrólise do ATP.

10. A partir da compreensão dos mecanismos envolvidos na resistência à hipersalinidade realizados com Bacillus subtilis, é possível abrir
portas ao desenvolvimento de plantas que cresçam em solos hipersalinos.
Em Portugal, uma parte da floresta de pinheiro localiza-se no litoral, que tem vindo a sofrer perturbações devido à subida do nível médio das
águas do mar.
Refira-se aos efeitos que o recuo da linha de costa pode causar nestas árvores e sugira uma forma de melhorar a resistência à salinidade, com
base no estudo descrito.

Grupo III
O nosso organismo é constituído por inúmeras células, a maioria das quais contém entre 75 e 85% de água. A compreensão dos mecanismos de
difusão e de osmose é crucial para o estudo da Biologia.
No sentido de se estudar o movimento da água através de uma membrana permeável, realizou-se a seguinte atividade experimental, que
consistiu na introdução de 4 tubos de diálise em duas soluções de sacarose com diferentes concentrações, tal como esquematiza a figura 1.
Procedimento:
1. Colocaram-se três tubos de diálise contendo soluções com diferentes concentrações de sacarose num gobelé com solução de sacarose a 1%
(tubo A, tubo B e tubo C).
2. O quarto tubo de diálise, contendo, no seu interior, uma solução de sacarose de concentração desconhecida, foi colocado num gobelé com
solução de sacarose a 50% (tubo D).
3. A cada dez minutos, mediu-se a massa (em gramas) de cada um dos tubos, recorrendo a uma balança de precisão (tabela 1).
Nota: as membranas de diálise são diferencialmente permeáveis (somente moléculas suficientemente pequenas passam através desta
membrana).

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Tabela 1
0 min 10 min 20 min 30 min 40 min 50 min 60 min
Tubo A 14,80 g 14,81 g 14,82g 14,81 g 14,80g 14,82g 14,82 g
Tubo B 14,51 g 14,77 g 14,98 g 15,09g 15,17 g 15,28g 15,35 g
Tubo C 14,35 g 14,66 g 14,92 g 15,11 g 15,26 g 15,41 g 15,52 g
Tubo D 14,31 g 14,03 g 13,74 g 13,57 g 13,43 g 13,32 g 13,23 g

1. A variável independente do estudo poderá ser


(A) a massa inicial, em gramas, dos tubos (medida no instante inicial).
(B) o volume dos tubos de diálise ao longo de 60 minutos.
(C) a massa dos tubos de diálise ao longo de 60 minutos.
(D) as concentrações de sacarose das soluções contidas nos tubos e nos gobelés.

2. Em relação ao gobelé com solução 1% de sacarose, o tubo B contém uma solução


(A) hipertónica. (C) isotónica.
(B) hipotónica. (D) com concentração superior à solução 1% de sacarose.

3. O tubo A, em relação ao tubo C, apresenta uma solução


(A) com maior concentração de sacarose. (C) com concentração igual em sacarose.
(B) com menor concentração de sacarose. (D) com 0% de sacarose.

4. O tubo C apresenta uma variação de massa _____ à do tubo B, uma vez que uma _____ diferença de concentração entre o tubo e o gobelé
corresponderá a uma ______ velocidade de movimento das moléculas de água.
(A) inferior ... maior ... menor (C) superior ... maior ... maior
(B) superior ... menor ... maior (D) inferior ... menor ... menor

5. As concentrações iniciais das soluções contidas nos tubos de diálise A, B, C e D podem ser, respetivamente,
(A) 1% de sacarose, 50% de sacarose, 25% de sacarose, 50% de sacarose.
(B) 1% de sacarose, 25% de sacarose, 50% de sacarose, 1% de sacarose.
(C) 25% de sacarose, 50% de sacarose, 1% de sacarose, 1% de sacarose.
(D) 1% de sacarose, 25% de sacarose, 25% de sacarose, 25% de sacarose.

6. Ao contrário da difusão simples, a osmose é um movimento da água


(A) do meio hipotónico para o meio hipertónico. (C) do meio hipertónico para o meio isotónico.
(B) do meio hipertónico para o meio hipotónico. (D) do meio hipotónico para o meio isotónico.

7. As afirmações seguintes dizem respeito aos diferentes tipos de transporte membranas. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Na difusão simples, não há gasto de energia, mas o transporte é mediado.
II. Na difusão facilitada, o transporte é não mediado, mas há gasto de energia.
III. No transporte ativo, o movimento dos solutos é mediado e com gasto de energia.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

8. O movimento da água para o interior das células


(A) ocorre sempre através da bicamada fosfolipídica.
(B) ocorre através da bicamada fosfolipídica, mas também pode ocorrer através de aquaporinas.
(C) ocorre sempre através de aquaporinas.
(D) pode ocorrer quer por aquaporinas quer por bombas de protões.

9. Muitas espécies de protozoários apresentam vacúolos contrácteis, capazes de se contraírem, expulsando água.
Tendo em consideração as características da membrana plasmática, explique de que forma a presença de vacúolos contrácteis poderá
evidenciar uma vantagem adaptativa destes organismos.

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Grupo IV

Embora reconhecida nos escritos de Hipócrates, a primeira descrição clínica e patológica de meningite bacteriana data do início do século XIX.
A meningite pode ser causada por diversos agentes patogénicos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, entre outros.
As meningites bacterianas caracterizam-se por um processo inflamatório que pode levar a diversas complicações, imediatas ou tardias,
culminando em danos irreversíveis para o sistema nervoso central ou conduzir à morte do paciente.
As propriedades antifagocíticas da cápsula protegem as bactérias do ataque da maioria dos leucócitos, facilitando o crescimento das bactérias
antes do aparecimento dos anticorpos específicos.
Após o aparecimento dos antibióticos, a medida mais eficaz foi, sem dúvida, a introdução de vacinas, no final da década de 80 do século XX.
Em Portugal, a introdução da vacina no Programa Nacional de Vacinação (em 2000 e respetiva comercialização em 2001) levou a um declínio da
incidência de alguns tipos de meningite.
Baseado em D. Pereira, Meningites Bacterianas, Universidade Fernando Pessoa, 2004 (dissertação de mestrado)

1. Uma das características da bactéria da meningite é a


(A) parede bacteriana celulósica. (C) parede bacteriana de peptidoglicano.
(B) cápsula bacteriana celulósica. (D) cápsula bacteriana de peptidoglicano.

2. A cápsula bacteriana
(A) é essencialmente composta por proteínas e exige um leucócito específico para ocorrer fagocitose.
(B) é constituída por polissacarídeos, sendo facilmente destruída por endocitose.
(C) é constituída por fosfolípidos, sendo facilmente destruída por endocitose.
(D) protege a bactéria contra a fagocitose e pode mesmo exigir um anticorpo específico.

3. A fagocitose, no corpo humano, está relacionada com


(A) as hemácias. (C) o processo imunológico.
(B) a nutrição (D) a absorção.

4. No corpo humano, a fagocitose é realizada por


(A) leucócitos. (C) amibas.
(B) hemácias. (D) protozoários.

5. O antibiótico da meningite
(A) fagocita a bactéria. (C) conduz à lise da bactéria.
(B) exocita a bactéria (D) endocita a bactéria.

6. A vacina da meningite atua


(A) impedindo a bactéria de voltar a atacar o indivíduo vacinado.
(B) conduzindo o indivíduo à imunidade total à meninigite.
(C) impedindo a bactéria de sofrer autólise.
(D) conduzindo o organismo à produção de anticorpos específicos.

7. Um indivíduo que tenha meningite


(A) não pode voltar a ter meningite, porque ganhou memória imunológica.
(B) pode voltar a ter meningite, pois esta pode ser causada por outros agentes.
(C) não pode voltar a ter meningite, porque a bactéria foi totalmente fagocitada.
(D) pode voltar a ter meningite, a menos que seja vacinado.

8. Explique a fagocitose como um processo de obtenção de matéria, dando um exemplo de um ser unicelular que a realize.

9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos ocorridos durante a morte celular programada devido à bactéria
da meningite. Inicie a ordenação pela letra A.
A. Bactéria atinge as meninges.
B. Células cerebrais privadas de oxigénio.
C. Infeção bacteriana.
D. Resposta do sistema imunológico, conduzindo a uma inflamação.
E. Morte e fagocitose celular.

Grupo V - Animal que <rouba= cloroplastos

Há muito que se sabe que a fotossíntese ocorre em plantas, algas e muitas bactérias, assegurando uma fonte de oxigénio e de biomassa para a
vida heterotrófica. Alguns animais dos filos Mollusca (amêijoas-gigantes e nudibrânquios), Porifera (esponjas) e Cnidaria (corais, anémonas e
hidras) desenvolveram mecanismos de cleptoplastia para a captura de produtos fotossintéticos através da formação de associações simbióticas
com algas unicelulares intactas ou cianobactérias. As relações simbióticas mais simples consistiram na fagocitose de eucariontes fotossintéticos
por protistas unicelulares. Já a aquisição de simbiontes fotossintéticos por animais multicelulares apresenta múltiplos desafios.

A lesma-do-mar Elysia chlorotica constitui uma oportunidade única para estudar a evolução de uma nova função – fotossíntese – num hospedeiro
multicelular (figura 1). Este molusco alimenta-se de uma alga – Vaucheria litorea – à qual <rouba= os cloroplastos. Estes plastídios são mantidos
durante vários meses no interior das células do trato digestivo, que passam a realizar a fotossíntese, sendo, por isso, essenciais para o
desenvolvimento do animal.

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A base da manutenção da atividade fotossintética durante vários meses pensava-se estar relacionada com uma transferência horizontal de genes
(HGT) do núcleo da alga para o do animal, cuja expressão, já nas células do hospedeiro, originaria as proteínas essenciais à função dos
cloroplastos.

Recentemente, estudos baseados no DNA das células das algas e, nomeadamente, das células da linha germinativa do molusco contrariam esta
hipótese, não demonstrando evidências fortes da integração de sequências genéticas inteiras das algas nas células do molusco.
Baseado em The Journal of Experimental Biology, 2010, doi:10.1242/jeb.046540; Molecular Biology and Evolution, 2013, doi:10.1093/molbev/mst084

Figura 1 - Ciclo de vida de Elysia chlorotica.

1. No estado larvar, a lesma-do-mar Elysia chlorotica, quanto à fonte de carbono, é um ser vivo _____ e obtém a energia indispensável ao seu
metabolismo por _____.
(A) heterotrófico ... fermentação
(B) heterotrófico ... respiração aeróbia
(C) autotrófico ... fermentação
(D) autotrófico ... respiração aeróbia

2. Atendendo ao tipo de nutrição no estado juvenil não pigmentado da lesma-do-mar, podemos afirmar que se trata de um animal com
(A) digestão intracelular de macromoléculas no tubo digestivo.
(B) digestão extracelular e um fluxo unidirecional de alimentos ao longo do tubo digestivo.
(C) digestão extracorporal seguida de ingestão.
(D) absorção de macromoléculas como produto final da digestão.

3. A cleptoplastia resulta da digestão ______ das algas pela lesma-do-mar adulta, que apresenta digestão ______.
(A) parcial ... intracorporal e extracelular
(B) parcial ... intracorporal e intracelular
(C) completa ... intracorporal e extracelular
(D) completa ... intracorporal e intracelular

4. Em Vaucheria litorea, a produção de biomassa ocorre em vias ______, que consistem numa série de reações que, iniciando na captação de
luz, ocorrem sequencialmente ______.
(A) anabólicas ... nos tilacoides e no estroma dos cloroplastos
(B) anabólicas ... no estroma e nos tilacoides dos cloroplastos
(C) catabólicas ... nos tilacoides e no estroma dos cloroplastos
(D) catabólicas ... no estroma e nos tilacoides dos cloroplastos

5. Nos cloroplastos presentes no estado adulto em Elysia chlorotica ocorre


(A) conversão de energia química do molusco em energia luminosa, ao nível dos tilacoides.
(B) síntese de glicose nos tilacoides.
(C) fotólise das moléculas de água no estroma.
(D) oxidação das moléculas de água nos tilacoides.

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6. Os genes presentes no núcleo das células de Vaucheria litorea resultaram da condensação de monómeros de ______ unidos por ligações
_______.
(A) nucleósidos & fosfodiéster entre a extremidade 3’ da cadeia e o fosfato da pentose seguinte
(B) nucleósidos & fosfodiéster entre a extremidade 5’ da cadeia e o fosfato da pentose seguinte
(C) nucleótidos & fosfodiéster entre a extremidade 3’ da cadeia e o fosfato da pentose seguinte
(D) nucleótidos & fosfodiéster entre a extremidade 5’ da cadeia e o fosfato da pentose seguinte

7. As esponjas apresentam digestão ______ e ______.


(A) intracelular & intracorporal
(B) intracelular & extracorporal
(C) extracelular & intracorporal
(D) extracelular & extracorporal

8. Na hidra, a distribuição de nutrientes e a eliminação de resíduos metabólicos podem ser efetuadas por difusão
(A) & direta, pois apresenta uma estrutura simples com uma relação superfície/volume elevada.
(B) & direta, porque realiza uma digestão exclusivamente intracelular.
(C) ... indireta, pois possui circulação simples.
(D) ... indireta, pois apresenta uma cavidade gastrovascular.

9. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a diferentes estratégias de obtenção de matéria, o número da coluna
B que as identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Ingestão de Vaucheria litorea por Elysia chlorotica, seguida de digestão e absorção sequenciais (1) Digestão extracorporal
ao longo do tubo digestivo. (2) Ser vivo com tubo digestivo
(b) Exocitose de enzimas para o meio abiótico. completo
(c) Organismo autotrófico cuja fonte de energia resulta da oxidação de substratos minerais. (3) Ser vivo quimioautotrófico
(d) Organismo autotrófico cuja fonte de eletrões resulta da oxidação da molécula de água. (4) Ser vivo com tubo digestivo
(e) Ocorre a digestão parcial das partículas alimentares, à qual se sucede a fagocitose pelas células incompleto
que revestem a parede da cavidade gastrovascular, onde ocorre nova digestão. (5) Ser vivo fotoautotrófico

10. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos envolvidos na digestão intracelular por heterofagia,
culminando na eliminação de resíduos.
A. Exocitose de partículas resultantes da digestão.
B. As células englobam partículas alimentares constituídas por moléculas complexas.
C. Formação de vacúolos digestivos.
D. Redução da superfície da membrana celular.
E. Fusão de vesículas endocíticas com lisossomas.

11. A associação de organismos fotobiontes com organismos heterotróficos, como fungos (no caso dos líquenes) ou animais (como o caso da
Elysia chlorotica), evidencia claras vantagens para ambos os intervenientes.
Refira-se às vantagens destas duas associações simbióticas e explique por que razão se pode considerar a Elysia chlorotica um organismo
híbrido ou um caso particular de mutualismo.

Grupo V - Há uma torre que mostra como os sobreiros ajudam a Terra a respirar

Por cada tonelada de cortiça produzida, os sobreiros limpam do ar 73 toneladas de dióxido de carbono. Ou seja, um hectare de sobreiros
consegue retirar da atmosfera 14,7 toneladas de CO2 por ano. Desde 2009 que uma torre plantada num montado numa herdade em Coruche
vigia o ecossistema terrestre e a atmosfera.

Uma simples rolha de cortiça de uma garrafa evidencia um pouco da ajuda que o sobreiro dá ao planeta, já que sequestrou da atmosfera 250
gramas de dióxido de carbono, um gás com efeito de estufa também emitido pelas atividades humanas. Esta é uma das conclusões de um grupo
de cientistas do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, que há sete anos anda a medir, numa herdade em
Coruche, as trocas de CO2 e água entre o ecossistema terrestre e a atmosfera. Os resultados comprovam que o montado de sobreiro é um
sumidouro de carbono ativo.

De 15 em 15 dias são recolhidos dados, calibrados os documentos e


reparadas eventuais avarias causadas pelo mau tempo, no topo da torre
de 22 metros de altura. Lá em cima, sete metros acima da copa das árvores,
funciona uma estação meteorológica, e os aparelhos, um analisador de
gases e um anemómetro sónico, medem, de meia em meia hora, as trocas
de dióxido de carbono e água entre o ecossistema e a atmosfera.

Em anos contrastantes em precipitação (figura 1) foi analisada a


produtividade líquida do ecossistema (PLE), que está relacionada com o
sequestro de carbono (figura 2) e com o crescimento da copa das árvores
(figura 3), e foram analisados os eventos fenológicos, isto é, fenómenos
periódicos relacionados com as condições do meio ambiente, tais como
temperatura, luz e humidade.

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Baseado em https://www.publico.pticiencia/noticia/ha-uma-torre-que-mostra-como-os-sobreiros-ajudam-a--terra-a-respirar-1748335; F. Silva et al., Da Investigação à Aplicação: O Montado e a Cortiça, Instituto


Superior de Agronomia, 2014

1. De acordo com os resultados da meteorologia, quanto à precipitação,


(A) 2009 e 2012 foram anos secos. (C) 2011 e 2012 foram anos húmidos.
(B) 2009 e 2010 foram anos húmidos. (D) 2011 e 2013 foram anos secos.

2. Nos anos analisados, o registo mais baixo de PIE registou-se no


(A) verão de 2011. (C) inverno de 2011.
(B) verão de 2012. (D) inverno de 2012.

3. No ano seco, o índice da área foliar é ____ ao registado no ano húmido e a renovação da copa acontece mais _____, no ano húmido.
(A) inferior ... cedo (C) inferior ... tarde
(B) superior ... cedo (D) superior ... tarde

4. O período favorável ao crescimento foi ligeiramente superior em _____ e a maior estabilidade da área foliar verificou-se em ____.
(A) 2011 ... 2011 (C) 2012 ... 2011
(B) 2011 ... 2012 (D) 2012 ... 2012

5. O estudo da fenologia mencionado no texto refere-se a eventos _____ relacionados com fatores _____.
(A) cíclicos & bióticos (C) acíclicos & bióticos
(B) cíclicos & abióticos (D) acíclicos & abióticos

6. As afirmações seguintes dizem respeito à fotossíntese. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Quando a luz incide nos tecidos clorofilinos, provoca a redução da água, assegurando uma fonte de eletrões.
II. Na fotossíntese, o CO2, após fixado, é reduzido pelo NADPH.
III. Durante o processo fotossintético ocorre oxirredução dos transportadores presentes nos tilacoides.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

7. O sequestro de carbono efetuado pelos sobreiros consiste numa série de reações _____ que ocorrem _____.
(A) catabólicas ... na membrana dos tilacoides (C) anabólicas ... na membrana dos tilacoides
(B) catabólicas ... no estroma do cloroplasto (D) anabólicas ... no estroma do cloroplasto

8. Os sobreiros, quanto à fonte de energia, são seres _____ e obtêm a _____ indispensável ao seu metabolismo a partir do carbono
atmosférico.
(A) fotossintéticos ... matéria (C) autotróficos ... matéria
(B) fotossintéticos ... energia (D) autotróficos ... energia

9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos ocorridos durante a produção de matéria orgânica pelas células
vegetais. Inicie a ordenação pela letra A.
A. Absorção de energia luminosa pelos pigmentos fotossintéticos.
B. Fixação de carbono inorgânico.
C. Fosforilação do ADP.
D. Oxidação do NADPH + H+.
E. Armazenamento de glicose sob a forma de amido.

10. Partindo dos resultados apresentados, procure classificar o ano de 2012 em seco ou húmido, apresentando uma justificação para o facto
de, nesse ano, a área foliar se ter mantido estável ao longo de vários meses, explicando a resposta fisiológica do sobreiro.

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Distribuição de matéria
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I - Xylella fastidiosa: uma ameaça silenciosa

Milhares de oliveiras estão a ser abatidas por ordem da União Europeia, com o objetivo de controlar
a praga com origem na América (figura 1)..
A Xylella fastidiosa é uma bactéria gram-negativa classificada de organismo de quarentena, estando
incluída na Lista A1 da Organização Europeia para a Proteção de Culturas (EPPO) desde 1981. É uma
bactéria restrita ao lenho, disseminada por insetos e tem uma ampla gama de hospedeiros (mais de
300 espécies), que afeta as culturas agrícolas e espécies florestais de grande importância
económica. É um desafio de quase 30 anos na América para os produtores de videira (doença de
Pierce) e citrinos (clorose variegada dos citrinos). O primeiro surto na Europa foi reportado em
outubro de 2013, no Sul da Itália. A estirpe identificada neste país é a responsável pela doença nas
oliveiras e ameaça igualmente Portugal, onde foram identificados outros vetores que poderão ser
potenciais veículos de transporte.
A bactéria é veiculada por insetos picadores-sugadores de fluido xilémico, que, na sua maioria,
pertencem à ordem Hemiptera. O desenvolvimento da doença na planta depende principalmente
da capacidade de a bactéria se implementar e de se deslocar do ponto de inoculação pelo vetor
picador-sugador de fluido xilémico. Pode deslocar-se no sentido ascendente e descendente,
desenvolvendo uma infeção sistémica na planta. X. fastidiosa multiplica-se em camadas através da
produção de uma "cola", os exopolissacarídeos (EPS), formando um tapete celular denominado
biofilme. Com o crescimento deste biofilme, os vasos vão progressivamente ficando bloqueados.
Estes bloqueios (tiloses) levam a que a planta reduza a sua produtividade e a capacidade de se
hidratar. Além disso, produz enzimas específicas que digerem as paredes dos vasos, permitindo que
entrem na circulação geral do xilema, debilitando toda a planta.
De acordo com estudos realizados in vitro e em plantas, a temperatura parece exercer um efeito
importante na proliferação das bactérias. Temperaturas entre 25 e 32 °C são as mais favoráveis,
enquanto temperaturas entre 12 e 17 °C ou acima dos 34 °C afetam a sobrevivência da bactéria nas
plantas.
Baseado em Paula Sá Pereira, Revista Vida Rural, 2016

1. As queimaduras foliares das oliveiras e a murchidão das folhas das videiras provocadas pela
Xylella fastidiosa resultam da diminuição da pressão _____ ao nível das folhas, por interrupção da
circulação da seiva _____.
(A) de turgescência ... bruta (C) de turgescência ... elaborada
(B) osmótica ... bruta (D) osmótica ... elaborada

2. Os insetos picadores-sugadores que atuam como vetores da Xylella fastidiosa apresentam um


sistema circulatório
(A) aberto e o fluido circulante é responsável pelo transporte de oxigénio e nutrientes.
(B) aberto e o fluido circulante é responsável pelo transporte de nutrientes.
(C) fechado e o fluido circulante é responsável pelo transporte de oxigénio e nutrientes.
(D) fechado e o fluido circulante é responsável pelo transporte de nutrientes.

3. As células vegetais são resistentes à lise celular pelo facto de possuírem uma ____ celular constituída por celulose, um polissacarídeo
____.
(A) parede ... de reserva (C) membrana ... de reserva
(B) parede ... estrutural (D) membrana ... estrutural

4. A praga referida no texto propaga-se nos tecidos condutores do _____ representado na figura 2 pela letra ____.
(A) floema ... X (C) xilema ... X
(B) líber Y (D) lenho Y

5. Os organismos da espécie Xylella fastidioso são inequivocamente bactérias pelo facto de apresentarem uma célula procariótica
(A) e serem heterotróficas por absorção.
(B) e serem autotróficas, ao realizarem a fotossíntese.
(C) e organelos membranares.
(D) e parede celular formada essencialmente por peptidoglicano.

6. Nos estudos realizados in vitro e em plantas, constitui uma variável dependente


(A) a temperatura a que foram submetidos os diversos grupos experimentais.
(B) a transmissão das bactérias a outras plantas.
(C) a proliferação bacteriana e a sua circulação na seiva floémica.
(D) a sobrevivência das plantas e a circulação da seiva bruta.

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7. Experiências realizadas em laboratório, submetendo as plantas a elevadas temperaturas, para estudar a proliferação das bactérias,
podem conduzir à interrupção da circulação da seiva _____ uma vez que o tecido condutor onde esta circula é maioritariamente constituído
por células _____.
(A) bruta ... vivas (C) elaborada ... vivas
(B) bruta ... mortas (D) elaborada ... mortas

8. Comparativamente a temperaturas mais baixas, a temperaturas entre 25 e 32 ºC é de esperar que nas plantas se registe um(a) ____ da
tensão foliar, provocando uma _____ da coluna de água do xilema.
(A) aumento ... descida (C) diminuição ... descida
(B) aumento ... subida (D) diminuição ... subida

9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas à figura 2.
(A) No caule, os feixes condutores são duplos e colaterais.
(B) No caule, os feixes condutores são simples e alternos.
(C) O tecido assinalado pela letra X representa o floema, que apresenta uma diferenciação centrípeta.
(D) O tecido assinalado pela letra Y representa o xilema, que apresenta uma diferenciação centrípeta.
(E) O tecido assinalado pela letra X é maioritariamente constituído por células mortas.
(F) O tecido assinalado pela letra Y é maioritariamente constituído por células vivas.
(G) O tecido assinalado pela letra Y apresenta espessamentos de lenhina nas paredes laterais dos elementos de vaso.
(H) O tecido assinalado pela letra X apresenta células crivosas cujas paredes transversais formam placas crivosas.

10. Faça corresponder a cada um dos fenómenos que ocorrem em plantas vasculares, indicados na coluna A, um número da coluna B, que
indica o acontecimento que lhe é característico. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Desenvolvimento de uma força de tensão provocada pela perda de vapor de água, devido ao (1) Circulação floémica
aumento da pressão de turgescência das células-guarda. (2) Circulação xilémica
(b) Manutenção de uma coluna contínua de água devido a forças de coesão e de adesão. (3) Fotossíntese
(c) Reação anabólica. (4) Gutação
(d) Movimento de água e de substâncias orgânicas dos locais de elevada pressão de turgescência (5) Transpiração foliar
para os locais de baixa pressão de turgescência.
(e) Eliminação de água no estado líquido pelas folhas.

11. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos envolvidos na infeção das oliveiras pela bactéria Xylella
fastidiosa.
A. Ocorrência de tiloses.
B. Proliferação bacteriana com desenvolvimento de um biofilme.
C. Infeção do inseto vetor pela bactéria Xylella fastidiosa.
D. Nutrição heterotrófica do inseto e inoculação das bactérias.
E. Aumento da pressão osmótica nas folhas.

12. Relacione a influência da bactéria no emurchecimento das folhas, referindo-se às duas hipóteses que procuram explicar a translocação
da seiva bruta.

Grupo II

O floema é o tecido que faz a translocação de fotoassimilados para locais de consumo e armazenamento, mas também a transmissão de sinais,
nomeadamente através de fito-hormonas, entre as zonas de produção e de consumo e a redistribuição de água, iões e outras moléculas ao
nível da planta. Na sua constituição, o floema apresenta quatro tipos de células distintos: as células dos tubos crivosos, as células de
companhia (CC), as células do parênquima e as fibras (células mortas com função de suporte).
Com origem na mesma célula-mãe do elemento crivoso, as células de companhia dão suporte metabólico e participam no transporte de
sacarose para o floema. Esta relação funcional está patente nos vários plasmodesmos (ligações citoplasmáticas) que existem entre elas.
As células crivosas ou elementos de tubo crivoso são células vivas (quase sem organelos), colocadas topo a topo, formando os tubos crivosos
(TC). As suas paredes celulares transversais denominam-se placas crivosas, cujos microporos estabelecem a ligação entre o citoplasma das
células colocadas topo a topo. As células de companhia, por seu lado, são células especializadas, que contêm todos os componentes que
existem nas células vivas, incluindo o núcleo. No floema, a seiva elaborada é transportada - translocação floémica (figura 1) -, e, embora o
movimento da seiva floémica seja menos conhecido que o da xilémica, a hipótese do fluxo de massa é a mais aceite para o explicar.

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1. O transporte no floema, contrariamente ao xilema, ocorre _____, por ação _____.


(A) apenas em sentido ascendente ... de um gradiente de pressão
(B) apenas em sentido descendente ... da gravidade
(C) em sentido ascendente e descendente ... de um gradiente de pressão
(D) apenas em sentido descendente ... de um gradiente de pressão

2. Segundo o modelo de fluxo de massa de Münch, o carregamento da sacarose nos _____ dá-se através de _____.
(A) tubos crivosos ... transporte ativo (C) traqueídeos ... transporte ativo
(B) tubos crivosos ... difusão simples (D) traqueídeos ... difusão simples

3. A triose-fosfato representada na figura 1 formou-se


(A) na fase fotoquímica da fotossíntese, em que ocorre fixação do CO2.
(B) nas reações de oxidação-redução que ocorrem na cadeia transportadora de eletrões, com consequente produção de ATP e NADPH.
(C) na fase química da fotossíntese, com consequente libertação de O2.
(D) na fase química da fotossíntese, em que ocorre fixação de CO2.

4. Se for utilizado um inibidor da síntese de ATP, ficará impedido o movimento de substâncias para o
(A) interior do floema. (C) exterior do xilema.
(B) interior do xilema e do floema. (D) exterior do floema e do xilema.

5. Na raiz das plantas monocotiledóneas, região de ______ da sacarose, os feixes vasculares são _____ e _____.
(A) produção ... duplos ... colaterais (C) consumo ... duplos ... colaterais
(B) produção ... simples ... alternos (D) consumo ... simples ... alternos

6. As afirmações seguintes dizem respeito à distribuição de matéria nos seres vivos, representada na figura 1. Selecione a opção que as
avalia corretamente.
I. A entrada de água no floema (figura 1) ocorre a favor de um gradiente de concentração de solutos.
II. O movimento de solutos pelo mecanismo assinalado com o número 2 (figura 1) ocorre com gasto de energia.
III. A sacarose difunde-se desde as células produtoras até ao complexo célula de companhia/tubo crivoso a favor de um gradiente de
concentração de sacarose.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I é falsa; II e III são verdadeiras. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

7. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência dos processos ocorridos na figura 1, que culminam na chegada de sacarose
aos órgãos de consumo ou reserva.
A. Aumento da pressão de turgescência nos tubos crivosos.
B. Oxidação da molécula de água.
C. Carregamento de sacarose, por transporte ativo, para o floema.
D. Fosforilação do ADP.
E. Formação de compostos orgânicos.
F. Fixação do CO2.

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8. As células de companhia são células parenquimatosas especializadas que contêm todos os componentes existentes nas células vivas. Os
tubos crivosos e as suas células de companhia derivam da mesma célula-mãe e têm várias conexões citoplasmáticas entre si.
Explique, tendo em conta o modelo que conhece de translocação no floema, as vantagens que tais ligações poderão acrescentar nos
processos de obtenção e distribuição de matéria.

Grupo III - lentilha-d'água, uma das mais pequenas angiospérmicas do mundo

A lentilha-d'água (Lemna minor) é uma pequena planta aquática, flutuante, de água doce, com uma, duas ou três folhas ovais de cor verde-
clara e com 1-8 mm de comprimento (figura 1). Possui a raiz suspensa na água com 1-2 cm de comprimento e não apresenta tecidos
condutores.
Nos ecossistemas, constitui uma fonte de alimento muito importante para aves e peixes, uma vez que é rica em proteínas e gorduras. A raiz é
pegajosa e frequentemente adere às penas e patas das aves, atuando como um veículo de dispersão.
A sua propagação ocorre, principalmente, por divisões sucessivas e raramente produz flor. Por isso, consegue cobrir rapidamente a totalidade
da superfície de massas de água paradas.
Apesar de esta planta crescer, geralmente, depressa, por vezes tal não acontece. No sentido de analisar o efeito de alguns fatores abióticos no
desenvolvimento desta espécie, um grupo de investigadores realizou uma experiência com o objetivo de avaliar o efeito da luz e da
disponibilidade de nutrientes na proliferação de Lemna minor num dado habitat, tendo em conta o espaço disponível, sem impactos negativos
significativos para o organismo e o seu ambiente (capacidade de carga).

Métodos
No mesmo espaço, a uma temperatura sempre constante, colocaram-se plantas em três
tabuleiros idênticos com meios de diferente concentração de nutrientes. No tabuleiro 1 foi
colocado um meio de água destilada (G1), no tabuleiro 2 colocou-se água doce (G2) e no
tabuleiro 3 colocou-se também água doce, mas suplementada com fertilizantes comerciais
(G3). Estes três grupos foram sujeitos a condições de luz intensa. Montou-se ainda um
quarto grupo (G4) num meio suplementado com nutrientes, mas em condições de baixa lu-
minosidade. Em cada dispositivo, o ponto de partida foi um grupo de 10 plantas com o
mesmo grau de desenvolvimento. Usou-se um total de 12 tabuleiros, três por cada grupo
experimental. Durante 6 semanas, registou-se o número de indivíduos vivos em cada
dispositivo.

Resultados
Foi registado o número de indivíduos vivos em cada tabuleiro, ao longo de 6 semanas. Para
isso, calculou-se a média de indivíduos vivos para cada grupo (figura 2).

1. A eficácia da absorção e distribuição de sais minerais pela Lemna minor depende


(A) da existência de um sistema de feixes vasculares.
(B) da área radicular e do tamanho da planta.
(C) do volume xilémico, e o seu transporte ocorre através de células vivas.
(D) do volume xilémico, e o seu transporte ocorre através de células mortas.

2. Uma das estratégias de sucesso da planta Lemna minor está relacionada com
(A) o desenvolvimento de tecidos condutores.
(B) a independência do meio aquático.
(C) a dispersão baseada em esporos, estruturas reprodutivas muito resistentes.
(D) o desenvolvimento de raízes com textura pegajosa e a formação de turiões no outono.

3. Com base na informação do gráfico da figura 2, qual das seguintes afirmações explica melhor a evolução do grupo 3, relativamente à sua
capacidade de carga?
(A) Ao fim de cerca de 3 semanas, a população atingiu a sua capacidade de carga de cerca de 250 plantas.
(B) Ao fim de cerca de 4 semanas, a população atingiu a sua capacidade de carga de cerca de 225 plantas.
(C) A população ainda não atingiu a sua capacidade de carga, porque continua a aumentar ligeiramente.
(D) A população ainda não atingiu a sua capacidade de carga, porque começou a reduzir no final da experiência.

4. Para o mesmo intervalo de tempo, as plantas do grupo _____ crescem _____ do que as plantas do grupo _____.
(A) 3 ... mais rápido ... 2 (C) 4 ... mais rápido ... 2
(B) 3 ... mais rápido ... 1 (D) 4 ... mais rápido ... 1

5. Na base deste trabalho pode ter sido colocada a hipótese de que, em Lemno minor,
(A) a taxa fotossintética aumenta com o aumento da concentração de CO2, permitindo-lhe ocupar o território disponível.
(B) a capacidade de carga aumenta com o aumento da disponibilidade de luz e nutrientes, independentemente do habitat.
(C) o crescimento será tanto maior quanto maior a disponibilidade de luz e nutrientes num determinado habitat.
(D) o crescimento depende apenas da intensidade luminosa.

6. A importância da lentilha-d'água nos ecossistemas aquáticos está relacionada com


(A) o fluxo de matéria para os seres autotróficos.
(B) o fornecimento de compostos nitrogenados aos seres heterotróficos.
(C) a reciclagem de nutrientes orgânicos.
(D) a produção de compostos inorgânicos.

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7. A espécie a que se refere o texto, tal como os musgos, pode ser classificada de
(A) briófita, desprovida de um sistema vascular. (C) traqueófita, desprovida de um sistema vascular.
(B) briófita, que apresenta tecidos condutores. (D) traqueófita, que apresenta tecidos condutores.

8. Na atividade experimental, nos grupos 1, 2 e 3,


(A) a luz e a concentração de nutrientes constituem uma variável independente.
(B) a luz e a concentração de nutrientes constituem uma variável dependente.
(C) a variação populacional constitui uma variável independente.
(D) os diferentes tipos de meios constituem uma variável experimental.

9. Qual das seguintes afirmações avalia melhor a decisão dos investigadores quanto à repetição das condições de cada grupo experimental
em três tabuleiros?
(A) A fiabilidade da experiência diminuiu, porque requer que os investigadores encontrem valores médios de crescimento da população.
(B) A fiabilidade da experiência diminuiu, porque introduz mais fontes de erro.
(C) A fiabilidade da experiência melhorou, ao demonstrar que os resultados podem ser reproduzidos.
(D) A fiabilidade da experiência melhorou, pois permite testar um maior número de condições experimentais.

10. Tendo por base os resultados obtidos nesta experiência, registados no gráfico da figura 2, faça uma avaliação/discussão dos mesmos
relativamente ao facto de estes poderem apoiar ou não a hipótese formulada e os efeitos da luz, da disponibilidade de nutrientes e da
disponibilidade de espaço no crescimento das plantas.
Na sua resposta deve utilizar os seguintes termos: fator limitante e capacidade de carga.

Grupo IV

No coração humano, o sangue circula em duas vias: o circuito pulmonar e o circuito sistémico. Sendo um músculo, o coração também
necessita de receber nutrientes e oxigénio. Num coração saudável, as contrações ocorrem ciclicamente, implicando sístoles e diástoles. A
existência de válvulas impede o retrocesso sanguíneo, fazendo com que este circule numa só direção.

1. O sistema de transporte no ser humano é considerado


(A) fechado, simples e completo. (C) fechado, duplo e completo.
(B) aberto, simples e completo. (D) aberto, duplo e completo.

2. Um sistema de transporte diz-se completo


(A) quando não há mistura de sangue venoso e arterial no coração.
(B) quando é constituído por duas aurículas e um ventrículo.
(C) quando há mistura de sangue venoso e arterial no coração.
(D) quando é constituído por duas aurículas e dois ventrículos.

3. O coração humano recebe oxigénio e nutrientes


(A) transportados só pela linfa. (C) transportados só pelo plasma e pela linfa intersticial.
(B) transportados só pelo sangue. (D) transportados pelas hemácias, pelo plasma e pela linfa.

4. O circuito pulmonar ocorre com bombeamento do sangue


(A) venoso da aurícula esquerda e com entrada de sangue arterial no ventrículo direito.
(B) arterial da aurícula esquerda e com entrada de sangue venoso no ventrículo direito.
(C) venoso do ventrículo direito e com entrada de sangue arterial na aurícula esquerda.
(D) arterial do ventrículo esquerdo e com entrada de sangue venoso na aurícula direita.

5. A sístole auricular bombeia o sangue para


(A) a circulação sistémica. (C) os ventrículos.
(B) a circulação pulmonar. (D) as artérias.

6. Os mamíferos e as aves, ao contrário dos crocodilos, são animais homeotérmicos,


(A) por terem duas aurículas e dois ventrículos que funcionam autonomamente, mantendo a temperatura do corpo constante.
(B) por não haver mistura de sangue venoso com arterial, o que lhes permite uma elevada eficácia de produção de energia, que utilizam para
manter a temperatura.
(C) porque a temperatura corporal é mantida por fatores externos, como o calor solar, justificando o arrefecimento em dias frios.
(D) porque são seres evoluídos, o que significa que a termorregulação é mantida devido às válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.

7. Ao contrário do ser humano, o coração dos peixes possui


(A) uma aurícula e um ventrículo, característica de um sistema de transporte simples.
(B) duas aurículas e um ventrículo, característica de um sistema de transporte simples.
(C) uma aurícula e um ventrículo, característica de um sistema de transporte incompleto.
(D) duas aurículas e um ventrículo, característica de um sistema de transporte completo.

8. O coração é um órgão propulsor que


(A) não existe nas hidras, planárias e aves.
(B) existe no gafanhoto que possui hemolinfa.
(C) existe nos insetos, cuja hemolinfa transporta nutrientes e gases.
(D) nunca existe em seres que têm trocas de nutrientes no hemocélio.

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9. Refira-se à circulação sistémica do ser humano, explicando os principais acontecimentos que ocorrem durante o período de sístole e de
diástole.

10. Explique por que razão a existência de um sistema de transporte fechado, duplo e completo é uma evidência de evolução dos seres
vivos.

Grupo V

A principal função fisiológica do sistema linfático é a manutenção do equilíbrio hídrico


do organismo, atuando como um sistema de drenagem ao levar fluido em excesso,
proteínas e produtos de excreção dos tecidos para o sistema circulatório. É também
responsável pela absorção de produtos resultantes da digestão das gorduras ao nível
do intestino, através de pequenos canais existentes nas vilosidades intestinais.
Devido à anatomia e fisiologia únicas do sistema linfático, e associando o facto de cer-
tos fármacos serem lipofílicos, existe potencial para explorar este sistema enquanto
meio de transporte de medicamentos, e, por isso, mais recentemente, estudos têm
apontado os benefícios de criar medicamentos cujo transporte é efetuado pelo
sistema linfático e não pelo sistema circulatório.
Este novo mecanismo (figura 1) de administração de fármacos tem como vantagens o
facto de evitar o metabolismo pré-sistémico ou efeito de primeira passagem1 e a
facto de permitir uma ação mais dirigida a certas regiões do sistema linfático.

1Metabolismo pré-sistémico ou efeito de primeira passagem refere-se à degradação


ou alteração de fármacos devido à ação do fígado e do intestino, removendo parte do
princípio ativo do medicamento antes de este alcançar o sistema circulatório.
Baseado em J. A.Yáriez et al., Advanced Drug Delivery Reviews, 2011

1. Os vertebrados possuem um sistema circulatório _____, com um coração desenvolvido, onde o sangue sai por _____, e regressa por
_____.
(A) fechado ... artérias, vasos de grande calibre ... veias (C) fechado ... veias, vasos de grande diâmetro ... artérias
(B) duplo ... veias, vasos de grande diâmetro ... artérias (D) duplo ... artérias, vasos de grande calibre ... veias

2. Os fármacos lipofílicos entram mais facilmente através do _____, associando-se a _____ que sofreram digestão no intestino.
(A) sistema linfático ... lípidos (C) sistema circulatório ... lipoproteínas
(B) sistema circulatório ... lípidos (D) sistema linfático ... proteínas

3. Os vasos linfáticos apresentam válvulas, tal como as _____, e nestes a linfa circulante move-se, por exemplo, por ação _____.
(A) artérias ... de um órgão propulsor, o coração (C) artérias ... da contração muscular
(B) veias ... de um órgão propulsor, o coração (D) veias ... da contração muscular

4. Em condições fisiológicas normais, a linfa intersticial


(A) efetua trocas diretas com o sistema circulatório, sendo um fluido intracelular.
(B) envolve diretamente as células, sendo proveniente dos vasos linfáticos.
(C) estabelece uma ligação permanente entre os fluidos circulantes.
(D) é um fluido extracelular que não retorna ao sistema sanguíneo.

5. As afirmações seguintes dizem respeito aos sistemas circulatório e linfático e aos fluidos circulantes. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. De um modo geral, os fluidos circulantes são responsáveis pelo transporte de nutrientes e oxigénio
até às células, que os recebem diretamente pela linfa intersticial.
II. Além do plasma, as hemácias e os leucócitos também são capazes de passar através das paredes dos vasos capilares.
III. A linfa intersticial tem origem no plasma sanguíneo e recebe das células os metabolitos de excreção.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

6. Faça corresponder a cada uma das funções relacionadas com o sistema de transporte em animais, expressas na coluna A, o respetivo
conceito, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Ocorre a filtragem de agentes patogénicos. (1) Válvula cardíaca
(b) Permite a ligação funcional entre os capilares sanguíneos e as células. (2) Linfa intersticial
(c) Impede a mistura de sangue arterial com sangue venoso, ao nível do ventrículo. (3) Artéria
(d) Recebe sangue quando ocorre a sístole ventricular. (4) Sistema circulatório aberto
(e) Impede o retrocesso do sangue aos ventrículos. (5) Circulação dupla e incompleta
(6) Gânglio linfático
(7) Sistema circulatório fechado
(8) Circulação dupla e completa

7. Considerando os estudos associados às substâncias lipofílicas e os seus princípios ativos, indique, justificando, qual é o momento do dia
mais apropriado para a administração destes fármacos, no sentido de promover a sua absorção e melhorar a sua eficácia no organismo
humano.

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Unidade 3 – Transformação e utilização de energia pelos seres vivos

Grupo I - Treino em altitude pode revolucionar desporto

Numa entrevista cedida ao jornal Público, o diretor da Clínica Médica do Exercício do Porto assegura que a medicina de hipoxia (níveis de
oxigénio baixos) e o treino de atletas em altitude poderá revolucionar o desporto num futuro próximo, pois o treino aumenta o rendimento
desportivo ao influenciar a eritropoiese (figura 1). Referiu, ainda, que existem benefícios físicos e clínicos comprovados com a utilização do
treino em altitude, esclarecendo que este método tem resultados semelhantes aos da dopagem.
O clínico acrescentou que o treino consiste numa exposição à altitude, com peso e medida, de forma que se saia da zona de conforto. Os
benefícios no treino resultam numa melhoria de adaptação cardiopulmonar. No entanto há outros benefícios clínicos comprovados,
nomeadamente na diabetes, na perda de peso ou em casos de asma.
Há já interesse do Comité Olímpico de Portugal neste método. Baseado em Jornal Público, Agência Lusa, 2016

1. Sabendo que a eritropoietina (EPO) é uma hormona que controla a produção de hemácias, o aumento do desempenho dos atletas que
treinam segundo o método da medicina de hipoxia resulta de
(A) maior captação de dióxido de carbono e maior captação de oxigénio.
(B) maior captação de oxigénio e maior libertação de dióxido de carbono.
(C) menor captação de oxigénio e menor captação de dióxido de carbono.
(D) maior captação de dióxido de carbono e maior libertação de oxigénio.

2. Considerando que a maior produção de ATP, durante a respiração, ocorre na fosforilação oxidativa, o treino segundo o método de
hipoxia justifica
(A) um aumento das cristas mitocondriais. (C) menor invaginação da membrana interna da mitocôndria.
(B) um aumento da matriz mitocondrial. (D) diminuição do número de mitocôndrias.

3. A glicólise é uma etapa da respiração da qual resultam


(A) duas moléculas de NADH, quatro moléculas de piruvato e um saldo energético de 4 ATP.
(B) uma molécula de NADH, uma molécula de piruvato e um saldo energético de 2 ATP.
(C) duas moléculas de NADH, duas moléculas de piruvato e um saldo energético de 2 ATP.
(D) duas moléculas de NADH, uma molécula de piruvato e um saldo energético de 4 ATP.

4. Na respiração aeróbia do ser humano, ao contrário da fermentação das Leveduras,


(A) produz-se etanol e ácido tático. (C) são produzidas duas moléculas de ácido pirúvico.
(B) não ocorre glicólise nem oxidação da glicose. (D) o aceitador final de eletrões é o oxigénio.

5. Em atletas de alta competição, é comum, durante a prática de atividade física intensa, ocorrer
(A) respiração aeróbia sem respiração anaeróbia.
(B) respiração anaeróbia sem respiração aeróbia.
(C) respiração aeróbia e respiração anaeróbia.
(D) baixa taxa de respiração aeróbia por adaptação a baixos níveis de oxigénio.

6. Nas células do ser humano, as mitocôndrias realizam a respiração, obtendo-se em cada ciclo aeróbio
(A) o saldo energético final de 38 ATP. (C) o saldo energético superior a 38 ATP, no caso de se recorrer ao método de hipoxia.
(B) o saldo energético final de 36 ATP. (D) o saldo energético final de 36 a 38 ATP.

7. Nos atletas de alta competição surgem, frequentemente, cãibras que resultam de


(A) acumulação de etanol por fermentação.
(B) acumulação de ácido tático por respiração anaeróbia.
(C) aumento de fosforilação da glicose durante a respiração aeróbia.
(D) aumento de fosforilação da glicose durante a fermentação alcoólica.

8. As afirmações seguintes dizem respeito à transformação e utilização de energia pelos seres vivos. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. A fermentação é uma via catabólica de produção de ATP a partir da glicose, em que o aceitador final de eletrões é uma molécula orgânica.
II. Na respiração, durante a formação da acetil-CoA, ocorre uma descarboxilação.
III. A respiração aeróbia é um processo incompleto de degradação da glicose.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) Ie III são verdadeiras; II é falsa.

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9. Os atletas de alta competição que realizaram o treino segundo o método de hipoxia apresentam um maior número de glóbulos
vermelhos no sangue. Justifique o desempenho dos desportistas durante as provas de competição, a baixa altitude, tendo em conta a
ocorrência desta adaptação. Na resposta devem ser utilizados os seguintes conceitos: respiração aeróbia e taxa metabólica.

Grupo II

Os estomas constituem aberturas ou poros (ostíolo) na superfície foliar rodeados por duas células-guarda que funcionam como válvulas
hidráulicas multissensoriais que regulam o tamanho do poro. Os estomas encontram-se em ligação com o espaço intercelular através de um
espaço subestomático (figura 1), constituindo a via preferencial de difusão de gases.
No sentido de estudar a influência de determinados fatores na abertura estomática, realizou-se o seguinte procedimento experimental:

Material e métodos:
1 - Colocaram-se quatro plantas da espécie Vicia faba em vasos, adicionando-se fertilizante.
2 - Após o seu crescimento, durante cerca de 6 semanas, cortaram-se algumas folhas de cada planta. Dessas
folhas foram depois retirados alguns discos.
3 - Os discos foram mergulhados em água durante 22 a 44 horas, sendo depois retirada a epiderme de cada
um dos discos.
4 - As amostras (discos de epiderme da folha) foram depois mantidas em soluções-tampão contendo
diferentes níveis de KCl.
5 - Algumas destas amostras foram colocadas em condições de escuridão, decorrendo em simultâneo dois
ensaios: amostras expostas a ar sem CO2 e amostras expostas a ar normal.
6 - As restantes amostras foram colocadas em condições de luminosidade, existindo um grupo exposto a ar
sem CO2 e outro grupo exposto a ar normal.
Resultados:

Baseado em R. A. Fischer & T. C. Hsiao, Plant Physiology, 1968


1. De acordo com o objetivo da experiência, a variável independente em estudo é
(A) a temperatura a que estão submetidos os discos de epiderme da folha.
(B) a abertura estomática.
(C) o tempo que os discos estiveram mergulhados em água.
(D) a concentração de KCl no meio.

2. De acordo com os resultados, menores taxas de _____ promovem _____ dos estomas.
(A) CO2 ... a abertura (C) luminosidade ... a abertura
(B) KCl ... a abertura (D) escuridão ... o fecho

3. As células-guarda são diferentes de outras células vegetais, já que


(A) têm parede celular mais espessa e não possuem cloroplastos.
(B) não possuem parede celular nem cloroplastos.
(C) possuem uma zona de parede mais espessa e outra de parede mais fina.
(D) não possuem parede celular mas possuem cloroplastos.

4. O mecanismo de abertura das células estomáticas está diretamente relacionado com


(A) a pressão osmótica das células-guarda. (C) a difusão simples de solutos.
(B) a plasmólise das células-guarda. (D) a pressão de turgescência nas células adjacentes às células-guarda.

5. A elevada concentração de potássio (K+) no interior das células-guarda provoca


(A) a abertura estomática por entrada de água nas células-guarda.
(B) o fecho dos estomas por plasmólise das células-guarda.
(C) o fecho dos estomas por turgescência das células-guarda.
(D) a abertura estomática por saída de água das células-guarda.

6. Se, num dia de elevada Luminosidade e em condições ideais, a concentração de CO2 nos espaços intercelulares foliares for baixa,
(A) a taxa de transporte no floema será maior.
(B) a taxa de transporte no xilema será maior.
(C) a taxa de transporte do xilema será menor.
(D) nem a taxa de transporte do xilema nem a taxa de transporte do floema serão afetadas.

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7. Durante a fase fotoquímica de produção de matéria orgânica pelas células vegetais, ocorre
(A) fixação de CO2. (C) oxidação de NADP+.
(B) fosforilação de ADP. (D) redução de O2.

8. Observações experimentais verificaram que o ácido abcísico (ABA) - hormona vegetal reguladora de crescimento - induz o fecho
estomático em concentrações da ordem dos micromolar. Em plantas sujeitas a um stresse hídrico gradual, ocorre acumulação de ABA nos
tecidos foliares, causando o fecho estomático.
Explique de que forma o mecanismo descrito poderá auxiliar a planta a sobreviver a situações de stresse hídrico (falta de água).

Grupo III - A piramboia

A maioria dos peixes tem respiração branquial, mas há um grupo de peixes ósseos que possui a estranha característica de realizar respiração
pulmonar, além da branquial.
A piramboia ou pirarucu-boia (figura1) é um peixe pulmonado encontrado na Amazónia e Mato Grosso (Brasil).
A principal característica destes peixes é a respiração através de uma estrutura que funciona como um pulmão primitivo. Essa estrutura é
altamente vascularizada e é ligada à faringe. Vivem em regiões pantanosas que secam nos períodos em que os rios têm pouca água.
É nessa época que, como estratégia de sobrevivência, abandonam a respiração branquial, enterram-se na lama e passam a respirar através de
uma bolsa. Esta bolsa é uma bexiga natatória modificada — uma espécie de pulmão primitivo. Após encher a bolsa de ar, o oxigénio é enviado
para o sangue e o dióxido de carbono do sangue desloca-se para dentro da bolsa.
Os peixes pulmonados resultam de um processo evolutivo, tendo-se desenvolvido em locais onde há pouco oxigénio na água, por vezes
resultante da existência de muitas plantas que o absorvem durante a noite.

1. No início da sua vida, em água doce, a piramboia realiza hematose _____, que corresponde a uma difusão _____.
(A) pulmonar ... direta de gases (C) branquial ... direta de gases
(B) branquial ... indireta de gases (D) pulmonar ... indireta de gases

2. Durante a respiração branquial, a água que entra pela boca do peixe cruza-se com o sangue
(A) rico em O2, por mecanismo de contracorrente. (C) rico em O2, por mecanismo a favor da corrente.
(B) pobre em O2, por mecanismo de contracorrente. (D) pobre em O2, por mecanismo a favor da corrente.

3. Tal como na respiração branquial da piramboia, nas aves também ocorre(m)


(A) hematose pulmonar, permitindo o enriquecimento do sangue em oxigénio.
(B) o mecanismo de contracorrente, em que o ar circula em sentido oposto ao da circulação sanguínea.
(C) dois ciclos ventilatórios, para que o ar percorra todo o sistema.
(D) um ciclo respiratório auxiliado por um mecanismo de contracorrente.

4. Os pulmões primitivos da piramboia permitem a ocorrência de hematose _____. O intercâmbio de gases a nível celular ocorre por difusão
_____.
(A) pulmonar ... simples (C) pulmonar ... facilitada
(B) branquial ... simples (D) branquial ... facilitada

5. Durante a noite, no ambiente aquático em que vive a piramboia, grandes quantidades de plantas podem retirar o oxigénio do meio
através da realização de
(A) fotossíntese, com oxidação do oxigénio.
(B) fotossíntese, retirando oxigénio da molécula de água.
(C) respiração, com libertação de CO2.
(D) respiração, desdobrando a molécula de água em hidrogénio e oxigénio.

6. Durante o dia, as plantas aquáticas realizam _____, conduzindo à imediata libertação de _____.
(A) respiração anaeróbia ... CO2 (C) respiração aeróbia ... oxigénio
(B) fotossíntese ... oxigénio (D) fotossíntese CO2

7. As afirmações seguintes dizem respeito às características das superfícies respiratórias de alguns animais. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. Na rã, a troca de gases com o ambiente realiza-se por difusão direta.
II. No peixe, as superfícies respiratórias são húmidas e bem vascularizadas.
III. Na minhoca, o sistema circulatório intervém na troca de gases com o ambiente.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

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8. Explique as características da piramboia que permitem que os cientistas a considerem, na linha evolutiva, o parente mais próximo dos
ancestrais dos anfíbios.

Grupo IV - Polémica produção de patê de fígado

O patê de fígado, também conhecido por foie gras, é o órgão doente de um ganso ou de um pato engordados de maneira forçada. Várias vezes
por dia, um tubo de metal de 20 a 30 centímetros é enfiado na garganta até o estômago do animal. Para obrigar o seu corpo a produzir o patê
de fígado, a ave tem de engolir, em somente alguns segundos, uma enorme quantidade de milho. O fígado acaba por atingir praticamente dez
vezes o seu tamanho normal.
Debatendo-se quando o tubo é violentamente inserido na sua garganta, ou pela simples contração do esófago provocada pela necessidade de
vomitar, a ave arrisca-se a asfixiar.
Em alguns países, há já legislação que impede este procedimento, como, por exemplo, nos Estados Unidos da América, onde a produção e co-
mercialização do foie gras são proibidas desde 2012. Em Portugal, a produção é ainda permitida, não obstante o facto de ser uma indústria
com pouca visibilidade e de existirem algumas normas de regulação.

1. Relativamente ao mecanismo de obtenção de matéria, podemos referir que o ganso realiza digestão
(A) intracelular, com tubo digestivo incompleto. (C) extracelular, com tubo digestivo incompleto.
(B) extracelular, com tubo digestivo completo. (D) intracelular, com tubo digestivo completo.

2. Relativamente ao sistema de transporte, podemos considerar que o ganso possui um sistema


(A) fechado, duplo e completo. (C) fechado duplo e incompleto.
(B) fechado simples. (D) aberto.

3. O ganso realiza trocas gasosas através


(A) dos pulmões, sendo necessário um ciclo ventilatório para que o ar percorra todo o sistema respiratório.
(B) dos pulmões, sendo necessários dois ciclos ventilatórios para que o ar percorra todo o sistema respiratório.
(C) dos sacos aéreos, onde apenas circula oxigénio.
(D) dos sacos aéreos, onde apenas circula dióxido de carbono.

4. Os sacos aéreos do ganso, extensões do pulmão, contribuem para


(A) a redução da densidade das aves e para a redução do calor, não intervindo nas trocas de gases.
(B) facilitar a natação com auxílio das membranas interdigitais das patas.
(C) a redução da densidade corporal das aves e confere-lhes um formato aerodinâmico.
(D) a redução da densidade das aves, promovem a refrigeração interna e atuam nas trocas gasosas.

5. O ganso e o pato, assim como outras aves, são geralmente chamados de dinossáurios com penas,
(A) por terem surgido no mesmo período geológico dos dinossáurios.
(B) devido à ectotermia, característica comum aos dinossáurios.
(C) por descenderem de um mesmo grupo ancestral de répteis que originou os dinossáurios.
(D) pelo facto de a sua expansão ter ocorrido na mesma era geológica dos dinossáurios.

6. Comparativamente ao ganso, o sistema circulatório do gafanhoto


(A) não transporta gases respiratórios.
(B) não transporta nutrientes.
(C) possui traqueias e espiráculos.
(D) transporta gases respiratórios e nutrientes.

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativa ao sistema respiratório dos animais, o número do ser vivo que consta
da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Realiza hematose cutânea, ocorrendo o intercâmbio celular de gases por difusão simples. (1) Hidra
(b) Realiza trocas gasosas com o meio através de uma camada de células exterior e da camada de células (2) Minhoca
interior, que origina a boca. (3) Planária
(c) Superfície respiratória ramificada que comunica com o exterior através de espiráculos. (4) Mamíferos
(5) Gafanhoto

8. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos durante a asfixia dos gansos referida no texto.
A. Ingestão forçada e excessiva de alimento no esófago.
B. Morte por asfixia.
C. Reflexo involuntário de vómito.
D. Acumulação de vómito na cavidade oral.
E. Falta de trocas gasosas nos pulmões por obstrução alimentar.

9. As aves apresentam um volume de fluxo de gases até três vezes superior ao dos mamíferos.
Apresente dois argumentos que expliquem a maior eficiência do sistema respiratório das aves em relação ao dos mamíferos.

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Unidade 4 - Regulação nos seres vivos


Grupo I - Drogas e neurotransmissores
Sintetizada em 1859 pelo químico Albert Niemann, a cocaína tem origem num arbusto nativo da Bolívia e do Peru, conhecido por Erythroxylon
coca (figura 1). Foi usada na medicina devido à sua capacidade anestésica, o que permitiu as primeiras cirurgias oftalmológicas, e foi sugerida
por Freud para curar a histeria e outras doenças. Contudo, causou um elevado número de mortes devido à enorme dependência que provoca
no organismo, tendo a proibição do seu consumo ocorrido nos primeiros anos do século XX.
A Coca-Cola foi originalmente uma bebida feita com folhas de coca e vendida como um extraordinário agente terapêutico para todos os males,
desde a melancolia até à insónia ou outras doenças nervosas. A cocaína, quando administrada
localmente, atua ao nível do sistema nervoso central através de interações que estabelece com os
canais de sódio, bloqueando-os. A partir de 1903, por imposição legal, a produção do refrigerante
passou a recorrer a folhas da mesma planta, mas apenas para darem sabor, já que passou a ser
obrigatória a extração prévia da cocaína (Kennedy, 2014)1.
A ação da cocaína manifesta-se pelas alterações que ocorrem no sistema nervoso periférico, dado
que provoca a inibição da reabsorção da dopamina, serotonina ou noradrenalina,
neurotransmissores responsáveis pela sensação de prazer e motivação. O excesso de
neurotransmissores na fenda sináptica acaba por induzir a sensação de euforia e prazer extremos,
motivo por que este efeito é metaforicamente designado por síndroma de Popeye (numa analogia
ao efeito dos espinafres no conhecido marinheiro das séries infantis).
A ação desta droga no corpo dura pouco mais de meia hora. No cérebro, afeta especialmente as
áreas motoras, produzindo agitação intensa, podendo também provocar hemorragias ou levar à
morte celular por falta de oxigénio. Em alguns meses ou apenas semanas de consumo, provoca um
emagrecimento profundo, insónias, sangramento e lesões nasais. Pode afetar o coração, levando à
necrose do miocárdio e conduzindo à morte súbita. Se o indivíduo parar de usar cocaína, sofre
episódios de fadiga, depressão e humor alterado.
Efeito semelhante ao nível da afetação dos neurotransmissores é provocado pelo crack (cocaína em
pedra) ou anfetaminas, como, por exemplo, o ecstasy, que, para além da perda de memória, provoca
destruição de áreas cerebrais.
1 D. 0. Kennedy, Plants and the Human Brain. New York: Oxford Press, 2014.

1. As sinapses correspondem
(A) à membrana da célula pré-sináptica, fenda sináptica e membrana pós-sináptica.
(B) à transmissão do impulso nervoso entre neurónios adjacentes.
(C) ao contacto entre a dendrite de um axónio e a dendrite do axónio seguinte.
(D) a membranas duplas entre terminações nervosas.

2. Nos neurónios com nódulo de Ranvier,


(A) a velocidade de condução do impulso nervoso é sempre inferior à de um neurónio desmielinizado.
(B) a velocidade de condução do impulso nervoso é semelhante à de um neurónio desmielinizado.
(C) o potencial de ação despolariza a membrana do axónio apenas nesses locais, potenciando uma elevada velocidade de propagação do
impulso nervoso.
(D) o potencial de ação despolariza a membrana do axónio apenas nesses locais, potenciando uma diminuição da velocidade de propagação
do impulso nervoso

3. A bomba de sódio e potássio está ativa nos neurónios


(A) de forma contínua e a favor de um gradiente de concentração, gerando um potencial de membrana.
(B) apenas quando estes recebem um impulso nervoso, Levando à despolarização da membrana.
(C) apenas quando estes recebem um impulso nervoso, levando à repolarização da membrana.
(D) de forma contínua e contra um gradiente de concentração, gerando um potencial de membrana.

4. O impulso nervoso ou potencial de ação resulta de


(A) sinapses nervosas ao nível do cérebro. (C) intensificação da bomba de sódio e de potássio.
(B) repolarizações da membrana dos neurónios (D) modificações na permeabilidade da membrana do neurónio.

5. Os neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis por


(A) provocar a repolarização da membrana nos neurónios cerebrais.
(B) provocar a despolarização da membrana nos neurónios cerebrais.
(C) aumentar a concentração de K+ no interior dos neurónios cerebrais.
(D) aumentar a concentração de Na+ no exterior dos neurónios cerebrais.

6. A recaptura rápida dos neurotransmissores da fenda sináptica é necessária,


(A) pois só assim pode ocorrer a repolarização. (C) pois gera o potencial de membrana.
(B) pois gera o potencial de ação. (D) pois só assim pode ocorrer despolarização.

7. A não ocorrência de repolarização significa que o neurónio


(A) recupera o potencial de repouso. (C) fica anestesiado, por bloqueio dos canais de Na+.
(B) abre os seus canais de transporte de K+. (D) provoca um estado de desequilíbrio, impedindo a homeostasia.

8. Explique o efeito da cocaína como anestésico local.

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9. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência dos processos que ocorrem num viciado em cocaína, iniciando a sequência
pela letra E.
A. Sensação de euforia e alucinações psicóticas.
B. Despolarização da membrana do neurónio pós-sináptico e propagação do impulso nervoso.
C. Dependência cerebral da cocaína.
D. Não recaptura dos neurotransmissores pelo neurónio pré-sináptico.
E. Libertação de neurotransmissores na fenda sináptica.
F. Ligação dos neurotransmissores a recetores específicos.

Grupo II - Um lagarto que produz calor


A descoberta da endotermia durante o período reprodutivo do lagarto da espécie Salvator merianae lança nova luz sobre a evolução desta
característica.
Compreender a evolução convergente da endotermia em aves e mamíferos é uma questão importante na fisiologia evolutiva (figura 1a).
Tattersall et al. fizeram uma notável descoberta de uma espécie de lagarto que, durante o seu período reprodutivo, apresenta endotermia.
Esta descoberta apoia a ideia de que a capacidade de controlar a temperatura durante a reprodução foi um agente seletivo comum com a
evolução da endotermia em aves e mamíferos.
A transição de habitats aquáticos para habitats terrestres coloca os animais perante novos desafios na reprodução. Um dos principais
problemas relaciona-se com o risco de dessecação dos ovos colocados em meio terrestre e com o facto de estarem sujeitos a maiores
flutuações na temperatura, comparativamente com os ovos colocados em água. Mais tarde, muitos amniotas desenvolveram a capacidade de
controlar a temperatura durante a reprodução.
O estudo realizado incidiu em lagartos da espécie Salvator merianae que vivem em climas tropicais, subtropicais e temperados (figura 2).
Durante o outono e o inverno, este lagarto hiberna em tocas, recomeçando a sua fase reprodutiva após este período. Após a postura, as
fêmeas permanecem com os ovos durante cerca de 75 dias com pouca ou nenhuma atividade de procura de alimento. A presença das fêmeas
influencia significativamente a temperatura do ninho. Um estudo demonstrou que os ninhos assistidos chegavam a ter uma temperatura
superior à de ninhos não assistidos em cerca de 5 °C (controlo). Uma vez que nestes lagartos a reprodução não coincide temporalmente com a
ingestão e assimilação de alimento, as alterações na temperatura corporal durante o período reprodutivo não podem ser explicadas com base
num aumento da taxa metabólica associada à alimentação.
Tattersall et al. investigaram a relação entre reprodução e termorregulação em lagartos sexualmente maduros criados em cativeiro. Durante a
maioria do período de hibernação, a temperatura corporal, quer dos machos quer das fêmeas, era igual à temperatura no interior das suas
tocas. Porém, entre os 160 e os 180 dias (momento em que os lagartos despertam do seu período de hibernação e iniciam o período
reprodutivo), os investigadores registaram um aumento de temperatura. Estes autores verificaram então que, durante o período reprodutivo e
quando isolados por uma toca, estes lagartos, com cerca de 2 kg, conseguem produzir calor suficiente para elevarem a sua temperatura
corporal até 10 °C acima da temperatura ambiente, não estando este fenómeno relacionado com a sua alimentação ou com o seu
comportamento.
Os autores também colocaram, durante 8 dias, lagartos em jejum, em fase reprodutiva, numa câmara com temperatura controlada, e
descobriram que os lagartos conseguiram manter a temperatura corporal superior à temperatura do ambiente. Perturbar os lagartos faz com
que a sua temperatura diminua, possivelmente devido ao aumento da dissipação de calor como resultado do fluxo sanguíneo periférico mais
elevado. Esta observação pode explicar, por exemplo, a razão de a endotermia não ter sido descoberta por outros investigadores, que apenas
tenham medido a temperatura corporal em animais perturbados, ao invés de animais parados e não perturbados.
Questões intrigantes permanecem... Como é que os lagartos são capazes de gerar calor interno apenas em determinados momentos da sua
vida? De que forma é que a produção de calor facilita a reprodução dos lagartos? Existirão outros répteis onde este fenómeno também
ocorre?
Baseado em C. Farmer, Nature, 2016

Figura 1 - Estratégias térmicas durante a reprodução.


(A) A maioria dos peixes e dos anfíbios aquáticos depende de fontes externas de calor. Mamíferos e aves desenvolveram a endotermia.
(B) Lagarto Salvator merianae.

1. O lagarto Salvator merianae pode ser considerado um animal


(A) ectotérmico durante toda a sua vida. (C) endotérmico durante o período em que hiberna.
(B) ectotérmico durante o período reprodutivo. (D) endotérmico durante o período reprodutivo.

2. Durante os meses de inverno, a taxa metabólica do lagarto Salvator merianae ______, recomeçando a fase _____ após este período.
(A) diminui ... hibernatória (C) aumenta ... hibernatória
(B) diminui ... reprodutiva (D) aumenta ... reprodutiva

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3. Durante o período de hibernação do lagarto Salvator merianae, a resposta a um aumento da temperatura ambiente
(A) envolve processos de feedback negativo, acionando mecanismos de dissipação de calor.
(B) envolve processos de feedback positivo, acionando mecanismos de dissipação de calor.
(C) não resulta em qualquer alteração da temperatura corporal.
(D) resulta num aumento da temperatura corporal.

4. Durante o inverno, em situações de redução extrema da temperatura externa, a diferença de temperatura entre os meios interno e
externo é mais
(A) reduzida nos lagartos da espécie Salvator merianae, pois estes são seres endotérmicos.
(B) elevada nos lagartos da espécie Salvator merianae, pois estes são seres ectotérmicos.
(C) elevada nas aves, pois estas apresentam mecanismos fisiológicos de termorregulação.
(D) reduzida nas aves, pois estas apresentam uma circulação dupla e completa.

5. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A o respetivo conceito, referido na coluna B. Utilize cada letra e cada
número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Resposta resultante de feedback negativo que procede a diminuição da temperatura externa. (1) Vasoconstrição
(b) Ser vivo cuja temperatura interna se mantém sensivelmente constante apesar das oscilações da (2) Vasodilatação
temperatura ambiental. (3) Ser homeotérmico
(c) Vias que ligam os termorrecetores da pele e conduzem o estímulo ao centro nervoso. (4) Ser poiquilotérmico
(d) Resposta a um estímulo ambiental conduzida por via sanguínea. (5) Regulação nervosa
(e) Ser vivo cuja temperatura corporal varia em função da temperatura ambiental. (6) Regulação hormonal
(7) Vias eferentes
(8) Vias aferentes
(9) Sudorese
(10) Diurese

6. Na experiência realizada por Tattersall et al., constitui uma variável independente _____, tendo sido estudados lagartos durante o seu
período _____.
(A) a temperatura corporal dos lagartos ... reprodutivo (C) os estímulos externos ... reprodutivo
(B) a temperatura) corporal dos lagartos hibernatório (D) os estímulos externos ... hibernatório

7. Quando perturbados em fase reprodutiva, a temperatura corporal dos lagartos _____, estando esta variação relacionada com _____.
(A) diminui ... o fluxo nos vasos sanguíneos periféricos
(B) diminui ... a resposta, por feedback negativo, ao aumento da temperatura local
(C) aumenta ... o fluxo nos vasos sanguíneos periféricos
(D) não sofre variação ... a resposta, por feedback negativo, ao aumento da temperatura local

8. Durante a fase reprodutiva dos lagartos descritos no documento, verificou-se um aumento da temperatura corporal de cerca de 10 °C.
Analise e ordene as afirmações que se seguem, tendo em vista a produção de calor. Note que uma das afirmações está errada, devendo
excluí-la da sua resposta.
A. Oxidação catabólica da glicose.
B. Mobilização de reservas energéticas do organismo.
C. Produção de energia metabólica.
D. Consumo de oxigénio.
E. Aumento da temperatura corporal.
F. Decomposição de polissacarídeos ao nível das cavidades digestivas.

9. O coração dos lagartos apresenta _____ cavidades, o que ______ a mistura parcial de sangue ao nível do coração. Nestas condições, o
sangue arterial que entra no coração apresenta uma pressão parcial de O2 ______ ao sangue arterial que sai do coração.
(A) três ... possibilita ... superior (C) quatro ... possibilita ... inferior
(B) três ... impede ... inferior (D) quatro ... impede ... superior

10. É mais provável um ser vivo ectotérmico sobreviver por um longo período de tempo privado de alimento do que um endotérmico do
mesmo tamanho, porque o ser vivo ectotérmico
(A) mantém uma taxa metabólica basal elevada. (C) investe pouca energia na regulação da temperatura.
(B) apresenta um maior isolamento da sua superfície corporal. (D) gasta mais energia/kg do que o ser endotérmico.

11. Um dos grandes obstáculos que os animais têm de enfrentar no inverno é a carência de alimento. À medida que as temperaturas
baixam, os animais perdem muito calor, o qual tem de ser compensado por uma produção do mesmo, o que exige mais alimento.
Frequentemente, as alterações nas condições ambientais coincidem com épocas em que existe escassez de alimento. Assim, a chave para a
sobrevivência de alguns mamíferos durante esta estação do ano está na conservação da energia (hibernação), em alterações físicas e no
comportamento para suportar o frio (adaptação) ou na mudança para locais mais quentes onde podem continuar a sua atividade normal
(migração).
Existem dois momentos decisivos no processo de hibernação - o adormecer (processo lento e gradual) e o acordar. Durante este último,
assim que as condições ambientais melhoram, usam preferencialmente para produção de energia as mitocôndrias da gordura, que não
produzem ATP e cuja energia produzida é apenas transformada em calor.
Explique por que razão se registam variações significativas de temperatura corporal nos animais que hibernam, antes e depois do acordar.

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Grupo III
O gráfico da figura 1 mostra a variação da pressão osmótica dos fluidos corporais de três espécies de invertebrados marinhos: caranguejo,
mexilhão e camarão, de acordo com a variação da pressão osmótica do meio ambiente.
Os crustáceos são animais adaptados à vida no ambiente aquático, respirando através de brânquias que, geralmente, se desenvolvem na base
dos apêndices torácicos ou através de estreitas aberturas da cutícula junto aos apêndices ou por todo o corpo. O sistema circulatório é aberto,
podendo a hemolinfa ser incolor ou azulada. Pode apresentar diferentes pigmentos em solução, como a hemocianina, pigmento que contém
cobre, ou a hemoglobina, pigmento que contém ferro. Nestes animais, a hemolinfa apresenta também propriedades de coagulação, o que
impede a sua perda em caso de pequenas lesões.
Baseado em Integrated Principies of Zoology, McGraw-Hill, 2007

1. De acordo com a análise do gráfico da


(A) uma pressão osmótica acima de 1500 mOsm é letal para o caranguejo.
(B) a pressão osmótica ideal para o camarão situa-se acima dos 1300 mOsm.
(C) o caranguejo é o ser vivo menos tolerante à variação da pressão osmótica.
(D) o camarão e o mexilhão coexistem para os mesmos valores de pressão osmótica do meio ambiente.

2. As afirmações seguintes dizem respeito à homeostasia dos animais estudados (figura 1). Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. O mexilhão é um animal estritamente osmoconformante.
II. O camarão é um animal osmoconformante.
III. O caranguejo é osmorregulador em águas menos salinas e osmoconformante em águas salgadas.
(A) II é falsa; I e III são verdadeiras. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

3. No alto-mar, o caranguejo, de modo a regular a concentração de solutos dos fluidos corporais, ____ sais por _____, através da membrana
das células das brânquias.
(A) elimina ... difusão (C) absorve ... difusão
(B) elimina ... transporte ativo (D) absorve ... transporte ativo

4. Os crustáceos de maiores dimensões podem apresentar brânquias, projeções delicadas e revestidas por uma fina cutícula. Estas
superfícies respiratórias correspondem a
(A) invaginações da superfície corporal e apresentam uma elevada vascularização.
(B) evaginações da superfície corporal e apresentam uma reduzida vascularização.
(C) invaginações da superfície corporal e apresentam uma reduzida vascularização.
(D) evaginações da superfície corporal e apresentam uma elevada vascularização.

5. Tal como os insetos, os crustáceos de maior dimensão apresentam um sistema circulatório _____. A hemolinfa do caranguejo transporta
_____.
(A) aberto ... apenas gases (C) fechado ... apenas gases
(B) aberto ... gases e nutrientes (D) fechado ... gases e nutrientes

6. No caso de ocorrerem pequenas lesões, a sensação de dor aciona mecanismos de regulação que constituem processos de retroação
(A) química ... negativa (C) eletroquímica ... negativa
(B) química ... positiva (D) eletroquímica ... positiva

7. Com o aumento da salinidade, o camarão, um ser vivo _____, tende, ao nível da glândula excretora, a produzir uma urina ____.
(A) osmoconformante ... reduzida e concentrada (C) osmorregulador ... abundante e concentrada
(B) osmoconformante ... abundante e diluída (D) osmorregulador ... reduzida e concentrada

8. A urina do mexilhão, comparativamente ao meio externo, é


(A) hiperosmótica. (C) hiposmótica.
(B) isosmótica (D) hiperosmótica e hiposmótica.

9. O fluido circulante dos crustáceos pode apresentar ou não pigmentos respiratórios. Refira-se às vantagens inerentes à existência destes
pigmentos no fluido corporal.

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Grupo IV
As hormonas vegetais desempenham um papel importante no desenvolvimento da planta, e algumas são mesmo fundamentais para a
viabilidade destes organismos, como é o caso das auxinas e das citocininas. Os efeitos das hormonas vegetais são variáveis, não induzindo uma
resposta sempre idêntica, dependendo a sua ação de diversos fatores, quer intrínsecos à planta (por exemplo, concentração da hormona, tipo
de órgão em que atua, interação com outras hormonas) quer provenientes do meio ambiente.
Em 1898, Francis Darwin demonstrou que os estomas das plantas respondem a alterações da humidade relativa do ar (HR). Mas desconhecia-
se o mecanismo que regularia tais alterações, existindo apenas algumas indicações de que poderia estar relacionado com a ação de uma
hormona vegetal: o ácido abcísico (ABA).
No sentido de se clarificar o papel que o ácido abcísico poderia ter na regulação do fecho dos estomas por ação de alteração de HR, realizou-se
um estudo, com duas fases, cujos resultados se encontram esquematizados na figura 1.

Material e métodos:
Fase 1
1 - Escolheram-se duas variantes do género Arabidopsis: a variante selvagem (wt - wild type) e uma variante mutante aba3-1 que não possui
um gene necessário à biossíntese de ABA.
2 - Prepararam-se diversas amostras de células-guarda (90%-95% das células-guarda intactas), retiradas quer da variante wt quer da variante
aba3-1.
3 - As amostras foram expostas a duas condições experimentais: humidade relativa do ar de 80%; humidade relativa do ar de 20% (ar seco).
4 - Monitorizou-se, para cada condição experimental, a expressão do gene HVA22, gene essencial à biossíntese de ABA, e ainda o conteúdo em
K+ (ião potássio) das células-guarda.

Fase 2
1 - Excisaram-se folhas das duas variantes de Arabidopsis utilizadas na fase 1.
2 - Colocaram-se as folhas excisadas em tubos contendo água.
3 - Sujeitaram-se as folhas a um ambiente de humidade relativa de 20% (ar seco), durante um período de 3 horas.

Resultados:

Baseado em Current Biology, 2013, doi: http://dx.doi.org/10.1016/j.cub.2012.11.022


1. A variável independente desta investigação é a
(A) expressão do gene HVA22. (C) concentração em K+.
(B) diferente humidade relativa do ar. (D) abertura estomática.

2. Sob condições de ar seco, verifica-se uma maior expressão genética do gene HVA22 na variante ____, uma vez que necessita de _____ os
estomas.
(A) wt ... fechar (C) aba3-1 ... abrir
(B) wt ... abrir (D) aba3-1 ... fechar

3. Na experiência foi importante monitorizar a concentração de K+ nas células-guarda, uma vez que
(A) baixas concentrações de K+ nestas células levam ao fecho do estoma.
(B) baixas concentrações de K+ nestas células levam à abertura do estoma.
(C) o K+ é essencial à biossíntese de ácido abcísico.
(D) o K+ inibe a biossíntese de ácido abcísico.

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4. As afirmações seguintes dizem respeito às conclusões do estudo apresentado. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A síntese de ácido abcísico permite que a planta responda a alterações nas condições de humidade relativa do ar e de
hidratação/desidratação foliar.
II. Nas células foliares ocorre síntese de ABA.
III. O ABA não tem influência na regulação estomática, uma vez que as células aba3-1 têm o mesmo tipo de resposta às condições
experimentais das células wild type.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

5. Na segunda fase da investigação verificou-se que, sob condições de ar seco, as folhas de Arabidopsis de aba3-1 ficavam murchas,
enquanto as da variante wild type não se alteravam de forma significativa.
Explique os resultados experimentais obtidos, à luz das teorias que conhece relativas aos mecanismos de regulação da abertura estomática.

6. Os estomas têm um papel fundamental na regulação das trocas gasosas das plantas, mas também na sua resistência a condições de
stresse hídrico. Perceber os mecanismos de abertura e fecho estomático e os fatores que os influenciam torna-se, por isso, fundamental
para compreender os mecanismos fisiológicos de resistência das plantas às condições do meio.
Além disso, o crescimento e o desenvolvimento de uma planta estão intrinsecamente associados às interações que se estabelecem entre
fatores externos e fatores internos, como é o caso das hormonas vegetais.
Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas ao funcionamento dos estomas e à ação das
hormonas vegetais.
(A) O aumento de turgência das células-guarda depende do movimento de iões, por transporte ativo, para o seu interior.
(B) Auxinas, giberelinas e etileno são hormonas que estimulam o crescimento da planta.
(C) As citocinas estimulam a divisão celular.
(D) Além da concentração de ácido abcísico, outros fatores influenciam o fecho estomático, como, por exemplo, a luz, a temperatura e a
concentração de CO2.
(E) A taxa fotossintética não é um fator que condiciona a abertura estomática.
(F) Os fenómenos de fototropismo e gravitropismo são controlados pelas auxinas.
(G) O ácido abcísico, além de regular o fecho estomático, pode inibir a germinação de sementes.
(H) Quanto menor for a humidade do ar, maior será a taxa de fecho dos estomas, independentemente da quantidade de água no solo.

7. Faça corresponder a cada uma das descrições indicadas na coluna A o conceito que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Sintetizadas nos ápices caulinares, primórdios foliares e folhas jovens, têm capacidade para (1) Giberelinas
estimular o alongamento celular. (2) Auxinas
(b) Envolvidas na germinação de sementes com a mobilização de reservas e no desenvolvimento de (3) Etileno
flores e frutos. (4) Citocininas
(c) Tem capacidade de estimular o alongamento de caules, pecíolos e raízes em algumas espécies, (5) Ácido abcísico
estimulando ainda o amadurecimento dos frutos.

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Teste de avaliação global 1


Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
Desde que, em 1977, foram descobertas as primeiras fontes hidrotermais submarinas na dorsal oceânica das ilhas Galápagos, no
oceano Pacífico, que, periodicamente, surgem notícias da descoberta de outras com características similares (figura 1). Há
poucos anos atrás, numa missão internacional com a participação de investigadores portugueses, foi descoberto um novo
campo a 500 km a sudoeste dos Açores em tudo semelhante a outros cartografados ao largo deste arquipélago.
Os processos geológicos que atuam nestes limites de placas tectónicas são os geradores da sua formação. A água fria do mar
penetra nas numerosas falhas, fraturas e fissuras associadas aos riftes e reage quimicamente com as rochas aquecidas da crosta
oceânica ou que se encontram mesmo em estado de fusão parcial, formando-se um fluido hidrotermal rico em diversos metais e
enxofre. Os fluidos mais quentes, com temperaturas superiores a 300 °C, ascendem e dão origem a fumarolas negras com
elevadas concentrações de ferro, manganésio e cobre. Os menos quentes, que ascendem por fraturas mais afastadas do rifte,
originam fumarolas brancas ricas em arsénio e zinco. Estes diferentes compostos acabam por precipitar, contribuindo esta
precipitação para a formação das próprias estruturas em chaminé por onde saem fluidos.
Se toda esta dinâmica é surpreendente, não menos fantástica foi a descoberta de que as fumarolas hidrotermais apresentam
um complexo ecossistema totalmente diferente de todos os outros do planeta. A maioria das espécies aqui encontradas são
artrópodes, moluscos e anelídeos, mas também podem ser encontrados alguns peixes, para além de bactérias filamentosas que
formam extensos tapetes brancos. Das plantas aquáticas é que não há vestígios.
Vasconcelos & Almeida,
Aprendizagem baseada na resolução de problemas no Ensino das Ciências, Porto Editora, 2012

1. O rifte referido no texto corresponde a um limite


(A) convergente, com subducção de placa oceânica. (C) de cisalhamento, com conservação de litosfera.
(B) divergente, com formação de crosta. (D) destrutivo, com formação de fossa oceânica.

2. A zona de rifte é caracterizada por atividade vulcânica do tipo


(A) efusivo, com lavas viscosas. (C) efusivo, com formação de pillow lavas básicas.
(B) explosivo, com formação de cúpulas viscosas. (D) explosivo, com lavas fluidas ácidas.

3. As fumarolas são caracterizadas por corresponderem a um vulcanismo


(A) secundário com emissão descontínua de vapor de água.
(B) residual de águas básicas.
(C) secundário com libertação de águas ácidas.
(D) residual com libertação de vapor de água e outros gases.

4. A geodinâmica associada ao arquipélago dos Açores está condicionada pela junção tripla entre as placas litosféricas Norte-
Americana, Euro-Asiática e Africana que é formada pelo rifte da Terceira e
(A) pela dorsal médio-atlântica. (C) pelo banco de Gorringe.
(B) pela falha Açores-Gibraltar. (D) pela falha da Glória.

5. A rede trófica referida no texto tem como primeiro nível os seres autotróficos, que são
(A) as plantas aquáticas, que realizam a fotossíntese. (C) as plantas aquáticas, que realizam a quimiossíntese.
(B) as bactérias, que realizam a fotossíntese. (D) as bactérias, que realizam a quimiossíntese.

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6. A fase luminosa da fotossíntese, fase dependente da luz, conduz à libertação de


(A) O2, CO2 e compostos orgânicos. (C) CO2, ATP e NADPH.
(B) O2, ATP e compostos orgânicos (D) O2, ATP e NADPH.

7. A segunda fase da quimiossíntese, o ciclo de carbono, conduz à libertação de


(A) CO2, ATP e NADPH. (C) CO2, ATP e NADPH.
(B) monossacarídeos, ADP e NADP+. (D) O2, ATP e NADPH.

8. Nos peixes, o processo digestivo


(A) ocorre no interior de vacúolos digestivos.
(B) gera resíduos que são eliminados através de uma única abertura existente no tubo digestivo.
(C) ocorre em cavidades digestivas especializadas.
(D) origina micromoléculas, seguindo-se a absorção ao longo de um tubo digestivo incompleto.

9. Nas ilhas Galápagos existe uma espécie endémica de tartarugas que é considerada a maior espécie de tartaruga em todo o
mundo.
Classifique o sistema circulatório destes seres, mencionando também o tipo de coração que lhes é característico.

Grupo II
De nome ARM (Asteroid Redirect Mission), este projeto da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) visa estudar com maior
profundidade como é que nós, humanos, podemos defender-nos da queda de meteoritos.
Em 1908, em Tunguska, Rússia, uma rocha espacial, talvez com 40 metros, colidiu e explodiu sobre uma região despovoada na
Sibéria, causando a destruição e devastação de cerca de 2070 quilómetros quadrados de floresta. Colisões semelhantes às de
Tunguska têm probabilidades de ocorrer a cada 1000 anos.
É através do programa ARM que a NASA pretende conseguir mais dados para colocar em marcha um programa de defesa
espacial. Ter uma espécie de robot espacial que agarra meteoros e os recoloca noutra órbita parece uma utopia, mas a NASA já
estuda essa possibilidade. Por volta do ano 2021, a NASA pretende lançar uma sonda robótica em direção a um asteroide perto
da Terra.
Baseado em N. Patrício, RTP, 2016
1. As afirmações seguintes dizem respeito aos cometas e asteroides. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Apenas os asteroides podem colidir com o planeta Terra.
II. Os cometas são constituídos, essencialmente, por gelo e rochas.
III. Todos os asteroides estão localizados na cintura de asteroides entre Marte e Júpiter.
(A) II é falsa; I e III são verdadeiras.
(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

2. O que têm em comum asteroides e cometas?


(A) Apresentam ambos densidade semelhante.
(B) Ambos descrevem órbitas idênticas.
(C) São formados pelo mesmo tipo de materiais.
(D) A maioria permanece inalterada desde a sua formação na nébula primitiva.

3. O facto de no local da cintura de asteroides não se encontrar um planeta pode estar relacionado com
(A) a inexistência de material suficiente nesta parte da nébula primitiva para formar um planeta.
(B) a ocorrência de uma forte colisão que terá destruído o planeta previamente formado.
(C) as fortes forças gravíticas de Júpiter que impediram que o material se juntasse para formar um planeta.
(D) a temperatura desta zona da nébula primitiva, que não foi suficiente para permitir a acreção do material rochoso.

4. Um meteorito pode ser


(A) um rasto de luz causado por uma estrela ao mover-se no céu.
(B) um fragmento de um asteroide do Sistema Solar que colidiu com a superfície terrestre.
(C) um rasto de luz causado por uma partícula do Espaço ao incendiar-se na atmosfera terrestre.
(D) um cometa que se incendeia na atmosfera terrestre.

5. Qual é a característica que distingue um meteorito de uma rocha da Terra?


(A) Um meteorito tem, geralmente, um elevado teor em metais.
(B) Os meteoritos apresentam, para alguns elementos, uma razão isotópica diferente quando comparada com as rochas do
planeta Terra.
(C) Os meteoritos contêm elementos raros na Terra, como o irídio.
(D) Todas as anteriores estão corretas.

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6. Os meteoritos mais primitivos distinguem-se de outros meteoritos e das rochas do planeta Terra pelo facto de
(A) apresentarem uma fração considerável de elementos metálicos puros.
(B) serem semelhantes ao núcleo terrestre.
(C) apresentarem uma composição semelhante ao manto terrestre.
(D) fazerem lembrar a composição das rochas resultantes do arrefecimento de lava.

7. Os meteoritos diferenciados com baixo teor em metais serão, provavelmente,


(A) o resultado da fragmentação de cometas e não de asteroides.
(B) fragmentos de um asteroide de maiores dimensões que fragmentou devido a uma forte colisão.
(C) fragmentos de rochas arrancados de Marte.
(D) fragmentos de rochas provenientes do início da formação do Sistema Solar.

8. Os condritos são considerados meteoritos primitivos pelo facto de


(A) terem permanecido inalterados desde o momento da condensação e acreção de materiais da nébula primitiva, há 4600
M.a.
(B) terem sido descobertos pelos povos primitivos.
(C) serem um tipo de meteoritos constituídos, essencialmente, por metais.
(D) terem caído no planeta Terra há 4600 M.a.

9. Descreva sucintamente de que forma um impacto meteorítico pode conduzir a uma extinção em massa e o porquê de a
maioria dos meteoritos ter sido encontrada na Antártida.

10. Explique por que razão as observações de asteroides, cometas e meteoritos contribuem com dados muito mais
importantes para o estudo da origem do Sistema Solar do que os dados recolhidos através do estudo de outros planetas.

Grupo III
No ser humano, a pressão osmótica sanguínea, a libertação de ADH e a reabsorção renal de água estão normalmente
interligadas por um mecanismo de feedback negativo que contribui para a homeostasia.
Os mecanismos responsáveis pela regulação do equilíbrio osmótico interno estão localizados no hipotálamo (figura 1), local
onde os osmorrecetores monitorizam permanentemente a osmolaridade do sangue, conduzindo ou não à libertação da
hormona antidiurética (ADH). Esta, por sua vez, exerce um efeito importante ao nível das células dos tubos uriníferos (figura 2).
Qualquer perturbação neste circuito pode interferir com o equilíbrio osmótico. O álcool, por exemplo, inibe a libertação de ADH,
conduzindo à desidratação pela perda de água através da urina (situação que pode provocar alguns dos sintomas típicos da
ressaca).
A ocorrência de mutações que inibam a produção de ADH ou a inativação dos seus recetores podem alterar a homeostasia, ao
impedirem, por exemplo, a incorporação das aquaporinas na membrana celular das células do tubo urinífero. Esta situação pode
conduzir à doença diabetes insipidus que está relacionada com a desidratação do organismo e perturbações no equilíbrio
osmótico.
Baseado em Campbell Biology, Pearson, 2013

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1. A regulação nervosa e hormonal permitem a homeostasia no organismo humano. Na figura 1, a letra X refere-se _____ da
pressão osmótica do sangue, o que _______ a libertação da hormona ADH.
(A) ao aumento ... estimula (C) à diminuição ... estimula
(B) ao aumento ... inibe (D) à diminuição ... inibe

2. O organismo humano é sensível a variações de pressão osmótica no sangue, pelo que, em condições de elevada sudorese, a
hormona ADH é libertada para
(A) diminuir a reabsorção de água no rim.
(B) aumentar a permeabilidade das células dos tubos distal e coletor.
(C) aumentar a quantidade de água excretada pelo rim.
(D) aumentar a pressão osmótica do sangue.

3. Os osmorrecetores do hipotálamo promovem a libertação da hormona ADH pela hipófise sempre que a pressão osmótica
do sangue
(A) posterior ... aumenta (C) anterior ... aumenta
(B) posterior ... diminui (D) anterior ... diminui

4. As afirmações seguintes dizem respeito à hormona ADH. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A ADH é uma proteína, sendo, por isso, um composto orgânico quaternário.
II. A hormona ADH atua diretamente sobre os canais de água na membrana celular do tubo urinífero.
III. Um aumento da concentração da hormona ADH no sangue conduz à produção de urina concentrada.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II é falsa; I e III são verdadeiras.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência dos processos envolvidos na atuação da ADH ao nível do rim,
iniciando pela afirmação que é consequência da falta de água no organismo.
A. Reabsorção de água através das aquaporinas para o fluido intersticial.
B. Ligação da ADH aos recetores da membrana.
C. Aumento da permeabilidade da membrana celular das células dos tubos uriníferos, do lado do lúmen do tubo.
D. Transdução do sinal químico da ADH no interior da célula.
E. Aumento da pressão osmótica do sangue.

6. Após uma ingestão considerável de água, a diurese deverá _____, pelo que a reversão da vasopressina ADH poderá _____.
(A) aumentar ... conduzir à remoção das aquaporinas da membrana do lúmen e à degradação do cAMP
(B) aumentar ... conduzir à remoção das aquaporinas da membrana do lúmen e ao aumento da produção de cAMP
(C) diminuir ... ocorrer por feedback negativo sobre o hipotálamo, devido ao aumento da pressão osmótica
(D) diminuir ... ocorrer por feedback negativo sobre o hipotáLamo, devido à diminuição da pressão osmótica

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações expressas na coluna A o respetivo conceito, referido na coluna B. Utilize cada
letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Porção do tubo urinífero, em forma de taça, por onde se verifica a passagem seletiva de (1) Nefrónio
substâncias oriundas do plasma sanguíneo. (2) Nefrídio
(b) Ser vivo em que a pressão osmótica dos fluidos corporais varia em função da osmolaridade (3) Osmorregulador
do meio externo. (4) Cápsula de Bowman
(c) Porção tubular do tubo urinífero dos mamíferos que contribui para a produção de urina (5) Ansa de Henle
concentrada. (6) Osmoconformante
(d) Unidade renal responsável pela produção de urina no ser humano. (7) Hipófise
(e) Estrutura que faz parte do sistema excretor da minhoca. (8) Hipotálamo
(f) Principal resíduo nitrogenado excretado pelo ser humano. (9) Ácido úrico
(g) Principal resíduo nitrogenado excretado pelas aves. (10) Ureia

8. Indique uma característica exclusiva das células epiteliais que revestem a porção ascendente da ansa de Henle no sistema
excretor humano.

9. Ao contrário da maioria dos peixes ósseos, os tubarões mantêm o fluido corporal isosmótico em relação ao meio externo.
São, por isso, considerados osmoconformantes devido à forma invulgar como asseguram a homeostasia,
(A) recorrendo às brânquias e aos rins para eliminar o excesso de sal.
(B) tolerando elevadas concentrações internas de ureia e equilibrando a sua osmolaridade com a água do mar.
(C) controlando as perdas de água a nível celular, através do recurso às aquaporinas.
(D) produzindo compostos químicos que lhes permitem remover o sal em excesso.

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10. Como a difusão tende a igualar as concentrações num sistema, os seres vivos osmorreguladores tendem a gastar mais
energia comparativamente com os seres osmoconformantes, para manterem a homeostasia.
Explique as exigências energéticas dos seres osmorreguladores, referindo-se aos mecanismos de transporte
transmembranares envolvidos, e explique em que medida concentrações limitantes de oxigénio podem comprometer a
sobrevivência destes seres vivos.

Grupo IV
As hormonas vegetais podem ser definidas como mensageiros que providenciam sinais às células de resposta (efetoras) quando
ocorrem mudanças quer a nível ambiental quer ao nível do crescimento/desenvolvimento das plantas. O papel que as diferentes
hormonas desempenham durante a organogénese e a morfogénese de plantas tem sido amplamente estudado até à atualidade.
Em 1957, Skoog e Miller observaram que o rácio auxina/citocinina influenciava o processo de diferenciação do tecido caloso
(maciço de células indiferenciadas resultante da proliferação de células in nitro). Os resultados desta experiência (figura 1)
permitiram identificar uma inter-relação entre as duas hormonas mencionadas, relação que era desconhecida até à data.
Numa segunda investigação, Eklöf e colaboradores (1997) realizaram experiências na planta do tabaco com o objetivo de avaliar
o efeito que a interação auxina-citocinina poderia ter sobre o metabolismo da auxina e o metabolismo da citocinina.

Métodos:
1 - Cultivaram-se três linhagens mutantes (P3, P9 e 35S-iaaM x 35S-iaaH) e uma linhagem selvagem ou wild type (wt). P3 e P9
são mutantes superprodutores de citocininas, enquanto 35S-iaaM x 35S-iaaH é um superprodutor de auxinas. Os mutantes são
fenotipicamente diferentes da linhagem wild type (wt).
2 - Na primeira fase de análise, após 11 semanas de crescimento, foram recolhidas as folhas mais velhas, parte da zona apical,
tecido caulinar jovem e tecido caulinar mais antigo das linhagens wt, P3 e P9. Procedeu-se, posteriormente, à extração e análise
do conteúdo em IAA dos referidos tecidos.
3 - Para complementar a análise do ponto 2, utilizaram-se as mesmas linhagens, tendo sido realizada uma análise folha a folha
dos tecidos foliares jovens para o conteúdo em IAA.
4 - Na segunda fase de análise esperou-se que todas as plantas das linhagens P3 e wt atingissem a mesma altura (o mesmo nível
desenvolvimento), tendo-se recolhido os mesmos tecidos do ponto anterior e ainda tecido foliar jovem e tendo sido analisado
novamente o teor de IAA nos tecidos.
5 - Na última fase, estudaram-se as linhagens wt e 35S-iaaM x 35S-iaaH, tendo sido recolhido tecido foliar e caulinar jovem,
procedendo-se à análise do teor em citocininas (Z7G e Z) e conjugados de citocininas (ZR + ZMP).

Resultados:

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1. Um dos objetivos da ______ investigação foi estudar o efeito da concentração de ______.


(A) primeira ... citocininas sobre o metabolismo das auxinas
(B) primeira ... auxinas na germinação de sementes
(C) segunda ... citocininas na germinação de sementes
(D) segunda ... auxinas sobre o metabolismo das citocininas

2. Os efeitos das auxinas


(A) são independentes quer da sua concentração quer da interação com outras hormonas.
(B) são independentes da sua concentração, mas não da interação com outras hormonas.
(C) são dependentes quer da sua concentração quer da interação com outras hormonas.
(D) são dependentes da sua concentração, mas independentes da interação com outras hormonas.

3. A afirmação que traduz a conclusão da primeira investigação de Skoog e Miller é:


(A) rácio auxina/citocinina elevado promove o desenvolvimento de folhas.
(B) rácio auxina/citocinina baixo promove o desenvolvimento de folhas.
(C) rácio auxina/citocinina baixo promove a formação de calos indiferenciados.
(D) elevadas concentrações de citocinina promovem a formação de folhas e raízes.

4. Para garantir a validade da segunda investigação, foi essencial


(A) recolher as amostras de plantas wt e mutantes na mesma fase de crescimento.
(B) utilizar diferentes linhagens de mutantes.
(C) os mutantes serem fenotipicamente diferentes da linhagem wild type.
(D) realizar uma análise folha a folha dos tecidos foliares jovens para o conteúdo de auxina.

5. Pelos resultados da segunda investigação, pode concluir-se que


(A) elevadas concentrações de auxinas inibem a produção de citocininas mas elevadas concentrações de citocininas não inibem
a produção de auxinas.
(B) elevadas concentrações de auxinas promovem a produção de citocininas e vice-versa.
(C) elevadas concentrações de auxinas inibem a produção de citocininas e vice-versa.
(D) o teor em auxina não influencia o metabolismo das citocininas e vice-versa.

6. Na planta do tabaco, o movimento de seiva bruta ocorre quando


(A) há frutos localizados acima dos órgãos fotossintéticos.
(B) as zonas de consumo estão abaixo das zonas de produção.
(C) a resistência estomática é elevada.
(D) a taxa de transpiração é elevada.

7. A citocinina oxidase é uma enzima que catalisa a degradação irreversível das citocininas. No sentido de estudar a sua ação
na regulação do teor de citocininas nas plantas, foram produzidas várias linhagens transgénicas da planta do tabaco, tendo
sido inseridos genes que codificavam a expressão da citocinina oxidase. As linhagens transgénicas apresentaram um fenótipo-
anão, relativamente à linhagem wild type, e o tamanho das suas folhas era também mais reduzido.
Explique os resultados enunciados, tendo em vista o papel e a função das fito-hormonas citocininas.

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Teste de avaliação global 2


Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
Sismo fraco abala Portugal
Um sismo de magnitude 3,5 na escala de Richter foi registado esta terça-feira à tarde, às 17:03, informa o Instituto Português do
Mar e da Atmosfera. O abalo foi sentido em vários pontos do Norte do país, como Penafiel, Paredes, Braga e Ponte da Barca. A 4
km de Amarante teve a intensidade máxima de IV (escala de Mercalli Modificada). O sismo teve origem a 17 quilómetros de
profundidade. Além do abalo, ouviu-se também um som forte. Alguns relatos apontam para a existência de uma réplica, cerca
de 30 minutos após o abalo principal. Alunos da Escola Secundária de Felgueiras sentiram as suas mesas de trabalho tremer.
Baseado em Observador, 2017
Sismo forte abala o Chile
Um sismo de 7,1 graus de magnitude sacudiu esta segunda-feira a região central do Chile. De acordo com a marinha chilena,
autoridade encarregue da monitorização sismológica naquele país, não existe risco de tsunami. O abalo teve intensidade
máxima ao largo da costa, a cerca de 10 quilómetros das cidades de Valparaíso e Vinã del Mar, e a 110 quilómetros da capital,
Santiago. O sismo ocorreu a uma profundidade de 10 quilómetros abaixo do fundo do mar, de acordo com o Instituto Geológico
dos Estados Unidos. O sismo foi registado cerca das 22:38 de Lisboa, 18:38 no Chile, e foi também sentido na vizinha Argentina,
para lá da cordilheira dos Andes. Segundo a Reuters, o terramoto já originou duas réplicas significativas, de 5 e de 5,4 graus de
magnitude.
Todo o território chileno situa-se no chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma zona que abrange praticamente todas as áreas
costeiras dos países banhados por aquele oceano.
Baseado em Público, 2017
1. O epicentro do sismo em Portugal e no Chile foi, respetivamente,
(A) a 17 km e 10 km de profundidade.
(B) a 4 km de Amarante e a 110 km da capital do Chile.
(C) a 17 km de Amarante e a 10 km das cidades de Valparaíso e Vinã del Mar.
(D) em profundidade e no centro do Anel de Fogo do Pacífico.

2. A magnitude de um sismo é avaliada


(A) numa escala de 12 valores. (C) através dos estragos provocados.
(B) na escala de Richter, de valor máximo 9. (D) numa escala logarítmica.

3. O hipocentro do sismo em Portugal e no Chile foi, respetivamente


(A) a 17 km e 10 km de profundidade.
(B) a 4 km de Amarante e a 110 km da capital do Chile.
(C) a 17 km de Amarante e a 10 km das cidades de Valparaíso e Vinã del Mar.
(D) em profundidade e no centro do Anel de Fogo do Pacífico.

4. Os sismos são uma evidência da geodinâmica _____ e podem ser sucedidos por _____ que podem ter ______.
(A) externa .... abalos premonitórios ... magnitude (C) interna .... abalos premonitórios ... elasticidade
(B) externa .... réplicas ... elasticidade (D) interna .... réplicas ... magnitude

5. A cordilheira dos Andes resulta da colisão


(A) entre uma placa continental e uma placa oceânica mais densa.
(B) entre duas placas continentais de baixa densidade.
(C) entre uma placa continental e uma placa oceânica menos densa.
(D) entre duas placas oceânicas de elevada densidade.

6. A cordilheira dos Andes caracteriza-se por um vulcanismo


(A) intraplaca, como nas ilhas do Havai e com magma básico. (C) interplaca, com magma de composição intermédia a básica.
(B) intraplaca, devido a um ponto quente e com magma ácido. (D) interplaca, com magma de composição intermédia a ácida.

7. O Anel de Fogo do Pacífico corresponde a uma zona


(A) de elevada atividade sísmica, como se justifica pelos sismos do Chile e de Portugal.
(B) de sismos de baixa intensidade e algum vulcanismo.
(C) de elevada atividade sísmica e vulcânica, devido a movimentos tectónicos.
(D) de fraco vulcanismos e sismos de elevada intensidade.

8. Os sismogramas permitem observar


(A) o desfasamento e a amplitude nas ondas sísmicas, mas não a frequência nem o período.
(B) o desfasamento, a amplitude, o período e a frequência das ondas sísmicas.
(C) apenas o desfasamento de chegada entre as ondas P e S.
(D) a amplitude das ondas, que corresponde ao tempo de uma oscilação completa.

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9. O facto de o sismo do Chile poder ter gerado um tsunami resulta


(A) de ter ocorrido a 10 km abaixo do fundo do mar. (C) de ter sido mais profundo que o de Portugal.
(B) de ter ocorrido a mais de 10 km de profundidade. (D) de ter tido origem na zona do Anel de Fogo do Pacífico.

10. O sismo do Chile foi registado cerca das 22:38 de Lisboa e 18:38 no Chile.
Explique por que razão o mesmo sismo foi sentido nestas duas localidades com um atraso de quatro horas.

Grupo II
Atualmente, muitos esforços têm sido feitos no sentido de explorar fontes alternativas de energias renováveis, que contribuam
para o desenvolvimento sustentável. Como alternativa à pressão exercida pelo consumo de combustíveis fósseis surge o recurso
a biocombustíveis, destacando-se o etanol.
O etanol pode ser produzido a partir de biomassa vegetal rica em lenhina e celulose, através de um processo que inclui quatro
etapas: o pré-tratamento, a hidrólise, a fermentação e, por fim, a destilação. A hidrólise e a fermentação podem ser realizadas
separadamente ou em paralelo, processo denominado sacarificação e fermentação simultânea (SSF - simultaneous
saccharification and fermentation). A SSF recorre a organismos capazes de realizar a fermentação e reduz os custos associados à
produção de etanol, uma vez que as reações de hidrólise enzimática da celulose (processo de sacarificação) e a fermentação
ocorrem no mesmo reator. Um dos problemas deste procedimento prende-se com a diferença entre a temperatura ótima de
sacarificação e a temperatura ótima de fermentação.
A investigadora Mercedes Ballesteros e os seus colaboradores estudaram, em 2004, o processo de produção de etanol pela
técnica SSF. O procedimento experimental e os resultados obtidos encontram-se descritos abaixo.

Material e métodos
1 - Para realizar a sacarificação e fermentação simultânea (SSF), foram selecionados cinco tipos diferentes de substrato: I)
biomassa de choupo (Populus nigra), II) biomassa de eucalipto (Eucalyptus globulus), III) palha de trigo, IV) bagaço de sorgo
(Sorghum sp.) e V) resíduos herbáceos de Brassica carinata. Todos os substratos sofreram um processo de pré-tratamento antes
de serem submetidos a SSF.
2 - Utilizou-se Kluyveromyces marxianus CECT 10875, uma levedura mutante termotolerante nas experiências de SSF. As culturas
para inoculação foram preparadas num meio nutritivo e incubadas durante 16 horas a 42 ° C.
3 - O processo de SSF foi conduzido em diferentes tubos Erlenmeyer de 100 ml. A cada tubo (a, b, c, d, e) foram adicionados 50
ml do meio de fermentação (sem glicose), substrato na concentração 10% (m/v), celulases (enzimas que degradam a celulose) e
a solução de levedura (preparada no ponto anterior) na concentração de 4% (v/v).
4 - Os ensaios SSF foram realizados sob condições não esterilizadas, a 42 ° C, durante 160 horas. As concentrações de glicose e
etanol foram monitorizadas ao longo dos ensaios.

1. O principal objetivo desta investigação foi


(A) avaliar a eficácia de diferentes estirpes de levedura na produção de etanol.
(B) estudar a influência da glicose na produção de etanol.
(C) avaliar a eficácia de diferentes substratos de biomassa vegetal na produção de etanol.
(D) estudar a influência da temperatura e da estirpe de levedura no processo de sacarificação e fermentação simultânea.

2. Pode considerar-se que uma das variáveis dependentes do estudo é


(A) a concentração de etanol, que é condicionada pela concentração de glicose.
(B) a concentração de etanol, que não é influenciada pela concentração de glicose.
(C) o tipo de substrato vegetal, que não condiciona a produção de etanol.
(D) o tipo de substrato vegetal, que condiciona a produção de etanol.

3. Durante o processo de SSF, ocorre fermentação


(A) lática, libertando-se CO2. (C) alcoólica, libertando-se H2O.
(B) lática, libertando-se H2O. (D) alcoólica, libertando-se CO2.

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4. Os resultados da investigação permitem concluir que, pelo método de sacarificação e fermentação simultânea,
(A) a biomassa de choupo e os resíduos de B. carinata são os substratos mais eficientes na produção de etanol.
(B) a palha de trigo e a biomassa de eucalipto são os substratos menos eficientes na produção de etanol.
(C) o bagaço de sorgo e B. carinata foram os substratos menos eficientes na produção de etanol.
(D) a biomassa de choupo e a palha de trigo são os substratos mais eficientes na produção de etanol.

5. Kluyveromyces marxianus é um organismo que faz parte do


(A) reino Monera e realiza respiração anaeróbia. (C) reino Fungi e é autotrófico.
(B) reino Fungi e realiza respiração anaeróbia. (D) reino Monera e é autotrófico.

6. O Eucalyptus globulus, durante a fase química, necessita de _____ para a produção de glícidos.
(A) CO2, ADP e NADPH (C) O2, H2O e ATP
(B) O2, CO2 e ATP (D) CO2, ATP e NADPH

7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que levam à produção do
etanol.
A. Fosforilação da glicose. D. Hidrólise de polissacarídeos como a celulose.
B. Formação de ácido pirúvico. E. Produção de glicose.
C. Produção de etanol e CO2.

8. Na investigação desenvolvida, foram monitorizadas as concentrações de glicose e etanol no interior dos tubos, para cada
um dos substratos utilizados. Nos gráficos da figura 1 é também possível observar um fenómeno comum a todas as situações
experimentais (a, b, c, d, e) que começa a evidenciar-se 70-80 horas após o início da SSF.
Explique em que medida a concentração de glicose está relacionada com a produção de etanol e identifique o que acontece
70-80 horas após o início do processo de sacarificação e fermentação simultânea.

Grupo III
Documento 1 - A idade da Terra
Antes da datação radiométrica, a idade da Terra era pouco mais do que o resultado de ideias pouco evidenciadas. O nosso
planeta chegou a ser datado, de acordo com escrituras bíblicas, com apenas alguns milhares de anos. No fim do século XIX, Lord
Kelvin atribuiu à Terra 100 milhões de anos, mesmo contrariando as ideias de Darwin e as suas evidências evolucionistas.
Só em 1898, Marie Curie descobriu o fenómeno da radioatividade, através do qual átomos instáveis perdem energia, ou seja,
decaem, emitindo radiação em formas de partículas ou ondas eletromagnéticas. Em 1904, Ernest Rutherford mostrou como o
processo de decaimento radioativo age como um relógio, permitindo datar as rochas. Foi, no entanto, Arthur Holmes (1890-
1964) que, quando terminava uma graduação no Imperial College of Science em London, desenvolveu a técnica de datar as
rochas usando o método do urânio-chumbo. Holmes propôs que a Terra teria, pelo menos, 1,6 mil milhões de anos.
A melhor estimativa para a idade da Terra é baseada na datação radiométrica de fragmentos encontrados no meteorito do
Canyon Diablo. Atualmente atribui-se à Terra a idade de 4,56 mil milhões de anos.
Baseado em Live Science, 2012
Documento II - Diferentes métodos de datação radiométrica
Isótopos
Semivida
Pai Filho
Urânio-238 Chumbo-206 4500 M.a.
Urânio-235 Chumbo-207 704 M.a.
Tório-232 Chumbo-208 14 000 M.a.
Rubídio-87 Estrôncio-87 48 800 M.a.
Potássio-40 Árgon-40 1300 M.a.
Carbono-14 Nitrogénio-14 5730 anos

1. A datação relativa das rochas assenta no princípio


(A) do uniformitarismo e do gradualismo geológico.
(B) da identidade dos fósseis de idade.
(C) de que os estratos se depositam de forma horizontal.
(D) da datação radiométrica do decaimento de isótopos-pais em isótopos-filhos.

2. Os fósseis de idade são fósseis


(A) de organismos que viveram em épocas muito específicas, num intervalo de tempo curto e com uma distribuição alargada.
(B) de organismos multicelulares que viveram em ambientes e tempos muito específicos.
(C) de organismos que viveram em épocas curtas, em tempos anteriores à atualidade.
(D) vivos que ainda hoje permitem datar estratos e contribuir para a datação absoluta.

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3. Os fósseis de fáceis
(A) permitem corroborar a datação absoluta.
(B) possibilitam determinar a idade radiométrica.
(C) são fósseis que tiveram uma distribuição temporal e espacial alargada.
(D) são fósseis de organismos que viveram em ambientes muito particulares.

4. Se uma rocha tiver cerca de 12 000 anos, o melhor método para a datar será o de
(A) 238U/206Pb. (C) 40K/40Ar.
87 87
(B) Rb/ Sr. (D) 14C/14N.

5. Tendo por base o método de datação baseado no par 40K/40Ar, a quantidade de isótopos-pais presentes numa rocha com
cerca de 4000 M.a. deve ser
(A) 50%. (C) 75%.
(B) 25%. (D) 12,5%.

6. De acordo com o documento 1, a atual idade de cerca de 4,5 mil milhões de anos atribuída à Terra apoia-se
(A) no uniformitarismo de James Hutton.
(B) no princípio do gradualismo de C. Lyell.
(C) no princípio de que os fósseis ajudam a reconstruir a história da Terra.
(D) num método indireto.

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A o respetivo termo ou expressão da coluna B que as identifica.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Transformações do material rochoso. (1)Escala do tempo geológico
(b) Inexistência de permuta de matéria. (2)Ciclo das rochas
(c) Era da escala do tempo. (3)Mesozoico
(d) Marca os acontecimentos da história evolutiva da Terra. (4)Sistema fechado
(e) Inexistência de permuta de energia. (5)Sistema isolado

8. Foram encontradas duas formigas mortas em combate preservadas em fóssil de âmbar. Estas térmitas guerreiras datam de
cerca de 100 M.a. e expressam o início da socialização dos insetos.
Partindo da frase, refira-se à relação entre dois subsistemas da Terra evidenciada no fóssil referido e à importância de uma
visão holística dos subsistemas terrestres.

Grupo IV
Na década de 60 do século XX, desenvolveram-se diversos estudos no sentido de perceber os mecanismos envolvidos na
obtenção de matéria por bactérias nitrificantes autotróficas. Em 1965, foi publicado um estudo desenvolvido por M. I. H. Aleem
no sentido de clarificar quais as moléculas e as enzimas essenciais ao processo de produção de matéria destas bactérias e se
este processo seria semelhante à fase química da fotossíntese. Para isso, o investigador utilizou extratos celulares de Nitrobacter
agilis, uma bactéria que obtém energia através da oxidação do nitrito (NO2-) com consequente produção de ATP. Parte dessa
energia é também utilizada para produzir NADH.
Foram preparados diferentes sistemas de reação, com diferentes componentes, na tentativa de perceber quais as moléculas
indispensáveis ao processo em estudo. Os extratos celulares obtidos após centrifugação foram divididos em dois tipos:
a) P144 extrato que contém NO2 oxidase (enzima que oxida o nitrito);
b) S144 - extrato que contém carboxidismutase (enzima capaz de fixar CO 2). Para que fosse possível acompanhar o processo de
assimilação de CO2, foi utilizado 14C como marcador radioativo.
Na tabela I estão registados os resultados obtidos para diferentes condições experimentais. Para cada ensaio, foi utilizada a
mesma mistura de reação que continha 0,5 ml de extrato celular suspenso em tampão Tris (pH 8) e 2 moles de KH 14CO3
(bicarbonato de potássio).
Tabela I
Condições experimentais Total de 14CO2 assimilado (contagem/min)
P144 + NO2- 5000
P144 + S144 + NO2 26 000
S144 + ATP + NADH 840 000
S144 + ATP + NADH + NO2 800 000
S144 + ATP + NADPH 9000
P144 + ribulose 1,5 bifosfato (pentose) 120 000
P144 + ribulose 1,5 bifosfato (pentose) + NO2- 170 000
S144 + ribulose 1,5 bifosfato (pentose) 1 140 000
S144 + ribulose-5-fosfato (pentose) 5000
S144 + ribulose-5-fosfato (pentose) + ATP 1 120 000

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Depois destes resultados, Aleem voltou a desenhar uma nova série de ensaios com diferentes condições experimentais, que se
encontram sintetizados na tabela II. Nesta segunda fase, para cada ensaio foi utilizada uma nova mistura de reação de forma a
otimizar o desempenho das enzimas, contendo 0,2 ml de extrato celular S144, 50 µmoles de solução-tampão Tris (pH 8), 10
µmoles de MgCl2, 5 µmoles de KHCO3 (bicarbonato de potássio) e 24 µmoles de NaH14CO2 (bicarbonato de sódio).
Tabela II
Condições experimentais Total de 14CO2 assimilado (contagem/min)
S144 (enzima) 3000
S144 (enzima) + ATP + NADH 86 000
S144 (enzima) + ADP + NADH 19 300
S144 (enzima) + NO2- 5600
S144 (enzima) + NO2- + NAD+ 10 200
S144 (enzima) + NO2- + ADP 10 300
S144 (enzima) + NO2- +ADP + NAD+ 36 300
S144 (enzima) + NO2- + NADP+ 12 400
S144 (enzima) + NO2- + NADP+ + ADP 12 500
S144 (enzima) + ATP + NADPH 6000
S144 (enzima) + ATP + NAD+ 19 400

1. Na primeira parte da experiência (tabela I), ficou evidente que neste processo autotrófico
(A) ATP e NADPH conferem um maior poder de assimilação de CO2 às bactérias.
(B) não é necessário gasto de energia mas é indispensável ocorrer oxidação do substrato (nitrito).
(C) não é necessário gasto de energia mas a pentose recetora de CO2 é um fator condicionante.
(D) ATP e NADH conferem um maior poder de assimilação de CO2 às bactérias.

2. As duas etapas desta investigação apresentam


(A) várias variáveis dependentes em estudo e apenas uma variável independente.
(B) várias variáveis independentes em estudo e apenas uma variável dependente.
(C) vários grupos de controlo e apenas um grupo experimental.
(D) vários grupos experimentais e nenhum grupo de controlo.

3. Na segunda etapa do estudo (tabela II),


(A) o ensaio com S144, NO2- e ADP funcionou como grupo de controlo.
(B) o ensaio apenas com S144 funcionou como grupo de controlo.
(C) ficou evidente que o NADPH é essencial para a assimilação de CO2.
(D) ficou evidente que a enzima carboxidismutase necessita de NO2- para fixar CO2

4. A estratégia de obtenção de matéria das bactérias Nitrobacter agilis é


(A) fotoautotrófica e utiliza a oxidação de nitrito como fonte de eletrões para a fosforilação.
(B) quimioautotrófica e utiliza a oxidação de nitrito como fonte de eletrões para a fosforilação.
(C) fotoautotrófica e utiliza a oxidação da água do meio como fonte de eletrões para a fosforilação.
(D) quimioautotrófica e utiliza a oxidação da água do meio como fonte de eletrões para a fosforilação.

5. Nas células das bactérias N. agilis,


(A) toda a atividade celular é controlada pelo núcleo.
(B) a energia que utilizam é produzida no citoplasma e no interior das mitocôndrias.
(C) o retículo endoplasmático não tem ribossomas associados.
(D) a parede celular confere proteção e suporte estrutural.

6. Se as bactérias em estudo forem colocadas num meio hipertónico, relativamente ao meio intracelular, é de esperar que
(A) entre água na célula, aumentando a pressão de turgescência.
(B) ocorra lise celular.
(C) saia água da célula, com consequente diminuição do volume celular.
(D) saia água da célula por osmose.

7. Na investigação de Aleem, apesar de se pretender estudar a obtenção de matéria (compostos orgânicos) em N. agilis, em
cada ensaio foi apenas medida a taxa de assimilação de CO2 radioativo.
Indique por que motivo foi monitorizado o CO2 e qual a sua relação com o objetivo da investigação.

8. O estudo de M. I. H. Aleem pretendia aferir qual a via de obtenção de matéria das bactérias nitrificantes e o seu grau de
similaridade com o processo fotossintético das plantas. Explique em que medida a via de obtenção de matéria de Nitrobacter
agilis é semelhante à fotossíntese e quais as principais diferenças, à luz dos resultados experimentais de Aleem.

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Tema I: A Geologia, os geólogos e os seus métodos (soluções)

Grupo I
1. (D). Os estromatólitos referidos no documento 3 têm 3700 M.a., logo, o par de isótopos 14C/14N é o par menos
recomendado para datar os estromatólitos, por possuir um intervalo de datação efetiva demasiado curto (100 a 60 000
anos).
2. (D). O tempo de semivida é o tempo necessário para desintegrar metade da massa do isótopo-pai (instável) em
isótopo-filho (mais estável). Uma vez que o isótopo tem uma semivida de, aproximadamente, 4500 M.a., então, esse
intervalo de tempo corresponderá à redução para metade (50%) do teor do isótopo inicial.
3. (B). A datação radiométrica baseia-se na instabilidade dos isótopos, permitindo datar formações rochosas. Alguns
isótopos (instáveis), com o passar do tempo, começam a transformar-se em outros mais estáveis, processo que ocorre
a uma taxa constante e que, por isso, permite determinar a idade de uma rocha sabendo a proporção existente de
isótopo-pai/isótopo-filho.
4. (C). O decaimento radioativo ocorre a uma taxa constante (facto que permite utilizá-lo para a datação radiométrica)
e, ao longo do tempo, o isótopo inicial vai-se transformando em isótopo-filho, ou seja, diminui a quantidade de isótopo-
pai, aumentando a quantidade de isótopo-filho, pelo que a razão isótopo-pai/isótopo-filho tende a diminuir.
5. (D). Os fósseis que permitem a reconstituição de paleoambientes são também chamados fósseis de fácies e resultam
da atividade de organismos com condições de sobrevivência muito específicas. É graças a esta especificidade que é
possível reconstituir os ambientes em que os mesmos viveram.
6. (D). O tempo de semivida para o par 40K/40Ar é de 1300 M.a. Assim, os estromatólitos, com 3700 M.a., já terão
passado o tempo de duas semividas (1.ª semivida – 1300 M.a.; 2.ª semivida – 2600 M.a.; 3.ª semivida – 3900 M.a.).
Assim temos:
1.ª semivida (1300 M.a.) – 50% de isótopo-pai; 50% de isótopo-filho;
2.ª semivida (2600 M.a.) – 25% de isótopo-pai; 75% de isótopo-filho;
3.ª semivida (3900 M.a.) – 12,5% de isótopo-pai; 87,5% de isótopo-filho;
Como os estromatólitos do documento 3 têm idade superior a duas semividas e inferior a três semividas, então, o teor
de isótopo-pai está compreendido entre 25% e 12,5%.
7. Os estromatólitos constituem a mais antiga evidência de vida na Terra, permitindo deduzir que esta terá tido início
há, pelo menos, 3700 M.a. São também vestígio da ocorrência de atividade fotossintética, dada a presença de
cianobactérias. Permitem, ainda, ajudar a reconstituir os ambientes onde habitavam estas bactérias primordiais. Os
estromatólitos constituem-se, por isso, como arquivos de informação que permitem conhecer e reconstituir uma das
primeiras fases de desenvolvimento de vida na Terra.
8. As cianobactérias foram responsáveis pela acumulação e deposição de sedimentos em camadas, formando os
estromatólitos, estruturas que fazem parte da geosfera e que evidenciam a atividade metabólica e fotossintética dos
organismos em causa, que pertencem à biosfera.
Estes organismos, ao realizarem a fotossíntese, captavam dióxido de carbono e libertavam oxigénio para a atmosfera,
contribuindo para o enriquecimento da mesma em oxigénio, o que, mais tarde, terá contribuído para o aparecimento
dos primeiros organismos aeróbios.
9. B – E – A – C – D
A proliferação de bactérias (B) resulta na formação de colónias de cianobactérias (E), cuja atividade e consequente
captação de carbonato de cálcio (A) conduz à acumulação de sedimentos em camadas sucessivas (C), que resultam
na formação de estromatólitos (D).

Grupo II
1. (B). O uniformitarismo é um princípio científico proposto por James Hutton, considerado um dos precursores da
Geologia moderna. Baseia-se na reprodução uniforme dos dados observáveis em fenómenos geológicos atuais, para
a interpretação da ocorrência destes fenómenos no passado. Este princípio inclui o atualismo e o gradualismo
geológico.
2. (A). De acordo com o gradualismo, os acontecimentos geológicos resultam de processos lentos e graduais,
defendendo que a evolução ocorre através da acumulação de pequenas modificações ao longo de várias gerações.
Está integrado no princípio do uniformitarismo, procurando refutar o catastrofismo. A observação de estratos e
descontinuidades por James Hutton levou-o a concluir que a Terra se formou gradualmente e que a sua idade teria de
ser muito superior à atribuída por conotações bíblicas da época.
3. (D). O neocatastrofismo reconhece o uniformitarismo para explicar os processos geológicos, mas não exclui que
fenómenos catastróficos ocasionais tenham contribuído para eventuais alterações na superfície terrestre.
Esta ideia é utilizada, do ponto de vista geológico, para explicar a extinção dos dinossáurios.
4. (A). A tectónica de placas é uma teoria da Geologia que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na
litosfera terrestre, fragmentada em várias placas tectónicas que se deslocam sobre a astenosfera. Este princípio
assenta nas ideias uniformitaristas.
5. (B). As eras geológicas representam grandes divisões do tempo geológico do planeta e caracterizam-se por
representarem a extinção de muitos grupos de seres vivos (extinções em massa).
6. (B). A acumulação lenta de materiais no cone do Etna está de acordo com o gradualismo, que defende que a
evolução ocorre através da acumulação de pequenas modificações.
7. (a) – (2). A datação absoluta consiste na determinação da idade em milhões de anos (M.a.), tomando como referência
o tempo presente. Baseia-se na desintegração radioativa de determinados elementos químicos, procurando quantificar
a quantidade relativa de isótopos-pais e isótopos-filhos. (b) – (3). A datação relativa procura determinar a idade de uma

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rocha ou de um fóssil através da comparação de estratos, do conteúdo fossilífero e da aplicação dos princípios de
estratigrafia. (c) – (1). O neocatastrofismo reconhece o uniformitarismo para explicar os processos geológicos, mas
não exclui a ocorrência de extinções em massa devido a eventuais fenómenos catastróficos (p. e. impacto meteorítico).
(d) – (6). O criacionismo é a crença religiosa de que a Humanidade, a vida, a Terra e o Universo resultaram de um ato
sobrenatural, numa narrativa relacionada com a existência de um criador cuja referência ao dilúvio explica a extinção
de espécies devido a uma grande inundação. (e) – (5). As escoadas lávicas formam-se em consequência da atividade
vulcânica. (f) – (4). O Triásico é um período geológico da Era Mesozoica. (g) – (8). Como foi referido no texto do Grupo
I, o estromatólito é um fóssil de fá- cies, representando um ambiente de águas calmas e tépidas. (h) – (7). A geosfera
é um dos quatro subsistemas do planeta Terra.
8. De acordo com o gradualismo uniformitarista, os processos geológicos são lentos e graduais, o que coloca em causa
as teorias catastrofistas, que justificam a extinção dos dinossáurios. As teorias cosmológicas, pelo contrário, defendem
que a extinção dos dinossáurios ocorreu, num processo rápido e de grande magnitude, devido à queda de meteoritos.
Uma das opções possíveis, numa visão gradualista, é a ocorrência de regressões que levam à redução do espaço
disponível para os organismos marinhos, existindo uma maior competição e levando à escassez de alimento e
nutrientes, o que culminará na extinção de algumas espécies.

Grupo III
1. (B). O esquema da figura 1 é uma representação simplificada do ciclo das rochas. Para darem origem a rochas
magmáticas, as rochas metamórficas sofrem fusão, seguindo-se uma fase de cristalização. Por sua vez, as rochas
metamórficas (e as magmáticas), ao ascenderem, ficam sujeitas à dinâmica externa, sofrendo meteorização, erosão e
transporte. As rochas sedimentares (tal como as magmáticas) podem ainda dar origem a rochas metamórficas, se
sofrerem processos de recristalização, resultantes da ação de um ou mais fatores de metamorfismo (pressão, calor,
tempo, fluidos circulantes).
2. (B). Y – A: Ocorre fusão com consequente cristalização e formação de rocha magmática; Z – B: Deposição de
sedimentos resultantes de erosão; X – C: Devido aos fatores de metamorfismo, ocorre recristalização e formação de
rocha metamórfica.
3. (C). No local U da figura 2 pode observar-se uma intrusão granítica. Essa intrusão, ao instalar-se na rocha encaixante,
liberta grandes quantidades de calor que poderá alterar a rocha encaixante, dando origem a uma rocha metamórfica
de contacto.
4. (B). Na figura 2 encontra-se representado um limite destrutivo, uma vez que se trata de uma zona de subducção
(uma placa, a mais densa, mergulha sob outra), existindo, a grandes profundidades, fusão do material, ou seja,
destruição de crosta.
5. (A). O mármore é uma rocha metamórfica com origem em rochas sedimentares carbonatadas, como é o caso do
calcário.
6. (B). Numa zona de subducção, a crosta oceânica (local A), por ser mais densa, mergulha sob a crosta continental.
7. A placa subductada (neste caso, a placa oceânica), à medida que vai afundando, sofre a ação de maiores pressões
e temperaturas, o que poderá provocar a sua fusão, originando a formação de magma no local Y.
8. Os locais X e U referem-se à ocorrência de diferentes tipos de metamorfismo. No local X, as formações existentes
resultaram da ocorrência de metamorfismo regional, em que o principal fator de metamorfismo é a elevada pressão a
que o material rochoso está sujeito. No local U ocorreu metamorfismo de contacto nas rochas encaixantes, sendo
predominante o efeito da temperatura irradiada pela intrusão magmática. Em ambos os casos, formaram-se rochas
metamórficas.

Grupo IV
1. (D). A falha F1 apenas interseta as unidades litológicas A e B, tendo, por isso, ocorrido depois das referidas unidades
se terem formado.
2. (C). Pelo princípio da interseção, esta é a unidade mais recente (interseta as restantes estruturas sem ser intersetada
por nenhuma outra).
3. (D). Pelo princípio da sobreposição de estratos, a unidade litológica B foi a primeira a depositar, seguindo-se a
unidade litológica A (ambas sofreram inclinação por ação da tectónica, ficando inclinadas a 55°). Posteriormente,
ocorreu a falha F1 (que as interseta), terminando com a intrusão da unidade C (princípio da interseção).
4. (B). A unidade C é a mais recente, pois interseta as unidades A e B e a falha F1.
5. (B). A falha F1 interseta as unidades litológicas A e B, sendo por isso mais recente do que estas.
6. Os fósseis de amonites (fósseis de idade) são indicativos da Era Mesozoica. Este tipo de datação, que tem por base
o conteúdo fossilífero das formações geológicas, constitui uma datação relativa. (Nota: São as diferentes espécies de
amonites que mais contribuem para uma datação relativa específica dos estratos que as contêm.)
7. Inicialmente ter-se-á depositado a unidade litológica B, com posterior deposição da unidade litológica A, sendo a
unidade B mais antiga do que a unidade A (princípio da sobreposição de estratos). Ambas se depositaram
horizontalmente (princípio da horizontalidade inicial), ficando com uma inclinação de 55° por ação da tectónica. Após
a deposição das primeiras unidades litológicas, ocorreu a falha F1, sendo esta mais recente do que as unidades
litológicas anteriores, uma vez que as interseta (princípio da interseção). Por fim, ocorreu a instalação do filão, que
corresponde à unidade litológica C, uma vez que esta estrutura filoniana interseta as unidades litológicas A e B, mas
também a própria falha, sendo por isso a estrutura mais recente nesta história geológica (princípio da interseção).

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Grupo V
1. (B). Os combustíveis fósseis formam-se por processos naturais, como a decomposição de organismos mortos.
Contêm alta quantidade de carbono, ficando aprisionados no interior da geosfera.
2. (C). Em média, a atmosfera contém cerca de: 78% de nitrogénio; 21% de oxigénio; 0,9% de árgon; 0,04% de dióxido
de carbono; e percentagem variável de vapor de água (< 1%).
3. (D). O carbono encontra-se na atmosfera e o mar integra a hidrosfera.
4. (A). Os períodos de aquecimento global permitem a subida da temperatura em latitudes mais elevadas, estando
associados ao aumento da concentração do CO2 na atmosfera, e conduz também ao degelo dos glaciares. Estas
condições são propícias ao desenvolvimento de espécies vegetais típicas de latitudes mais baixas. Os subsistemas
terrestres são abertos.
5. (A). O aumento na concentração de CO2 na atmosfera, um dos gases com efeito de estufa, contribui para a retenção
de radiação infravermelha, emitida pela superfície terrestre e absorvida pelos gases presentes na atmosfera. Como
consequência, parte do calor regressa à superfície, não sendo libertado para o Espaço. A subida de temperatura
provoca desequilíbrios na biosfera.
6. (B). O degelo dos glaciares contribui para a subida do nível médio das águas do mar, levando ao recuo da linha de
costa (transgressão marinha).
7. O dióxido de carbono é um gás que promove o efeito de estufa. Apesar do efeito de estufa ser um mecanismo
fundamental para a existência de vida na Terra (uma vez que permite a manutenção de uma temperatura adequada à
vida), o aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera promove uma maior retenção da radiação
emitida pela superfície terrestre e, como consequência, o aquecimento global.
8. (a) - (4); (b) - (5); (c) - (1); (d) - (2); (e) - (3).

Grupo VI
1. (C). Esta região diz respeito a um limite convergente, onde atuam forças compressivas que levam à destruição da
placa de Nazca (mais densa), que mergulha sob a placa Sul-Americana (menos densa).
2. (A). Esta região diz respeito a um limite divergente, com atuação de forças distensivas e formação de crosta
oceânica, devido à ascensão de materiais magmáticos.
3. (C). Esta região diz respeito a um limite de cisalhamento, com ocorrência de falhas transformantes, onde atuam
forças de cisalhamento. Trata-se de um limite conservativo caracterizado por uma forte atividade sísmica, devido aos
movimentos laterais dos blocos.
4. (B). O limite B assinala um limite divergente (rifle), onde atuam forças distensivas, com libertação de lava para ambos
os lados da dorsal e estiramento crustal. Esta zona é caracterizada por elevado magmatismo e elevada sismicidade.
5. (A). O limite C assinala um limite convergente oceano-continente. Neste local, a crusta oceânica, por estar distante
do rifte, é mais antiga e apresenta uma maior espessura de sedimentos provenientes da erosão das zonas emersas.
6. (A). O limite C refere-se a um limite convergente oceano-continente, no qual a crosta oceânica subducta por baixo
da continental, pelo facto de ser mais densa, uma vez que é constituída por minerais ferromagnesianos.
7. (a) - (4). Nos limites convergentes, onde atuam forças compressivas, tendo ambas as placas igual densidade, ocorre
elevação com formação de cadeias montanhosas (orogenia). (b) - (1). No limite convergente oceano-continente, a
placa oceânica (mais densa) é subductada, conduzindo à destruição de litosfera. (c) - (5). Nos limites convergentes
oceano-oceano, dada a elevada densidade de ambas as placas, ocorre subducção, levando à formação de regiões
profundas nos oceanos (fossas). (d) - (3). Nos limites divergentes, por ação de forças distensivas, ocorre formação de
crosta devido à saída de material no rifte. (e) - (2). Nos limites de cisalhamento, surgem falhas transformantes, não
ocorrendo formação nem destruição de litosfera (há conservação da litosfera).
8. Segundo a deriva continental de Alfred Wegener, os continentes deslocavam-se sobre os restantes materiais, tendo
estado no passado reunidos numa grande massa continental, a Pangeia. Este autor, apesar de se ter fundamentado
em diversos argumentos, deparou-se com imensos obstáculos, nomeadamente com a dificuldade em encontrar um
mecanismo que justificasse a movimentação lateral das massas continentais. De acordo com a teoria da tectónica de
placas, a litosfera encontra-se fragmentada em placas que se deslocam lateralmente, sendo as correntes de convecção
o motor geológico deste movimento. As correntes de convecção que ocorrem na astenosfera devem-se a diferenças
de densidade dos materiais rochosos, provocada pela variação de temperatura. Ao ascenderem, os materiais
arrefecem, aumentando a sua densidade. Com o aumento da profundidade, a subida da temperatura faz com que os
materiais rochosos se expandam, diminuindo a densidade (movimentos ascendentes).

Grupo VII
1. (A). É o mais recente pelo facto de intersetar todas as outras formações geológicas deste local.
2. (A). De acordo com o princípio da sobreposição dos estratos, a deposição de estratos ocorre sempre por ordem
cronológica, da base para o topo da coluna estratigráfica, por isso, estratos inferiores apresentam idade superior.
3. (A). A camada 14 apresenta idade superior à da rocha C, uma vez que é intersetada por esta, e inferior à idade da
rocha B.
4. (B). Na escala do tempo geológico, a Era Mesozoica está compreendida entre 252,17± 0,6 e 66 M.a. atrás,
aproximadamente.
5. (D). A camada 5 é intersetada pela rocha B, que tem 150 M.a., logo a camada 5 é mais antiga.
6. (B). A camada 21 é intersetada pela rocha A, que foi datada com 1 M.a., logo, é mais antiga que a rocha A.
7. (A). A descontinuidade D1 interseta a rocha B (150 M.a.) e é intersetada pela rocha C (75 M.a.). Apresenta, por isso,
uma idade intermédia relativamente a estas duas rochas.

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8. (C). A superfície de descontinuidade D2 interseta a rocha C (754 M.a.) e é anterior à rocha A (1 M.a.), apresentando,
por isso, uma idade intermédia relativamente a estas duas rochas.
9. (C). A descontinuidade D3 é mais antiga que a rocha A (1 M.a.), que a interseta, e mais recente que a rocha C (75
M.a.), que se depositou numa camada inferior.
10. (C). A falha F interseta a rocha C, que tem 75 milhões de anos, logo, tem idade inferior a esta.
11. (A). As linhas D1 e D2 representam discordâncias angulares, dada a relação geométrica entre os estratos, que
representa uma perturbação na sequência sedimentar, indicando mudanças nas condições de deposição.
12. F-E-B-D-C-A-G-H
Inicialmente terá ocorrido a deposição horizontal dos estratos 1-11, seguida de dobramento desta série por ação da
tectónica, o que se verifica no perfil geológico da figura pelos padrões curvilíneos destas camadas. Segue-se a intrusão
da rocha B, que interseta todas estas camadas, apresentado, por isso, idade posterior. Mudanças no ambiente levaram
à ocorrência de erosão nesta série, materializada pela superfície de discordância D1. Seguidamente, uma nova
alteração no ambiente conduz à deposição da série de estratos 12-17. A rocha C interseta todas as formações
anteriores, sendo, por isso, mais recente. A falha F interseta a rocha C e, devido a alterações no ambiente, ocorre
erosão das formações anteriores, originando a discordância D2. Por último, ocorre a intrusão da rocha A, o episódio
mais recente na história geológica desta região.
13. Inicialmente ter-se-ão depositado horizontalmente os estratos 1-11 (princípio da horizontalidade inicial), sendo o
estrato 1 mais antigo que o 11 (princípio da sobreposição de estratos), com posterior dobramento dos mesmos por
ação da tectónica. Após o dobramento destas unidades litológicas, ocorreu a intrusão B, sendo esta mais recente do
que as unidades litológicas supramencionadas, uma vez que as interseta (princípio da interseção). Seguidamente,
ocorreu erosão, que se verifica através da superfície de discordância D1. Posteriormente, ter-se-ão depositado os
estratos 12-17, sendo o estrato 12 mais antigo que o 17 (princípio da sobreposição de estratos). Após a deposição dos
estratos 12-17, os movimentos tectónicos causaram a inclinação das camadas 1-11 e 12-17. Verificou-se, depois, a
ocorrência da intrusão C, uma vez que interseta as unidades litológicas anteriores (princípio da interseção). Houve
ainda ocorrência de uma falha que interseta todas as unidades litológicas já descritas, sendo mais recente que as
mesmas (princípio da interseção). Seguidamente, ocorreu erosão, que se verifica através da superfície de discordância
D2. Após a discordância D2, ter-se-ão depositado os estratos 18 e 19, por esta ordem, seguidos de uma superfície de
descontinuidade D3. Após a deposição dos estratos 20 e 21, deu-se a intrusão A, que interseta as diferentes unidades
litológicas descritas, sendo, por isso, a estrutura mais recente da figura 1 (princípio da interseção).

Tema II: A Terra, um planeta muito especial


Grupo I
1. Qual é a localização da Via Láctea no Universo?
2. (C). A observação simultânea de várias galáxias permite perceber o seu movimento e o centro de gravidade à volta
do qual orbitam. O desvio para o vermelho permite perceber estes movimentos e aferir a localização da nossa galáxia.
3. (D). Junto do centro de gravidade orbitam os materiais mais densos. Os menos densos encontram-se mais afastados
e, por isso, demoram mais tempo a descrever uma órbita completa.
4. (A). As estrelas são astros com luz própria em cujo núcleo ocorrem reações nucleares que libertam energia que é
irradiada para o Espaço sideral.
5. C-A-E-D-B
A hipótese nebular reformulada procura explicar a formação do Sistema Solar a partir de uma nébula de gases e poeiras
que, devido à força gravítica, começou a contrair e a aumentar a sua velocidade de rotação, adquirindo uma forma
achatada. O aumento da massa no centro levou à formação de um protossol, bem como à condensação de materiais
e respetiva separação mineralógica (de acordo com a distância ao Sol), conduzindo à formação dos planetesimais.
Estes, devido às forças gravíticas, foram aumentando a massa à medida que atraíam corpos mais pequenos (acreção),
formando-se protoplanetas. Mais tarde, diferenciaram-se, originando planetas com diferentes características.
6. (a) - (1). Meteorito é a denominação atribuída a um meteoroide, formado por fragmentos de asteroides ou cometas
ou restos de planetas desintegrados, que alcança a superfície terrestre. (b) - (3). Também designado por satélite, é um
planeta que descreve translação em torno de outro planeta. (c) - (4). É um pequeno corpo do Sistema Solar que,
quando se aproxima do Sol, pode exibir cauda e cabeleira, devido ao degelo dos gases por aumento da temperatura.
Os cometas apresentam uma grande variedade de períodos orbitais, sendo geralmente a sua órbita muito excêntrica,
com periélio dentro da órbita dos planetas interiores e um afélio para lá de Plutão.
7. As condições do planeta Terra que permitem a existência de vida estão relacionadas com a existência de água no
estado líquido, uma distância adequada ao Sol e a existência de atmosfera que filtra a radiação ultravioleta e contribui
para a redução da amplitude térmica.
A Terra é um planeta geologicamente ativo, pois apresenta atividade geológica interna decorrente dos acontecimentos
que originaram o Sistema Solar e o planeta. A temperatura do interior da Terra foi-se elevando progressivamente
devido: à acumulação de calor no interior aquando da acreção; à compressão gravítica resultante do aumento de massa
dos planetas; e à desintegração radioativa de alguns dos elementos incorporados na altura da formação dos
planetesimais.

Grupo II
1. (C). A exosfera lunar é uma exosfera fina na qual os átomos nunca colidem, cuja origem está relacionada com os
ventos solares.
2. (D). A Lua não apresenta geodinâmica interna, sendo, por isso, considerada um planeta geologicamente inativo,
pelo que apenas pode ocorrer atividade vulcânica devido a causas externas (por exemplo, impacto meteorítico).

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3. (B). O anortosito é uma rocha magmática clara, rica em feldspatos e pobre em minerais máficos, sendo característico
dos continentes lunares.
4. (B). As anomalias gravimétricas positivas dizem respeito a variações nos valores de força gravítica registados à
superfície. Estas anomalias estão relacionadas com a presença de materiais rochosos de densidade elevada
(anomalias positivas).
5. (B). A Lua não apresenta atmosfera desenvolvida (exosfera), por isso, está mais sujeita aos impactos meteoríticos,
uma vez que a existência de uma atmosfera permite que muitos deles sejam vaporizados quando a atravessam, antes
de colidirem com a superfície.
6. C-E-D-A-B.
Colisão do meteorito na superfície lunar com formação de pequena depressão, gerando ondas de impacto. Estas
fraturam, fundem e provocam a ejeção de material. O impacto e as alterações do material levam ao aumento das
dimensões da cratera. Após descompressão, ocorre a sobrelevação do rebordo da cratera.
7. (A). A superfície lunar caracteriza-se pela existência de dois tipos de formações geomorfológicas, os mares e os
continentes, cuja designação se deve à sua similitude com a Terra. Os continentes apresentam uma cor clara, pois são
formados, essencialmente, por anortositos, rochas de cor clara que refletem a luz incidente proveniente do Sol,
enquanto os mares lunares devem o seu nome não há presença de água líquida, mas ao seu aspeto escuro e relevo
plano, relembrando o aspeto calmo e escuro dos oceanos terrestres. Os mares lunares são constituídos por basalto,
rocha formada por minerais ferromagnesianos que apresentam cor escura.
8. (C). O albedo, ou coeficiente de reflexão, refere-se ao poder de reflexão de uma superfície, sendo tanto maior quanto
maior é a radiação refletida pela superfície. Os continentes apresentam rochas de cor clara, por exemplo, anortosito,
sendo, por isso, o albedo superior, quando comparado com os mares lunares de cor escura.
9. A superfície lunar é formada por rochas magmáticas e por uma camada de fragmentos rochosos não consolidados,
designada por rególito lunar. A espessura deste rególito varia desde os 5 m (nos mares) aos 10 m (nos continentes).
Uma vez que a Lua não tem atmosfera, as rochas lunares são expostas ao bombardeamento de micrometeoritos e à
radiação solar. O extenso bombardeamento meteorítico, que continua atualmente, pode provocar a fragmentação do
solo lunar e também a sua fusão.
10. A Lua é um planeta com massa reduzida, com cerca de um sexto da aceleração gravitacional terrestre, o que
dificulta a retenção dos gases na atmosfera, pelo que se considera que a Lua é um planeta sem atmosfera ou, como
refere o texto, com uma atmosfera muito fina (exosfera). Por este facto, não existem na Lua fenómenos de erosão, por
oposição ao planeta Terra, onde a geodinâmica externa é modeladora da superfície do planeta. Assim, uma vez que
não há erosão na Lua, as crateras de impacto permanecem inalteradas, o que não acontece na superfície terrestre.

Grupo III
1. (B). A datação radiométrica baseia-se na determinação da quantidade relativa de um dado par de isótopo-
pai/isótopo-filho. O estudo dos meteoritos, particularmente daqueles que resultam da fragmentação de corpos
indiferenciados, permite avaliar a idade aproximada da formação do Sistema Solar.
2. (A). Marte é um planeta rochoso, semelhante à Terra, sendo, por isso, designado por telúrico, e apresenta um
diâmetro inferior ao da Terra.
3. (B). As rochas apresentam, na sua composição, isótopos instáveis. Assim, à medida que o tempo passa, os isótopos-
pais vão-se transformando em isótopos-filhos.
4. (B). O impacto meteorítico é responsável pela formação de crateras de impacto, onde surgem rochas
metamorfizadas devido ao aumento de pressão e temperatura, causado aquando do impacto.
5. B-D-C-A-E
A fragmentação de corpos da cintura de asteroides originou um meteorito que colidiu com Marte. Desta colisão com
Marte foi ejetado material em rota de colisão com o planeta Terra. Ao entrar na Terra, devido à interação com a
atmosfera, o meteorito marciano foi parcialmente vaporizado. Quando atingiu a superfície terrestre, foi responsável
pela formação de uma cratera de impacto.
6. (C). Os meteoritos podem ter origem na cintura de asteroides, que é uma região do Sistema Solar compreendida,
aproximadamente, entre as órbitas de Marte e Júpiter.
7. (a) - (1). Siderito é um meteorito ferroso ou metálico, cuja composição apresenta uma elevada percentagem de ferro
(Fe) e níquel (Ni), podendo ser o resultado dos núcleos de antigos asteroides. (b) - (5). Os cometas são os astros mais
primitivos do Sistema Solar, com forma esferoidal e constituídos essencialmente por gelo e rochas. São distintos dos
asteroides, pois, devido às suas órbitas, podem apresentar cauda quando se aproximam do Sol. (c) - (3). Os acondritos
apresentam uma composição mineralógica essencialmente silicatada, nos quais não são visíveis côndrulos, e possuem
uma textura mais grosseira que os condritos.
8. (B). Durante a formação do Sistema Solar, o material mais denso desloca-se para o centro da nuvem em rotação,
que se compacta, tornando-se mais densa e quente e originando a protoestrela.
9. A atmosfera primitiva era constituída por gases oriundos da atividade vulcânica, por exemplo, metano, amónia,
dióxido de carbono e vapor de água. A inexistência de oxigénio e da camada de ozono impedia que a vida colonizasse
o ambiente terrestre, que seria, na época, muito hostil.
A partir do momento que começou a ser libertado oxigénio pelos seres fotossintéticos que viviam em meio aquático,
as reações que ocorreram entre as moléculas deste gás permitiram a formação da camada de ozono (O3), importante
para filtrar as radiações ultravioleta que, a par da redução da atividade vulcânica, permitiram a conquista, pela vida, do
meio terrestre.

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Grupo IV
1. (D). Pela observação do gráfico, é possível verificar que o século XX, até à atualidade, foi um dos períodos de maior
desflorestação, considerada excessiva, nomeadamente porque conduziu à perda de biodiversidade por destruição ou
fragmentação de habitats.
2. (B). Pela análise da figura 1, é percetível que a concentração de dióxido de carbono e metano aumentou ligeiramente
com a proliferação da atividade agrícola e da pecuária. No entanto, essas atividades desenvolveram-se muito antes da
Era Industrial. Na Era Industrial, tem início a utilização da máquina a vapor (cujo combustível é o carvão), ocorrendo
mais emissões de CO2 e do CH4 devido à queima de combustíveis fósseis.
3. (D). O efeito de estufa é essencial à manutenção das condições ideais à vida na Terra. A radiação que é absorvida
(proveniente do Sol) fica depois parcialmente retida na atmosfera, diminuindo a amplitude térmica do planeta,
contrariamente ao que acontece nos planetas sem atmosfera.
4. (D). O aumento da concentração de CO2 atingiu um valor máximo na Revolução Industrial, com a queima dos
combustíveis fósseis.
A desflorestação leva a que os solos estejam menos protegidos (quer pela copa das árvores quer pelas raízes, que
podem funcionar como elementos agregadores dos solos) e, por isso, mais suscetíveis à erosão (quer por ação do
vento quer por ação da água - chuvas).
5. D-E-B-C-A
O CO2, gás com efeito de estufa, combinado com o aumento da pressão atmosférica e com o vapor de água, origina
ácido carbónico (H2CO3). Este ácido dissocia-se nos seus iões constituintes, conduzindo à redução do pH da chuva e
consequente acidificação dos oceanos.
6. O desenvolvimento sustentável pressupõe uma gestão equilibrada dos recursos. Pela análise da figura 1 é percetível
que o desenvolvimento da agricultura e da pecuária deu também início ao aumento da concentração de CO 2 e CH4 na
atmosfera, mas também provocou o aumento da erosão dos solos, consequência da desflorestação necessária para a
abertura de campos de cultivo. O desbravamento das florestas favorece a erosão, uma vez que as raízes funcionam
como elementos agregadores do solo. Como consequência, as alterações ambientais poderão ser tão profundas (por
exemplo, aumento do efeito de estufa) que interferirão com a capacidade das gerações futuras suprirem as suas
necessidades.
7. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (3); (d) - (2); (e) - (4).

Grupo V
1. (C). Os recursos não renováveis são recursos naturais que não podem ser regenerados ou utilizados a uma escala
que possa sustentar a sua taxa de consumo.
2. (C). A queima de combustíveis fósseis contribui para a libertação de toneladas de dióxido de carbono anualmente,
um dos principais gases de efeito de estufa.
3. (A). Conforme a análise da figura 1.
4. (D). Conforma a análise da figura 2.
5. (B). Entende-se por poluição a introdução pelo ser humano, direta ou indiretamente, de substâncias ou energia no
ambiente, provocando alterações no seu equilíbrio.
6. O desenvolvimento sustentável pressupõe uma gestão de recursos naturais que garanta as necessidades das
gerações atuais sem comprometer a capacidade de as gerações futuras colmatarem as suas necessidades. Assim, os
recursos devem ser utilizados e explorados tendo em consideração a sua capacidade de regeneração. Não obstante
esta preocupação ambiental, o desenvolvimento sustentável engloba ainda a componente social e económica,
correspondendo a pilares em que a ação humana é responsável pela manutenção de um equilíbrio global.
Para que o desenvolvimento sustentável seja possível, devem criar-se políticas de incentivo à utilização de energias
limpas, promover-se campanhas de sensibilização para a reciclagem, criar-se reservas ecológicas com vista à proteção
da biodiversidade, entre outras. Desta forma, a exploração de recursos será mais equilibrada, diminuindo os impactes
sobre os subsistemas terrestres, e serão favorecidas e incentivadas políticas "verdes".
7. A acumulação dos referidos gases na atmosfera (dióxido de enxofre, nitratos, etc.) poderá causar a formação de
chuvas ácidas, que por sua vez poderão levar à acidificação dos oceanos, lagos e lagoas (hidrosfera). Nestes locais
de águas paradas (lagos e lagoas), os efeitos da acidificação são mais profundos, podendo levar à morte de alguns
dos seres vivos que aí habitem, e, por consequência, à perda de biodiversidade (biosfera). As chuvas ácidas aceleram
ainda o processo de meteorização química, nomeadamente ao nível das paisagens cársicas (geosfera).

Tema III: Compreender a estrutura e a dinâmica da geosfera


Grupo I
1. As sondagens permitem-nos conhecer o interior da Terra, através de carotes de sondagem resultantes das
perfurações, recolhendo dados a grandes profundidades. Consegue-se, pois, conhecer a constituição litológica do local
a grande profundidade, a idade dessas litologias e até aferir a presença de estruturas geológicas, como dobras e falhas.
Permitem também detetar a presença de formas de vida a elevadas profundidades, organismos esses que vivem em
direta associação com o substrato, interagindo com o mesmo e conseguindo sobreviver sob condições extremas
(interação geosfera-biosfera).
2. (C). Os métodos diretos permitem obter dados através da observação direta da Terra. Os principais métodos diretos
para o estudo do interior da Terra são: sondagens, magmas e xenólitos, minas e escavações, pedreiras e o estudo da
superfície visível (cortes de estrada, afloramentos rochosos).

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3. (B). O local onde a sondagem foi realizada corresponde a uma zona de subducção. As zonas de subducção são
responsáveis pelos terramotos mais destrutivos e pela formação de tsunamis. Neste local ocorre destruição de crosta
oceânica.
4. (D). As sondagens apresentam algumas limitações e desvantagens: problemas técnicos, devido à fraca resistência
dos materiais a elevadas temperaturas, gastos económicos elevados e impactes negativos na geosfera.
5. (A). Quanto maior o raio do planeta, menor a intensidade da força gravítica.
6. (B). A mola do gravímetro tem uma distensão que é diretamente proporcional à força gravítica, que é tanto maior
quanto maior a densidade dos corpos num dado local.
7. (C). Com o aumento da profundidade, ao nível da litosfera, a variação da temperatura aumenta com a profundidade,
por isso, o gradiente geotérmico tende a aumentar e o grau geotérmico (número de metros que é necessário descer
para que a temperatura aumente 1 ºC) diminui.
8. (B). Nos hotspots, o fluxo térmico é elevado e, por isso, o número de metros que é necessário descer para que a
temperatura aumente 1 °C é reduzido. Nas zonas tectonicamente estáveis verifica-se o inverso.
9. (a) - (1); (b) - (3); (c) - (5).
10. A gravimetria mede as variações do campo gravitacional terrestre, utilizando aparelhos especiais, denominados
gravímetros. Os gravímetros são constituídos por uma mola com uma massa colocada na extremidade da mola. A
diferença entre os valores da constante gravitacional numa determinada zona (medidos através de gravímetros) e os
valores teoricamente calculados para essa mesma zona constitui uma anomalia gravimétrica. A gravimetria serve de
base à prospeção mineira, por permitir localizar, em profundidade, massas de maior densidade (anomalias positivas),
provavelmente formadas por minérios metálicos com interesse económico (ouro, por exemplo), ou massas de menor
densidade (anomalias negativas) (halite, por exemplo), que constituem, igualmente, material com potencial para ser
explorado, cuja exploração seja economicamente viável.

Grupo II
1. (D). A gravimetria é um método indireto de estudo do interior da Terra que se baseia nas medições de forças
gravíticas através de gravímetros. A evolução das massas de gelo pode ser acompanhada com base na variação local
da gravimetria.
2. (A). A Islândia está localizada sobre um rifle e a sua génese está também relacionada com uma pluma mantélica.
Nos limites divergentes registam-se anomalias gravimétricas positivas, pelo facto de os materiais rochosos
apresentarem uma maior percentagem de minerais ferromagnesianos. Segundo o documento, a erupção vulcânica de
2010 pode ter tido origem no degelo dos glaciares, cuja redução da pressão sobre o vulcão terá conduzido à sua
erupção.
3. (C). O degelo do glaciar na Islândia provoca um alívio de carga sobre esta região. Um processo inverso ocorre devido
à remoção do gelo - movimentos isostáticos responsável pelo estado de equilíbrio gravitacional entre a litosfera e a
astenosfera da Terra. Assim, a Islândia eleva-se, expondo as terras mais baixas.
4. (A). A primeira fase de erupção do vulcão Eyjafial-lajõokull assumiu um carácter efusivo do estilo havaiano, que
originou a libertação de lavas. A erupção efusiva caracteriza-se pela emissão de lavas fluidas, que permitem a
libertação suave de gases.
5. (A). A Islândia é atravessada por um rifte, fratura acompanhada por um afastamento em direções opostas das placas
litosféricas. Uma vez que o rifte apresenta uma orientação aproximada NE-SW, então, a expansão crustal ocorre na
direção perpendicular NW-SE.
6. (B). As rochas basálticas resultam do arrefecimento de lava à superfície. Durante esse arrefecimento, os minerais
ferromagnesianos alinham-se de acordo com o campo magnético atual (polaridade normal). Em relação ao rifte, existe
um padrão de simetria na crosta. No entanto, isso não significa que rochas com a mesma polaridade apresentem a
mesma idade, pois ao longo da História da Terra ocorreram vários momentos de inversão do campo magnético. O rifte
está associado a um limite divergente, onde se forma crosta oceânica.
7. (D). O vulcanismo da Islândia está associado a um limite divergente que separa duas placas tectónicas (interplaca).
Neste local, o fluxo térmico é elevado e o número de metros que é necessário aprofundar para que a temperatura
aumente 1 0C é baixo (baixo grau geotérmico).
8. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (3).
9. Isostasia/Reajustamentos isostáticos.
10. A Islândia está localizada sobre uma crista oceânica (rifte), uma zona de vulcanismo ativo, correspondente a um
limite tectónico divergente, construtivo, onde ocorrem forças tectónicas distensivas. Neste contexto, ascendem
magmas de composição basáltica, ricos em minerais ferromagnesianos e pobres em sílica, responsáveis pelo carácter
efusivo das erupções vulcânicas.
Sob a Islândia existe ainda um ponto quente que é alimentado por magma basáltico, relacionado com erupções
efusivas.
Contudo, a erupção vulcânica registada em 2010 assumiu manifestamente um carácter mais explosivo, possivelmente
pelo facto de ter ocorrido a mistura de magmas básicos com magmas mais ricos em sílica. O aumento do teor em sílica
do magma resultante tornou-o mais viscoso, situação que dificulta a libertação dos gases e que torna as erupções mais
violentas, com emissão de lavas ácidas, piroclastos e gases.

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Grupo III
1. (A). O vulcão A está associado ao limite divergente, onde atuam forças distensivas associadas à instalação de um
rifte. Neste local ascende magma de composição basáltica, rico em minerais ferromagnesianos e pobre em minerais
silicatados. Apresenta, por isso, uma composição básica, com baixa fração volátil.
2. (D). O vulcão 13 está associado ao limite convergente, onde atuam forças compressivas associadas a uma zona de
subducção, em que a crosta oceânica mergulha sob a crosta continental. Resulta a formação de um magma de
composição intermédia ou ácida com gases.
3. (A). Por análise dos dados do diagrama 1.
4. (C). O peridotito do local Y foi hidratado na sequência da presença de água, durante a subducção. A presença de
água no magma faz baixar o ponto de fusão dos minerais (exceto em zonas de baixa pressão, por exemplo, próximo
da superfície, o que não é o caso).
5. (B). Em termos gerais, a variação da temperatura diminui com a profundidade. No manto inferior, o aumento da
temperatura faz-se a um nível mais lento do que no manto superior. Assim, nesta zona, o gradiente geotérmico diminui.
6. (C). Zonas de vulcanismo secundário são caracterizadas por elevado fluxo térmico. Note-se que as sulfataras emitem
dióxido de enxofre e não dióxido de carbono.
7. (A). A localidade Y é uma zona de subducção, com mergulho da camada mais densa. Devido ao aumento da pressão
e da temperatura, ocorrem fenómenos de metamorfismo.
8. B-D-A-E-C
O peridotito anidro localizado abaixo do rifte ascende devido à ação de correntes de convecção, fundindo aos 1200 ºC,
conforme a análise do diagrama 1. O magma ascende, originando erupções do tipo efusivo.
9. A corrente elétrica que se gera no núcleo externo cria o campo geomagnético e, por vezes, gera perturbações na
fronteira núcleo externo/manto inferior, originando plumas térmicas que ficam ancoradas no manto. Estas últimas são,
geralmente, responsáveis pelo vulcanismo intraplaca, cujo magma veio das profundezas da Terra. O vulcanismo tende
a ser efusivo e/ou misto, sendo mais frequentes as lavas básicas ou intermédias, com tendência para serem fluidas e
com libertação de poucos gases.

Grupo IV
1. (B). As rochas jovens dos rifles têm sempre polaridade normal, porque correspondem a zonas com polaridade atual
(note-se que o local B corresponde ao local onde na atualidade está a ocorrer a ascensão de lava). A banda C tem a
mesma cor que a banda B, indicando que tem igual polaridade.
2. (A). A litosfera oceânica corresponde ao conjunto formado pela crosta oceânica e a parte superior do manto superior
que se encontra acima da astenosfera.
3. (B). A crosta oceânica corresponde à camada superficial da Terra, coberta por oceano, que se encontra acima do
manto superior.
4. (C). Apresentam igual polaridade porque estão representadas com a mesma cor, tendo a banda C uma idade mais
antiga que a banda B. Quanto mais afastada do rifte, mais antiga é a banda.
5. (C). Na zona de rifte há uma constante saída de lava que se estende por ambos os lados da dorsal, criando nova
crosta. Nas zonas de subducção, a crosta é destruída, auxiliando na manutenção do volume terrestre constante.
6. (B). A zona de rifte corresponde à ascensão de lava básica (relembre-se que o peridotito é ultrabásico, mas, ao
ascender, capta alguma sílica das rochas encaixantes), que se caracteriza por manifestações vulcânicas não
explosivas e com lava fluida.
7. (C). A polaridade resulta da magnetização dos minerais constituintes da rocha. Igual polaridade significa que as
bandas têm minerais com orientações magnéticas idênticas.
8. (A). A astenosfera corresponde a uma zona do manto superior abaixo da litosfera, onde o material rochoso se
encontra num estado de menor rigidez. Este facto faz com que seja referida como uma zona em estado plástico.
9. A banda magnética B encontra-se a uma cota superior porque se localiza na dorsal oceânica, isto é, muito próximo
da zona de rifte. Essa zona, devido às temperaturas altas que fazem baixar a densidade dos materiais, encontra-se
elevada, formando as maiores cadeias montanhosas. Por sua vez, à medida que se vai formando nova crosta oceânica,
o material já solidificado afasta-se do rifte, atingindo maior profundidade (menor cota), como é o caso do local C, já que
a temperatura vai diminuindo, fazendo aumentar a densidade dos materiais.
10. A-C-B-D-E
(A) Ascensão de magma basáltico na zona de rifte com arrefecimento das rochas e aquisição de polaridade normal,
mas que na atualidade, devido à inversão de campo magnético (C) que ocorreu, será inversa (B). Assim, a segunda
fase eruptiva (D) leva à ascensão de lava, que se magnetiza com polaridade atual, ou seja, polaridade normal (E).
11. (a) - (4); (b) - (2); (c) - (3).

Grupo V
1. (B). As ondas P e S têm comportamentos específicos, consoante a rigidez dos meios que atravessam, tendo
auxiliado a compreender a estrutura interna da Terra.
2. (B). Definição da descontinuidade química e física de Gutenberg.
3. (A). Definição da descontinuidade física de Lehmann. O núcleo interno, por se encontrar no estado sólido, permite
um aumento da propagação das ondas P relativamente ao núcleo externo líquido.
4. (B). As forças de convecção da astenosfera serão o motor do movimento das placas tectónicas.
5. (C). A descontinuidade de Gutenberg, que se regista entre o manto e o núcleo externo, corresponde a uma
descontinuidade física e química dos materiais.

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6. (B). As zonas de sombra são zonas da superfície terrestre onde, para um determinado sismo, não é possível registar
ondas sísmicas diretas. A distância desta zona ao epicentro, expressa em função do ângulo epicentral, fica
compreendida entre os 103° e os 142°. As ondas P, tangentes ao núcleo externo, emergem até à distância de 103° e
as que entram no núcleo são refratadas, indo emergir a distâncias iguais ou superiores a 142°.
7. (a) - (4); (b) - (3); (c) - (7); (d) - (2); (e) - (6).
8. (A). O modelo geoquímico baseia-se na composição química e não nas propriedades físicas dos materiais, logo,
refere-se à crosta, ao manto e ao núcleo.
9. A velocidade das ondas sísmicas varia com a profundidade, visto que aumenta com a rigidez e diminui com o
aumento da densidade. Este facto permitiu detetar superfícies de descontinuidade que separavam materiais com
diferentes propriedades.
Assim foi identificada a descontinuidade de Moho, que separa a crosta do manto, devido à existência de materiais de
composição e propriedades físicas diferentes. A descontinuidade de Gutenberg, devido ao aparecimento de uma zona
de sombra sísmica resultante da separação do manto sólido para o núcleo externo líquido, traduz-se por diferentes
propriedades elásticas nos materiais do manto e núcleo externo.
A descontinuidade de Lehmann, que separa o núcleo externo do núcleo interno, foi assinalada devido ao aparecimento
de registos de ondas P, o que indica um novo aumento de rigidez dos materiais.

Grupo VI
1. (B). Um abalo premonitório corresponde a um pequeno sismo que antecede o sismo principal.
2. (B). A resposta encontra-se na observação das isossistas da figura 1.
3. (C). A resposta encontra-se na observação das isossistas da figura 1.
4. (C). A resposta corresponde à definição das ondas P e S.
5. (B). Um tsunami provoca um movimento súbito de uma coluna de água, em que a circulação ocorre da superfície
para o fundo do mar, o que implica que a sua velocidade esteja relacionada com a profundidade. À medida que a onda
se aproxima da terra, alcança águas mais superficiais, aumentando a amplitude e diminuindo o comprimento.
6. (D). O foco foi no oceano e o sismo ocorreu porque os materiais fraturaram, isto é, ultrapassaram o seu limite de
fragilidade. Após a fratura ocorreu movimento dos materiais, com libertação de energia, originando um sismo.
7. B-C-D-E-A
O movimento lento das placas tectónicas e a consequente acumulação de energia (B) provocam, inicialmente, a
deformação elástica dos materiais rochosos (C). Quando as rochas atingem o limite de acumulação de energia (D),
fraturam (E) e geram um sismo, devido à libertação de grandes quantidades de energia (A).
8. A intensidade de um sismo avalia os danos causados pelo mesmo às populações e é definido com base nos relatos
efetuados pelas pessoas que presenciaram o fenómeno. A intensidade sísmica depende não só da magnitude do sismo
mas também de outros fatores, como a distância ao epicentro, o tipo de construção das habitações, o tipo de solo por
onde se propaga o sismo e a densidade populacional. A Escala Macrossísmica Europeia é uma das escalas de
intensidade mais utilizadas em Portugal, que substitui a escala de Mercalli e pretende avaliar os efeitos de um sismo
sobre as construções e a topografia. A escala é graduada de I a XII, em que os sismos de grau I não são sentidos pelo
ser humano e os de grau XII provocam a destruição total da paisagem.

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Unidade 0 - Diversidade na biosfera


Grupo I
1. (C). Na rede trófica representada, o fitoplâncton (primeiro nível trófico) é a fonte de matéria do zooplâncton (segundo nível trófico).
Como o zooplâncton se alimenta exclusivamente do fitoplâncton, se ocorrer uma queda abrupta na quantidade de fitoplâncton dis -
ponível, tornar-se-á mais difícil para o zooplâncton alimentar-se, podendo mesmo levar à diminuição da quantidade de animais
planctónicos presentes neste ecossistema.
2. (B). Na rede trófica representada, o fitoplâncton (primeiro nível trófico) é a fonte de matéria do zooplâncton (segundo nível trófico).
3. (A). Uma comunidade ecológica corresponde à totalidade dos organismos vivos que fazem parte do mesmo ecossistema,
interagindo entre si. Assim, as esponjas e os peixes da espécie Scarus frenatus pertencem a diferentes espécies e populações, mas
fazem parte da mesma comunidade, uma vez que coabitam no mesmo ecossistema.
4. (D). Sob o ponto de vista biológico, uma espécie é um grupo natural constituído pelo conjunto de populações cujos indivíduos,
com o mesmo fundo genético, são morfologicamente semelhantes e podem cruzar-se entre si, real ou virtualmente, originando
descendentes férteis. Por sua vez, uma população consiste no conjunto de indivíduos da mesma espécie a habitar num dado local,
isto é, que pertencem a um mesmo ecossistema. Assim, os indivíduos Scarus frenatus encontrados nos recifes de coral do Pacífico
e os indivíduos encontrados no oceano Índico pertencem à mesma espécie, mas, por se encontrarem em diferentes ecossistemas,
constituem duas populações distintas.
5. (B). Nesta teia alimentar, as bactérias, seres decompositores, permitem que o percurso da matéria seja cíclico, ao degradarem a
matéria orgânica e ao devolverem o material inorgânico ao meio abiótico. As algas, seres produtores, transformam a energia
luminosa em energia química, permitindo a introdução da energia no ecossistema. Ao longo de uma cadeia alimentar, a energia vai-
se perdendo de nível trófico em nível trófico, sendo o fluxo de energia unidirecional.
6. (B). As células bacterianas, células procarióticas, possuem uma organização celular muito simples, possuindo material genético,
um citoplasma, ribossomas (para síntese proteica) e membrana celular. Quase todas as bactérias possuem também parede celular,
mas existem algumas que não possuem parede, sendo, por isso,
muito frágeis. As células eucarióticas, por seu lado, têm uma organização mais complexa, possuindo diversos organelos
membranares e podendo, também, apresentar (ou não) parede celular (as células animais não possuem parede; as células vegetais
possuem parede). Além dos diversos organelos, possuem sempre material genético, citoplasma, ribossomas e membrana celular.
7. (A) Numa cadeia trófica, não é possível reciclar energia, que tem fluxo unidirecional; apenas se pode reciclar a matéria (fluxo
cíclico). Na rede trófica representada, as esponjas alimentam-se de zooplâncton, organismos de pequenas dimensões que se
alimentam de fitoplâncton (produtor), sendo, por isso, consumidores de primeira ordem. Tanto as algas como o fitoplâncton são
capazes de realizar fotossíntese, sendo, por isso, os primeiros organismos a introduzirem energia no ecossistema e constituindo os
produtores desta rede trófica.
8. É considerada invasora qualquer espécie não indígena que desequilibre a estrutura ou o funcionamento de um sistema ecológico,
tornando-se uma praga.
As condições favoráveis encontradas pela espécie invasora que compete com os corais permitem o seu sobre desenvolvimento
(praga/espécie exótica infestante). O excesso de população interfere no equilíbrio das espécies nativas, levando ao acentuar da
competição com os corais, com consequente diminuição da população de corais, podendo mesmo levar à sua destruição.
Uma vez que Scarus frenatus se alimenta exclusivamente de corais, uma redução na população de corais levará inevitavelmente a
uma diminuição do número de indivíduos de S. frenatus, podendo mesmo causar a sua extinção. Se a população de S. frenatus
desaparecer, a população de Corcharhinus ornblyrhynchos poderá ser afetada, o que causará alterações profundas na dinâmica
deste ecossistema. Se o predador de topo desaparecer, os consumidores de primeira e segunda ordens tendem a proliferar,
alterando-se todo o equilíbrio do ecossistema.
A introdução da espécie invasora, em última análise, poderá levar à rutura total do ecossistema.

Grupo II
1. (B) É considerada invasora qualquer espécie não indígena que desequilibre a estrutura ou o funcionamento de um sistema
ecológico.
2. (A). As espécies invasoras causam impactes negativos na estrutura do ecossistema, nomeadamente através da utilização dos
recursos necessários à sobrevivência das espécies nativas, da introdução de doenças, da predação e da competição por alimento
e/ou espaço, podendo levar à redução das populações nativas.
3. (C) Corbicula fluminea, que se alimenta a partir da filtração da água, tem como habitat preferencial lagos ou rios, sendo beneficiada
por correntes fortes, uma vez que fornece uma constante fonte de alimento. Procambarus clarkii é uma espécie de lagostim carnívora
que se alimenta de larvas de insetos e gastrópodes (caracóis). C. fluminea e P. clarkii não competem por alimento nem por espaço
(uma vez que o bivalve vive fixo ao substrato e o lagostim é um organismo de vida móvel, podendo deslocar-se para outros locais).
C. fluminea irá, contudo, competir por alimento e por espaço com outras espécies sésseis (de vida fixa ao substrato) e filtradoras
(competição intraespecífica).
4. (A). No estuário do rio Minho, P. clarkii e C. fluminea fazem parte do mesmo ecossistema e, por isso, da mesma comunidade. No
entanto, pertencem a espécies diferentes.
5. (D) Pela análise da figura 1, que representa parte do estuário do rio Minho, é percetível que as estações de amostragem M1, M2,
M3 e M4 estão, sequencialmente, a afastar-se da foz, caminhando para a nascente do rio. Assim, M1 será o local de amostragem
com maior salinidade (por se encontrar mais próximo da foz) e M4 o local de menor salinidade.
6. (A) Pela análise da figura 2, é possível identificar uma maior densidade populacional de C. fluminea no local M4, diminuindo
gradualmente à medida que aumenta a salinidade dos locais de amostragem. Pode, por isso, concluir-se que esta espécie está mais
bem adaptada a ambientes de baixa salinidade.
7. (B) A extinção de uma espécie consiste na redução gradual do número de indivíduos até ao seu desaparecimento em todos os
ecossistemas. Estes fenómenos de extinção estão geralmente associados a alterações climáticas e geológicas e, na história mais
recente, também a causas antrópicas. As políticas de conservação incidem sobre a preservação e proteção da espécie e também
do seu habitat.
Considerando os dados da figura 1, é possível concluir que os locais de amostragem M1, M2, M3 e M4 representam um gradiente
de salinidade, em que M1 é o que apresenta maior nível de salinidade e M4 é o local com menor salinidade.
Assim, e conjugando os dados de ambas as figuras, é possível aferir que a salinidade condiciona a densidade populacional de C.
fluminea, sendo os níveis elevados de salinidade desfavoráveis ao desenvolvimento populacional da referida espécie. Tal conclusão
é corroborada pelos dados da figura 2A, onde é percetível uma menor densidade populacional no local M1 e uma densidade
populacional máxima no local M4 (para os pontos de amostragem do estudo).

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Por outro lado, a relação entre a salinidade e o crescimento, dos indivíduos não parece ser evidente, podendo apenas afirmar-se
que níveis de salinidade muito elevados, como os registados em M1, parecem afetar o crescimento dos indivíduos (figura 2B, local
de amostragem M1). No entanto, para os restantes locais de amostragem não parece existir relação entre a salinidade e o
crescimento, uma vez que os níveis de crescimento para M2, M3 e M4 são semelhantes. Note-se que M2 é a estação que apresenta
o maior comprimento médio de indivíduos (embora apenas ligeiramente superior aos registos de M3 e M4), mas é também aquela
cujo desvio-padrão é mais acentuado, o que indica uma grande variabilidade no tamanho dos indivíduos incluídos nessa amostra.
9. A diferença significativa dos tamanhos das conchas de lagoa e de rio deve-se, sobretudo, à maior abundância de alimento nos
ambientes lacustres, já que são zonas preferenciais de decomposição/sedimentação e estão sujeitas a menores perturbações
antrópicas, como poluição, extração de inertes, regularização de caudais, entre outras.
10. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (6).

Grupo III
1. (A). Os aminoácidos são os monómeros constituintes das proteínas. Tratam-se de compostos quaternários em que além do C, H
e O possuem também N (nitrogénio). Os aminoácidos apresentam um grupo carboxilo (COOH) e um grupo amina (NH 2). Os
polipeptídeos resultam do estabelecimento de ligações peptídicas entre os aminoácidos (reação anabólica).
2. (D). A figura 1b2) diz respeito ao ácido nucleico DNA, que resulta da junção de vários desoxirribonucleótidos por ligações
fosfodiéster. Os nucleótidos que entram na constituição da molécula de DNA são formados por um grupo fosfato, uma pentose (a
desoxirribose) e uma base azotada. A desoxirribose distingue-se da ribose pelo facto de apresentar ligados ao carbono 2' dois
átomos de hidrogénio e ao carbono 3' um grupo OH e um átomo de hidrogénio. Ao contrário da desoxirribose, a ribose apresenta
ligados em ambos os carbonos 2' e 3' um átomo de hidrogénio e um grupo OH.
3. (D). A figura representa moléculas de água formadas por um átomo de oxigénio e dois de hidrogénio, ligados ao primeiro por
ligações covalentes. Entre as moléculas de água estabelecem-se ligações por pontes de hidrogénio, cujo número é função inversa
da temperatura, isto é, no estado sólido estabelecem entre si o número máximo de pontes, assumindo um arranjo hexagonal, o que
obriga a um maior distanciamento das moléculas do que no estado líquido, explicando o aumento de volume do gelo.
4. (A) A figura 3a) representa uma reação anabólica, de síntese, polimerização ou condensação, em que, a partir de moléculas mais
simples, resultam moléculas mais complexas, libertando-se uma molécula de água. É uma reação endoenergética. A figura 3b)
evidencia uma reação catabólica, de rotura, despolimerização ou hidrólise, em que, a partir de moléculas mais complexas, resultam
moléculas mais simples, consumindo-se água. É uma reação exoenergética.
5. (D). A figura evidencia a união de dois aminoácidos por uma ligação peptídica que se estabelece entre o grupo carboxilo de um
aminoácido e o grupo amina de outro aminoácido, com libertação de água (reação anabólica).
6. (C) O radical R1 representa CH3, tal como evidenciado na estrutura do aminoácido representado. Os radicais permitem diferenciar
os aminoácidos uns dos outros e a sua polaridade permite agrupá-los em diferentes classes.
7. (B) A figura 4 evidencia a fusão de dois aminoácidos por uma ligação peptídica, com libertação de uma molécula de água. Trata-
se, por isso, de uma reação anabólica. A síntese proteica ocorre ao nível dos ribossomas, através da informação genética que a
eles chega a partir do DNA transcrito na forma de RNA mensageiro.
8. (B). A formação de açúcares está evidenciada na figura 1c2), a partir do estabelecimento de ligações glicosídicas entre moléculas
de glicose (hexoses). Na figura 3a) está representada a ligação entre duas moléculas de glicose, constituindo um dissacarídeo, a
maltose.
9. O pH do leite torna-se mais ácido quando é adicionado limão. A diminuição do pH (maior acidez) leva as proteínas a perderem a
sua estrutura, tornando-se incapazes de cumprir as suas funções biológicas, isto é, ocorre a desnaturação das proteínas. As
proteínas do leite, após desnaturação, rearranjam-se e solidificam, formando o coalho.
10. A-D-E-C-B
Para a síntese de uma proteína, são necessários aminoácidos livres no citoplasma das células, que se tratam de moléculas
assimétricas, possuindo um grupo amino (NH2) e um grupo carboxilo (COOH), unidos entre si por uma cadeia lateral (radical) e por
um carbono (A). A ligação peptídica (D) entre vários aminoácidos (reação anabólica) conduz à formação de uma cadeia polipeptídica
(E), que assume uma estrutura tridimensional com elevada massa (C) e, posteriormente, uma estrutura quaternária.
As proteínas podem apresentar funções diversas, sendo produzidas ao nível dos ribossomas, e sofrem maturação no complexo de
Golgi.

Grupo IV
1. (A). As gorduras são compostos ternários formadas por dois monómeros - o glicerol e os ácidos gordos unidos por ligações éster.
2. (C). Nas células eucarióticas, o DNA pode ser encontrado não só no interior do núcleo, no qual se encontra associado a proteínas
(principalmente histonas), formando a cromatina, mas também nas mitocôndrias - DNA mitocondrial (mtDNA) -, com diferenças
estruturais relativamente ao DNA nuclear.
3. (B). As mitocôndrias são organelos formados por uma dupla membrana, uma externa e outra interna. Esta última pode apresentar
invaginações, formando as cristas mitocondriais. Nestes organelos ocorrem reações muito importantes para a produção de energia,
relacionadas com a respiração aeróbia.
4. (A). Sendo as mitocôndrias consideradas as "centrais" energéticas da célula, as células musculares possuem, geralmente, muitas
mitocôndrias.
5. (A). Nos estudos referidos, os investigadores sujeitaram ratos a intensidades de treino distintas e diferentes regimes alimentares
(variáveis independentes) para monitorização da atividade mitocondrial (variável dependente).
6. (a) - (4); (b) - (2); (c) - (1); (d) - (3); (e) - (5).
7. (A). Ao contrário das células eucarióticas animais, as células vegetais não apresentam centríolos, organelos não membranares.
Os ribossomas estão presentes quer em células eucarióticas quer procarióticas. As vesículas libertadas pelo retículo endoplasmático
rugoso podem conter proteínas com função enzimática que, após maturação no complexo de Golgi, podem estar contidas no interior
dos lisossomas, organelos celulares que têm como função participar na digestão intracelular de partículas provenientes do meio
extracelular (heterofagia) ou a reciclagem de outros organelos ou componentes celulares envelhecidos (autofagia).
8. (A). O completo de Golgi é formado por um conjunto de sáculos e de vesículas e a sua função principal está relacionada com a
maturação de proteínas ribossomais e a sua distribuição por diversas vesículas (secreção).
9. As mitocôndrias possuem DNA mitocondrial que controla a sua atividade, não estando unicamente dependentes do DNA nuclear.
Tal facto permite que as mitocôndrias se repliquem autonomamente dentro da célula, contrariamente a outros organelos, o que
facilita a resposta às necessidades energéticas de uma dada célula.

Grupo V

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1. (C). De acordo com o documento, os fungos Cryptococcus neoformans recorrem à melanina que apresentam na membrana
celular das suas células para a captação de radiação gama e para, a partir dela, estabelecerem um fluxo de eletrões utilizado na
síntese de biomoléculas nutritivas (autotrofia). São formados por células eucarióticas. As bactérias são constituídas por células
procarióticas.
2. (C). As células mutantes do fungo estudado não apresentam melanina, pelo facto de não possuírem o gene responsável pela
codificação da enzima lactase. A membrana celular das células deste fungo apresenta uma bicamada fosfolipídica.
3. (C). Neste estudo, os investigadores constituíram diferentes grupos experimentais, tendo avaliado o efeito da radiação em estirpes
selvagens e mutantes. As estirpes estudadas e a existência ou não de radiação são variáveis independentes. A proliferação celular
e a captação de 14C são variáveis dependentes, pois variam de acordo com a presença ou não de melanina nas membranas
celulares, em condições de presença ou ausência de radiação.
4. (B). O estudo teve como objetivo perceber em que medida a existência de melanina nas membranas das células fúngicas constitui
uma vantagem relativamente às estirpes mutantes (que não apresentam melanina), quando irradiadas com radiação nuclear, para
a obtenção de moléculas nutritivas.
5. (B). No grupo de fungos não irradiado, a assimilação de 14C foi aumentando ao longo do tempo, quer em estirpes selvagens quer
mutantes.
6. (A). Sendo a melanina uma proteína, trata-se de um composto quaternário formado por C, H, O e N. Os monómeros das proteínas
são os aminoácidos, unidos por ligações peptídicas, já que as ligações éster são típicas dos lípidos.
7. (B). A existência de parede celular pode ser comum às células procarióticas das bactérias e às células eucarióticas dos fungos,
mas não é constituída por celulose (polissacarídeo típico da parede celular das células vegetais). Já no que se refere aos ribossomas,
são estruturas relacionadas com a síntese proteica, presentes em ambas as células. As mitocôndrias e os centríolos não estão
presentes nas células procarióticas.
8. (C). Após a síntese das proteínas ao nível dos ribossomas, frequentemente associados ao retículo endoplasmático rugoso, ocorre
o seu armazenamento no complexo de Golgi bem como a sua maturação, seguida de secreção. O transporte entre o retículo
endoplasmático rugoso e o complexo de Golgi é efetuado por vesículas de transporte.
9. (B). Ao microscópio, a imagem final, relativamente ao objeto, é ampliada, invertida, simétrica e virtual. Quanto maior for a
ampliação menor é a área observada, sendo possível, por isso, obter um campo visual com maior pormenor dessa área.
10. Pela análise dos resultados esquematizados na figura 1, podemos concluir que, nos ensaios com estirpes selvagens, a irradiação
representou uma condição vantajosa, pois provocou um aumento da densidade das colónias e uma maior captação de acetato,
comparativamente aos fungos não irradiados. Nos fungos mutantes, a condição de irradiação começou por ser ligeiramente mais
vantajosa comparativamente à da não irradiação, mas a partir, aproximadamente, das 23 horas ocorreu uma redução na assimilação
de acetato.
Quanto ao tipo de estirpe em estudo, as estirpes selvagens (que possuem melanina) apresentam um desenvolvimento mais
favorável comparativamente às estirpes mutantes (que não possuem o gene responsável pela síntese da melanina). Nestas últimas,
a existência ou não de radiação não parece ser significativa na proliferação dos fungos e na captação de acetato, já que a proporção
de células irradiadas e não irradiadas se mantém aproximadamente constante.
Assim, da análise dos resultados, podemos concluir que a condição experimental mais vantajosa para o crescimento deste fungo
será a existência de um ambiente com radiação em estirpes selvagens, portadoras de melanina nas membranas das suas células.

Unidade 1 - Obtenção de matéria: heterotrofia e autotrofia


Grupo I
1. (A). Os lípidos são compostos ternários por serem constituídos por carbono, hidrogénio e oxigénio. Entram na constituição das
membranas celulares (função estrutural), podem ser metabolizados para obtenção de energia (função energética) e podem intervir
na função reguladora através de hormonas (por exemplo, testosterona).
2. (A). Os glicolípidos fazem parte do glicocálice, uma matriz extracelular que constitui uma camada externa à membrana, também
formada por glicoproteínas.
3. (B). No ser humano, a digestão ocorre no interior de cavidades especializadas que fazem parte de um tubo digestivo completo.
4. (B). A digestão dos lípidos provoca a sua degradação, por hidrólise, em ácidos gordos e álcool, numa reação exoenergética
(catabolismo).
5. (B). Na digestão intracelular (no interior das células) ocorre endocitose de partículas alimentares, que, já no interior da célula, são
digeridas por enzimas transportadas no interior de lisossomas. A digestão extracelular ocorre quer nos fungos quer nos humanos.
O tubo digestivo incompleto, além de ser menos eficiente por ter apenas uma abertura, tem menor poder de absorção.
6. O tubo digestivo completo permite a sequenciação e a simultaneidade das fases digestivas, pois existe apenas uma direção de
funcionamento (resíduos não se misturam com os alimentos).
A digestão pode ocorrer em mais do que um órgão especializado, o que aumenta a sua eficiência e, portanto, a quantidade de
nutrientes absorvidos.
O ser vivo tem maior independência em relação ao meio externo.

Grupo II
1. (D). O estudo realizado consistiu no estudo dos canais inseridos na membrana celular, de forma a compreender como é controlado
o transporte de iões através da membrana.
2. (C). O transporte ativo é um tipo de transporte que ocorre contra um gradiente de concentração, com gasto de energia, que
proporciona a formação de um gradiente de concentrações entre o meio intracelular e o meio extracelular, essencial em algumas
situações para manter o equilíbrio interno da célula.
3. (A). Os fungos e as bactérias podem ser considerados, na posição que ocupam nos ecossistemas, seres vivos decompositores,
isto é, que decompõem a matéria orgânica dispersa no substrato em sais minerais, água e dióxido de carbono, que são depois
reutilizados pelos produtores (reciclagem de matéria).
4. (C). Considera-se que o meio é hipotónico quando a concentração de solutos é inferior comparativamente a um meio hipertónico
(com maior concentração de solutos).
5. (B). Em meios hipertónicos, o bacilo mantém um gradiente de contrações entre os meios intracelular e extracelular, graças ao
transporte ativo.
6. (A). A parede de peptidoglicano das bactérias oferece resistência à pressão de turgescência, impedindo a lise celular.
7. (A). No meio hipersalino, a pressão osmótica é elevada, ocorrendo saída da água da bactéria para o meio extracelular. Como
consequência, estas células realizam transporte ativo para assegurarem a manutenção do equilíbrio interno.

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8. (a) - 3. A proteína KtrAB está envolvida no transporte ativo, pois mantém uma diferença de concentrações entre os meios
intracelular e extracelular. (b) - 2. O movimento da água através da membrana designa-se por osmose. (c) - 1. O transporte mediado
é realizado através de proteínas transmembranares. O gradiente de concentração é anulado devido ao transporte de solutos do
meio hipertónico para o meio hipotónico, sem gasto de energia. (d) - 4. Na difusão simples, quanto maior é o gradiente de
concentrações, maior é a velocidade de difusão. (e) - 5. A endocitose consiste num transporte de macromoléculas para o meio
intracelular, por invaginação da membrana celular.
9. E-A-D-B-C
10. A sequência corresponde ao mecanismo de funcionamento do transporte ativo, por exemplo, a bomba de sódio e de potássio.
O recuo da linha de costa corresponde a um avanço do mar sobre o continente, situação que provoca um aumento da salinidade no
litoral, tornando o meio hipertónico. Neste contexto, a presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a absorção
de água pelas raízes dos pinheiros, situação que pode conduzir à seca fisiológica. De acordo com o estudo, a compreensão dos
canais iónicos envolvidos na regulação osmótica pode permitir a manipulação das plantas, por exemplo, através da introdução de
sequências genéticas cuja expressão permita a incorporação destes canais iónicos nas membranas, conferindo-lhes maior re-
sistência em ambiente de elevada salinidade.

Grupo III
1. (D). A concentração de sacarose nos diferentes tubos é a variável manipulada durante o ensaio experimental.
2. (A). Na atividade experimental descrita, após o tubo de diálise B ter sido colocado na solução de sacarose a 1%, verificou-se um
aumento da massa do tubo B devido à entrada de água através da membrana do tubo. Conclui-se, por isso, que, em relação ao
gobelé com solução 1% de sacarose, o tubo B contém uma solução hiperosmótica.
3. (B) O tubo A, ao ser colocado na solução de sacarose a 1%, não sofreu uma variação de massa significativa, pelo que se pode
concluir que o tubo A tem uma concentração de sacarose igual à do gobelé e onde a entrada e saída de água do tubo está a ocorrer
a uma taxa semelhante, mantendo-se o equilíbrio osmótico. Pelo contrário, no tubo C ocorreu um aumento da massa do mesmo,
quando colocado na solução de sacarose a 1%, o que permite concluir que a água se movimentou do gobelé para o interior do tubo,
ou seja, a solução do tubo C é hipertónica relativamente ao meio (sacarose 1%) e, consequentemente, também é hipertónica em
relação ao tubo A (cuja concentração é similar à da solução no gobelé).
4. (C). Na difusão simples, a diferença de concentração entre o meio externo e o meio interno é diretamente proporcional à
velocidade de difusão, o que significa que maiores diferenças de concentração corresponderão a maiores velocidades de difusão
das substâncias. Por esse motivo, o tubo C apresenta uma variação de massa superior à do tubo B, o que indica que o tubo C tem
uma concentração superior à do tubo B (já que o meio externo é igual para os dois tubos).
5. (B). Pela análise dos resultados na tabela 1 verifica-se que:
- No tubo A não há variação da massa, concluindo-se que a solução A é isotónica relativamente ao meio (ambas têm sacarose 1%).
- No tubo B, a massa aumentou, concluindo-se que houve entrada de água no tubo de diálise, logo, a solução B é hipertónica
relativamente ao meio (concentração superior a sacarose 1%).
- O comportamento do tubo C é semelhante ao do tubo B, mas, no tubo C, a variação de massa é superior, concluindo-se que a
diferença de concentração entre a solução C e o meio é maior do que a diferença de concentração entre a solução B e o meio
(concentração da solução C > concentração da solução B).
- Por último, o tubo D perdeu água (atestado pela diminuição da sua massa), concluindo-se que a solução D é hipotónica
relativamente ao meio (concentração inferior a 50% sacarose).
6. (A). A água movimenta-se do meio hipotónico (menor concentração de soluto) para o meio hipertónico (maior concentração de
soluto), até se atingir o equilíbrio osmótico.
7. (C). O transporte ativo ocorre com gasto de energia, contra o gradiente de concentração. Na difusão simples não há gasto de
energia nem mediação do transporte. Na difusão facilitada, o transporte é mediado, sem gasto de energia.
8. (B). A água desloca-se por osmose através da bica-mada fosfolipídica (que é permeável à água). Podem ainda existir canais
proteicos, as aquaporinas, através dos quais a água atravessa seletivamente a membrana.
Em meios de água doce (meio hipotónico), o conteúdo celular dos protozoários terá uma concentração de solutos superior (meio
hipertónico), o que promoverá a entrada de água nas células. A existência de vacúolos contrácteis nos protozoários permite-lhes
expulsar a água em excesso, garantindo assim a manutenção de uma concentração fisiologicamente funcional no meio interno.

Grupo IV
1. (C). A meningite é provocada por uma bactéria que possui peptidoglicano na parede celular.
2. (D). A cápsula bacteriana tem propriedades antifagocíticas, sendo essencialmente constituída por polissacarídeos e alguns
polipeptídeos que protegem a bactéria contra a fagocitose por células do sistema imunitário (macrófago), sendo muitas vezes exigido
que o sistema imunitário produza um anticorpo específico para a fagocitar.
3. (C). A fagocitose corresponde a uma linha de defesa do organismo, sendo realizada pelos macrófagos e monócitos.
4. (A). A fagocitose corresponde a uma linha de defesa do organismo, sendo realizada pelos linfócitos (macrófagos e monócitos).
5. (C). O antibiótico é toda a substância capaz de matar ou inibir o crescimento de bactérias. Não raras vezes, os antibióticos da
meningite matam as bactérias, Levando à sua lise através da atuação ao nível da biossíntese de peptidoglicano, o que interfere com
a manutenção da estabilidade da cápsula bacteriana, levando à lise celular.
6. A vacinação consiste na administração de substâncias, como proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e
bactérias atenuados ou mortos, que, ao serem introduzidos no organismo, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante
à que ocorreria no caso de uma infeção por um determinado agente patogénico, desencadeando a produção de anticorpos que
tornarão mais rápida a resposta imunitária se houver um segundo contacto.
7. (B). Dado que existem vários agentes que provocam a meningite, mesmo após um primeiro contacto, a memória imunológica não
será capaz de atuar contra todos os agentes infeciosos da meningite, podendo apenas atuar contra aqueles com os quais já teve
contacto.
A amiba ou os leucócitos são exemplos de células que realizam fagocitose. A membrana plasmática emite pseudópodes que formam
uma vesícula fagocítica que se funde com lisossomas e originam vacúolos digestivos, onde ocorre a digestão das substâncias
fagocitadas.
8. A-C-D-B-E
A bactéria atinge as meninges e provoca uma infeção. A infeção desencadeia uma série de reações do sistema imunológico, que
resulta na formação de pus, privando as células cerebrais de receberem oxigénio. As infeções são geralmente seguidas de
inflamação, que é uma resposta do sistema imunológico, enviando anticorpos e produzindo leucócitos específicos. Assim, há uma

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acumulação extracelular de sangue, fluidos corporais e células do sistema imunológico que destroem o tecido danificado e ingerem
e digerem os antigénios e tecido danificado.
Grupo V
1. (B). No estado larvar, a lesma-do-mar alimenta-se de uma alga (nutrição heterotrófica) e obtém energia por mecanismos
fisiológicos (quimiossíntese).
2. (B). A lesma-do-mar é um molusco que apresenta um tubo digestivo completo, pelo que existe apenas uma direção de
funcionamento, sendo a digestão efetuada no interior de cavidades especializadas.
3. (A). A cleptoplastia consiste na assimilação de clo-roplastos que não são digeridos quando a Lesma-do-mar se alimenta das
algas.
4. (A). A Vaucheria litorea é um ser vivo produtor que obtém biomassa através da realização da fotossíntese (reação anabólica). A
fotossíntese apresenta duas etapas: a fase fotoquímica, em que ocorre a captação de luz pelos complexos-antenas dos tilacoides,
e a fase química, em que se produzem compostos orgânicos no estroma dos cloroplastos.
5. (D). No estado adulto, a lesma-do-mar possui uma associação estável com cloroplastos. Nos tilacoides, as moléculas de água
são decompostas por ação da luz, resultando eletrões, oxigénio e hidrogénio (fotólise).
6. (C). Os genes são formados por uma sequência específica de nucleótidos, monómeros que constituem os ácidos nucleicos e
ligados entre si por ligações fosfo-diéster.
7. (A). As esponjas são seres vivos relativamente simples que realizam a digestão no interior das células, em vacúolos digestivos,
sendo os nutrientes difundidos pelas células adjacentes.
8. (A). A hidra é um ser vivo de pequenas dimensões, mas que apresenta uma grande área superficial, sendo possível a realização
de trocas por difusão direta.
9. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (3); (d) - (5); (e) - (4).
10. B-D-E-C-A
A sequência diz respeito à digestão intracelular a partir da endocitose de macromoléculas, cujas vesículas endo-cíticas se fundem
com lisossomas que contêm enzimas, já no interior da célula, constituindo vacúolos digestivos. Após a digestão, ocorre a absorção
dos produtos resultantes para o citoplasma e a excreção dos resíduos.
11. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- Nos líquenes, a associação simbiótica ocorre entre uma alga (ser vivo autotrófico) e um fungo (ser vivo heterotrófico). O micobionte,
através das suas hifas especiais (haustórios) que entram em contacto com a parede celular das células da alga, beneficia dos
açúcares por ela produzidos durante a fotossíntese. A alga, por sua vez, fica protegida, já que o fungo constitui, normalmente, a
superfície externa e mantém o interior do talo húmido, resultando num ambiente mais estável para a alga.
- A Elysia chlorotica é uma pequena lesma-do-mar que adquire a cor verde devido à captura de cloroplastos quando se alimenta a
partir da alga Vaucheria litorea. Trata-se de um caso particular de mutualismo, uma vez que a associação simbiótica estabelecida é
uma endossimbiose em que um dos organismos é capturado por outro. O molusco beneficia, na fase adulta, dos produtos resultantes
da fotossíntese que consegue realizar a partir dos cloroplastos capturados da alga.

Grupo VI
1. (A). A informação pode ser obtida através da análise do gráfico da figura 1.
2. (A). A informação pode ser obtida através da análise do gráfico da figura 2.
3. (A). No ano seco (2012), o índice de área foliar é inferior ao do ano húmido, conforme a análise do gráfico da figura 3. A renovação
da copa inicia mais cedo no ano húmido (2011), atingindo o seu máximo por volta dos 160 dias, enquanto no ano seco esta situação
apenas ocorre por volta dos 190 dias.
4. (B). Em 2011, o período favorável ao crescimento foi aproximadamente dos 110 aos 160 dias, enquanto em 2012 foi dos 150 aos
190 dias. A maior estabilidade de área foliar verifica-se no ano 2012, conforme a análise do gráfico da figura 3.
5. (B). A fenologia é um ramo da Ecologia que estuda fenómenos periódicos dos seres vivos e as suas relações com o meio
ambiente, tais como a luz, a temperatura e a humidade (fatores abióticos).
6. (C). Ao incidir nos tecidos clorofilinos, a luz provoca oxidação da molécula de água com a imediata libertação de oxigénio. Durante
o ciclo de Calvin, o CO2 é fixado por uma enzima, sendo reduzido pelo NADPH, o que conduz à formação de trioses. Na fase
fotoquímica, os eletrões provenientes da oxidação da clorofila entram na cadeia transportadora de eletrões, ocorrendo uma
sequência de reações oxidação-redução.
7. (D). O sequestro de carbono está relacionado com a etapa química da fotossíntese, uma reação anabólica. Esta etapa refere-se
ao ciclo de Calvin, que ocorre no estroma dos cloroplastos.
8. (A). Quanto à fonte de energia, os sobreiros captam luz solar, sendo seres vivos fotossintéticos, e recorrem ao carbono atmosférico
como fonte de matéria inorgânica para a produção de compostos orgânicos.
9. A-C-B-D-E
As etapas dizem respeito à fotossíntese, iniciando pela captação de luz na etapa fotoquímica, onde, a partir da oxidação da molécula
de água, ocorre de seguida a redução do NADP+ em NADPH + H+ e a fosforilação do ADP em ATP. Na etapa química ocorre a
fixação de CO2 (fonte de carbono inorgânico) através da intervenção de uma enzima (RuBisCo), à qual se segue a sua redução a
partir da oxidação do transportador NADPH + H+, culminando na produção de glicose, que pode ser armazenada sob a forma de
amido.
10. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- Tendo em conta a precipitação do ano 2012, podemos classificá-lo de seco, pois apenas se registaram 420 mm de precipitação
ao longo de todo o ano.
- As plantas controlam as perdas de água por transpiração, mediante o controlo da abertura ou do fecho dos estomas. Estas
estruturas são constituídas por células-guarda que delimitam uma abertura chamada ostíolo, a qual comunica internamente com a
câmara estomática, estando o conjunto rodeado por células de companhia.
- Face a um ano seco, particularmente o inverno de 2012, as células-guarda perderam água, o que causou uma diminuição da sua
pressão de turgescência, ficando plasmolisadas. Como consequência ocorreu o encerramento dos estomas, minimizando desta
forma as perdas de água pela planta, o que, por sua vez, permitiu aos sobreiros a manutenção de um índice de área foliar mais ou
menos constante, como resposta à falta de água.

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Unidade 2 - Distribuição de matéria


1. (A). A murchidão das folhas deve-se à formação de tiloses (bloqueios dos vasos xilémicos) provocadas pela bactéria Xylella
fastidiosa. A diminuição da quantidade de água nas folhas conduz ao aumento da pressão osmótica das células do mesofilo foliar.
2. (B). Os insetos vetores da bactéria Xylella fastidiosa apresentam sistema circulatório aberto e o fluido circulante (hemolinfa)
transporta apenas nutrientes, uma vez que as trocas gasosas são asseguradas de forma direta graças à existência de traqueias que
comunicam com o exterior através de aberturas designadas por espiráculos.
3. (B). As células vegetais são resistentes à lise celular, pois apresentam parede celular. A resistência da parede deve-se à presença
de celulose, um polissacarídeo que faz parte da estrutura da parede.
4. (D). A praga referida no texto é a bactéria Xylella fastidiosa, que se propaga nos tecidos condutores do lenho ou xilema, que se
encontra localizado anatomicamente voltado para o centro do caule (Y) - diferenciação centrípeta.
5. (D). As bactérias são constituídas por células pro-carióticas e possuem peptidoglicano, constituinte típico da sua parede celular.
6. (D). A variável dependente a que se referem os estudos realizados in vitro e em plantas é a sobrevivência das bactérias que
circulam na seiva bruta, o que, por sua vez, condiciona a sobrevivência das plantas.
7. (C). Ao submetermos as plantas a temperaturas elevadas, a sobrevivência das bactérias diminui, logo, a circulação da seiva bruta
não fica afetada. Temperaturas elevadas podem comprometer a circulação da seiva elaborada, pelo facto de o floema ser um tecido
condutor maioritariamente constituído por células vivas.
8. (B). A temperaturas mais elevadas, a transpiração foliar aumenta, criando um défice de água nas folhas e, portanto, aumentando
a tensão foliar. A força de tensão ao nível das folhas promove a ascensão da coluna de água do xilema, que se mantém íntegra
graças à atuação de duas outras forças (coesão e adesão).
9. A - V. B - F. No caule, os feixes são duplos e estão lado a lado (colaterais). C - F. O floema apresenta-se voltado para a superfície
do caule (diferenciação centrífuga). D - V. E - F. O floema é constituído, essencialmente, por células vivas. F - F. O xilema é
constituído maioritariamente, por células mortas. G - V. H - V.
10. (a) - (5); (b) - (2); (c) - (3); (d) - (1); (e) - (4).
11. C-D-B-A-E
As etapas dizem respeito à infeção de uma planta pela bactéria Xylella fastidiosa cujo vetor de transmissão são insetos, culminando
na obstrução dos vasos xilémicos e no aumento da pressão osmótica nas células do mesófilo foliar.
Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- A translocação da seixa xilémica pode ser explicada através de duas hipóteses: a hipótese da pressão radicular e a hipótese da
tensão-coesão-adesão.
- A hipótese da pressão radicular admite que a existência de um gradiente de concentrações entre a raiz e a solução do solo provoca
a entrada de água por osmose, o que leva a um aumento da pressão de turgescência e ao desenvolvimento de uma pressão
radicular, que promove a ascensão da seiva bruta. De acordo com a hipótese da tensão-coesão-adesão, ao nível das folhas ocorrem
perdas de água por transpiração, situação geradora de uma força de tensão nas folhas devido ao défice de água. Para compensar
este défice, ocorre a ascensão da coluna de água ao longo dos vasos do xilema, com consequente absorção de água na raiz.
- A infeção dos vasos xilémicos pela bactéria Xylella fastidiosa provoca o bloqueio das células deste tecido condutor, comprometendo
a circulação da seiva bruta. Em consequência, a pressão de turgescências das células do mesofilo foliar diminui, ocorrendo o
emurchecimento das folhas.

Grupo II
1. (C). A seiva floémica é constituída por água e produtos resultantes da fotossíntese. Assim, o movimento da seiva elaborada dá-
se no sentido órgãos produtores -› órgãos de reserva/consumo. Se estes órgãos de reserva forem as raízes, então esse movimento
será no sentido descendente. Mas se o movimento for em direção aos frutos e se esses se encontrarem acima das folhas onde
estão a ser produzidos fotoassimilados, então o movimento poderá ser ascendente.
2. (A). Segundo o modelo de fluxo de massa de Münch, o carregamento de açúcar, geralmente sacarose, no complexo célula de
companhia/tubo crivoso ocorre com recurso a transporte ativo, com consequente gasto de ATP. No entanto, admite-se que possa
existir também alguma difusão simples de sacarose quando a sua concentração nas células da folha é muito superior à concentração
das células do floema (ver figura 1).
3. (D). Durante o ciclo de Calvin, fase química da fotossíntese, ocorre a formação de compostos orgânicos (trioses, hexoses). O
ciclo de Calvin é composto por três fases principais: 1 - Fixação de CO2: 2 - Produção de compostos orgânicos (açúcares); 3 -
Regeneração da primeira molécula do ciclo (ribulose-difosfato).
4. (A). Segundo o modelo de fluxo de massa de Münch, o carregamento de açúcar, geralmente sacarose, no floema ocorre com
recurso a transporte ativo, com consequente gasto de ATP. Assim, se for utilizado um inibidor de síntese de ATP, o movimento de
substâncias para o interior do floema ficará impedido. A trans-locação no xilema, por sua vez, não implica gasto de energia.
5. (D). Nas raízes de plantas monocotiledóneas, os tecidos vasculares organizam-se em feixes simples e alternos, isto é, cada feixe
tem apenas um dos tecidos e estão dispostos alternadamente, separados por células parenquimatosas.
6. (D). O movimento de água (osmose) ocorre sempre contra um gradiente de concentrações de solutos, isto é, a água movimenta-
se do meio hipotónico para o meio hipertónico.
O movimento de solutos assinalado com o número 2 corresponde a um transporte ativo, ocorre com auxílio de um transportador e
com gasto de ATP.
O sentido de fluxo da sacarose desde as células produtoras até ao complexo célula de companhia/tubo crivoso é determinado pelas
concentrações relativas de sacarose, que são maiores nas células produtoras do que nas restantes células foliares.
7. B-D-F-E-C-A
Os processos ilustrados pela figura 1 começam ao nível da folha, em particular nas células do mesofilo que recebem luz solar. A luz
promove a oxidação da clorofila e da molécula de água (fotólise) (B). Há depois fosforilação de ADP, formando-se ATP (D) essencial
à fase química da fotossíntese - ciclo de Calvin. Neste ciclo ocorre a fixação do CO2 (F) e consequente formação de compostos
orgânicos, os açúcares (E). Estes açúcares são depois transportados e carregados por transporte ativo nas células dos tubos
crivosos do floema (C). As células do floema ficam enriquecidas em sacarose, tornando-se hipertónicas, o que promove a entrada
de água vinda do xilema. As células do floema ficam túrgidas (A) e, por ação da pressão de turgescência, a seiva floémica é
translocada a favor de um gradiente de pressão.
8. Pelo modelo de fluxo de massa de Münch, a trans-locação floémica inicia-se pelo carregamento de sacarose no complexo célula
de companhia/tubo crivoso, com recurso a transporte ativo. A existência de várias conexões citoplasmáticas entre as células de
companhia e os tubos crivosos facilita a passagem da sacarose para as células dos tubos crivosos.

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Grupo III
1. (B). A lentilha-d'água é uma planta avascular, pois não apresenta tecidos condutores. Assim, o sucesso da sua sobrevivência
está relacionado com o facto de ser uma planta muito pequena e apresentar uma relação área/volume equilibrada.
2. (D). A Lemna minor não apresenta tecidos condutores, depende da existência de água e a sua dispersão é assegurada por raízes
pegajosas que aderem às patas dos animais. Os turiões são estruturas resistentes à estação desfavorável.
3. (A). De acordo com a análise do gráfico da figura 2, o grupo 3 é aquele que apresenta um crescimento mais rápido, atingindo a
capacidade de carga, isto é, o número máximo de indivíduos que o tabuleiro pode comportar, ao fim de 3 semanas.
4. (D). De acordo com a análise do gráfico da figura 2.
5. (C). Este trabalho baseia-se no estudo de dois fatores abióticos (variáveis independentes) e a sua influência no crescimento
(variável dependente).
6. (B). A lentilha-d'água é um produtor, ocupando o primeiro nível trófico nos ecossistemas. Assim, sendo um ser fotoautotrófico,
tem a capacidade de sintetizar compostos orgânicos (nomeadamente proteínas e gorduras) para os seres heterotróficos. As
proteínas são compostos quaternários que apresentam na sua composição química C, H, O e N.
7. (A). As Briófitas são uma divisão das plantas na qual se incluem as plantas avasculares e que, geralmente, apresentam pequenas
dimensões e vivem em locais húmidos.
8. (D). Nos grupos 1, 2 e 3, a luz é constante e apenas variou a concentração de nutrientes no meio (variável independente ou
experimental).
9. (C). A replicação de uma dada montagem experimental permite reproduzir resultados e com isso melhorar a fiabilidade da
experiência.
10. Nesta experiência, colocou-se a hipótese de que condições normais de luz e elevada disponibilidade de nutrientes favorecem o
crescimento rápido da lentilha-d'água, até ser limitado pelo espaço disponível nos tabuleiros.
Os resultados do grupo 3 apoiam a hipótese, uma vez que a população aumentou rapidamente desde o início da experiência até à
terceira semana, tendo depois estabilizado nas cerca de 250 plantas. Esta evidência sugere que, sob estas condições, a capacidade
de carga de cada dispositivo experimental é de cerca de 250 plantas.
No grupo 1, os resultados mostram que esta planta necessita de ter alguns nutrientes, já que neste meio de água destilada morreu
rapidamente.
No grupo 2, a água doce possui alguns nutrientes, mas como o meio não foi suplementado, a proliferação da planta ocorre de uma
forma mais lenta, embora tenha atingido uma capacidade de carga idêntica ao grupo 3, de 200 a 250 plantas. Isto sugere que a
água doce possui os nutrientes suficientes para o crescimento da lentilha, mesmo sem adição de mais nutrientes, o que não constitui,
portanto, um fator [imitante.
No grupo 4, as plantas crescem em meio com muitos nutrientes mas com baixa intensidade luminosa, o que limita drasticamente a
sua capacidade de crescimento e de reprodução, apesar de o meio ser igual ao do grupo 3.
Podemos concluir, deste modo, que a hipótese está correta. Quando a disponibilidade de nutrientes e a intensidade luminosa não
são fatores limitantes, o habitat disponível força, eventualmente, a população a estabilizar a sua capacidade de carga.

Grupo IV
1. (C). O sistema é fechado porque o fluido nunca abandona os vasos condutores. O sistema é também duplo, pois o sangue circula
em dois circuitos, passando duas vezes pelo coração: no primeiro circuito, o sangue é oxigenado; no segundo circuito, é distribuído
por todo o corpo, levando nutrientes e oxigénio às células. No ser humano, o sistema é completo, pois não há mistura de sangue
venoso e arterial no coração.
2. (A). O sistema circulatório diz-se completo quando não há mistura de sangue venoso e arterial no coração, devido à existência
de um septo.
3. (D). O oxigénio é transportado pelas hemácias; o plasma do sangue e a linfa transportam nutrientes.
4. (C). O circuito pulmonar inicia-se no ventrículo direito e termina na aurícula esquerda. O sangue é bombeado para fora do coração
por artérias e entra no coração por veias.
5. (C). Após a sístole auricular, há abertura da válvula auriculoventricular e lançamento de sangue nos ventrículos.
6. (B). Os seres homeotérmicos possuem a capacidade de manter a temperatura do corpo constante, aliada à elevada produção
energética que é facilitada pelo facto de não ocorrer mistura de sangue no coração.
7. (A). Os peixes possuem um sistema de transporte fechado e simples, dado que, no coração, o sangue circula apenas num sentido
(da aurícula para o ventrículo).
8. (B). No coração tubular do gafanhoto circula hemo-linfa.
9. Por sístole ventricular, o sangue é bombeado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta. A artéria aorta ramifica-se em outras
artérias e em arteríolas de forma a conduzir o sangue até aos capilares onde ocorrem trocas de gases e nutrientes com as células.
O sangue retorna ao coração através de capilares que conduzem o sangue para vénulas e veias. O sangue, agora venoso, regressa
à aurícula direita pelas veias cavas, durante a diástole geral. Por sístole auricular, o sangue venoso é conduzido para o ventrículo
direito.
Um sistema de transporte fechado, duplo e completo não permite a mistura de sangue venoso com arterial, o que leva a uma
oxigenação dos tecidos mais eficaz e maior eficiência energética. Esta característica permitiu a esses animais serem homeotérmicos,
o que possibilitou a conquista de diferentes meios em termos de condições térmicas, constituindo-se uma evidência da sua evolução.

Grupo V
1. (A). Todos os vertebrados possuem sistema circulatório fechado (o sangue circula sempre em vasos), com um coração em que
o sangue sai das cavidades ventriculares por artérias (pulmonares e aorta) e regressa sempre por veias (pulmonares e cavas
superior e inferior).
2. (A). O texto (e a imagem que o complementa) refere que certos fármacos poderão ser transportados pelo sistema linfático por
serem lipofílicos, isto é, terem grande afinidade com os lípidos. Assim, estes fármacos conjugam-se com os lípidos e lipoproteínas
existentes no lúmen intestinal e, dessa forma, entram no sistema de transporte linfático.
3. (D). Os vasos linfáticos possuem válvulas, tal como as veias, que auxiliam a circulação dos fluidos. A linfa percorre o sistema
linfático graças às contrações dos músculos, à pulsação das artérias próximas e ao movimento das extremidades.
4. (C). A linfa intersticial é produzida a partir do plasma, pela filtração através das paredes dos capilares, preenchendo os espaços
intersticiais, estabelecendo uma ligação permanente entre os fluidos circulantes. O excesso de líquido intersticial é drenado pelos
capilares linfáticos, passando a linfa circulante, e é transportado para o pescoço, onde regressa ao sangue pela veia subclávia
esquerda.

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5. (D). Os fluidos circulantes são responsáveis pelo transporte de nutrientes e oxigénio até às células através da linfa intersticial.
Além do plasma, apenas os leucócitos são capazes de passar através das paredes dos vasos capilares (diapedese). A linfa
intersticial tem origem no plasma sanguíneo que sai através dos vasos. Esta linfa recebe os metabolitos de excreção.
6. (a) - 6; (b) - 2; (c) - 8; (d) - 3; (e) - 1.
7. A disponibilidade de lípidos e lipoproteínas no lúmen do intestino é muito maior após a digestão.
Por isso, a taxa de transporte de fármacos lipofílicos será ampliada após as refeições, pelo que os mesmos deverão ser
administrados sempre após a ingestão de alimentos.

Unidade 3 - Transformação e utilização de energia pelos seres vivos


Grupo I
1. (B). As hemácias têm a função de transportar oxigénio e dióxido de carbono, sendo produzidas em maior quantidade em altitude.
Havendo maior produção de hemácias, o transporte destes gases é mais eficiente.
2. (A). A fosforilação oxidativa ocorre na crista mitocondrial, o que justifica o seu aumento, daí as grandes dimensões da crista
mitocondrial e a maior produção de energia em atletas de alta competição.
3. (C). Na glicólise ocorre:
a. fosforilação da glicose à custa de 2 moléculas de ATP, originando ADP;
b. oxidação da glicose com libertação de eletrões e H+, formando-se 2 moléculas de NADH + H+;
c. desfosforilação da glicose e formação de 4 moléculas de ATP, à custa da fosforilação de 4 moléculas de ADP;
d. formação de 2 moléculas de piruvato com 3 carbono cada uma;
e. saldo energético: - 2 ATP (a) + 4 ATP (c) = 2 ATP.
4. (D). Na fosforilação oxidativa, o oxigénio recebe eletrões e H+, ficando reduzido e originando uma molécula de água.
5. (C). Durante a atividade física intensa, as necessidades energéticas são tão elevadas que, para além da obtenção de ATP pela
respiração aeróbia, há realização de fermentação tática nas células musculares.
6. (D). O saldo energético da respiração é de 36 ou 38 ATP, sendo muito superior ao da fermentação lática, que é apenas de 2 ATP.
7. (B). A acumulação de ácido tático na respiração anaeróbia pode originar cãibras musculares involuntárias e dolorosas.
8. (B). A frase III é falsa, dado que a glicose é completamente degradada durante as várias etapas da respiração aeróbia.
9. O treino em elevada altitude conduz ao aumento do número de glóbulos vermelhos no sangue, como resposta ao facto de o
oxigénio se encontrar em quantidades limitantes.
Como consequência, em provas de competição a baixa altitude, uma vez que a quantidade de oxigénio disponível aumenta e o
organismo dos atletas já contém maior número de hemácias, a taxa respiratória vai também aumentar.
Uma maior taxa de respiração aeróbia permite uma elevada taxa metabólica e, portanto, mais energia e melhor desempenho em
competição.

Grupo II
1. (D). A variável independente é aquela que é manipulada de forma a estudar os seus efeitos, sendo geralmente representada no
eixo dos xx. Na experiência descrita, para as quatro condições experimentais utilizadas (Luz + Ar sem CO 2; Luz + Ar normal;
Escuridão + Ar sem CO2; Escuridão + Ar normal), variou-se o conteúdo de KCl na solução-tampão, pelo que esta variação nas
concentrações das soluções-tampão constitui uma variável independente do estudo em causa.
2. (A). As plantas respondem a baixas concentrações de CO 2 atmosférico nas folhas, induzindo a abertura estomática de forma
independente da luz (tal como observado no gráfico), uma vez que o CO2 é essencial à realização de fotossíntese.
3. (C). As células-guarda apresentam paredes ventrais (interiores) mais espessas - menos elásticas que as paredes dorsais -,
reforçadas por microfibrilas de celulose, dispostas radialmente, o que leva à abertura estomática quando as células estão túrgidas.
4. (A). A abertura estomática está intrinsecamente associada à concentração de K+ nas células-guarda. Quando este e outros iões
são ativamente transportados para o interior das células-guarda, aumenta a pressão osmótica (em valor absoluto) no interior destas
células, induzindo a entrada de água por osmose nas células-guarda. O aumento da pressão de turgescência leva à abertura
estomática.
5. (A). O aumento da concentração de K+ nas células-guarda faz aumentar a pressão osmótica (em valor absoluto) no interior destas
células, induzindo a entrada de água por osmose nas células-guarda, o que provoca a abertura estomática.
6. (B). Em condições ideais de luminosidade e humidade do solo, se a concentração de CO2 nos espaços subestomáticos for baixa,
os estomas estarão com máxima abertura, o que, consequentemente, promoverá uma maior transpiração. Uma vez que a
transpiração foliar é a força motriz do movimento da seiva xilémica, de acordo com a hipótese da tensão-coesão-adesão, então a
taxa de transporte ao nível do xilema será maior, nas condições descritas.
7. (B). Durante a fase fotoquímica da fotossíntese, há produção de ATP, isto é, ocorre fotofosforilação do ADP (a molécula recebe
um grupo fosfato), sendo necessário luz para que o processo ocorra.
8. O ácido abcísico é produzido ao nível da raiz.
Em situações de stresse hídrico (falta de água no solo), é emitido um sinal químico para as células-guarda, levando-as a fecharem
os estomas, para evitar as perdas de água por transpiração.
Assim, a fito-hormona ABA funciona como mensageiro químico entre as células da raiz e as células-guarda, evitando, desta forma,
perdas de água por transpiração, o que poderá auxiliar as plantas a sobreviverem a condições de stresse hídrico.

Grupo III
1. (B). Tal como referido no texto, o ciclo respiratório da piramboia inicia-se com a hematose branquial, mas, tal como nos outros
peixes, há intervenção de fluidos circulantes para a realização das trocas gasosas com as células.
2. (B). É o mecanismo de contracorrente, isto é, a água desloca-se em sentido contrário ao do sangue, o que permite aumentar a
eficiência da hematose branquial. Assim, a água rica em oxigénio entra pela boca em sentido oposto à circulação do sangue venoso,
pobre em oxigénio, mantendo um coeficiente de difusão de gases elevado.
3. (B). Nas aves, tal como nos peixes, ocorre o mecanismo de contracorrente, no qual o sangue flui no sentido contrário ao da água,
permitindo aumentar significativamente a eficiência das trocas gasosas. À medida que o sangue flui nos capilares vai recebendo
oxigénio e, dado que circula em sentido oposto, vai contactando com água, que é sucessivamente mais rica em oxigénio.
4. (A). A presença de pulmões e de fluidos circulantes permitem à piramboia realizar hematose pulmonar, sendo posteriormente o
oxigénio conduzido para as células que o recebem por difusão simples, libertando pelo mesmo processo dióxido de carbono.
5. (C). A respiração ocorre independentemente da luz, sendo possível realizar-se durante a noite, com consumo de oxigénio e
libertação de dióxido de carbono.

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6. (B). A etapa fotoquímica da fotossíntese realiza-se durante o dia, dada a necessidade de energia luminosa. Durante esta etapa
ocorre a oxidação da molécula de água com imediata libertação de oxigénio.
7. (A). Na rã, devido à existência de sangue, a troca de gases ocorre por difusão indireta (hematose cutânea e hematose pulmonar).
8. A piramboia possui um pulmão primitivo. Este facto permitiu a sua adaptação a um ambiente não aquático em situações de
extrema necessidade (falta de oxigénio na água). Este pulmão constitui um processo evolutivo deste peixe na conquista do meio
terrestre, precedendo os anfíbios. Estes últimos já só realizam hematose cutânea e pulmonar, isto é, já não realizam hematose
branquial, o que denota a sua conquista do meio terrestre.

Grupo IV
1. (B). As aves realizam digestão extracelular (fora das células), apresentando um tubo digestivo com duas aberturas (boca e ânus).
2. (A). As aves apresentam um sistema circulatório fechado, uma vez que o fluido circulante (sangue) nunca abandona os vasos
sanguíneos. A circulação é dupla, pois existem duas vias de circulação, uma para os pulmões (circulação pulmonar) e outra para
todas as partes do corpo (circulação sistémica). A circulação diz-se completa, uma vez que não ocorre mistura de sangue arterial
com sangue venoso.
3. (B). Nas aves, o ar, para percorrer todo o sistema circulatório, necessita de dois ciclos: primeira inspiração (ar nos sacos aéreos
posteriores); primeira expiração (o ar passa para os pulmões, local onde ocorre hematose); segunda inspiração (o ar sai dos pulmões
e passa para os sacos aéreos anteriores); segunda expiração (o ar dos sacos aéreos anteriores é expulso para o exterior).
4. (D). Os sacos aéreos são reservas de ar que tornam as aves menos densas, contribuindo para melhorar o voo, a dissipação do
calor e as trocas gasosas, como referido na resposta à questão anterior.
5. (C). As aves surgiram a partir dos tecodontes, o mesmo grupo ancestral de répteis que originou os dinossáurios. Tal como os
dinossáurios, são amniotas, apresentando algumas características evolutivas, como as penas.
6. (A). No sistema circulatório do gafanhoto circula um fluido (hemolinfa) desprovido de pigmentos respiratórios, logo, não transporta
gases, apenas nutrientes.
7. (a) - (2). A superfície respiratória da minhoca é a sua pele ou tegumento, através da qual ocorre difusão indireta de gases por
difusão para o sistema circulatório. (b) - (1). A hidra é um ser vivo com tubo digestivo incompleto, possuindo apenas uma abertura
que funciona como boca e como ânus. (c) - (5). Os insetos possuem um sistema respiratório baseado em traqueias que comunicam
com o exterior através de aberturas da superfície corporal designadas por espiráculos. Este sistema de tubos ocos percorre todo o
corpo do animal e a difusão de gases é feita diretamente entre as células e a superfície respiratória.
8. A-C-D-E-B
Apesar de os gansos não terem epiglote, possuem reflexo involuntário de vómito, geralmente resultante do facto de estes não
conseguirem reter mais alimento. A acumulação do vómito na cavidade oral impede a normal circulação de ar, não permitindo as
trocas gasosas nos pulmões. Este facto conduz à morte do ganso por asfixia.
9. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- O movimento contínuo e unidirecional do ar pelos parabrônquios paleopulmonares reduz o desvio do ar e aumenta a eficiência da
ventilação.
- No mecanismo de contracorrente das trocas gasosas, o sangue é trazido pelos capilares sanguíneos, fluindo na direção contrária
ao fluxo de ar nos parabrônquios e capilares aéreos, o que potencializa as trocas gasosas.
- As traqueias e os sacos aéreos são comparativamente grandes em termos de volume, permitindo grande volume de fluxo (ar que
circula a cada inspiração). As aves apresentam um volume de fluxo até três vezes maior que os mamíferos.

Unidade 4 - Regulação nos seres vivos


Grupo I
1. (A). As sinapses são zonas de contacto entre um axónio de um neurónio e a dendrite do neurónio adjacente ou entre o neurónio
e uma célula glandular ou muscular. Em termos anatómicos e funcionais, compreendem a membrana da célula pré-sináptica, a
fenda sináptica e a membrana pós-sináptica.
2. (C). Nas fibras mielinizadas, só nos nódulos de Ranvier é que o potencial de ação despolariza a membrana do axónio, havendo
condução do impulso nervoso a elevada velocidade, pois este salta de um nódulo para o seguinte.
3. (D). A bomba de sódio e potássio funciona continuamente, bombeando protões entre o meio interno e meio externo dos neurónios,
de forma que existe um potencial de membrana (potencial de repouso) caracterizado por um potencial mais positivo no exterior do
axónio do que no interior.
4. (D). O impulso nervoso é conhecido por potencial de ação, que é um fenómeno de natureza eletroquímica que ocorre devido a
modificações na permeabilidade da membrana do neurónio aos iões Na+ e K+.
5. (B). Os neurotransmissores são substâncias químicas responsáveis por, ao ligarem-se aos recetores da membrana dos neurónios
pós-sinápticos (ou célula pós--sináptica), desencadear a abertura dos canais iónicos que permitem a entrada de Na+ na célula,
provocando a despolarização da membrana que se propaga pelo neurónio, caracterizando o impulso nervoso.
6. (A). A recaptura dos neurotransmissores pelo neurónio pré-sináptico leva a que os canais de Na+ fechem e a membrana se torne
mais permeável ao K+, ocorrendo a repolarização da membrana (mais positiva no exterior do que no interior), que recupera o seu
potencial de repouso e cessa a transmissão do impulso.
7. (D). A não ocorrência de repolarização significa que o neurónio não retoma o seu potencial de repouso, não ocorrendo nova
propagação do impulso nervoso e impedindo o reajuste do equilíbrio do organismo.
8. Enquanto anestésico, a cocaína bloqueia a ativação da abertura dos canais de Na+, isto é, reduz a excitabilidade da membrana
(não ocorre despolarização). Este facto significa que esses nervos (anestesiados), deixando de permitir a passagem do impulso
nervoso, o que evita a dor.
9. E-F-B-D-A-C

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Os neurotransmissores (como a dopamina, noradrenalina e serotonina) são sintetizados por certas células nervosas e armazenados
em vesículas sinápticas dos neurónios. A chegada de um impulso elétrico a um neurónio pré-sináptico leva as vesículas a dirigirem-
se para a membrana, exocitando o seu conteúdo na fenda sináptica. Os neurotransmissores atravessam essa fenda e ligam-se a
recetores específicos na membrana do neurónio pós-sináptico, desencadeando-se, assim, o impulso nervoso. Logo após este efeito,
o neurotransmissor deve ser recapturado por recetores transportadores específicos, que estão localizados no neurónio pré-sináptico.
Se a cocaína está presente no cérebro, bloqueia a recaptura dos neurotransmissores, levando a um excesso de neurotransmissores
na fenda sináptica. A presença anormal destes neurotransmissores no cérebro causa efeitos de prazer e euforia. O uso prolongado
desta droga pode fazer com que o cérebro dependa dela para funcionar.

Grupo II
1. (D). Durante o período reprodutivo, de acordo com o documento, o lagarto consegue elevar a temperatura corporal até 10 °C
acima da temperatura ambiente, independentemente da sua alimentação ou comportamento.
2. (B). Durante os meses de inverno, o lagarto Salvator merianae hiberna e, por isso, a sua taxa metabólica diminui. Após a
hibernação, inicia a fase reprodutiva.
3. (D). Durante o período de hibernação, a espécie referida não realiza homeotermia, sendo, por isso, um ser vivo poiquilotérmico.
4. (C). Durante o inverno, os lagartos hibernam e são ectotérmicos, pelo que o gradiente de temperatura entre o meio interno e
externo é praticamente nulo. Já no caso das aves, por serem seres homeotérmicos, possuem mecanismos fisiológicos que contri-
buem para a elevação da temperatura corporal, razão pela qual o gradiente de temperatura entre o corpo do ser vivo e o meio
externo é elevado.
5. (a) - 1; (b) - 3; (c) - 8; (d) - 6; (e) - 4.
6. (C). De acordo com o texto, perturbar os lagartos (estímulo externo) provoca uma diminuição da sua temperatura. Esta experiência
foi levada a cabo durante a fase reprodutiva.
7. (A). Ao serem perturbados, o aumento do fluxo sanguíneo periférico promove a dissipação de calor, diminuindo a temperatura
corporal.
8. B-A-D-C-E
As etapas dizem respeito à respiração aeróbia.
9. (A). O coração dos lagartos apresenta três cavidades, o que permite, a nível ventricular, a mistura de sangues venoso e arterial.
A pressão parcial de oxigénio diminui ao ocorrer a mistura de sangue arterial com sangue venoso.
10. (C). As necessidades energéticas dos seres vivos ectotérmicos são inferiores comparativamente com as dos seres endotérmicos
(cuja taxa metabólica assegura a manutenção da temperatura corporal através da mobilização de compostos energéticos).
A hibernação permite aos animais sobreviverem a períodos de limitação alimentar. Antes do período de hibernação, os animais
acumulam grandes quantidades de gordura. Ao hibernarem reduzem a sua temperatura corporal e o consumo de oxigénio,
associado a uma redução do ritmo cardíaco e respiratório e metabólico. A vasoconstrição periférica é um mecanismo que também
contribui para a redução das perdas energéticas.
O "acordar" inicia-se com o aumento dos ritmos cardíaco e respiratório. O aumento do fluxo sanguíneo é, em parte, direcionado
para o tecido adiposo. A produção de energia sob a forma de calor a partir das mitocôndrias da gordura permite que o sangue
aqueça ao passar pelo tecido adiposo, aquecendo, posteriormente, todo o corpo.

Grupo III
1. (A). Acima dos 1500 mOsm, o caranguejo não consegue sobreviver, pelo facto de o meio se tornar demasiado salino.
2. (A). O camarão é um animal osmorregulador, uma vez que a pressão osmótica dos fluidos corporais se mantém aproximadamente
constante.
3. (B). No mar (pressão osmótica de cerca de 1000 mOsm), a entrada de sais para o interior do seu organismo é contrabalançada
pela sua excreção, por transporte ativo, através das brânquias.
4. (D). As brânquias são projeções da superfície corporal para o exterior do corpo (evaginações). Sendo uma superfície respiratória,
apresenta uma elevada vascularização, de forma a permitir a realização das trocas gasosas.
5. (B). O sistema circulatório dos crustáceos é aberto, no entanto, a sua hemolinfa transporta nutrientes, tal como nos insetos, mas
também gases, pelo facto de possuir pigmentos respiratórios, conforme referido no documento.
6. (C) A sensação de dor ativa mecanismos de regulação nervosa, sendo a natureza do impulso nervoso eletroquímica. A regulação
implica processos de feedback negativo.
7. (D). O camarão é um ser vivo osmorregulador. Por isso, um aumento de salinidade do meio externo (meio hipertónico) provocará
a entrada de sais para o interior do seu corpo e a saída de água por osmose. Para contrabalançar, terá de excretar mais sais e
menos água, resultando numa urina abundante e concentrada.
8. (B). O mexilhão é um ser vivo osmoconformante, pelo que a sua urina apresentará uma osmolaridade idêntica ao meio externo.
9. A existência de pigmentos respiratórios ao nível do fluido corporal permite aumentar a eficácia das trocas gasosas. Esta situação
conduz a um aumento da taxa respiratória, o que, por sua vez, resulta num aumento da taxa metabólica e na produção de maiores
quantidades de energia.
Deste modo, os crustáceos conseguem aumentar a sua capacidade de sobrevivência.

Grupo IV
1. (B). A variável independente é aquela que o investigador manipula de forma a poder estudar os seus efeitos. Neste caso, a varável
manipulada pelos investigadores foi a humidade relativa do ar.
2. (A). Sob condições de ar seco, a planta tende a perder água para a atmosfera por transpiração. Há, por isso, necessidade de
fechar os estomas para evitar perdas maiores de água. O ácido abcísico vai atuar ao nível dos estomas, levando ao seu fecho.
Assim, a variante wt expressa muito o gene HVA22, essencial à biossíntese de ABA, uma vez que necessita de fechar os estomas
(e a acumulação de ABA induz o seu fecho).
3. (A). A saída de K+ das células-guarda leva a que estas fiquem hipotónicas. Assim, há saída de água das células-guarda e
consequente fecho dos estomas.
4. (D). Pela análise da experiência, é percetível que a síntese de ácido abcísico permite que a planta responda a alterações nas
condições de humidade relativa do ar e de hidratação/desidratação foliar (figura 1C), já que as plantas wt foram capazes de
sobreviver a condições de humidade relativa, por oposição à estirpe mutante. No exemplo referido, a única estrutura da planta a ser
utilizada foram as folhas, pelo que se conclui que há produção de ABA nas mesmas. O ABA regula o fecho estomático.

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5. A variante mutante tem falta de um gene essencial à biossíntese de ABA. Assim, o fecho estomático não conseguirá ser
desencadeado pela ação desta hormona. Sob condições de ar seco, as plantas têm tendência a perder água por transpiração para
a atmosfera (cuja humidade é reduzida), e essa perda dá-se através dos estomas.
Assim, as plantas wt foram capazes de produzir ABA ao nível das folhas e, consequentemente, induzir o fecho estomático, evitando
perdas de água por transpiração e mantendo o aspeto "normal". Por oposição, as plantas mutantes, incapazes de sintetizar ABA,
não conseguiram fechar os estomas eficientemente, o que levou a grandes perdas de água e consequente emurchecimento.
6. A - V; B - F. As auxinas e as giberelinas estão associadas à estimulação do crescimento de tecidos das plantas. No entanto, o
etileno é uma hormona vegetal responsável pela abcisão das folhas e pela abcisão e amadurecimento dos frutos.
C - V; D - V; E - F. A taxa fotossintética condiciona a abertura estomática, uma vez que, na presença de luz e água, as plantas
iniciam o processo fotossintético, necessitando, também, de captar CO2 atmosférico, o que implica que, nas condições ideais,
maiores taxas fotossintéticas vão corresponder a maiores taxas de abertura estomática.
F - V; G - V; H - F. A quantidade de água no solo e a humidade relativa do ar são dois dos fatores que influenciam o fecho estomático,
tendo ambos de ser considerados.
7. (a) - 2; (b) - 1; (c) - 3.

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Teste de avaliação global 1


Grupo I
1. (B). Os limites construtivos são aqueles em que se verifica o movimento divergente de duas placas litosféricas e a
consequente ascensão de magma com formação de nova crosta.
2. (C). A zona de rifle caracteriza-se por ter um vulcanismo do tipo efusivo, com ascensão de magma básico, fluido, com possível
formação de pillow-lavas.
3. (D). O vulcanismo secundário ou residual corresponde a fenómenos de libertação de gases e/ou água a temperaturas
elevadas. No caso das fumarolas, há libertação de vapor de água e outros gases, como, por exemplo, dióxido ou monóxido de
carbono (mofetas) e gases ricos em enxofre (sulfataras).
4. (A). Um dos ramos do ponto triplo dos Açores é constituído pela dorsal médio-atlântica. O outro ramo do ponto triplo é
denominado rifle da Terceira.
5. (D). A ausência de luz nas fontes hidrotermais submarinas justifica a inexistência de plantas fotoautotróficas e a presença de
bactérias quimioautotróficas no primeiro nível trófico.
6. (D). A fase luminosa da fotossíntese conduz à libertação de oxigénio pela oxidação da água e formação de ATP e NADPH, que
serão usados no ciclo de Calvin.
7. (B). O ciclo de carbono na quimiossíntese conduz à produção de um composto orgânico (monossacarídeo, por exemplo
glicose), utilizando ATP e NADPH e gerando ADP e NADP+.
8. (C). O peixe, sendo um animal vertebrado, apresenta sistema digestivo completo, ou seja, possui duas aberturas (boca e
ânus), o que permite que o movimento dos alimentos se dê em apenas um sentido, sendo a absorção sequencial ao longo do
tubo digestivo. Assim, é possível a especialização dos órgãos, o que aumenta a eficiência do processo digestivo.
9. A espécie de tartaruga pertence à classe dos répteis, que possuem um sistema circulatório fechado, duplo e incompleto. O
coração destes organismos apresenta três cavidades (duas aurículas e um ventrículo), ocorrendo mistura de sangue venoso e
arterial, sendo o mecanismo comportamental que os auxilia na termorregulação.

Grupo II
1. (C). Os cometas são pequenos corpos do Sistema Solar cujo núcleo é constituído por gelo, poeiras e pequenos fragmentos
rochosos. Os meteoritos podem ser formados por fragmentos de asteroides, mas também de cometas. Os asteroides são corpos
rochosos e metálicos com dimensões e formas muito variadas, mas geralmente não ultrapassando algumas centenas de qui-
lómetros de diâmetro. Estão localizados entre Marte e Júpiter, na Cintura de Asteroides, mas também na Cintura de Kuiper.
2. (D). Asteroides e cometas são corpos primitivos do Sistema Solar que se formaram aquando da nébula primitiva.
3. (C). Os asteroides são corpos do Sistema Solar rochosos e metálicos que resultaram da condensação de materiais da nébula
primitiva que não conseguiram aglomerar material suficiente em redor devido às perturbações gravitacionais provocadas por
Júpiter.
4. (B). Um meteorito é a designação atribuída a um meteoroide, corpo de dimensões variáveis com origem no Espaço que, ao
chocar com a superfície de um planeta telúrico, origina as crateras de impacto.
5. (D). Meteoritos são fragmentos de corpos sólidos extraterrestres (como asteroides, cometas ou restos de planetas
desintegrados). Quando ainda estão no espaço interplanetário, são designados por meteoroides. Quando entram na atmosfera
terrestre, tornam-se incandescentes devido ao atrito com o ar, passando então a ser designados por meteoros (popularmente
conhecidos como estrelas-cadentes). A grande maioria dos meteoros desintegra-se completamente durante a passagem
atmosférica. Só se passa a utilizar o termo meteorito quando o meteoroide consegue vencer a passagem pela atmosfera,
atingindo a superfície.
6. (A). Os meteoritos mais primitivos apresentam uma composição química próxima da nébula primitiva, contendo materiais
rochosos e metais, tendo permanecido praticamente inalterados desde a sua formação. Ex.: condritos.
7. (B). Os meteoritos diferenciados experimentaram alterações químicas e físicas desde a sua formação, tendo resultado da
fragmentação de asteroides de maiores dimensões, podendo apresentar composição mais metálica ou mais silicatada.
Permitem, por isso, estabelecer comparações com as diferentes camadas da Terra.
8. (A). Os condritos são meteoritos rochosos que não foram modificados devido à fusão ou diferenciação do corpo que os
originou, tendo resultado da acreção de poeiras e pequenos fragmentos do início da formação do Sistema Solar.
9. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- Um impacto meteorítico pode projetar grandes quantidades de materiais para a atmosfera, podendo bloquear a radiação solar
durante vários anos. Esta situação pode conduzir ao arrefecimento da superfície do planeta e ao desaparecimento de muitas
plantas, com efeitos negativos em toda a cadeia alimentar, conduzindo a extinções em massa.
- Os meteoritos são, geralmente, escuros, destacando-se na superfície brilhante gelada da Antártida. Uma vez que a vegetação é
escassa e neva pouco, permanecem visíveis durante um longo período de tempo, ficando bem conservados ao permanecerem
intactos. Além disso, os movimentos dos glaciares tendem a concentrar os meteoritos em determinadas áreas.
10. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- Asteroides, cometas e meteoritos são os corpos mais primitivos do Sistema Solar, pelo que, ao serem estudados, fornecem
informações muito importantes sobre as condições de início do Sistema Solar e a formação dos planetas.
- Os planetas terão experimentado diversos processos até à sua formação, como a acreção, a fusão e a diferenciação em
camadas, além de modificações geológicas da sua superfície, pelo que o seu estudo não permite determinar com exatidão
quando e a partir de que materiais foram formados.

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Grupo III
1. (A). A hormona antidiurética é libertada quando os osmorrecetores do hipotálamo detetam um aumento da pressão osmótica
do sangue, como resultado, por exemplo, da perda de água por transpiração.
2. (B). Em condições de elevada sudorese, a pressão osmótica do sangue aumenta, o que desencadeia a libertação da hormona
ADH, com o objetivo de aumentar a permeabilidade das células do tubo urinífero para conduzir a uma maior reabsorção de água
e à diminuição da pressão osmótica do sangue.
3. (A). A hormona ADH é libertada pela hipófise posterior, sempre que a pressão osmótica do sangue aumenta, como resultado
da perda de água.
4. (C). A hormona ADH é uma proteína, apresentando na sua composição C, H, O e N. O aumento da concentração de ADH no
sangue provoca um aumento da concentração da urina, ao promover uma maior reabsorção de água ao nível do rim. A ADH não
atua diretamente sobre a membrana celular apical do tubo urinífero. A permeabilidade desta membrana é influenciada por um
mensageiro químico secundário.
5. E-B-D-C-A
A falta de água no organismo conduz a um aumento da pressão osmótica no sangue, levando à libertação da hormona ADH. Esta
hormona liga-se aos recetores da membrana das células dos tubos distal e coletor. Já no interior da célula, reações em cascata
convertem o sinal químico da ADH num mensageiro secundário, que promove a exocitose de vesículas portadoras de
aquaporinas que são adicionadas à membrana apical destas células. Em consequência, a membrana torna-se mais permeável,
conduzindo à reabsorção de água para o fluido intersticial.
6. (A). A ingestão abundante de água conduz a uma diminuição da pressão osmótica do sangue, pelo que a permeabilidade do
tubo urinífero deverá diminuir, com a produção de uma urina abundante e diluída (diurese). Neste processo, as aquaporinas
serão removidas da membrana apical e o cAMP é degradado.
7. (a) - (4); (b) - (6); (c) - (5); (d) - (1); (e) - (2); (f) - (10); (g) - (9).
8. As membranas das células epiteliais que revestem a porção ascendente da ansa de Henle são impermeáveis à água.
9. (B). Os tubarões e outros peixes cartilaginosos são capazes de manter a tonicidade do seu sangue próxima da água do mar.
Esta situação é conseguida pela síntese e acumulação no sangue de uma substância chamada ureia.
10. Na resposta devem ser abordados os seguintes tópicos:
- Os seres vivos osmorreguladores mantêm uma diferença de concentrações entre o meio interno e o meio externo, condição
que exige gasto de energia. Pelo facto de a difusão tender para a anulação do gradiente de concentrações de um dado sistema,
os seres vivos osmorreguladores mantêm a existência de um gradiente através do transporte ativo, com gasto de energia. As
necessidades energéticas variam de acordo com a osmolaridade do meio e com a facilidade de absorção de água através da
superfície corporal.
- Condições [imitantes de oxigénio conduzem a uma diminuição da taxa respiratória ao nível dos tecidos, levando a uma menor
taxa metabólica.
- Ao ocorrer uma redução da quantidade de energia disponível (ATP), a sobrevivência dos seres vivos osmorreguladores pode
ficar comprometida, pelo facto de não conseguirem manter a sua homeostasia.

Grupo IV
1. (D). Na segunda investigação pretendeu-se aferir de que forma as elevadas concentrações de auxinas influenciavam o
metabolismo (a produção) das citocininas e vice-versa.
2. (C). Pela análise das figuras, pode concluir-se que a ação da auxina é dependente da sua concentração (para concentrações
mais elevadas, há promoção do desenvolvimento das raízes) e é dependente das interações que estabelece com as outras
hormonas. Por exemplo, para grandes concentrações de auxinas, onde há também grande concentração de citocininas, não se
desenvolvem raízes, mantendo-se o calo como um conjunto indiferenciado de células.
3. (B). Pela análise da figura 1 conclui-se que, para elevadas concentrações de citocininas e baixas concentrações de auxinas, ou
seja, rácio auxina/citocinina baixo, há formação de pequenas folhas no corpo caloso. Por oposição, para rácio elevado de
auxina/citocinina (muita auxina, pouca citocinina), há estimulação do desenvolvimento de raízes.
4. (A). Um dos problemas de utilizar mutantes é o facto de ser difícil, dado o seu fenótipo ser diferente, identificar fases de
crescimento equivalentes que possam ser comparáveis. Assim, no sentido de diminuir possíveis erros, procedeu-se à recolha de
amostras mutantes e wild type com o mesmo tempo de crescimento e, posteriormente, com a mesma altura (mesma fase de
crescimento).
5. (C). Pela análise da figura 2, é possível concluir que plantas superprodutoras de citocininas (P3 e P9) possuem menor teor em
auxinas do que plantas wt. Por oposição, plantas superprodutoras de auxinas (35S-laa-Mx35S-laaH) têm menor teor em
citocininas do que wt. Logo, grandes concentrações de auxinas inibem a produção de citocininas e grandes concentrações de
citocininas inibem a produção de auxinas.
6. (D). Segundo a hipótese da tensão-coesão-adesão, a força motriz para o movimento de seiva xilémica é a transpiração foliar.
7. As citocininas são hormonas que se caracterizam, principalmente, pela sua capacidade de estimular a divisão celular em
culturas de tecidos. Também influenciam a diferenciação de caules e raízes em culturas de tecidos, a expansão foliar, o
desenvolvimento de cloroplastos e a senescência foliar.
Nas linhagens transgénicas produzidas, a expressão da citocinina oxidase, enzima que catalisa a degradação irreversível das
citocininas, leva a que estas não cresçam tanto nem possuam as folhas tão desenvolvidas, como a linhagem wild type, que
cresce sob estímulo normal das citocininas por oposição às mutantes, onde as citocininas são degradadas pela citocinina
oxidase. Assim, surge o fenótipo-anão por falta de estímulo das citocininas.

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Teste de avaliação global 2


Grupo I
1. (B). O epicentro de um sismo é o local de intensidade máxima, que é referido no texto como sendo a 4 km de Amarante e a
110 km da capital do Chile.
2. (D). A magnitude de um sismo indica a quantidade de energia libertada por esse evento sísmico e é apresentada numa escala
logarítmica, que geralmente varia de 1 a 9, mas sem limite superior definido.
3. (A). O hipocentro do sismo é o foco do sismo em profundidade, que é referido como tendo sido a 17 km e 10 km de
profundidade.
4. (D). Como referido no texto, após o sismo podem surgir réplicas de magnitude considerável. As ondas sísmicas levam à
libertação de energia num determinado ponto da crosta ou do manto, por isso, são manifestações da geodinâmica interna.
5. (A). A cordilheira dos Andes corresponde a uma zona de subducção entre uma placa continental e uma placa oceânica mais
densa, que é subductada.
6. (D). Na cordilheira dos Andes, a subducção da placa oceânica permite a infiltração de água, que diminui o ponto de fusão dos
materiais, facilitando a formação de magmas intermédios ou ácidos.
7. (C). O Anel de Fogo do Pacífico corresponde a uma zona de elevada atividade sísmica e vulcânica, devido a movimentos
tectónicos, e surge em volta do oceano Pacífico, não abrangendo Portugal.
8. (A). Tsunamis são ondas gigantes, também designadas por raz de maré ou maremotos, que só se formam se o foco sísmico for
no mar.
9. (B). O desfasamento, a amplitude, o período e a frequência das ondas sísmicas.
10. Além do desfasamento de chegada entre ondas de diferente tipo (por exemplo, onda P e onda S), estas chegam às estações
em diferentes momentos, manifestando atrasos, que, neste caso, foi de 4 horas, porque para as ondas chegarem a estações
sismográficas de diferentes localidades têm que atravessar materiais com densidade e rigidez diferentes.

Grupo II
1. (C). O design experimental desta investigação mantém constantes todas as condições no interior dos tubos Erlenmeyer exceto
o tipo de substrato, que varia consoante o tubo. Neste caso, o tipo de substrato corresponde à variável independente. Assim, a
investigação testou a ação de diferentes substratos na produção de etanol.
2. (A). A variável dependente é aquela cujos resultados estão a ser avaliados/monitorizados em função da manipulação de uma
variável independente. Nesta investigação, houve manipulação do tipo de substrato que influenciou a produção de etanol e
glicose nos tubos (variáveis dependentes). A produção de etanol a partir do processo de fermentação alcoólica é condicionada
pela presença de glicose, uma vez que é a degradação da glicose que permite a obtenção de etanol.
3. (D). O processo de sacarificação e fermentação consiste na hidrólise da celulose dos substratos, dando origem a glicose. A
glicose é, em seguida, degrada pelo processo de fermentação alcoólica, dando origem a 2 moléculas de etanol (por cada
molécula de glicose degradada) e 2 moléculas de CO2.
4. (A). Pela análise dos gráficos da figura 1, é percetível que a biomassa de choupo, a palha de trigo e os resíduos herbáceos de
B. carinata são os melhores substratos, entre os cinco testados, para a produção de etanol, uma vez que são obtidas
concentrações mais elevadas de álcool (na ordem dos 19 g/l de etanol). No entanto, dado que para o substrato palha de trigo é
necessário esperar cerca de 160 horas até ser atingida a máxima concentração de etanol, a biomassa de P. nigra (choupo) e os
resíduos de B. carinata são os mais eficientes no processo de SSF.
5. (B). Kluyveromyces marxianus é uma levedura, ou seja, um fungo unicelular que, tal como é indicado pela atividade
experimental desenvolvida, é capaz de realizar respiração anaeróbia (fermentação). Os fungos são organismos heterotróficos.
6. (D). A fase química da fotossíntese corresponde ao ciclo de Calvin. Nesta fase, há fixação de CO 2 (essencial à produção de
compostos orgânicos) e consumo das moléculas de ATP e NADPH produzidas durante a fase fotoquímica da fotossíntese. A água
é essencial à fase fotoquímica, e da sua oxidação resulta a produção e libertação de oxigénio, mas estas duas moléculas não são
necessárias no ciclo de Calvin.
7. D-E-A-B-C
A produção de etanol inicia-se com a degradação da celulose, um polissacarídeo composto apenas por monómeros de glicose,
por ação das celulares. Formam-se assim moléculas de glicose que depois são fosforiladas na primeira fase da glicólise (gasto de
ATP). Após sofrerem fosforilação, as moléculas de glicose são degradadas em duas moléculas de ácido pirúvico. O ácido pirúvico
é depois convertido em etanol, com libertação e CO2.
8. A produção de etanol a partir do processo de fermentação alcoólica é condicionada pela presença de glicose, uma vez que é a
degradação da glicose que permite a obtenção de etanol.
Assim, à medida que a celulose no interior dos tubos está a ser degradada, está também a formar-se glicose, que, logo em
seguida, por ação das leveduras, é fermentada, formando-se etanol.
No entanto, a partir das 70-80 horas, começa a acumular-se nos tubos mais glicose, o que indica que as enzimas utilizadas na
conversão de glicose em etanol estão saturadas. Tal é corroborado não só pela maior acumulação de glicose nos tubos mas
também pela concentração de etanol, que parece estabilizar num limite máximo a partir das 70-80 horas após início da
experiência.

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Grupo III
1. (C). A datação relativa das rochas assenta nos princípios de estratigrafia, sendo um deles o princípio de que os estratos
depositam de forma horizontal.
2. (A). Por definição, os fósseis de idade são fósseis de organismos que viveram em épocas muito específicas, num intervalo de
tempo curto e com uma distribuição alargada.
3. (D). Por definição, os fósseis de fáceis são de organismos que viveram em ambientes muito particulares.
4. (D). Se uma rocha tiver cerca de 12 000 anos, o melhor método para a datar será o de 14C/14N, tendo ocorrido tempo um
pouco superior a duas semividas.
5. (D). Tendo por base o método de datação 40K/40Ar; a quantidade de isótopos-pais presentes numa rocha com cerca de 4000
M.a. deve ser de 12,5%, correspondendo a pouco mais de três semividas.
6. A atual idade de cerca de 4,5 mil milhões de anos atribuída à Terra apoia-se num método indireto, que é o estudo de um
meteorito.
7. O fóssil preserva a relação entre os subsistemas biosfera e geosfera, mostrando como a compreensão da vida na Terra passa
por uma análise interdisciplinar que envolve os vários subsistemas. Se não fosse a possibilidade de se estudar os fósseis, seria
mais difícil reconstituir a história da Terra e saber o início da socialização dos insetos, que se apresenta manifestada por um
combate e morte de duas térmitas guerreiras. Não obstante, a interdisciplinaridade entre estes dois subsistemas da Terra, o
presente exemplo mostra a visão holística e integradora com que devemos estudar e compreender a (existência) vida no nosso
planeta.

Grupo IV
1. (D). Pela análise dos dados que constam da tabelai, é percetível que o ATP e o NADH conferem poder de assimilação no
processo quimiossintético, isto é, estas moléculas são essenciais para que a carboxidismutase consiga fixar CO 2, reação que
exige gasto de energia (ATP). O NADH atua como um agente que confere poder redutor à célula. Estas duas moléculas são
produzidas como consequência da oxidação do substrato (neste caso o nitrito). O NADPH, por oposição, faz baixar a taxa de
assimilação de CO2 radioativo.
2. (B). Em ambos os estudos, existem vários grupos experimentais e de controlo, e várias variáveis independentes estão a ser
testadas (presença de ATP, presença de NADH, presença de NO 2-, presença de ATP + NADH...), mas apenas uma variável
dependente está a ser medida - a taxa de assimilação de CO2 radioativo.
3. (B). O grupo de controlo pode ser considerado o grupo que difere do grupo experimental unicamente pela ausência da
intervenção ou do impacto da variável experimental (independente), ou da sua manipulação. Assim, na segunda etapa da
investigação, o ensaio onde apenas foi adicionada a fração S144 serviu de grupo de controlo. Este grupo foi essencial para se
obter o nível basal de assimilação de CO2 (sem que mais nada fosse adicionado), o que permite controlar os ensaios experi-
mentais seguintes.
4. (B). As bactérias Nitrobacter agilis são organismos autotróficos, isto é, conseguem produzir compostos orgânicos a partir de
substâncias minerais, utilizando uma fonte de energia externa, neste caso, a oxidação de compostos nitrogenados (nitrito).
Dessa reação de oxidação resultam eletrões que, num processo que se assemelha ao fotossintético, são utilizados para fosforilar
o ADP, formando-se ATP.
5. (D). As bactérias, organismos procariotas, não possuem núcleo, mitocôndrias ou retículo endoplasmático. Possuem, no
entanto, parede celular que lhes confere proteção contra pressão osmótica, evitando que estas células sofram lise celular, e
conferem maior suporte estrutural.
6. (D). Se as bactérias forem colocadas num meio hipertónico relativamente ao meio intracelular, a água tenderá a mover-se,
por osmose, do meio hipotónico para o meio hipertónico, ou seja, sairá da célula. Contudo, como estas bactérias possuem
parede celular, não ocorrerá lise.
7. O CO2 é a fonte de carbono para a produção de compostos orgânicos, o que torna a sua monitorização essencial para esta
investigação, já que quanto maior for a taxa de assimilação de CO2, maior será o carbono disponível para formar trioses e
hexoses (açúcares, como, por exemplo, a glicose).
8. O estudo evidenciou que existe, tal como na fotossíntese, um ciclo de carbono, ou seja, uma via de produção de compostos
orgânicos que se inicia pela fixação de CO2 (tabelas I e II), tal como acontece no ciclo de Calvin da fotossíntese. Foi também
percetível que a fosforilação (formação de ATP) e a formação de um composto que confere maior poder redutor são essenciais
para o processo, o que também é comum à fotossíntese. No entanto, contrariamente à fotossíntese, este processo não é
dependente da luz nem utiliza a oxidação da água como fonte primária de eletrões, mas sim a oxidação de um substrato
nitrogenado, neste caso o nitrito. E, por fim, a molécula que confere poder redutor na fotossíntese é o NADPH, enquanto neste
caso é o NADH.

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