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Relatório de filosofia

A aula de filosofia, do dia 2 de novembro, iniciou-se com uma conversa sobre os


trabalhos de DAC, onde foram apresentadas várias ideias à professora, sobre como
poderíamos gerir e apresentar o trabalho de acordo com as aprendizagens essenciais
de cada disciplina.
De seguida, foi lido o relatório da aula anterior e revisitados alguns conceitos já
lecionados, tais como, a definição de conhecimento e os diferentes modos para
explicar a origem deste.
O conhecimento pode ser definido como um conhecimento proposicional ou saber
que, podendo este ser classificado como verdadeiro ou falso. De acordo com Platão,
apenas existe conhecimento quando é apresentada uma crença verdadeira e
justificada.
Existem dois modos diferentes de explicar o problema relacionado à descoberta da
origem das crenças e justificações de um conhecimento. Um conhecimento pode
derivar da experiência, sendo este designado por empirismo ou conhecimento à
posteriori (depois de), que consiste no conhecimento que uma pessoa tem quando
em contacto com a realidade. Um exemplo de um conhecimento à posteriori é
sabermos que o estojo da Stella é rosa fluorescente porque o vimos com os nossos
próprios olhos. O racionalismo ou conhecimento a priori (antes de) é o
conhecimento relacionado à razão, ou seja, não depende da experiência. Um
exemplo de um conhecimento a priori é o conhecimento matemático, sendo este
sempre justificado por cálculos.
Posteriormente, foi iniciado o tema “O problema da origem e da possibilidade do
conhecimento: o desafio cético” onde é distinguida a origem do conhecimento de
acordo com os diferentes modos apresentados por Platão.
A análise racionalista do conhecimento foi iniciada por René Descartes, sendo assim
conhecido como o pai do Racionalismo Moderno.
Por outro lado, o empirismo é uma corrente que surgiu na Inglaterra e que foi
elaborada pelos filósofos John Locke e David Hume, que discordavam absolutamente
do que Descartes elaborou como explicação de conhecimento. Mais explicitamente o
empirismo surge como forma de ataque ao racionalismo.
De acordo com Descartes, o racionalismo considera que a razão (entendimentos) é a
fonte principal do nosso conhecimento, ou seja, é através da razão que nós
garantimos verdade às nossas crenças e que um conhecimento é seguro porque se
apoia em princípios evidentes, ou seja, que não deixam mínima dúvida e são
totalmente independentes da experiência.
Os racionalistas acham que o conhecimento a priori é verdadeiro, pois possui duas
características: a necessidade lógica e ser universalmente verdadeiro.
Resumidamente, o modelo fundamental de conhecimento para os racionalistas é-
nos dado pela matemática. Pois Descartes era um grande matemático.
O racionalismo apresenta quatro características fundamentais, tais como: os
apoiantes desta teoria desconfiarem totalmente dos sentidos, ou seja, não
concordam com as crenças e informações que se obtém dos sentidos porque estas
podem ser confusas e incertas. Por exemplo, se olharmos para o céu quando este se
encontra coberto por nuvens, não podemos ter a certeza de que ele é azul. Os
racionalistas assumem também o otimismo racionalista, ou seja, confiam totalmente
na razão como forma de conhecimento da realidade, permitindo-nos conhecer a
priori aquilo que é verdadeiro.
Platão e Descartes consideram que o nosso pensamento está equipado com
conjuntos de estruturas inatas que nos permitem conhecer a verdade. Tais ideias
fundamentais do conhecimento que já nascem connosco.
Para os racionalistas a nossa mente conhece duas maneiras fundamentais: a intuição
e a dedução. A dedução consiste em concluirmos um conjunto de conhecimentos a
partir doutro. A intuição é aquilo que pode ser chamado de “luz natural da razão”,
portanto a razão por si mesma conclui uma determinada verdade. Como por
exemplo, quando de um momento para o outro tem-se uma ideia luminosa.
E terminou assim mais uma aula de filosofia.

Leonor Rodrigues N.º14 11.ºC

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