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FÍSICA
12.o ano
CADERNO DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
Graça Ventura
Manuel Fiolhais
Carlos Fiolhais
José António Paixão
Índice
UNIDADE 1 Mecânica
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Respostas às questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Resumo
1.1 Mecânica da partícula
Lei do movimento: r (t) = x(t)e
x + y (t)e y + z (t)e z
Movimento uniformemente variado A coordenada de posição é uma função polinomial do 2.º grau em t.
Movimento variado A coordenada de posição é uma função polinomial de grau superior a dois em t.
A força resultante não tem a direção A força resultante faz variar a direção
A trajetória é curvilínea.
da velocidade nem lhe é perpendicular. e o módulo da velocidade.
=a
Aceleração e suas componentes tangencial e normal: a t + a
n
É tanto maior quanto mais rapidamente variar o módulo É tanto maior quanto mais rapidamente variar a direção
da velocidade. da velocidade.
Existe sempre que o módulo da velocidade varie, quer Existe sempre nos movimentos curvilíneos porque a direção
em trajetórias retilíneas quer curvilíneas. da velocidade varia.
Não existe nos movimentos retilíneos ou curvilíneos uniformes Não existe nos movimentos retilíneos porque a direção
porque o módulo da velocidade não varia. da velocidade não varia.
a t = constante, porque o módulo da velocidade varia mas sempre da mesma forma nos mesmos intervalos
Uniformemente variado
de tempo.
a t constante, porque o módulo da velocidade varia mas de forma diferente nos mesmos intervalos
Variado
de tempo.
5
——Y
——Y
——Y
r
velocidade média: vm =
equações paramétricas: velocidade:
x = x(t ) t
y = y (t ) dr
v =
dt —————————Y se v constante: movimento uniforme
z = z(t )
————Y
———Y
————————————Y v
aceleração média: am =
t
equação da trajetória aceleração:
——Y
——Y
dv
a =
————Y
dt
trajetória trajetória
retilínea curvilínea
——Y
——Y
————Y
————Y
a = at + an ⇔ a = ate
t + anen → a = a2t +an2
v e FR v e FR
têm têm
dv a = v 2 —————————Y a n = 0 → movimento retilíneo
a mesma direções at = n
direção diferentes dt r —————————Y a n 0 → movimento curvilíneo
———
———————————————————
—Y ——Y
—Y ——Y
at = 0 at = constante
movimento movimento
uniforme uniformemente variado
Movimentos circulares
Equações paramétricas: x = R cos e y = R sin , com = (t)
s = R v = Rω at = R
Fx Fy
aceleração ax = ay =
m m
1 1
posição x = x0 + v0x t + ax t2 y = y0 + v0y t + ay t 2
2 2
dx dy
velocidade vx = = v0x + ax t vy = = v0y + ay t
dt dt
x v Ec Ep Em
1 1
Posições extremas ±A 0 0 k A2 k A2
2 2
1 1 1
Posição de equilíbrio 0 ± A m 2 A2 = k A2 0 k A2
2 2 2
Colisões:
pii == pp
p f f pi = pf i = pf
p
Eci (sistema) = Ecf (sistema) Eci (sistema) Ecf (sistema) Eci (sistema) Ecf (sistema)
e=1 0< e <1 e=0
Os corpos adquirem a forma inicial após Há deformação dos corpos após a colisão. Há deformação dos corpos e estes
a colisão. adquirem a mesma velocidade após a colisão.
• Hidrodinâmica
Equação de continuidade:
O caudal volumétrico (volume por unidade de tempo) é constante em regime estacionário: Φ = A1v1 = A2v2 .
Princípio de Bernoulli:
A pressão é menor onde a velocidade de escoamento é maior.
Equação de Bernoulli:
1
p + g y + v 2 = constante
2
1.5 Gravitação
m m
Módulo da força gravítica entre duas massas pontuais, m e m
, separadas pela distância r : Fg = G .
r2
Módulo do campo gravítico criado por uma massa pontual m num ponto à distância r da massa: Ᏻ = G m2 .
r
Relação entre a força gravítica que atua sobre uma massa m colocada num ponto e o campo gravítico nesse ponto (causado por
qualquer distribuição de massas): Fg = m Ᏻ.
m m
Energia potencial gravítica de um sistema de duas massas pontuais, m e m
, separadas pela distância r : Ep = – G .
r
8 • Mecânica
Questões
2. Um pescador dirige o seu barco 2,00 km para oeste, depois 3,50 km para nordeste e uma certa distância d numa direção
desconhecida. Verifica que no final da viagem está a 5,80 km de distância do ponto de partida e a oeste desse ponto. Que
distância percorreu e que direção o barco tomou na terceira etapa da viagem?
3. Um elefante encontra-se inicialmente na origem de um referencial e, ao fim de 20,0 s, a sua velocidade média tem componen-
tes vx = 3,6 m s–1 e vy = – 5,2 m s–1 . Em que posição se encontra ao fim de 20,0 s? A que distância se encontra da origem?
4. Numa corrida, um barco anda 1,20 km para este, depois 1,60 km para noroeste e, finalmente, 0,80 km para sul. O tempo
da corrida foi 2,5 min. Qual foi a velocidade média e a rapidez média do barco em unidades SI?
5. Um corredor descreve um quarto de pista circular, de 25 m de raio, em 10 s. Determine a distância ao ponto de partida,
a sua velocidade média e a sua rapidez média.
7. Um carro, cujo comprimento é 3,5 m, viaja a 72 km h–1 aproximando-se de um cruzamento. Quando o semáforo passa
a amarelo a sua parte dianteira está a 50 m do cruzamento. O comprimento do cruzamento é de 20 m. Se o automobilista
travar, consegue uma aceleração média de 4,2 m s–2, se acelerar consegue uma aceleração média de 1,5 m s–2. A luz ama-
rela permanece ligada durante 3 s. O que deve fazer o motorista?
9
8. Considere o movimento do centro de massa de uma bola que desce um plano inclinado, durante 3,00 s, e cuja posição
é dada, em unidades SI, por:
r(t ) = 4,24 t 2 ex – 2,45 t 2 ey
9. Uma águia voa com uma trajetória plana dada por x = 1,0 + 1,6t e
y = 5t – 2,8t 2 durante 5,0 s.
a) Que tipo de trajetória descreve a águia? Esboce essa trajetória.
b) A que distância se encontra do ponto de partida ao fim de 5,0 s?
c) Represente graficamente o módulo da velocidade em função do tempo.
Qual é o módulo da velocidade mínima? Em que instante ocorre? Trace o
vetor velocidade sobre a trajetória nesse instante e tire conclusões.
d) Qual é a velocidade ao fim de 0,5 s e 3,0 s do movimento?
e) Em qual dos instantes, t = 0,5 s ou t = 3,0 s , o módulo da velocidade varia mais rapidamente?
f) Em qual dos instantes anteriores o raio de curvatura será menor? Justifique.
10. Em que condições um automóvel pode ter movimento uniforme e, ao mesmo tempo, ter aceleração? Nessas condições,
trace os vetores velocidade, aceleração e força resultante.
11. O TGV (Train à Grande Vitesse) viaja a 300 km h–1 e os passageiros não devem ter uma aceleração centrípeta superior
a 0,05 g numa curva. Qual é o raio de curvatura mínimo da curva para ser descrita com aquela velocidade?
13. Compare a aceleração de um ponto do equador decorrente do movimento de rotação da Terra com a aceleração do centro
de massa da Terra decorrente do movimento de translação à volta do Sol (considere a trajetória circular).
polo norte
Terra
equador Sol
S
polo sul
10 • Mecânica
14. Um pulsar, que é uma estrela de neutrões em rotação, tem 40 km de diâmetro e roda em torno de si própria dando uma
volta em cada segundo. Qual é a aceleração de um ponto do equador? E de um ponto a uma latitude de 45° N?
17. Um automóvel de 900 kg descreve uma rotunda de raio 20 m e, num dado instante, o velocímetro marca 36 km h–1 quando
o módulo da sua velocidade aumenta 1,0 m s–1 em cada segundo.
a) Escreva a expressão da força resultante que atua sobre o seu centro de massa em função das componentes tangencial
e normal no instante referido.
b) Noutro instante, a aceleração é 6 m s–2 e faz um ângulo de 107° com a velocidade. O carro está a acelerar ou a travar?
E qual é a sua velocidade? Justifique.
18. Um instrumento de um dentista, cujo diâmetro é 1,00 mm, gira a alta velocidade atingindo 350 000 rpm.
a) Qual é a aceleração de um ponto da periferia do instrumento?
b) Se o instrumento for desligado demorará 1,2 s a parar. Quantas voltas dá até parar (suponha que a aceleração angular
é constante)?
c) Escreva as equações paramétricas deste movimento.
19. Um objeto de 1,00 kg move-se horizontalmente sobre uma mesa polida e, no instante em que a sua velocidade é de 8 m s–1,
uma força constante paralela à mesa atua sobre ele, de módulo 10 N e formando um ângulo de 127° com a velocidade no
instante em que a força começa a atuar.
a) Escreva as equações paramétricas do movimento a partir do início da atuação da força e esboce a trajetória nos
primeiros 2,5 s.
b) Em que instante a componente horizontal da velocidade é nula? Qual é o módulo da velocidade nesse instante? Trace
o vetor velocidade sobre a trajetória e tire conclusões.
20. Uma pistola de brinquedo lança horizontalmente uma pequena bola contra uma parede que está a 2,00 m de distância, atin-
gindo-a a 0,874 m por baixo da posição inicial.
a) Quanto tempo demora a bola a atingir a parede?
b) Com que velocidade sai da pistola e com que velocidade atinge a parede?
c) Em que instante a sua velocidade varia mais rapidamente em módulo, no instante inicial ou final do voo? Justifique.
11
21. Um objeto que é lançado obliquamente para cima (assinale as afirmações corretas):
A. tem uma aceleração que diminui na subida e aumenta na descida.
B. tem uma velocidade que diminui na subida e aumenta na descida.
C. tem uma posição em que a velocidade é nula mas a aceleração não é.
D. tem uma posição em que a velocidade é mínima e a aceleração é nula.
E. tem uma posição em que a sua velocidade é mínima e a aceleração tangencial é nula.
F. tem uma posição em que a velocidade é mínima e a aceleração coincide com a sua componente centrípeta.
22. Nos Jogos Olímpicos de 1996, Carl Lewis ganhou a sua quarta medalha, alcançando 8,50 m no salto em comprimento.
Se o ângulo do seu salto com a horizontal foi de 23° e supondo que o movimento do seu centro de massa foi o de um pro-
jétil sem resistência do ar, com que velocidade iniciou o salto? E qual foi o seu tempo de voo?
24. Uma caixa desliza sobre um telhado de uma casa, cuja inclinação é de 25°, abandonando-o com
velocidade de 12 m s–1. A caixa cai no solo a uma distância de 5,0 m da parede. Despreze a resis- 25°
tência do ar. Qual é a altura do telhado? Em algum instante a velocidade duplica o valor inicial?
Justifique.
25. No cimo de um prédio de 10 m de altura estão três bolas A, B e C, que se podem considerar partículas. A bola A é deixada
cair, a B é lançada horizontalmente com velocidade de módulo 5 m s–1 e a C é lançada obliquamente para cima segundo
um ângulo de 30° com a vertical e com velocidade de módulo 5 m s–1 (despreze a resistência do ar). Indique as afirmações
corretas.
A. A bola B é a que chega mais depressa ao solo.
B. A bola C tem maior alcance mas é a que demora mais a chegar ao solo.
C. A bola C é a que tem maior velocidade quando chega ao solo.
26. Um jogador de basquetebol lança uma bola, de uma altura de 1,80 m, para o cesto
situado a 3,05 m do solo e a 4,20 m da vertical de lançamento.
a) O jogador fez um lançamento com velocidade de módulo 4,9 m s–1 e segundo um
ângulo de 55° com a vertical. Mostre que não encestou.
b) Num segundo lance, com o mesmo ângulo de lançamento, o jogador encestou.
Qual foi a velocidade inicial da bola? E que altura máxima atingiu a bola? A bola
entrou no cesto na subida ou na descida?
12 • Mecânica
27. Um objeto foi lançado e fotografado em intervalos de tempo iguais. As posições obtidas através do filme permitiram fazer o
gráfico da figura. Explique a forma do gráfico obtido.
28. Uma pessoa precisa de mover dois caixotes, A e B, sobre o chão, e pode fazê-lo de duas maneiras: ligando-os por uma
corda e puxando um deles, ou empurrando um contra o outro. Nos dois casos pretende exercer uma força de valor igual,
paralela ao plano. As superfícies em contacto (caixote e solo) têm atrito desprezável. A aceleração imprimida ao sistema será
a mesma nos dois casos? Justifique.
a) Que valor obtiveram para a aceleração do movimento do sistema em cada par de massas marcadas?
b) Que valor obtiveram para a aceleração da gravidade? Determine o erro percentual associado.
31. Nas duas situações da figura seguinte uma pessoa exerce forças de igual módulo sobre o sistema constituído por A e
por B. Na primeira situação a força faz um ângulo de 30° com a vertical e, na segunda situação, B sobe e A move-se para
a esquerda. Despreze o atrito entre as superfícies e a massa da corda e da roldana (o fio tem comprimento constante).
30°
A B A
B
13
a) Que relação deve existir entre as massas de A e de B para que as acelerações dos dois sistemas sejam iguais, em mó-
dulo, a 3,00 m s–2?
b) Se a massa de A for 5,0 kg, qual é o valor da tensão exercida pelo fio e da força que o plano de apoio exerce sobre A na
segunda situação, admitindo que a inclinação da corda (30°) se mantém constante?
32. Trace o diagrama de forças aplicadas no centro de massa de cada corpo em cada situação descrita.
A. Um rapaz anda de skate no interior de uma superfície cilíndrica e está na posição mais alta.
B. Uma criança deixa-se cair da posição A de um baloiço passando pela posição B.
C. Uma criança escorrega de um bloco de gelo com forma esférica, numa posição que faz um ângulo de 10° com a vertical.
D. Um carro move-se numa estrada com lombas, passando em A e B.
B
33. Um piloto de 70 kg faz um «mergulho» circular de raio 800 m com o seu avião. Num dado ponto o avião viaja a 120 km h–1.
a) Apresente o valor da sua aceleração centrípeta como um múltiplo de g.
b) Se o piloto estivesse sentado sobre uma balança-dinamómetro, o valor marcado na balança seria o mesmo no ponto mais
alto e no ponto mais baixo da trajetória circular? Justifique.
34. Uma pequena pedra de massa m está presa a um fio inextensível e de massa desprezável que gira num plano vertical.
Na posição mais alta a tensão é duas vezes maior do que o peso da pedra. Determine a expressão da tensão na posição
mais baixa.
14 • Mecânica
35. Prende-se uma borracha a um fio inextensível e de massa desprezável com 80 cm, oscilando num plano vertical. É lançada
para baixo de uma posição que faz um ângulo de 30° com a vertical, com velocidade de módulo 6,0 m s–1. Dará uma volta
completa?
36. Um rapaz de 60 kg anda de skate no interior de uma calha cujo raio é de 4,00 m e atinge a altura máxima num voo no ponto
B, como mostra a figura. Que velocidade deverá ter em A para que tal aconteça? Que força a calha exercerá sobre ele
na posição mais baixa?
B
A
1,0 m
37. Trace o diagrama de forças aplicadas ao centro de massa de cada corpo em cada situação descrita e escreva a Segunda
Lei de Newton para cada uma delas:
A. Um corredor descreve uma curva numa pista circular plana.
B. Um carro descreve uma curva numa estrada gelada com relevé.
38. A cadeira de um carrossel de um parque de diversões gira com movimento circular uniforme num plano horizontal. O módulo
da velocidade da pessoa sentada no baloiço dependerá:
iii) da sua massa?
iii) do comprimento do cabo que prende o baloiço?
iii) do ângulo que a corda faz com a direção vertical? Justifique.
39. Um avião voa a 482 km h–1 segundo uma trajetória circular num plano horizontal, fazendo as suas asas um ângulo de 38,2°
com a horizontal. A força de sustentação do avião é perpendicular às suas asas. Determine o raio da trajetória supondo que,
além do peso e da força de sustentação, nenhuma outra força atua sobre o avião.
40. Um caixote cheio de livros, de 10 kg, está inicialmente em repouso e é puxado por uma força F paralela ao plano. Os coe-
ficientes de atrito são
e = 0,6 e
c = 0,5 . O que acontecerá ao caixote se a força variar, ao longo do tempo, tomando
sucessivamente os valores 50,0 N, 58,8 N, 50,0 N e 49,0 N?
15
42. Um corpo de massa 10 kg é largado, partindo do repouso, de um plano inclinado com sin = 0,6 . Se o coeficiente de
atrito entre o corpo e o plano for
= 0,5 , qual será a aceleração do corpo? Qual deveria ser o coeficiente de atrito estático
para que o corpo não deslizasse sobre o plano?
43. Para empurrar um armário de 20 kg sobre um chão encerado, inicialmente em repouso, foi necessária uma força horizontal
de 30 N mas, uma vez iniciado o movimento, o armário deslizou com velocidade constante aplicando-se uma força de
apenas 20 N.
a) Um aluno explica que é mais fácil empurrar o armário depois de estar em movimento porque a sua inércia diminuiu, uma
vez que ele já se encontra em movimento. Concorda? Justifique.
b) Determine os coeficientes de atrito estático e cinético dos materiais em contacto.
c) Qual seria a força mínima capaz de pôr o armário em movimento se ela fizesse um ângulo de 30° com a horizontal? E que
força exerceria o chão sobre o armário nessas condições?
44. Um carro faz uma curva de raio 60 m com velocidade 60 km h–1. Ter-se-á despistado se:
iii) o pavimento estiver húmido e o coeficiente de atrito for 0,65?
iii) o pavimento tiver óleo e o coeficiente de atrito for 0,20? Estes valores para os coeficientes de atrito serão estáticos ou
cinéticos? Porquê? A conclusão obtida para o automóvel pode aplicar-se a outros veículos, tais como motas e camiões?
45. Um bloco A de 2,0 kg está em cima de um bloco B com 3,0 kg. B está assente sobre uma superfície muito polida.
a) Se o sistema se mover com velocidade constante, que forças atuarão sobre B?
b) Qual será o valor do coeficiente de atrito entre A e B de modo a que uma força horizontal de 30 N seja aplicada em B,
mas A não deslize sobre B? Esse atrito será estático ou cinético? Justifique.
47. Num parque de diversões, os passageiros do «poço da morte» inicialmente têm os pés assentes
num chão que é removido quando o «poço» cilíndrico gira. Este tem 2,5 m de raio e completa
uma volta completa em 2,0 s. Para um passageiro de 70 kg, qual é a força que a parede exerce
perpendicularmente sobre ele? Se o coeficiente de atrito entre as superfícies em contacto for 0,6,
o passageiro desliza ou fica suspenso «colado» à parede?
48. Quando um carro está em movimento, uma folha de papel cai sobre o seu vidro dianteiro. Se o carro viajar com velocidade
constante, a folha de papel poderá ficar «colada» ao vidro, sem cair? E se viajar com aceleração? Descreva as condições
necessárias para que a folha de papel não caia.
16 • Mecânica
49. Com o objetivo de medir o coeficiente de atrito estático entre um par de superfícies, um grupo de alunos colocou um bloco
sobre um plano inclinado com uma régua incorporada (ver figura).
l h2
h1
Conservaram o apoio inferior da rampa fixo e elevaram a parte superior da rampa até o bloco ficar na iminência de deslizar.
Com uma régua, mediram a distância sobre o plano entre duas marcas, l, fixas nos apoios da rampa, cujas alturas acima da
mesa de trabalho eram h1 e h2. Repetiram o procedimento obtendo os valores da tabela. Que incerteza está associada às
suas medições diretas? Qual foi o resultado da medição?
Medições l / cm h1 / cm h2 / cm
c) Em seguida, os alunos retiraram a sobrecarga de A e suspenderam uma massa marcada B, de 40 g, entrando o sistema em
movimento. Para medir a aceleração do movimento, efetuaram, com um cronómetro digital, três medições para o tempo que
o corpo A demorava, a partir do repouso, a percorrer uma distância L, obtendo os dados registados na tabela.
L / cm t1 / s t2 / s t3 / s
Qual é o resultado da medida para a aceleração do movimento? E qual é o valor do coeficiente de atrito cinético entre A
e a superfície de apoio?
17
52. Um oscilador descreve um MHS cuja elongação é dada, em unidades SI, por: x (t ) = 0,200 sin 2t – .
3
a) Indique os valores das grandezas características do movimento. Quais destas características dependem das condições
iniciais?
b) Qual é o módulo da velocidade máxima e da aceleração máxima do movimento?
c) Indique um instante em que a força elástica exercida sobre o oscilador seja máxima. Qual é, nesse instante, a elongação
e a velocidade do oscilador?
53. Uma criança balança-se sobre o bordo de um trampolim adquirindo este um MHS. O movimento repete-se ao fim de 1,75 s.
A altura máxima do trampolim acima da posição de equilíbrio é de 35,0 cm. Começa-se a contar o tempo quando a criança
está sobre ele na altura mínima. Qual é a expressão da elongação do movimento? Qual é a posição do bordo do trampolim
ao fim de 4,50 s?
54. Um corpo de 100 g ligado a uma mola, sobre uma superfície horizontal lisa, é puxado 10 cm da sua posição de equilíbrio,
descrevendo um MHS que se repete com as mesmas características de 0,4 s em 0,4 s.
a) Qual é a expressão da sua elongação?
b) Qual é o valor da elongação ao fim de 0,55 s?
c) No instante referido na alínea b), o corpo está a afastar-se ou a aproximar-se da sua posição de equilíbrio? Justifique.
d) Qual é o módulo da força elástica que atua sobre o oscilador naquele instante?
55. Um carro de uma tonelada baixa em altura 5,0 cm quando quatro pessoas, cuja massa total é 350 kg, entram nele. Qual
é o valor da constante elástica das molas da sua suspensão? Se o carro passar por uma lomba, qual é a frequência de osci-
lação dessas molas?
56. Um objeto de massa 100 g está preso a uma mola sobre uma mesa. Quando se aplica uma força de 5,0 N longitudinalmen-
te, a mola estica 20 cm. Em seguida, larga-se o objeto que descreve um MHS.
a) Qual é a expressão da elongação do oscilador?
b) Em que posição, com que velocidade e com que aceleração se encontra o oscilador ao fim de 2,2 s de movimento? Está
a afastar-se ou a aproximar-se da posição de equilíbrio? Justifique.
c) Indique um instante em que a elongação é negativa e metade da amplitude e o oscilador está a afastar-se da posição de
equilíbrio.
d) Se for utilizada uma mola com constante elástica dupla da inicial, como variam as seguintes grandezas: período, veloci-
dade máxima e aceleração máxima?
59. A extremidade de um diapasão, cuja frequência é 400 Hz, vibra com uma amplitude de 0,600 mm.
No início da contagem dos tempos a sua elongação é nula. Sobre a extremidade do diapasão colo-
cou-se um pedaço de 3 g de plasticina.
a) Qual é a expressão, em função do tempo, da energia potencial elástica, da energia cinética
e da energia total da plasticina?
b) Qual é o módulo da elongação quando a energia potencial elástica é igual à energia cinética?
60. Um corpo de 2,00 kg descreve um MHS com amplitude de 30,0 cm e período de 3,00 s.
a) Qual é a energia potencial elástica e a energia cinética do oscilador quando ele se encontra a 10,0 cm da posição de equi-
líbrio?
b) O que aconteceria à energia total do oscilador se:
iii) a amplitude duplicasse?
iii) a constante da mola duplicasse?
iii) a massa do corpo duplicasse?
61. Uma pessoa de 80 kg faz bungee jumping. A velocidade máxima que atinge, antes de
o cabo esticar, é de 20 m s–1. A partir desse instante uma força elástica começa
a atuar. A pessoa atinge o ponto mais baixo da trajetória quando o cabo fica com
o dobro do seu comprimento normal.
a) Qual é o comprimento normal do cabo? E a sua constante elástica?
b) O movimento do oscilador pode ser harmónico simples? Justifique.
62. Um montanhista faz rappel. O cabo que usa deve ter uma constante elástica grande ou pequena? Justifique.
65. A tabela seguinte regista os dados experimentais recolhidos por um grupo de alunos com o objetivo de determinar a acele-
ração da gravidade através do movimento de um pêndulo gravítico: para cada comprimento do pêndulo os alunos fizeram
três medições do respetivo período do movimento, utilizando uma célula fotoelétrica.
L / cm t1 / s t2 / s t3 / s
Ricardo
Tiago
Andreia
x
67. Dois alunos estão num ringue de patinagem a uma certa distância um do outro. Para determinarem o centro de massa do
sistema formado pelos dois, agarram cada um numa extremidade de uma corda de massa desprezável e vão-na puxando
até se encontrarem. Dizem que nesse ponto é o centro de massa. Em que se baseiam para dizer isso?
68. Pretende localizar-se o centro de massa de uma régua em forma de L. Pertencerá o centro de massa ao corpo? Imagine
um modo de o localizar.
69. Duas partículas têm massas de 100 g e 200 g e movem-se num plano horizontal em trajetórias retilíneas. A primeira deslo-
ca-se ao longo da reta de equação y = 2 , sendo o movimento descrito por x1 (t ) = – 40 + 2t . A segunda desloca-se sobre
o eixo dos xx, sendo o movimento descrito por x2 (t ) = 30 – t . Quais são as coordenadas do centro de massa do sistema
e a sua velocidade em função do tempo? As duas equações anteriores estão em unidades SI.
71. Um carro de 1000 kg segue na A1 a 120 km h–1 e um outro carro de 1200 kg viaja no mesmo sentido, e no mesmo troço
retilíneo, a 100 km h–1. O carro mais rápido está inicialmente 20 m atrás do outro.
a) Onde se localiza o centro de massa do sistema formado pelos carros?
b) Qual é a velocidade do centro de massa do sistema?
c) Qual é o momento linear do sistema? E do centro de massa do sistema?
72. Num ensaio de colisão, um carro de 1500 kg colide com uma parede à velocidade de 54 km h–1, sendo projetado em sen-
tido contrário a 10 km h–1. A colisão demorou 0,150 s. Que força média foi exercida sobre o carro?
75. Num jogo de voleibol, a jogadora fez bloco e devolveu a bola para o campo
adversário com a mesma velocidade (em módulo e direção) com que atingiu as
suas mãos. A duração do impacto foi 0,10 s e a bola, de 250 g, atingiu
a jogadora à velocidade de 20 m s–1. Que força média exerceu a bola nas mãos
da jogadora? Onde foi maior a variação do momento linear, na jogadora ou na
bola? Justifique.
76. Dois pescadores estão sentados nos extremos de uma canoa num lago calmo. Resolvem trocar de posição. O que terá
acontecido à posição do centro de massa do sistema? Justifique.
77. Porque é que um balão cheio voa quando o ar que tem lá dentro escapa?
78. Dois corpos colidem, estando inicialmente um deles em repouso. É possível ficarem os dois em repouso após a colisão?
É possível que um deles fique em repouso e o outro fique em movimento? Justifique.
79. Um sistema está inicialmente em repouso. Poderá cada uma das partes do sistema começar a mover-se? Se sim, explique
porquê e indique exemplos que o demonstrem.
80. É possível que dois corpos colidam e percam totalmente a sua energia cinética? Em caso afirmativo, dê um exemplo.
81. Um projétil de 50 g e velocidade 700 m s–1 é lançado contra um bloco de madeira de 500 g, assente numa superfície hori-
zontal muito lisa, ficando alojado no seu interior.
a) Qual é a velocidade do conjunto depois do impacto? Indique a percentagem de energia dissipada. O que aconteceu
a essa energia?
b) Sendo o coeficiente de atrito cinético igual a 0,60, que distância percorreu o conjunto até parar?
82. A Ana, de 50 kg, e o Rodrigo, de 65 kg, fazem patinagem artística. Colocam-se frente a frente e empurram-se com as mãos,
atingindo as paredes situadas atrás de si ao mesmo tempo. Em que posição se devem colocar para que demorem o mesmo
tempo a chegar a cada parede?
83. Dois jogadores de hóquei no gelo, com a mesma massa, colidem com velocidades iguais em
módulo mas com direções perpendiculares, seguindo juntos após a colisão.
a) Há conservação do momento linear de cada jogador? E do sistema formado pelos dois?
b) Em que direção seguem após a colisão?
c) Relacione o módulo da velocidade final com o módulo da velocidade inicial.
84. Num jogo de snooker, a bola branca, com velocidade de 5 m s–1, colide com a bola 7, inicialmente em repouso. Após a coli-
são, a bola 7 move-se numa direção que faz um ângulo de 30° com a direção original do movimento da bola branca.
A colisão é elástica e as duas bolas têm a mesma massa. Determine a direção do movimento da bola branca após a coli-
são e a velocidade de cada bola após a colisão.
21
85. Três estudantes (a Sandra, de 50 kg, a Patrícia, de 55 kg , e o Gonçalo, de 80 kg) vão a um ringue de patinagem. Juntam-se
num pequeno círculo e empurram-se com as mãos. O Gonçalo começou a andar com velocidade de módulo 0,650 m s–1 no
sentido este e a Sandra com velocidade de módulo 0,500 m s–1 no sentido noroeste. Como se moveu a Patrícia?
86. Uma bola de basquetebol de 400 g é deixada cair de uma altura de 1,50 m. A altura do primeiro ressalto foi de 0,90 m.
a) Qual é o coeficiente de restituição do par de superfícies que colidiram?
b) Que percentagem da energia mecânica inicial foi perdida pela bola durante a colisão? O que aconteceu a essa energia?
87. Um grupo de alunos realizou uma experiência com o objetivo de calcular o coeficiente de restituição entre duas superfícies
em colisão. Para isso utilizou um carrinho que se podia mover sobre uma calha colocada horizontalmente. O carrinho, tendo
uma ponteira elástica numa extremidade, foi lançado contra um anteparo colocado na extremidade da calha, chocando
a ponteira elástica com esse anteparo. Uma célula fotoelétrica, ligada a um contador digital com memória, foi colocada numa
posição imediatamente antes da colisão. A célula registou o tempo de passagem de um pino colocado no carrinho antes da
colisão, t, e depois da colisão, t’. Um grupo de alunos recolheu os dados experimentais da tabela seguinte.
89. As estrelas de neutrões têm densidades muito elevadas. Se uma estrela de neutrões tiver massa 3,00 × 1028 kg e raio
10,0 km, qual será a sua densidade? Qual seria o peso de 1,00 cm3 desse material à superfície da Terra?
90. Um copo de 100 g cheio de óleo pesa 2,2 N e cheio de água pesa 3,0 N. Qual é a densidade relativa do óleo e a capaci-
dade do copo?
91. Quem exerce maior pressão no solo: uma pessoa de 80 kg apoiada no seus sapatos, sendo 60 cm2 a área de cada um
deles, ou uma ginasta de 45 kg apoiada no solo pela palma de uma mão cuja área é de 38 cm2?
92. Porque se utilizam colchões de água para pessoas que passam muito tempo acamadas?
93. O que tem maior peso: 1 litro de água líquida ou igual volume de gelo? Justifique.
94. Porque é que, se fizermos um furo numa garrafa com água, o esguicho tem uma trajetória como a de um projétil lançado
horizontalmente?
95. Se elevarmos as duas extremidades de uma mangueira com água, como fica o nível da água em cada uma delas? Justifique.
96. Obs erve a figura seguinte. Compare as forças de pressão exercidas no fundo dos recipientes, de bases iguais e contendo
líquido até à mesma altura se:
iii) tiverem o mesmo líquido;
iii) tiverem líquidos diferentes.
97. Porque é que a tensão arterial é medida na parte superior do braço, à altura aproximada do coração, e não numa perna?
22 • Mecânica
98. Qual é a pressão exercida no fundo do oceano a uma profundidade de 5,0 km supondo a densidade da água constante?
A pressão real é maior ou menor do que a anterior? Justifique.
99. Uma pessoa mergulha numa piscina e num lago de águas profundas, exatamente à mesma profundidade. A pressão exer-
cida sobre ela é diferente nas duas situações?
100. Se a Terra tivesse uma atmosfera homogénea, qual deveria ser a altura da camada de atmosfera para que a pressão atmos-
férica fosse 1 atm?
101. A área do tórax de uma pessoa é cerca de 0,13 m2. Quando a pressão atmosférica é a normal, que força será exercida
sobre ele? Porque é que a pressão atmosférica não nos esmaga?
103. Pascal fez um barómetro utilizando vinho de Bordéus, de densidade relativa 0,984. Para além do problema do custo, seriam
muito práticos barómetros destes? Justifique.
104. Um passageiro de avião compra, antes de embarcar, uma embalagem plástica contendo um chocolate. Em voo, verifica
que ela inchou. O que aconteceu?
105. Explique fisicamente o que acontece quando se bebe um sumo com uma palhinha.
106. Numa oficina de automóveis, um carro é colocado sobre um êmbolo que está na extremidade de um tubo de vasos comu-
nicantes. Na extremidade do outro tubo há um compressor de ar que faz elevar o carro. Explique esta situação. Haverá,
neste caso, uma violação à Lei da Conservação da Energia? Justifique.
1
107. Os êmbolos de uma prensa hidráulica têm diâmetros cuja razão é e estão ao mesmo nível. Relacione:
4
a) a pressão exercida nos dois êmbolos;
b) a força exercida nos dois êmbolos;
c) o deslocamento dos dois êmbolos se um deles for deslocado.
108. Se pusermos um bloco de ferro na água ele afunda-se, mas um pequeno barco feito de ferro, com a mesma massa, não
se afunda. Porquê?
109. Um ovo afunda-se em água. O que se poderá fazer para que ele fique a boiar?
110. Um colchão de ar, com a forma de um paralelepípedo, tem dimensões 2,00 × 0,50 × 0,08, em metros, e massa 2,3 kg. Qual
é a massa máxima de uma pessoa que pode flutuar na água, colocando-se sobre ele?
111. Um objeto flutua em água, estando 80% do seu volume submerso. Ao ser colocado num outro líquido, o objeto flutua tam-
bém, estando agora 72% do seu volume submerso. Determine a densidade do objeto e a densidade do líquido.
112. Uma peça de ouro de 10,0 kg foi encontrada no fundo do mar, num barco naufragado, sendo içada lentamente através de
um cabo. Qual é a tensão exercida sobre o cabo quando a peça está totalmente imersa em água e quando está comple-
tamente fora dela? A densidade relativa do ouro é de 19, 3 .
113. Uma rolha de cortiça, de 10 g e densidade relativa 0,2, está dentro de uma piscina presa ao fundo por um fio.
a) Que força exerce o fio sobre a rolha?
b) O fio é cortado e a rolha acaba por boiar à superfície da água. Qual é a fração do seu volume que fica imersa?
114. Um balde com água está sobre uma balança dinamómetro. Introduz-se uma bola de plástico dentro da água. O que acon-
tece à bola e ao valor marcado na balança se:
a) o balde estiver totalmente cheio de água?
b) o balde estiver parcialmente cheio de água?
115. Um vaso capilar tem 0,60 cm de diâmetro e transporta sangue à velocidade de 16 cm s–1. O vaso bifurca-se em dois cujo
diâmetro é de 0,50 cm. Qual é a velocidade média do sangue em cada um deles?
23
116. A água escoa por uma mangueira de incêndio, com diâmetro 6,50 cm e com caudal de 0,012 m3 s–1. Na boca da man-
gueira o diâmetro é de apenas 2,2 cm. Qual é a velocidade de saída da água? E a velocidade na mangueira?
118. Um tanque de área grande está cheio de água até à altura de 30,5 cm. Na base existe um orifício de 5 cm2 situado no
fundo do tanque. Qual é a velocidade da água à saída deste orifício e que volume de água escoa num minuto?
120. Um avião de massa 16 t tem asas de 40 m2. Num voo a altitude constante, a pressão na superfície inferior da asa é
0,70 atm. Qual é a pressão na superfície superior da asa?
121. O tanque aberto da figura contém água que flui por um tubo a uma taxa constante. O tubo tem de diâmetro 25 cm no ponto
B e 15 cm no ponto C. O diâmetro do tanque é muito maior do que o do tubo e despreza-se a viscosidade da água. Qual
é o caudal volumétrico que sai do tanque e a pressão no ponto B?
10 m
B C
2m
122. Uma bola de golfe é lançada verticalmente para cima com velocidade muito elevada.
a) Que força(s) atua(m) na esfera durante a subida e durante a descida? Essa(s) força(s) tem(têm) módulo constante?
Justifique.
b) Caracterize o movimento da bola.
123. Porque é que um esquiador, durante um salto, inclina o corpo para a frente e junta os braços ao corpo?
24 • Mecânica
124. Um grupo de alunos realizou uma experiência com o objetivo de determinar o coeficiente de viscosidade da glicerina, dei-
xando cair esferas de rolamentos de diversos diâmetros numa proveta larga e cheia de glicerina. No movimento de queda
das esferas mediram o tempo, com um cronómetro digital, que cada esfera demorou a percorrer 15 cm depois de ter atin-
gido a velocidade terminal. A tabela seguinte indica as medições efetuadas para esferas de diâmetros diferentes.
Diâmetro da esfera / cm t1 / s t2 / s t3 / s
118. Mediram também a massa de uma esfera de diâmetro 1,30 cm, obtendo 8,95 g. Mediram ainda a massa de uma proveta
vazia, obtendo 80,25 g, e a massa da mesma proveta contendo 20 mL de glicerina, obtendo 107,21 g. A experiência foi
realizada à temperatura de 17 °C.
a) Qual é o fundamento do procedimento experimental?
b) Que valor foi obtido para a viscosidade da glicerina àquela temperatura?
c) Porque é importante saber a temperatura a que foi feita a medição?
1.5 Gravitação
125. Um satélite geostacionário orbita a 42 000 km do centro da Terra.
a) A que aceleração gravítica está sujeito?
b) Podemos dizer que está em queda livre? Se sim, porque não cai o satélite para a Terra?
c) Que força atua sobre ele se a sua massa for 1 t?
126. Qual é, percentualmente, o módulo do campo gravítico a uma altitude de 600 km comparativamente ao valor à superfície
da Terra?
127. Qual é o módulo do campo gravítico criado pela Terra a uma distância igual a 60 raios terrestres? A nossa Lua tem uma
órbita circular de raio igual a 60 raios terrestres e o seu período é de 27,26 dias. Mostre, como fez Newton, que a acelera-
ção da Lua é igual ao valor determinado anteriormente.
128. Imagine um planeta com massa igual à da Terra mas com metade do raio. Qual é a relação entre as acelerações da gravi-
dade à superfície desse planeta e na Terra?
129. Calisto, uma lua de Júpiter, descreve uma órbita circular de raio 1,88 × 106 km em 16 dias e 16,54 horas. Qual é a massa
de Júpiter?
130. A que distância da superfície da Terra deve estar um satélite para que o seu período seja de 6 h? Qual é a sua velocidade
nesta órbita?
131. Um corpo é disparado à superfície da Terra com velocidade 10 km s–1. Qual é o seu afastamento máximo do centro da
Terra?
25
132. Plutão orbita o Sol numa órbita aproximadamente circular de raio 5,90 × 1012 m. Quanto tempo demora a dar uma volta
completa em torno do Sol? Com os dados anteriores, calcule a massa do Sol (consulte e utilize dados astronómicos rela-
tivos à Terra).
133. Qual é a energia necessária para deslocar um objeto de massa 1 kg da superfície da Terra até a uma altitude igual ao dobro
do raio da Terra? E para o deslocar para um sítio distante onde o campo gravítico terrestre seja desprezável?
134. Mostre que a energia mecânica de um satélite com órbita circular é sempre negativa e calcule o trabalho realizado pela força
gravítica quando o satélite passa de uma órbita de raio 2RT para outra de raio 3RT.
135. A Terra descreve uma órbita elítica em torno do Sol, mantendo-se constante a energia do sistema Terra-Sol.
a) Justifique a afirmação feita.
b) Com base nessa conservação, indique em que ponto, no afélio (ponto mais afastado do Sol) ou no periélio (ponto mais
próximo do Sol), a Terra terá maior velocidade.
c) Porque é que a força gravítica altera, nesta trajetória, não só a direção mas também o módulo da velocidade, ao contrá-
rio de uma órbita circular?
137. A velocidade de escape, na Terra, é de 11,2 km s–1. A Terra tem uma massa cerca de 81 vezes a massa da Lua e um raio
cerca de quatro vezes superior ao da Lua. Estime a velocidade de escape na Lua.
139. A velocidade de escape no Sol é de 618 km s–1. Se a massa do Sol se mantivesse constante mas o seu raio variasse, o
Sol poderia transformar-se num buraco negro, ou seja, a atração gravítica seria tão intensa que não deixaria escapar a luz.
Calcule o raio que o Sol teria se a velocidade de escape fosse a velocidade da luz.
140. Um satélite pode orbitar a 16 km de altitude na Lua mas não o pode fazer na Terra. Porquê?
141. Um aluno afirmou que só há uma situação em que um corpo está em imponderabilidade: quando está num certo ponto
entre a Terra e a Lua. Concorda com ele?
142. Porque é que os astronautas se mantêm em imponderabilidade? Indique uma situação de imponderabilidade vivida na
Terra.
e magnetismo
28 • Eletricidade e magnetismo
Resumo
2.1 Campo e potencial elétrico
Princípio da Conservação da Carga Elétrica:
A carga elétrica de um sistema isolado (diferença entre a carga positiva e negativa) é constante.
Varia inversamente com o quadrado da distância Varia inversamente com o quadrado da distância
entre as massas. entre as cargas.
Semelhanças É proporcional às massas. É proporcional ao módulo das cargas.
Campo elétrico, E, criado por uma distribuição de cargas Potencial elétrico, V, criado por uma distribuição de cargas
pontuais q1, q2, q3, …: pontuais q1, q2, q3, …:
E = E1 + E2 + E3 + … V = V1 + V2 + V3 + ...
Relação entre a força elétrica, F, exercida sobre a carga q
, Relação entre a energia potencial elétrica, Ep, associada à carga q
,
, no ponto onde está essa carga:
e o campo elétrico, E e o potencial elétrico, V, no ponto onde está essa carga:
F = q
E Ep = q
V
É produzido por placas planas e paralelas carregadas e de grande dimensão comparativamente com a distância entre elas.
Características dos condutores em equilíbrio eletrostático (independentes da forma, ou de o condutor ser oco ou maciço)
Condensadores:
A capacidade elétrica de um condensador depende do módulo da carga das armaduras (que são simétricas)
Q
e da tensão entre elas: C = .
d
Capacidade elétrica
1
É uma medida da capacidade de armazenar carga e, portanto, energia potencial elétrica; essa energia armazenada é dada por E = QU .
2
Depende do meio isolador (chamado dielétrico) entre as armaduras, ou seja, da sua permitividade; este pode ser ar, papel, mica, plástico,
vidro, material cerâmico ou outro.
A
Num condensador plano (armaduras planas e paralelas muito próximas, com campo uniforme entre elas), cuja capacidade é C = ε :
d
• o dielétrico (de permitividade ε) entre as placas permite aumentar a capacidade do condensador;
• a carga que o condensador pode armazenar, para a mesma diferença de potencial, é tanto maior quanto maior for a capacidade (Q = CU);
• a carga que o condensador pode armazenar, para a mesma diferença de potencial, é tanto maior quanto maior for a área das placas
e quanto menor a distância entre elas.
30 • Eletricidade e magnetismo
Corrente elétrica
Só existe se houver uma diferença de potencial e, portanto, um campo elétrico num condutor.
Os portadores de carga são eletrões nos metais e iões nos gases ionizados e nos eletrólitos.
O sentido convencional da corrente é o sentido do campo elétrico, ou seja, o sentido dos potenciais decrescentes; num metal é oposto ao
sentido do movimento dos eletrões; num eletrólito é o sentido do movimento dos iões positivos.
Q
A intensidade de corrente na corrente contínua é dada por I = .
t
Lei de Ohm:
A razão entre a tensão aplicada de um condutor e a intensidade de corrente que o atravessa é constante, supondo
a temperatura constante.
ᐉ
R =
A
Resistividade de um material (para um largo intervalo de temperaturas varia linearmente com a temperatura):
= 0 [1 + (T – T0 ) ]
A resistência R não depende da tensão aplicada: A resistência R não é constante, depende da tensão aplicada:
U U
R = = constante R = constante
I I
I I
U U
Curva característica: reta que passa pela origem e cujo declive Curva característica: não é uma reta.
é o inverso da resistência.
Resistências 1 1 1 1
= + + + …
em paralelo Req R1 R2 R3
Recetores
P = R I 2 ou P = U I (Lei de Joule)
puramente resistivos
Força eletromotriz:
Potência do gerador: Potência útil do gerador :
Geradores E
ε= Q P=I P = UI sendo U = – ri I
Força contraeletromotriz:
Recetores não Potência fornecida ao recetor: Potência útil do recetor:
E
puramente resistivos ε
=
Q P = U I sendo U =
+ r
i I P =
I
Condensadores (
Carga de um condensador: Q(t) = C ε 1 – e
— t
RC ) Descarga de um condensador: Q(t) = Q0 e
— t
RC
Força magnética que atua sobre uma carga em movimento num campo magnético
• Fm = q v × B
. O seu módulo é Fm = | q| B v sin ;
• tem sentido dado pela regra da mão direita ou pela regra do saca-rolhas;
• não é conservativa, mas não realiza trabalho.
Força que atua sobre uma carga em movimento num campo elétrico e magnético simultâneos (força de
Lorentz): Fem = qE + qv × B .
Força que atua sobre um fio condutor retilíneo, atravessado por corrente contínua,
imerso num campo magnético (força de Laplace)
• Fm = Iᐉ × B
. O seu módulo é Fm = Iᐉ B sin ;
• será tanto maior quanto maior for a intensidade da corrente e o campo magnético;
• será tanto maior quanto maior for o comprimento do fio percorrido pela corrente;
• tem sentido dado pela regra da mão direita ou pela regra do saca-rolhas.
32 • Eletricidade e magnetismo
Questões
2.1 Campo e potencial elétrico
1. Um condutor carregado e isolado, A, é posto em contacto com um condutor neutro, B. O condutor B fica carregado
positivamente.
a) O condutor A não pode ser tocado por uma pessoa e continuar carregado. Justifique a afirmação feita.
b) Explique como se eletrizou B.
c) Como se faz a distribuição da carga total nos condutores A e B se eles forem iguais?
d) O que acontecerá se o condutor B for posteriormente ligado à terra?
3. Dispõem-se de quatro blocos metálicos idênticos isolados. Três deles estão neutros mas um quarto está carregado com
carga Q. Determine a carga deste bloco depois de tocar sucessivamente em cada um dos outros.
4. Três esferas iguais A, B e C estão sobre suportes isoladores. Aproxima-se B de A até entrarem em contacto. Em seguida,
B afasta-se de A e aproxima-se de C, entrando em contacto com esta esfera. B regressa à posição original. Com que car-
gas ficam as três esferas? Justifique.
10 nC –2 nC 0 nC
A B C
5. Quando há um fenómeno de influência ou indução podemos afirmar que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. não há contacto entre o condutor carregado e o condutor neutro que sofre a influência do primeiro.
B. observa-se sempre o Princípio da Conservação da Carga.
C. há movimento de cargas positivas e de cargas negativas no corpo que sofre indução.
D. há transferência de cargas negativas do condutor indutor para aquele que sofre a indução.
E. os corpos condutores ficam com cargas de sinal oposto quando são eletrizados por este processo.
6. Um eletroscópio está carregado negativamente, tendo as suas folhas desviadas da posição vertical. Aproxima-se um corpo
carregado do botão do osciloscópio e o desvio das folhas diminui. Qual é o sinal da carga do condutor?
7. Duas esferas metálicas, iguais e neutras, colocadas sobre suportes isoladores, estão encostadas uma à outra. Aproxima-se
de uma das esferas um bastão carregado negativamente. Ainda com o bastão por perto, afastam-se as esferas. Em segui-
da afasta-se o bastão e, depois, afastam-se as esferas. Com que carga fica cada esfera?
9. Uma pessoa usa sapatos com sola de borracha e trabalha numa sala cujo chão tem carpetes. Quando chega à rua cumpri-
menta outra pessoa e as duas sentem um choque. Como explica tal fenómeno?
33
10. Explique o fenómeno de polarização de um isolador e dê um exemplo do dia a dia da manifestação de tal fenómeno.
12. Duas cargas elétricas de sinais contrários e de módulos diferentes estão colocadas a uma certa distância. Pode afirmar-se que
(assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. sobre a esfera de maior carga é exercida uma força eletrostática maior do que sobre a esfera com menor carga.
B. sobre as esferas exercem-se forças eletrostáticas do mesmo módulo e direção, mas sentido contrário.
C. se as cargas estiverem no vácuo, as forças eletrostáticas que sobre elas se exercem são maiores do que se as esferas
estiverem colocadas na água.
D. se a distância entre elas duplicar, a força eletrostática exercida sobre cada uma reduz-se a metade.
13. Duas pequenas esferas têm cargas iguais e encontram-se à distância de 3,0 cm no vácuo, exercendo-se sobre cada uma
delas uma força de 0,040 mN. Qual é a carga de cada uma? Que forças eletrostáticas se exerceriam sobre as esferas se
estivessem imersas em água?
14. Duas pequenas esferas têm a mesma carga e estão a uma certa distância. Esboce um gráfico do módulo da força eletrostáti-
ca que se exerce sobre cada uma delas em função:
a) da distância que as separa;
b) do quadrado da distância que as separa;
c) do inverso do quadrado da distância que as separa.
15. Dois pêndulos elétricos, com fios de 30 cm, têm esferas suspensas de 25 g e estão eletrizados com a mesma carga. Quando
são colocados lado a lado sofrem forças de repulsão de modo que os fios fazem um ângulo de 45° com a vertical. Qual é
a carga de cada pêndulo? Qual é o módulo da força exercida pelo fio sobre cada esfera?
16. Três pequenas esferas com a mesma carga estão colocadas em linha reta sobre uma base isolante. Os centros de A e B dis-
tam 1,00 cm entre si e os de B e C distam 3,00 cm entre si. As esferas A e B exercem uma na outra forças eletrostáticas de
módulo 1,0 × 10–6 N.
A B C
17. Aproxima-se um condutor carregado negativamente de um pêndulo elétrico. A figura mostra o que se observa. Explique essa
sequência de imagens e marque as forças que atuam sobre o pêndulo na posição E. Escreva as equações da Segunda Lei
de Newton para essa posição.
(-) (-)
(+) (-) (+) (-)
A
B C
(-) ( -) (-)
(-)
D E
18. Um campo elétrico é criado por uma partícula carregada. Esboce os gráficos:
a) do módulo do campo elétrico num ponto em função da distância desse ponto à carga;
b) do módulo do campo elétrico num ponto em função do quadrado da distância desse ponto à carga;
c) do módulo do campo elétrico num ponto em função do inverso do quadrado da distância desse ponto à carga;
d) do módulo do campo elétrico num ponto fixo em função da carga que cria o campo.
19. Um protão experimenta uma aceleração de 7,6 × 104 m s–2 quando colocado num campo elétrico. Qual é o módulo do
campo elétrico no ponto onde está o protão?
21. Dois pêndulos elétricos são colocados lado a lado. As linhas de campo elétrico são mostradas na figura. O que pode dizer,
em cada caso, quanto aos módulos das cargas? E quanto aos seus sinais? Justifique.
22. Observe as linhas de campo criadas simultaneamente por uma placa comprida e por uma partícula carregada. Qual é o sinal
da partícula carregada? E da placa? Indique uma região em que a intensidade do campo elétrico seja maior.
35
23. A figura seguinte representa as linhas de campo elétrico criadas por duas partículas carregadas A e B. Indique o sinal das
cargas e compare os respetivos módulos.
A
B
24. Nos vértices A, B, C e D de um quadrado de lado L são colocadas partículas com carga
A B
elétrica de módulo q, como mostra a figura ao lado. +q -q
Calcule:
a) a força que se exerce sobre a carga colocada em B;
+q +q
b) o campo elétrico no centro do quadrado; C D
26. Na experiência da gota de óleo de Millikan, uma gota de 3,00 × 10–14 kg e raio igual a 2,00 × 10–6 m tem oito eletrões em
excesso. A densidade do óleo é de 896 kg m–3 e a viscosidade do ar é de 180 × 10–7 Pa s.
a) Qual é a velocidade terminal da gota se:
ii i) ela cair numa zona onde não exista campo elétrico?
i ii) ela cair numa zona onde haja um campo elétrico uniforme vertical e dirigido para baixo cujo módulo é 4,00 × 105 N C–1?
b) Discuta a importância da experiência de Millikan. A
B
27. A taça metálica da figura ao lado encontra-se em equilíbrio eletrostático e com carga
positiva. O que acontece às esferas A e B, ambas neutras, quando em contacto com
a taça, tal como mostra a figura? Justifique.
28. O que é uma gaiola de Faraday? Em que se baseia? Que utilidade pode ter?
29. Dois condutores em equilíbrio eletrostático têm a forma de um ovo. O primeiro é maci- C E
ço e o segundo tem uma parte oca, como se mostra na figura ao lado. Relacione o
D
módulo do campo elétrico:
A C
a) nos pontos A, B e C no primeiro condutor;
B
b) nos pontos A, B, C, D e E no segundo condutor.
B A
30. Dois geradores de Van de Graaff são carregados e colocados lado a lado, ocorrendo uma descarga elétrica entre as suas
cúpulas, como mostra a figura.
a) Observe a figura e relacione a carga dos dois geradores.
b) Como é possível haver descarga elétrica se o ar é um mau condutor?
36 • Eletricidade e magnetismo
31. Uma rede metálica, com a forma cilíndrica, foi eletrizada ligando-se a um gerador de Van de
Graaff. Ela tem suspensos no seu interior e no seu exterior pequenos pêndulos elétricos.
a) O que acontece aos pêndulos? Justifique.
b) Porque é que o gerador de Van de Graaff tem uma cúpula esférica?
c) Se ligarmos este gerador a uma rede metálica cilíndrica que contém um aparelho elétrico no
seu interior e houver uma descarga elétrica sobre a rede, o aparelho pode ficar danificado?
Justifique.
33. Um condutor esférico em equilíbrio eletrostático tem 4,0 cm de raio e possui a carga de 8
C.
a) Qual é o módulo do campo elétrico num ponto a uma distância de 10,0 cm do centro da esfera e num outro ponto
a 2,0 cm do centro?
b) Trace o gráfico do módulo do campo elétrico em função da distância ao centro da esfera.
35. Num tubo de raios catódicos, um feixe de eletrões é emitido por um filamento aquecido e, em seguida, é acelerado por uma
diferença de potencial de 1,0 kV. Que velocidade adquirem os eletrões do feixe?
38. Uma partícula carregada cria, a uma certa distância, um campo com módulo 500 N C–1 e um potencial igual a –100 V.
Qual é a carga e a distância ao ponto onde se calculou o campo e o potencial?
39. Três linhas equipotenciais criadas por uma partícula carregada têm de raio 5,0 cm, 6,0 cm e 7,5 cm, e os potenciais corres-
pondentes são –225,0 kV, –187,5 kV e –150,0 kV.
a) Que trabalho realiza a força elétrica no transporte de uma carga de 20 nC da superfície de maior potencial para a super-
fície de menor potencial?
b) Qual é o módulo do campo elétrico num ponto situado sobre a superfície equipotencial de menor potencial?
41. Um gerador de Van de Graaff está carregado e uma partícula carregada, de peso
desprezável, está nas suas proximidades podendo mover-se livremente (ver figura
ao lado).
a) A partícula aproxima-se ou afasta-se da cúpula do gerador? Justifique.
b) A energia potencial do sistema de cargas aumenta ou diminui durante o movi-
mento da partícula nas proximidades da cúpula? Justifique.
A C
45. Uma gota de água de raio 0,020 mm fica suspensa no ar quando sujeita ao campo elétrico uniforme produzido pela Terra,
de módulo 100 V m–1, dirigido para baixo.
a) Qual é a carga da gota? Quantos eletrões tem em excesso (ou deficiência)?
b) Qual é a diferença de potencial entre duas superfícies equipotenciais distanciadas 2,0 m?
46. Um protão desloca-se num campo elétrico uniforme de módulo 100 V m–1, dirigido da esquerda para a direita e criado pelas
placas de um condensador distanciadas 3,00 cm. O protão sai da placa positiva com velocidade de módulo 100 km s–1.
a) Qual é o módulo da diferença de potencial entre as placas?
b) Qual é o potencial da placa positiva sabendo que a placa negativa está ligada à terra?
c) Qual é o módulo da velocidade do protão após atingir a placa negativa se se mover paralelamente às linhas de campo?
d) Se a velocidade inicial do protão fizer um ângulo de 30° com a placa de onde sai, com que velocidade atinge a outra
placa? E com que energia cinética, expressa em eV?
47. Um protão é lançado num campo elétrico uniforme de 200 kV m–1 de direção horizontal, perpendicularmente às linhas de
campo, descrevendo uma trajetória parabólica. Desloca-se 3,00 cm na direção vertical e 4,00 cm na direção horizontal.
a) Que tempo demorou a descrever a trajetória?
b) Qual é o módulo da sua velocidade inicial?
c) Qual foi a variação da energia potencial elétrica do sistema?
49. Observe as figuras seguintes, que representam um procedimento para construir um condensador.
– – – +
– – – +
– – – +
– – – +
– – – +
– – – +
51. A lâmpada de um flash utiliza um condensador que é carregado com 450 V. A lâmpada necessita de 120 J de energia. Qual
é a capacidade do condensador?
52. Um condensador plano tem ar entre as placas e foi carregado ligando-se os terminais a uma pilha.
a) Com os terminais ligados à pilha, afastam-se as placas para o triplo da distância inicial. O que acontece à capacidade do
condensador, à tensão entre as placas, à carga das armaduras e à energia armazenada?
b) Com os terminais desligados da pilha, enche-se o espaço entre as placas com um dielétrico. O que acontece à capaci-
dade do condensador, à tensão entre as placas, à carga das armaduras e à energia armazenada?
39
53. Um grupo de alunos efetuou uma experiência para determinar a permitividade do ar usando um condensador plano
de capacidade variável. As armaduras do condensador são duas placas metálicas paralelas, de forma circular, com um diâ-
metro de 15,0 cm. Para o efeito, os alunos carregaram o condensador com uma pilha de 9,0 V quando as placas estavam
afastadas 3,0 mm. De seguida, desligaram o condensador da pilha e ligaram-no a um eletrómetro (voltímetro com uma resis-
tência muito elevada). Com este aparelho mediram a tensão entre as placas do condensador em função da distância entre
as placas, obtendo os seguintes resultados:
d/m U/V
0,003 8,9
0,004 10,9
0,005 12,6
0,006 14,2
0,007 15,5
0,008 16,6
0,009 17,6
0,010 18,5
0,003 8,9
a) Represente a tensão entre as placas do condensador em função da distância. O gráfico está de acordo com
o esperado?
b) Surpreendidos com os resultados, os alunos consultaram o professor, que lhes explicou que o eletrómetro e os fios
de ligação têm uma capacidade não desprezável face à capacidade do condensador. O professor pediu então aos alunos
para analisarem os resultados considerando a hipótese de a capacidade do sistema ser C = CP + C E , onde CP é a capa-
cidade do condensador de faces paralelas e CE a capacidade do eletrómetro e dos fios de ligação. Verifique, graficamen-
te, se os dados apoiam esta hipótese.
c) Lendo a documentação do eletrómetro, os alunos encontraram o valor da capacidade do sistema de medida (eletrómetro e
fios de ligação), CE = 18 pF. Usando este dado e os dados medidos pelos alunos, estime o valor da permitividade do ar.
55. Comente a seguinte frase: «Quando carregamos num interruptor, a luz de uma lâmpada acende imediatamente porque
a velocidade dos eletrões de condução nos fios condutores é muito grande.»
56. Um condutor óhmico é percorrido por uma corrente contínua de 4,0 A quando está sujeito a uma diferença de potencial
de 20 V.
a) Quantos eletrões atravessam uma secção do circuito numa hora?
b) Que tensão se deverá aplicar para que a intensidade de corrente triplique, mantendo-se constante a temperatura?
40 • Eletricidade e magnetismo
57. Um fio metálico possui uma resistência elétrica R. Qual é a resistência elétrica de outro fio do mesmo material com
o triplo do comprimento e o dobro da secção transversal?
59. Em que se baseia um termómetro de resistência? Como pode construir-se um termómetro destes?
60. Quando se ligam duas lâmpadas, uma com filamento de tungsténio e outra com filamento de carbono, nos primeiros instantes
em que o circuito está fechado a intensidade de corrente varia com a tensão, como se mostra no gráfico da figura seguinte.
Associe cada curva do gráfico a cada uma das lâmpadas, justificando.
I A
61. No comércio, os fios condutores são conhecidos por números de determinada escala: uma escala usada é a AWG (American
Wire Gage). Um fio de cobre, o AWG 12, tem uma área de secção igual a 3,3 mm2. Que comprimento de fio se deve cor-
tar de modo que a sua resistência seja, a 20 °C, igual a 1,0 ? Qual é a resistência desse fio a 100 °C?
62. Um grupo de alunos construiu um termómetro de cobre enrolando uma bobina de fio de cobre muito fino, isolado eletrica-
mente com resina e cola epóxida. Colocaram a bobina num copo com água gelada que foram aquecendo lentamente, em
banho-maria. À medida que a água ia aquecendo registaram os valores da resistência da bobina e da temperatura da água,
lida com um termómetro digital. Obtiveram os seguintes resultados:
T / oC R/
0,3 25,2
5,1 25,7
10,0 26,1
14,9 26,7
20,0 27,3
25,1 27,9
30,0 28,4
35,2 29,0
39,8 29,4
45,0 30,0
50,0 30,6
a) Represente graficamente R (T ).
b) Mostre que R (T ) pode ser escrito na forma R (T ) = R0 (1 + αT ) e determine α a partir dos dados experimentais. Como
compara com o valor tabelado na página 222 do manual?
41
63. Calcula-se a temperatura de um forno medindo-se a intensidade de corrente que passa num condutor de ferro, que está
dentro do forno, ligado em série com uma fonte de tensão constante (termómetro de resistência). Quando o forno está
a 20 °C o amperímetro indica 2,0 A. Se o amperímetro marcar 1,8 A, qual será a temperatura do forno?
65. Um candeeiro tem uma lâmpada de 60 W e é ligado a uma tomada de 230 V. Qual é a resistência da lâmpada e a intensi-
dade de corrente (eficaz, pois trata-se de corrente alternada) que a percorre? Que energia é dissipada no filamento da lâm-
pada em 15 min?
67. Duas lâmpadas têm as seguintes características: 230 V e 100 W e 230 V e 25 W. Os respetivos filamentos são do mesmo
material, têm o mesmo comprimento e são cilíndricos. Qual é a relação entre os seus raios?
68. Observe o circuito da figura seguinte onde a força eletromotriz da pilha é 9 V e a resistência interna desprezável.
E D
A
C
1) VA – VB 2) VB – VC 3) VC – VD 4) VD – VE 5) VE – VA
69. Um circuito é formado por um gerador não ideal, um reóstato, um amperímetro e um voltímetro que mede a tensão nos ter-
minais do gerador. Se aumentarmos a resistência no reóstato, o que acontece aos valores lidos nos aparelhos de medida?
70. Uma pilha, de resistência interna desprezável, é ligada em série a uma resistência e a um amperímetro.
a) O que acontece ao valor marcado no amperímetro se ligarmos, em paralelo com a pilha, uma outra igual à primeira?
b) O que acontecerá ao valor lido no amperímetro se ligarmos os terminais da pilha por um fio metálico? E a pilha?
4,5 V 0,5 Ω
a) Construa o gráfico da tensão medida no voltímetro em função da resistência do reóstato. O que acontece à tensão quan-
do a resistência é muito grande?
b) Construa o gráfico da potência útil fornecida pelo gerador em função da resistência do reóstato. Qual é o valor da potên-
cia quando a resistência do reóstato for 10 vezes superior à resistência interna do gerador?
42 • Eletricidade e magnetismo
72. Um grupo de alunos montou o circuito da figura seguinte, fazendo medições com os aparelhos de medida representados.
Os dados foram registados na tabela em baixo. Despreze a resistência dos fios.
0,37 4,04
0,42 4,03
A 0,47 4,01
0,51 3,98
V
0,56 3,95
0,63 3,90
0,72 3,86
3,86 2,00
4,73 1,27
73. Seis pilhas idênticas de força eletromotriz 1,5 V e resistência 0,5 Ω são ligadas em série e alimentam um circuito pura-
mente resistivo com uma resistência equivalente de 20 Ω. Qual é a diferença de potencial entre os terminais
de cada pilha?
74. Um gerador tem 90% de rendimento quando ligado em série a uma resistência de 100 Ω. Um voltímetro mede, nos seus
terminais, 10 V. Quais são as características do gerador?
75. Um gerador de força eletromotriz 250 V e resistência interna 2,5 Ω põe em funcionamento um motor de resistência interna
1,5 Ω. Mede-se a tensão de 230 V nos terminais do motor quando este está em funcionamento. Admita que os fios de liga-
ção têm resistência de 0,2 Ω. Determine:
a) a intensidade de corrente no circuito;
b) a força contraeletromotriz do motor;
c) a tensão nos terminais do gerador;
d) a potência dissipada nos fios de ligação;
e) as potências úteis do gerador e do motor.
6Ω
77. Suponha que dispõe de cinco lâmpadas iguais e três pilhas iguais para montar três circuitos. No primeiro coloca apenas uma
lâmpada; no segundo coloca duas lâmpadas em série e no terceiro coloca duas lâmpadas em paralelo. Compare o brilho
das lâmpadas.
43
78. Variando a resistência R2, o que acontece ao valor marcado nos aparelhos de medida da figura abaixo? Justifique, supondo
desprezável a resistência do gerador.
V1 V2
R1 R2
79. É possível associar em série duas lâmpadas iguais de 110 V e 100 W e sujeitar essa associação a uma tensão de 220 V?
E se uma das lâmpadas for substituída por outra de 110 V e 25 W? Justifique.
81. Um aluno fez as montagens ilustradas nas figuras seguintes, sendo as lâmpadas iguais e as pilhas iguais e de resistência
desprezável. Se desenroscar a lâmpada L1, o que acontece:
a) ao brilho da lâmpada L2? Justifique.
b) à diferença de potencial entre os pontos A e B? Justifique.
L1 R L1
R
R L2 L2
A B C A B
82. Calcule a intensidade de corrente que percorre cada uma das resistências representadas no circuito.
10 Ω
3Ω
5Ω 5Ω
6Ω
5Ω
6Ω
3Ω 1Ω
16 V
44 • Eletricidade e magnetismo
83. Calcule o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B nos três circuitos da figura seguinte:
15 Ω
R R R R 30 Ω 10 Ω
30 Ω
A B A B 30 Ω
R R R R 30 Ω A
10 Ω B
84. Um circuito tem uma pilha, uma lâmpada e um reóstato em série. Variando ligeiramente a resistência no reóstato, não se veri-
fica praticamente variação na luminosidade da lâmpada. Porquê?
85. Os dois troços de circuito representados em baixo são sujeitos, entre os pontos A e B, à mesma diferença de potencial U.
As lâmpadas são todas iguais. Relacione as intensidades de corrente I1 e I2.
A I1 B A I2 B
86. Vários candeeiros com lâmpadas iguais estão ligados em paralelo a uma fonte de tensão de 230 V, verificando-se que cada
lâmpada é percorrida por uma intensidade de corrente igual a 174 mA.
a) Qual é a potência de cada lâmpada?
b) Supondo que há um fusível de 15 A a proteger o circuito, quantas lâmpadas se podem associar?
87. O que descarrega mais depressa, um condensador em série com uma resistência elevada ou com uma resistência pequena?
Justifique.
80 3,57
90 3,21
100 3,01
110 2,66
120 2,41
45
92. Observe as linhas de campo magnético criadas por um íman. Desenhe em cada ponto A, B e C uma bússola indicando devi-
damente a sua orientação. Indique em que ponto o campo é menos intenso, justificando.
A C
N S
93. a) Indique o sentido da corrente elétrica em cada fio nas figuras seguintes:
A B C
b) Sobre a ação de campos magnéticos sobre partículas podemos afirmar (assinale as afirmações corretas e justifique as fal-
sas):
A. a força magnética só atua sobre partículas carregadas em movimento.
B. a força magnética é sempre perpendicular à velocidade, mas pode não ser perpendicular ao campo magnético.
C. a velocidade da partícula carregada e o campo magnético podem fazer qualquer ângulo entre si.
D. um feixe de eletrões nunca pode passar num campo magnético sem sofrer deflexão.
E. um campo magnético pode aumentar a velocidade a uma partícula carregada.
46 • Eletricidade e magnetismo
94. Numa certa região da Terra o campo magnético terrestre é horizontal e aponta para norte. Qual é a direção da força magnética
que atua sobre um eletrão se ele se mover:
a) para norte?
b) para oeste?
c) para cima?
96. Em que condições uma partícula carregada pode entrar num campo magnético e descrever uma trajetória fechada?
97. Uma partícula de carga negativa, de módulo q e massa m, descreve uma trajetória circular de raio R num campo magnéti-
, como mostra a figura seguinte.
co uniforme B
A
-
- B
-
C
98. Um feixe de eletrões entra em A numa região onde existe um campo magnético uniforme, saindo pelo orifício B (ver figura).
A velocidade inicial tem módulo 2,0 × 104 m s–1 e a distância entre os dois orifícios é 8,00 cm. Determine a intensidade do
campo magnético.
A B
47
99. A massa de um deuterão é o dobro da massa de um protão mas a carga é a mesma. Ambos se movem perpendicularmente
a um campo magnético uniforme. Qual é a razão entre os raios das suas trajetórias se tiverem:
a) a mesma velocidade?
b) o mesmo momento linear?
c) a mesma energia cinética?
100. Num ciclotrão, uma partícula alfa, que é um núcleo de hélio, é acelerada por uma diferença de potencial de 14 kV e entra per-
pendicularmente a um campo magnético de 0,6 T. Qual é o raio da trajetória na primeira volta?
101. Num espetrómetro de massa, iões mononegativos passam num seletor de velocidades em que o campo elétrico é horizon-
tal e aponta da direita para a esquerda, com módulo igual a 300 kV m–1, tendo o campo magnético módulo 0,4 T. Em segui-
da, entram num campo magnético também de 0,4 T. As suas massas são 12 u e 4 u (1 u = unidade de massa atómica unifi-
cada = 1,66054 × 10 –27 kg).
a) Represente a situação em esquema, indicando a direção e o sentido dos campos magnéticos envolvidos.
b) Qual é a separação final dos iões?
c) Indique uma aplicação da espetroscopia de massa.
102. Que importância tiveram as experiências feitas em tubos de raios catódicos? Em que dispositivos tecnológicos ainda são utili-
zados, hoje em dia, tubos semelhantes?
220 2,4
Sabendo que o campo magnético no interior das bobinas
está relacionado com a intensidade da corrente através 240 2,5
da expressão (em unidades SI):
260 2,6
e 300 2,8
determine a razão para o eletrão.
m
104. Um fio retilíneo está imerso num campo magnético uniforme e horizontal de 1,0 T, que tem o sentido este-oeste, também no
plano horizontal. O fio, de 40 cm, é percorrido por uma corrente elétrica de 2,0 A, no sentido noroeste. Caracterize a força mag-
nética exercida sobre o fio.
105. Sobre o campo magnético terrestre, quais das frases são falsas? Justifique.
A. A teoria mais aceite para a sua explicação é a teoria do dínamo terrestre.
B. Todos os planetas têm campo magnético.
C. O polo norte magnético, que se situa no Canadá, é um local fixo ao longo do tempo.
D. O campo magnético terrestre protege-nos dos raios cósmicos.
E. As auroras boreais e austrais são emissões de luz solar.
UNIDADE 3
3.1 • Teoria da Relatividade
3.2 • Introdução à física quântica
3.3 • Núcleos atómicos e radioatividade
Física moderna
50 • Física moderna
Resumo
Acontecimento: é descrito por três coordenadas espaciais (sítio onde acontece) e por uma coordenada
temporal (instante em que acontece ): (x, y, z, t).
Transformação de Galileu:
A posição de uma partícula num referencial inercial S é descrita por r = R + r
, sendo r
a posição dessa par-
tícula num referencial inercial S
, que se move com velocidade V em relação a S, sendo R a posição da origem
de S
em relação a S; se a velocidade relativa dos referenciais for ao longo do eixo comum x – x
, as equações
escalares respetivas serão x = x
+ Vt
, y = y
, z = z
e t = t
.
Das grandezas físicas: mesmo valor, no mesmo referencial de inércia, antes e depois de uma interação
Conservação
(energia, momento linear).
Grandezas invariantes: igual valor em diferentes Aceleração, força, comprimento, intervalo de tempo,
Relatividade referenciais inerciais. massa.
galileana Grandezas relativas: valores diferentes
Posição, velocidade, momento linear, energia cinética.
em diferentes referenciais inerciais.
1. Dois acontecimentos simultâneos num dado referencial de inércia não o são noutro referencial de inércia – a simultaneidade é relativa.
t0
t = t0: intervalo de tempo próprio (é medido na mesma posição,
2. Os intervalos de tempo entre dois acon- v 2
1 – com um só relógio); é o menor dos intervalos de tempo entre
tecimentos medidos em diferentes refe- c dois acontecimentos.
renciais de inércia não são iguais: efeito t: intervalo de tempo dilatado (é medido em diferentes posi-
da dilatação temporal. ções, com um relógio em cada uma delas); será tanto maior
v – velocidade relativa entre
quanto maior for a velocidade v.
dois referenciais de inércia
O intervalo de tempo e o comprimento são invariantes. O intervalo de tempo e o comprimento são relativos.
Relação entre massa e energia: a variação de energia de um corpo traduz-se na variação da sua massa,
ou seja, da sua inércia: E = m c2 . Nos fenómenos comuns essa variação de massa é indetetável.
Princípio da Equivalência:
Os efeitos da aceleração a de um referencial são indistinguíveis dos efeitos de um campo gravítico g = – a.
Ou seja, não há nenhuma experiência física que nos permita distinguir se estamos sujeitos a um campo gravítico
ou ligados a um referencial acelerado.
Quanta (plural de quantum): «pacotes» de energia em que a radiação é emitida, cujo valor é um múltiplo da ener-
gia de um quantum, ou seja E = nhf , com n = 1, 2, 3, …
52 • Física moderna
Hipótese de Planck:
Formulada para resolver a «catástrofe do ultravioleta». As cargas elétricas oscilam com movimento harmónico
simples e emitem, de forma descontínua, pacotes de energia (quanta).
Dualidade onda-partícula para a luz: a luz tem uma natureza dual – ora se comporta como onda, ora como
partícula. Comportamento ondulatório da luz: difração e interferência da luz. Comportamento corpuscular da luz:
efeito fotoelétrico, efeito Compton, produção e aniquilação de pares.
Radiação eletromagnética ionizante (luz ultravioleta, raios X e raios ): ioniza átomos e moléculas quando inte-
rage com a matéria.
Fotão interage com eletrão ligado de um metal. Fotão colide com um eletrão quase livre. Fotão interage com o campo elétrico
Transfere toda a sua energia para ele, permitindo Origina-se um fotão com maior compri- intenso (núcleo de um átomo). Deixa de
a sua ionização e ejeção do átomo com uma mento de onda e direção diferente do existir e produz-se um par de partículas
certa energia cinética: fotão inicial. eletrão-positrão:
1 → e– + e+
mv 2máx = hf – W
2
Predomina para fotões com baixas energias. Predomina para fotões de energia muito Predomina para fotões com energias
superior à energia de ligação dos eletrões superiores a 2 me c2 em interação com
aos núcleos, mas inferior a 2 me c 2. núcleos de elevado número atómico.
Relação de De Broglie:
A matéria tem um comportamento dual. O comportamento ondulatório de uma partícula significa que ela tem um
h
comprimento de onda associado = .
p
Princípio da Incerteza de Heisenberg:
Quanto maior for a precisão com que se determina a posição de uma partícula, menor será a precisão com que
se conhecerá a sua velocidade, e vice-versa.
Modelo de Bohr para o átomo de hidrogénio: a energia perdida ou ganha na transição de um eletrão entre
diferentes órbitas é descontínua e a luz absorvida ou emitida tem frequência definida E = hf (explica o espe-
tro descontínuo do átomo de hidrogénio). Os raios das órbitas dos eletrões tomam valores bem definidos:
r = a0 n, com n = 1, 2, 3, ...
Energia de ligação nuclear, B: energia libertada quando o núcleo se forma a partir dos seus constituintes ou
energia fornecida para desagregar o núcleo. A massa do núcleo é sempre menor do que a massa dos nucleões.
Verifica-se a relação de Einstein entre massa e energia: B = ( Zmp + N mn – M) c2 .
53
1
Massa 2mp + 2mn 4 u me = u –
1836
Carga +2e –e –
dN
Mede o número de desintegrações por unidade de tempo: A = – .
Atividade [unidade dt
É proporcional ao número de núcleos existentes na amostra num dado instante, A = N , sendo a constante
SI: becquerel (Bq)]
de decaimento.
1
Tempo médio Inverso da constante de decaimento: = ; tempo que decorre até que o número inicial de átomos radioativos
de vida da amostra se reduza a 37%.
Período de Tempo que decorre até que o número inicial de átomos radioativos da amostra se reduza a metade (50%):
decaimento ou ln 2
T1/2 = .
tempo de meia-vida
Dose absorvida
E
[unidade SI: Energia transferida pela radiação por unidade de massa do material: D = .
M
gray (Gy)]
Dose equivalente
Energia transferida pela radiação por unidade de massa do material, tendo em conta o fator de qualidade
[unidade SI:
da radiação absorvida: H = QD .
sievert (Sv)]
Questões
3.1 Teoria da Relatividade
1. Das frases seguintes, assinale as que são falsas, justificando.
A. A relatividade galileana já não se aplica porque está ultrapassada.
B. Se um referencial é de inércia, todos os que se movem com velocidade constante em relação a ele também são de inércia.
C. Um referencial ligado a um carro que se move com movimento circular uniforme é de inércia.
D. Quando estamos num carro e ele acelera ou trava não somos capazes de explicar o nosso movimento utilizando as leis
de Newton.
E. Um referencial diz-se de inércia se nele se verificar a Lei da Inércia.
F . Temos a mesma sensação a ler um livro se viajarmos a 900 km h–1 num avião ou se estivermos parados.
G. A Terra pode ser sempre considerada um referencial de inércia.
2. Uma mala está no piso de uma carruagem de um comboio que se move com movimento retilíneo uniforme.
a) Que forças atuam sobre a mala do ponto de vista de um passageiro sentado na carruagem? E do ponto de vista de um
passageiro parado numa estação de comboios?
b) Pode dizer-se que a mala está ligada a um referencial de inércia? Justifique.
c) De repente a carruagem trava. O que acontece à mala? Como explica o que acontece a um observador ligado à carrugem
e a um observador ligado à estação?
3. A Catarina viaja na sua mota com velocidade de módulo 40 km h–1 relativamente ao passeio da rua, da esquerda para
a direita. No referencial da Catarina, o que podemos dizer acerca do estado de repouso ou movimento do passeio?
4. O Princípio da Relatividade de Galileu afirma que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. todos os referenciais inerciais são equivalentes.
B. só há movimentos relativos.
C. as grandezas cinemáticas têm sempre o mesmo valor, quando medidas em referenciais inerciais.
D. o referencial inercial mais importante é o referencial ligado à Terra.
E. as leis da física só são válidas no referencial ligado à Terra.
5. Uma pessoa observa, de um cais, o movimento de um corpo que é deixado cair sobre a plataforma de um barco que
se move com velocidade constante nas águas calmas de um lago. Um outro observador, situado no barco, também faz
o mesmo estudo. É desprezável a resistência do ar. Pode afirmar-se que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. os observadores concordam quanto à força resultante que atua sobre o corpo.
B. o observador situado no cais diz que o corpo descreve uma trajetória curvilínea durante a sua queda, mas o observador
ligado ao barco diz que essa trajetória é retilínea e, por isso, algum deles está a pensar mal.
C. no ponto mais baixo da trajetória os dois observadores medem a mesma velocidade para o corpo.
D. o observador ligado ao cais mediu um tempo superior para o voo do corpo relativamente ao medido pelo observador ligado
ao barco.
E. os dois observadores podem aplicar o Princípio da Conservação da Energia Mecânica à trajetória de voo do corpo.
6. Um miúdo lança verticalmente uma bola dentro de um comboio. Como, a partir do movimento da bola, se pode saber se
o comboio é um referencial de inércia? E se não estivesse a jogar à bola mas, simplesmente, sentado na carruagem-bar com
um copo de sumo sobre uma mesa?
7. Um carro move-se com movimento retilíneo e uniforme e velocidade de módulo 72 km h–1. Uma camioneta move-se paralela-
mente ao carro e no mesmo sentido com velocidade constante de módulo 54 km h–1.
a) Um referencial ligado à camioneta será um referencial de inércia? Porquê?
b) Poderá um observador ligado ao carro, com os olhos vendados, saber se o carro está em repouso ou se se move com
movimento retilíneo e uniforme?
c) As leis de Newton serão válidas nos referenciais ligados ao carro e à camioneta? Justifique.
d) Se a camioneta acelerar, as leis de Newton continuarão a ser válidas para um observador dentro dela? Justifique.
55
8. Um rapaz lança verticalmente para cima um objeto de 100 g quando está num balão que sobe com velocidade constante de 5,0
m s–1 e se encontra a 10 m de altura do solo. A bola é lançada com uma velocidade relativamente ao balão de 4,0 m s–1.
a) Indique as equações paramétricas:
A. do movimento da bola num referencial ligado ao balão;
B. do movimento do balão num referencial ligado ao solo;
C. do movimento da bola num referencial ligado solo.
b) Qual é a energia cinética do objeto, passado 1,0 s de movimento, em cada um dos referenciais?
c) Indique duas grandezas sobre cujo valor o rapaz e um observador no solo concordem. Como se chamam essas
grandezas?
9. Uma pessoa caminha com uma velocidade constante de 1 m s–1 sob a chuva. Para não se molhar, inclina o seu guarda-chuva
de um certo ângulo com a horizontal, tal que tan = 0,25. Ao parar, nota que a chuva cai verticalmente. Calcule a velocidade
da chuva em relação ao solo e em relação à pessoa.
10. Um avião que viaja à velocidade do som lança um projétil à velocidade de 600 m s–1. Qual é o módulo da velocidade
do projétil medido por um observador na Terra se:
a) o projétil viajar na mesma direção e sentido do avião?
b) o projétil viajar na mesma direção mas em sentido contrário ao do avião?
c) o projétil viajar numa direção perpendicular ao avião?
11. Um vagão de um comboio move-se com velocidade constante de módulo 54 km h–1. Sobre o piso do vagão encontra-se uma
bola de 500 g, que se move no sentido do movimento da carruagem, sendo x (t ) = 2 + 4t – t 2 a equação que descreve esse
movimento no referencial da carruagem (ver figura). No instante inicial as origens dos referenciais representados na figura
coincidem.
a) Qual é a aceleração da bola medida pelos observadores A e B?
b) Que força resultante atua sobre a bola medida pelos observadores A e B?
c) Ao fim de 1,0 s de movimento, qual é a velocidade da bola medida por B?
A
v B v
12. Num comboio que se move com velocidade constante de módulo 90 km h–1, um rapaz (A) lança verticalmente para cima
uma bola de 200 g com velocidade de 7 m s–1 relativamente à carruagem. Um observador B, ligado ao solo, observa o movi-
mento da bola.
a) Qual é o tipo de trajetória observada por A? E por B? Justifique.
b) Qual é a energia mecânica da bola, no instante de lançamento e no ponto mais alto da trajetória, medida por A?
E por B?
c) A energia mecânica será uma grandeza conservada mas não invariante. O que significa isso?
56 • Física moderna
14. O que há de comum entre as teorias da relatividade galileana e da relatividade restrita? Porque é que surgiu a teoria da relativi-
dade restrita?
16. Um feixe de luz é enviado da Terra para uma nave espacial que se move a 0,8 c. Qual é a velocidade da luz medida na Terra?
E pelos tripulantes da nave?
17. Porque é que, para medir um intervalo de tempo próprio, é apenas necessário um observador, isto é, um relógio, e para medir
o correspondente intervalo de tempo noutro referencial já são necessários dois observadores, cada um com um relógio?
18. Um certo tipo de partículas elementares viaja à velocidade de 2,85 × 108 m s–1 e, no seu referencial, tem um tempo de vida
médio de 2,50
s.
a) Qual é o seu tempo de vida no referencial da Terra?
b) Qual é a velocidade da Terra medida no referencial dessas partículas?
57
19. No interior de uma nave espacial que se afasta do Sistema Solar com uma velocidade constante próxima da velocidade
da luz, um astronauta mede o período de um corpo que oscila preso a uma mola elástica. O mesmo intervalo de tempo,
medido no referencial ligado ao Sistema Solar, é diferente do medido pelo astronauta.
a) Qual deverá ser a velocidade da nave para que num referencial se meça o dobro do tempo que se mede no outro refe-
rencial?
b) Em qual dos referenciais se mede o período mais longo e em qual deles se efetua uma medida de tempo próprio?
20. Suponha que uma carruagem poderia viajar a velocidades próximas da da luz. Um passageiro iniciava uma pequena refei-
ção na carruagem-bar às 5 h e acabava às 5 h 15 min.
a) De quantos relógios necessitaria o passageiro para medir o intervalo de tempo da refeição? Que tempo mediria?
b) Se o intervalo de tempo correspondente fosse medido num referencial ligado à Terra, quantos relógios seriam necessários?
c) Suponha que o intervalo de tempo medido no referencial ligado à Terra era de 20 min. Com que velocidade se moveria
a carruagem?
21. Uma nave espacial aproxima-se do Sistema Solar, segundo a direção da linha que passa pela Terra e pelo Sol, com veloci-
dade 2,70 × 108 m s–1 relativamente ao Sol. Qual é a distância da Terra ao Sol, medida no referencial da nave?
22. A que velocidade se teria de mover uma nave espacial para que o seu comprimento, medido num referencial ligado à Terra,
fosse um terço do comprimento medido pelos tripulantes da nave?
23. Uma estrela está à distância de 65 anos-luz, num referencial ligado à Terra. A que velocidade deveria um astronauta viajar
de modo a percorrer apenas 20 anos-luz?
24. Os muões são criados na alta atmosfera e têm um tempo médio de vida de 2,2
s, medido no seu referencial. Aproximam-se
da Terra com uma velocidade de 99,9% da velocidade da luz.
a) Que distância, medida no referencial do muão, percorrem?
b) Qual é o tempo médio de vida do muão medido no referencial ligado à Terra?
c) Que distância, medida no mesmo referencial, percorre o muão?
25. Um eletrão atravessa um tubo, movendo-se com velocidade 0,99 c, relativamente a ele. O comprimento próprio do tubo é
de 10 m.
a) Comente a seguinte afirmação: «O tubo move-se relativamente ao eletrão com velocidade de módulo 0,99 c.»
b) Qual é o comprimento do tubo medido num referencial ligado ao eletrão?
c) Qual é o intervalo de tempo que o eletrão demora a percorrer o tubo medido no referencial ligado ao eletrão?
d) Qual é o intervalo de tempo que o eletrão demora a percorrer o tubo medido no referencial ligado ao tubo?
26. Uma barra está em repouso relativamente a um referencial S
. Nesse referencial o seu comprimento é de 1,0 m. O referencial
S
desloca-se com velocidade 0,5 c em relação a um referencial S. A barra está inclinada 30° relativamente à direção do movi-
mento de S em relação a S, que se faz segundo o eixo dos xx. Uma extremidade da barra está na origem das coordenadas.
a) Quais são as coordenadas espaciais da outra extremidade da barra, x
e y
, no referencial S
?
b) Qual é o comprimento da barra medido no referencial S?
c) Qual é o ângulo de inclinação da barra medido no referencial S?
58 • Física moderna
27. Einstein, na sua adolescência, refletiu no seguinte problema, conhecido por «paradoxo do espelho de Einstein»: se uma pessoa
segurar um espelho na mão enquanto se desloca à velocidade da luz, será que consegue ver a sua imagem no espelho? Discuta
este problema, tendo em conta os postulados da Teoria da Relatividade Restrita.
29. O Sol emite, em cada segundo, 3,85 × 1026 J. Qual é a sua perda de massa por segundo?
30. Qual é a energia associada a um eletrão em repouso, em eV? Se o eletrão tiver uma dada velocidade, a sua energia man-
tém o valor anterior? Justifique.
34. Em 1965 foi detetada uma radiação de micro-ondas proveniente de todo o espaço, que segue a Lei do Deslocamento de Wien.
Esta radiação é um vestígio do big bang. O máximo da radiância espetral ocorre para o comprimento de onda máximo de 0,107
cm. Qual é a temperatura do corpo negro correspondente a este comprimento de onda?
59
36. Porque é que os estudos sobre a radiação emitida pelos corpos vieram afetar profundamente as conceções clássicas da
física ligada aos fenómenos microscópicos?
37. Para explicar a radiância espetral emitida por um corpo negro, Planck postulou que (assinale as afirmações corretas e
justifique as falsas):
A. a radiação eletromagnética é constituída por fotões.
B. a radiação eletromagnética é emitida por um conjunto de osciladores eletromagnéticos, isto é, cargas que oscilam com
movimento harmónico simples.
C. a energia emitida por cada carga oscilante de um corpo negro é proporcional à sua frequência.
D. a energia emitida pelo conjunto das cargas oscilantes de um corpo negro é proporcional à sua temperatura.
E. a energia das cargas oscilantes só pode ter certos valores.
38. No final do século XIX afirmava-se que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. a luz é uma onda, estando o valor da velocidade de propagação fundamentado nas próprias equações do eletromagne-
tismo de Maxwell.
B. a luz tem caráter corpuscular, tal como afirmara Newton.
C. a difração e a interferência de ondas de luz confirmam o caráter corpuscular da luz.
D. a luz é constituída por fotões.
E. a experiência da dupla fenda de Young confirma o caráter ondulatório da luz.
39. Um apontador laser é um dispositivo semicondutor que emite uma radiação praticamente monocromática de 640 nm.
Determine a energia dos fotões emitidos, em eV. Qual é a cor da luz laser emitida?
40. Qual é a energia dos fotões emitidos pela antena de uma estação de rádio que emite na frequência de 100 MHz? Se a potên-
cia da antena é de 15 kW, qual é o número de fotões emitidos por segundo?
41. O efeito fotoelétrico contraria as previsões da física clássica porque (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. a ejeção dos eletrões não é instantânea, dependendo da intensidade da luz que incide no metal.
B. a energia cinética máxima dos eletrões ejetados de uma superfície metálica iluminada depende da frequência e não da
intensidade da radiação incidente.
C. a energia cinética máxima dos eletrões ejetados aumenta quando aumenta a intensidade da luz incidente.
D. existe uma frequência abaixo da qual não se observa a ejeção de eletrões, mesmo para luz muito intensa.
42. A energia cinética máxima dos eletrões extraídos da superfície de um metal por efeito fotoelétrico depende (assinale as afirma-
ções corretas):
A. da intensidade da luz incidente.
B. do ângulo de incidência do feixe de luz.
C. do tempo de exposição do metal ao feixe de luz incidente.
D. do material onde incide a luz.
E. da frequência da luz incidente.
60 • Física moderna
43. As câmaras para ver no escuro (visores de infravermelho) possuem uns sensores de luz infravermelha que se baseiam no
efeito fotoelétrico. Quando uma luz de frequência 2,4 × 1014 Hz incide neste sensor são ejetados eletrões com uma energia
máxima de 0,90 eV. Qual é a energia necessária para arrancar o eletrão de condução mais energético do material fotossensível
usado no sensor?
44. Uma superfície de alumínio, cuja função trabalho é 4,08 eV, é iluminada por luz de comprimento de onda de 300 nm. Ocorre
efeito fotoelétrico? Se sim, qual é a velocidade máxima com que são ejetados os eletrões?
45. A tabela seguinte mostra a energia cinética máxima dos eletrões ejetados do cátodo de uma fotocélula, em função do com-
primento de onda da radiação incidente:
/ nm Emáx / eV
588 0,68
505 0,98
445 1,33
399 1,61
a) Represente num gráfico a energia cinética máxima dos eletrões em função da frequência da radiação incidente.
b) A partir do gráfico, determine a função trabalho do metal e obtenha uma estimativa da constante de Planck.
47. A superfície de um metal, para o qual a função trabalho é de 2,3 eV, é iluminada por dois feixes de luz, cujos parâmetros são
dados na tabela seguinte, sendo Emáx a energia máxima dos eletrões emitidos.
Feixe 2 2 E2 I2
48. A experiência de Young da dupla fenda para a luz mostra que (assinale a opção correta):
A. o comprimento de onda da luz é inferior ao comprimento das fendas.
B. a luz tem um comportamento de onda.
C. a luz é uma onda eletromagnética que se propaga no vácuo.
D. a luz é uma onda transversal.
E. a luz tem um comportamento de corpúsculo.
50. A que se chama radiação ionizante? Dê exemplos deste tipo de radiação e indique três processos em que haja interação de
radiação ionizante com a matéria.
61
53. Os raios X e a luz visível diferem nas suas propriedades porque (assinale as afirmações corretas):
A. a velocidade de propagação dos raios X é superior à velocidade da luz visível no vácuo.
B. os fotões X são de menor energia do que os fotões de luz visível.
C. o comprimento de onda dos raios X é muito inferior ao da luz visível.
D. a luz visível é uma onda eletromagnética e os raios X não.
E. os raios X são ionizantes e a luz visível não é.
54. Um feixe de eletrões acelerado por uma tensão de 60 kV embate num alvo de molibdénio. Qual é a frequência máxima dos
raios X emitidos? Estes raios X são muito ou pouco penetrantes?
56. Os neutrões, tal como os raios X, podem sofrer difração por cristais. Tal facto evidencia que (assinale as afirmações corretas):
A. os raios X e os neutrões são radiações da mesma natureza.
B. os neutrões, tal como os fotões X, podem exibir um comportamento ondulatório.
C. a energia dos neutrões é próxima da dos raios X.
D. os fotões X são partículas neutras à semelhança dos neutrões.
E. os neutrões são radiação ionizante.
57. Mostre que o comprimento de onda de De Broglie de um neutrão de energia cinética Ec é dado pela expressão:
h
=
2 mEc
58. Na experiência de difração de eletrões, realizada por Davisson e Germer em 1927, um feixe de eletrões acelerado por uma
diferença de potencial de 54 V foi difratado por um cristal de níquel.
a) Explique em que consiste o fenómeno de difração e a importância histórica da experiência anterior.
b) Calcule o comprimento de onda de De Broglie associado ao feixe de eletrões e compare-o com o espaçamento entre as cama-
das de átomos do cristal de níquel (215 pm).
59. Qual é o comprimento de onda de um neutrão com a energia cinética de 25 meV? Como se compara este comprimento de
onda com o tamanho de um átomo? Um feixe de neutrões com esta energia pode sofrer difração ao atravessar um cristal?
60. Um átomo excitado emite energia, por vezes sob a forma de luz visível, porque (assinale a opção correta):
A. um dos seus eletrões foi arrancado ao átomo.
B. um dos seus eletrões transitou para um nível de energia mais baixo, aproximando-se do núcleo.
C. um dos seus eletrões transitou para um nível de energia mais elevado, afastando-se do núcleo.
D. um dos seus eletrões transformou-se em radiação, segundo a relação de Einstein E = mc 2 .
62 • Física moderna
61. Os níveis de energia do eletrão do átomo de hidrogénio, em eV, são dados pela expressão En = – 13,6 , onde o número
n2
quântico n é um inteiro igual ou superior a 1. O espetro visível corresponde aproximadamente à região entre os comprimentos
de onda 380 nm e 760 nm. Podemos afirmar que (assinale a opção correta):
A. a energia de ionização do átomo de hidrogénio é de 13,6 eV.
B. é possível ionizar um átomo de hidrogénio no estado fundamental com luz visível.
C. quando o eletrão transita do segundo para o primeiro estado excitado, o átomo emite luz visível.
66. O 208 6
82 Pb (m = 207,93162 u) é um isótopo do chumbo produzido na desintegração do urânio-238. O 3 Li (m = 6,01347 u)
é produzido nas reações nucleares que ocorrem no interior das estrelas. Determine:
a) o número de protões e de neutrões de cada um destes núcleos;
b) o defeito de massa para os dois núcleos;
c) a energia de ligação dos núcleos em MeV;
d) a energia de ligação, por nucleão, para os dois núcleos, indicando qual é mais estável.
67. A primeira reação de transformação nuclear foi realizada em 1919 por Ernest Rutherford, bombardeando azoto com partícu-
las segundo a reação:
2 He + 7 N → Z O + 1H
4 14 A 1
95 Am) forma um elemento novo X quando bombardeado com partículas α, de acordo com
68. Um dos isótopos do amerício ( 241
a equação:
95 Am + 2 He → Z X + 2 0 n
241 4 A 1
69. A radioatividade artificial foi descoberta, em 1934, por Irène e Fréderic Joliot-Curie quando «bombardearam» uma folha de alu-
mínio com partículas α de energia 0,520 MeV provenientes do decaimento do polónio. Como resultado, observaram emissão
de positrões da folha de alumínio que persistia mesmo depois do «bombardeamento» com partículas α ter terminado. Este fenó-
meno foi interpretado como sendo o resultado das reações seguintes:
4
2 He
27
+ 13 Al → AZ P + 10 n
A
Z P → ZA
Si + + +
71. Acerte as seguintes equações nucleares identificando o elemento X, calculando os valores de A e Z, e completando as equa-
ções:
84 Po → Z X +
a) 212 11Na → Z X + + …
A
c) 20 A +
55 Cs → Z X + + …
b) 137 91 Pa* → Z X +
A – d) 234 A
73. O césio-133 ( Z = 55) existe na Natureza e não é radioativo. O césio-137 e o césio-134 são isótopos artificiais que existem
nos resíduos radioativos das centrais nucleares e que sofrem decaimento –.
Dados: m (133 134 137
55 Cs) = 132,87522 u; m ( 55 Cs) = 133,87647 u ; m ( 55 Cs) = 136,87684 u.
a) Calcule a energia de ligação por nucleão destes três isótopos do césio.
b) Ordene os isótopos por ordem crescente da sua estabilidade e justifique o tipo de decaimento radioativo.
74. O 40K é um emissor – em grande parte responsável pela radioatividade natural do corpo humano. O núcleo-filho do 40K é um
isótopo do elemento cálcio e decai emitindo radiação . Escreva as equações dos decaimentos.
75. O 99Tc (tecnécio) é um emissor utilizado em imagiologia médica. O tempo de meia-vida deste isótopo é de 6,01 h. Para
a realização de uma tomografia foi injetado num doente um composto contendo o isótopo cuja atividade, no instante
após a injeção (t = 0), é de 130 Bq.
a) Qual é o significado físico do tempo de meia-vida de um isótopo radioativo?
b) Determine o tempo de vida média e a constante de decaimento do 99Tc.
c) Ao fim de quanto tempo a atividade radioativa se reduz a 1/8 do valor inicial?
d) Calcule o número de núcleos radioativos no instante t = 0 s e passados três meses. Comente os resultados.
79. O neptúnio (Np) foi o primeiro elemento transuraniano produzido num laboratório. Este elemento foi obtido através das
seguintes reações nucleares:
92 U + 0n → 92 U
238 1 A
A
92 U → 239
92 Np +X
a) Complete as equações acima, determinando A e identificando a partícula X.
239
b) O período de desintegração do 92 Np é de dois dias. Qual é o tempo de vida média deste isótopo?
80. Num exame de diagnóstico com raios X um doente recebeu uma certa dose de radiação. Os efeitos serão os mesmos se
a radiação recebida for raios X ou radiação gama? Justifique.
82. Num reator de fissão, uma das reações mais importantes é a seguinte:
235
92 U + 10n → 94
38 Sr + 140
Z Xe + x 10 n
a) Determine os valores de Z e de x.
b) Porque é que se diz que a reação acima é em cadeia?
c) Um reator utiliza por dia, em média, 3,0 kg de urânio-235. Calcule a ordem de grandeza da energia produzida num dia,
pela fissão deste urânio. Se a eficiência do reator for de 30%, qual será a potência útil do reator?
65
Respostas às questões
Unidade 1 – Mecânica f) A trajetória é retilínea e os vetores velocidade e aceleração são tangentes
à trajetória e apontam de cima para baixo.
→ 2 →
2. r1 = –2 ex , r2 = 3,5 (ex + ey ) . Na posição final, r = r1 + r2 + r3 ou
→ → → → → → →
2
→ → → → → → → →
r = 0,475ex + 2,475ey + r3 = – 5,8 ex , donde r3 = –6,275ex – 2,475 ey .
g) Quando a velocidade instantânea for maior: v (1,00) = 9,8 m s–1 e
O módulo da terceira etapa é r3 = d = 6,7 km e o rumo correspondente ao
v (2,50) = 24,5 m s–1 , logo é aos 2,50 s.
ângulo 201,5o (ângulo de 21,5 o para o lado sul medido a partir da linha E-O).
h) A velocidade varia da mesma maneira em todos os instantes porque a
r→ r→(20) – r→(0)
3. vm = 3,6 ex – 5,2 ey ; ora vm = e r→(0) = 0 , e então
→ → → →
t = aceleração é constante.
t
→ → → → →
9. a) A trajetória é parabólica:
r (20) = r = 72 ex – 104 ey (m) ; | r | = d = 126 m .
→ → 2 → 2 →
4. r = 1,20 ex + 1,60 ey – 1,6 ex – 0,80 ey = 0,069 ex + 0,331ey (km) .
→ → →
2 2
→ → →
Logo vm = 0,46 ex + 2,20 ey (m s–1) e a rapidez média é:
1200 + 1600 + 800
= 24,0 m s–1
150
→ → → →
5. Distância ao ponto de partida: | r | = 35 m ; vm = –2,5 ex + 2,5 ey (m s–1) . → → → → → →
b) Como d = | r | e r = r (5) – r (0) = 8 ex – 45 ey (m) , vem d = 46 m .
2 r 39
Distância percorrida: = 39 m ; rapidez média: = 3,9 m s–1 .
4 10 c) vx = 1,6 e vy = 5 – 5,6 t ⇒ v(t) = 1,
62+
(5
–5
,6
t )
2 . O gráfico v (t) mos-
25 m
v 20 252
6. v 2 = v 20 + 2ax ⇔ x = = = 0,64 m .
2a 100 × 9,8
7. Se o condutor travar, a parte dianteira do carro pode andar, no máximo, 50 m
1 1
em 3 s. Como x = v0t + at 2 vem x = 20 × 3 + (– 4,2) × 32 = 41,1 m <
2 2
< 50 m ; há segurança. Se o condutor acelerar tem, além dos 50 m, mais
20 m de cruzamento e mais 3,5 m de comprimento do carro, isto é, 73,5 m
1
para percorrer em 3 s: x = 20 × 3 + 1,5 × 32 = 66,75 m < 73,5 m . Logo
2
→ → → → → →
o carro fica no meio do cruzamento com o sinal vermelho. Deve sempre d) v (0,5) = 1,6 ex + 2,2 ey ; v (3) = 1,6 ex – 11,8 ey . Os módulos obtêm-se dire-
parar-se no sinal amarelo! tamente na calculadora a partir do gráfico v (t):
e) v =
(8
,4
8t
)2
+(–
4,
9t
→ → →
)2 , logo v (2,50) = 24,5 m s–1 ; a (t ) = 8,48 ex – 4,9 ey
e a = 9,8 m s–2 . Para t = 2,5 s , v = 9,79 m s–1 .
66
→ → → → →
10. Movimento uniforme: | v | = cte , logo at = 0 . Para a = at + an 0 terá de
v2
ser an = 0 (o carro tem de estar em movimento) e r finito (a trajetória
r
não pode ser retilínea).
v2 →
b) vx = 8 – 6t = 0 ⇒ t = 1,3 s . Neste instante, | v | = |vy | = 10,4 m s–1 . Este
11. 0,05 g > an = ; v = 83 m s–1 ; R > 14,2 km .
R ponto da trajetória corresponde ao máximo da coordenada x e a veloci-
12. A – Falsa, porque o movimento é curvilíneo. dade tem apenas componente vertical.
B – Falsa, porque a aceleração radial é sempre dirigida para o centro da curva.
C – Verdadeira, porque o movimento pode ser uniforme.
v 2 4 R
2
13. an = =
T 2 . Ponto no equador, movimento de rotação da Terra:
R
R = RT = 6,37 × 106 m e T = 24 h = 86 400 s , an = 0,034 m s–2 . Centro de
massa, movimento de translação da Terra: R = 1,5 × 108 m e T = 365,25
dias = 3,156 × 107 s , an = 5,9 × 10–6 m s–2 .
20. Considerando o eixo dos xx a passar no ponto mais baixo da trajetória, as
v2 4 2R equações paramétricas são x = v0t e y = 0,874 – 4,9t 2 .
14. an = = T 2 ; R = 2 × 10 m e T = 1 s , an = 7,9 × 10 m s . Num
4 5 –2
R a) y = 0 ⇒ t = 0,422 s .
ponto de latitude 45°, R
= 2 × 104 × cos 45° e an = 5,6 × 105 m s–2 . 2,00
b) v0 = = 4,74 m s–1 . As equações das velocidades são vx (t) = 4,74
0,422
→ →
15. Só a primeira afirmação é verdadeira pois = cte . Na expressão em B, e vy (t ) = – 9,8t ; quando atinge a parede: v = 4,74 e x – 4,14 e y e v =
v não é constante. Como v = R , a expressão que surge em B reduz-se = 6,3 m s–1 .
à que surge em A.
c) v = 2+
4,74 (–
9,8t )2 . Introduzindo a função na calculadora e calculando
v2
16. a) a = ⇒ v = aR ; vmáx = 2,8 m s–1 . dv
R as derivadas at = , tem-se at (0) = 0 < at (0,422) = 6,4 m s–2, por isso
b) v = 2 R f , logo f = 0,223 Hz ; n = 60 × f = 13,4 voltas . dt
o módulo da velocidade varia mais no instante final do que no inicial.
c) x (t ) = R cos (t ) , y (t ) = R sin (t) com = 2f = 1,4 rad s–1 , x (t ) =
= 2 cos (1,4t ) , y (t ) = 2 sin (1,4t ) . 21. Falsas: A, C, D; Verdadeiras: B, E, F.
10 2 → → →
17. a) at = 1 m s–2 ; an = = 5 m s–2 ; F = 900 et + 4500 en (N) . 22. As equações paramétricas são x = v0 cos 23°t e y = v0 sin 23°t –
20
b) – 4,9t 2 (admitimos que o centro de massa do atleta está ao mesmo nível no
at
instante inicial e quando atinge o solo).
a 8,5
v 107°
8,5 = v0 cos 23°t t = t = 0,86 s
v0 cos 23o
0 = v0 sin 23°t – 4,9t 2 — v0 = 10,7 m s–1
an
b) O salto mais seguro para um principiante será aquele que lhe exige
v0
menor velocidade inicial, menor altura máxima e que seja suficientemente
x afastado da borda da prancha para não colidir com ela. O salto de 30°
53°
127° com velocidade inicial 3,0 m s–1 é um salto mais fácil e é seguro. Quanto
a mais perícia tiver o nadador, menor será o ângulo de lançamento com a
vertical, como o de 14°, e maior a velocidade inicial, pois assim tem
tempo de voo maior e altura máxima maior.
67
x = 12 cos 25°t
A bola passa por x = 4,2 m no instante t = 1,047 s . Nesse instante y (t ) = 1,61 0,75 10,19
= – 0,63. Logo, não há cesto. 1,36 1,05 8,60
B A
→ → → →
Forças aplicadas ao bloco A: T e F . Força aplicada ao bloco B: T
= – T
(também estão aplicadas ao blocos os pesos e as forças normais exercidas
pela mesa, mas que se anulam para cada bloco). Bloco A: F – T = m A a ;
bloco B: T = mB a (têm ambos a mesma aceleração), donde F = (mA + mB) a
.
→ →
b) 2.o caso: ( R
= – R):
F
R' R
A B
68
31. a) No 1.o caso, 35. Na posição inicial, e considerando o zero da energia potencial gravítica na
parte mais baixa da trajetória, Ep = mg 0,80(1 – cos 30°) = 1,05 m e
Ec = 18 m, logo Em = 19,05m . Se o corpo atingir o ponto de altura máxima
A B
v2
T + P = m e a velocidade mínima corresponde à tensão nula, tendo-
R
F 1
-se então v 2 = gR . A energia mecânica no cimo é E
m = mg 2R + mgR =
2
(mA + mB ) a = F cos 60° ⇒ F = 6(mA + mB) . No 2.o caso (admite-se 5
que o ângulo é sempre igual a 30°): = mgR = 19,6 m > 19,05 m . Por isso não atinge o topo.
2
36. A força exercida pela calha não realiza trabalho (é perpendicular à trajetória).
F – T cos 30o = mA a Da conservação da energia mecânica, e tomando como nível de referência
⇒ F – mB cos 30° (g + a) = mA a 1
T – mB g = mB a o que passa por A vem mv 2A = mghB , com hB = 1 m , logo vA = 2gh
B =
2
mv 2c 1
= 4,4 m s–1 . Na posição mais baixa: NC = P + e mv A2 + mghA =
R 2
Como a força tem o mesmo módulo nos dois casos, eliminando F nas 1 2
duas equações anteriores obtém-se mA = 1,7 mB . = mv c , donde NC = 2054 N .
2
b) mB = 2,94 kg e T = mB (g + a) = 37,65 N . Para o bloco assente na 37.
mesa no 2.o caso, N = mA g – T sin 30° = 30,45 N .
N
N
32. N Fa
TA
N
TB
P P
P P P
P
A B v2
38. mg = T cos ; T sin = m . Eliminando T, v =
gRtan
. A velocidade
R
C
não depende da massa mas depende do ângulo com a vertical e do raio
NB
pois R = R
+ L sin , donde v = g
(R
+Lsin)
tan
e v aumenta com L.
ω
NA P R'
L
θ
P T
D
33. a) a = 0,14g.
R
b) Aplicando a Segunda Lei de Newton vem, no ponto mais alto, N + P =
P
v2 v2 v
2
= m , donde N = –P + m ; e, no ponto mais baixo, N ’– P = m ,
R R R
v
2
donde N
= P + m , sendo v
> v . Então N
> N e a balança
R v2 v2
39. F cos 38,2° = P ; F sin 38,2° = m . Eliminando F, R = =
marca um valor maior no ponto mais baixo. R g tan 38,2°
= 2,32 km .
N’ F
t
t
n
P
N 38,2°
P P
→ →
42. Para o corpo deslizar P sin – Fac = ma 48. Se a velocidade for constante, FR = 0 , e a folha não cairá se Fa = mg sin
e N – mg cos = 0 e Fac =
c mg cos . e N = mg cos ; como F máx ae =
e N =
e mg cos , o coeficiente de atrito
N
Introduzindo na primeira equação, Fa mínimo é
e = tan . Se a aceleração for constante, a folha fica «colada»
a = g (sin –
c cos ) = 0,2g . Para que ao vidro se se verificarem as seguintes condições: N sin – Faecos = ma
o corpo não deslize, 0,6 –
e 0,8 = 0 ⇒ e N cos + Fae sin – P = 0 , ou seja, o coeficiente de atrito mínimo é
⇒
e = 0,75 . Este é o valor mínimo do g sin – a cos
e = .
coeficiente de atrito estático. g cos + a sin y
P θ
N N a
Fa θ
43. a) A massa do armário é sempre a mesma, logo a inércia é a mesma.
A explicação está no facto de o coeficiente de atrito estático ser Fa θ
maior do que o cinético. x
b) A força normal exercida pelo plano é de 196 N e designemos a força P θ
→
ae =
e N = 30 N (para iniciar o movimento),
aplicada por F. De F = F máx P θ
vem
e = 0,153 ; de F = Fac =
c N = 20 N (para manter o movimento),
vem
c = 0,102 .
→ 49. Como as medições foram feitas com uma régua graduada em mm, a
c) F cos 30° = 30 N , donde F = 34,6 N . Considerando que F faz 30° com
menor divisão é 1 mm e a incerteza de leitura é 0,5 mm ou 0,05 cm. Como
a horizontal «para baixo», a força normal vale N
= P + F sin 30° = 213 N
→ N = mg cos e F máx ae =
e N =
e mg cos , o coeficiente
(se F fosse «para cima» a força normal seria N
= P – F sin 30° = 179 N) . h h2 – h1
de atrito mínimo é
e = tan . Mas tan = = , sendo
d d
44. N = P e a força de atrito máxima é F máx ae =
emg e terá de ser l 2 = d 2 + h 2 ou d = l2–h
2.
v2
Fc < F ae donde m <
e mg ou
e > 0,47 . O atrito é estático (não há
máx ,
Medições l / cm h1 / cm h2 / cm h / cm
R
movimento na direção da força de atrito). No primeiro caso, o carro pode 1 180,00 5,40 44,60 39,20
descrever a curva, mas no segundo caso não. O resultado é independente
da massa do veículo. 2 180,00 5,40 45,80 40,40
NB
3 180,00 5,40 43,20 37,80
45. a)
O valor médio de h é h = 39,13 cm e d = 175,70 cm e
e = 0,223 .
A
50. a) Quando o movimento se torna iminente, tem-se PB – T = 0 e T – Fae = 0 ,
mB
B donde mB =
e (mA + m) ou
e = ; o coeficiente de atrito
FA/B
mA + m
estático é o declive da reta no gráfico da função que relaciona a massa
B PB de B com a soma da massa de A e da sua sobrecarga.
b)
→
m/g mA + m / g mB / g
b) O bloco A move-se sob a ação da força de atrito estático FaB/A com a
mesma aceleração do bloco B. 45,3 191,0 44
90,6 236,3 50
NB
135,9 281,6 60
PB
Fa A/B = Fa B/A A reta de regressão tem como equação y = 0,26x – 9,27 ; o grande valor
da ordenada na origem e o quadrado do coeficiente de correlação, 0,97,
F – Fa = mB a ; Fa = mA a ; F =
e FB/A =
e mA g . Na situação limite
máx
a indicam que os dados não se ajustam bem à reta teórica que passa pela
(a força de atrito tem de ser máxima), F –
e mA g = mB a e
e mA g = mA a ; origem, o que mostra a incerteza experimental. O valor obtido para o
F coeficiente de atrito estático é de 0,26.
eliminando a vem
e = = 0,6 .
g(mA + mB) mB g – (mA + mB)a
c) Como PB – Fac = ma e Fac =
c PA , vem
c = .
mA g
v2
46. Como F máxae > Fc ,
e mg > m , donde v <
e gR ou vmáx <
eg
2 R. Como o movimento é uniformemente acelerado, a aceleração pode ser
R
calculada a partir do tempo que decorre desde que o corpo parte do
a), b) e c) A velocidade máxima não depende da massa, mas depende do 1 2L
raio de curvatura (maior raio permite maior velocidade) e do coeficiente de repouso até a uma posição final, L = at 2 , ou seja, a = . Para cada
2 t2
atrito estático (este diminui quando os pneus ficam carecas e, por isso, é valor de L deve tomar-se a média dos tempos.
proibido andar com pneus nesse estado).
v2 R L/m t1 / s t2 / s t3 / s tm / s a / m s–2
47. A força normal exercida pelo cilindro é N = m = m4 2 2 = 1727 N .
R T
0,75 2,0 1,8 1,9 1,9 0,42
A força de atrito estático tem de ser igual ao peso para que a pessoa não
escorregue: Fa = 70 × 9,8
e N , donde
e 0,40 . Como o coeficiente 0,65 1,8 1,7 1,7 1,7 0,43
de atrito é 0,6, o passageiro não desliza. 0,55 1,5 1,6 1,5 1,5 0,47
0,45 1,4 1,3 1,2 1,3 0,53
Fa
0,35 1,1 1,2 1,1 1,1 0,54
N 0,25 1,0 0,9 1,1 1,0 0,50
0,15 0,6 0,8 0,7 0,7 0,61
a mola, em geral, tudo o que vibre sem atrito com movimentos de k 4 2 m
pequena amplitude. 57. = ⇒ k = m 2 = ; a constante elástica varia com o inverso do
m T2
b) = 2 f = 2765 rad s–1; a velocidade é v (t ) = A cos (t + ) , pelo que quadrado do período. Portanto, kb > ka pois Tb < Ta .
vmáx = A = 1,4 m s–1 ; a aceleração é a (t ) = – A 2 sin (t + ) , pelo
que amáx = A 2 = 3,8 × 103 m s–2 . 1
58. a) Ep = k x 2 = 2,9 J (esta também é a energia mecânica, pois o corpo
2
52. a) A = 0,200 m ; = 2 rad s–1 ; = – ; a amplitude e a fase inicial. inicialmente não tem energia cinética).
3
b) |vmáx| = A = 0,400 m s–1 ; |amáx| = A 2 = 0,800 m s–2 . 1
b) 2,9 = mv 2 ⇒ v = 1,6 m s–1.
c) A força máxima ocorre nos instantes em que a aceleração é máxima ou 2
ainda em que a função x(t) é máxima (recordar que |F| = k |x|) . O instante c) A conservação da energia mecânica permite escrever:
em que x = 0,2 encontra-se a partir da equação 0,2 = 0,2 sin 2t – :
3 1 1
2,9 = mv 2 + kx 2, donde v = 1,2 m s–1 .
2 2
2t – = e, portanto, t = 1,31 s .
3 2
1 1
Graficamente também se pode confirmar este valor: basta introduzir 59. a) Ep = kx 2 = m2 x 2 ; x (t ) = A sin (t) , = 2f = 2513 rad s–1 ,
2 2
a função na calculadora gráfica (que tem de estar configurada para
A = 6 × 10–4 m . Portanto, Ep = 3,4 × 10–3 sin2 (2513t ) . A energia total
radianos!) e determinar os máximos da função; o primeiro máximo ocorre
(energia mecânica) é igual à energia potencial máxima: Em = 3,4 × 10–3 J .
para o instante anterior, como mostra a figura. A elongação é de 0,200 m
A energia cinética é Ec = Em – Ep = 3,4 × 10–3 [1 – sin2 (2513,7t)] .
e a velocidade é nula porque é um ponto de inversão de sentido.
Em 1
b) Ec = Ep = ⇒ m 2 x 2 = 1,7 × 10–3 ⇒ x = 4,24 × 10–4 m = 0,424 mm .
2 2
2 1
60. = = 2,094 rad s–1 ; k = m2 = 8,77 N s–1 . A energia total é Et = kA2 =
T 2
= 0,395 J .
1
a) Ep = k × 0,12 = 0,0439 J e Ec = Em – Ep = 0,351 J .
2
1
3
53. A lei do movimento é x(t) = A sin (t + ) , com A = 35,0 cm , = rad b) Et = k A2 e, portanto, se A → 2 A , Et→ 4Et e se k → 2k , Et → 2Et .
2 2
2 1
e = = 3,59 rad s–1 . Também Et = m2A2 e, portanto, se m → 2m , Et → 2Et .
T 2
3
A lei do movimento é x (t ) = 35,0 s i n 3,59t + ; a fase na origem 61. a) Primeiro movimento – queda livre (enquanto o cabo não estiver esticado):
2
garante que x (0) = –35,0 cm ; x (4,50) = 31,6 cm . 1
mgL = mv 2 , logo v 2 = 2gL ; como v = 20 , então L = 20,4 m . A partir
2
2
T
54. a) = = 15,7 rad s–1 ; x (t ) = 0,10 s i n 15,7t + .
2 deste instante o cabo começa a esticar. Seja A a posição em que começa
a esticar e B a posição em que está totalmente esticado e a velocidade
b) x (0,55) = – 0,07 m . é nula. Tomando o zero da energia potencial gravítica quando o cabo
c) v (t ) = 0,10 × 15,7 cos 15,7t + , v (0,55) = – 1,11 m s–1 (outro modo
2
estica o máximo, temos:
1 1 4m g
de encontrar a velocidade é efetuar, na calculadora, a derivada de x (t ) mv 2 + mgL = kL2 , donde k = = 154 N m–1 .
2 2 L
neste instante); está a afastar-se da origem pois v < 0 numa região em
que x < 0 . b) Não, é amortecido (só nos primeiros instantes pode ser considerado
d) |F | = 2 m |x| = 1,73 N . MHS).
55. F = P = 350 × 9,8 = 3430 N ; como F = k |x |, k = 68,6 kN m–1 ; 62. Para não esticar facilmente, o cabo deve ser elasticamente rígido, ou seja,
k = m4 2f 2 , em que m é a massa total. Logo f = 1,13 Hz . ter um k elevado.
F k 63. O body mass measurement device tem uma mola elástica ligada a uma
56. k = = 25 N m–1 , = = 15,8 rad s–1 .
x m cadeira onde se senta o astronauta que começa a oscilar. O período das
oscilações permite medir a massa total do sistema oscilante.
a) x (t ) = 0,20 sin 15,8t + .
2 2 m
T = = 2 ; a partir dessa massa, e conhecida a massa do dispo-
b) Se introduzirmos a função anterior na calculadora, podemos calcular o k
seu valor no instante pedido, x (2,2) = – 0,196 m e, calculando a deriva- sitivo, sabe-se a massa do astronauta.
da nesse ponto, temos v (2,2) = 0,63 m s–1, a = –2 x = 48,9 m s–2 ;
como v > 0 e x < 0 , está a aproximar-se da origem.
L
64. T = 2 .
g
c) – 0,1 = 0,2 0 s i n 15,8t + ⇒ – 0,5 = sin 15,8t + ⇒ 15,8t + =
2 2 2 g
7 a) Na Lua gL = . Logo, TL = 6T = 15,92 s .
= , donde t = 0,133 s . 6
6
T
L
6
b) Diminuir o tamanho do fio: = = ⇒ L
= 0,85 L .
T L 6, 5
c) Ser pequeno, para assim se minimizar a resistência do ar; ter um fio não
metálico para que o comprimento não varie com alterações de tempera-
t1
tura; ter oscilações muito pequenas.
L 4 2
65. a) Como T = 2 , ou T 2 = L , faz-se a média dos três períodos
g g
medidos para cada comprimento e constrói-se o gráfico do quadrado do
período em função do comprimento. O declive da reta de ajuste é igual a
4 2
2 m
k
d) T = = 2 ; |vmáx| = A = A ; |amáx| = A2 = A
k m
m
k , logo g = 9,89 m s–2 .
g
71
p2
Quadrado do período em função E – Verdadeira: Ec = : se a energia cinética for a mesma, aumentando a
do comprimento 2m
quadrado do período / s2 massa tem de aumentar o momento linear.
2,000 y = 3,96x + 0,03
71. x1 = 33,3 t e x2 = 27,8 t + 20 .
R 2 = 0,992
1,600
a) xCM = 10,9 + 30,3 t .
1,200
b) vCM = 30,3 m s–1 .
0,800
c) psist = pCM = 2200 × 30,3 = 6,7 × 104 kg m s–1.
0,400
0,000 p 2,8 + 15
72. F == 1500
= 1,8 × 105 N .
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 t 0,150
comprimento / m
p
73. Em F = , p = cte , por isso o airbag aumenta o tempo de ação da
t
b) O valor é bastante exato porque está muito próximo do valor tabelado.
força, diminuindo assim a sua intensidade (esse tempo e a força são inver-
A precisão também é boa dado que o quadrado do coeficiente de cor-
samente proporcionais).
relação é de 0,992.
74. a) Durante o voo atua o peso; durante o contacto com o solo atua o peso
e a força normal que o solo exerce sobre a pessoa.
1.3 Centro de massa e momento linear
de sistemas de partículas b) A velocidade com que a pessoa chega ao solo é de v =
2gh = 6,3 m s–1 .
|p|
mT xT + mA xA + mR xR
66. xCM = = 0,76 m. A intensidade da força resultante é F =
0,150 = 1,1 × 10 N . Como o
4
Mtotal
peso da pessoa é de 686 N, a força exercida pelo solo é de 1,03 × 104 N.
mT yT + mA yA + mR yR → → →
Esta força é cerca de 15 vezes superior ao peso pelo que a aceleração
yCM = = 0,70 m , pelo que rCM = 0,76 ex + 0,70 ey . que produz é aproximadamente 15 g. A pessoa flete as pernas para
Mtotal
aumentar o tempo de colisão.
67. O movimento do centro de massa é determinado pelas forças externas. Se
a resultante das forças exteriores for nula, o que é o caso pois exercem-se 75. Supõe-se desprezável o peso da bola face à intensidade das forças envol-
apenas forças interiores, o CM permanecerá imóvel se estiver inicialmente p
vidas na colisão: p = 0,25 [20 – (–20)] = 10 kg m s–1 e F == 100 N .
parado. t
A força atua num intervalo de tempo muito pequeno (força impulsiva)
68. Pode o centro de massa estar dentro do corpo, como na figura da esquerda, e pode considerar-se o sistema formado por bola e jogadora como estando
mas pode estar fora, como na figura da direita: isolado. Os momentos lineares são simétricos, uma vez que as forças que
um exerce sobre o outro são um par ação-reação e o tempo de colisão é
→ →
o mesmo: p = F t .
→ 1 N →
os vi sejam nulos tem-se Ec = mi v 2i que não é nulo. (a aceleração aponta em sentido contrário ao da velocidade).
2 i =1
D – Falsa: a energia cinética é uma soma de termos não negativos. Para V2
→
O espaço percorrido até parar é d = = 343 m .
→
ser nula têm de se anular todas as parcelas. Logo, psist = 0 . 2a
72
→ → →
82. Conservação do momento linear: 0 = mAvA + mR vR ⇒ vA = – 1,3vR . As dis- 1.4 Mecânica de fluidos
tâncias percorridas são dA = vAt e dR = vRt , donde se conclui que a
4 3m = 8930 kg m–3 (o material é cobre).
d A vA 88. m = R 3 ⇒ =
razão das distâncias é a razão das velocidades = = 1,3 . Por outro 3 4R 3
dR vR
lado, dR + 1,3dR = D , sendo D a distância entre as paredes, obtendo-se
dR = 0,43 D e dA = 0,57D . m 3,00 × 1028 = 7,16 × 1015 kg m–3 .
89. = =
4 4
R 3 100003
83. a) Há conservação do momento linear do conjunto porque a resultante das 3 3
forças exteriores sobre o sistema é nula. P = Vg = 7,16 × 1015 × 10–6 × 9,8 = 7,0 × 1010 N .
b) e c) Considerando que os jogadores se deslocam segundo os sentidos
positivos dos eixos dos xx e dos yy, a conservação do momento linear 90. (0,100 + m0) g = 2,2 e (0,100 + ma) g = 3,0 . Da última equação, ma =
= 0,206 kg , logo Vcopo = 0,206 dm3 , pois a = 1 kg dm–3 . A densidade
→ → → → v → →
impõe mv ex + mv ey =2mvfinal e, portanto, vfinal = ( ex + ey ) . A velocidade m0
2 do óleo é 0 = = 0,604 kg dm–3 . A densidade relativa do óleo é de 0,604.
v Vcopo
final faz um ângulo de 45° com as direções iniciais e o seu módulo é .
2
FⲚ 80g
84. Como as massas das duas partículas são iguais, a conservação do 91. p = ; ppessoa = = 6,5 × 104 Pa ;
→ → →
momento linear é expressa pela equação v1 = v
1 + v
2 (representamos por 1
A 2 × 60 × 10– 4
a bola branca e por 2 a bola sete). A conservação da energia cinética expri-
45 g
me-se por v 12 = v
12 + v
22 . pginasta = = 1,16 × 105 Pa > ppessoa .
38 × 10–4
y 92. O colchão de água faz aumentar a superfície de contacto, diminuindo,
assim, a pressão (e, portanto, a força que o colchão exerce por unidade
v'2 de área da pessoa).
93. Água líquida, pois a massa volúmica do gelo é menor do que a da água
30° líquida. As pedras de gelo num copo com água flutuam.
x 94. Para um fluido em repouso, as forças de pressão exercem-se perpendicu-
v1 θ
larmente às superfícies do recipiente. Quando se faz uma abertura ou se
abre uma torneira num recipiente que contém um líquido, este esguicha
v'1
perpendicularmente à parede. A água sai do furo com uma velocidade
horizontal cujo módulo é igual à de um corpo deixado cair da altura a que
Projetando a primeira equação segundo os eixos:
está o líquido.
v1 = v
2 cos 30° + v
1 cos
0,87v
2 + 0,5 v 1
= 5 v
1 = 2,48 m s–1 95. Fica ao mesmo nível se a mangueira estiver aberta dos dois lados (os dois
⇒ ramos da mangueira são dois vasos comunicantes), pois estão sujeitas à
0,5v
2 – 0,87v 1
= 0 v 2
= 4,30 m s –1 pressão atmosférica.
Estes são os módulos das velocidades finais. As direções são as indicadas 96. A pressão no fundo dos recipientes é p = p0 + g h , isto é, só depende
na figura acima, com = 60° . da densidade dos líquidos e da sua altura (não depende do tamanho da
→
→
85. Há conservação do momento linear: mS vS + mP vP + mG vG = 0 . Tomando
→ → abertura das garrafas). Como os fundos das garrafas são iguais, também
a direção oeste-este como o eixo dos xx e a direção sul-norte como o as forças de pressão são iguais se as densidades dos líquidos são iguais.
Se os líquidos forem diferentes, as forças de pressão serão maiores na
2 → 2 →
eixo dos yy, a equação anterior escreve-se 50 × 0,5 × – ex + ey +
→
2 2 garrafa que contém o líquido de maior densidade.
→ → → → →
+ 80 × 0,650 ex + 55 v P = 0 . Portanto, v P = – 0,624 ex – 0,321 ey (m s–1) . 97. A pressão sanguínea medida numa perna vinha acrescida, relativamente à
pressão ao nível do coração, de gh em que é a densidade do sangue
86. a) Módulo da velocidade com que a bola chega ao solo: v = 2gh =
e h a diferença de altura entre o nível do coração e o da perna onde se
= 5,42 m s–1; módulo da velocidade com que a bola sai do solo:
está a fazer a medição.
v
gh = 4,20 m s–1 . O coeficiente de restituição é e =
v
= 2 v = 0,775 . | | 98. p = p0 + g h = 1,013 × 105 + 103 × 9,8 × 5,0 × 103 (Pa) = 484,7 atm .
b) Emi = mgh = 5,88 J . A energia mecânica final é Emf = mgh
= 3,53 J . Usámos o valor médio = 103 kg m–3 para a água. Ora, a densidade da
Em água salgada é maior do que este valor. Por outro lado, à medida que a
Logo, = 0,40 . O sistema perdeu 40% da energia mecânica na profundidade aumenta, também aumenta a densidade, pelo que a pres-
Emi
são real é maior do que a calculada supondo a densidade constante.
colisão (o solo e a bola aqueceram, ou seja, aumentaram a sua energia
interna). 99. A pressão é a mesma pois apenas depende da coluna de líquido acima da
v
L
| |
87. a) Como e = e a velocidade do carrinho se calcula a partir de v =
v
L t
T
pessoa (e não por baixo dela).
→ → → →
103. A altura barométrica para 1 atm é determinada a partir da expressão Dentro de água atua o peso, a tensão e a impulsão: T + I + P = 0 , ou
p0 ainda, T + I = P ⇒ T = 10 × 9,8 – 9,8 × água × V . A densidade do ouro
p0 = gh . Para o mercúrio = 13,6 × 103 kg m–3 , logo h = = 0,76 m .
g é 19,3 × 103 kg m– 3 , pelo que o volume da peça é 5,2 × 10–4 m3 .
Para um líquido de densidade relativa 0,984, a altura barométrica será Portanto, T = 93 N . Quando está fora de água, a tensão iguala o peso:
p0 T
= 98 N .
h
= = 10,50 m .
g
113. A condição de equilíbrio estático permite escrever I = P + T .
104. Se embalagem estiver selada não entra nem sai ar do interior da embala-
a) O volume da rolha é Vrolha = m = 5 × 10–5 m3 .
gem. Em terra, a pressão no interior é igual à exterior. Mas dentro do I
avião, a pressão é menor do que a pressão atmosférica normal (as cabi- A impulsão é, portanto, I = água gV = 0,49 N . O peso é
nes dos aviões são «despressurizadas»). A força de pressão de dentro 0,098 N e a tensão T = 0,49 – 0,098 = 0,39 N .
para fora é superior à de fora para dentro o que leva à expansão da emba-
b) Quando a rolha flutua, P = I , ou seja, Vrolha g = Vimerso água g
lagem. Esta expansão faz diminuir a pressão no interior da embalagem. rolha P
Vimerso
A despressurização do avião é feita para diminuir a diferença entre as forças e então = água = 0,20 = 20% .
de pressão sobre a fuselagem de dentro para fora e de fora para dentro. V T
105. A sucção na palhinha cria uma diferença de pressão entre a extremidade 114. a) Marca o mesmo porque o volume de água deslocado pela bola sai do
mergulhada no líquido (onde a pressão é maior) e a extremidade na boca balde.
onde a pressão é menor, obrigando o fluido a subir na palhinha (das altas b) Marca mais: marca um valor que é igual ao peso do balde, mais o peso
pressões para as baixas pressões). da água, mais a impulsão sobre a bola (que é igual ao peso da bola se
esta flutuar).
106. Na prensa hidráulica há uma multiplicação de forças mas não de energia, A
pois o trabalho realizado sobre cada êmbolo é rigorosamente o mesmo 115. Equação de continuidade: Av = 2A
v
. Na parte estreita v
= v , ou
2
2 A
em módulo. 0,30
seja, v
= v = 0,72 v = 11,5 cm s–1 .
2 × 0, 252
107. a) A pressão é igual de ambos os lados: p1 = p2 .
1 2
A'
A
A'
φ 0,012
116. Caudal: = Av = A
v
. Portanto v
= = = 31,6 m s–1
A
(1,1 × 10–2)2
b) F1 = 4 × F2 . φ
à saída e v = = 3,6 m s na mangueira.
–1
A
c) Se 1 se desloca de x1, 2 desloca-se de x2 = 4x1 pois o trabalho rea-
lizado num dos lados é igual ao trabalho realizado no outro lado.
117. Princípio de Bernoulli: onde a velocidade for maior, a pressão será menor;
108. O bloco maciço não desloca uma quantidade de água suficiente para que a diferença de pressões devida à diferença de velocidades cria uma força
sobre ele se exerça uma impulsão igual ao seu peso, tal como acontece no no sentido das altas pressões para as baixas pressões.
barco que é oco. 1
118. A equação de Bernoulli reduz-se a g h = v 2, e v = 2gh = 2,4 m s–1 .
2
O caudal é = A × v = 1,2 × 10–3 m3 s–1 , ou seja, 1,2 litros por segundo.
b) Como atua uma força variável, a resistência do ar, o movimento diz- 129. A força gravítica sobre Calisto é a força centrípeta:
-se variado (e não uniformemente variado!). Gm MJ v2 4 2R2
= m = m , e portanto, a massa de Júpiter é dada por
R2 R T 2R
123. Se diminuir a sua secção transversal (tomando uma forma mais aerodinâ- 4 R
2 3
mica), diminui a resistência do ar, o que facilita o voo. MJ = = 1,9 × 1027 kg .
GT 2
G MT v 2 4 2 R 2
124. a) As esferas são deixadas cair e atingem a velocidade terminal quando se 130. A aceleração do satélite é = = m 2 , donde:
R2 R T R
→ → → → 2(m – f )g
verificar P + I + Fresist = 0 , ou seja, v = r 2 .
9 GMTT 2
R=3 = 16 767 km
Esta expressão mostra que a velocidade terminal é diretamente propor- 4 2
cional ao quadrado do raio das esferas e, através do declive da reta, é Distância a partir da superfície da Terra:
possível determinar o coeficiente de viscosidade. A velocidade terminal 2 R
obtém-se dividindo a distância, 15 cm, pelo valor médio do tempo. d = R – RT 10 400 km . A sua velocidade é v = = 4877 m s–1 .
T
107,21 – 80,25
b) Massas volúmicas: glicerina = = 1,348 g/mL ou 1,348 × 131. A energia do corpo à superfície da Terra mantém-se durante o seu movi-
20
G M T v2
m GM T m 1 G MT m –1
× 103 kg/m3 ; metal = = 7,78 × 103 kg/m3 . mento: ET = – + mv 2 = – ou Rmáx = GMT – =
4 RT 2 Rmá x RT 2
R 3
3 = 31 615 066 m 31 615 km .
132. A Terceira Lei de Kepler permite escrever, para Plutão e para a Terra
diâmetro/ vtem/ R 3P RT
3
raio/m raio2/m2 t1/s t2/s t3/s tm/s (ambos os planetas orbitam o Sol), = e, portanto:
cm m s–1 T 2P T 2T
0,40 0,0020 0,0000040 4,55 4,45 4,33 4,44 0,034 R 3P 5,9 × 10
= 246,7 anos
12 3
TP = TT = TT
0,53 0,0027 0,0000070 2,17 2,42 2,03 2,21 0,068 R3T 5 × 10 11
0,84 0,0042 0,0000176 1,14 0,98 1,01 1,04 0,144 133. A uma altitude igual a 2RT o corpo está à distância 3RT do centro da Terra.
A energia necessária para colocar o corpo a essa altitude (ficando parado)
1,14 0,0057 0,0000325 0,62 0,64 0,63 0,63 0,238
1 1 2G M T m
é Ep = –GM T m – = = 4,2 × 107 J . Se quisermos que
1,30 0,0065 0,0000423 0,57 0,55 0,47 0,53 0,283 3R T R T 3RT
o corpo fique em órbita, a esta energia tem de se somar a energia cinética
Velocidade em função do corpo em movimento circular uniforme. Para o corpo atingir um ponto
do quadrado do raio distante, onde o campo gravítico terrestre se possa considerar nulo, a
velocidade / m s–1
0,350
0,300 energia que é necessário fornecer é:
y = 6465,6x + 0,0193
0,250 GM T m GM T m
R 2 = 0,9913 E
p = 0 – – = = 6,3 × 107 J
0,200 RT RT
0,150 1 Gm MT mv2 Gm MT
134. A energia total é ET = mv 2 – . Ora, = , pelo que
0,100 2 R R R2
1 GM Gm MT mGM
0,150 ET = m T – = – T 0 (em módulo, a energia potencial
2 RT R RT
0,000
0,0000000 0,0000200 0,0000400 gravítica é o dobro da energia cinética). O trabalho realizado pela força
quadrado do raio / m2
gravítica é simétrico da variação de energia potencial:
2(m – f) g
GM T m GMT m GM T m 1 1 GMT m
Como = 6465,6 , então = 2,17 Pa s . W = –Ep = – – – – = – = – .
9η 3R T 2RT RT 3 2 6 RT
Obtém-se o mesmo resultado a partir do Teorema da Energia Cinética:
1 G MT GMT m
c) Porque o valor da viscosidade depende da temperatura a que está o W = Ec = m(v 2f – v 2i ) . Como v 2 = , obtém-se W = – .
fluido. Por isso, se quisermos comparar com o valor tabelado, é neces- 2 R 6 RT
sário saber a temperatura do fluido. 135. a) O sistema Terra-Sol pode ser considerado um sistema fechado não
dissipativo porque as forças gravíticas são conservativas e, por isso, a
sua energia conserva-se.
1.5 Gravitação
b) Quanto maior a energia potencial, menor a energia cinética e
Gm M GM vice-versa. Como a energia potencial é menor no ponto mais próximo,
125. a) A força gravítica é F = = mac , e a aceleração ac = =
R2 R2 aí a velocidade é maior.
= 0,227 m s–2 . →
c) Fg não é perpendicular à velocidade. A componente tangencial da força
b) O corpo está apenas sujeito à força gravítica (diz-se em queda livre) mas
faz variar o módulo da velocidade; a componente normal faz a Terra
não cai para a Terra, pois a sua velocidade é constantemente perpen-
descrever uma trajetória curvilínea.
dicular à força. Tem movimento circular uniforme. Ft
Terra
c) F = ma = 226 N.
GM
F Fn
g
R
2 R2
126. = GM = 2 = 0,83 , ou seja, cerca de 83%.
g R
R2
Sol
GM T
127. Ᏻ = = 2,73 × 10–3 m s–2. Cálculo de Newton:
(6 0RT )2
v2 2R
2 1
ac = = T = 2,73 × 10–3 m s2 .
R R 136. A velocidade de escape é tal que permite ao objeto alcançar um ponto no
infinito (onde chega com velocidade nula). Se o objeto estiver inicialmente
na superfície da Terra, a conservação da energia mecânica permite con-
G MT GMT
128. Para a Terra, g = ; para o planeta g
= ; logo, g
= 4g . cluir que não depende da massa do foguete:
R 2T
1 GM T m 2GMT
RT 2 mv 2e – = 0 ⇒ veL =
2 RT RT
2
75
4. Quando a esfera B toca na esfera A, cada uma das esferas fica com metade
2GMT 2GML da carga total das duas esferas, ou seja, 4 nC. Quando, de seguida, a esfera
137. Para a Terra veT = . Para a Lua veL = .
RT RL B toca na esfera C, cada uma destas esferas fica com metade da carga
total: 2 nC. Assim, as cargas das esferas passam a ser A: 4 nC, B: 2 nC,
2 2GMT 2 C: 2 nC.
Portanto, veL = = veT = 2,49 km h–1 .
9 RT 9
5. A – Verdadeira.
138. A velocidade de escape na Lua é menor do que na Terra (ver questão ante- B – Verdadeira.
rior) e a velocidade média das moléculas de gases era superior àquele C – Falsa: só há movimento das cargas negativas, os eletrões.
valor, pelo que as partículas escaparam e não se formou na Lua uma D – Falsa: na influência ou indução não há transferência de carga entre o
atmosfera como na Terra. corpo indutor e o corpo que sofre influência deste.
R
2GMS E – Verdadeira.
139. A velocidade de escape no Sol é ve = . Se o raio do Sol fosse
S
6. Como o desvio das folhas do eletroscópio diminuiu, houve um fluxo de car-
R
S, mantendo-se a massa, haveria uma nova velocidade de escape gas negativas para o botão. Logo, o condutor tem carga positiva.
v
2e
Rs
v
e = ve , pelo que R
=
S v R . Pondo a nova velocidade de escape
2 s
R
s e 7. Ao aproximar o bastão das esferas condutoras, carregado negativamente,
este repele alguns eletrões da esfera mais próxima para a esfera mais afas-
igual à velocidade da luz, encontra-se R
S = 4,24 × 10–6 RS 3 km
tada. A esfera mais próxima do bastão fica com carga positiva (deficiência
(usou-se RS 700 000 km) .
de eletrões), a mais afastada com carga negativa (excesso de eletrões).
140. Na Terra há atmosfera e a força de resistência do ar impede um voo orbi-
8. A – Humedece-se o ar para evitar a produção de faíscas, que podem pro-
tal (apenas sujeito à força gravítica). Na Lua tais voos em órbitas baixas
vocar incêndios, devido à acumulação de eletricidade estática.
são possíveis.
B – Se, devido a uma avaria, ocorrer no aparelho uma acumulação anor-
mal e excessiva de carga elétrica, esta escoa para a terra, evitando-se,
141. O aluno não tem razão. Há um ponto entre a Terra e a Lua em que a força
assim, que o utilizador apanhe um choque.
gravítica é nula (porque as forças gravíticas exercidas pelos dois astros
C – Devido à fricção das peças de roupa no secador, elas adquirem carga
sobre um objeto nesse ponto anulam-se). Mas imponderabilidade não sig-
elétrica. O ar seco é mau condutor e facilita a acumulação de eletricidade
nifica ausência de força gravítica. Pelo contrário! Num elevador em queda
estática.
livre ou num voo orbital só há força gravítica (é pela ausência de reação do
D – O ar húmido é bom condutor, descarregando os corpos.
suporte que dizemos que a situação é de imponderabilidade).
E – A corrente de ferro serve para descarregar para a terra a carga elétrica
que se acumula no camião, sobretudo devido à fricção dos pneus de bor-
142. A força de reação do suporte é nula (a força gravítica é responsável pelo
racha com o solo.
movimento conjunto da nave, do astronauta e de todos os objetos).
Quando uma pessoa faz bungee jumping, sem o cabo tenso, está numa
9. Os sapatos com sola de borracha ficam carregados por fricção na carpete.
situação de imponderabilidade, pois a sua ação sobre o suporte (cabo) é
Como a borracha é um bom isolador, a carga elétrica acumula-se no corpo
nula.
da pessoa, resultando numa faísca quando cumprimenta outra pessoa.
143. i) Verdadeira.
10. Explicação: ver pág. 180 do manual. Um exemplo do dia a dia é a aderên-
ii) Falsa.
→ cia dos grãos de pó em suspensão no ar num vidro (por exemplo, o ecrã
iii) Falsa. Um corpo, à superfície, fica sujeito à força gravítica, Fg, e à rea-
→ → de um televisor) que tenha sido limpo com um pano seco.
ção normal, N, cuja resultante é a força centrípeta, Fc, que aponta para o
eixo da Terra, responsável pelo movimento circular uniforme do corpo.
→ 11. A – Verdadeira.
O peso é uma força simétrica de N, ou seja, em módulo é igual à reação
B – Verdadeira.
sobre o suporte. Só sobre pontos do eixo da Terra, como acontece nos
→ → → → → C – Falsa: vários físicos procuraram elaborar uma teoria unificadora das for-
polos, é que Fg e N são simétricas, por Fc se anular; nesse ponto Fg e P
ças elétricas, magnéticas e gravíticas, o que ainda não foi conseguido.
coincidem. No equador ou em Lisboa já não coincidem.
D – Falsa: as forças elétricas dependem do meio onde se encontram as
cargas.
E – Verdadeira.
F – Verdadeira.
Unidade 2 – Eletricidade e magnetismo 12. A – Falsa: as forças eletrostáticas que as esferas exercem, uma sobre a
outra, formam um par ação-reação e têm, portanto, o mesmo módulo.
B – Verdadeira.
2.1 Campo e potencial elétrico
C – Verdadeira.
1. a) Quando se toca no condutor a carga elétrica escoa através do corpo da D – Falsa: a intensidade da força eletrostática diminui com o inverso do
pessoa para a terra. quadrado da distância; se a distância entre as cargas duplicar, a força ele-
trostática reduz-se a um quarto do valor inicial.
b) Alguns eletrões do condutor B transferiram-se para o condutor A; assim
o condutor B ficou com deficiência de eletrões, ou seja, carregado positi- q2 Fe d 2
13. De Fe = k 2 , q = . Substituindo os dados, obtém-se q = 2,0 nC .
vamente. d k
c) Se os condutores forem iguais, também ficarão com cargas iguais. 1 1 1
Como a constante dielétrica da água é kH2O = = × =
4 εH2O εr 4 ε0
d) Serão transferidos eletrões da terra para o corpo B, até este ficar com
k
carga nula. A terra atua como um grande reservatório de carga que = e εr 80 para a água, então as forças eletrostáticas entre as suas
εr
pode ceder, ou receber, eletrões de um corpo carregado.
cargas teriam uma intensidade cerca de 80 vezes menor se estivessem
imersas em água.
2. A carga total das duas esferas é 3
C – 5
C = –2
C . Após estabelecido
o contacto, esta carga distribui-se em partes iguais pelas duas esferas, 14.
a) b) c)
uma vez que elas são idênticas. Assim, cada esfera fica carregada com
uma carga de –1
C. As duas esferas passam a repelir-se, uma vez que
têm cargas do mesmo sinal. E E E
F mp a
15. As forças que atuam sobre cada uma das esferas são o peso, a tensão e a 19. E = = = 7,9 × 10–4 N C–1 .
→ → → → q q
força de repulsão eletrostática, sendo P + T + Fe = 0, ou seja:
→ q1 q2
20. a) E = k (– ex ) + k
→ → →
(–ex ) = – 2,3 × 107 ex (N/C) .
2 d2 d2
T sin 45° – P = 0 T =P → → →
2 b) F = qE = 0,69 ex (N) .
⇔
T cos 45° – Fe = 0 c) Só há um ponto sobre o eixo onde o campo se pode anular, à direita da
P = Fe
carga positiva. Seja d a distância que vai da carga positiva a esse
30 × 10–6 7 0 × 10– 6
q2 2
2
De P = Fe , tem-se mg = k . Ora (2a)2 = 2I = 2l 2 , pelo que ponto. Para o campo se anular, E = K
– = 0
(2 a) 2 2 d2 (0 ,4 + d ) 2
2mgl 2 2 e d = 0,76 m (a outra solução não tem significado físico).
q = = 2,2
C e T = mg = 0,35 N .
k 2
21. Os módulos das cargas são iguais, pois o número de linhas de campo elé-
trico que convergem ou divergem das cargas é idêntico. Na figura da
16. Seja Ox o eixo na reta que contém as cargas orientado de A para C.
esquerda as duas cargas são positivas (as linhas de campo divergem das
q2
a) O módulo da força que A exerce sobre B é FA/B = k 2
, logo cargas) e na da direita uma das cargas é positiva e a outra é negativa
d AB (as linhas de campo saem da carga positiva e terminam na negativa).
q2
9 × 109 2 = 1,0 × 10–6 e q = ±1,05 × 10–10 C .
0,01
As três cargas têm o mesmo sinal que vamos considerar, sem perda de 22. A placa e a partícula carregada têm ambas carga positiva, pois delas diver-
→
generalidade, positivas. A resultante das forças que atuam sobre B é RB gem linhas de campo elétrico. O campo elétrico é mais intenso na zona
→ →
= FA/B + FC/B ; projetando as forças no eixo Ox que contém as cargas, onde a densidade de linhas de campo é maior.
orientado da carga A para a carga C, e, aplicando a Lei de Coulomb à
→ → →
interação entre C e B, FC/B = –1,1 × 10–7 ex . Então RB = 8,9 × 23. A carga A é positiva (dela divergem linhas de campo elétrico) e a carga B é
→
× 10–7 ex (N) . negativa (convergem para ela as linhas de campo elétrico). A carga A tem
módulo maior do que a carga B pois o número de linhas de força que saem
b) y
de A é maior do que o número de linhas que convergem para B.
FC/B FA/B 24. a) Seja x o eixo orientado de C para D e y o eixo orientado de C para A;
q 2
→ q2 → → q2 → → 2 → 2 →
B x FA/B = – k 2 ex ; FD/B = – k 2 e y ; FC/B = – k 2 ex + ey ;
L L 2L 2 2
→ q2 2 → →
R = – k 1 + (ex + ey) .
L2 4
→ → → → → → →
b) E = EA + EB + EC + ED . No centro do quadrado, os campos EA e ED são
→ →
simétricos e anulam-se, os campos EB e EC reforçam-se, pois ambos
A C → →
apontam segundo ex + ey .
Tal como mostra a figura, as componentes segundo xx das duas forças
que atuam sobre a carga B anulam-se mutuamente, pelo que a força
→
Assim, E = 2 × k
q
2 22 e + 22 e = 2k
→
x
→
y 2
q
L
→ →
(ex + ey ) .
resultante tem a direção do eixo dos yy. Como a distância de A a B e de L
2 2
C a B são iguais, q2 → →
(1,05 × 10–10)2 → → →
c) Como F = qE , F = 0,22k 2 (ex + ey ) .
FA/B = FA/C = 9 × 109 = 4,0 × 10–8 N L
(5 × 10–2)2
→ → →
Projetando no eixo dos yy, RB = 2FA/B cos 30° ey = 6,9 × 10–8 ey (N) . 25. Alguns exemplos: fotocopiadoras, impressoras de jato de tinta, precipita-
17. Ao aproximarmos o corpo carregado negativamente do pêndulo elétrico dores de poeiras para chaminés industriais.
(neutro) este fica polarizado (B). Há uma atração efetiva entre o corpo carre- 2g
gado negativamente e o bolbo do pêndulo polarizado (C), uma vez que a 26. a) i) A velocidade terminal da gota é v
= (óleo – ar) r 2 . O raio da gota
9
região do bolbo onde há deficiência de eletrões (polo +) está mais próxima
4
do corpo carregado do que a região onde há excesso de eletrões (polo –). pode ser obtido a partir da sua massa: π r 3óleo = m .
3
Ao ser atraído, o pêndulo acaba por tocar no corpo condutor (D). Há então
transferência de alguns eletrões do corpo para o pêndulo, ficando ambos Substituindo valores obtemos r = 2,00 × 10 –6 m e v
= 4,33 × 10 –4 m s–1 .
carregados negativamente, pelo que se repelem. Na posição representada ii) A força elétrica que atua sobra a gota (vertical e dirigida para cima) é Fe
em E o pêndulo está em equilíbrio, pelo que a resultante das forças que = 8 e E = 5,12 × 10–13 N ; o seu peso é P = mg = 2,94 × 10–13 N .
atuam
→ →
no→ pêndulo,
→
o peso, a tensão e a força eletrostática repulsiva, é nula A impulsão tem o valor I = arVg = 4,0 × 10–16 N . No regime estacioná-
P + T + Fe = 0 . Projetando no sistema de eixos indicado acima: rio, a força resistiva devida à viscosidade do ar equilibra estas forças, ou
seja, Fr = 6π r v
= 2,18 × 10–13 N , obtendo-se v
= 3,22 × 10–4 m s–1 .
– T sin + Fe = 0
– T cos + mg = 0 27. Como a carga num condutor em equilíbrio eletrostático se distribui apenas
18. na sua superfície exterior, não há carga na superfície interna da taça. Assim,
a) b) E a esfera A fica neutra e a esfera B fica com carga positiva.
E
28. Uma gaiola de Faraday é uma rede metálica que blinda o campo elétrico no
seu interior (ver manual para explicar o funcionamento). Pode ser útil para
proteger aparelhos elétricos da ação de campos elétricos externos.
31. a) Os pêndulos suspensos do exterior da rede são repelidos pela rede, os 39. a) Seja VA = –225 kV , VB = –187,5 kV , VC = –150 kV .
suspensos no seu interior não. A carga elétrica na rede distribui-se apenas
na superfície exterior da rede e o campo elétrico no interior da rede é pra- Então WC → A = q (VC – VA ) = 1,5 × 10–3 J .
ticamente nulo (a rede atua como gaiola de Faraday). Q k| Q | k |Q | V –225 × 103
b) De V = k = – e E = , vem E = – = – =
b) Uma vez que a carga elétrica tende a acumular-se em zonas pontiagudas r r r2 r 5 × 10–2
da superfície dos condutores, é em torno destas zonas que o campo elé-
= 4,5 × 106 V/m .
trico é mais elevado. O gerador de Van de Graaff tem uma cúpula esférica
para permitir acumular mais carga sem haver descarga por disrupção do
1 1
ar. 40. WA → B = – Ep = E Ap – E Bp = kqq
– = – 0,158 J .
dA d B
c) Não, o aparelho elétrico fica protegido pela rede metálica cilíndrica que
atua como gaiola de Faraday (o campo elétrico no interior da rede metáli- 41. a) A partícula afasta-se, uma vez que a partícula e a cúpula do gerador têm
ca é praticamente nulo). ambas carga positiva, pois as linhas de força divergem da partícula e da
cúpula.
32. O funcionamento do pára-raios baseia-se no poder das pontas (ver pág. 197 b) Como a energia potencial de um sistema de duas cargas do mesmo sinal
do manual). diminui com a distância, a energia potencial do sistema diminui à medida
que a partícula se afasta da cúpula.
Q
33. a) Fora da esfera, E = k . O ponto a 10,0 cm do centro está fora da esfera,
r2
8 × 10–6 42. Seja A o ponto onde se encontra uma das cargas de +2
C; calculemos
pelo que E = 9,0 × 109 = 7,2 × 106 N C–1 .
(1,00 × 10–1)2 nesse ponto o potencial criado pelas outras três cargas:
O ponto a 2,0 cm do centro da esfera é interior à esfera e aí o campo elé- q qD – 4 × 1 0–6 1 2 × 1 0–6
q
VA = k B + C + = 9 × 109 × 2 × + =
trico é nulo. d B dC d D 0,15 2 0,1 5
b) (R é o raio da esfera):
= – 395 kV . O trabalho para transportar a carga qA de A até ao infinito é
WA → = qA (VA – 0) = –7,90 × 10–1 J .
E
43. a) V /V
40
R r
0
34. A – Verdadeira.
B – Verdadeira.
C – Falsa: a energia potencial de duas cargas elétricas pontuais negativas A B C D A
também é positiva.
D – Verdadeira. b) WA → B = q (VA – VB) = – 1,6 × 10–19 × (40 – 0) ou WA → B = – 40 eV;
E – Verdadeira. WA→ C = 0 , uma vez que A e C são dois pontos equipotenciais.
F – Falsa: uma carga negativa desloca-se no sentido contrário ao do
campo elétrico, ou seja, no sentido dos potenciais crescentes. 44. a) Campo elétrico uniforme.
G – Falsa: a sua energia potencial está a diminuir. b) Representando-se V em função de d obtém-se o gráfico da figura.
H – Verdadeira. A reta de melhor ajuste aos pontos experimentais é V = 3,0 – 12,4d . O
módulo do campo elétrico é o módulo do declive da reta de ajuste:
1
35. Aplicando a Lei da Conservação da Energia, mev 2 = eU , pelo que V
2 E=
d = 12,4 V m .
–1
2eU
v = , logo v 1,9 × 107 m s –1 .
me Potencial em função da distância
V/V
4,00
36. A – Falsa: se as linhas de campo pudessem cruzar-se num ponto, o campo
elétrico não estaria definido univocamente nesse ponto. y =-12,4x + 3
3,00
B – Verdadeira. R 2 = 0,9998
C – Verdadeira. 2,00
D – Verdadeira.
1,00
E – Verdadeira.
F – Falsa: para além de retas, as linhas têm de ser igualmente espaçadas 0,00
para o campo ser uniforme. 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250
G – Falsa: não se realiza trabalho no deslocamento de uma carga ao longo d /m
de uma linha equipotencial. 45. a) O peso da gota equilibra a força elétrica: Fe = P = mg = Vg ;
37. a) As linhas de campo são as linhas a cheio e as linhas equipotenciais são as 4
V = r 3 = 3,35 × 10–14 m3 , pelo que Fe = P = 3,28 × 10–10 N . Como
linhas a tracejado. 3
Fe
b) A carga do condutor é positiva porque as linhas de campo divergem do E = , obtemos |q | = 3,28 × 10–12 C . Como a força elétrica equilibra
|q|
condutor. o peso, é vertical e dirigida para cima. Sendo o campo elétrico dirigido
c) O campo é mais intenso no ponto A, próximo de uma região pontiaguda para baixo, a carga da gota é negativa, logo q = – 3,28 × 10 –12 C .
do condutor (aí a densidade de linhas de força é maior e as superfícies q
O número de eletrões em excesso na gota de água é n = = 2,05 ×
equipotenciais têm um espaçamento menor). –e
× 107 eletrões.
d) O campo elétrico é nulo no interior do condutor. b) U = E × d = 200 V .
e) A, pois as linhas de campo apontam no sentido dos potenciais decres-
centes. 46. a) U = Ed = 100 × 0,03 = 3 V .
b) A placa positiva está ao potencial de 3 V.
38.
|Q| |Q|
E k 2 k 2 = 500 1
r r c) Designemos a placa positiva por + e a negativa por – . Como mv 2+ +
1 1 1 2
Q |Q | |Q | +E + = mv – + E p , ou seja mv – – mv + = E p – E p = q (V+ – V–) .
2 – 2 2 + –
V k = – k – k = – 100 p
2 2 2
r r r
2qV
Logo Q = – |Q| = – 2,22 nC e r = 2,00 × 10–1 m . Como V– = 0 , v– = v2+ + + = 1,03 × 105 m/s .
m
78
I 1
d) Resulta da conservação da energia que o módulo da velocidade é o A representação de em função de deverá ser uma reta y = mx + b
U d
mesmo da alínea anterior. A energia cinética do protão ao atingir a placa
ε 0S CE 1
1 de declive m = e ordenada na origem b = . O gráfico de em
negativa é Ec = mv 2 = 8,8 × 10–18 J = 55 eV . Q Q U
2 1
função de , usando os dados experimentais, comprova esta hipótese,
d
47. a) t = 5,6 × 10 –8 s ; a aceleração é a = 1,92 × 1013 m s–2 . pois é uma reta que não passa pela origem:
b) v0 = 7,2 × 105 m s–1 .
c) Ep = –6 keV .
(1/U ) / V –1
0,12
0,10
48. Os condensadores permitem armazenar energia. Os ultracondensadores 0,08
têm capacidades muito mais elevadas do que os condensadores normais e, 0,06 y = 0,0003x + 0,0289
por isso, as suas aplicações são mais vastas. 0,04 R 2 = 0,9999
0,02
49. a) Porque as duas folhas do eletroscópio estão, ambas, carregadas negati-
0,00
vamente. 0 100 200 300 400
b) Por influência mútua entre as placas, a placa ligada à Terra adquire carga (1/d ) / m–1
positiva e a outra placa uma carga negativa maior, diminuindo a carga nas
folhas do eletroscópio pois a carga total do eletroscópio e da placa ligada A equação da reta de ajuste linear aos dados experimentais é
ao eletroscópio mantém-se constante. Por diminuir a carga nas folhas do y = 0,0003x + 0,0289.
eletroscópio, elas repelem-se menos.
c) A permitividade do vazio pode ser determinada dividindo o declive da reta
50. a) Q = CU = 2,4 × 10 –9 C de ajuste pela sua ordenada na origem:
1 1
b) E = QU = CU 2 = 1,44 × 10–8 J .
2 2 ε 0S
c) m Q ε0 S CEm
= ⇔ ε0 =
Q b CE CE bS
Q
CE m 18 × 10–12 0 ,0 0 0 2 5
Substituindo valores numéricos, ε0 = = × =
Sb × (0,075)2 0 ,0 2 8 9
= 8,8 × 10 F/m .
–12
1
inicial, bem como a energia armazenada no condensador E = QU . do campo elétrico, ou seja dos potenciais «decrescentes».
2
S
b) A capacidade do condensador aumenta, pois C = ε e ε > ε0 ; a carga 55. A afirmação é falsa, pois a velocidade de arrastamento dos eletrões de
d condução de um fio condutor é pequena. Contudo, o campo elétrico pro-
das armaduras não se altera, pelo que a tensão entre as placas diminui e
paga-se no condutor com velocidade próxima da velocidade da luz, pelo
a energia armazenada diminui.
que a corrente elétrica estabelece-se no fio de forma praticamente instan-
53. a) O gráfico U (d) é o seguinte: tânea.
20,0
U
b) R = ; num condutor óhmico, mantendo-se constante a temperatura,
15,0 I
R é constante. Então, para que a corrente triplique, há que triplicar a ten-
10,0 são, ou seja, deve aplicar-se ao condutor a tensão de 60 V.
5,0 l1 l2 3 l1 3
57. R1 = ; R2 = = = R1 .
S1 S2 2 S2 2
0,0
0,000 0,004 0,008 0,012
58. Um condutor pode ter resistência nula no estado supercondutor que ocorre
d/m
nalguns condutores quando estes são arrefecidos a temperaturas extrema-
O gráfico desvia-se acentuadamente de uma reta. Este resultado é sur- mente baixas.
preendente pois seria de esperar que a tensão entre as armaduras do
condensador crescesse linearmente com a distância entre as placas. De 59. Um termómetro de resistência baseia-se no facto de a resistência de um con-
facto, após se carregar o condensador com a pilha, a carga das dutor variar com a temperatura (ver pág. 223 do manual).
Q S
armaduras Q mantém-se constante. Como C = e C = ε , vem U 1 I
60. Como R = , então = , ou seja, a tangente a cada curva num dado
U d I R U
Q Q
U = = d ou seja, a diferença de potencial U (d) deveria aumentar ponto é igual ao valor do inverso da resistência para um dado I e um dado U.
C ε 0S
linearmente com a distância entre as placas e o gráfico U (d ) deveria ser 1
Na curva C, diminui quando U aumenta e, portanto, R aumenta; então o
Q R
uma reta passando pela origem, de declive . coeficiente de temperatura é positivo, logo a curva C refere-se ao tungsténio.
ε 0S
Q Na curva A dá-se precisamente o contrário, logo o coeficiente de temperatura
b) Supondo válida a hipótese sugerida pelo professor, U = , ou é negativo. Para o carbono o coeficiente de temperatura é negativo mas
S
ε0 + CE muito pequeno: a resistência do carbono praticamente não depende da tem-
1 1 S
ainda = ε 0 + CE . d
peratura (curva B).
U Q d
79
U2
61. Para o Cu, = 1,68 × 10 –8 Ω m e 20 = 3,93 × 10–3 °C –1 . Da equação b) A potência útil do gerador, que é dissipada no reóstato, é Pu = UI = =
4 ,5 2 R R
L RS = . Se R = 10r = 5 Ω , a potência dissipada no reóstato é
R = obtemos L = = 2,0 × 102 m . (0 ,5 + R) 2
S
P = 3,4 W .
Como R (T ) = R20[1 + 20(T – 20)] , substituindo valores, obtemos:
b) A equação da regressão linear aos pontos experimentais é y = 0,11x + 0,42 4,03 9,60 1,69
+ 25,11. Comparando com R (T ) = (1 + T ) R0 = R0 + R0T , obtemos 0,47 4,01 8,53 1,88
0 ,1 0 9
R0 = 25,1 Ω e = = 4,34 × 10–3 °C –1 .
2 5 ,1 0,51 3,98 7,80 2,03
Este coeficiente α está referido à temperatura de 0 °C. Como α20 =
R 2 5 ,1 0,56 3,95 7,05 2,21
= 0 0 (verifique!), então 20 = 0 = 3,99 × 10–3 °C–1, valor que
R 20 2 7, 3 0,63 3,91 6,21 2,46
compara bem com o tabelado no manual (pág. 222 do manual).
0,72 3,86 5,36 2,78
R
I
63. U = RI é constante pelo que R
I
= RI , ou seja, = = 1,11 .
R I
0,83 3,80 4,58 3,15
R
Resolvendo a equação = 1 + 5,0 × 10–3 (T – 20) , obtemos T = 44 °C. 1,08 3,68 3,41 3,97
R
64. O papel do gerador é transferir energia para as cargas elétricas, fazendo-as 1,55 3,41 2,20 5,29
circular no circuito.
2,33 3,04 1,30 7,08
U2 U2
65. P = ⇔ R = = 882 Ω . E = P t = 60 × 15 × 60 = 54 kJ . 3,86 2,00 0,52 7,72
R P
4,73 1,27 0,27 6,01
66. Num curto-circuito, R 0 entre dois pontos a uma tensão constante, pelo
U2
que a potência dissipada entre esses pontos é muito elevada P = ;
R b) O gráfico experimental U (I ) está representado abaixo e mostra uma
dependência aproximadamente linear:
a temperatura do condutor aumenta e pode provocar um incêndio.
Tensão em função da intensidade
U2
67. P = ; sendo U constante, o produto PR é constante. Assim, P1R1 = P2R2 ⇔
U/V
250 = ε
+ 4,2I
obtemos I = 7,4 A e ε
= 219 V .
230 = ε
+ 1,5I
80
ε – ε 40 – 10 1 1 1 6
força contraeletromotriz 10 V. Assim, I = = = 3 A ; No circuito da figura da direita, = + , ou seja, Req = R e
RT 6 + 0,5 + 0,5 R eq 2 R 3 R 5
UAB 5UAB 5
|VA – VB| = RI = 3 × 3 = 9 V pelo que VB – VA = –9 V . I2 = = = I1 .
Req 6R 12
b) P = RTI 2 = 90 W .
86. a) P = UI = 40 W .
c) P = εI + rI 2 = 34,5 W ou, de outra forma, U = ε + r I = 11,5 V e U
P = UI = 34,5 V . b) I = , sendo U = 230 V para as lâmpadas em paralelo. A corrente total
R
é a soma da corrente que percorre cada uma das n lâmpadas pelo que
77. Seja r a resistência do gerador e R a resistência de uma lâmpada. nI < 15 A , ou seja n < 86 lâmpadas.
ε ε
R
2
No primeiro caso, I = , U = ε e P = UI = R ; 87. A constante de tempo do circuito é = RC . Quanto maior for R, maior será
R+ r R+r R+ r
a constante de tempo, e mais tempo demorará o condensador a descar-
ε ε
R 2
no segundo caso, I = , U = ε e P = UI = R ; regar.
2R + r 2R + r 2R + r
ε 88. Os condensadores têm múltiplas utilizações, em flashes de máquinas foto-
no terceiro caso, I = 1 , U = R ε e P = UI = R ε
2
gráficas, circuitos temporizadores, pacemakers, etc.
2 R + r R + 2r R + 2r
2
89. a) O gráfico de ln U em função de t mostra uma dependência aproximada-
O brilho da lâmpada no primeiro caso é sempre superior ao do segundo e mente linear, de acordo com a função:
do terceiro casos. O brilho de cada lâmpada no segundo caso será superior
2,50
In U
92. O campo é um pouco mais intenso em B (as linhas de campo estão um h) A força magnética é sempre perpendicular à velocidade e, portanto, não
pouco mais próximas). executa trabalho sobre a partícula.
i) Por exemplo na espetrometria de massa, em aceleradores de partículas
B como o ciclotrão, etc.
p
98. 2R = 8,00 cm ⇔ R = 4,00 cm . B = = 5,2 mT .
|q |R
A C
mv
99. a) Como R = , o raio da trajetória do deuterão é o dobro do raio da
N S | q| B
trajetória do protão.
b) As trajetórias terão o mesmo raio.
p 2 q2 B2 R2
2m
Ec
⇒R=
c) Ec = =
|q|B . Para a mesma energia cinética,
2m 2m
I
100. A carga de uma partícula α é q = 2 × 1,6 × 10–19 C e a sua massa é
m = 4 × 1,66 × 10–27 = 6,64 × 10–27 kg . Da conservação da energia,
I
1
mv 2 = qU ⇔ v =
2
m
mv
2qU ; como R =
qB
vem, R = 2mU
qB
= 4,0 cm . 2
A
101. a)
B
m1 m2
E
B
R1
R2
B
I
C E
b) A velocidade dos iões à saída do filtro é v = = 7,5 × 105 m s–1 .
B
b) A – Verdadeira. mv mE
B – Falsa: a força magnética é sempre perpendicular ao campo magné- O raio da trajetória descrita pelos iões é R = = . A separação
qB |q|2
tico. 2E
C e D – Falsas: a força magnética pode ser nula se a velocidade tiver a dos iões é d = 2 × (R2 – R1) = 2 (m2 – m1) .
|q|B
direção do campo.
Substituindo valores obtemos d = 0,31 mm .
E – Falsa: o campo magnético não executa trabalho sobre uma partícu-
la carregada e, portanto, não pode alterar a sua velocidade. c) A espetrometria de massa é muito utilizada em análise química para
deteção de poluentes, no controlo anti-doping, etc.
94. a) Não atua força magnética.
b) Vertical, dirigida para cima. 102. As experiências realizadas com tubos de raios catódicos levaram à des-
coberta do eletrão. Tubos semelhantes são utilizados nos cinescópios dos
c) Horizontal, dirigido para leste.
televisores e monitores de computador.
→
95. | Fm| = q vB sin α = q vB = 1,8 × 10–2 N . A força faz um ângulo de 90° com
1 2eU mv
103. Da conservação da energia, mv 2 = eU ⇔ v = ; como R = ,
a velocidade, ou seja, 20° com o eixo dos xx. 2 m eB
e 2U e R2B2
vem = 2 ou ainda, U = .
96. Se a velocidade da partícula ao entrar no campo magnético for perpendi- m (BR) m 2
cular ao campo, a partícula descreve uma trajetória fechada (circular).
A representação gráfica de U em função de B 2 usando os dados experi-
97. a) A força que atua sobre a partícula é constante em módulo e perpendi- mentais deverá ser uma reta que passa pela origem e de declive:
cular à velocidade da partícula, em qualquer instante, pelo que a partí-
1 e
cula executa um movimento circular uniforme. R 2
2 m
b) A força magnética é perpendicular à velocidade e aponta para o centro
U/V
400
da circunferência.
y = 8,02x
c) O campo magnético é perpendicular à trajetória (plano do papel) e apon- 300
ta para trás do plano do papel.
200
v2
d) |q |vB = m ⇔ p = mv = |q |BR .
R 100
p |q| BR 1 |q |B
e) v = = e v = R = 2 f R ; então f = . 0
m m 2 m 0 10 20 30 40
1 m m (B 2 /107) / T 2
f) T = = 2 ; t = 6T = 12 .
f |q |B |q |B
11. O declive da reta é 8,02 × 107 V T–2 , de onde se deduz:
1 p2 q 2 B2 R 2 e
g) Ec = mv 2 = = . = 1,8 × 1011 C kg–1
2 2m 2m m
82
→ → →
104. Fm = I ᐍ × B ; a força magnética é vertical, aponta para cima, e tem mó- 8. a) A – Chamemos S ao referencial ligado ao balão tendo os eixos o senti-
dulo Fm = IᐍB sin 45° = 0,6 N . do convencional; em S as condições iniciais são (unidades SI) x0 = 0 ,
y0 = 0 , v0x = 0 , v0y = 4,0 , ax = 0 e ay = – g , logo vem x = 0 e
105. A – Verdadeira. 1
B – Falsa: há planetas sem campo magnético. y = 4,0t – 9,8t 2 e, por isso, a trajetória é retilínea e vertical.
2
C – Falsa: o polo norte situa-se atualmente próximo do Canadá, pois a B – Chamemos S ao referencial ligado ao solo tendo os eixos o sentido
sua posição varia com o tempo. convencional: o balão move-se com velocidade constante V = 5,0 ;
D – Verdadeira. sendo x0 = 0 , y0 = 10 , vem ybalão = 10 + 5,0t e xbalão = 0 (todas as
E – Falsa: as auroras são luz emitida pela atmosfera terrestre em conse- grandezas em unidades SI).
quência de excitação por partículas emitidas pelo Sol. C – Aplicando a transformação de Galileu, o movimento da bola é des-
1
crito no referencial S pelas equações x = 0 e y = 10 + 9,0t – 9,8t 2 .
2
b) Como apenas há movimento segundo o eixo dos yy, no referencial S
1 1
Unidade 3 – Física moderna vem Ec = mv2y = m (4,0 – 9,8t)2 , logo, Ec (1) = 1,7 J ; em S tem-se
2 2
1
E c = m (9,0 – 9,8t )2 , donde E c (1) = 0,032 J .
3.1 Teoria da Relatividade 2
c) Grandezas invariantes: tempo de voo, massa, comprimento, força resul-
1. A – A relatividade galileana é válida, desde que as velocidades sejam muito tante, aceleração.
inferiores à velocidade da luz, o que acontece nos fenómenos do nosso
quotidiano. 9. As velocidades em relação aos dois referenciais estão representadas na
v
C – Um referencial acelerado, como qualquer referencial ligado a um corpo figura seguinte. Como tan
= então, v = 0,25 m s–1 e v = v 2+
V2 =
com movimento curvilíneo, é um referencial não inercial: não se verifica a V
Lei da Inércia. = 1,03 m s–1 .
2. a) Nos dois referenciais, que são de inércia, atuam sobre a mala o peso, v'
exercido pela Terra, e a força normal, exercida pela superfície de apoio. v v = V + v'
θ
b) Sim, porque tem velocidade constante em relação a um referencial con-
siderado de inércia que é a Terra. V
c) Se houver uma travagem, um observador ligado à carruagem vê a mala
10. a) 940 m s–1.
mover-se para a frente mas não consegue explicar este movimento por-
que as únicas forças que atuam sobre a mala são o peso e a força nor- b) 260 m s–1.
mal, que se anulam; para continuar a explicar o movimento com base na c) 690 m s–1.
Segunda Lei de Newton é necessário inventar uma força, com sentido
do movimento, a que chama força fictícia, pois não resulta de nenhuma 11. a) É a mesma: a = –2 m s–2 .
interação entre corpos. Para o observador ligado ao solo, a força resul-
b) É a mesma: F = –1 N .
tante sobre a mala é nula e, por isso, a mala tende a continuar com a
mesma velocidade, pela Lei da Inércia; mas, como a carruagem travou, c) Para B, a posição da carruagem é dada por xcarruagem = 15t , pelo que
esta ficou com velocidade inferior à da mala, o que justifica que a mala a posição da bola para o observador B é x (t ) = 15t + 2 + 4t – t 2 = 2 +
se aproxime da parte da frente da carruagem. + 19t – t 2; assim, a velocidade por ele medida é v (t ) = 19 – 2t . Portanto,
v (1) = 17 m s–1 .
3. Para a Catarina, o passeio e toda a paisagem movem-se em relação a ela
com velocidade de módulo 40 km h –1 mas em sentido contrário, ou seja, 12. a) O observador A observa uma trajetória retilínea vertical (a velocidade ini-
da direita para a esquerda. Como o referencial ligado à Terra e o referencial cial só tem componente vertical igual a 7 m s–1) e o observador B
ligado à mota são inerciais, os pontos de vista de observadores ligados a uma trajetória parabólica (a velocidade inicial tem componente vertical
estes referenciais são equivalentes. igual a 7 m s–1 e componente horizontal igual à do comboio, ou seja,
25 m s–1).
4. A, B – Verdadeiras.
b) A energia potencial gravítica é a mesma para os dois observadores; se
C – Falsa, porque há grandezas que mantêm o mesmo valor em diferentes
considerarmos o nível zero no instante do lançamento, a energia poten-
referenciais de inércia (grandezas invariantes).
cial nesse instante é zero e a energia mecânica é igual à cinética, ou seja,
D, E – Falsas, porque não há referenciais de inércia melhores do que 1 1
outros: todos são equivalentes. Em = Ec = 0,200 × 72 = 4,9 J para A e Em = Ec = 0,200 × (72 + 252) =
2 2
= 67,4 J para B. Como há conservação da energia mecânica, já que a
5. A – Verdadeira, porque só atua o peso. resistência do ar é desprezável, os correspondentes valores na altura
B – Falsa, ambos os observadores têm razão pois, cada um no seu refe- máxima são iguais.
rencial, observa trajetórias diferentes (as condições iniciais do movimento
são, em cada referencial, diferentes, mas as leis que regem o fenómeno de c) É conservada porque mantém o mesmo valor no mesmo referencial de
queda são as mesmas). inércia; mas não é invariante porque tem valores diferentes consoante o
C – Falsa, porque a velocidade, nos dois referenciais, é diferente: a veloci- referencial de inércia utilizado para descrever o fenómeno.
dade é uma grandeza relativa (a velocidade inicial é diferente nos dois refe-
1
renciais). 13. a) No referencial ligado ao Rodrigo tem-se x = 0 e y = v2t – 9,8t 2 e,
2
D – Falsa, o tempo de queda é o mesmo (é uma grandeza invariante). por isso, a trajetória da bola é retilínea e vertical; no referencial ligado ao
E – Verdadeira, porque as leis de conservação aplicam-se a todos os refe- solo as equações do movimento do Rodrigo são xR = v1t e yR = 0 .
renciais inerciais e o barco é um deles.
6. Se o referencial for de inércia, a bola vai cair exatamente no sítio de onde As equações para a bola neste referencial são x = v1t e y = v2t –
foi lançada. Na carruagem-bar, se o comboio tiver velocidade constante, os 1 v2 1 x 2
– 9,8t 2 , pelo que a equação da trajetória é y = x – 9,8 .
objetos sobre a mesa não deslizam mas mantêm-se no mesmo lugar como 2 v1 2 v1
se a carruagem estivesse em repouso. Repouso e movimento retilíneo uni-
1 1
forme são indistinguíveis. b) Como as equações y = v2t – 9,8 t 2 e y = v2t – 9,8t 2 são formal-
2 2
7. a) Sim, porque tem velocidade constante em relação à Terra. mente equivalentes e y = y = 0 no instante final, os tempos têm de ser
iguais.
b) Não, pois é impossível distinguir, através de uma experiência física, se
um referencial está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme: os c) Grandezas invariantes: tempo de voo, deslocamento; grandezas relati-
resultados serão exatamente os mesmos. vas: velocidade, energia cinética.
de inércia, a relatividade restrita postula que as leis físicas são as mesmas cial como em qualquer outro, a luz viaja a velocidade c. Quem segura o
em todos os referenciais de inércia. A relatividade restrita apareceu porque espelho vê sempre a sua cara (não existe qualquer paradoxo).
a relatividade galileana entrava em contradição com os resultados do ele-
tromagnetismo. Em ambas as teorias há grandezas invariantes e grande- 28. B – Falsa, não são a mesma grandeza mas grandezas diretamente propor-
zas relativas. cionais.
C – Falsa, a massa aumenta porque aumenta a energia da água.
15. A, C, E – verdadeiras.
29. Como 3,85 × 1026 = m c 2, logo m = 4,3 × 109 kg .
16. Todos medem a mesma velocidade em módulo pois ela é invariante.
30. E = mc 2 = 9,1 × 10–31 × (3 × 108)2 = 8,2 × 10–14 J = 0,512 MeV . A sua
17. Porque um intervalo de tempo próprio é, por definição, o intervalo de energia aumenta porque esta é a energia quando a partícula está em
tempo que decorre entre dois acontecimentos que têm lugar no mesmo repouso. Além da energia em repouso tem também energia cinética.
sítio; nesse sítio há um relógio que mede esse intervalo de tempo. Um inter-
valo de tempo dilatado corresponde a esses mesmos dois acontecimentos 31. B, C, D, E e F – Verdadeiras.
que, vistos de outro referencial, ocorrem em sítios diferentes, havendo, em
cada um desses sítios, um relógio.
2,5 3.2 Introdução à física quântica
18. a) Tem-se t = = 8,0 s .
2
2,85 × 108
1 –
3 × 108
32. Devido à oscilação de partículas carregadas constituintes da matéria. Não,
porque a intensidade da radiação emitida e as suas características dependem
da temperatura superficial do corpo.
b) No referencial da partícula a Terra move-se com velocidade igual a
2,85 × 108 m s–1 mas de sentido aposto ao da velocidade da partícula
33. a) 9,40 m
relativamente à Terra.
b) P = ε A (T 4 – T 4) = 107 W .
t0 3
19. a) De 2 t0 = obtém-se v = c .
2
34. 2,7 K
v 2
1–
c
35. Possuem um sensor que mede a potência da radiação emitida pela pele
b) O astronauta mede o intervalo de tempo próprio, ou seja, o mais curto; que se situa na zona dos infravermelhos.
na Terra mede-se um intervalo de tempo dilatado.
36. A explicação da radiação do corpo negro exigia que se considerassem
20. a) Um relógio; mediria 15 min. os osciladores eletromagnéticos com energias discretas, En = nhf .
Classicamente um oscilador tem uma energia qualquer. O mesmo não se
b) Dois relógios.
passava com os osciladores quânticos. A introdução do conceito de quan-
c) 0,66 c. tum viria a revolucionar a física em 1900, ano em que Planck explicou a
emissão do corpo negro.
2
2,70 × 108
21. Medirá um raio menor: L = R 1 –
= 0,436 R .
3 × 108 37. A – Falsa: a ideia de fotão só mais tarde veio a ser introduzida por Einstein
(embora não tivesse sido ele a propor o nome de «fotão»). Claro que se o
movimento dos osciladores estava quantizado, tal como Planck tinha pro-
2
2
, então v =
L0 v 2
22. Como = L0 1 – c. posto, também a energia por estes emitida estava.
3 c 3
B – Verdadeira.
C – Verdadeira.
D – Falsa: a energia por unidade de tempo e por unidade de área do corpo
38. A – Verdadeira.
24. a) No referencial do muão: x = v t0 = 0,999c × 2,2 × 10–6 = 659 m .
B – Falsa: a natureza ondulatória da luz já se tinha imposto e a Teoria
b) No referencial Terra o seu tempo de vida é dilatado e igual a 49,2 s. Corpuscular da Luz de Newton há muito que havia sido abandonada.
c) No referencial Terra percorre x = v t = 0,999c × 49,2 × 10–6 = 14,7 km . C – Falsa: confirmam antes o caráter ondulatório.
D – Falsa.
25. a) A afirmação é correta se tivermos em conta apenas o módulo da veloci- E – Verdadeira.
dade, pois dizer que a velocidade do eletrão em relação ao tubo é hc
→
v é equivalente a dizer que a velocidade do tubo em relação ao eletrão 39. Luz vermelha. E = hf = = 3,106 × 10–19 J = 1,939 eV .
→
é –v .
b) É um comprimento contraído igual a 1,4 m. 40. E = hf = 6,626 × 10–26 J . Num segundo a antena emite 15 × 103 J .
c) No referencial ligado ao eletrão temos x = v t, ou seja, 1,4 = 0,99c t , 15 × 103
logo t = 4,7 × 10–9 s . Dividindo por hf encontra-se o número de fotões: n = =
6,626 × 10–26
d) No referencial ligado ao tubo temos x = v Δt, ou seja, 10 = 0,99c t , = 2,263 × 1029 fotões .
donde t = 3,4 × 10–8 s . 41. A – Falsa: a ejeção é instantânea e classicamente não deveria ser.
B – Verdadeira.
26. a) No referencial S: x = 1,0 cos 30° = 0,87 m e y = 1,0 sin 30° = 0,50 m . C – Falsa: só aumenta o número de eletrões ejetados.
b) Em S a coordenada y não muda porque o movimento de S em D – Verdadeira.
relação a S dá-se na direção x, logo y = 0,50 m ; há contração na
42. A, B, C – Falsas.
1 –
c
2
direção do movimento, donde x = 0,87 0,5c = 0,75 m .
D, E – Verdadeiras.
0,50 W Al
c) O ângulo de inclinação passa a ser tan
= , logo
= 33,7° . 44. f0 = = 9,87 × 1014 Hz ; 0 = 304 nm . Logo ocorre efeito fotoelétrico.
0,75 h
h c hc
A energia cinética máxima é E cmáx = –
= 8,7 × 10–21 J e a velocidade
27. De acordo com os postulados da Teoria da Relatividade a velocidade da luz 0
máx
2E c
é um invariante. Por outro lado só a luz pode viajar à velocidade c. Quem máxima vmáx = = 1,34 × 10 m s–1 . 5
segura o espelho viaja sempre a uma velocidade inferior e, nesse referen- m
84
1,20 y = 0,3643x - 1,2043 58. a) As ondas têm a particularidade de poder contornar obstáculos, atingin-
do pontos que não estão em linha de vista com a fonte. É nisto que con-
0,70
siste a difração. No caso dos cristais, é a rede cristalina que difrata as
0,20 ondas. A experiência referida pôs em evidência, pela primeira vez, o
0,000 caráter ondulatório do eletrão.
-0,30 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000
-0,80
h h h
b) = = = = 167 pm.
-1,30 p 2E
cm 2e
Um
h
59. = = 1,8 × 10–10 m .
A função trabalho é 1,2043 eV. O declive é a constante de Planck: 2E
cm
h = 5,836 × 10–34 J s . (Nota: o valor para o declive obtido por regressão
linear e indicado no gráfico deve ser multiplicado por 1,62 × 10–19, pois a
Este é o tamanho típico de um átomo, pelo que os neutrões com aquela
escala vertical está em eV, e multiplicado ainda por 10–14 porque a escala
energia sofrem difração em cristais. De resto, a difração de neutrões é uma
horizontal está em unidades de 1014 Hz – ver tabela).
técnica muito útil em cristalografia.
46. Só B é verdadeira. Quando um fotão entra no fotomultiplicador ocorre uma
60. A – Falsa.
ionização primária que vai originar outras ionizações. A avalancha de ele-
B – Verdadeira.
trões provoca um impulso elétrico num circuito. Cada um destes impulsos
C – Falsa: a transição para um estado de energia mais elevado é um pro-
corresponde a um fotão.
cesso de absorção.
D – Falsa.
47. D.
61. A – Verdadeira.
48. A, C, D, E – Falsas.
B – Falsa; para ionizar o hidrogénio é necessária radiação de comprimento
B – Verdadeira.
hc
Nota: algumas das afirmações são verdadeiras mas não são postas em evi- de onda 0 = , em que E0 é a energia do estado fundamental. Obtém-
dência pela experiência de Young. E0
-se 0 = 91,5 nm .
49. Comportamento ondulatório: difração da luz. Atrás de uma montanha é C – Falsa: a transição entre o primeiro estado excitado e o estado funda-
possível captar uma emissão de rádio ou uma chamada de telemóvel
1 1
mesmo sem estar em linha de vista com a antena emissora. Caráter cor- mental requer um fotão de energia E = 13,6 2 – 2 = 10,2 eV . O com-
1 2
puscular: efeito fotoelétrico e efeito Compton. hc = 122 nm .
primento de onda é =
E
50. Radiação capaz de ionizar a matéria. Raios X e raios
são exemplos de
62. A – Falsa.
radiações eletromagnéticas ionizantes.
B – Verdadeira.
C – Verdadeira.
51. A – Falsa.
D – Verdadeira.
B – Verdadeira.
C – Falsa.
D – Verdadeira. 3.3 Núcleos atómicos e radioatividade
E – Verdadeira.
Nota: algumas das afirmações são verdadeiras mas não são postas em evidên- 63. A – Verdadeira.
cia pelo efeito Compton. B – Falsa, pois a massa de um átomo está praticamente toda no seu núcleo.
C – Verdadeira.
52. Pode haver conversão nos dois sentidos: a luz (em certas condições) pode D – Falsa, pois a energia de ligação do núcleo é muito superior à energia de
converter-se num par eletrão-positrão (ou em outros pares partícula-anti- ligação do átomo (é cerca de um milhão de vezes maior).
partícula); ao invés, um positrão e um eletrão podem-se aniquilar, dando E – Verdadeira.
origem a dois fotões.
64. A experiência de Rutherford foi importante porque mostrou que os átomos
53. A, B, D – Falsas. possuem um núcleo, de tamanho muito inferior ao do átomo. No núcleo,
C, E – Verdadeiras. que tem carga positiva, está praticamente toda a massa do átomo.
A( 0)
b) O defeito da massa é m = (Zmp + Nmn) – m(AZ X) . Para o núcleo de d) O número de núcleos radioativos no instante t = 0 é N (0 ) = =
208 6
82 Pb, m = 1,7565 u ; para o núcleo de 3 Li, m = 3,435 × 10 u .
–2
= 4,06 × 106. Se aplicarmos a lei N (t ) = N (0) e–t/ , para t = 3 meses =
c) A energia de ligação é B = mc 2 . Para o 208 = 2160 h , obtemos N < 1 o que significa, dado o caráter estatístico da
82 Pb, B = 1636 MeV , para
o 63 Li, B = 32,0 MeV . lei, que já não restará nenhum núcleo radioativo ao fim de três meses.
B B
d) Para o 20882 Pb, = 7,87 MeV por nucleão, para o 3 Li, = 5,33 MeV
6
57 57
A A 76. a) 27 Co → 28 Ni + – +
por nucleão. O núcleo de chumbo é mais estável uma vez que a sua 1
T1 / 2
energia de ligação por nucleão é maior. b) = = 392 d = 3,39 × 107 s e = = 2,95 × 10–8 s–1 .
ln2
para que a atividade de uma amostra desse isótopo diminua para meta- – m (140
54 Xe) – m n = 0,20111 u ; E = mc = 3,0014 × 10
2 –11 J = 187,33
de do seu valor inicial.
mn
1 MeV . O número de núcleos de 3,0 kg de urânio-235 é N = ×
b) T1/2 = ln 2 , pelo que = 8,67 h . A constante de decaimento é = m(235 U)
92
=
× NA = 7,71 × 1024 . Assim, num dia o reator produz a energia
= 3,20 × 10–5 s–1 . E = 3,0014 × 10 –11 × 7,71 × 1024 J = 2,31 × 1014 J . Como apenas 30%
desta energia é convertida em energia elétrica, a potência útil do reator
1 2,31 × 1014
c) A atividade é da inicial ao fim de 3T1/2 = 18,0 h . é Pu = 0,30 × = 8 × 108 J s–1 = 0,8 GW .
8 3600 × 24
86
Tabelas
Constantes físicas
Li 6,94
Be9,01
B 10,81
C
12,01 14,01
N 16,00
O 18,99
F
20,18
Ne
Lítio Berílio Boro Carbono Azoto Oxigénio Flúor Néon
11 S 12 S 13 S 14 S 15 S 16 S 17 G 18 G
Tabela Periódica
K 39,10
Ca
40,08
Sc
44,96 47,87
Ti 50,94
V
51,99 54,94
Cr 55,85
Mn 58,93
Fe
58,69
Co
63,55 65,39
Ni 69,72
Cu
72,61
Zn
74,92 78,96
Ga 79,90
Ge
83,80
As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Crípton
37 S 38 S 39 S 40 S 41 S 42 S 43 44 S 45 S 46 S 47 S 48 S 49 S 50 S 51 S 52 S 53 S 54 G
Rb 85,47 Sr 87,62
Y 88,91
Zr 91,22
Nb92,91
Mo
95,94 (98)
Tc 101,07
Ru 102,91
Rh
106,42
Pd
107,87 112,41
Ag 114,82
Cd
118,71
In
121,75 127,60
Sn 126,90
Sb
131,29
Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telúrio Iodo Xénon
55 L 56 S 72 S 73 S 74 S 75 S 76 S 77 S 78 S 79 S 80 L 81 S 82 S 83 S 84 S 85 S 86 G
57 * S
Cs 132,91 Ba137,33 Hf 178,49 Ta 180,95 W 183,84 Re186,21 Os190,23 Ir 192,22
Pt 195,08 Au196,97 Hg 200,59 Tl 204,38 Pb207,20 Bi 208,98 Po (209)
At (210)
Rn (222)
Césio Bário La 138,91 Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Astato Rádon
87 L 88 S Lantânio 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 118
Fr Ra 89 * S Rf Db Sg Bh Hs Mt Uuo(293)
(223) (226) * (263) (264) (265) (268)
Uun(269) Uuu(272) Uub(277) Uut (284) Uuq (285) Uup (288) Uuh(289)
(261) (262)
Frâncio Rádio Ac Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Ununnílio Ununúnio Unúmbio Ununtrio Ununquádio Ununpentio Ununhéxio Ununóctio
(227)
Actínio
S 59 S 60 S 61 62 S 63 S 64 S 65 S 66 S 67 S 68 S 69 S 70 S 71 S
* 58
Ce140,12 Pr 140,91 Nd144,24 Pm (145) Sm Eu 151,96 Gd Lu
150,36 157,25 174,97
Tb 158,93 Dy 162,50 Ho 164,93 Er 167,26 Tm168,93 Yb 173,04
Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
* 90
S 91 S 92 S 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
* Pa Lr
Th 232,04 231,04
U 238,03
Np (237)
Pu (244)
Am (243) Cm (247) Bk Cf (251)
Es (252) (258)
No (262)
(247)
Fm (257) Md (259)
Tório Protactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstêinio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
87
Caderno de Exercícios e Problemas 12 F • Física 12.o Ano • 9789724738819
12 F FÍSICA 1 2 .O a n o CADERNO DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS
ISBN 978-972-47-3881-9
www.texto.pt
www.leya.com