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12 f

FÍSICA
12.o ano
CADERNO DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS

Graça Ventura
Manuel Fiolhais
Carlos Fiolhais
José António Paixão
Índice

UNIDADE 1 Mecânica

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8

1.1 Mecânica da partícula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8


1.2 Movimentos oscilatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3 Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.4 Mecânica de fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.5 Gravitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24

UNIDADE 2 Eletricidade e magnetismo

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32

2.1 Campo e potencial elétrico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32


2.2 Circuitos elétricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.3 Ação de campos magnéticos sobre cargas em movimento e correntes . . . . . . . . . . . . 45

UNIDADE 3 Física moderna

Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

Questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

3.1 Teoria da Relatividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54


3.2 Introdução à física quântica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
3.3 Núcleos atómicos e radioatividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62

Respostas às questões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

Nota: Este caderno encontra-se atualizado conforme o novo Acordo Ortográfico.


UNIDADE 1
1.1 • Mecânica da partícula
1.2 • Movimentos oscilatórios
1.3 • Centro de massa e momento linear
de sistemas de partículas
Mecânica 1.4 • Mecânica de fluidos
1.5 • Gravitação
4 • Mecânica

Resumo
1.1 Mecânica da partícula
Lei do movimento: r (t) = x(t)e
 x + y (t)e y + z (t)e z

Equações paramétricas de um movimento (equação do movimento ao longo de um eixo):

Movimento uniforme A coordenada de posição é uma função polinomial do 1.º grau em t.

Movimento uniformemente variado A coordenada de posição é uma função polinomial do 2.º grau em t.

Movimento variado A coordenada de posição é uma função polinomial de grau superior a dois em t.

Efeito das forças sobre a variação da velocidade:


A força resultante tem a direção A força resultante só faz variar o módulo
A trajetória é retilínea.
da velocidade. da velocidade.

A força resultante é perpendicular A força resultante só faz variar a direção


A trajetória é curvilínea.
à velocidade. da velocidade.

A força resultante não tem a direção A força resultante faz variar a direção
A trajetória é curvilínea.
da velocidade nem lhe é perpendicular. e o módulo da velocidade.

=a
Aceleração e suas componentes tangencial e normal: a t + a
n

Aceleração tangencial: at Aceleração normal ou centrípeta: an

Mede a variação do módulo da velocidade. Mede a variação da direção da velocidade.

É tanto maior quanto mais rapidamente variar o módulo É tanto maior quanto mais rapidamente variar a direção
da velocidade. da velocidade.

Tem a direção da velocidade (tangente à trajetória); tem o sentido


Tem direção perpendicular à velocidade e aponta sempre para
da velocidade se o movimento for acelerado e sentido contrário
o interior da curva.
se for retardado.

Existe sempre que o módulo da velocidade varie, quer Existe sempre nos movimentos curvilíneos porque a direção
em trajetórias retilíneas quer curvilíneas. da velocidade varia.

Não existe nos movimentos retilíneos ou curvilíneos uniformes Não existe nos movimentos retilíneos porque a direção
porque o módulo da velocidade não varia. da velocidade não varia.

Nos movimentos curvilíneos uniformes coincide com a aceleração


.
Nos movimentos retilíneos coincide com a aceleração total, a
.
total, a

Classificação do movimento curvilíneo:

Uniforme a t = 0 , porque não varia o módulo da velocidade.

a t = constante, porque o módulo da velocidade varia mas sempre da mesma forma nos mesmos intervalos
Uniformemente variado
de tempo.

a t  constante, porque o módulo da velocidade varia mas de forma diferente nos mesmos intervalos
Variado
de tempo.
5

Relações entre grandezas cinemáticas:

posição: r(t ) —————————Y deslocamento: r = rB – rA

——Y
——Y

——Y
r
velocidade média: vm = 
equações paramétricas: velocidade:
x = x(t ) t
y = y (t ) dr
v = 
dt —————————Y se v constante: movimento uniforme
z = z(t )

————Y
———Y

————————————Y v
aceleração média: am = 
t
equação da trajetória aceleração:

——Y

——Y

dv
a = 
————Y

dt
trajetória trajetória
retilínea curvilínea
——Y

——Y

————Y

————Y
a = at + an ⇔ a = ate
 t + anen → a = a2t +an2
v e FR v e FR
têm têm
dv a = v 2 —————————Y a n = 0 → movimento retilíneo
a mesma direções at =  n 
direção diferentes dt r —————————Y a n  0 → movimento curvilíneo
———

———————————————————
—Y ——Y

—Y ——Y

at = 0 at = constante

movimento movimento
uniforme uniformemente variado

Segunda Lei de Newton: FR = ma

Num referencial fixo Fx = m ax Fy = m ay Fz = m az

Num referencial ligado à partícula Ft = m at Fn = m an Fz = 0

Movimentos circulares
Equações paramétricas: x = R cos  e y = R sin  , com  =  (t)
s = R v = Rω at = R

=0 Sentido positivo: ω > 0


Movimento uniforme: a = an 2  (t) = 0 + ω t
ω =  = constante Sentido negativo: ω < 0
T
Acelerado no sentido positivo:
ω>0 e >0

1 Acelerado no sentido negativo:


 (t) = 0 + ω 0 t +   t 2 ω<0 e <0
Movimento uniformemente  = constante 2
variado: a = at + an ω  constante Retardado no sentido positivo:
ω (t) = ω 0 +  t
ω>0 e <0

Retardado no sentido negativo:


ω<0 e >0
6 • Mecânica

Movimentos sob a ação de uma força resultante constante:

Grandezas Direção horizontal Direção vertical

Fx Fy
aceleração ax =  ay = 
m m

1 1
posição x = x0 + v0x t +  ax t2 y = y0 + v0y t +  ay t 2
2 2

dx dy
velocidade vx =  = v0x + ax t vy =  = v0y + ay t
dt dt

Forças de atrito entre sólidos em escorregamento:


• O módulo da força de atrito estático tem um limite superior: Fae
e N . O máximo da força de atrito estático
ae =
e N , sendo
e o coeficiente de atrito estático.
é proporcional ao módulo da força normal: F máx
• Se o corpo deslizar, a força de atrito cinético terá módulo proporcional ao módulo da força normal: Fac =
c N
e
c é o coeficiente de atrito cinético.

1.2 Movimentos oscilatórios


Lei de Hooke:
F = – k x , sendo k = m 2 uma constante do sistema corpo-mola.
Equações de movimento: • x (t ) = A sin ( t + ) • v (t ) = A cos ( t + )
• a(t ) = –A 2 sin ( t + ) = – 2 x (t )
1 1
Conservação da energia: Em =  mv 2 +  kx2 = constante
2 2

x v Ec Ep Em

1 1
Posições extremas ±A 0 0  k A2  k A2
2 2

1 1 1
Posição de equilíbrio 0 ± A  m 2 A2 =  k A2 0  k A2
2 2 2

1.3 Centro de massa e momento linear de sistemas de partículas


Centro de massa:
1 N 1 N
• r CM =   mi r i • vCM =   mi vi • Fext = M aCM • Psis = PCM = MvCM
M i =1 M i =1

Segunda Lei de Newton:


Só as forças exteriores que atuam num sistema podem produzir aceleração no sistema.
Se a resultante das forças exteriores for nula:
• o momento linear do sistema permanecerá constante (a sua variação é nula);
• a velocidade do centro de massa permanecerá constante;
• o sistema dir-se-á mecanicamente isolado do exterior (esta definição só se aplica quando o sistema não tiver rotação).
7

Colisões:

Colisão elástica Colisão inelástica Colisão perfeitamente inelástica

pii == pp
p f f pi = pf i = pf
p
Eci (sistema) = Ecf (sistema) Eci (sistema)  Ecf (sistema) Eci (sistema)  Ecf (sistema)
e=1 0< e <1 e=0

Os corpos adquirem a forma inicial após Há deformação dos corpos após a colisão. Há deformação dos corpos e estes
a colisão. adquirem a mesma velocidade após a colisão.

1.4 Mecânica de fluidos


• Hidrostática
Lei Fundamental da Hidrostática:
A diferença de pressão entre dois pontos no interior de um líquido é a pressão hidrostática exercida pela coluna
de líquido de altura igual à separação vertical dos dois pontos:  p = g h .
Lei de Pascal:
Uma variação de pressão provocada num ponto de um fluido em equilíbrio transmite-se a todos os pontos do
fluido e às paredes que o contêm.
Lei de Arquimedes:
Qualquer corpo total ou parcialmente imerso num fluido sofre por parte deste uma força vertical, dirigida de
baixo para cima, de intensidade igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo I = f g Vi .

• Hidrodinâmica
Equação de continuidade:
O caudal volumétrico (volume por unidade de tempo) é constante em regime estacionário: Φ = A1v1 = A2v2 .
Princípio de Bernoulli:
A pressão é menor onde a velocidade de escoamento é maior.
Equação de Bernoulli:
1
p + g y +  v 2 = constante
2

1.5 Gravitação
m m
Módulo da força gravítica entre duas massas pontuais, m e m , separadas pela distância r : Fg = G  .
r2

Módulo do campo gravítico criado por uma massa pontual m num ponto à distância r da massa: Ᏻ = G m2 .
r

Relação entre a força gravítica que atua sobre uma massa m colocada num ponto e o campo gravítico nesse ponto (causado por
qualquer distribuição de massas): Fg = m Ᏻ.

m m
Energia potencial gravítica de um sistema de duas massas pontuais, m e m , separadas pela distância r : Ep = – G  .
r
8 • Mecânica

Questões

1.1 Mecânica da partícula


1. Um helicóptero, após levantar voo, desloca-se 10,4 km para este, 7,7 km para norte e 2,1 km para cima. A que distância
ficou do ponto de partida?

2. Um pescador dirige o seu barco 2,00 km para oeste, depois 3,50 km para nordeste e uma certa distância d numa direção
desconhecida. Verifica que no final da viagem está a 5,80 km de distância do ponto de partida e a oeste desse ponto. Que
distância percorreu e que direção o barco tomou na terceira etapa da viagem?

3. Um elefante encontra-se inicialmente na origem de um referencial e, ao fim de 20,0 s, a sua velocidade média tem componen-
tes vx = 3,6 m s–1 e vy = – 5,2 m s–1 . Em que posição se encontra ao fim de 20,0 s? A que distância se encontra da origem?

4. Numa corrida, um barco anda 1,20 km para este, depois 1,60 km para noroeste e, finalmente, 0,80 km para sul. O tempo
da corrida foi 2,5 min. Qual foi a velocidade média e a rapidez média do barco em unidades SI?

5. Um corredor descreve um quarto de pista circular, de 25 m de raio, em 10 s. Determine a distância ao ponto de partida,
a sua velocidade média e a sua rapidez média.

6. O corpo humano chega a suportar acelerações de 50 g num acidente de auto-


móvel. Se a velocidade inicial do carro for 90 km h–1 e o carro tiver airbag, que
distância será percorrida pelo passageiro sobre o airbag com aquela aceleração?

7. Um carro, cujo comprimento é 3,5 m, viaja a 72 km h–1 aproximando-se de um cruzamento. Quando o semáforo passa
a amarelo a sua parte dianteira está a 50 m do cruzamento. O comprimento do cruzamento é de 20 m. Se o automobilista
travar, consegue uma aceleração média de 4,2 m s–2, se acelerar consegue uma aceleração média de 1,5 m s–2. A luz ama-
rela permanece ligada durante 3 s. O que deve fazer o motorista?
9

8. Considere o movimento do centro de massa de uma bola que desce um plano inclinado, durante 3,00 s, e cuja posição
é dada, em unidades SI, por:
r(t ) = 4,24 t 2 ex – 2,45 t 2 ey

a) Caraterize os movimentos em cada eixo.


b) A que distância da posição inicial se encontra ao fim de 2,50 s?
c) Qual é a velocidade média e a aceleração média nos primeiros dois segundos?
d) Em que intervalo de tempo a bola muda mais rapidamente de posição, no primeiro segundo de movimento ou nos dois
primeiros segundos de movimento?
e) Qual é o módulo da velocidade e da aceleração ao fim de 2,50 s?
f) Esboce a trajetória do centro de massa da bola, com a ajuda da calculadora, e trace nela os vetores calculados anterior-
mente.
g) Em que instante muda mais rapidamente a sua posição, em t = 1,00 s ou em t = 2,50 s? Justifique.
h) Em que instante muda mais rapidamente a sua velocidade, em t = 1,00 s ou em t = 2,50 s? Justifique.

9. Uma águia voa com uma trajetória plana dada por x = 1,0 + 1,6t e
y = 5t – 2,8t 2 durante 5,0 s.
a) Que tipo de trajetória descreve a águia? Esboce essa trajetória.
b) A que distância se encontra do ponto de partida ao fim de 5,0 s?
c) Represente graficamente o módulo da velocidade em função do tempo.
Qual é o módulo da velocidade mínima? Em que instante ocorre? Trace o
vetor velocidade sobre a trajetória nesse instante e tire conclusões.
d) Qual é a velocidade ao fim de 0,5 s e 3,0 s do movimento?
e) Em qual dos instantes, t = 0,5 s ou t = 3,0 s , o módulo da velocidade varia mais rapidamente?
f) Em qual dos instantes anteriores o raio de curvatura será menor? Justifique.

10. Em que condições um automóvel pode ter movimento uniforme e, ao mesmo tempo, ter aceleração? Nessas condições,
trace os vetores velocidade, aceleração e força resultante.

11. O TGV (Train à Grande Vitesse) viaja a 300 km h–1 e os passageiros não devem ter uma aceleração centrípeta superior
a 0,05 g numa curva. Qual é o raio de curvatura mínimo da curva para ser descrita com aquela velocidade?

12. É possível uma pessoa andar numa curva:


A. sem aceleração?
B. com aceleração radial dirigida para fora da curva?
C. sem aceleração tangencial?

13. Compare a aceleração de um ponto do equador decorrente do movimento de rotação da Terra com a aceleração do centro
de massa da Terra decorrente do movimento de translação à volta do Sol (considere a trajetória circular).

polo norte

Terra
equador Sol
S

polo sul
10 • Mecânica

14. Um pulsar, que é uma estrela de neutrões em rotação, tem 40 km de diâmetro e roda em torno de si própria dando uma
volta em cada segundo. Qual é a aceleração de um ponto do equador? E de um ponto a uma latitude de 45° N?

15. Como resolve a contradição entre as duas frases que se seguem?


A. No movimento de rotação da Terra, um ponto na Terra tem aceleração centrípeta diretamente proporcional ao raio da sua
trajetória, pois ac =  2 R .
B. No movimento de rotação da Terra, um ponto na Terra tem aceleração centrípeta inversamente proporcional ao raio da
v2
trajetória, pois ac =  .
R

16. Num carrossel que gira com movimento uniforme, os passageiros


não têm acelerações superiores a 0,4 g.
a) Qual é a sua velocidade máxima supondo o passageiro a 2,0 m
do centro?
b) Quantas voltas dá um passageiro em 1,00 min?
c) Supondo que o passageiro viaja à velocidade máxima, escreva
as equações paramétricas do seu movimento.

17. Um automóvel de 900 kg descreve uma rotunda de raio 20 m e, num dado instante, o velocímetro marca 36 km h–1 quando
o módulo da sua velocidade aumenta 1,0 m s–1 em cada segundo.
a) Escreva a expressão da força resultante que atua sobre o seu centro de massa em função das componentes tangencial
e normal no instante referido.
b) Noutro instante, a aceleração é 6 m s–2 e faz um ângulo de 107° com a velocidade. O carro está a acelerar ou a travar?
E qual é a sua velocidade? Justifique.

18. Um instrumento de um dentista, cujo diâmetro é 1,00 mm, gira a alta velocidade atingindo 350 000 rpm.
a) Qual é a aceleração de um ponto da periferia do instrumento?
b) Se o instrumento for desligado demorará 1,2 s a parar. Quantas voltas dá até parar (suponha que a aceleração angular
é constante)?
c) Escreva as equações paramétricas deste movimento.

19. Um objeto de 1,00 kg move-se horizontalmente sobre uma mesa polida e, no instante em que a sua velocidade é de 8 m s–1,
uma força constante paralela à mesa atua sobre ele, de módulo 10 N e formando um ângulo de 127° com a velocidade no
instante em que a força começa a atuar.
a) Escreva as equações paramétricas do movimento a partir do início da atuação da força e esboce a trajetória nos
primeiros 2,5 s.
b) Em que instante a componente horizontal da velocidade é nula? Qual é o módulo da velocidade nesse instante? Trace
o vetor velocidade sobre a trajetória e tire conclusões.

20. Uma pistola de brinquedo lança horizontalmente uma pequena bola contra uma parede que está a 2,00 m de distância, atin-
gindo-a a 0,874 m por baixo da posição inicial.
a) Quanto tempo demora a bola a atingir a parede?
b) Com que velocidade sai da pistola e com que velocidade atinge a parede?
c) Em que instante a sua velocidade varia mais rapidamente em módulo, no instante inicial ou final do voo? Justifique.
11

21. Um objeto que é lançado obliquamente para cima (assinale as afirmações corretas):
A. tem uma aceleração que diminui na subida e aumenta na descida.
B. tem uma velocidade que diminui na subida e aumenta na descida.
C. tem uma posição em que a velocidade é nula mas a aceleração não é.
D. tem uma posição em que a velocidade é mínima e a aceleração é nula.
E. tem uma posição em que a sua velocidade é mínima e a aceleração tangencial é nula.
F. tem uma posição em que a velocidade é mínima e a aceleração coincide com a sua componente centrípeta.

22. Nos Jogos Olímpicos de 1996, Carl Lewis ganhou a sua quarta medalha, alcançando 8,50 m no salto em comprimento.
Se o ângulo do seu salto com a horizontal foi de 23° e supondo que o movimento do seu centro de massa foi o de um pro-
jétil sem resistência do ar, com que velocidade iniciou o salto? E qual foi o seu tempo de voo?

23. Um nadador salta de uma prancha com uma dada velocidade.


a) Considere a tabela seguinte onde se indicam velocidades e ângulos do salto.

Velocidade inicial / m s-1 5,2 3,0 3,0

Ângulo com a vertical / o 14 14 30

Tomando o nadador como uma partícula, compare:


iii) os tempos para atingir a altura máxima;
iii) as alturas máximas atingidas;
iii) as distâncias a que o nadador se encontra da prancha quando passa por ela na descida.
b) Qual dos saltos será mais seguro para um principiante? E qual será o mais difícil? Justifique.

24. Uma caixa desliza sobre um telhado de uma casa, cuja inclinação é de 25°, abandonando-o com
velocidade de 12 m s–1. A caixa cai no solo a uma distância de 5,0 m da parede. Despreze a resis- 25°
tência do ar. Qual é a altura do telhado? Em algum instante a velocidade duplica o valor inicial?
Justifique.

25. No cimo de um prédio de 10 m de altura estão três bolas A, B e C, que se podem considerar partículas. A bola A é deixada
cair, a B é lançada horizontalmente com velocidade de módulo 5 m s–1 e a C é lançada obliquamente para cima segundo
um ângulo de 30° com a vertical e com velocidade de módulo 5 m s–1 (despreze a resistência do ar). Indique as afirmações
corretas.
A. A bola B é a que chega mais depressa ao solo.
B. A bola C tem maior alcance mas é a que demora mais a chegar ao solo.
C. A bola C é a que tem maior velocidade quando chega ao solo.

26. Um jogador de basquetebol lança uma bola, de uma altura de 1,80 m, para o cesto
situado a 3,05 m do solo e a 4,20 m da vertical de lançamento.
a) O jogador fez um lançamento com velocidade de módulo 4,9 m s–1 e segundo um
ângulo de 55° com a vertical. Mostre que não encestou.
b) Num segundo lance, com o mesmo ângulo de lançamento, o jogador encestou.
Qual foi a velocidade inicial da bola? E que altura máxima atingiu a bola? A bola
entrou no cesto na subida ou na descida?
12 • Mecânica

27. Um objeto foi lançado e fotografado em intervalos de tempo iguais. As posições obtidas através do filme permitiram fazer o
gráfico da figura. Explique a forma do gráfico obtido.

28. Uma pessoa precisa de mover dois caixotes, A e B, sobre o chão, e pode fazê-lo de duas maneiras: ligando-os por uma
corda e puxando um deles, ou empurrando um contra o outro. Nos dois casos pretende exercer uma força de valor igual,
paralela ao plano. As superfícies em contacto (caixote e solo) têm atrito desprezável. A aceleração imprimida ao sistema será
a mesma nos dois casos? Justifique.

29. Considere o movimento de uma máquina de Atwood.


a) Pretende-se que o sistema se mova muito lentamente. O que se deve fazer?
b) Como varia a aceleração do sistema com a soma das massas do sistema? E com a sua diferença? Esboce os respetivos
gráficos.
c) Quando se suspendem dois corpos de massas 2 kg e 3 kg, qual será a aceleração do sistema?
d) Como poderia, experimentalmente, medir a aceleração do sistema?
e) Descreva um procedimento experimental que possa realizar com a máquina de Atwood de modo a medir a aceleração
da gravidade.
f ) Qual será a velocidade adquirida por cada bloco, no fim de se deslocar uma distância L? Resolva a questão utilizando
a conservação da energia mecânica.

30. Um grupo de alunos utilizou a máquina de Atwood para


m1 – m2 / g t1 / s t2 / s t3 / s
determinar a aceleração da gravidade. Deixou cair um
corpo do repouso, deixando-o percorrer 97,00 cm. Durante 5 3,67 3,56 3,55
a experiência, o grupo fez variar o valor das massas mar-
cadas suspensas de modo que a sua soma se manteve 15 1,54 1,50 1,80
sempre igual a 205 g. Para cada par de massas marca-
25 1,49 1,33 1,26
das suspensas, os alunos determinaram três medidas
para o tempo de queda. Os dados recolhidos estão na 35 1,11 0,97 1,15
tabela ao lado.
45 1,02 0,88 1,00

a) Que valor obtiveram para a aceleração do movimento do sistema em cada par de massas marcadas?
b) Que valor obtiveram para a aceleração da gravidade? Determine o erro percentual associado.

31. Nas duas situações da figura seguinte uma pessoa exerce forças de igual módulo sobre o sistema constituído por A e
por B. Na primeira situação a força faz um ângulo de 30° com a vertical e, na segunda situação, B sobe e A move-se para
a esquerda. Despreze o atrito entre as superfícies e a massa da corda e da roldana (o fio tem comprimento constante).

30°
A B A

B
13

a) Que relação deve existir entre as massas de A e de B para que as acelerações dos dois sistemas sejam iguais, em mó-
dulo, a 3,00 m s–2?
b) Se a massa de A for 5,0 kg, qual é o valor da tensão exercida pelo fio e da força que o plano de apoio exerce sobre A na
segunda situação, admitindo que a inclinação da corda (30°) se mantém constante?

32. Trace o diagrama de forças aplicadas no centro de massa de cada corpo em cada situação descrita.
A. Um rapaz anda de skate no interior de uma superfície cilíndrica e está na posição mais alta.
B. Uma criança deixa-se cair da posição A de um baloiço passando pela posição B.

C. Uma criança escorrega de um bloco de gelo com forma esférica, numa posição que faz um ângulo de 10° com a vertical.
D. Um carro move-se numa estrada com lombas, passando em A e B.
B

33. Um piloto de 70 kg faz um «mergulho» circular de raio 800 m com o seu avião. Num dado ponto o avião viaja a 120 km h–1.
a) Apresente o valor da sua aceleração centrípeta como um múltiplo de g.
b) Se o piloto estivesse sentado sobre uma balança-dinamómetro, o valor marcado na balança seria o mesmo no ponto mais
alto e no ponto mais baixo da trajetória circular? Justifique.

34. Uma pequena pedra de massa m está presa a um fio inextensível e de massa desprezável que gira num plano vertical.
Na posição mais alta a tensão é duas vezes maior do que o peso da pedra. Determine a expressão da tensão na posição
mais baixa.
14 • Mecânica

35. Prende-se uma borracha a um fio inextensível e de massa desprezável com 80 cm, oscilando num plano vertical. É lançada
para baixo de uma posição que faz um ângulo de 30° com a vertical, com velocidade de módulo 6,0 m s–1. Dará uma volta
completa?

36. Um rapaz de 60 kg anda de skate no interior de uma calha cujo raio é de 4,00 m e atinge a altura máxima num voo no ponto
B, como mostra a figura. Que velocidade deverá ter em A para que tal aconteça? Que força a calha exercerá sobre ele
na posição mais baixa?
B
A
1,0 m

37. Trace o diagrama de forças aplicadas ao centro de massa de cada corpo em cada situação descrita e escreva a Segunda
Lei de Newton para cada uma delas:
A. Um corredor descreve uma curva numa pista circular plana.
B. Um carro descreve uma curva numa estrada gelada com relevé.

38. A cadeira de um carrossel de um parque de diversões gira com movimento circular uniforme num plano horizontal. O módulo
da velocidade da pessoa sentada no baloiço dependerá:
iii) da sua massa?
iii) do comprimento do cabo que prende o baloiço?
iii) do ângulo que a corda faz com a direção vertical? Justifique.

39. Um avião voa a 482 km h–1 segundo uma trajetória circular num plano horizontal, fazendo as suas asas um ângulo de 38,2°
com a horizontal. A força de sustentação do avião é perpendicular às suas asas. Determine o raio da trajetória supondo que,
além do peso e da força de sustentação, nenhuma outra força atua sobre o avião.

40. Um caixote cheio de livros, de 10 kg, está inicialmente em repouso e é puxado por uma força F paralela ao plano. Os coe-
ficientes de atrito são
e = 0,6 e
c = 0,5 . O que acontecerá ao caixote se a força variar, ao longo do tempo, tomando
sucessivamente os valores 50,0 N, 58,8 N, 50,0 N e 49,0 N?
15

41. Indique um exemplo do dia a dia em que:


a) não há força de atrito e o corpo está em repouso;
b) há força de atrito e o corpo está em repouso;
c) não há força de atrito e o corpo está em movimento;
d) há força de atrito estático e o corpo está em movimento;
e) há uma força aplicada com módulo igual ao da força de atrito cinético mas o corpo não se move;
f) a força de atrito tem sentido contrário ao da velocidade do corpo;
g) a força de atrito tem o mesmo sentido do movimento do centro de massa do corpo.

42. Um corpo de massa 10 kg é largado, partindo do repouso, de um plano inclinado com sin  = 0,6 . Se o coeficiente de
atrito entre o corpo e o plano for
= 0,5 , qual será a aceleração do corpo? Qual deveria ser o coeficiente de atrito estático
para que o corpo não deslizasse sobre o plano?

43. Para empurrar um armário de 20 kg sobre um chão encerado, inicialmente em repouso, foi necessária uma força horizontal
de 30 N mas, uma vez iniciado o movimento, o armário deslizou com velocidade constante aplicando-se uma força de
apenas 20 N.
a) Um aluno explica que é mais fácil empurrar o armário depois de estar em movimento porque a sua inércia diminuiu, uma
vez que ele já se encontra em movimento. Concorda? Justifique.
b) Determine os coeficientes de atrito estático e cinético dos materiais em contacto.
c) Qual seria a força mínima capaz de pôr o armário em movimento se ela fizesse um ângulo de 30° com a horizontal? E que
força exerceria o chão sobre o armário nessas condições?

44. Um carro faz uma curva de raio 60 m com velocidade 60 km h–1. Ter-se-á despistado se:
iii) o pavimento estiver húmido e o coeficiente de atrito for 0,65?
iii) o pavimento tiver óleo e o coeficiente de atrito for 0,20? Estes valores para os coeficientes de atrito serão estáticos ou
cinéticos? Porquê? A conclusão obtida para o automóvel pode aplicar-se a outros veículos, tais como motas e camiões?

45. Um bloco A de 2,0 kg está em cima de um bloco B com 3,0 kg. B está assente sobre uma superfície muito polida.
a) Se o sistema se mover com velocidade constante, que forças atuarão sobre B?
b) Qual será o valor do coeficiente de atrito entre A e B de modo a que uma força horizontal de 30 N seja aplicada em B,
mas A não deslize sobre B? Esse atrito será estático ou cinético? Justifique.

46. Um carro descreve uma curva plana.


a) A velocidade máxima de segurança na curva depende da massa do carro? Justifique.
b) Porque são proibidos os pneus «carecas»?
c) A velocidade máxima de segurança depende do raio da curva?

47. Num parque de diversões, os passageiros do «poço da morte» inicialmente têm os pés assentes
num chão que é removido quando o «poço» cilíndrico gira. Este tem 2,5 m de raio e completa
uma volta completa em 2,0 s. Para um passageiro de 70 kg, qual é a força que a parede exerce
perpendicularmente sobre ele? Se o coeficiente de atrito entre as superfícies em contacto for 0,6,
o passageiro desliza ou fica suspenso «colado» à parede?

48. Quando um carro está em movimento, uma folha de papel cai sobre o seu vidro dianteiro. Se o carro viajar com velocidade
constante, a folha de papel poderá ficar «colada» ao vidro, sem cair? E se viajar com aceleração? Descreva as condições
necessárias para que a folha de papel não caia.
16 • Mecânica

49. Com o objetivo de medir o coeficiente de atrito estático entre um par de superfícies, um grupo de alunos colocou um bloco
sobre um plano inclinado com uma régua incorporada (ver figura).

l h2

h1

Conservaram o apoio inferior da rampa fixo e elevaram a parte superior da rampa até o bloco ficar na iminência de deslizar.
Com uma régua, mediram a distância sobre o plano entre duas marcas, l, fixas nos apoios da rampa, cujas alturas acima da
mesa de trabalho eram h1 e h2. Repetiram o procedimento obtendo os valores da tabela. Que incerteza está associada às
suas medições diretas? Qual foi o resultado da medição?

Medições l / cm h1 / cm h2 / cm

1 180,00 5,40 44,60

2 180,00 5,40 45,80

3 180,00 5,40 43,20

50. Um grupo de alunos efetuou a montagem da figura, com o objeti-


vo de medir o coeficiente de atrito estático entre A e o plano de
apoio. Para uma dada massa marcada suspensa, B, foram colo- A
cadas sobrecargas de valor m, sobre o bloco A, cuja massa era
145,7 g, de modo a tornar iminente o movimento do sistema, sem
que a sobrecarga deslizasse sobre A.
a) Em que se baseia tal procedimento?
B
b) Os dados recolhidos estão na tabela seguinte. A partir deles,
determine o coeficiente de atrito estático entre A e a superfície
em contacto.
mB / g 44,0 50,0 60,0 70,0 89,0 100,0

m/g 45,3 90,6 135,9 181,2 226,5 271,8

c) Em seguida, os alunos retiraram a sobrecarga de A e suspenderam uma massa marcada B, de 40 g, entrando o sistema em
movimento. Para medir a aceleração do movimento, efetuaram, com um cronómetro digital, três medições para o tempo que
o corpo A demorava, a partir do repouso, a percorrer uma distância L, obtendo os dados registados na tabela.

L / cm t1 / s t2 / s t3 / s

75,00 2,0 1,8 1,9

65,00 1,8 1,7 1,7

55,00 1,5 1,6 1,5

45,00 1,4 1,3 1,2

35,00 1,1 1,2 1,1

25,00 1,0 0,9 1,1

15,00 0,6 0,8 0,7

Qual é o resultado da medida para a aceleração do movimento? E qual é o valor do coeficiente de atrito cinético entre A
e a superfície de apoio?
17

1.2 Movimentos oscilatórios


51. A membrana de um altifalante vibra com movimento harmónico simples, sendo a sua frequência 440 Hz e o deslocamento
máximo 0,5 mm.
a) Quando é que um oscilador vibra com movimento harmónico simples? Indique osciladores que tenham este tipo
de movimento.
b) Calcule a frequência angular do oscilador e os módulos da velocidade máxima e aceleração máxima.



52. Um oscilador descreve um MHS cuja elongação é dada, em unidades SI, por: x (t ) = 0,200 sin 2t –  .
3 
a) Indique os valores das grandezas características do movimento. Quais destas características dependem das condições
iniciais?
b) Qual é o módulo da velocidade máxima e da aceleração máxima do movimento?
c) Indique um instante em que a força elástica exercida sobre o oscilador seja máxima. Qual é, nesse instante, a elongação
e a velocidade do oscilador?

53. Uma criança balança-se sobre o bordo de um trampolim adquirindo este um MHS. O movimento repete-se ao fim de 1,75 s.
A altura máxima do trampolim acima da posição de equilíbrio é de 35,0 cm. Começa-se a contar o tempo quando a criança
está sobre ele na altura mínima. Qual é a expressão da elongação do movimento? Qual é a posição do bordo do trampolim
ao fim de 4,50 s?

54. Um corpo de 100 g ligado a uma mola, sobre uma superfície horizontal lisa, é puxado 10 cm da sua posição de equilíbrio,
descrevendo um MHS que se repete com as mesmas características de 0,4 s em 0,4 s.
a) Qual é a expressão da sua elongação?
b) Qual é o valor da elongação ao fim de 0,55 s?
c) No instante referido na alínea b), o corpo está a afastar-se ou a aproximar-se da sua posição de equilíbrio? Justifique.
d) Qual é o módulo da força elástica que atua sobre o oscilador naquele instante?

55. Um carro de uma tonelada baixa em altura 5,0 cm quando quatro pessoas, cuja massa total é 350 kg, entram nele. Qual
é o valor da constante elástica das molas da sua suspensão? Se o carro passar por uma lomba, qual é a frequência de osci-
lação dessas molas?

56. Um objeto de massa 100 g está preso a uma mola sobre uma mesa. Quando se aplica uma força de 5,0 N longitudinalmen-
te, a mola estica 20 cm. Em seguida, larga-se o objeto que descreve um MHS.
a) Qual é a expressão da elongação do oscilador?
b) Em que posição, com que velocidade e com que aceleração se encontra o oscilador ao fim de 2,2 s de movimento? Está
a afastar-se ou a aproximar-se da posição de equilíbrio? Justifique.
c) Indique um instante em que a elongação é negativa e metade da amplitude e o oscilador está a afastar-se da posição de
equilíbrio.
d) Se for utilizada uma mola com constante elástica dupla da inicial, como variam as seguintes grandezas: período, veloci-
dade máxima e aceleração máxima?

57. A figura seguinte representa a elongação de dois osciladores de igual a b


massa, a e b, ao longo do tempo. Qual deles terá maior constante
elástica? Justifique.

58. Um objeto de massa 2,2 kg encontra-se preso a uma mola de cons-


tante elástica 65 N m–1. O objeto é afastado 30 cm da sua posição de
equilíbrio e depois libertado. Determine:
a) a energia potencial elástica inicial do sistema;
b) o módulo da velocidade máxima do objeto após ser libertado;
c) o módulo da velocidade do objeto no instante em que a elongação é de 20 cm.
18 • Mecânica

59. A extremidade de um diapasão, cuja frequência é 400 Hz, vibra com uma amplitude de 0,600 mm.
No início da contagem dos tempos a sua elongação é nula. Sobre a extremidade do diapasão colo-
cou-se um pedaço de 3 g de plasticina.
a) Qual é a expressão, em função do tempo, da energia potencial elástica, da energia cinética
e da energia total da plasticina?
b) Qual é o módulo da elongação quando a energia potencial elástica é igual à energia cinética?

60. Um corpo de 2,00 kg descreve um MHS com amplitude de 30,0 cm e período de 3,00 s.
a) Qual é a energia potencial elástica e a energia cinética do oscilador quando ele se encontra a 10,0 cm da posição de equi-
líbrio?
b) O que aconteceria à energia total do oscilador se:
iii) a amplitude duplicasse?
iii) a constante da mola duplicasse?
iii) a massa do corpo duplicasse?

61. Uma pessoa de 80 kg faz bungee jumping. A velocidade máxima que atinge, antes de
o cabo esticar, é de 20 m s–1. A partir desse instante uma força elástica começa
a atuar. A pessoa atinge o ponto mais baixo da trajetória quando o cabo fica com
o dobro do seu comprimento normal.
a) Qual é o comprimento normal do cabo? E a sua constante elástica?
b) O movimento do oscilador pode ser harmónico simples? Justifique.

62. Um montanhista faz rappel. O cabo que usa deve ter uma constante elástica grande ou pequena? Justifique.

63. Indique em que se fundamenta o processo de medição da massa de um astronauta no espaço.

64. Um pêndulo simples tem um período de 6,50 s.


a) Se o pêndulo fosse levado para a Lua, qual seria o seu período?
b) Se quisermos que o período seja de apenas 6,0 s (não mudando de lugar), o que poderemos fazer?
c) Que características deve ter um pêndulo simples para medir corretamente o tempo?

65. A tabela seguinte regista os dados experimentais recolhidos por um grupo de alunos com o objetivo de determinar a acele-
ração da gravidade através do movimento de um pêndulo gravítico: para cada comprimento do pêndulo os alunos fizeram
três medições do respetivo período do movimento, utilizando uma célula fotoelétrica.

L / cm t1 / s t2 / s t3 / s

46,30 1,361 1,365 1,365

44,40 1,337 1,339 1,340

42,10 1,322 1,316 1,312

40,40 1,267 1,269 1,275

38,70 1,248 1,247 1,246

36,50 1,212 1,216 1,215

32,50 1,151 1,150 1,154

a) A que valor da aceleração da gravidade terão chegado?


b) Foi grande ou pequena a precisão nos dados recolhidos? O valor obtido para g foi muito ou pouco exato? Justifique.
19

1.3 Centro de massa e momento linear


de sistemas de partículas
66. Na figura seguinte assinala-se a posição de três alunos de Física: a Andreia, de 50 kg, o Ricardo, de 65 kg, e o Tiago, de
70 kg. A distância entre a Andreia e o Ricardo é a mesma que entre ela e o Tiago: 2,0 m. No referencial, onde se localiza
o centro de massa do sistema constituído pelos três alunos?

Ricardo

Tiago
Andreia
x

67. Dois alunos estão num ringue de patinagem a uma certa distância um do outro. Para determinarem o centro de massa do
sistema formado pelos dois, agarram cada um numa extremidade de uma corda de massa desprezável e vão-na puxando
até se encontrarem. Dizem que nesse ponto é o centro de massa. Em que se baseiam para dizer isso?

68. Pretende localizar-se o centro de massa de uma régua em forma de L. Pertencerá o centro de massa ao corpo? Imagine
um modo de o localizar.

69. Duas partículas têm massas de 100 g e 200 g e movem-se num plano horizontal em trajetórias retilíneas. A primeira deslo-
ca-se ao longo da reta de equação y = 2 , sendo o movimento descrito por x1 (t ) = – 40 + 2t . A segunda desloca-se sobre
o eixo dos xx, sendo o movimento descrito por x2 (t ) = 30 – t . Quais são as coordenadas do centro de massa do sistema
e a sua velocidade em função do tempo? As duas equações anteriores estão em unidades SI.

70. Comente as seguintes frases:


A. Se o momento linear de um corpo duplicar, duplica a sua energia cinética.
B. Se a energia cinética de um corpo duplicar, duplica o seu momento linear.
C. É possível um sistema de partículas ter momento linear nulo e energia cinética não nula.
D. É possível um sistema ter energia cinética nula e momento linear não nulo.
E. Dois blocos têm massas diferentes mas a mesma energia cinética. O que tem maior momento linear é o de maior massa.

71. Um carro de 1000 kg segue na A1 a 120 km h–1 e um outro carro de 1200 kg viaja no mesmo sentido, e no mesmo troço
retilíneo, a 100 km h–1. O carro mais rápido está inicialmente 20 m atrás do outro.
a) Onde se localiza o centro de massa do sistema formado pelos carros?
b) Qual é a velocidade do centro de massa do sistema?
c) Qual é o momento linear do sistema? E do centro de massa do sistema?

72. Num ensaio de colisão, um carro de 1500 kg colide com uma parede à velocidade de 54 km h–1, sendo projetado em sen-
tido contrário a 10 km h–1. A colisão demorou 0,150 s. Que força média foi exercida sobre o carro?

73. Para que serve um airbag ?

74. Uma pessoa de 70 kg cai de uma altura de 2,0 m.


a) Que forças atuam sobre a pessoa durante a queda e durante a colisão com o solo? Com que velocidade atinge o solo?
b) Se a pessoa fletir as pernas, o seu centro de massa demora cerca de 40,0 ms a ficar em repouso no processo de coli-
são com o solo. Porque é que a pessoa flete as pernas? Qual será, neste caso, a força média que o solo exerce
sobre ela?
20 • Mecânica

75. Num jogo de voleibol, a jogadora fez bloco e devolveu a bola para o campo
adversário com a mesma velocidade (em módulo e direção) com que atingiu as
suas mãos. A duração do impacto foi 0,10 s e a bola, de 250 g, atingiu
a jogadora à velocidade de 20 m s–1. Que força média exerceu a bola nas mãos
da jogadora? Onde foi maior a variação do momento linear, na jogadora ou na
bola? Justifique.

76. Dois pescadores estão sentados nos extremos de uma canoa num lago calmo. Resolvem trocar de posição. O que terá
acontecido à posição do centro de massa do sistema? Justifique.

77. Porque é que um balão cheio voa quando o ar que tem lá dentro escapa?

78. Dois corpos colidem, estando inicialmente um deles em repouso. É possível ficarem os dois em repouso após a colisão?
É possível que um deles fique em repouso e o outro fique em movimento? Justifique.

79. Um sistema está inicialmente em repouso. Poderá cada uma das partes do sistema começar a mover-se? Se sim, explique
porquê e indique exemplos que o demonstrem.

80. É possível que dois corpos colidam e percam totalmente a sua energia cinética? Em caso afirmativo, dê um exemplo.

81. Um projétil de 50 g e velocidade 700 m s–1 é lançado contra um bloco de madeira de 500 g, assente numa superfície hori-
zontal muito lisa, ficando alojado no seu interior.
a) Qual é a velocidade do conjunto depois do impacto? Indique a percentagem de energia dissipada. O que aconteceu
a essa energia?
b) Sendo o coeficiente de atrito cinético igual a 0,60, que distância percorreu o conjunto até parar?

82. A Ana, de 50 kg, e o Rodrigo, de 65 kg, fazem patinagem artística. Colocam-se frente a frente e empurram-se com as mãos,
atingindo as paredes situadas atrás de si ao mesmo tempo. Em que posição se devem colocar para que demorem o mesmo
tempo a chegar a cada parede?

83. Dois jogadores de hóquei no gelo, com a mesma massa, colidem com velocidades iguais em
módulo mas com direções perpendiculares, seguindo juntos após a colisão.
a) Há conservação do momento linear de cada jogador? E do sistema formado pelos dois?
b) Em que direção seguem após a colisão?
c) Relacione o módulo da velocidade final com o módulo da velocidade inicial.

84. Num jogo de snooker, a bola branca, com velocidade de 5 m s–1, colide com a bola 7, inicialmente em repouso. Após a coli-
são, a bola 7 move-se numa direção que faz um ângulo de 30° com a direção original do movimento da bola branca.
A colisão é elástica e as duas bolas têm a mesma massa. Determine a direção do movimento da bola branca após a coli-
são e a velocidade de cada bola após a colisão.
21

85. Três estudantes (a Sandra, de 50 kg, a Patrícia, de 55 kg , e o Gonçalo, de 80 kg) vão a um ringue de patinagem. Juntam-se
num pequeno círculo e empurram-se com as mãos. O Gonçalo começou a andar com velocidade de módulo 0,650 m s–1 no
sentido este e a Sandra com velocidade de módulo 0,500 m s–1 no sentido noroeste. Como se moveu a Patrícia?

86. Uma bola de basquetebol de 400 g é deixada cair de uma altura de 1,50 m. A altura do primeiro ressalto foi de 0,90 m.
a) Qual é o coeficiente de restituição do par de superfícies que colidiram?
b) Que percentagem da energia mecânica inicial foi perdida pela bola durante a colisão? O que aconteceu a essa energia?

87. Um grupo de alunos realizou uma experiência com o objetivo de calcular o coeficiente de restituição entre duas superfícies
em colisão. Para isso utilizou um carrinho que se podia mover sobre uma calha colocada horizontalmente. O carrinho, tendo
uma ponteira elástica numa extremidade, foi lançado contra um anteparo colocado na extremidade da calha, chocando
a ponteira elástica com esse anteparo. Uma célula fotoelétrica, ligada a um contador digital com memória, foi colocada numa
posição imediatamente antes da colisão. A célula registou o tempo de passagem de um pino colocado no carrinho antes da
colisão, t, e depois da colisão, t’. Um grupo de alunos recolheu os dados experimentais da tabela seguinte.

t / ms 303 293 310 381 374

t / ms 311 300 318 390 382

a) Em que se baseia o procedimento experimental?


b) Que valor foi obtido para o coeficiente de restituição?

1.4 Mecânica de fluidos


88. Uma esfera sólida de 6,00 cm de diâmetro tem 1,01 kg. Identifique a substância de que é feita.

89. As estrelas de neutrões têm densidades muito elevadas. Se uma estrela de neutrões tiver massa 3,00 × 1028 kg e raio
10,0 km, qual será a sua densidade? Qual seria o peso de 1,00 cm3 desse material à superfície da Terra?

90. Um copo de 100 g cheio de óleo pesa 2,2 N e cheio de água pesa 3,0 N. Qual é a densidade relativa do óleo e a capaci-
dade do copo?

91. Quem exerce maior pressão no solo: uma pessoa de 80 kg apoiada no seus sapatos, sendo 60 cm2 a área de cada um
deles, ou uma ginasta de 45 kg apoiada no solo pela palma de uma mão cuja área é de 38 cm2?

92. Porque se utilizam colchões de água para pessoas que passam muito tempo acamadas?

93. O que tem maior peso: 1 litro de água líquida ou igual volume de gelo? Justifique.

94. Porque é que, se fizermos um furo numa garrafa com água, o esguicho tem uma trajetória como a de um projétil lançado
horizontalmente?

95. Se elevarmos as duas extremidades de uma mangueira com água, como fica o nível da água em cada uma delas? Justifique.

96. Obs erve a figura seguinte. Compare as forças de pressão exercidas no fundo dos recipientes, de bases iguais e contendo
líquido até à mesma altura se:
iii) tiverem o mesmo líquido;
iii) tiverem líquidos diferentes.

97. Porque é que a tensão arterial é medida na parte superior do braço, à altura aproximada do coração, e não numa perna?
22 • Mecânica

98. Qual é a pressão exercida no fundo do oceano a uma profundidade de 5,0 km supondo a densidade da água constante?
A pressão real é maior ou menor do que a anterior? Justifique.

99. Uma pessoa mergulha numa piscina e num lago de águas profundas, exatamente à mesma profundidade. A pressão exer-
cida sobre ela é diferente nas duas situações?

100. Se a Terra tivesse uma atmosfera homogénea, qual deveria ser a altura da camada de atmosfera para que a pressão atmos-
férica fosse 1 atm?

101. A área do tórax de uma pessoa é cerca de 0,13 m2. Quando a pressão atmosférica é a normal, que força será exercida
sobre ele? Porque é que a pressão atmosférica não nos esmaga?

102. O que mede um manómetro utilizado nos pneus de um carro?

103. Pascal fez um barómetro utilizando vinho de Bordéus, de densidade relativa 0,984. Para além do problema do custo, seriam
muito práticos barómetros destes? Justifique.

104. Um passageiro de avião compra, antes de embarcar, uma embalagem plástica contendo um chocolate. Em voo, verifica
que ela inchou. O que aconteceu?

105. Explique fisicamente o que acontece quando se bebe um sumo com uma palhinha.

106. Numa oficina de automóveis, um carro é colocado sobre um êmbolo que está na extremidade de um tubo de vasos comu-
nicantes. Na extremidade do outro tubo há um compressor de ar que faz elevar o carro. Explique esta situação. Haverá,
neste caso, uma violação à Lei da Conservação da Energia? Justifique.
1
107. Os êmbolos de uma prensa hidráulica têm diâmetros cuja razão é  e estão ao mesmo nível. Relacione:
4
a) a pressão exercida nos dois êmbolos;
b) a força exercida nos dois êmbolos;
c) o deslocamento dos dois êmbolos se um deles for deslocado.

108. Se pusermos um bloco de ferro na água ele afunda-se, mas um pequeno barco feito de ferro, com a mesma massa, não
se afunda. Porquê?

109. Um ovo afunda-se em água. O que se poderá fazer para que ele fique a boiar?

110. Um colchão de ar, com a forma de um paralelepípedo, tem dimensões 2,00 × 0,50 × 0,08, em metros, e massa 2,3 kg. Qual
é a massa máxima de uma pessoa que pode flutuar na água, colocando-se sobre ele?

111. Um objeto flutua em água, estando 80% do seu volume submerso. Ao ser colocado num outro líquido, o objeto flutua tam-
bém, estando agora 72% do seu volume submerso. Determine a densidade do objeto e a densidade do líquido.

112. Uma peça de ouro de 10,0 kg foi encontrada no fundo do mar, num barco naufragado, sendo içada lentamente através de
um cabo. Qual é a tensão exercida sobre o cabo quando a peça está totalmente imersa em água e quando está comple-
tamente fora dela? A densidade relativa do ouro é de 19, 3 .

113. Uma rolha de cortiça, de 10 g e densidade relativa 0,2, está dentro de uma piscina presa ao fundo por um fio.
a) Que força exerce o fio sobre a rolha?
b) O fio é cortado e a rolha acaba por boiar à superfície da água. Qual é a fração do seu volume que fica imersa?

114. Um balde com água está sobre uma balança dinamómetro. Introduz-se uma bola de plástico dentro da água. O que acon-
tece à bola e ao valor marcado na balança se:
a) o balde estiver totalmente cheio de água?
b) o balde estiver parcialmente cheio de água?

115. Um vaso capilar tem 0,60 cm de diâmetro e transporta sangue à velocidade de 16 cm s–1. O vaso bifurca-se em dois cujo
diâmetro é de 0,50 cm. Qual é a velocidade média do sangue em cada um deles?
23

116. A água escoa por uma mangueira de incêndio, com diâmetro 6,50 cm e com caudal de 0,012 m3 s–1. Na boca da man-
gueira o diâmetro é de apenas 2,2 cm. Qual é a velocidade de saída da água? E a velocidade na mangueira?

117. Explique as seguintes situações:


A. O fumo sai melhor pela chaminé quando há brisa.
B. Quando um barco passa rapidamente junto de outro em repouso tendem a aproximar-se, correndo o risco de colidirem.
C. É perigoso estar numa estação de comboios junto à linha, quando passa um comboio a alta velocidade.
D. Muitas vezes um tornado arranca o teto de uma casa.
E. Dirigindo um jato de ar de um secador de cabelo para o topo de uma bola de pingue-pongue, esta fica suspensa no ar.

118. Um tanque de área grande está cheio de água até à altura de 30,5 cm. Na base existe um orifício de 5 cm2 situado no
fundo do tanque. Qual é a velocidade da água à saída deste orifício e que volume de água escoa num minuto?

119. Como se explica a sustentação de um avião?

120. Um avião de massa 16 t tem asas de 40 m2. Num voo a altitude constante, a pressão na superfície inferior da asa é
0,70 atm. Qual é a pressão na superfície superior da asa?

121. O tanque aberto da figura contém água que flui por um tubo a uma taxa constante. O tubo tem de diâmetro 25 cm no ponto
B e 15 cm no ponto C. O diâmetro do tanque é muito maior do que o do tubo e despreza-se a viscosidade da água. Qual
é o caudal volumétrico que sai do tanque e a pressão no ponto B?

10 m

B C

2m

122. Uma bola de golfe é lançada verticalmente para cima com velocidade muito elevada.
a) Que força(s) atua(m) na esfera durante a subida e durante a descida? Essa(s) força(s) tem(têm) módulo constante?
Justifique.
b) Caracterize o movimento da bola.

123. Porque é que um esquiador, durante um salto, inclina o corpo para a frente e junta os braços ao corpo?
24 • Mecânica

124. Um grupo de alunos realizou uma experiência com o objetivo de determinar o coeficiente de viscosidade da glicerina, dei-
xando cair esferas de rolamentos de diversos diâmetros numa proveta larga e cheia de glicerina. No movimento de queda
das esferas mediram o tempo, com um cronómetro digital, que cada esfera demorou a percorrer 15 cm depois de ter atin-
gido a velocidade terminal. A tabela seguinte indica as medições efetuadas para esferas de diâmetros diferentes.

Diâmetro da esfera / cm t1 / s t2 / s t3 / s

0,40 4,55 4,45 4,33

0,53 2,17 2,42 2,03

0,60 1,95 1,78 1,87

0,80 1,26 1,38 1,16

0,84 1,14 0,98 1,01

1,14 0,62 0,64 0,63

1,30 0,57 0,55 0,47

118. Mediram também a massa de uma esfera de diâmetro 1,30 cm, obtendo 8,95 g. Mediram ainda a massa de uma proveta
vazia, obtendo 80,25 g, e a massa da mesma proveta contendo 20 mL de glicerina, obtendo 107,21 g. A experiência foi
realizada à temperatura de 17 °C.
a) Qual é o fundamento do procedimento experimental?
b) Que valor foi obtido para a viscosidade da glicerina àquela temperatura?
c) Porque é importante saber a temperatura a que foi feita a medição?

1.5 Gravitação
125. Um satélite geostacionário orbita a 42 000 km do centro da Terra.
a) A que aceleração gravítica está sujeito?
b) Podemos dizer que está em queda livre? Se sim, porque não cai o satélite para a Terra?
c) Que força atua sobre ele se a sua massa for 1 t?

126. Qual é, percentualmente, o módulo do campo gravítico a uma altitude de 600 km comparativamente ao valor à superfície
da Terra?

127. Qual é o módulo do campo gravítico criado pela Terra a uma distância igual a 60 raios terrestres? A nossa Lua tem uma
órbita circular de raio igual a 60 raios terrestres e o seu período é de 27,26 dias. Mostre, como fez Newton, que a acelera-
ção da Lua é igual ao valor determinado anteriormente.

128. Imagine um planeta com massa igual à da Terra mas com metade do raio. Qual é a relação entre as acelerações da gravi-
dade à superfície desse planeta e na Terra?

129. Calisto, uma lua de Júpiter, descreve uma órbita circular de raio 1,88 × 106 km em 16 dias e 16,54 horas. Qual é a massa
de Júpiter?

130. A que distância da superfície da Terra deve estar um satélite para que o seu período seja de 6 h? Qual é a sua velocidade
nesta órbita?

131. Um corpo é disparado à superfície da Terra com velocidade 10 km s–1. Qual é o seu afastamento máximo do centro da
Terra?
25

132. Plutão orbita o Sol numa órbita aproximadamente circular de raio 5,90 × 1012 m. Quanto tempo demora a dar uma volta
completa em torno do Sol? Com os dados anteriores, calcule a massa do Sol (consulte e utilize dados astronómicos rela-
tivos à Terra).

133. Qual é a energia necessária para deslocar um objeto de massa 1 kg da superfície da Terra até a uma altitude igual ao dobro
do raio da Terra? E para o deslocar para um sítio distante onde o campo gravítico terrestre seja desprezável?

134. Mostre que a energia mecânica de um satélite com órbita circular é sempre negativa e calcule o trabalho realizado pela força
gravítica quando o satélite passa de uma órbita de raio 2RT para outra de raio 3RT.

135. A Terra descreve uma órbita elítica em torno do Sol, mantendo-se constante a energia do sistema Terra-Sol.
a) Justifique a afirmação feita.
b) Com base nessa conservação, indique em que ponto, no afélio (ponto mais afastado do Sol) ou no periélio (ponto mais
próximo do Sol), a Terra terá maior velocidade.
c) Porque é que a força gravítica altera, nesta trajetória, não só a direção mas também o módulo da velocidade, ao contrá-
rio de uma órbita circular?

136. A velocidade de escape de um foguete depende da sua massa? Justifique.

137. A velocidade de escape, na Terra, é de 11,2 km s–1. A Terra tem uma massa cerca de 81 vezes a massa da Lua e um raio
cerca de quatro vezes superior ao da Lua. Estime a velocidade de escape na Lua.

138. Porque é que a Terra tem atmosfera e a Lua não?

139. A velocidade de escape no Sol é de 618 km s–1. Se a massa do Sol se mantivesse constante mas o seu raio variasse, o
Sol poderia transformar-se num buraco negro, ou seja, a atração gravítica seria tão intensa que não deixaria escapar a luz.
Calcule o raio que o Sol teria se a velocidade de escape fosse a velocidade da luz.

140. Um satélite pode orbitar a 16 km de altitude na Lua mas não o pode fazer na Terra. Porquê?

141. Um aluno afirmou que só há uma situação em que um corpo está em imponderabilidade: quando está num certo ponto
entre a Terra e a Lua. Concorda com ele?

142. Porque é que os astronautas se mantêm em imponderabilidade? Indique uma situação de imponderabilidade vivida na
Terra.

143. Podemos afirmar que o peso de um corpo é igual à força gravítica:


iii) nos polos?
iii) em Lisboa?
iii) no equador? Justifique.
UNIDADE 2
2.1 • Campo e potencial elétrico
2.2 • Circuitos elétricos
2.3 • Ação de campos magnéticos sobre
Eletricidade cargas em movimento e correntes

e magnetismo
28 • Eletricidade e magnetismo

Resumo
2.1 Campo e potencial elétrico
Princípio da Conservação da Carga Elétrica:
A carga elétrica de um sistema isolado (diferença entre a carga positiva e negativa) é constante.

Eletrização dos corpos:

Por contacto Por influência (ou por indução)

Contacto entre um corpo Aproximação (sem contacto) entre um corpo carregado


Fricção entre corpos neutros.
carregado e um corpo neutro. e um corpo neutro.
Os corpos ficam com carga Os corpos ficam com carga
Os corpos ficam com carga de sinais contrários.
simétrica. do mesmo sinal.

Diferenças e semelhanças entre a força gravítica e a força elétrica:

Força gravítica Força elétrica

Tem origem na massa. Tem origem na carga.

Diferenças Não depende do meio. Depende da permitividade do meio.

É sempre atrativa. Pode ser atrativa ou repulsiva.

Varia inversamente com o quadrado da distância Varia inversamente com o quadrado da distância
entre as massas. entre as cargas.
Semelhanças É proporcional às massas. É proporcional ao módulo das cargas.

É uma força conservativa. É uma força conservativa.

Aspetos relativos ao campo elétrico:

Grandezas vetoriais Grandezas escalares

, entre duas cargas pontuais:


Força, F Energia potencial elétrica, Ep, de duas cargas pontuais:
|q| |q | qq
Em módulo: F = k  r2 Ep = k r

, criado por uma carga pontual q (define-se


Campo elétrico, E Potencial elétrico, V, criado por uma carga pontual q (define-se
num ponto e não depende da carga de prova aí colocada): num ponto e não depende da carga de prova aí colocada):
|q| q
Em módulo: E = k  V = k 
r2 r

Campo elétrico, E, criado por uma distribuição de cargas Potencial elétrico, V, criado por uma distribuição de cargas
pontuais q1, q2, q3, …: pontuais q1, q2, q3, …:
E = E1 + E2 + E3 + … V = V1 + V2 + V3 + ...

Relação entre a força elétrica, F, exercida sobre a carga q , Relação entre a energia potencial elétrica, Ep, associada à carga q ,
, no ponto onde está essa carga:
e o campo elétrico, E e o potencial elétrico, V, no ponto onde está essa carga:
F = q E Ep = q V

Relação entre trabalho da força elétrica no transporte de uma carga


q entre dois pontos A e B e o potencial nesses pontos:
W A → B = q (VA – VB)
29

Campo elétrico uniforme:

É produzido por placas planas e paralelas carregadas e de grande dimensão comparativamente com a distância entre elas.

Expressões para o campo elétrico uniforme:


U
• Módulo: E =   • Força sobre uma carga colocada no • Trabalho realizado pela força elétrica no transporte de uma
d
campo: carga colocada no campo:
F = q E W A → B = q(VA – VB)

Condutores em equilíbrio eletrostático:

Características dos condutores em equilíbrio eletrostático (independentes da forma, ou de o condutor ser oco ou maciço)

Não há movimento orientado de cargas.

A carga distribui-se à superfície do condutor, de forma a minimizar a repulsão elétrica.

No interior do condutor o campo elétrico é nulo.

Na superfície do condutor, o campo elétrico é perpendicular à superfície.

Condensadores:
A capacidade elétrica de um condensador depende do módulo da carga das armaduras (que são simétricas)
Q
e da tensão entre elas: C =  .
d
Capacidade elétrica

Tem valor positivo e constante para um dado condensador.

1
É uma medida da capacidade de armazenar carga e, portanto, energia potencial elétrica; essa energia armazenada é dada por E =  QU .
2

Depende da geometria do condensador (forma das armaduras e separação entre elas).

Depende do meio isolador (chamado dielétrico) entre as armaduras, ou seja, da sua permitividade; este pode ser ar, papel, mica, plástico,
vidro, material cerâmico ou outro.

A
Num condensador plano (armaduras planas e paralelas muito próximas, com campo uniforme entre elas), cuja capacidade é C = ε  :
d
• o dielétrico (de permitividade ε) entre as placas permite aumentar a capacidade do condensador;

• a carga que o condensador pode armazenar, para a mesma diferença de potencial, é tanto maior quanto maior for a capacidade (Q = CU);

• a carga que o condensador pode armazenar, para a mesma diferença de potencial, é tanto maior quanto maior for a área das placas
e quanto menor a distância entre elas.
30 • Eletricidade e magnetismo

2.2 Circuitos elétricos

Corrente elétrica

Só existe se houver uma diferença de potencial e, portanto, um campo elétrico num condutor.

É um movimento orientado de portadores de carga (partículas carregadas: eletrões ou iões).

Os portadores de carga são eletrões nos metais e iões nos gases ionizados e nos eletrólitos.

O sentido convencional da corrente é o sentido do campo elétrico, ou seja, o sentido dos potenciais decrescentes; num metal é oposto ao
sentido do movimento dos eletrões; num eletrólito é o sentido do movimento dos iões positivos.

Q
A intensidade de corrente na corrente contínua é dada por I =  .
t

Lei de Ohm:
A razão entre a tensão aplicada de um condutor e a intensidade de corrente que o atravessa é constante, supondo
a temperatura constante.

Resistência de um condutor com forma de fio:


R = 
A

Resistividade de um material (para um largo intervalo de temperaturas varia linearmente com a temperatura):

= 0 [1 +  (T – T0 ) ]

Condutores óhmicos Condutores não óhmicos

A resistência R não depende da tensão aplicada: A resistência R não é constante, depende da tensão aplicada:
U U
R =  = constante R =   constante
I I

I I

U U
Curva característica: reta que passa pela origem e cujo declive Curva característica: não é uma reta.
é o inverso da resistência.

Exemplo: gás ionizado numa lâmpada de néon e vários componen-


Exemplo: condutor metálico a temperatura constante.
tes eletrónicos.

Curto-circuito: diminuição drástica de resistência com consequente aumento de intensidade de corrente e de


efeito Joule.
31

Equações para os circuitos:

Resistências em série Req = R1 + R2 + R3 + …

Resistências 1 1 1 1
 =  +  +  + …
em paralelo Req R1 R2 R3

Recetores
P = R I 2 ou P = U I (Lei de Joule)
puramente resistivos
Força eletromotriz:
Potência do gerador: Potência útil do gerador :
Geradores E
ε=  Q P=I P = UI sendo U =  – ri I

Força contraeletromotriz:
Recetores não Potência fornecida ao recetor: Potência útil do recetor:
E
puramente resistivos ε = 
Q P = U I sendo U =  + r i I P =  I

Lei de Ohm Generalizada  –  = Rt I

Condensadores (
Carga de um condensador: Q(t) = C ε 1 – e
— t
RC ) Descarga de um condensador: Q(t) = Q0 e
— t
RC

2.3 Ação de campos magnéticos sobre cargas


em movimento e correntes

Força magnética que atua sobre uma carga em movimento num campo magnético

• Fm = q v × B
 . O seu módulo é Fm = | q| B v sin  ;

• será nula se a carga estiver em repouso;


• será tanto maior quanto maior for o módulo da carga e o campo magnético;
• depende do módulo da projeção da velocidade no plano perpendicular ao campo magnético, v⊥ = v sin  , sendo  o ângulo formado
;
entre os vetores v e B
 forem perpendiculares e nula se v e B
• será máxima se v e B  tiverem a mesma direção;
, logo perpendicular a v e a B
• é sempre perpendicular ao plano que contém v e B ;

• tem sentido dado pela regra da mão direita ou pela regra do saca-rolhas;
• não é conservativa, mas não realiza trabalho.

Força que atua sobre uma carga em movimento num campo elétrico e magnético simultâneos (força de
Lorentz): Fem = qE + qv × B .

Força que atua sobre um fio condutor retilíneo, atravessado por corrente contínua,
imerso num campo magnético (força de Laplace)

• Fm = Iᐉ × B
 . O seu módulo é Fm = Iᐉ B sin  ;

• varia com o sentido da corrente elétrica;

• será tanto maior quanto maior for a intensidade da corrente e o campo magnético;

• será tanto maior quanto maior for o comprimento do fio percorrido pela corrente;

• é sempre perpendicular ao campo magnético e ao fio;

• tem sentido dado pela regra da mão direita ou pela regra do saca-rolhas.
32 • Eletricidade e magnetismo

Questões
2.1 Campo e potencial elétrico
1. Um condutor carregado e isolado, A, é posto em contacto com um condutor neutro, B. O condutor B fica carregado
positivamente.
a) O condutor A não pode ser tocado por uma pessoa e continuar carregado. Justifique a afirmação feita.
b) Explique como se eletrizou B.
c) Como se faz a distribuição da carga total nos condutores A e B se eles forem iguais?
d) O que acontecerá se o condutor B for posteriormente ligado à terra?

2. Duas esferas metálicas idênticas têm cargas de 3


C e – 5
C. Estabelece-se uma ligação entre elas através de um fio con-
dutor. O que acontece a cada uma delas? Após a ligação as esferas atraem-se ou repelem-se? Justifique.

3. Dispõem-se de quatro blocos metálicos idênticos isolados. Três deles estão neutros mas um quarto está carregado com
carga Q. Determine a carga deste bloco depois de tocar sucessivamente em cada um dos outros.

4. Três esferas iguais A, B e C estão sobre suportes isoladores. Aproxima-se B de A até entrarem em contacto. Em seguida,
B afasta-se de A e aproxima-se de C, entrando em contacto com esta esfera. B regressa à posição original. Com que car-
gas ficam as três esferas? Justifique.

10 nC –2 nC 0 nC

A B C

5. Quando há um fenómeno de influência ou indução podemos afirmar que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. não há contacto entre o condutor carregado e o condutor neutro que sofre a influência do primeiro.
B. observa-se sempre o Princípio da Conservação da Carga.
C. há movimento de cargas positivas e de cargas negativas no corpo que sofre indução.
D. há transferência de cargas negativas do condutor indutor para aquele que sofre a indução.
E. os corpos condutores ficam com cargas de sinal oposto quando são eletrizados por este processo.

6. Um eletroscópio está carregado negativamente, tendo as suas folhas desviadas da posição vertical. Aproxima-se um corpo
carregado do botão do osciloscópio e o desvio das folhas diminui. Qual é o sinal da carga do condutor?

7. Duas esferas metálicas, iguais e neutras, colocadas sobre suportes isoladores, estão encostadas uma à outra. Aproxima-se
de uma das esferas um bastão carregado negativamente. Ainda com o bastão por perto, afastam-se as esferas. Em segui-
da afasta-se o bastão e, depois, afastam-se as esferas. Com que carga fica cada esfera?

8. Dê uma explicação para as seguintes situações:


A. Nas indústrias de papel e de tecido é hábito humedecer o ar em dias secos.
B. A maior parte dos eletrodomésticos tem um fio de terra.
C. Quando se retiram peças de roupa de um secador de roupa, elas ficam agarradas umas às outras.
D. As demonstrações experimentais de eletrostática não resultam bem em dias húmidos.
E. Os camiões-tanque que transportam combustíveis têm uma corrente de ferro que se arrasta pelo solo.

9. Uma pessoa usa sapatos com sola de borracha e trabalha numa sala cujo chão tem carpetes. Quando chega à rua cumpri-
menta outra pessoa e as duas sentem um choque. Como explica tal fenómeno?
33

10. Explique o fenómeno de polarização de um isolador e dê um exemplo do dia a dia da manifestação de tal fenómeno.

11. Das seguintes afirmações quais são verdadeiras? Justifique.


A. A força elétrica tem origem na carga dos corpos e a força gravítica na respetiva massa.
B. A Lei de Coulomb e a Lei da Gravitação Universal são formalmente semelhantes.
C. Faraday foi o único físico a procurar uma teoria que explicasse ao mesmo tempo as forças gravíticas e as elétricas.
D. As forças elétricas entre duas partículas de igual carga e situadas à mesma distância são sempre as mesmas, indepen-
dentemente do local onde se encontrem.
E. As forças gravíticas entre duas partículas de igual massa e situadas à mesma distância são sempre as mesmas, indepen-
dentemente do local do Universo onde se encontrem.
F. Coulomb provou a sua lei utilizando uma balança de torsão semelhante à que Cavendish tinha utilizado para verificar a Lei
da Gravitação Universal.

12. Duas cargas elétricas de sinais contrários e de módulos diferentes estão colocadas a uma certa distância. Pode afirmar-se que
(assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. sobre a esfera de maior carga é exercida uma força eletrostática maior do que sobre a esfera com menor carga.
B. sobre as esferas exercem-se forças eletrostáticas do mesmo módulo e direção, mas sentido contrário.
C. se as cargas estiverem no vácuo, as forças eletrostáticas que sobre elas se exercem são maiores do que se as esferas
estiverem colocadas na água.
D. se a distância entre elas duplicar, a força eletrostática exercida sobre cada uma reduz-se a metade.

13. Duas pequenas esferas têm cargas iguais e encontram-se à distância de 3,0 cm no vácuo, exercendo-se sobre cada uma
delas uma força de 0,040 mN. Qual é a carga de cada uma? Que forças eletrostáticas se exerceriam sobre as esferas se
estivessem imersas em água?

14. Duas pequenas esferas têm a mesma carga e estão a uma certa distância. Esboce um gráfico do módulo da força eletrostáti-
ca que se exerce sobre cada uma delas em função:
a) da distância que as separa;
b) do quadrado da distância que as separa;
c) do inverso do quadrado da distância que as separa.

15. Dois pêndulos elétricos, com fios de 30 cm, têm esferas suspensas de 25 g e estão eletrizados com a mesma carga. Quando
são colocados lado a lado sofrem forças de repulsão de modo que os fios fazem um ângulo de 45° com a vertical. Qual é
a carga de cada pêndulo? Qual é o módulo da força exercida pelo fio sobre cada esfera?

16. Três pequenas esferas com a mesma carga estão colocadas em linha reta sobre uma base isolante. Os centros de A e B dis-
tam 1,00 cm entre si e os de B e C distam 3,00 cm entre si. As esferas A e B exercem uma na outra forças eletrostáticas de
módulo 1,0 × 10–6 N.
A B C

a) Qual é a força eletrostática total exercida sobre B?


b) As três cargas são posteriormente colocadas nos vértices de um triângulo equilátero de lado igual a 5,00 cm. Qual é a
força eletrostática total exercida sobre B?
34 • Eletricidade e magnetismo

17. Aproxima-se um condutor carregado negativamente de um pêndulo elétrico. A figura mostra o que se observa. Explique essa
sequência de imagens e marque as forças que atuam sobre o pêndulo na posição E. Escreva as equações da Segunda Lei
de Newton para essa posição.

(-) (-)
(+) (-) (+) (-)
A
B C

(-) ( -) (-)
(-)

D E

18. Um campo elétrico é criado por uma partícula carregada. Esboce os gráficos:
a) do módulo do campo elétrico num ponto em função da distância desse ponto à carga;
b) do módulo do campo elétrico num ponto em função do quadrado da distância desse ponto à carga;
c) do módulo do campo elétrico num ponto em função do inverso do quadrado da distância desse ponto à carga;
d) do módulo do campo elétrico num ponto fixo em função da carga que cria o campo.

19. Um protão experimenta uma aceleração de 7,6 × 104 m s–2 quando colocado num campo elétrico. Qual é o módulo do
campo elétrico no ponto onde está o protão?

20. Duas cargas de –70


C e 30
C estão à distância de 40 cm uma da outra.
a) Qual é o campo elétrico criado pela distribuição de cargas no ponto médio da linha que as une?
b) Se nesse ponto for colocada uma carga de –30 nC, que força elétrica se exerce sobre ela?
c) Em que ponto(s) da linha que une as cargas o campo elétrico é nulo?

21. Dois pêndulos elétricos são colocados lado a lado. As linhas de campo elétrico são mostradas na figura. O que pode dizer,
em cada caso, quanto aos módulos das cargas? E quanto aos seus sinais? Justifique.

22. Observe as linhas de campo criadas simultaneamente por uma placa comprida e por uma partícula carregada. Qual é o sinal
da partícula carregada? E da placa? Indique uma região em que a intensidade do campo elétrico seja maior.
35

23. A figura seguinte representa as linhas de campo elétrico criadas por duas partículas carregadas A e B. Indique o sinal das
cargas e compare os respetivos módulos.

A
B

24. Nos vértices A, B, C e D de um quadrado de lado L são colocadas partículas com carga
A B
elétrica de módulo q, como mostra a figura ao lado. +q -q
Calcule:
a) a força que se exerce sobre a carga colocada em B;
+q +q
b) o campo elétrico no centro do quadrado; C D

c) a força exercida sobre a carga 0,1 q colocada no centro do quadrado.

25. Dê exemplos de tecnologias cujo funcionamento se baseie nas forças eletrostáticas.

26. Na experiência da gota de óleo de Millikan, uma gota de 3,00 × 10–14 kg e raio igual a 2,00 × 10–6 m tem oito eletrões em
excesso. A densidade do óleo é de 896 kg m–3 e a viscosidade do ar é de 180 × 10–7 Pa s.
a) Qual é a velocidade terminal da gota se:
ii i) ela cair numa zona onde não exista campo elétrico?
i ii) ela cair numa zona onde haja um campo elétrico uniforme vertical e dirigido para baixo cujo módulo é 4,00 × 105 N C–1?
b) Discuta a importância da experiência de Millikan. A
B

27. A taça metálica da figura ao lado encontra-se em equilíbrio eletrostático e com carga
positiva. O que acontece às esferas A e B, ambas neutras, quando em contacto com
a taça, tal como mostra a figura? Justifique.

28. O que é uma gaiola de Faraday? Em que se baseia? Que utilidade pode ter?

29. Dois condutores em equilíbrio eletrostático têm a forma de um ovo. O primeiro é maci- C E
ço e o segundo tem uma parte oca, como se mostra na figura ao lado. Relacione o
D
módulo do campo elétrico:
A C
a) nos pontos A, B e C no primeiro condutor;
B
b) nos pontos A, B, C, D e E no segundo condutor.
B A

30. Dois geradores de Van de Graaff são carregados e colocados lado a lado, ocorrendo uma descarga elétrica entre as suas
cúpulas, como mostra a figura.
a) Observe a figura e relacione a carga dos dois geradores.
b) Como é possível haver descarga elétrica se o ar é um mau condutor?
36 • Eletricidade e magnetismo

31. Uma rede metálica, com a forma cilíndrica, foi eletrizada ligando-se a um gerador de Van de
Graaff. Ela tem suspensos no seu interior e no seu exterior pequenos pêndulos elétricos.
a) O que acontece aos pêndulos? Justifique.
b) Porque é que o gerador de Van de Graaff tem uma cúpula esférica?
c) Se ligarmos este gerador a uma rede metálica cilíndrica que contém um aparelho elétrico no
seu interior e houver uma descarga elétrica sobre a rede, o aparelho pode ficar danificado?
Justifique.

32. Em que se baseia o funcionamento de um para-raios?

33. Um condutor esférico em equilíbrio eletrostático tem 4,0 cm de raio e possui a carga de 8
C.
a) Qual é o módulo do campo elétrico num ponto a uma distância de 10,0 cm do centro da esfera e num outro ponto
a 2,0 cm do centro?
b) Trace o gráfico do módulo do campo elétrico em função da distância ao centro da esfera.

34. Assinale as frases falsas, justificando.


A. O campo elétrico é conservativo.
B. Por convenção, a energia potencial elétrica no infinito é zero.
C. A energia potencial elétrica de duas cargas elétricas pontuais só é positiva se as cargas forem ambas positivas.
D. O potencial elétrico define-se num ponto tal como o campo elétrico.
E. Uma carga abandonada em repouso num campo elétrico desloca-se sempre no sentido da força elétrica sendo
o trabalho realizado sempre positivo.
F. Uma carga abandonada em repouso num campo elétrico desloca-se sempre no sentido dos potenciais decrescentes.
G. Quando duas cargas pontuais que se atraem estão a aproximar-se, a sua energia potencial elétrica está a aumentar.
H. Quando duas cargas pontuais que se repelem estão a aproximar-se, a sua energia potencial elétrica está a aumentar.

35. Num tubo de raios catódicos, um feixe de eletrões é emitido por um filamento aquecido e, em seguida, é acelerado por uma
diferença de potencial de 1,0 kV. Que velocidade adquirem os eletrões do feixe?

36. Das seguintes frases assinale as que são falsas, justificando:


A. Duas linhas de campo ou duas linhas equipotenciais podem cruzar-se.
B. As linhas equipotenciais criadas por uma partícula carregada negativamente são circunferências centradas na carga a que
corresponde um potencial, tanto mais negativo quanto mais próximas estiverem da carga.
C. As linhas de campo são, em qualquer ponto, perpendiculares às linhas equipotenciais.
D. As linhas de campo apontam dos potenciais mais altos para os potenciais mais baixos.
E. As cargas pontuais negativas, abandonadas num campo elétrico uniforme, dirigem-se para pontos de potencial elétrico mais
elevado.
F. As linhas de campo e as linhas equipotenciais só são retas se o campo for uniforme.
G. Uma partícula carregada negativamente realiza trabalho negativo quando se desloca ao longo de uma linha equipotencial.

37. O condutor da figura ao lado, isolado pela base, está em equilíbrio


eletrostático.
a) Identifique as linhas de campo e as linhas equipotenciais.
b) Qual é o sinal da carga do condutor?
c) Onde é mais intenso o campo elétrico, no ponto A ou C? Justifique.
C A B
d) Qual é o valor do campo elétrico no interior do condutor?
e) Qual dos pontos, A ou B, está a maior potencial? Justifique.
37

38. Uma partícula carregada cria, a uma certa distância, um campo com módulo 500 N C–1 e um potencial igual a –100 V.
Qual é a carga e a distância ao ponto onde se calculou o campo e o potencial?

39. Três linhas equipotenciais criadas por uma partícula carregada têm de raio 5,0 cm, 6,0 cm e 7,5 cm, e os potenciais corres-
pondentes são –225,0 kV, –187,5 kV e –150,0 kV.
a) Que trabalho realiza a força elétrica no transporte de uma carga de 20 nC da superfície de maior potencial para a super-
fície de menor potencial?
b) Qual é o módulo do campo elétrico num ponto situado sobre a superfície equipotencial de menor potencial?

40. Uma carga de –3,00


C está fixa. Uma outra carga de +2,00
C move-se de um ponto a 16,0 cm da primeira carga para
outro ponto a 30,0 cm. Qual é o trabalho da força elétrica no transporte desta carga?

41. Um gerador de Van de Graaff está carregado e uma partícula carregada, de peso
desprezável, está nas suas proximidades podendo mover-se livremente (ver figura
ao lado).
a) A partícula aproxima-se ou afasta-se da cúpula do gerador? Justifique.
b) A energia potencial do sistema de cargas aumenta ou diminui durante o movi-
mento da partícula nas proximidades da cúpula? Justifique.

42. Quatro cargas, duas de + 2,00


C e duas de –4,00
C, são colocadas nos vértices de um quadrado de 15,0 cm de lado.
As cargas do mesmo sinal estão colocadas em vértices diametralmente opostos. Calcule o trabalho realizado pela força elé-
trica no transporte de uma das cargas de + 2,00
C até um ponto distante no infinito.

43. No campo elétrico representado na figura, de módulo 1000 V m–1, o ponto D


está ao potencial 0 V e a distância entre linhas equipotenciais é de 1,00 cm.
a) Trace um diagrama que represente o potencial quando se considera o seguinte D B
caminho: A → B → C → D → A.
b) Que trabalho realiza a força elétrica quando um eletrão é transportado de A
para B? E se for transportado ao longo da trajetória A → B → C? Apresente
o valor em e V.

A C

44. Duas placas compridas de cobre, ligadas a um gerador,


d/m V/V
estão mergulhadas numa solução condutora. A placa
ligada ao polo negativo do gerador também está ligada
0 3,01
ao polo negativo de um voltímetro, ao qual se atribui
o potencial zero. A ponta de prova ligada ao terminal 40 2,48
positivo do voltímetro move-se ao longo da solução per-
pendicularmente às placas. Mede-se o potencial em 80 2,02
diversos pontos da solução e a distância d da ponta de
prova à placa positiva. Os valores obtidos estão indica- 120 1,52
dos na tabela ao lado.
160 1,01
a) Que tipo de campo elétrico é criado entre as placas?
b) Qual é o módulo desse campo? 200 0,52
38 • Eletricidade e magnetismo

45. Uma gota de água de raio 0,020 mm fica suspensa no ar quando sujeita ao campo elétrico uniforme produzido pela Terra,
de módulo 100 V m–1, dirigido para baixo.
a) Qual é a carga da gota? Quantos eletrões tem em excesso (ou deficiência)?
b) Qual é a diferença de potencial entre duas superfícies equipotenciais distanciadas 2,0 m?

46. Um protão desloca-se num campo elétrico uniforme de módulo 100 V m–1, dirigido da esquerda para a direita e criado pelas
placas de um condensador distanciadas 3,00 cm. O protão sai da placa positiva com velocidade de módulo 100 km s–1.
a) Qual é o módulo da diferença de potencial entre as placas?
b) Qual é o potencial da placa positiva sabendo que a placa negativa está ligada à terra?
c) Qual é o módulo da velocidade do protão após atingir a placa negativa se se mover paralelamente às linhas de campo?
d) Se a velocidade inicial do protão fizer um ângulo de 30° com a placa de onde sai, com que velocidade atinge a outra
placa? E com que energia cinética, expressa em eV?

47. Um protão é lançado num campo elétrico uniforme de 200 kV m–1 de direção horizontal, perpendicularmente às linhas de
campo, descrevendo uma trajetória parabólica. Desloca-se 3,00 cm na direção vertical e 4,00 cm na direção horizontal.
a) Que tempo demorou a descrever a trajetória?
b) Qual é o módulo da sua velocidade inicial?
c) Qual foi a variação da energia potencial elétrica do sistema?

48. Porque são importantes os condensadores? O que são ultracondensadores?

49. Observe as figuras seguintes, que representam um procedimento para construir um condensador.

– – – +
– – – +
– – – +
– – – +
– – – +
– – – +

a) Porque é que, na primeira figura, as folhas do eletroscópio estão abertas?


b) Porque é que, na segunda figura, ao aproximar-se outra placa da primeira, ela fica carregada e as folhas do eletroscópio
não ficam tão abertas?

50. Um condensador de 200 pF está ligado a uma bateria de 12 V.


a) Com que carga fica cada armadura?
b) Que energia fica armazenada no condensador?
c) Esboce um gráfico que traduza a variação da carga de cada armadura em função da diferença de potencial entre
as armaduras.

51. A lâmpada de um flash utiliza um condensador que é carregado com 450 V. A lâmpada necessita de 120 J de energia. Qual
é a capacidade do condensador?

52. Um condensador plano tem ar entre as placas e foi carregado ligando-se os terminais a uma pilha.
a) Com os terminais ligados à pilha, afastam-se as placas para o triplo da distância inicial. O que acontece à capacidade do
condensador, à tensão entre as placas, à carga das armaduras e à energia armazenada?
b) Com os terminais desligados da pilha, enche-se o espaço entre as placas com um dielétrico. O que acontece à capaci-
dade do condensador, à tensão entre as placas, à carga das armaduras e à energia armazenada?
39

53. Um grupo de alunos efetuou uma experiência para determinar a permitividade do ar usando um condensador plano
de capacidade variável. As armaduras do condensador são duas placas metálicas paralelas, de forma circular, com um diâ-
metro de 15,0 cm. Para o efeito, os alunos carregaram o condensador com uma pilha de 9,0 V quando as placas estavam
afastadas 3,0 mm. De seguida, desligaram o condensador da pilha e ligaram-no a um eletrómetro (voltímetro com uma resis-
tência muito elevada). Com este aparelho mediram a tensão entre as placas do condensador em função da distância entre
as placas, obtendo os seguintes resultados:

d/m U/V

0,003 8,9

0,004 10,9

0,005 12,6

0,006 14,2

0,007 15,5

0,008 16,6

0,009 17,6

0,010 18,5

0,003 8,9

a) Represente a tensão entre as placas do condensador em função da distância. O gráfico está de acordo com
o esperado?
b) Surpreendidos com os resultados, os alunos consultaram o professor, que lhes explicou que o eletrómetro e os fios
de ligação têm uma capacidade não desprezável face à capacidade do condensador. O professor pediu então aos alunos
para analisarem os resultados considerando a hipótese de a capacidade do sistema ser C = CP + C E , onde CP é a capa-
cidade do condensador de faces paralelas e CE a capacidade do eletrómetro e dos fios de ligação. Verifique, graficamen-
te, se os dados apoiam esta hipótese.
c) Lendo a documentação do eletrómetro, os alunos encontraram o valor da capacidade do sistema de medida (eletrómetro e
fios de ligação), CE = 18 pF. Usando este dado e os dados medidos pelos alunos, estime o valor da permitividade do ar.

2.2 Circuitos elétricos


54. Assinale as afirmações verdadeiras e corrija as falsas.
A. A corrente elétrica é um movimento ordenado de partículas portadoras de carga.
B. Os eletrões de condução só têm um movimento orientado quando sujeitos à ação de um campo elétrico.
C. A velocidade com que o campo elétrico se propaga num condutor, atravessado por corrente elétrica, é da ordem
da velocidade da luz.
D. Num líquido, a corrente elétrica deve-se apenas ao movimento orientado dos catiões, que são iões positivos.
E. O sentido convencional da corrente elétrica é sempre o sentido do campo elétrico, ou seja, dos potenciais crescentes.

55. Comente a seguinte frase: «Quando carregamos num interruptor, a luz de uma lâmpada acende imediatamente porque
a velocidade dos eletrões de condução nos fios condutores é muito grande.»

56. Um condutor óhmico é percorrido por uma corrente contínua de 4,0 A quando está sujeito a uma diferença de potencial
de 20 V.
a) Quantos eletrões atravessam uma secção do circuito numa hora?
b) Que tensão se deverá aplicar para que a intensidade de corrente triplique, mantendo-se constante a temperatura?
40 • Eletricidade e magnetismo

57. Um fio metálico possui uma resistência elétrica R. Qual é a resistência elétrica de outro fio do mesmo material com
o triplo do comprimento e o dobro da secção transversal?

58. Poderá um condutor ter resistência nula? Justifique.

59. Em que se baseia um termómetro de resistência? Como pode construir-se um termómetro destes?

60. Quando se ligam duas lâmpadas, uma com filamento de tungsténio e outra com filamento de carbono, nos primeiros instantes
em que o circuito está fechado a intensidade de corrente varia com a tensão, como se mostra no gráfico da figura seguinte.
Associe cada curva do gráfico a cada uma das lâmpadas, justificando.

I A

61. No comércio, os fios condutores são conhecidos por números de determinada escala: uma escala usada é a AWG (American
Wire Gage). Um fio de cobre, o AWG 12, tem uma área de secção igual a 3,3 mm2. Que comprimento de fio se deve cor-
tar de modo que a sua resistência seja, a 20 °C, igual a 1,0 ? Qual é a resistência desse fio a 100 °C?

62. Um grupo de alunos construiu um termómetro de cobre enrolando uma bobina de fio de cobre muito fino, isolado eletrica-
mente com resina e cola epóxida. Colocaram a bobina num copo com água gelada que foram aquecendo lentamente, em
banho-maria. À medida que a água ia aquecendo registaram os valores da resistência da bobina e da temperatura da água,
lida com um termómetro digital. Obtiveram os seguintes resultados:

T / oC R/

0,3 25,2

5,1 25,7

10,0 26,1

14,9 26,7

20,0 27,3

25,1 27,9

30,0 28,4

35,2 29,0

39,8 29,4

45,0 30,0

50,0 30,6

a) Represente graficamente R (T ).
b) Mostre que R (T ) pode ser escrito na forma R (T ) = R0 (1 + αT ) e determine α a partir dos dados experimentais. Como
compara com o valor tabelado na página 222 do manual?
41

63. Calcula-se a temperatura de um forno medindo-se a intensidade de corrente que passa num condutor de ferro, que está
dentro do forno, ligado em série com uma fonte de tensão constante (termómetro de resistência). Quando o forno está
a 20 °C o amperímetro indica 2,0 A. Se o amperímetro marcar 1,8 A, qual será a temperatura do forno?

64. Qual é o papel de um gerador num circuito elétrico?

65. Um candeeiro tem uma lâmpada de 60 W e é ligado a uma tomada de 230 V. Qual é a resistência da lâmpada e a intensi-
dade de corrente (eficaz, pois trata-se de corrente alternada) que a percorre? Que energia é dissipada no filamento da lâm-
pada em 15 min?

66. Porque é que um curto-circuito pode originar um incêndio?

67. Duas lâmpadas têm as seguintes características: 230 V e 100 W e 230 V e 25 W. Os respetivos filamentos são do mesmo
material, têm o mesmo comprimento e são cilíndricos. Qual é a relação entre os seus raios?

68. Observe o circuito da figura seguinte onde a força eletromotriz da pilha é 9 V e a resistência interna desprezável.

E D

A
C

a) O que significa dizer que a força eletromotriz de uma pilha é de 9 V?


b) Qual é o sentido convencional da corrente?
c) Indique o valor das diferenças de potencial entre os pontos assinalados no circuito com i) o interruptor ligado e ii) o inter-
ruptor desligado:

1) VA – VB 2) VB – VC 3) VC – VD 4) VD – VE 5) VE – VA

69. Um circuito é formado por um gerador não ideal, um reóstato, um amperímetro e um voltímetro que mede a tensão nos ter-
minais do gerador. Se aumentarmos a resistência no reóstato, o que acontece aos valores lidos nos aparelhos de medida?

70. Uma pilha, de resistência interna desprezável, é ligada em série a uma resistência e a um amperímetro.
a) O que acontece ao valor marcado no amperímetro se ligarmos, em paralelo com a pilha, uma outra igual à primeira?
b) O que acontecerá ao valor lido no amperímetro se ligarmos os terminais da pilha por um fio metálico? E a pilha?

71. Considere o circuito da figura seguinte.

4,5 V 0,5 Ω

a) Construa o gráfico da tensão medida no voltímetro em função da resistência do reóstato. O que acontece à tensão quan-
do a resistência é muito grande?
b) Construa o gráfico da potência útil fornecida pelo gerador em função da resistência do reóstato. Qual é o valor da potên-
cia quando a resistência do reóstato for 10 vezes superior à resistência interna do gerador?
42 • Eletricidade e magnetismo

72. Um grupo de alunos montou o circuito da figura seguinte, fazendo medições com os aparelhos de medida representados.
Os dados foram registados na tabela em baixo. Despreze a resistência dos fios.

I/A U/V R/ P/W

0,37 4,04

0,42 4,03

A 0,47 4,01

0,51 3,98
V
0,56 3,95

0,63 3,90

0,72 3,86

a) Complete a tabela, sabendo que R representa a resis- 0,83 3,80


tência introduzida no circuito através do reóstato e P 1,08 3,68
a potência transferida pelo gerador para essa resis-
tência. 1,55 3,41
b) Calcule os valores das características do gerador. 2,33 3,04

3,86 2,00

4,73 1,27

73. Seis pilhas idênticas de força eletromotriz 1,5 V e resistência 0,5 Ω são ligadas em série e alimentam um circuito pura-
mente resistivo com uma resistência equivalente de 20 Ω. Qual é a diferença de potencial entre os terminais
de cada pilha?

74. Um gerador tem 90% de rendimento quando ligado em série a uma resistência de 100 Ω. Um voltímetro mede, nos seus
terminais, 10 V. Quais são as características do gerador?

75. Um gerador de força eletromotriz 250 V e resistência interna 2,5 Ω põe em funcionamento um motor de resistência interna
1,5 Ω. Mede-se a tensão de 230 V nos terminais do motor quando este está em funcionamento. Admita que os fios de liga-
ção têm resistência de 0,2 Ω. Determine:
a) a intensidade de corrente no circuito;
b) a força contraeletromotriz do motor;
c) a tensão nos terminais do gerador;
d) a potência dissipada nos fios de ligação;
e) as potências úteis do gerador e do motor.

76. Observe o circuito da figura ao lado e calcule: A B


a) a diferença de potencial VB – VA ; 3Ω
b) a potência dissipada na resistência total do circuito;
40 V 10 V
c) a potência cedida ao gerador de 10 V. 0,5 Ω 0,5 Ω

77. Suponha que dispõe de cinco lâmpadas iguais e três pilhas iguais para montar três circuitos. No primeiro coloca apenas uma
lâmpada; no segundo coloca duas lâmpadas em série e no terceiro coloca duas lâmpadas em paralelo. Compare o brilho
das lâmpadas.
43

78. Variando a resistência R2, o que acontece ao valor marcado nos aparelhos de medida da figura abaixo? Justifique, supondo
desprezável a resistência do gerador.

V1 V2
R1 R2

79. É possível associar em série duas lâmpadas iguais de 110 V e 100 W e sujeitar essa associação a uma tensão de 220 V?
E se uma das lâmpadas for substituída por outra de 110 V e 25 W? Justifique.

80. No circuito representado ao lado, em que a resistência do gerador é desprezável,


quando o interruptor está aberto o amperímetro indica um dado valor. Quando se
fecha o interruptor, podemos afirmar que (assinale as afirmações corretas e justifi-
que as falsas): R1
A. o amperímetro marca o mesmo valor e as intensidades de corrente que passam A B
nas duas resistências são inversamente proporcionais às suas resistências.
B. a energia dissipada, por unidade de tempo, na resistência R1 diminui. R2

C. o amperímetro passa a marcar um valor superior e a diferença de potencial entre


A e B mantém-se.
D. o amperímetro passa a marcar um valor inferior e a diferença de potencial entre
A e B aumenta.

81. Um aluno fez as montagens ilustradas nas figuras seguintes, sendo as lâmpadas iguais e as pilhas iguais e de resistência
desprezável. Se desenroscar a lâmpada L1, o que acontece:
a) ao brilho da lâmpada L2? Justifique.
b) à diferença de potencial entre os pontos A e B? Justifique.

L1 R L1
R

R L2 L2

A B C A B

82. Calcule a intensidade de corrente que percorre cada uma das resistências representadas no circuito.
10 Ω

5Ω 5Ω



3Ω 1Ω

16 V
44 • Eletricidade e magnetismo

83. Calcule o valor da resistência equivalente entre os pontos A e B nos três circuitos da figura seguinte:

15 Ω
R R R R 30 Ω 10 Ω
30 Ω

A B A B 30 Ω
R R R R 30 Ω A
10 Ω B

84. Um circuito tem uma pilha, uma lâmpada e um reóstato em série. Variando ligeiramente a resistência no reóstato, não se veri-
fica praticamente variação na luminosidade da lâmpada. Porquê?

85. Os dois troços de circuito representados em baixo são sujeitos, entre os pontos A e B, à mesma diferença de potencial U.
As lâmpadas são todas iguais. Relacione as intensidades de corrente I1 e I2.

A I1 B A I2 B

86. Vários candeeiros com lâmpadas iguais estão ligados em paralelo a uma fonte de tensão de 230 V, verificando-se que cada
lâmpada é percorrida por uma intensidade de corrente igual a 174 mA.
a) Qual é a potência de cada lâmpada?
b) Supondo que há um fusível de 15 A a proteger o circuito, quantas lâmpadas se podem associar?

87. O que descarrega mais depressa, um condensador em série com uma resistência elevada ou com uma resistência pequena?
Justifique.

88. Apresente exemplos da utilização prática dos condensadores.

89. Um condensador, inicialmente carregado com uma t/s U/V


pilha, foi descarregado num circuito RC através de uma
0 9,10
resistência de 10 MΩ. A tensão nos terminais do gera-
dor foi medida de 10 em 10 s, obtendo-se a tabela de 10 7,23
valores ao lado.
20 6,52
a) Mostre que a tensão nos terminais do condensador
varia com o tempo de acordo com a função: 30 5,81
t
ln U = ln U0 –  , 40 5,18
RC
50 4,73
sendo U 0 a tensão inicial.
b) Calcule a constante de tempo e a capacidade do 60 4,40
condensador. 70 4,00

80 3,57

90 3,21

100 3,01

110 2,66

120 2,41
45

90. Um condensador de 0,30


F, inicialmente descarregado, liga-se em série a uma bateria de 12 V e a uma resistência
de 20 k Ω .
a) Qual é a constante de tempo?
b) Trace o gráfico da carga em função do tempo. Qual é a carga máxima adquirida pelo condensador?
c) Quanto tempo demora o condensador a carregar 99% da carga máxima?

2.3 Ação de campos magnéticos sobre cargas


em movimento e correntes
91. Sobre os fenómenos elétricos e magnéticos podemos afirmar que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. os fenómenos magnéticos só foram observados a partir do século XVIII.

B. é impossível obter polos magnéticos separados.


C. a primeira prova de uma relação entre a eletricidade e o magnetismo foi encontrada por Faraday.
D. foi Maxwell quem sintetizou, matematicamente, as ideias sobre eletricidade e magnetismo.
E. o campo magnético produzido por ímanes tem origem em correntes elétricas microscópicas que não se conseguem expli-
car com a física clássica.

92. Observe as linhas de campo magnético criadas por um íman. Desenhe em cada ponto A, B e C uma bússola indicando devi-
damente a sua orientação. Indique em que ponto o campo é menos intenso, justificando.

A C

N S

93. a) Indique o sentido da corrente elétrica em cada fio nas figuras seguintes:

A B C

b) Sobre a ação de campos magnéticos sobre partículas podemos afirmar (assinale as afirmações corretas e justifique as fal-
sas):
A. a força magnética só atua sobre partículas carregadas em movimento.
B. a força magnética é sempre perpendicular à velocidade, mas pode não ser perpendicular ao campo magnético.
C. a velocidade da partícula carregada e o campo magnético podem fazer qualquer ângulo entre si.
D. um feixe de eletrões nunca pode passar num campo magnético sem sofrer deflexão.
E. um campo magnético pode aumentar a velocidade a uma partícula carregada.
46 • Eletricidade e magnetismo

94. Numa certa região da Terra o campo magnético terrestre é horizontal e aponta para norte. Qual é a direção da força magnética
que atua sobre um eletrão se ele se mover:
a) para norte?
b) para oeste?
c) para cima?

95. Uma carga positiva de +2


C move-se no plano Oxy, com velocidade de módulo 30 km s–1, fazendo um ângulo de 20° com
o eixo dos yy. O campo magnético atua segundo o sentido negativo do eixo dos zz e tem de módulo 0,3 T. Caracterize
a força magnética que atua sobre a partícula.

96. Em que condições uma partícula carregada pode entrar num campo magnético e descrever uma trajetória fechada?

97. Uma partícula de carga negativa, de módulo q e massa m, descreve uma trajetória circular de raio R num campo magnéti-
 , como mostra a figura seguinte.
co uniforme B

A
-
- B

-
C

a) Caracterize o movimento da partícula, justificando.


b) Caracterize a direção e o sentido da força magnética quando a partícula está no ponto A.
c) Caracterize o sentido e a direção do campo magnético.
d) Qual é o módulo do momento linear da partícula?
e) Com que frequência se move a partícula?
f) Quanto tempo demora a partícula a descrever seis voltas completas?
g) Relacione o raio da trajetória com a energia cinética da partícula.
h) Que trabalho realiza a força magnética em duas voltas completas?
i) Indique exemplos da aplicação deste movimento a dispositivos tecnológicos.

98. Um feixe de eletrões entra em A numa região onde existe um campo magnético uniforme, saindo pelo orifício B (ver figura).
A velocidade inicial tem módulo 2,0 × 104 m s–1 e a distância entre os dois orifícios é 8,00 cm. Determine a intensidade do
campo magnético.

A B
47

99. A massa de um deuterão é o dobro da massa de um protão mas a carga é a mesma. Ambos se movem perpendicularmente
a um campo magnético uniforme. Qual é a razão entre os raios das suas trajetórias se tiverem:
a) a mesma velocidade?
b) o mesmo momento linear?
c) a mesma energia cinética?

100. Num ciclotrão, uma partícula alfa, que é um núcleo de hélio, é acelerada por uma diferença de potencial de 14 kV e entra per-
pendicularmente a um campo magnético de 0,6 T. Qual é o raio da trajetória na primeira volta?

101. Num espetrómetro de massa, iões mononegativos passam num seletor de velocidades em que o campo elétrico é horizon-
tal e aponta da direita para a esquerda, com módulo igual a 300 kV m–1, tendo o campo magnético módulo 0,4 T. Em segui-
da, entram num campo magnético também de 0,4 T. As suas massas são 12 u e 4 u (1 u = unidade de massa atómica unifi-
cada = 1,66054 × 10 –27 kg).
a) Represente a situação em esquema, indicando a direção e o sentido dos campos magnéticos envolvidos.
b) Qual é a separação final dos iões?
c) Indique uma aplicação da espetroscopia de massa.

102. Que importância tiveram as experiências feitas em tubos de raios catódicos? Em que dispositivos tecnológicos ainda são utili-
zados, hoje em dia, tubos semelhantes?

103. Um grupo de alunos utilizou um aparelho escolar para deter-


U/V I/A
e
minar a relação carga-massa do eletrão, . Neste apa-
m 100 1,6
relho um feixe de eletrões é acelerado por uma tensão U
120 1,7
e lançado perpendicularmente ao campo magnético uni-
forme criado por um par de bobinas onde circula 140 1,9
a intensidade de corrente I. Para cada valor da tensão de
aceleração, os estudantes ajustaram a corrente I nas 160 2,0
bobinas para os eletrões descreverem uma trajetória cir- 180 2,2
cular de raio r = 0,030 m . Os resultados obtidos estão
registados na tabela ao lado. 200 2,2

220 2,4
Sabendo que o campo magnético no interior das bobinas
está relacionado com a intensidade da corrente através 240 2,5
da expressão (em unidades SI):
260 2,6

B = 6,92 × 10–4 I 280 2,7

e 300 2,8
determine a razão  para o eletrão.
m

104. Um fio retilíneo está imerso num campo magnético uniforme e horizontal de 1,0 T, que tem o sentido este-oeste, também no
plano horizontal. O fio, de 40 cm, é percorrido por uma corrente elétrica de 2,0 A, no sentido noroeste. Caracterize a força mag-
nética exercida sobre o fio.

105. Sobre o campo magnético terrestre, quais das frases são falsas? Justifique.
A. A teoria mais aceite para a sua explicação é a teoria do dínamo terrestre.
B. Todos os planetas têm campo magnético.
C. O polo norte magnético, que se situa no Canadá, é um local fixo ao longo do tempo.
D. O campo magnético terrestre protege-nos dos raios cósmicos.
E. As auroras boreais e austrais são emissões de luz solar.
UNIDADE 3
3.1 • Teoria da Relatividade
3.2 • Introdução à física quântica
3.3 • Núcleos atómicos e radioatividade

Física moderna
50 • Física moderna

Resumo

3.1 Teoria da Relatividade

Inerciais Verifica-se a Lei da Inércia.


Referenciais
Acelerados Têm aceleração em relação a referenciais inerciais. Não se verifica a Lei da Inércia.

Princípio da Relatividade de Galileu:


As leis da mecânica são as mesmas em qualquer referencial de inércia, isto é, são invariantes. Este Princípio per-
mite concluir que:
• as leis de Newton só são válidas para observadores ligados a referenciais de inércia;
• os pontos de vista de observadores ligados a referenciais de inércia são igualmente válidos e equivalentes. Não
há uns referenciais de inércia melhores do que outros;
• é impossível saber se estamos em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme por meio de experiências de
mecânica.

Acontecimento: é descrito por três coordenadas espaciais (sítio onde acontece) e por uma coordenada
temporal (instante em que acontece ): (x, y, z, t).

Transformação de Galileu:
A posição de uma partícula num referencial inercial S é descrita por r = R + r , sendo r a posição dessa par-
tícula num referencial inercial S , que se move com velocidade V em relação a S, sendo R a posição da origem
de S em relação a S; se a velocidade relativa dos referenciais for ao longo do eixo comum x – x , as equações
escalares respetivas serão x = x + Vt , y = y , z = z e t = t .

Das grandezas físicas: mesmo valor em diferentes referenciais de inércia.


Invariância
Das leis: mesma forma em diferentes referenciais de inércia.

Das grandezas físicas: mesmo valor, no mesmo referencial de inércia, antes e depois de uma interação
Conservação
(energia, momento linear).

Grandezas invariantes: igual valor em diferentes Aceleração, força, comprimento, intervalo de tempo,
Relatividade referenciais inerciais. massa.
galileana Grandezas relativas: valores diferentes
Posição, velocidade, momento linear, energia cinética.
em diferentes referenciais inerciais.

Postulados da relatividade restrita:


• Princípio da Relatividade:
As leis da física são as mesmas em qualquer referencial de inércia.
• Princípio da Invariância da Velocidade da Luz:
A velocidade da luz no vazio é a mesma em qualquer referencial de inércia.
51

Consequências da invariância da velocidade da luz

1. Dois acontecimentos simultâneos num dado referencial de inércia não o são noutro referencial de inércia – a simultaneidade é relativa.

t0
t =  t0: intervalo de tempo próprio (é medido na mesma posição,


2. Os intervalos de tempo entre dois acon- v 2
1 –  com um só relógio); é o menor dos intervalos de tempo entre
tecimentos medidos em diferentes refe- c dois acontecimentos.
renciais de inércia não são iguais: efeito t: intervalo de tempo dilatado (é medido em diferentes posi-
da dilatação temporal. ções, com um relógio em cada uma delas); será tanto maior
v – velocidade relativa entre
quanto maior for a velocidade v.
dois referenciais de inércia

L0: comprimento próprio (é medido por um observador em



v 2
L = L0 1 – repouso em relação ao objeto); é o maior dos comprimentos
3. Os comprimentos medidos em diferentes c
medidos em diferentes referenciais de inércia.
referenciais de inércia não são iguais: efeito
L: comprimento contraído (é medido por um observador em
da contração espacial. v – velocidade relativa entre movimento em relação ao objeto); será tanto menor quanto
dois referenciais de inércia maior for a velocidade v.

Semelhanças e diferenças entre a relatividade galileana e a relatividade restrita:

Relatividade galileana Relatividade einsteiniana

Aplicável a referenciais de inércia se v << c . Aplicável a todos os referenciais de inércia.

As leis da mecânica são invariantes. As leis da física são invariantes.

A velocidade da luz é relativa. A velocidade da luz é invariante.

A simultaneidade é invariante. A simultaneidade é relativa.

O intervalo de tempo e o comprimento são invariantes. O intervalo de tempo e o comprimento são relativos.

Relação entre massa e energia: a variação de energia de um corpo traduz-se na variação da sua massa,
ou seja, da sua inércia: E = m c2 . Nos fenómenos comuns essa variação de massa é indetetável.

Relatividade geral: aplica-se na descrição de fenómenos em referenciais acelerados; a gravitação é explicada


pela curvatura do espaço-tempo.

Princípio da Equivalência:
Os efeitos da aceleração a de um referencial são indistinguíveis dos efeitos de um campo gravítico g = – a.
Ou seja, não há nenhuma experiência física que nos permita distinguir se estamos sujeitos a um campo gravítico
ou ligados a um referencial acelerado.

3.2 Introdução à física quântica


Catástrofe do ultravioleta: nome por que ficou conhecida a diferença entre os resultados experimentais sobre
curvas de radiância espetral do corpo negro e as previsões do eletromagnetismo, particularmente na zona dos
ultravioletas.

Quantum: energia elementar cujo valor é proporcional à frequência da radiação emitida: E0 = hf .

Quanta (plural de quantum): «pacotes» de energia em que a radiação é emitida, cujo valor é um múltiplo da ener-
gia de um quantum, ou seja E = nhf , com n = 1, 2, 3, …
52 • Física moderna

Hipótese de Planck:
Formulada para resolver a «catástrofe do ultravioleta». As cargas elétricas oscilam com movimento harmónico
simples e emitem, de forma descontínua, pacotes de energia (quanta).

Teoria dos Fotões de Einstein:


A luz é constituída por quanta de energia, partículas a que se dá o nome de fotões.

Dualidade onda-partícula para a luz: a luz tem uma natureza dual – ora se comporta como onda, ora como
partícula. Comportamento ondulatório da luz: difração e interferência da luz. Comportamento corpuscular da luz:
efeito fotoelétrico, efeito Compton, produção e aniquilação de pares.

Radiação eletromagnética ionizante (luz ultravioleta, raios X e raios  ): ioniza átomos e moléculas quando inte-
rage com a matéria.

Processos competitivos de interação de radiação com a matéria:

Efeito fotoelétrico Efeito Compton Produção de pares

Fotão interage com eletrão ligado de um metal. Fotão colide com um eletrão quase livre. Fotão interage com o campo elétrico
Transfere toda a sua energia para ele, permitindo Origina-se um fotão com maior compri- intenso (núcleo de um átomo). Deixa de
a sua ionização e ejeção do átomo com uma mento de onda e direção diferente do existir e produz-se um par de partículas
certa energia cinética: fotão inicial. eletrão-positrão:

1  → e– + e+
 mv 2máx = hf – W
2

Predomina para fotões com baixas energias. Predomina para fotões de energia muito Predomina para fotões com energias
superior à energia de ligação dos eletrões superiores a 2 me c2 em interação com
aos núcleos, mas inferior a 2 me c 2. núcleos de elevado número atómico.

Relação de De Broglie:
A matéria tem um comportamento dual. O comportamento ondulatório de uma partícula significa que ela tem um
h
comprimento de onda associado  =  .
p
Princípio da Incerteza de Heisenberg:
Quanto maior for a precisão com que se determina a posição de uma partícula, menor será a precisão com que
se conhecerá a sua velocidade, e vice-versa.

Modelo de Bohr para o átomo de hidrogénio: a energia perdida ou ganha na transição de um eletrão entre
diferentes órbitas é descontínua e a luz absorvida ou emitida tem frequência definida E = hf (explica o espe-
tro descontínuo do átomo de hidrogénio). Os raios das órbitas dos eletrões tomam valores bem definidos:
r = a0 n, com n = 1, 2, 3, ...

3.3 Núcleos atómicos e radioatividade


Nucleões: partículas do núcleo; a estabilidade do núcleo é assegurada pela força nuclear que é atrativa.

Energia de ligação nuclear, B: energia libertada quando o núcleo se forma a partir dos seus constituintes ou
energia fornecida para desagregar o núcleo. A massa do núcleo é sempre menor do que a massa dos nucleões.
Verifica-se a relação de Einstein entre massa e energia: B = ( Zmp + N mn – M) c2 .
53

Decaimento  Decaimento – Decaimento 


Tipos de decaimentos
radioativos
→ ZX + 
A A–4
ZX → Z – 2Y + 42He A
ZX →
A
Z+1Y + e– + 
A
Z X*
A

Natureza núcleos de hélio eletrões fotões

1
Massa 2mp + 2mn 4 u me =  u –
1836

Carga +2e –e –

Velocidade 2 × 107 m s–1 2 × 108 m s–1 3 × 108 m s–1

Penetração relativa 1 100 1000

Grandezas e lei características dos decaimentos radioativos:

dN
Mede o número de desintegrações por unidade de tempo: A = –  .
Atividade [unidade dt
É proporcional ao número de núcleos existentes na amostra num dado instante, A =  N , sendo  a constante
SI: becquerel (Bq)]
de decaimento.

Lei do decaimento N (t) = N0 e–t ou A(t) = A 0 e–t

1
Tempo médio Inverso da constante de decaimento:  =  ; tempo que decorre até que o número inicial de átomos radioativos

de vida da amostra se reduza a 37%.

Período de Tempo que decorre até que o número inicial de átomos radioativos da amostra se reduza a metade (50%):
decaimento ou ln 2
T1/2 =  .
tempo de meia-vida 

Dose absorvida
E
[unidade SI: Energia transferida pela radiação por unidade de massa do material: D =  .
M
gray (Gy)]

Dose equivalente
Energia transferida pela radiação por unidade de massa do material, tendo em conta o fator de qualidade
[unidade SI:
da radiação absorvida: H = QD .
sievert (Sv)]

Cisão nuclear Núcleos pesados dão origem a núcleos mais leves.

Fusão nuclear Núcleos leves dão origem a núcleos mais pesados.


54 • Física moderna

Questões
3.1 Teoria da Relatividade
1. Das frases seguintes, assinale as que são falsas, justificando.
A. A relatividade galileana já não se aplica porque está ultrapassada.
B. Se um referencial é de inércia, todos os que se movem com velocidade constante em relação a ele também são de inércia.
C. Um referencial ligado a um carro que se move com movimento circular uniforme é de inércia.
D. Quando estamos num carro e ele acelera ou trava não somos capazes de explicar o nosso movimento utilizando as leis
de Newton.
E. Um referencial diz-se de inércia se nele se verificar a Lei da Inércia.
F . Temos a mesma sensação a ler um livro se viajarmos a 900 km h–1 num avião ou se estivermos parados.
G. A Terra pode ser sempre considerada um referencial de inércia.

2. Uma mala está no piso de uma carruagem de um comboio que se move com movimento retilíneo uniforme.
a) Que forças atuam sobre a mala do ponto de vista de um passageiro sentado na carruagem? E do ponto de vista de um
passageiro parado numa estação de comboios?
b) Pode dizer-se que a mala está ligada a um referencial de inércia? Justifique.
c) De repente a carruagem trava. O que acontece à mala? Como explica o que acontece a um observador ligado à carrugem
e a um observador ligado à estação?

3. A Catarina viaja na sua mota com velocidade de módulo 40 km h–1 relativamente ao passeio da rua, da esquerda para
a direita. No referencial da Catarina, o que podemos dizer acerca do estado de repouso ou movimento do passeio?

4. O Princípio da Relatividade de Galileu afirma que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. todos os referenciais inerciais são equivalentes.
B. só há movimentos relativos.
C. as grandezas cinemáticas têm sempre o mesmo valor, quando medidas em referenciais inerciais.
D. o referencial inercial mais importante é o referencial ligado à Terra.
E. as leis da física só são válidas no referencial ligado à Terra.

5. Uma pessoa observa, de um cais, o movimento de um corpo que é deixado cair sobre a plataforma de um barco que
se move com velocidade constante nas águas calmas de um lago. Um outro observador, situado no barco, também faz
o mesmo estudo. É desprezável a resistência do ar. Pode afirmar-se que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. os observadores concordam quanto à força resultante que atua sobre o corpo.
B. o observador situado no cais diz que o corpo descreve uma trajetória curvilínea durante a sua queda, mas o observador
ligado ao barco diz que essa trajetória é retilínea e, por isso, algum deles está a pensar mal.
C. no ponto mais baixo da trajetória os dois observadores medem a mesma velocidade para o corpo.
D. o observador ligado ao cais mediu um tempo superior para o voo do corpo relativamente ao medido pelo observador ligado
ao barco.
E. os dois observadores podem aplicar o Princípio da Conservação da Energia Mecânica à trajetória de voo do corpo.

6. Um miúdo lança verticalmente uma bola dentro de um comboio. Como, a partir do movimento da bola, se pode saber se
o comboio é um referencial de inércia? E se não estivesse a jogar à bola mas, simplesmente, sentado na carruagem-bar com
um copo de sumo sobre uma mesa?

7. Um carro move-se com movimento retilíneo e uniforme e velocidade de módulo 72 km h–1. Uma camioneta move-se paralela-
mente ao carro e no mesmo sentido com velocidade constante de módulo 54 km h–1.
a) Um referencial ligado à camioneta será um referencial de inércia? Porquê?
b) Poderá um observador ligado ao carro, com os olhos vendados, saber se o carro está em repouso ou se se move com
movimento retilíneo e uniforme?
c) As leis de Newton serão válidas nos referenciais ligados ao carro e à camioneta? Justifique.
d) Se a camioneta acelerar, as leis de Newton continuarão a ser válidas para um observador dentro dela? Justifique.
55

8. Um rapaz lança verticalmente para cima um objeto de 100 g quando está num balão que sobe com velocidade constante de 5,0
m s–1 e se encontra a 10 m de altura do solo. A bola é lançada com uma velocidade relativamente ao balão de 4,0 m s–1.
a) Indique as equações paramétricas:
A. do movimento da bola num referencial ligado ao balão;
B. do movimento do balão num referencial ligado ao solo;
C. do movimento da bola num referencial ligado solo.
b) Qual é a energia cinética do objeto, passado 1,0 s de movimento, em cada um dos referenciais?
c) Indique duas grandezas sobre cujo valor o rapaz e um observador no solo concordem. Como se chamam essas
grandezas?

9. Uma pessoa caminha com uma velocidade constante de 1 m s–1 sob a chuva. Para não se molhar, inclina o seu guarda-chuva
de um certo ângulo  com a horizontal, tal que tan  = 0,25. Ao parar, nota que a chuva cai verticalmente. Calcule a velocidade
da chuva em relação ao solo e em relação à pessoa.

10. Um avião que viaja à velocidade do som lança um projétil à velocidade de 600 m s–1. Qual é o módulo da velocidade
do projétil medido por um observador na Terra se:
a) o projétil viajar na mesma direção e sentido do avião?
b) o projétil viajar na mesma direção mas em sentido contrário ao do avião?
c) o projétil viajar numa direção perpendicular ao avião?

11. Um vagão de um comboio move-se com velocidade constante de módulo 54 km h–1. Sobre o piso do vagão encontra-se uma
bola de 500 g, que se move no sentido do movimento da carruagem, sendo x (t ) = 2 + 4t – t 2 a equação que descreve esse
movimento no referencial da carruagem (ver figura). No instante inicial as origens dos referenciais representados na figura
coincidem.
a) Qual é a aceleração da bola medida pelos observadores A e B?
b) Que força resultante atua sobre a bola medida pelos observadores A e B?
c) Ao fim de 1,0 s de movimento, qual é a velocidade da bola medida por B?

A
v B v

12. Num comboio que se move com velocidade constante de módulo 90 km h–1, um rapaz (A) lança verticalmente para cima
uma bola de 200 g com velocidade de 7 m s–1 relativamente à carruagem. Um observador B, ligado ao solo, observa o movi-
mento da bola.
a) Qual é o tipo de trajetória observada por A? E por B? Justifique.
b) Qual é a energia mecânica da bola, no instante de lançamento e no ponto mais alto da trajetória, medida por A?
E por B?
c) A energia mecânica será uma grandeza conservada mas não invariante. O que significa isso?
56 • Física moderna

13. O Rodrigo anda de patins com velocidade constante de módulo v1


e atira verticalmente para cima uma bola, com velocidade inicial de v2
módulo v2, em relação a si, apanhando-a em seguida. O irmão
Bruno, parado sobre o solo, observa o movimento da bola.
a) Escreva as equações paramétricas do movimento da bola no
referencial ligado ao Rodrigo e no referencial ligado ao irmão
e deduza a equação da trajetória da bola vista pelo irmão.
b) Prove que o tempo que decorreu desde o lançamento da bola
até ao seu regresso às mãos do Bruno é o mesmo medido pelos
dois observadores. v1
c) Indique duas grandezas físicas, envolvidas no estudo do movi-
mento da bola, que sejam invariantes e duas grandezas físicas
que sejam relativas. Justifique.

14. O que há de comum entre as teorias da relatividade galileana e da relatividade restrita? Porque é que surgiu a teoria da relativi-
dade restrita?

15. Na relatividade restrita, podemos afirmar que (assinale as afirmações corretas):


A. o tempo é uma grandeza relativa.
B. todas as grandezas cinemáticas são relativas.
C. a velocidade da luz no vazio é invariante.
D. um intervalo de tempo próprio é invariante e são necessários dois relógios para o poder medir.
E. as leis de conservação são invariantes.
F. dois acontecimentos simultâneos num referencial inercial também o são noutro qualquer referencial inercial.
G. o comprimento próprio é sempre o menor dos comprimentos medidos por observadores inerciais para um dado objeto.

16. Um feixe de luz é enviado da Terra para uma nave espacial que se move a 0,8 c. Qual é a velocidade da luz medida na Terra?
E pelos tripulantes da nave?

17. Porque é que, para medir um intervalo de tempo próprio, é apenas necessário um observador, isto é, um relógio, e para medir
o correspondente intervalo de tempo noutro referencial já são necessários dois observadores, cada um com um relógio?

18. Um certo tipo de partículas elementares viaja à velocidade de 2,85 × 108 m s–1 e, no seu referencial, tem um tempo de vida
médio de 2,50
s.
a) Qual é o seu tempo de vida no referencial da Terra?
b) Qual é a velocidade da Terra medida no referencial dessas partículas?
57

19. No interior de uma nave espacial que se afasta do Sistema Solar com uma velocidade constante próxima da velocidade
da luz, um astronauta mede o período de um corpo que oscila preso a uma mola elástica. O mesmo intervalo de tempo,
medido no referencial ligado ao Sistema Solar, é diferente do medido pelo astronauta.
a) Qual deverá ser a velocidade da nave para que num referencial se meça o dobro do tempo que se mede no outro refe-
rencial?
b) Em qual dos referenciais se mede o período mais longo e em qual deles se efetua uma medida de tempo próprio?

20. Suponha que uma carruagem poderia viajar a velocidades próximas da da luz. Um passageiro iniciava uma pequena refei-
ção na carruagem-bar às 5 h e acabava às 5 h 15 min.
a) De quantos relógios necessitaria o passageiro para medir o intervalo de tempo da refeição? Que tempo mediria?
b) Se o intervalo de tempo correspondente fosse medido num referencial ligado à Terra, quantos relógios seriam necessários?
c) Suponha que o intervalo de tempo medido no referencial ligado à Terra era de 20 min. Com que velocidade se moveria
a carruagem?

21. Uma nave espacial aproxima-se do Sistema Solar, segundo a direção da linha que passa pela Terra e pelo Sol, com veloci-
dade 2,70 × 108 m s–1 relativamente ao Sol. Qual é a distância da Terra ao Sol, medida no referencial da nave?

22. A que velocidade se teria de mover uma nave espacial para que o seu comprimento, medido num referencial ligado à Terra,
fosse um terço do comprimento medido pelos tripulantes da nave?

23. Uma estrela está à distância de 65 anos-luz, num referencial ligado à Terra. A que velocidade deveria um astronauta viajar
de modo a percorrer apenas 20 anos-luz?

24. Os muões são criados na alta atmosfera e têm um tempo médio de vida de 2,2
s, medido no seu referencial. Aproximam-se
da Terra com uma velocidade de 99,9% da velocidade da luz.
a) Que distância, medida no referencial do muão, percorrem?
b) Qual é o tempo médio de vida do muão medido no referencial ligado à Terra?
c) Que distância, medida no mesmo referencial, percorre o muão?

25. Um eletrão atravessa um tubo, movendo-se com velocidade 0,99 c, relativamente a ele. O comprimento próprio do tubo é
de 10 m.
a) Comente a seguinte afirmação: «O tubo move-se relativamente ao eletrão com velocidade de módulo 0,99 c.»
b) Qual é o comprimento do tubo medido num referencial ligado ao eletrão?
c) Qual é o intervalo de tempo que o eletrão demora a percorrer o tubo medido no referencial ligado ao eletrão?
d) Qual é o intervalo de tempo que o eletrão demora a percorrer o tubo medido no referencial ligado ao tubo?

26. Uma barra está em repouso relativamente a um referencial S . Nesse referencial o seu comprimento é de 1,0 m. O referencial
S desloca-se com velocidade 0,5 c em relação a um referencial S. A barra está inclinada 30° relativamente à direção do movi-
mento de S em relação a S, que se faz segundo o eixo dos xx. Uma extremidade da barra está na origem das coordenadas.
a) Quais são as coordenadas espaciais da outra extremidade da barra, x e y , no referencial S ?
b) Qual é o comprimento da barra medido no referencial S?
c) Qual é o ângulo de inclinação da barra medido no referencial S?
58 • Física moderna

27. Einstein, na sua adolescência, refletiu no seguinte problema, conhecido por «paradoxo do espelho de Einstein»: se uma pessoa
segurar um espelho na mão enquanto se desloca à velocidade da luz, será que consegue ver a sua imagem no espelho? Discuta
este problema, tendo em conta os postulados da Teoria da Relatividade Restrita.

28. Assinale as afirmações falsas, justificando-as.


A. Um corpo em repouso, por ter massa, tem associada uma energia que é diretamente proporcional a essa massa.
B. Massa e energia são a mesma grandeza física.
C. Se aquecermos uma panela de água, a massa da água permanece igual.
D. Se um átomo passar do estado fundamental para um estado excitado a sua massa aumenta.
E. Quando há variações de energia, as respetivas variações de massa não são detetáveis em fenómenos comuns, mas são-
no em reações nucleares.
F. Quando uma partícula aumenta de velocidade, também aumenta a sua energia e a sua inércia e, por isso, é cada vez mais
difícil aumentar a velocidade da partícula.

29. O Sol emite, em cada segundo, 3,85 × 1026 J. Qual é a sua perda de massa por segundo?

30. Qual é a energia associada a um eletrão em repouso, em eV? Se o eletrão tiver uma dada velocidade, a sua energia man-
tém o valor anterior? Justifique.

31. A Teoria da Relatividade Geral afirma que (assinale as afirmações corretas):


A. todos os observadores inerciais são equivalentes.
B. a luz sofre uma deflexão no espaço-tempo curvo.
C. os efeitos de um referencial com aceleração a são indistinguíveis dos de um campo gravítico com g
 = –a
.
D. a luz encurva na presença de um campo gravítico intenso.
E. a gravitação é explicada pela deformação do espaço-tempo.
F. a luz encurva num referencial acelerado.

3.2 Introdução à física quântica


32. Porque é que todos os corpos emitem radiação? O tipo de radiação emitida por uma estrela ou por uma pessoa é o mesmo?
Justifique.

33. A temperatura da pele de uma pessoa é, aproximadamente, de 35 °C.


a) Qual seria o comprimento de onda do máximo da irradiância emitida por uma pessoa, se fosse considerada um corpo
negro?
b) Se a emissividade da pele for 0,97, a área da pessoa 1,75 m2 e a temperatura da sala onde se encontra 25 °C, qual é a
potência total radiada pela pessoa?

34. Em 1965 foi detetada uma radiação de micro-ondas proveniente de todo o espaço, que segue a Lei do Deslocamento de Wien.
Esta radiação é um vestígio do big bang. O máximo da radiância espetral ocorre para o comprimento de onda máximo de 0,107
cm. Qual é a temperatura do corpo negro correspondente a este comprimento de onda?
59

35. Em que se baseia o funcionamento de um termómetro de infravermelhos?

36. Porque é que os estudos sobre a radiação emitida pelos corpos vieram afetar profundamente as conceções clássicas da
física ligada aos fenómenos microscópicos?

37. Para explicar a radiância espetral emitida por um corpo negro, Planck postulou que (assinale as afirmações corretas e
justifique as falsas):
A. a radiação eletromagnética é constituída por fotões.
B. a radiação eletromagnética é emitida por um conjunto de osciladores eletromagnéticos, isto é, cargas que oscilam com
movimento harmónico simples.
C. a energia emitida por cada carga oscilante de um corpo negro é proporcional à sua frequência.
D. a energia emitida pelo conjunto das cargas oscilantes de um corpo negro é proporcional à sua temperatura.
E. a energia das cargas oscilantes só pode ter certos valores.

38. No final do século XIX afirmava-se que (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. a luz é uma onda, estando o valor da velocidade de propagação fundamentado nas próprias equações do eletromagne-
tismo de Maxwell.
B. a luz tem caráter corpuscular, tal como afirmara Newton.
C. a difração e a interferência de ondas de luz confirmam o caráter corpuscular da luz.
D. a luz é constituída por fotões.
E. a experiência da dupla fenda de Young confirma o caráter ondulatório da luz.

39. Um apontador laser é um dispositivo semicondutor que emite uma radiação praticamente monocromática de 640 nm.
Determine a energia dos fotões emitidos, em eV. Qual é a cor da luz laser emitida?

40. Qual é a energia dos fotões emitidos pela antena de uma estação de rádio que emite na frequência de 100 MHz? Se a potên-
cia da antena é de 15 kW, qual é o número de fotões emitidos por segundo?

41. O efeito fotoelétrico contraria as previsões da física clássica porque (assinale as afirmações corretas e justifique as falsas):
A. a ejeção dos eletrões não é instantânea, dependendo da intensidade da luz que incide no metal.
B. a energia cinética máxima dos eletrões ejetados de uma superfície metálica iluminada depende da frequência e não da
intensidade da radiação incidente.
C. a energia cinética máxima dos eletrões ejetados aumenta quando aumenta a intensidade da luz incidente.
D. existe uma frequência abaixo da qual não se observa a ejeção de eletrões, mesmo para luz muito intensa.

42. A energia cinética máxima dos eletrões extraídos da superfície de um metal por efeito fotoelétrico depende (assinale as afirma-
ções corretas):
A. da intensidade da luz incidente.
B. do ângulo de incidência do feixe de luz.
C. do tempo de exposição do metal ao feixe de luz incidente.
D. do material onde incide a luz.
E. da frequência da luz incidente.
60 • Física moderna

43. As câmaras para ver no escuro (visores de infravermelho) possuem uns sensores de luz infravermelha que se baseiam no
efeito fotoelétrico. Quando uma luz de frequência 2,4 × 1014 Hz incide neste sensor são ejetados eletrões com uma energia
máxima de 0,90 eV. Qual é a energia necessária para arrancar o eletrão de condução mais energético do material fotossensível
usado no sensor?

44. Uma superfície de alumínio, cuja função trabalho é 4,08 eV, é iluminada por luz de comprimento de onda de 300 nm. Ocorre
efeito fotoelétrico? Se sim, qual é a velocidade máxima com que são ejetados os eletrões?

45. A tabela seguinte mostra a energia cinética máxima dos eletrões ejetados do cátodo de uma fotocélula, em função do com-
primento de onda da radiação incidente:

 / nm Emáx / eV

588 0,68

505 0,98

445 1,33

399 1,61

a) Represente num gráfico a energia cinética máxima dos eletrões em função da frequência da radiação incidente.
b) A partir do gráfico, determine a função trabalho do metal e obtenha uma estimativa da constante de Planck.

46. Um fotomultiplicador é um aparelho cuja função é (assinale a opção correta):


A. medir correntes elétricas de pequena intensidade.
B. contar fotões.
C. converter fotões em eletrões e positrões.
D. multiplicar fotões, gerando um feixe muito intenso de luz.

47. A superfície de um metal, para o qual a função trabalho é de 2,3 eV, é iluminada por dois feixes de luz, cujos parâmetros são
dados na tabela seguinte, sendo Emáx a energia máxima dos eletrões emitidos.

Comprimento de onda / nm Emáx / eV Intensidade / W m–2

Feixe 1  3,7 0,6

Feixe 2 2 E2 I2

Os valores aproximados , E2 e I2 são (assinale a opção correta):


A. 890; 1,4; 0,6.
B. 670; 1,4; 1,2.
C. 400; 0,7; 0,6.
D. 210; 0,70; qualquer.
E. 180; 1,8; qualquer.

48. A experiência de Young da dupla fenda para a luz mostra que (assinale a opção correta):
A. o comprimento de onda da luz é inferior ao comprimento das fendas.
B. a luz tem um comportamento de onda.
C. a luz é uma onda eletromagnética que se propaga no vácuo.
D. a luz é uma onda transversal.
E. a luz tem um comportamento de corpúsculo.

49. Indique fenómenos que mostrem o comportamento ondulatório e corpuscular da luz.

50. A que se chama radiação ionizante? Dê exemplos deste tipo de radiação e indique três processos em que haja interação de
radiação ionizante com a matéria.
61

51. O efeito Compton mostra que (assinale a opção correta):


A. os eletrões têm comportamento ondulatório.
B. um fotão tem energia E = hf .
C. a radiação eletromagnética não é dispersa elasticamente por um eletrão.
D. a radiação eletromagnética tem caráter corpuscular.
E. os eletrões têm comportamento corpuscular.

52. Poderá haver conversão de radiação em matéria? E o contrário? Dê exemplos.

53. Os raios X e a luz visível diferem nas suas propriedades porque (assinale as afirmações corretas):
A. a velocidade de propagação dos raios X é superior à velocidade da luz visível no vácuo.
B. os fotões X são de menor energia do que os fotões de luz visível.
C. o comprimento de onda dos raios X é muito inferior ao da luz visível.
D. a luz visível é uma onda eletromagnética e os raios X não.
E. os raios X são ionizantes e a luz visível não é.

54. Um feixe de eletrões acelerado por uma tensão de 60 kV embate num alvo de molibdénio. Qual é a frequência máxima dos
raios X emitidos? Estes raios X são muito ou pouco penetrantes?

55. Estabeleça uma relação entre o momento linear e a energia de um fotão.

56. Os neutrões, tal como os raios X, podem sofrer difração por cristais. Tal facto evidencia que (assinale as afirmações corretas):
A. os raios X e os neutrões são radiações da mesma natureza.
B. os neutrões, tal como os fotões X, podem exibir um comportamento ondulatório.
C. a energia dos neutrões é próxima da dos raios X.
D. os fotões X são partículas neutras à semelhança dos neutrões.
E. os neutrões são radiação ionizante.

57. Mostre que o comprimento de onda de De Broglie de um neutrão de energia cinética Ec é dado pela expressão:

h
= 

2 mEc

58. Na experiência de difração de eletrões, realizada por Davisson e Germer em 1927, um feixe de eletrões acelerado por uma
diferença de potencial de 54 V foi difratado por um cristal de níquel.
a) Explique em que consiste o fenómeno de difração e a importância histórica da experiência anterior.
b) Calcule o comprimento de onda de De Broglie associado ao feixe de eletrões e compare-o com o espaçamento entre as cama-
das de átomos do cristal de níquel (215 pm).

59. Qual é o comprimento de onda de um neutrão com a energia cinética de 25 meV? Como se compara este comprimento de
onda com o tamanho de um átomo? Um feixe de neutrões com esta energia pode sofrer difração ao atravessar um cristal?

60. Um átomo excitado emite energia, por vezes sob a forma de luz visível, porque (assinale a opção correta):
A. um dos seus eletrões foi arrancado ao átomo.
B. um dos seus eletrões transitou para um nível de energia mais baixo, aproximando-se do núcleo.
C. um dos seus eletrões transitou para um nível de energia mais elevado, afastando-se do núcleo.
D. um dos seus eletrões transformou-se em radiação, segundo a relação de Einstein E = mc 2 .
62 • Física moderna

61. Os níveis de energia do eletrão do átomo de hidrogénio, em eV, são dados pela expressão En = –  13,6 , onde o número

n2
quântico n é um inteiro igual ou superior a 1. O espetro visível corresponde aproximadamente à região entre os comprimentos
de onda 380 nm e 760 nm. Podemos afirmar que (assinale a opção correta):
A. a energia de ionização do átomo de hidrogénio é de 13,6 eV.
B. é possível ionizar um átomo de hidrogénio no estado fundamental com luz visível.
C. quando o eletrão transita do segundo para o primeiro estado excitado, o átomo emite luz visível.

62. Segundo o Princípio da Incerteza de Heisenberg (assinale a opção correta):


A. há um limite superior para a incerteza com que se pode medir o momento linear de um
eletrão.
B. a incerteza na posição de um eletrão diminui com a sua energia.
C. não faz sentido atribuir ao eletrão num átomo uma trajetória bem definida.
D. é impossível determinar com absoluta precisão, simultaneamente, o momento linear e a posição
de um eletrão.

3.3 Núcleos atómicos e radioatividade


63. Quais das seguintes afirmações estão corretas?
A. O núcleo atómico tem sempre carga elétrica positiva.
B. A massa do núcleo de um átomo é aproximadamente metade da massa de um átomo.
C. Os neutrões não contribuem para a carga do núcleo mas são importantes para a sua estabilidade.
D. A energia de ligação do núcleo é da mesma ordem de grandeza da energia de ligação do átomo.
E. A força nuclear forte é responsável pela coesão entre os nucleões.

64. Qual foi a importância da experiência de Rutherford na explicação da estrutura do átomo?

65. Assinale as afirmações corretas:


A. A massa dos protões e dos neutrões de um núcleo é a mesma quando eles estão separados.
B. A energia de ligação do núcleo relaciona-se com a diferença de massas através da relação massa e energia de Einstein.
C. Num decaimento radioativo o núcleo altera a sua estrutura para alcançar uma configuração mais estável.
D. Num decaimento radioativo há obrigatoriamente emissão de partículas.
E. Num decaimento radioativo forma-se obrigatoriamente um núcleo estável e diferente do inicial.

66. O 208 6
82 Pb (m = 207,93162 u) é um isótopo do chumbo produzido na desintegração do urânio-238. O 3 Li (m = 6,01347 u)
é produzido nas reações nucleares que ocorrem no interior das estrelas. Determine:
a) o número de protões e de neutrões de cada um destes núcleos;
b) o defeito de massa para os dois núcleos;
c) a energia de ligação dos núcleos em MeV;
d) a energia de ligação, por nucleão, para os dois núcleos, indicando qual é mais estável.

67. A primeira reação de transformação nuclear foi realizada em 1919 por Ernest Rutherford, bombardeando azoto com partícu-
las  segundo a reação:
2 He + 7 N → Z O + 1H
4 14 A 1

Complete a equação especificando A e Z.


63

95 Am) forma um elemento novo X quando bombardeado com partículas α, de acordo com
68. Um dos isótopos do amerício ( 241
a equação:
95 Am + 2 He → Z X + 2 0 n
241 4 A 1

Determine o valor de A e de Z e identifique o elemento X.

69. A radioatividade artificial foi descoberta, em 1934, por Irène e Fréderic Joliot-Curie quando «bombardearam» uma folha de alu-
mínio com partículas α de energia 0,520 MeV provenientes do decaimento do polónio. Como resultado, observaram emissão
de positrões da folha de alumínio que persistia mesmo depois do «bombardeamento» com partículas α ter terminado. Este fenó-
meno foi interpretado como sendo o resultado das reações seguintes:

4
2 He
27
+ 13 Al → AZ P + 10 n

A
Z P → ZA Si + + + 

Complete as equações acima especificando A, Z, A e Z .

70. Assinale as afirmações corretas:


A. As partículas alfa são mais desviadas por campos magnéticos do que as partículas beta.
B. As partículas alfa têm pouco poder penetrante comparativamente com as emissões gama.
C. As emissões mais ionizantes são as emissões beta.
D. Não é muito perigoso estar perto de um emissor alfa, mas é perigoso ingerir um emissor alfa.

71. Acerte as seguintes equações nucleares identificando o elemento X, calculando os valores de A e Z, e completando as equa-
ções:

84 Po → Z X + 
a) 212 11Na → Z X +  + …
A
c) 20 A +

55 Cs → Z X +  + …
b) 137 91 Pa* → Z X + 
A – d) 234 A

72. A emissão + observa-se em alguns isótopos artificiais, como é o caso do 22


11Na.
a) O que é um isótopo artificial?
22 22
b) Complete a equação do decaimento do 11Na, tendo em conta que o núcleo filho do 11Na é um emissor gama.

73. O césio-133 ( Z = 55) existe na Natureza e não é radioativo. O césio-137 e o césio-134 são isótopos artificiais que existem
nos resíduos radioativos das centrais nucleares e que sofrem decaimento  –.
Dados: m (133 134 137
55 Cs) = 132,87522 u; m ( 55 Cs) = 133,87647 u ; m ( 55 Cs) = 136,87684 u.
a) Calcule a energia de ligação por nucleão destes três isótopos do césio.
b) Ordene os isótopos por ordem crescente da sua estabilidade e justifique o tipo de decaimento radioativo.

74. O 40K é um emissor  – em grande parte responsável pela radioatividade natural do corpo humano. O núcleo-filho do 40K é um
isótopo do elemento cálcio e decai emitindo radiação  . Escreva as equações dos decaimentos.

75. O 99Tc (tecnécio) é um emissor  utilizado em imagiologia médica. O tempo de meia-vida deste isótopo é de 6,01 h. Para
a realização de uma tomografia foi injetado num doente um composto contendo o isótopo cuja atividade, no instante
após a injeção (t = 0), é de 130 Bq.
a) Qual é o significado físico do tempo de meia-vida de um isótopo radioativo?
b) Determine o tempo de vida média e a constante de decaimento do 99Tc.
c) Ao fim de quanto tempo a atividade radioativa se reduz a 1/8 do valor inicial?
d) Calcule o número de núcleos radioativos no instante t = 0 s e passados três meses. Comente os resultados.

76. O 57Co é um emissor  – com um tempo de meia-vida de 272 dias.


a) Escreva a equação de decaimento deste núcleo.
b) Qual é o seu tempo de vida média e a constante de decaimento?
c) Se a atividade inicial da amostra for 1,0 Bq, quantos núcleos radioativos contém a amostra?
d) Qual é a atividade da amostra passados seis meses? E o número de núcleos radioativos?
64 • Física moderna

77. Um sistema de cartografia da irradiação sanguínea do cérebro é baseado no


decaimento do 158 O, que é um emissor  +.
a) Escreva a equação do decaimento deste isótopo do oxigénio.
b) O tempo de meia-vida do 158 O é de 2,04 min. A atividade inicial de uma
amostra radioativa, quando se prepara o isótopo no local onde se realiza
o exame, é de 1600 Bq. Se o exame médico demorar meia hora, qual
é a atividade no fim do exame? Porque é que o isótopo tem de ser
preparado no local?

78. O sódio-22 tem uma constante de decaimento de 0,266 anos–1.


a) Qual é a atividade de uma amostra contendo 1,0 g de sódio-22?
b) Quantos átomos existem na amostra passados três anos e meio?

79. O neptúnio (Np) foi o primeiro elemento transuraniano produzido num laboratório. Este elemento foi obtido através das
seguintes reações nucleares:
92 U + 0n → 92 U
238 1 A

A
92 U → 239
92 Np +X
a) Complete as equações acima, determinando A e identificando a partícula X.
239
b) O período de desintegração do 92 Np é de dois dias. Qual é o tempo de vida média deste isótopo?

80. Num exame de diagnóstico com raios X um doente recebeu uma certa dose de radiação. Os efeitos serão os mesmos se
a radiação recebida for raios X ou radiação gama? Justifique.

81. Qual das seguintes afirmações sobre os núcleos está correta?


A. Fusão e fissão são duas designações equivalentes para o mesmo fenómeno.
B. Os reatores nucleares funcionam com base em reações de fissão.
C. Numa reação de fusão nuclear não se liberta energia.
D. Uma reação de fissão em cadeia não pode ser controlada, uma vez iniciada.
E. A energia do Sol provém da fissão de núcleos de hélio.

82. Num reator de fissão, uma das reações mais importantes é a seguinte:

235
92 U + 10n → 94
38 Sr + 140
Z Xe + x 10 n

a) Determine os valores de Z e de x.
b) Porque é que se diz que a reação acima é em cadeia?
c) Um reator utiliza por dia, em média, 3,0 kg de urânio-235. Calcule a ordem de grandeza da energia produzida num dia,
pela fissão deste urânio. Se a eficiência do reator for de 30%, qual será a potência útil do reator?
65

Respostas às questões
Unidade 1 – Mecânica f) A trajetória é retilínea e os vetores velocidade e aceleração são tangentes
à trajetória e apontam de cima para baixo.

1.1 Mecânica da partícula


→ → → → →
1. r = 10,4 ex + 7,7 ey + 2,1 ez ; |r | = 13,1 km .

→ 2 →
2. r1 = –2 ex , r2 = 3,5  (ex + ey ) . Na posição final, r = r1 + r2 + r3 ou
→ → → → → → →

2
→ → → → → → → →
r = 0,475ex + 2,475ey + r3 = – 5,8 ex , donde r3 = –6,275ex – 2,475 ey .
g) Quando a velocidade instantânea for maior: v (1,00) = 9,8 m s–1 e
O módulo da terceira etapa é r3 = d = 6,7 km e o rumo correspondente ao
v (2,50) = 24,5 m s–1 , logo é aos 2,50 s.
ângulo 201,5o (ângulo de 21,5 o para o lado sul medido a partir da linha E-O).
h) A velocidade varia da mesma maneira em todos os instantes porque a
 r→ r→(20) – r→(0)
3. vm = 3,6 ex – 5,2 ey ; ora vm =   e r→(0) = 0 , e então
→ → → →

t = aceleração é constante.
t
→ → → → →
9. a) A trajetória é parabólica:
r (20) = r = 72 ex – 104 ey (m) ; | r | = d = 126 m .

→ → 2 → 2 →
4. r = 1,20 ex + 1,60  ey – 1,6  ex – 0,80 ey = 0,069 ex + 0,331ey (km) .
→ → →

2 2
→ → →
Logo vm = 0,46 ex + 2,20 ey (m s–1) e a rapidez média é:
1200 + 1600 + 800
 = 24,0 m s–1
150
→ → → →
5. Distância ao ponto de partida: | r | = 35 m ; vm = –2,5 ex + 2,5 ey (m s–1) . → → → → → →
b) Como d = | r | e  r = r (5) – r (0) = 8 ex – 45 ey (m) , vem d = 46 m .
2 r 39
Distância percorrida:  = 39 m ; rapidez média:  = 3,9 m s–1 .
4 10 c) vx = 1,6 e vy = 5 – 5,6 t ⇒ v(t) = 1,
 62+
(5 
–5
,6
t )
2 . O gráfico v (t) mos-

tra que o mínimo da velocidade ocorre em t = 0,89 s e é igual a 1,6 m s–1 .


O gráfico da trajetória mostra que, nesse instante, a coordenada y deixa
de aumentar e passa a diminuir; o vetor velocidade é horizontal, tangente a
Δr esse ponto da trajetória, e aponta no sentido do movimento.
25 m

25 m

v 20 252
6. v 2 = v 20 + 2ax ⇔ x =  =  = 0,64 m .
2a 100 × 9,8
7. Se o condutor travar, a parte dianteira do carro pode andar, no máximo, 50 m
1 1
em 3 s. Como x = v0t +  at 2 vem x = 20 × 3 +  (– 4,2) × 32 = 41,1 m <
2 2
< 50 m ; há segurança. Se o condutor acelerar tem, além dos 50 m, mais
20 m de cruzamento e mais 3,5 m de comprimento do carro, isto é, 73,5 m
1
para percorrer em 3 s: x = 20 × 3 +  1,5 × 32 = 66,75 m < 73,5 m . Logo
2
→ → → → → →
o carro fica no meio do cruzamento com o sinal vermelho. Deve sempre d) v (0,5) = 1,6 ex + 2,2 ey ; v (3) = 1,6 ex – 11,8 ey . Os módulos obtêm-se dire-
parar-se no sinal amarelo! tamente na calculadora a partir do gráfico v (t):

8. a) Uniformemente variado porque as equações paramétricas são do 2.°


grau em t.

b) | r (2,5)| = 31 m ;
→ →

r (2) – r (0) → → → → →
c) vm =   = 8,5 ex – 4,9 ey (m s–1) ; v (t) = 8,48 t ex – 4,9t ey ;
2
→ →

v (2) – v (0) → → e) Varia mais rapidamente quando a aceleração tangencial for maior; como
logo am =   = 8,5 ex – 4,9 ey (m s–2) .
2 dv
at =  , fazendo as derivadas na calculadora nos instantes pedidos
r (1) – r (0)
→ → dt
→ →
d) Onde a velocidade média for maior: vm[0,1] =  = 4,24 ex – obtém-se at (0,5) = – 4,5 m s–2 e at (3,0) = 5,5 m s–2 ; logo é aos 3,0 s.
1

– 2,45 ey (m s–1) ; vm[0,1] = 4,9 m s–1 ; vm[0,2] = 9,8 m s–1 ; logo é nos dois
primeiros segundos.

e) v = 
(8
,4
8t 
)2
+(– 
4,
9t
→ → →
)2 , logo v (2,50) = 24,5 m s–1 ; a (t ) = 8,48 ex – 4,9 ey
e a = 9,8 m s–2 . Para t = 2,5 s , v = 9,79 m s–1 .
66

v0x = 8 m s–1 ; v0y = 0 m s–1 ; ax = –10 cos 53° = – 6 m s–2 ; ay =


f) De an = a2 –a2t e
a = 5,6 m s–2 , obtém-se an(0,5) = 3,3 m s–2 e
= – 10 sin 53° = – 8 m s–2 . As equações paramétricas são: x (t ) = x0 +
v2 1 1
an (3,0) = 0,75 m s–2 . Como R =  e v (0,5) = 2,7 m s–1 , conclui-se que + v0xt +  axt 2 e y (t) = y0 + v0y t +  ayt 2 . Logo, x (t) = 8t – 3t 2 , y (t ) =
an 2 2
v2 v2 2
= – 4t .
R (0,5) =  = 2,25 m e R (3,0) =  = 188 m . Logo é no instante 0,5 s,
an an
A trajetória está representada na figura seguinte.
o que se pode também concluir observando a forma da trajetória: à medi-
da que o tempo aumenta a parábola vai ficando mais aberta.

→ → → → →
10. Movimento uniforme: | v | = cte , logo at = 0 . Para a = at + an  0 terá de
v2
ser an =   0 (o carro tem de estar em movimento) e r finito (a trajetória
r
não pode ser retilínea).
v2 →
b) vx = 8 – 6t = 0 ⇒ t = 1,3 s . Neste instante, | v | = |vy | = 10,4 m s–1 . Este
11. 0,05 g > an =  ; v = 83 m s–1 ; R > 14,2 km .
R ponto da trajetória corresponde ao máximo da coordenada x e a veloci-
12. A – Falsa, porque o movimento é curvilíneo. dade tem apenas componente vertical.
B – Falsa, porque a aceleração radial é sempre dirigida para o centro da curva.
C – Verdadeira, porque o movimento pode ser uniforme.
v 2 4 R
2
13. an =  = 
T 2 . Ponto no equador, movimento de rotação da Terra:
R
R = RT = 6,37 × 106 m e T = 24 h = 86 400 s , an = 0,034 m s–2 . Centro de
massa, movimento de translação da Terra: R = 1,5 × 108 m e T = 365,25
dias = 3,156 × 107 s , an = 5,9 × 10–6 m s–2 .
20. Considerando o eixo dos xx a passar no ponto mais baixo da trajetória, as
v2 4 2R equações paramétricas são x = v0t e y = 0,874 – 4,9t 2 .
14. an =  = T 2 ; R = 2 × 10 m e T = 1 s , an = 7,9 × 10 m s . Num
4 5 –2
R a) y = 0 ⇒ t = 0,422 s .
ponto de latitude 45°, R = 2 × 104 × cos 45° e an = 5,6 × 105 m s–2 . 2,00
b) v0 =  = 4,74 m s–1 . As equações das velocidades são vx (t) = 4,74
0,422
→ →
15. Só a primeira afirmação é verdadeira pois  = cte . Na expressão em B, e vy (t ) = – 9,8t ; quando atinge a parede: v = 4,74 e x – 4,14 e y e v =
v não é constante. Como v = R , a expressão que surge em B reduz-se = 6,3 m s–1 .
à que surge em A.
c) v =  2+
4,74 (–  
9,8t )2 . Introduzindo a função na calculadora e calculando
v2
16. a) a =  ⇒ v = aR ; vmáx = 2,8 m s–1 . dv
R as derivadas at =  , tem-se at (0) = 0 < at (0,422) = 6,4 m s–2, por isso
b) v = 2 R f , logo f = 0,223 Hz ; n = 60 × f = 13,4 voltas . dt
o módulo da velocidade varia mais no instante final do que no inicial.
c) x (t ) = R cos (t ) , y (t ) = R sin (t) com  = 2f = 1,4 rad s–1 , x (t ) =
= 2 cos (1,4t ) , y (t ) = 2 sin (1,4t ) . 21. Falsas: A, C, D; Verdadeiras: B, E, F.
10 2 → → →
17. a) at = 1 m s–2 ; an =  = 5 m s–2 ; F = 900 et + 4500 en (N) . 22. As equações paramétricas são x = v0 cos 23°t e y = v0 sin 23°t –
20
b) – 4,9t 2 (admitimos que o centro de massa do atleta está ao mesmo nível no
at
instante inicial e quando atinge o solo).

a 8,5
v 107°
8,5 = v0 cos 23°t t =  t = 0,86 s
v0 cos 23o
0 = v0 sin 23°t – 4,9t 2 — v0 = 10,7 m s–1
an

A velocidade do atleta é cerca de 39 km h–1.

an = 6 cos 17° = 5,7 m s–2 ; v = a


n
R = 11 m s–1 . O carro está a dimi- 23. a) Como é dado o ângulo com a vertical, as equações paramétricas são
nuir a sua velocidade pois a velocidade e a aceleração tangencial têm x = v0 sin  t e y = v0 cos  t – 4,9t 2 (admitimos que o nadador é uma
sentidos opostos. partícula que inicialmente está na origem das coordenadas). Então
vx = v0 sin  e vy = v0 cos  – 9,8t . O tempo de altura máxima é dado
18. a) f = 350 000 rpm = 5,8 × 103 Hz , an = 2R = (2 f )2R = 6,6 × 105 m s–2 . por 0 = v0 cos  – 9,8t , cujo valor se substitui em y (t ) para determinar
2 f a altura máxima; o alcance x obtém-se para um tempo duplo do tempo
b) Como  = 0 + t e  = 0 ,  = –  1,2 = – 3,03 × 10 rad s .
4 –1
de subida.
1
Como  (t) = 0t +  t 2,  (1,2) = 2,2 × 104 rad, dá aproximadamente
2 v0 / m s–1 5,2 3,0 3,0
3500 voltas.
c) x (t ) = R cos  , y (t ) = R sin  ; enquanto o movimento é uniforme /° 14 14 30
1
 = t = 3,6 × 104t ; quando começa a ser retardado,  (t) = 0t +  t 2 , t (altura máx.) / s
2 0,51 0,30 0,26
ou  (t ) = 3,6 × 104t – 1,65 × 104t 2 .
y (máx.) / m 1,30 0,43 0,34
19. a) y
x/m 1,30 0,44 0,78

b) O salto mais seguro para um principiante será aquele que lhe exige
v0
menor velocidade inicial, menor altura máxima e que seja suficientemente
x afastado da borda da prancha para não colidir com ela. O salto de 30°
53°
127° com velocidade inicial 3,0 m s–1 é um salto mais fácil e é seguro. Quanto
a mais perícia tiver o nadador, menor será o ângulo de lançamento com a
vertical, como o de 14°, e maior a velocidade inicial, pois assim tem
tempo de voo maior e altura máxima maior.
67

24. y b) Bloco A: F – R = mA a ; bloco B: R = mB a ; então F = (mA + mB) a , tal como


no primeiro caso.
25° mA – mB
29. a) A aceleração de cada bloco é dada por a =  g.
mA + mB
A soma das massas deve ser muito grande e a diferença das massas
h deve ser muito pequena.
b) A aceleração é diretamente proporcional à diferença entre as massas
e inversamente proporcional à sua soma.
x a
a

x = 12 cos 25°t

y = h – 12 sin 25°t – 4,9t 2

Quando chega ao solo: x = 5 m , logo t = 0,46 s e y = 0 , donde


mA + mB mA – mB
h = 3,4 m . Pela conservação da energia mecânica, quando chega ao solo:
g
1 1 c) a =  .
 mv 20 + mgh =  mv 2 , ou seja, v = 14,5 m s–1 ; por isso, nunca haverá 5
2 2
d) Registar os valores de tempo e posição e ajustar aos dados experimentais
duplicação de velocidade. 1
a expressão x =  at 2 .
2
25. e) De a, obtido na alínea anterior, e dos valores das massas pode obter-se
x=0 x = 5t o valor de g, controlando, de cada vez, uma das variáveis: soma das
Bola A: Bola B: massas ou diferença entre as massas.
y = 10 – 4,9 t 2 y = 10 – 4,9t 2 f) Suponhamos que mA > mB (A desce e B sobe uma altura L).
1
Conservação da energia mecânica: mA g L =  (mA + mB )v 2 + mB g L ,
2
donde:
x = 5 sin 30°t
Bola C: 
mA – mB
v = 2 gL
mA + mB
= 2aL
y = 10 + 5 cos 30°t – 4,9t 2
30. a) e b) A tabela indica os valores da média dos três tempos:
Quando chegam ao solo: y = 0 . Basta introduzir as equações y (t ) na cal-
t1 + t2 + t3 0,9700
culadora e determinar o zero das funções: A e B chegam ao mesmo tempo tm =   ; a aceleração é obtida usando a =  , e a acele-
3 0,5t2m
(t = 1,43 s) e primeiro do que C (t = 1,93 s), pelo que a afirmação A é falsa.
mA + m B
Para a bola A, xmáx = 0 ; para a bola B, xmáx = 7,14 m ; para a bola C, ração da gravidade determinada a partir de g =  a . Suprimindo
m A – mB
xmáx = 4,83 m . A afirmação B é falsa. A afirmação C também é falsa, pois
o primeiro ponto (quando a diferença de massas é muito pequena as forças
B e C chegam com o mesmo módulo da velocidade (basta aplicar o
de resistência e de atrito não são desprezáveis) obtém-se o seguinte valor
Princípio da Conservação da Energia Mecânica).
9,8 – 9,51
26. a) médio: g = 9,51 m s–2, com um erro percentual de   = 3% .
9,8
x = 4,9 cos 35°t
tm a g
y = 1,80 + 4,9 sin 35°t – 4,9t 2
3,59 0,15 6,16

A bola passa por x = 4,2 m no instante t = 1,047 s . Nesse instante y (t ) = 1,61 0,75 10,19
= – 0,63. Logo, não há cesto. 1,36 1,05 8,60

b) Sendo x = 4,20 m e y = 3,05 m , resolvendo o sistema obtém-se 1,08 1,67 9,80


v0 = 8,7 m s–1 e o instante em que a bola entra no cesto: t = 0,59 s . 0,97 2,08 9,46
A altura máxima é atingida quando vy = 0 , ou seja, t  = 0,51 s . Logo,
a bola entra no cesto já na descida.
Outro modo de tratar os dados será representar o gráfico de dispersão
da aceleração em função da diferença das massas tomando todos
27. Não é uma trajetória parabólica devido às forças de resistência do ar.
os dados experimentais. A reta de ajuste será uma reta de equação
28. 1.o caso: g
y = 47,8x – 0,055 , sendo 47,8 =  , obtendo-se g = 9,799 m s–2
mA + mB
(ver figuras).
T' T F

B A
→ → → →
Forças aplicadas ao bloco A: T e F . Força aplicada ao bloco B: T = – T
(também estão aplicadas ao blocos os pesos e as forças normais exercidas
pela mesa, mas que se anulam para cada bloco). Bloco A: F – T = m A a ;
bloco B: T = mB a (têm ambos a mesma aceleração), donde F = (mA + mB) a
.
→ →
b) 2.o caso: ( R = – R):

F
R' R

A B
68

31. a) No 1.o caso, 35. Na posição inicial, e considerando o zero da energia potencial gravítica na
parte mais baixa da trajetória, Ep = mg 0,80(1 – cos 30°) = 1,05 m e
Ec = 18 m, logo Em = 19,05m . Se o corpo atingir o ponto de altura máxima
A B
v2
T + P = m  e a velocidade mínima corresponde à tensão nula, tendo-
R
F 1
-se então v 2 = gR . A energia mecânica no cimo é E m = mg 2R +  mgR =
2
(mA + mB ) a = F cos 60° ⇒ F = 6(mA + mB) . No 2.o caso (admite-se 5
que o ângulo é sempre igual a 30°): =  mgR = 19,6 m > 19,05 m . Por isso não atinge o topo.
2
36. A força exercida pela calha não realiza trabalho (é perpendicular à trajetória).
F – T cos 30o = mA a Da conservação da energia mecânica, e tomando como nível de referência
⇒ F – mB cos 30° (g + a) = mA a 1
T – mB g = mB a o que passa por A vem  mv 2A = mghB , com hB = 1 m , logo vA =  2gh
B =
2
mv 2c 1
= 4,4 m s–1 . Na posição mais baixa: NC = P +  e mv A2 + mghA =
R 2
Como a força tem o mesmo módulo nos dois casos, eliminando F nas 1 2
duas equações anteriores obtém-se mA = 1,7 mB . =  mv c , donde NC = 2054 N .
2
b) mB = 2,94 kg e T = mB (g + a) = 37,65 N . Para o bloco assente na 37.
mesa no 2.o caso, N = mA g – T sin 30° = 30,45 N .
N
N
32. N Fa
TA
N
TB

P P
P P P
P
A B v2
38. mg = T cos  ; T sin  = m  . Eliminando T, v = 
gRtan
 . A velocidade
R
C
não depende da massa mas depende do ângulo com a vertical e do raio
NB
pois R = R + L sin  , donde v = g
(R +Lsin) 
tan
 e v aumenta com L.
ω

NA P R'

L
θ
P T

D
33. a) a = 0,14g.
R
b) Aplicando a Segunda Lei de Newton vem, no ponto mais alto, N + P =
P
v2 v2 v 2
= m  , donde N = –P + m  ; e, no ponto mais baixo, N ’– P = m  ,
R R R
v 2
donde N = P + m  , sendo v > v . Então N > N e a balança
R v2 v2
39. F cos 38,2° = P ; F sin 38,2° = m  . Eliminando F, R =  =
marca um valor maior no ponto mais baixo. R g tan 38,2°
= 2,32 km .

N’ F

t
t
n
P
N 38,2°
P P

ponto mais alto ponto mais baixo


40. Fac =
c mg = 49 N e F ae máx =
mg = 58,8 N . F = 50 N < F máx , o cai-
e ae
v2 v2 xote permanece imóvel; F = 58,8 N = F ae máx , o caixote fica na iminência
34. No topo: T = 2P ; T + P = m  ⇒ 3g =  ⇒ v 2 = 3Rg .
R R de se deslocar. Se lhe for comunicada um pequeno impulso adicional
entra em movimento passando o atrito a ser cinético; F = 50 N < F máx ae ,
P o caixote continuará a deslocar-se sob a ação desta força e da força de
atrito cinético (a força resultante é 1 N). F = 49 N = Fac e o movimento
T
passará a ser uniforme.

41. a) Livro em cima de uma mesa.


T' b) Borracha sobre mesa com tampo inclinado.
c) Patinagem no gelo (em boa aproximação).
d) Pessoa a andar.
P e) Carro a ser empurrado que não se desloca porque a força do empur-
v 2 rão é igual à força de atrito cinético (e tem de ser maior ou igual à força
Na parte de baixo, T – P = m  . O trabalho da tensão é nulo, pelo que
R de atrito estático máxima).
1 1
 mv 2 + mg 2R =  mv 2 , donde v 2 = v 2 + 4Rg = 7Rg . f) Caixote a ser empurrado.
2 2
g) Pessoa a caminhar, ou roda de carro a rolar, ou corpo em cima de outro
Portanto T = 8 mg = 8P . movendo-se o conjunto com a mesma aceleração.
69

→ →
42. Para o corpo deslizar P sin  – Fac = ma 48. Se a velocidade for constante, FR = 0 , e a folha não cairá se Fa = mg sin 
e N – mg cos  = 0 e Fac =
c mg cos  . e N = mg cos  ; como F máx ae =
e N =
e mg cos  , o coeficiente de atrito
N
Introduzindo na primeira equação, Fa mínimo é
e = tan  . Se a aceleração for constante, a folha fica «colada»
a = g (sin  –
c cos  ) = 0,2g . Para que ao vidro se se verificarem as seguintes condições: N sin  – Faecos  = ma
o corpo não deslize, 0,6 –
e 0,8 = 0 ⇒ e N cos  + Fae sin  – P = 0 , ou seja, o coeficiente de atrito mínimo é

e = 0,75 . Este é o valor mínimo do g sin  – a cos 

e =  .
coeficiente de atrito estático. g cos  + a sin  y
P θ

N N a
Fa θ
43. a) A massa do armário é sempre a mesma, logo a inércia é a mesma.
A explicação está no facto de o coeficiente de atrito estático ser Fa θ
maior do que o cinético. x
b) A força normal exercida pelo plano é de 196 N e designemos a força P θ

ae =
e N = 30 N (para iniciar o movimento),
aplicada por F. De F = F máx P θ
vem
e = 0,153 ; de F = Fac =
c N = 20 N (para manter o movimento),
vem
c = 0,102 .
→ 49. Como as medições foram feitas com uma régua graduada em mm, a
c) F cos 30° = 30 N , donde F = 34,6 N . Considerando que F faz 30° com
menor divisão é 1 mm e a incerteza de leitura é 0,5 mm ou 0,05 cm. Como
a horizontal «para baixo», a força normal vale N = P + F sin 30° = 213 N
→ N = mg cos  e F máx ae =
e N =
e mg cos  , o coeficiente
(se F fosse «para cima» a força normal seria N = P – F sin 30° = 179 N) . h h2 – h1
de atrito mínimo é
e = tan  . Mas tan  =  =   , sendo
d d
44. N = P e a força de atrito máxima é F máx ae =
emg e terá de ser l 2 = d 2 + h 2 ou d = l2–h
2.

v2
Fc < F ae donde m  <
e mg ou
e > 0,47 . O atrito é estático (não há
máx ,
Medições l / cm h1 / cm h2 / cm h / cm
R
movimento na direção da força de atrito). No primeiro caso, o carro pode 1 180,00 5,40 44,60 39,20
descrever a curva, mas no segundo caso não. O resultado é independente
da massa do veículo. 2 180,00 5,40 45,80 40,40

NB
3 180,00 5,40 43,20 37,80
45. a)
O valor médio de h é h = 39,13 cm e d = 175,70 cm e
e = 0,223 .
A
50. a) Quando o movimento se torna iminente, tem-se PB – T = 0 e T – Fae = 0 ,
mB
B donde mB =
e (mA + m) ou
e =   ; o coeficiente de atrito
FA/B
mA + m
estático é o declive da reta no gráfico da função que relaciona a massa
B PB de B com a soma da massa de A e da sua sobrecarga.
b)

m/g mA + m / g mB / g
b) O bloco A move-se sob a ação da força de atrito estático FaB/A com a
mesma aceleração do bloco B. 45,3 191,0 44
90,6 236,3 50
NB
135,9 281,6 60

FB/A 181,2 326,9 70


Fa A/B B Fa B/A
F 226,5 372,2 89
A
FA/B 271,8 417,5 100
PA

PB
Fa A/B = Fa B/A A reta de regressão tem como equação y = 0,26x – 9,27 ; o grande valor
da ordenada na origem e o quadrado do coeficiente de correlação, 0,97,
F – Fa = mB a ; Fa = mA a ; F =
e FB/A =
e mA g . Na situação limite
máx
a indicam que os dados não se ajustam bem à reta teórica que passa pela
(a força de atrito tem de ser máxima), F –
e mA g = mB a e
e mA g = mA a ; origem, o que mostra a incerteza experimental. O valor obtido para o
F coeficiente de atrito estático é de 0,26.
eliminando a vem
e =   = 0,6 .
g(mA + mB) mB g – (mA + mB)a
c) Como PB – Fac = ma e Fac =
c PA , vem
c =  .
mA g
v2
46. Como F máxae > Fc ,
e mg > m  , donde v <
e gR ou vmáx < 
eg
2 R. Como o movimento é uniformemente acelerado, a aceleração pode ser
R
calculada a partir do tempo que decorre desde que o corpo parte do
a), b) e c) A velocidade máxima não depende da massa, mas depende do 1 2L
raio de curvatura (maior raio permite maior velocidade) e do coeficiente de repouso até a uma posição final, L =  at 2 , ou seja, a =  . Para cada
2 t2
atrito estático (este diminui quando os pneus ficam carecas e, por isso, é valor de L deve tomar-se a média dos tempos.
proibido andar com pneus nesse estado).
v2 R L/m t1 / s t2 / s t3 / s tm / s a / m s–2
47. A força normal exercida pelo cilindro é N = m  = m4 2 2 = 1727 N .
R T
0,75 2,0 1,8 1,9 1,9 0,42
A força de atrito estático tem de ser igual ao peso para que a pessoa não
escorregue: Fa = 70 × 9,8
e N , donde
e  0,40 . Como o coeficiente 0,65 1,8 1,7 1,7 1,7 0,43
de atrito é 0,6, o passageiro não desliza. 0,55 1,5 1,6 1,5 1,5 0,47
0,45 1,4 1,3 1,2 1,3 0,53
Fa
0,35 1,1 1,2 1,1 1,1 0,54
N 0,25 1,0 0,9 1,1 1,0 0,50
0,15 0,6 0,8 0,7 0,7 0,61

P O valor médio da aceleração é de 0,50 m s–2, obtendo-se o valor 0,21


para o coeficiente de atrito cinético.
70

1.2 Movimentos oscilatórios O período reduz-se de um fator 


2 ; admitindo que a amplitude é a
mesma, a velocidade aumenta de um fator  2 e a aceleração passa
51. a) Quando é provocado por uma força que segue a Lei de Hooke, sendo o para o dobro.
movimento do tipo x(t) = A sin (t + ) . Pêndulo de relógio, corpo ligado


a mola, em geral, tudo o que vibre sem atrito com movimentos de k 4 2 m
pequena amplitude. 57.  =  ⇒ k = m  2 =  ; a constante elástica varia com o inverso do
m T2
b)  = 2  f = 2765 rad s–1; a velocidade é v (t ) = A cos (t + ) , pelo que quadrado do período. Portanto, kb > ka pois Tb < Ta .
vmáx = A = 1,4 m s–1 ; a aceleração é a (t ) = – A 2 sin (t + ) , pelo
que amáx = A 2 = 3,8 × 103 m s–2 . 1
58. a) Ep =  k x 2 = 2,9 J (esta também é a energia mecânica, pois o corpo
2

52. a) A = 0,200 m ;  = 2 rad s–1 ; = –  ; a amplitude e a fase inicial. inicialmente não tem energia cinética).
3
b) |vmáx| = A = 0,400 m s–1 ; |amáx| = A 2 = 0,800 m s–2 . 1
b) 2,9 =  mv 2 ⇒ v = 1,6 m s–1.
c) A força máxima ocorre nos instantes em que a aceleração é máxima ou 2
ainda em que a função x(t) é máxima (recordar que |F| = k |x|) . O instante c) A conservação da energia mecânica permite escrever:

 

em que x = 0,2 encontra-se a partir da equação 0,2 = 0,2 sin 2t –  :
3 1 1
2,9 =  mv 2 +  kx 2, donde v = 1,2 m s–1 .
2 2
2t –  =  e, portanto, t = 1,31 s .
3 2
1 1
Graficamente também se pode confirmar este valor: basta introduzir 59. a) Ep =  kx 2 =  m2 x 2 ; x (t ) = A sin (t) ,  = 2f = 2513 rad s–1 ,
2 2
a função na calculadora gráfica (que tem de estar configurada para
A = 6 × 10–4 m . Portanto, Ep = 3,4 × 10–3 sin2 (2513t ) . A energia total
radianos!) e determinar os máximos da função; o primeiro máximo ocorre
(energia mecânica) é igual à energia potencial máxima: Em = 3,4 × 10–3 J .
para o instante anterior, como mostra a figura. A elongação é de 0,200 m
A energia cinética é Ec = Em – Ep = 3,4 × 10–3 [1 – sin2 (2513,7t)] .
e a velocidade é nula porque é um ponto de inversão de sentido.
Em 1
b) Ec = Ep =  ⇒  m 2 x 2 = 1,7 × 10–3 ⇒ x = 4,24 × 10–4 m = 0,424 mm .
2 2

2 1
60.  =  = 2,094 rad s–1 ; k = m2 = 8,77 N s–1 . A energia total é Et =  kA2 =
T 2
= 0,395 J .
1
a) Ep =  k × 0,12 = 0,0439 J e Ec = Em – Ep = 0,351 J .
2
1
3
53. A lei do movimento é x(t) = A sin (t + ) , com A = 35,0 cm , =   rad b) Et =  k A2 e, portanto, se A → 2 A , Et→ 4Et e se k → 2k , Et → 2Et .
2 2
2 1
e  =  = 3,59 rad s–1 . Também Et =  m2A2 e, portanto, se m → 2m , Et → 2Et .
T 2
 
3
A lei do movimento é x (t ) = 35,0 s i n 3,59t +   ; a fase na origem 61. a) Primeiro movimento – queda livre (enquanto o cabo não estiver esticado):
2
garante que x (0) = –35,0 cm ; x (4,50) = 31,6 cm . 1
mgL =  mv 2 , logo v 2 = 2gL ; como v = 20 , então L = 20,4 m . A partir
2
2 
T 
54. a)  =  = 15,7 rad s–1 ; x (t ) = 0,10 s i n 15,7t +  .
2  deste instante o cabo começa a esticar. Seja A a posição em que começa
a esticar e B a posição em que está totalmente esticado e a velocidade
b) x (0,55) = – 0,07 m . é nula. Tomando o zero da energia potencial gravítica quando o cabo

 
c) v (t ) = 0,10 × 15,7 cos 15,7t +  , v (0,55) = – 1,11 m s–1 (outro modo
2
estica o máximo, temos:
1 1 4m g
de encontrar a velocidade é efetuar, na calculadora, a derivada de x (t )  mv 2 + mgL =  kL2 , donde k =  = 154 N m–1 .
2 2 L
neste instante); está a afastar-se da origem pois v < 0 numa região em
que x < 0 . b) Não, é amortecido (só nos primeiros instantes pode ser considerado
d) |F | = 2 m |x| = 1,73 N . MHS).

55. F = P = 350 × 9,8 = 3430 N ; como F = k |x |, k = 68,6 kN m–1 ; 62. Para não esticar facilmente, o cabo deve ser elasticamente rígido, ou seja,
k = m4 2f 2 , em que m é a massa total. Logo f = 1,13 Hz . ter um k elevado.


F k 63. O body mass measurement device tem uma mola elástica ligada a uma
56. k =  = 25 N m–1 ,  =  = 15,8 rad s–1 .
x m cadeira onde se senta o astronauta que começa a oscilar. O período das
oscilações permite medir a massa total do sistema oscilante.


a) x (t ) = 0,20 sin 15,8t +  .


2 2 m
T =  = 2  ; a partir dessa massa, e conhecida a massa do dispo-
b) Se introduzirmos a função anterior na calculadora, podemos calcular o  k
seu valor no instante pedido, x (2,2) = – 0,196 m e, calculando a deriva- sitivo, sabe-se a massa do astronauta.
da nesse ponto, temos v (2,2) = 0,63 m s–1, a = –2 x = 48,9 m s–2 ;
como v > 0 e x < 0 , está a aproximar-se da origem.
   
L
64. T = 2  .
   
g
c) – 0,1 = 0,2 0 s i n 15,8t +  ⇒ – 0,5 = sin 15,8t +  ⇒ 15,8t +  =
2 2 2 g
7 a) Na Lua gL =  . Logo, TL = 6T = 15,92 s .
=  , donde t = 0,133 s . 6
6
 
T L 6
b) Diminuir o tamanho do fio:  =  =  ⇒ L = 0,85 L .
T L 6, 5
c) Ser pequeno, para assim se minimizar a resistência do ar; ter um fio não
metálico para que o comprimento não varie com alterações de tempera-
t1
tura; ter oscilações muito pequenas.


L 4 2
65. a) Como T = 2  , ou T 2 =  L , faz-se a média dos três períodos
g g
medidos para cada comprimento e constrói-se o gráfico do quadrado do
período em função do comprimento. O declive da reta de ajuste é igual a
4 2
2 m
 k

d) T =  = 2  ; |vmáx| = A = A  ; |amáx| = A2 = A 
 k m

m
k  , logo g = 9,89 m s–2 .
g
71

p2
Quadrado do período em função E – Verdadeira: Ec =  : se a energia cinética for a mesma, aumentando a
do comprimento 2m
quadrado do período / s2 massa tem de aumentar o momento linear.
2,000 y = 3,96x + 0,03
71. x1 = 33,3 t e x2 = 27,8 t + 20 .
R 2 = 0,992
1,600
a) xCM = 10,9 + 30,3 t .
1,200
b) vCM = 30,3 m s–1 .
0,800
c) psist = pCM = 2200 × 30,3 = 6,7 × 104 kg m s–1.
0,400

0,000 p 2,8 + 15
72. F == 1500 
 = 1,8 × 105 N .
0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 t 0,150
comprimento / m
p
73. Em F =  , p = cte , por isso o airbag aumenta o tempo de ação da
t
b) O valor é bastante exato porque está muito próximo do valor tabelado.
força, diminuindo assim a sua intensidade (esse tempo e a força são inver-
A precisão também é boa dado que o quadrado do coeficiente de cor-
samente proporcionais).
relação é de 0,992.
74. a) Durante o voo atua o peso; durante o contacto com o solo atua o peso
e a força normal que o solo exerce sobre a pessoa.
1.3 Centro de massa e momento linear
de sistemas de partículas b) A velocidade com que a pessoa chega ao solo é de v = 
2gh = 6,3 m s–1 .
|p|
mT xT + mA xA + mR xR
66. xCM =  = 0,76 m. A intensidade da força resultante é F = 
0,150 = 1,1 × 10 N . Como o
4

Mtotal
peso da pessoa é de 686 N, a força exercida pelo solo é de 1,03 × 104 N.
mT yT + mA yA + mR yR → → →
Esta força é cerca de 15 vezes superior ao peso pelo que a aceleração
yCM =  = 0,70 m , pelo que rCM = 0,76 ex + 0,70 ey . que produz é aproximadamente 15 g. A pessoa flete as pernas para
Mtotal
aumentar o tempo de colisão.
67. O movimento do centro de massa é determinado pelas forças externas. Se
a resultante das forças exteriores for nula, o que é o caso pois exercem-se 75. Supõe-se desprezável o peso da bola face à intensidade das forças envol-
apenas forças interiores, o CM permanecerá imóvel se estiver inicialmente p
vidas na colisão: p = 0,25 [20 – (–20)] = 10 kg m s–1 e F == 100 N .
parado. t
A força atua num intervalo de tempo muito pequeno (força impulsiva)
68. Pode o centro de massa estar dentro do corpo, como na figura da esquerda, e pode considerar-se o sistema formado por bola e jogadora como estando
mas pode estar fora, como na figura da direita: isolado. Os momentos lineares são simétricos, uma vez que as forças que
um exerce sobre o outro são um par ação-reação e o tempo de colisão é
→ →
o mesmo: p = F t .

76. Mantém-se imóvel. Só há forças interiores ao sistema formado pelo barco


e pelos homens, por isso não há aceleração do centro de massa. Como
este estava parado, continuou parado.
→ → →
77. A conservação do momento linear impõe 0 = mV + M v , ou seja,
→ → → →
m V = – M v (m é a massa do ar e M, a do balão; V é a velocidade do ar e v
a do balão). É este, de resto, o princípio de propulsão a jato.
Pendura-se a régua e traça-se uma vertical que
passe pelo ponto de suspensão. Volta a pendurar- 78. O primeiro caso é impossível pois não há conservação de momento linear.
-se por outro ponto e faz-se o mesmo procedimen- No segundo caso, se acontecer, será sempre o corpo inicialmente em
to. As verticais encontram-se no CM (que pode não movimento (corpo 1) a ficar parado (só se o corpo 2 tivesse massa infinita é
estar no interior da régua). que se não deslocaria). A conservação do momento linear permite escrever
Procedimento alternativo: podemos dividir o siste- m1
ma em duas partes A e B. O centro de massa de A B m1v = m2v ⇒ v =  v estando nós a admitir que a velocidade de 1 é
m2
cada uma das partes está no centro geométrico de
zero, depois da colisão. Como a energia cinética não pode aumentar
cada uma das partes (ver figura).
(a menos que o choque seja explosivo), 1 m1v 2  1 m2v 2 , donde m2  m1 .
→ →

mA rA + mB rB
O centro de massa está em r =   (por este método é preciso 2 2
mA + mB
79. Pode. O movimento de cada parte deve-se a forças internas, cuja resultan-
conhecer as massas das partes A e B).
te é nula. Exemplo: dois patinadores que se empurram mutuamente, afas-
tando-se.
0,100 (–40 + 2t) + 0,200 (30 – t) 0,100 (2)
69. xCM =  = 6,7 , yCM =   = 0,67 .
0,300 0,300 80. É possível: duas bolas de plasticina que colidem tendo momentos lineares
→ →
O centro de massa está fixo ( vCM = 0 ) . simétricos. Se a colisão for perfeitamente inelástica, as duas bolas ficam
imóveis.
1 p2
70. p = mv , Ec =  mv 2 =  . 81. a) mbalavbala = (mbala + M )V ⇒ 0,050 × 700 = 0,550V , donde V = 63,6 m s–1 .
2 2m
A – Falsa: p → 2p , Ec → 4Ec . 1
A energia cinética inicial é Eci =  mv 2bala = 12 250 J e a energia cinética
2
B – Falsa: p = 2m
Ec , logo, se Ec → 2Ec , p → 2
p . final é Ecf = 1112 J (9% da energia cinética da bala). 91% da energia
→ N → inicial foi dissipada – trabalho das forças de interação bloco-bala.
C – Verdadeira: como psist =  mi vi pode ser zero, mesmo que nem todos
i =1 b) Fac = 0,60 mg e o módulo da aceleração é a = 0,60 g = 5,9 m s –2

→ 1 N →
os vi sejam nulos tem-se Ec =   mi v 2i que não é nulo. (a aceleração aponta em sentido contrário ao da velocidade).
2 i =1
D – Falsa: a energia cinética é uma soma de termos não negativos. Para V2

O espaço percorrido até parar é d =  = 343 m .

ser nula têm de se anular todas as parcelas. Logo, psist = 0 . 2a
72

→ → →
82. Conservação do momento linear: 0 = mAvA + mR vR ⇒ vA = – 1,3vR . As dis- 1.4 Mecânica de fluidos
tâncias percorridas são dA = vAt e dR = vRt , donde se conclui que a
4 3m = 8930 kg m–3 (o material é cobre).
d A vA 88. m =   R 3 ⇒ = 
razão das distâncias é a razão das velocidades  =  = 1,3 . Por outro 3 4R 3
dR vR
lado, dR + 1,3dR = D , sendo D a distância entre as paredes, obtendo-se
dR = 0,43 D e dA = 0,57D . m 3,00 × 1028 = 7,16 × 1015 kg m–3 .
89. =  = 
4 4
 R 3  100003
83. a) Há conservação do momento linear do conjunto porque a resultante das 3 3
forças exteriores sobre o sistema é nula. P = Vg = 7,16 × 1015 × 10–6 × 9,8 = 7,0 × 1010 N .
b) e c) Considerando que os jogadores se deslocam segundo os sentidos
positivos dos eixos dos xx e dos yy, a conservação do momento linear 90. (0,100 + m0) g = 2,2 e (0,100 + ma) g = 3,0 . Da última equação, ma =
= 0,206 kg , logo Vcopo = 0,206 dm3 , pois a = 1 kg dm–3 . A densidade
→ → → → v → →
impõe mv ex + mv ey =2mvfinal e, portanto, vfinal =  ( ex + ey ) . A velocidade m0
2 do óleo é 0 =  = 0,604 kg dm–3 . A densidade relativa do óleo é de 0,604.
v Vcopo
final faz um ângulo de 45° com as direções iniciais e o seu módulo é  .
2
FⲚ 80g
84. Como as massas das duas partículas são iguais, a conservação do 91. p =  ; ppessoa =  = 6,5 × 104 Pa ;
→ → →
momento linear é expressa pela equação v1 = v 1 + v 2 (representamos por 1
A 2 × 60 × 10– 4
a bola branca e por 2 a bola sete). A conservação da energia cinética expri-
45 g
me-se por v 12 = v 12 + v 22 . pginasta =  = 1,16 × 105 Pa > ppessoa .
38 × 10–4
y 92. O colchão de água faz aumentar a superfície de contacto, diminuindo,
assim, a pressão (e, portanto, a força que o colchão exerce por unidade
v'2 de área da pessoa).

93. Água líquida, pois a massa volúmica do gelo é menor do que a da água
30° líquida. As pedras de gelo num copo com água flutuam.
x 94. Para um fluido em repouso, as forças de pressão exercem-se perpendicu-
v1 θ
larmente às superfícies do recipiente. Quando se faz uma abertura ou se
abre uma torneira num recipiente que contém um líquido, este esguicha
v'1
perpendicularmente à parede. A água sai do furo com uma velocidade
horizontal cujo módulo é igual à de um corpo deixado cair da altura a que
Projetando a primeira equação segundo os eixos:
está o líquido.
v1 = v 2 cos 30° + v 1 cos 

0 = v 2 sin 30° – v 1 sin 

Elevando cada um dos membros ao quadrado e somando membro a


membro, obtém-se v 12 = v 22 + v 12 + 2v 1v 2 (cos 30° cos  – sin 30° sin ).
Atendendo à expressão que traduz a conservação da energia cinética, con-
1
cluímos que cos 30° cos  = sin 30° sin  ou, ainda, tan  =  ,
tan 30o
donde  = 60° . As duas velocidades finais fazem entre si um ângulo de
90°. O sistema de equações acima escreve-se então:

0,87v 2 + 0,5 v 1 = 5 v 1 = 2,48 m s–1 95. Fica ao mesmo nível se a mangueira estiver aberta dos dois lados (os dois
⇒ ramos da mangueira são dois vasos comunicantes), pois estão sujeitas à
0,5v 2 – 0,87v 1 = 0 v 2 = 4,30 m s –1 pressão atmosférica.

Estes são os módulos das velocidades finais. As direções são as indicadas 96. A pressão no fundo dos recipientes é p = p0 + g h , isto é, só depende
na figura acima, com  = 60° . da densidade dos líquidos e da sua altura (não depende do tamanho da


85. Há conservação do momento linear: mS vS + mP vP + mG vG = 0 . Tomando
→ → abertura das garrafas). Como os fundos das garrafas são iguais, também
a direção oeste-este como o eixo dos xx e a direção sul-norte como o as forças de pressão são iguais se as densidades dos líquidos são iguais.
Se os líquidos forem diferentes, as forças de pressão serão maiores na
2 → 2 →
eixo dos yy, a equação anterior escreve-se 50 × 0,5 × – ex + ey +

2 2   garrafa que contém o líquido de maior densidade.
→ → → → →
+ 80 × 0,650 ex + 55 v P = 0 . Portanto, v P = – 0,624 ex – 0,321 ey (m s–1) . 97. A pressão sanguínea medida numa perna vinha acrescida, relativamente à
pressão ao nível do coração, de gh em que é a densidade do sangue
86. a) Módulo da velocidade com que a bola chega ao solo: v = 2gh =
e h a diferença de altura entre o nível do coração e o da perna onde se
= 5,42 m s–1; módulo da velocidade com que a bola sai do solo:
está a fazer a medição.
v
gh = 4,20 m s–1 . O coeficiente de restituição é e = 
v = 2 v = 0,775 . | | 98. p = p0 + g h = 1,013 × 105 + 103 × 9,8 × 5,0 × 103 (Pa) = 484,7 atm .
b) Emi = mgh = 5,88 J . A energia mecânica final é Emf = mgh = 3,53 J . Usámos o valor médio = 103 kg m–3 para a água. Ora, a densidade da
Em água salgada é maior do que este valor. Por outro lado, à medida que a
Logo,  = 0,40 . O sistema perdeu 40% da energia mecânica na profundidade aumenta, também aumenta a densidade, pelo que a pres-
Emi
são real é maior do que a calculada supondo a densidade constante.
colisão (o solo e a bola aqueceram, ou seja, aumentaram a sua energia
interna). 99. A pressão é a mesma pois apenas depende da coluna de líquido acima da
v L
| |
87. a) Como e =  e a velocidade do carrinho se calcula a partir de v = 
v
L t
T
pessoa (e não por baixo dela).

100. p0 = ar g h ou 1,013 × 105 = ar × 9,8 × h , logo h = 7,99 km .


antes da colisão e v =  depois da colisão, então e =  .
t t
t / ms 303 293 310 381 374 101. F = p0 × A = 1,3 × 104 N . A pressão do lado de dentro (pulmões) é prati-
t / ms camente igual. Por isso, as forças de pressão de dentro para fora e de fora
311 300 318 390 382
para dentro compensam-se.
e = t / t 0,974 0,977 0,975 0,977 0,979
102. É a diferença de pressão entre o ar contido no pneu e a pressão exterior,
b) O valor médio para o coeficiente de restituição é de 0,976. ou seja, a pressão atmosférica.
73

→ → → →

103. A altura barométrica para 1 atm é determinada a partir da expressão Dentro de água atua o peso, a tensão e a impulsão: T + I + P = 0 , ou
p0 ainda, T + I = P ⇒ T = 10 × 9,8 – 9,8 × água × V . A densidade do ouro
p0 = gh . Para o mercúrio = 13,6 × 103 kg m–3 , logo h =  = 0,76 m .
g é 19,3 × 103 kg m– 3 , pelo que o volume da peça é 5,2 × 10–4 m3 .
Para um líquido de densidade relativa 0,984, a altura barométrica será Portanto, T = 93 N . Quando está fora de água, a tensão iguala o peso:
p0 T = 98 N .
h =  = 10,50 m .
g
113. A condição de equilíbrio estático permite escrever I = P + T .
104. Se embalagem estiver selada não entra nem sai ar do interior da embala-
a) O volume da rolha é Vrolha = m = 5 × 10–5 m3 .
gem. Em terra, a pressão no interior é igual à exterior. Mas dentro do I
avião, a pressão é menor do que a pressão atmosférica normal (as cabi- A impulsão é, portanto, I = água gV = 0,49 N . O peso é
nes dos aviões são «despressurizadas»). A força de pressão de dentro 0,098 N e a tensão T = 0,49 – 0,098 = 0,39 N .
para fora é superior à de fora para dentro o que leva à expansão da emba-
b) Quando a rolha flutua, P = I , ou seja, V rolha g = Vimerso água g
lagem. Esta expansão faz diminuir a pressão no interior da embalagem. rolha P
Vimerso
A despressurização do avião é feita para diminuir a diferença entre as forças e então  =  água = 0,20 = 20% .
de pressão sobre a fuselagem de dentro para fora e de fora para dentro. V T

105. A sucção na palhinha cria uma diferença de pressão entre a extremidade 114. a) Marca o mesmo porque o volume de água deslocado pela bola sai do
mergulhada no líquido (onde a pressão é maior) e a extremidade na boca balde.
onde a pressão é menor, obrigando o fluido a subir na palhinha (das altas b) Marca mais: marca um valor que é igual ao peso do balde, mais o peso
pressões para as baixas pressões). da água, mais a impulsão sobre a bola (que é igual ao peso da bola se
esta flutuar).
106. Na prensa hidráulica há uma multiplicação de forças mas não de energia, A
pois o trabalho realizado sobre cada êmbolo é rigorosamente o mesmo 115. Equação de continuidade: Av = 2A v . Na parte estreita v =  v , ou
2
2 A
em módulo. 0,30
seja, v =  v = 0,72 v = 11,5 cm s–1 .
2 × 0, 252
107. a) A pressão é igual de ambos os lados: p1 = p2 .
1 2
A'

A
A'

φ 0,012
116. Caudal:  = Av = A v . Portanto v =  =  = 31,6 m s–1
A  (1,1 × 10–2)2
b) F1 = 4 × F2 . φ
à saída e v =  = 3,6 m s na mangueira.
–1
A
c) Se 1 se desloca de x1, 2 desloca-se de x2 = 4x1 pois o trabalho rea-
lizado num dos lados é igual ao trabalho realizado no outro lado.
117. Princípio de Bernoulli: onde a velocidade for maior, a pressão será menor;
108. O bloco maciço não desloca uma quantidade de água suficiente para que a diferença de pressões devida à diferença de velocidades cria uma força
sobre ele se exerça uma impulsão igual ao seu peso, tal como acontece no no sentido das altas pressões para as baixas pressões.
barco que é oco. 1
118. A equação de Bernoulli reduz-se a g h =  v 2, e v = 2gh = 2,4 m s–1 .
2
O caudal é  = A × v = 1,2 × 10–3 m3 s–1 , ou seja, 1,2 litros por segundo.

119. Na parte de baixo da asa o ar passa mais devagar do que na parte de


cima e, portanto, a pressão é maior em baixo do que em cima. Há uma
força sobre a parte de baixo (dirigida para cima) que é maior do que a
109. Pode extrair-se parte do interior do ovo com uma seringa com uma agu- força sobre a parte de cima (dirigida para baixo) e a resultante das forças
lha fina, diminuindo-se assim a massa do corpo que se pretende ver flu- de pressão é de baixo para cima.
tuar. Pode também adicionar-se sal à água pois a densidade da água sal-

gada é maior do que a da água doce. 120. A força de sustentação,F, tem de ser igual ao peso para haver equilíbrio:
F = 16 × 103 × g = 1,6 × 105 N .
110. Volume do colchão: 0,08 m3. Quando está totalmente imerso, desloca A força de sustentação é F = (pbaixo – pcima) A , logo pcima = 0,66 atm .
este volume de água. Para haver equilíbrio tem de se verificar: P + P = I ,
ou 2,3 g + mg = 1 × 103 g × 0,08 , logo m = 77,7 kg . 121. Equação de Bernoulli para os pontos A e C: pA + g hA = pC +
pessoa 1
+ g hC +  v C2 . Mas pA = pC = p0 , logo vC = 2g(hA–h –1
C) = 12,5 m s .
2
15 × 10–2 2

Caudal volumétrico de saída:  = vA = 12,5 ×   = 0,22 m3 s–1 .
2  1
Equação de Bernoulli para os pontos B e C: pB + g hB +  v B2 = pC +
2
1 1
+ g hC +  v C2 ou pB = pC +  (v C2 – v 2B) . Ora  = 0,22 = vB ×
2 2
colchão
 
0,25 2
×   , donde vB = 4,41 m s–1 . A pressão em B é pB = pC + 68 400 =
2
= 1,697 × 105 Pa = 1,67 atm (usou-se pC = 1,013 × 105 Pa) .
111. No primeiro caso, gV = água g 0,80V , em que é a densidade do corpo
de volume V. Portanto, = 0,80 água . No segundo caso, 0,80 água gV = 122. a) Na subida atua o peso (que aponta para baixo), a impulsão (que apon-
0,80 ta para cima) e a força de resistência do ar (que aponta para baixo). As
= g 0,72V, sendo a densidade do líquido, donde =  água =
0,72 primeiras duas têm módulo constante; na subida, a força de resistên-
= 1,111 água .
cia vai diminuindo de intensidade até se anular no ponto de altura máxi-
112. ma, porque se anula a velocidade. Na descida atua o peso (que apon-
ta para baixo), a impulsão (que aponta para cima) e a força de resistên-
cia do ar (que aponta para cima). As primeiras duas têm módulo cons-
tante; na descida, a força de resistência vai aumentando até atingir o
valor FR = P – I .
74

b) Como atua uma força variável, a resistência do ar, o movimento diz- 129. A força gravítica sobre Calisto é a força centrípeta:
-se variado (e não uniformemente variado!). Gm MJ v2 4 2R2
 = m  = m , e portanto, a massa de Júpiter é dada por
R2 R T 2R
123. Se diminuir a sua secção transversal (tomando uma forma mais aerodinâ- 4 R
2 3
mica), diminui a resistência do ar, o que facilita o voo. MJ =  = 1,9 × 1027 kg .
GT 2
G MT v 2 4 2 R 2
124. a) As esferas são deixadas cair e atingem a velocidade terminal quando se 130. A aceleração do satélite é  =  = m 2 , donde:
R2 R T R
→ → → → 2( m – f )g
verificar P + I + Fresist = 0 , ou seja, v =  r 2 .



9 GMTT 2
R=3  = 16 767 km
Esta expressão mostra que a velocidade terminal é diretamente propor- 4 2
cional ao quadrado do raio das esferas e, através do declive da reta, é Distância a partir da superfície da Terra:
possível determinar o coeficiente de viscosidade. A velocidade terminal 2 R
obtém-se dividindo a distância, 15 cm, pelo valor médio do tempo. d = R – RT 10 400 km . A sua velocidade é v =  = 4877 m s–1 .
T
107,21 – 80,25
b) Massas volúmicas: glicerina =  = 1,348 g/mL ou 1,348 × 131. A energia do corpo à superfície da Terra mantém-se durante o seu movi-
20
G M T v2
 
m GM T m 1 G MT m –1
× 103 kg/m3 ; metal =  = 7,78 × 103 kg/m3 . mento: ET = –  +  mv 2 = –  ou Rmáx = GMT  –  =
4 RT 2 Rmá x RT 2
  R 3
3 = 31 615 066 m 31 615 km .

132. A Terceira Lei de Kepler permite escrever, para Plutão e para a Terra
diâmetro/ vtem/ R 3P RT
3
raio/m raio2/m2 t1/s t2/s t3/s tm/s (ambos os planetas orbitam o Sol),  =  e, portanto:
cm m s–1 T 2P T 2T

 
0,40 0,0020 0,0000040 4,55 4,45 4,33 4,44 0,034 R 3P 5,9 × 10
   = 246,7 anos
12 3
TP = TT  = TT
0,53 0,0027 0,0000070 2,17 2,42 2,03 2,21 0,068 R3T 5 × 10 11

A aceleração de Plutão é a sua aceleração centrípeta:


0,60 0,0030 0,0000090 1,95 1,78 1,87 1,87 0,080 4 2Rp 4 2 R 3p
GMsol 
 = , donde Msol = = 2,00 × 1030 kg
0,80 0,0040 0,0000160 1,26 1,38 1,16 1,27 0,118 2
Rp T 2p 2 TpG

0,84 0,0042 0,0000176 1,14 0,98 1,01 1,04 0,144 133. A uma altitude igual a 2RT o corpo está à distância 3RT do centro da Terra.
A energia necessária para colocar o corpo a essa altitude (ficando parado)
1,14 0,0057 0,0000325 0,62 0,64 0,63 0,63 0,238


1 1 2G M T m
é Ep = –GM T m  –  =  = 4,2 × 107 J . Se quisermos que
1,30 0,0065 0,0000423 0,57 0,55 0,47 0,53 0,283 3R T R T 3RT
o corpo fique em órbita, a esta energia tem de se somar a energia cinética
Velocidade em função do corpo em movimento circular uniforme. Para o corpo atingir um ponto
do quadrado do raio distante, onde o campo gravítico terrestre se possa considerar nulo, a
velocidade / m s–1

0,350
0,300 energia que é necessário fornecer é:
y = 6465,6x + 0,0193
 
0,250 GM T m GM T m
R 2 = 0,9913 E p = 0 – –  =  = 6,3 × 107 J
0,200 RT RT
0,150 1 Gm MT mv2 Gm MT
134. A energia total é ET =  mv 2 –  . Ora,  =  , pelo que
0,100 2 R R R2
1 GM Gm MT mGM
0,150 ET =  m T –  = – T 0 (em módulo, a energia potencial
2 RT R RT
0,000
0,0000000 0,0000200 0,0000400 gravítica é o dobro da energia cinética). O trabalho realizado pela força
quadrado do raio / m2
gravítica é simétrico da variação de energia potencial:
2( m – f) g

   
GM T m GMT m GM T m 1 1 GMT m
Como   = 6465,6 , então  = 2,17 Pa s . W = –Ep = – –  – –  =    –  = –  .
9η 3R T 2RT RT 3 2 6 RT
Obtém-se o mesmo resultado a partir do Teorema da Energia Cinética:
1 G MT GMT m
c) Porque o valor da viscosidade depende da temperatura a que está o W = Ec =  m(v 2f – v 2i ) . Como v 2 =  , obtém-se W = –  .
fluido. Por isso, se quisermos comparar com o valor tabelado, é neces- 2 R 6 RT
sário saber a temperatura do fluido. 135. a) O sistema Terra-Sol pode ser considerado um sistema fechado não
dissipativo porque as forças gravíticas são conservativas e, por isso, a
sua energia conserva-se.
1.5 Gravitação
b) Quanto maior a energia potencial, menor a energia cinética e
Gm M GM vice-versa. Como a energia potencial é menor no ponto mais próximo,
125. a) A força gravítica é F =  = mac , e a aceleração ac =  =
R2 R2 aí a velocidade é maior.
= 0,227 m s–2 . →
c) Fg não é perpendicular à velocidade. A componente tangencial da força
b) O corpo está apenas sujeito à força gravítica (diz-se em queda livre) mas
faz variar o módulo da velocidade; a componente normal faz a Terra
não cai para a Terra, pois a sua velocidade é constantemente perpen-
descrever uma trajetória curvilínea.
dicular à força. Tem movimento circular uniforme. Ft
Terra
c) F = ma = 226 N.
GM
 F Fn
g  R 2 R2
126.  = GM = 2 = 0,83 , ou seja, cerca de 83%.
g  R
R2
Sol
GM T
127. Ᏻ =  = 2,73 × 10–3 m s–2. Cálculo de Newton:
(6 0RT )2

v2 2R
 
2 1
ac =  = T = 2,73 × 10–3 m s2 .
R R 136. A velocidade de escape é tal que permite ao objeto alcançar um ponto no
infinito (onde chega com velocidade nula). Se o objeto estiver inicialmente
na superfície da Terra, a conservação da energia mecânica permite con-
G MT GMT
128. Para a Terra, g =  ; para o planeta g =  ; logo, g = 4g . cluir que não depende da massa do foguete:
R 2T



1 GM T m 2GMT
 
RT 2  mv 2e –  = 0 ⇒ veL = 
 2 RT RT
2
75

4. Quando a esfera B toca na esfera A, cada uma das esferas fica com metade


  
 
2GMT 2GML da carga total das duas esferas, ou seja, 4 nC. Quando, de seguida, a esfera
137. Para a Terra veT =  . Para a Lua veL =  .
RT RL B toca na esfera C, cada uma destas esferas fica com metade da carga
total: 2 nC. Assim, as cargas das esferas passam a ser A: 4 nC, B: 2 nC,


 
2 2GMT 2 C: 2 nC.
Portanto, veL =   =  veT = 2,49 km h–1 .
9 RT 9
5. A – Verdadeira.
138. A velocidade de escape na Lua é menor do que na Terra (ver questão ante- B – Verdadeira.
rior) e a velocidade média das moléculas de gases era superior àquele C – Falsa: só há movimento das cargas negativas, os eletrões.
valor, pelo que as partículas escaparam e não se formou na Lua uma D – Falsa: na influência ou indução não há transferência de carga entre o
atmosfera como na Terra. corpo indutor e o corpo que sofre influência deste.


R
2GMS E – Verdadeira.
139. A velocidade de escape no Sol é ve =  . Se o raio do Sol fosse
S
6. Como o desvio das folhas do eletroscópio diminuiu, houve um fluxo de car-
R S, mantendo-se a massa, haveria uma nova velocidade de escape gas negativas para o botão. Logo, o condutor tem carga positiva.
v 2e

Rs
v e = ve  , pelo que R = 
S v R . Pondo a nova velocidade de escape
2 s
R s e 7. Ao aproximar o bastão das esferas condutoras, carregado negativamente,
este repele alguns eletrões da esfera mais próxima para a esfera mais afas-
igual à velocidade da luz, encontra-se R S = 4,24 × 10–6 RS 3 km
tada. A esfera mais próxima do bastão fica com carga positiva (deficiência
(usou-se RS 700 000 km) .
de eletrões), a mais afastada com carga negativa (excesso de eletrões).
140. Na Terra há atmosfera e a força de resistência do ar impede um voo orbi-
8. A – Humedece-se o ar para evitar a produção de faíscas, que podem pro-
tal (apenas sujeito à força gravítica). Na Lua tais voos em órbitas baixas
vocar incêndios, devido à acumulação de eletricidade estática.
são possíveis.
B – Se, devido a uma avaria, ocorrer no aparelho uma acumulação anor-
mal e excessiva de carga elétrica, esta escoa para a terra, evitando-se,
141. O aluno não tem razão. Há um ponto entre a Terra e a Lua em que a força
assim, que o utilizador apanhe um choque.
gravítica é nula (porque as forças gravíticas exercidas pelos dois astros
C – Devido à fricção das peças de roupa no secador, elas adquirem carga
sobre um objeto nesse ponto anulam-se). Mas imponderabilidade não sig-
elétrica. O ar seco é mau condutor e facilita a acumulação de eletricidade
nifica ausência de força gravítica. Pelo contrário! Num elevador em queda
estática.
livre ou num voo orbital só há força gravítica (é pela ausência de reação do
D – O ar húmido é bom condutor, descarregando os corpos.
suporte que dizemos que a situação é de imponderabilidade).
E – A corrente de ferro serve para descarregar para a terra a carga elétrica
que se acumula no camião, sobretudo devido à fricção dos pneus de bor-
142. A força de reação do suporte é nula (a força gravítica é responsável pelo
racha com o solo.
movimento conjunto da nave, do astronauta e de todos os objetos).
Quando uma pessoa faz bungee jumping, sem o cabo tenso, está numa
9. Os sapatos com sola de borracha ficam carregados por fricção na carpete.
situação de imponderabilidade, pois a sua ação sobre o suporte (cabo) é
Como a borracha é um bom isolador, a carga elétrica acumula-se no corpo
nula.
da pessoa, resultando numa faísca quando cumprimenta outra pessoa.
143. i) Verdadeira.
10. Explicação: ver pág. 180 do manual. Um exemplo do dia a dia é a aderên-
ii) Falsa.
→ cia dos grãos de pó em suspensão no ar num vidro (por exemplo, o ecrã
iii) Falsa. Um corpo, à superfície, fica sujeito à força gravítica, Fg, e à rea-
→ → de um televisor) que tenha sido limpo com um pano seco.
ção normal, N, cuja resultante é a força centrípeta, Fc, que aponta para o
eixo da Terra, responsável pelo movimento circular uniforme do corpo.
→ 11. A – Verdadeira.
O peso é uma força simétrica de N, ou seja, em módulo é igual à reação
B – Verdadeira.
sobre o suporte. Só sobre pontos do eixo da Terra, como acontece nos
→ → → → → C – Falsa: vários físicos procuraram elaborar uma teoria unificadora das for-
polos, é que Fg e N são simétricas, por Fc se anular; nesse ponto Fg e P
ças elétricas, magnéticas e gravíticas, o que ainda não foi conseguido.
coincidem. No equador ou em Lisboa já não coincidem.
D – Falsa: as forças elétricas dependem do meio onde se encontram as
cargas.
E – Verdadeira.
F – Verdadeira.
Unidade 2 – Eletricidade e magnetismo 12. A – Falsa: as forças eletrostáticas que as esferas exercem, uma sobre a
outra, formam um par ação-reação e têm, portanto, o mesmo módulo.
B – Verdadeira.
2.1 Campo e potencial elétrico
C – Verdadeira.
1. a) Quando se toca no condutor a carga elétrica escoa através do corpo da D – Falsa: a intensidade da força eletrostática diminui com o inverso do
pessoa para a terra. quadrado da distância; se a distância entre as cargas duplicar, a força ele-
trostática reduz-se a um quarto do valor inicial.
b) Alguns eletrões do condutor B transferiram-se para o condutor A; assim


o condutor B ficou com deficiência de eletrões, ou seja, carregado positi- q2 Fe d 2
13. De Fe = k 2 , q =  . Substituindo os dados, obtém-se q = 2,0 nC .
vamente. d k
c) Se os condutores forem iguais, também ficarão com cargas iguais. 1 1 1
Como a constante dielétrica da água é kH2O =  =  ×  =
4 εH2O εr 4 ε0
d) Serão transferidos eletrões da terra para o corpo B, até este ficar com
k
carga nula. A terra atua como um grande reservatório de carga que =  e εr 80 para a água, então as forças eletrostáticas entre as suas
εr
pode ceder, ou receber, eletrões de um corpo carregado.
cargas teriam uma intensidade cerca de 80 vezes menor se estivessem
imersas em água.
2. A carga total das duas esferas é 3
C – 5
C = –2
C . Após estabelecido
o contacto, esta carga distribui-se em partes iguais pelas duas esferas, 14.
a) b) c)
uma vez que elas são idênticas. Assim, cada esfera fica carregada com
uma carga de –1
C. As duas esferas passam a repelir-se, uma vez que
têm cargas do mesmo sinal. E E E

3. Quando o bloco carregado com carga Q toca no primeiro bloco neutro,


transfere para ele metade da sua carga, ficando com carga Q/2. Ao tocar
no segundo bloco neutro, transfere metade desta carga, ficando com Q/4.
Ao tocar no terceiro bloco, fica com carga Q/8.
d d2 1/d 2
76

F mp a
15. As forças que atuam sobre cada uma das esferas são o peso, a tensão e a 19. E =  =  = 7,9 × 10–4 N C–1 .
→ → → → q q
força de repulsão eletrostática, sendo P + T + Fe = 0, ou seja:
→ q1 q2
20. a) E = k  (– ex ) + k 
→ → →
(–ex ) = – 2,3 × 107 ex (N/C) .
2 d2 d2
T sin 45° – P = 0 T  =P → → →
2 b) F = qE = 0,69 ex (N) .

T cos 45° – Fe = 0 c) Só há um ponto sobre o eixo onde o campo se pode anular, à direita da
P = Fe
carga positiva. Seja d a distância que vai da carga positiva a esse
 30 × 10–6 7 0 × 10– 6


q2 2
 
2
De P = Fe , tem-se mg = k  . Ora (2a)2 = 2I  = 2l 2 , pelo que ponto. Para o campo se anular, E = K 
 –  = 0
(2 a) 2 2 d2 (0 ,4 + d ) 2


2mgl 2 2 e d = 0,76 m (a outra solução não tem significado físico).
q =  = 2,2
C e T =   mg = 0,35 N .
k 2
21. Os módulos das cargas são iguais, pois o número de linhas de campo elé-
trico que convergem ou divergem das cargas é idêntico. Na figura da
16. Seja Ox o eixo na reta que contém as cargas orientado de A para C.
esquerda as duas cargas são positivas (as linhas de campo divergem das
q2
a) O módulo da força que A exerce sobre B é FA/B = k  2
, logo cargas) e na da direita uma das cargas é positiva e a outra é negativa
d AB (as linhas de campo saem da carga positiva e terminam na negativa).
q2
9 × 109 2 = 1,0 × 10–6 e q = ±1,05 × 10–10 C .
0,01
As três cargas têm o mesmo sinal que vamos considerar, sem perda de 22. A placa e a partícula carregada têm ambas carga positiva, pois delas diver-

generalidade, positivas. A resultante das forças que atuam sobre B é RB gem linhas de campo elétrico. O campo elétrico é mais intenso na zona
→ →
= FA/B + FC/B ; projetando as forças no eixo Ox que contém as cargas, onde a densidade de linhas de campo é maior.
orientado da carga A para a carga C, e, aplicando a Lei de Coulomb à
→ → →
interação entre C e B, FC/B = –1,1 × 10–7 ex . Então RB = 8,9 × 23. A carga A é positiva (dela divergem linhas de campo elétrico) e a carga B é

× 10–7 ex (N) . negativa (convergem para ela as linhas de campo elétrico). A carga A tem
módulo maior do que a carga B pois o número de linhas de força que saem
b) y
de A é maior do que o número de linhas que convergem para B.

FC/B FA/B 24. a) Seja x o eixo orientado de C para D e y o eixo orientado de C para A;
q 2  
 
→ q2 → → q2 → → 2 → 2 →
B x FA/B = – k 2 ex ; FD/B = – k 2 e y ; FC/B = – k 2  ex +  ey ;
L L 2L 2 2


 
→ q2 2 → →
R = – k  1 +  (ex + ey) .
L2 4
→ → → → → → →
b) E = EA + EB + EC + ED . No centro do quadrado, os campos EA e ED são
→ →
simétricos e anulam-se, os campos EB e EC reforçam-se, pois ambos
A C → →
apontam segundo ex + ey .
Tal como mostra a figura, as componentes segundo xx das duas forças
que atuam sobre a carga B anulam-se mutuamente, pelo que a força

Assim, E = 2 × k
q
2 22 e + 22 e  = 2k 

x

y 2
q
L
→ →
(ex + ey ) .
resultante tem a direção do eixo dos yy. Como a distância de A a B e de L 
2 2
C a B são iguais, q2 → →
(1,05 × 10–10)2 → → →
c) Como F = qE , F = 0,22k 2 (ex + ey ) .
FA/B = FA/C = 9 × 109  = 4,0 × 10–8 N L
(5 × 10–2)2
→ → →
Projetando no eixo dos yy, RB = 2FA/B cos 30° ey = 6,9 × 10–8 ey (N) . 25. Alguns exemplos: fotocopiadoras, impressoras de jato de tinta, precipita-
17. Ao aproximarmos o corpo carregado negativamente do pêndulo elétrico dores de poeiras para chaminés industriais.
(neutro) este fica polarizado (B). Há uma atração efetiva entre o corpo carre- 2g
gado negativamente e o bolbo do pêndulo polarizado (C), uma vez que a 26. a) i) A velocidade terminal da gota é v =  ( óleo – ar) r 2 . O raio da gota
9
região do bolbo onde há deficiência de eletrões (polo +) está mais próxima
4
do corpo carregado do que a região onde há excesso de eletrões (polo –). pode ser obtido a partir da sua massa:  π r 3 óleo = m .
3
Ao ser atraído, o pêndulo acaba por tocar no corpo condutor (D). Há então
transferência de alguns eletrões do corpo para o pêndulo, ficando ambos Substituindo valores obtemos r = 2,00 × 10 –6 m e v = 4,33 × 10 –4 m s–1 .
carregados negativamente, pelo que se repelem. Na posição representada ii) A força elétrica que atua sobra a gota (vertical e dirigida para cima) é Fe
em E o pêndulo está em equilíbrio, pelo que a resultante das forças que = 8 e E = 5,12 × 10–13 N ; o seu peso é P = mg = 2,94 × 10–13 N .
atuam
→ →
no→ pêndulo,

o peso, a tensão e a força eletrostática repulsiva, é nula A impulsão tem o valor I = arVg = 4,0 × 10–16 N . No regime estacioná-
P + T + Fe = 0 . Projetando no sistema de eixos indicado acima: rio, a força resistiva devida à viscosidade do ar equilibra estas forças, ou
seja, Fr = 6π r  v = 2,18 × 10–13 N , obtendo-se v = 3,22 × 10–4 m s–1 .
– T sin  + Fe = 0

– T cos  + mg = 0 27. Como a carga num condutor em equilíbrio eletrostático se distribui apenas
18. na sua superfície exterior, não há carga na superfície interna da taça. Assim,
a) b) E a esfera A fica neutra e a esfera B fica com carga positiva.
E

28. Uma gaiola de Faraday é uma rede metálica que blinda o campo elétrico no
seu interior (ver manual para explicar o funcionamento). Pode ser útil para
proteger aparelhos elétricos da ação de campos elétricos externos.

29. a) O campo elétrico no ponto A é nulo pois está no interior de um condu-


tor em equilíbrio eletrostático. O módulo do campo elétrico em C é maior
d d2 do que em B, porque em torno de C a superfície do condutor
c) d) é mais convexa.
E E b) Nos pontos B, C e D o campo elétrico é nulo e o módulo do campo
elétrico em E é maior do que em A, pelas mesmas razões da alínea
anterior.

30. a) Os dois geradores têm cargas opostas.


b) Há disrupção elétrica do ar para campos elétricos superiores a cerca de
3 × 106 V/m.
1/d 2 q
77

31. a) Os pêndulos suspensos do exterior da rede são repelidos pela rede, os 39. a) Seja VA = –225 kV , VB = –187,5 kV , VC = –150 kV .
suspensos no seu interior não. A carga elétrica na rede distribui-se apenas
na superfície exterior da rede e o campo elétrico no interior da rede é pra- Então WC → A = q (VC – VA ) = 1,5 × 10–3 J .
ticamente nulo (a rede atua como gaiola de Faraday). Q k| Q | k |Q | V –225 × 103
b) De V = k  = –  e E =  , vem E = –  = –   =
b) Uma vez que a carga elétrica tende a acumular-se em zonas pontiagudas r r r2 r 5 × 10–2
da superfície dos condutores, é em torno destas zonas que o campo elé-
= 4,5 × 106 V/m .
trico é mais elevado. O gerador de Van de Graaff tem uma cúpula esférica
para permitir acumular mais carga sem haver descarga por disrupção do
 
1 1
ar. 40. WA → B = – Ep = E Ap – E Bp = kqq  –  = – 0,158 J .
dA d B
c) Não, o aparelho elétrico fica protegido pela rede metálica cilíndrica que
atua como gaiola de Faraday (o campo elétrico no interior da rede metáli- 41. a) A partícula afasta-se, uma vez que a partícula e a cúpula do gerador têm
ca é praticamente nulo). ambas carga positiva, pois as linhas de força divergem da partícula e da
cúpula.
32. O funcionamento do pára-raios baseia-se no poder das pontas (ver pág. 197 b) Como a energia potencial de um sistema de duas cargas do mesmo sinal
do manual). diminui com a distância, a energia potencial do sistema diminui à medida
que a partícula se afasta da cúpula.
Q
33. a) Fora da esfera, E = k  . O ponto a 10,0 cm do centro está fora da esfera,
r2
8 × 10–6 42. Seja A o ponto onde se encontra uma das cargas de +2
C; calculemos
pelo que E = 9,0 × 109   = 7,2 × 106 N C–1 .
(1,00 × 10–1)2 nesse ponto o potencial criado pelas outras três cargas:
O ponto a 2,0 cm do centro da esfera é interior à esfera e aí o campo elé- q qD – 4 × 1 0–6 1 2 × 1 0–6
   
q
VA = k B + C +  = 9 × 109 × 2 ×  +   =
trico é nulo. d B dC d D 0,15 2 0,1 5
b) (R é o raio da esfera):
= – 395 kV . O trabalho para transportar a carga qA de A até ao infinito é
WA →  = qA (VA – 0) = –7,90 × 10–1 J .
E

43. a) V /V

40

R r
0
34. A – Verdadeira.
B – Verdadeira.
C – Falsa: a energia potencial de duas cargas elétricas pontuais negativas A B C D A
também é positiva.
D – Verdadeira. b) WA → B = q (VA – VB) = – 1,6 × 10–19 × (40 – 0) ou WA → B = – 40 eV;
E – Verdadeira. WA→ C = 0 , uma vez que A e C são dois pontos equipotenciais.
F – Falsa: uma carga negativa desloca-se no sentido contrário ao do
campo elétrico, ou seja, no sentido dos potenciais crescentes. 44. a) Campo elétrico uniforme.
G – Falsa: a sua energia potencial está a diminuir. b) Representando-se V em função de d obtém-se o gráfico da figura.
H – Verdadeira. A reta de melhor ajuste aos pontos experimentais é V = 3,0 – 12,4d . O
módulo do campo elétrico é o módulo do declive da reta de ajuste:
1
35. Aplicando a Lei da Conservação da Energia,  mev 2 = eU , pelo que V
2 E= 
d = 12,4 V m .
–1


2eU
v =  , logo v  1,9 × 107 m s –1 .
me Potencial em função da distância
V/V

4,00
36. A – Falsa: se as linhas de campo pudessem cruzar-se num ponto, o campo
elétrico não estaria definido univocamente nesse ponto. y =-12,4x + 3
3,00
B – Verdadeira. R 2 = 0,9998
C – Verdadeira. 2,00
D – Verdadeira.
1,00
E – Verdadeira.
F – Falsa: para além de retas, as linhas têm de ser igualmente espaçadas 0,00
para o campo ser uniforme. 0,000 0,050 0,100 0,150 0,200 0,250
G – Falsa: não se realiza trabalho no deslocamento de uma carga ao longo d /m
de uma linha equipotencial. 45. a) O peso da gota equilibra a força elétrica: Fe = P = mg = Vg ;
37. a) As linhas de campo são as linhas a cheio e as linhas equipotenciais são as 4
V =   r 3 = 3,35 × 10–14 m3 , pelo que Fe = P = 3,28 × 10–10 N . Como
linhas a tracejado. 3
Fe
b) A carga do condutor é positiva porque as linhas de campo divergem do E =   , obtemos |q | = 3,28 × 10–12 C . Como a força elétrica equilibra
|q|
condutor. o peso, é vertical e dirigida para cima. Sendo o campo elétrico dirigido
c) O campo é mais intenso no ponto A, próximo de uma região pontiaguda para baixo, a carga da gota é negativa, logo q = – 3,28 × 10 –12 C .
do condutor (aí a densidade de linhas de força é maior e as superfícies q
O número de eletrões em excesso na gota de água é n =   = 2,05 ×
equipotenciais têm um espaçamento menor). –e
× 107 eletrões.
d) O campo elétrico é nulo no interior do condutor. b) U = E × d = 200 V .
e) A, pois as linhas de campo apontam no sentido dos potenciais decres-
centes. 46. a) U = Ed = 100 × 0,03 = 3 V .
b) A placa positiva está ao potencial de 3 V.
38.
|Q| |Q|
E  k 2 k 2 = 500 1
r r c) Designemos a placa positiva por + e a negativa por – . Como  mv 2+ +
1 1 1 2
Q |Q | |Q | +E + =  mv – + E p , ou seja  mv – –  mv + = E p – E p = q (V+ – V–) .
2 – 2 2 + –
V  k  = – k  – k  = – 100 p
2 2 2
r r r



2qV
Logo Q = – |Q| = – 2,22 nC e r = 2,00 × 10–1 m . Como V– = 0 , v– = v2+ + + = 1,03 × 105 m/s .
m
78

I 1
d) Resulta da conservação da energia que o módulo da velocidade é o A representação de  em função de  deverá ser uma reta y = mx + b
U d
mesmo da alínea anterior. A energia cinética do protão ao atingir a placa
ε 0S CE 1
1 de declive m =  e ordenada na origem b =  . O gráfico de  em
negativa é Ec =  mv 2 = 8,8 × 10–18 J = 55 eV . Q Q U
2 1
função de  , usando os dados experimentais, comprova esta hipótese,
d
47. a) t = 5,6 × 10 –8 s ; a aceleração é a = 1,92 × 1013 m s–2 . pois é uma reta que não passa pela origem:
b) v0 = 7,2 × 105 m s–1 .
c) Ep = –6 keV .

(1/U ) / V –1
0,12
0,10
48. Os condensadores permitem armazenar energia. Os ultracondensadores 0,08
têm capacidades muito mais elevadas do que os condensadores normais e, 0,06 y = 0,0003x + 0,0289
por isso, as suas aplicações são mais vastas. 0,04 R 2 = 0,9999
0,02
49. a) Porque as duas folhas do eletroscópio estão, ambas, carregadas negati-
0,00
vamente. 0 100 200 300 400
b) Por influência mútua entre as placas, a placa ligada à Terra adquire carga (1/d ) / m–1
positiva e a outra placa uma carga negativa maior, diminuindo a carga nas
folhas do eletroscópio pois a carga total do eletroscópio e da placa ligada A equação da reta de ajuste linear aos dados experimentais é
ao eletroscópio mantém-se constante. Por diminuir a carga nas folhas do y = 0,0003x + 0,0289.
eletroscópio, elas repelem-se menos.
c) A permitividade do vazio pode ser determinada dividindo o declive da reta
50. a) Q = CU = 2,4 × 10 –9 C de ajuste pela sua ordenada na origem:
1 1
b) E =  QU =  CU 2 = 1,44 × 10–8 J .
2 2 ε 0S

c) m Q ε0 S CEm
 =   ⇔ ε0 = 
Q b CE CE bS

Q

CE m 18 × 10–12 0 ,0 0 0 2 5
Substituindo valores numéricos, ε0 =  =   ×  =
Sb  × (0,075)2 0 ,0 2 8 9
= 8,8 × 10 F/m .
–12

2.2 Circuitos elétricos


1 1 2E
51. E =  QU =  CU 2 ⇔ C = 2 = 1,18 mF .
2 2 U 54. A – Verdadeira.
B – Verdadeira.
 
S
52. a) A capacidade diminui para um terço C = ε  , a tensão entre as placas C – Verdadeira.
d
D – Falsa: a corrente elétrica num líquido condutor, ou eletrólito, é devida ao
não variou, pois as placas estiveram ligadas à pilha.
movimento orientado dos catiões e aniões.
Como Q = CU, a carga das armaduras diminui para um terço do valor
E – Falsa: o sentido convencional da corrente elétrica é sempre o sentido

 
1
inicial, bem como a energia armazenada no condensador E =  QU . do campo elétrico, ou seja dos potenciais «decrescentes».
2
S
b) A capacidade do condensador aumenta, pois C = ε  e ε > ε0 ; a carga 55. A afirmação é falsa, pois a velocidade de arrastamento dos eletrões de
d condução de um fio condutor é pequena. Contudo, o campo elétrico pro-
das armaduras não se altera, pelo que a tensão entre as placas diminui e
paga-se no condutor com velocidade próxima da velocidade da luz, pelo
a energia armazenada diminui.
que a corrente elétrica estabelece-se no fio de forma praticamente instan-
53. a) O gráfico U (d) é o seguinte: tânea.

Tensão em função da distância 4


56. a) I = 4 A = 4 C/s =  eletrões s–1 = 2,5 × 1019 eletrões s–1.
1,6 × 10–19
U/V

20,0
U
b) R =  ; num condutor óhmico, mantendo-se constante a temperatura,
15,0 I
R é constante. Então, para que a corrente triplique, há que triplicar a ten-
10,0 são, ou seja, deve aplicar-se ao condutor a tensão de 60 V.

5,0 l1 l2 3 l1 3
57. R1 =  ; R2 =  =  =  R1 .
S1 S2 2 S2 2
0,0
0,000 0,004 0,008 0,012
58. Um condutor pode ter resistência nula no estado supercondutor que ocorre
d/m
nalguns condutores quando estes são arrefecidos a temperaturas extrema-
O gráfico desvia-se acentuadamente de uma reta. Este resultado é sur- mente baixas.
preendente pois seria de esperar que a tensão entre as armaduras do
condensador crescesse linearmente com a distância entre as placas. De 59. Um termómetro de resistência baseia-se no facto de a resistência de um con-
facto, após se carregar o condensador com a pilha, a carga das dutor variar com a temperatura (ver pág. 223 do manual).
Q S
armaduras Q mantém-se constante. Como C =  e C = ε  , vem U 1 I
60. Como R =  , então  =  , ou seja, a tangente a cada curva num dado
U d I R U
Q Q
U =  =  d ou seja, a diferença de potencial U (d) deveria aumentar ponto é igual ao valor do inverso da resistência para um dado I e um dado U.
C ε 0S
linearmente com a distância entre as placas e o gráfico U (d ) deveria ser 1
Na curva C,  diminui quando U aumenta e, portanto, R aumenta; então o
Q R
uma reta passando pela origem, de declive  . coeficiente de temperatura é positivo, logo a curva C refere-se ao tungsténio.
ε 0S
Q Na curva A dá-se precisamente o contrário, logo o coeficiente de temperatura
b) Supondo válida a hipótese sugerida pelo professor, U =  , ou é negativo. Para o carbono o coeficiente de temperatura é negativo mas
S
ε0  + CE muito pequeno: a resistência do carbono praticamente não depende da tem-
 
1 1 S
ainda  =  ε 0  + CE . d
peratura (curva B).
U Q d
79

U2
61. Para o Cu, = 1,68 × 10 –8 Ω m e 20 = 3,93 × 10–3 °C –1 . Da equação b) A potência útil do gerador, que é dissipada no reóstato, é Pu = UI =  =
4 ,5 2 R R
L RS =  . Se R = 10r = 5 Ω , a potência dissipada no reóstato é
R =  obtemos L =  = 2,0 × 102 m . (0 ,5 + R) 2
S
P = 3,4 W .
Como R (T ) = R20[1 + 20(T – 20)] , substituindo valores, obtemos:

R (100 °C) = 1,3 Ω

62. a) O gráfico R (T ) é o seguinte:


Resistência em função da temperatura
R /V
40,0
30,0
20,0 y = 0,11x + 25,11
10,0 R 2 = 1,00 72. a)
0,0 I/A U/V R/ P/W
0,0 20,0 40,0 60,0
T / °C
0,37 4,04 10,92 1,49

b) A equação da regressão linear aos pontos experimentais é y = 0,11x + 0,42 4,03 9,60 1,69
+ 25,11. Comparando com R (T ) = (1 + T ) R0 = R0 +  R0T , obtemos 0,47 4,01 8,53 1,88
0 ,1 0 9
R0 = 25,1 Ω e  =  = 4,34 × 10–3 °C –1 .
2 5 ,1 0,51 3,98 7,80 2,03
Este coeficiente α está referido à temperatura de 0 °C. Como α20 =
R 2 5 ,1 0,56 3,95 7,05 2,21
= 0 0 (verifique!), então 20 = 0  = 3,99 × 10–3 °C–1, valor que
R 20 2 7, 3 0,63 3,91 6,21 2,46
compara bem com o tabelado no manual (pág. 222 do manual).
0,72 3,86 5,36 2,78
R I
63. U = RI é constante pelo que R I = RI , ou seja,  =  = 1,11 .
R I 0,83 3,80 4,58 3,15
R
Resolvendo a equação  = 1 + 5,0 × 10–3 (T – 20) , obtemos T = 44 °C. 1,08 3,68 3,41 3,97
R
64. O papel do gerador é transferir energia para as cargas elétricas, fazendo-as 1,55 3,41 2,20 5,29
circular no circuito.
2,33 3,04 1,30 7,08
U2 U2
65. P =  ⇔ R =  = 882 Ω . E = P t = 60 × 15 × 60 = 54 kJ . 3,86 2,00 0,52 7,72
R P
4,73 1,27 0,27 6,01
66. Num curto-circuito, R 0 entre dois pontos a uma tensão constante, pelo
U2
que a potência dissipada entre esses pontos é muito elevada P =  ;
R   b) O gráfico experimental U (I ) está representado abaixo e mostra uma
dependência aproximadamente linear:
a temperatura do condutor aumenta e pode provocar um incêndio.
Tensão em função da intensidade
U2
67. P =  ; sendo U constante, o produto PR é constante. Assim, P1R1 = P2R2 ⇔
U/V

R 5,00 y = -0,62x + 4,32


P1
⇔ R2 = R1  = 4R1 . A resistência da lâmpada de 25 W é quádrupla da de 4,00 R 2 = 0,99
P2
3,00
100 W. Como a resistência de um fio condutor é inversamente proporcio-
nal à área da sua secção, a secção do filamento da lâmpada de 25 W é 2,00
quatro vezes menor do que a de 100 W, e o seu raio duas vezes menor. 1,00
0,00
68. a) Significa que transfere 9 J de energia para o circuito elétrico por cada
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
coulomb de carga que passa entre os pólos do gerador.
I/A
b) O sentido convencional da corrente é o dos potenciais decrescentes, ou
seja, D → C → B → A → E. A reta que melhor descreve os dados experimentais tem a forma
U = – 0,62 I + 4,32 . Comparando com a equação U = ε – rI , vem
c) i) VA – VB = – 9 V ; VB – VC = 0 V ; VC – VD = 0 V ; VD – VE = 9 V ; ε = 4,32 V e r = 0,61 Ω . Note-se que o máximo da potência dissipada
VE – VA = 0 V . ocorre para R r .
ii) VA – VB = 0 V ; VB – VC = – 9 V ; VC – VD = 0 V ; VD – VE = 9 V ;
VE – VA = 0 V . 73. A força eletromotriz das seis pilhas ligadas em série é ε = 6ε1 = 6 × 1,5 =
ε = 9 V . A resistência total do circuito é R = 20 + 6 × 0,5 = 23 Ω. A intensidade
69. Quando R aumenta, I =  diminui, e a tensão nos terminais do gerador,
R+ r ε 9
U = ε – r l , aumenta. da corrente que percorre o circuito é I =  =  = 0,39 A . A d.d.p. nos
R 23
terminais de cada pilha é U = ε1 – r I = 1,5 – 0,39 × 0,5 = 1,3 V .
70. a) O valor lido no amperímetro não muda.
b) O valor lido no amperímetro é zero e a bateria pode estragar-se e provocar
Pu ε I– rI 2 r r ε R
um incêndio, uma vez que estabeleceu um curto-circuito entre os seus ter- 74.  =  =   = 1 –  I = 1 –   =  . Substituindo valores para
P εI ε ε r +R R + r
minais.
 e R, e resolvendo em ordem a r, obtemos r = 11 Ω . Por outro lado,
ε 4 ,5 R P UI U
71. a) A corrente é I =  e U = RI , pelo que U =  . Quando  = u =  =  . Resolvendo em ordem a ε, e substituindo valores, obtemos
R+ r R + 0 ,5 P εI ε
R >> r , a corrente no circuito é muito pequena e U ε . ε = 11 V .

75. a) ε – ε = RT I ⇔ 250 – ε = 4,2 I . Por outro lado, U = ε + r I , ou seja,


230 = ε + 1,5I . Resolvendo o sistema de equações:

250 = ε + 4,2I
obtemos I = 7,4 A e ε = 219 V .
230 = ε + 1,5I
80

b) ε = 219 V . 83. Req = R ; Req = R ; Req = 45 Ω .


c) U = ε – r I = 231 V .
84. Se o aumento da resistência total não fizer variar significativamente a intensi-
d) Pf = rf I 2 = 11 W . dade de corrente, isso significa que a resistência introduzida no reóstato é
muito inferior à da lâmpada. Se a resistência introduzida pelo reóstato for da
UI U 231
e) Gerador:  =  =  =  = 0,92 ; ordem de grandeza da resistência da lâmpada, há variação significativa na
εI ε 250 luminosidade da lâmpada.
ε I ε 2 1 9
motor:  =  =  =  = 0,95 .
UI U 230 85. Seja R a resistência de uma lâmpada. No circuito da figura da esquerda,
R UAB 2UAB
Req =  e I1 =  =  .
76. a) O gerador de menor força eletromotriz funciona como recetor de 2 Req R

ε – ε 40 – 10 1 1 1 6
força contraeletromotriz 10 V. Assim, I =  =  = 3 A ; No circuito da figura da direita,  =  +  , ou seja, Req =  R e
RT 6 + 0,5 + 0,5 R eq 2 R 3 R 5
UAB 5UAB 5
|VA – VB| = RI = 3 × 3 = 9 V pelo que VB – VA = –9 V . I2 =  =  =  I1 .
Req 6R 12
b) P = RTI 2 = 90 W .
86. a) P = UI = 40 W .
c) P = εI + rI 2 = 34,5 W ou, de outra forma, U = ε  + r I = 11,5 V e U
P = UI = 34,5 V . b) I =  , sendo U = 230 V para as lâmpadas em paralelo. A corrente total
R
é a soma da corrente que percorre cada uma das n lâmpadas pelo que
77. Seja r a resistência do gerador e R a resistência de uma lâmpada. nI < 15 A , ou seja n < 86 lâmpadas.
ε ε
R
 
2
No primeiro caso, I =  , U =  ε e P = UI = R  ; 87. A constante de tempo do circuito é  = RC . Quanto maior for R, maior será
R+ r R+r R+ r
a constante de tempo, e mais tempo demorará o condensador a descar-
ε ε
 
R 2
no segundo caso, I =  , U =  ε e P = UI = R  ; regar.
2R + r 2R + r 2R + r
ε 88. Os condensadores têm múltiplas utilizações, em flashes de máquinas foto-
no terceiro caso, I = 1  , U = R ε e P = UI = R ε
 
2
gráficas, circuitos temporizadores, pacemakers, etc.
2 R + r R + 2r R + 2r
2
89. a) O gráfico de ln U em função de t mostra uma dependência aproximada-
O brilho da lâmpada no primeiro caso é sempre superior ao do segundo e mente linear, de acordo com a função:
do terceiro casos. O brilho de cada lâmpada no segundo caso será superior
2,50
In U

ao do terceiro caso se R < r . y = -0,010x + 2,102


2,00
R 2 = 0,991
78. Quando R2 aumenta, a intensidade da corrente diminui porque aumenta a 1,50
resistência total do circuito. Mas, se a corrente diminui, U1 = R1I também 1,00
diminui. Como a soma das d.d.p. nos terminais das duas resistências é cons-
0,50
tante (igual à f.e.m. da pilha), se U1 diminui, U2 tem de aumentar.
0,00
0 50 100 150
79. No primeiro caso sim, no segundo não. A resistência das lâmpadas é t

U2 b) A regressão linear aos dados experimentais mostra que o declive


R1 =  = 121 Ω e R2 = 484 Ω . Quando as duas lâmpadas estão ligadas 1
P da reta é –  = – 0,010 F–1 Ω–1 ; ou seja,  = RC = 100 s . Como
U ef 2 20 RC
em série Ief =  =  = 0,36A . A potência dissipada na lâmpada
R1 + R2 6 05 R = 10 MΩ , vem C = 10 F .
de «100 W» é P = R1I 2ef = 16 W , inferior à potência nominal da lâmpada,
90. a)  = RC = 6 ms .
mas a potência dissipada na lâmpada de «25 W» é, nesta configuração,
P = R2 I 2ef = 64 W , bem superior à potência nominal, pelo que a lâmpada b) A curva Q (t ) = C ε (1 – e–t/) representa-se na figura e a carga máxima
irá fundir! é 3,6 C .

80. A – Falsa: a resistência equivalente do circuito é menor quando se fecha o


interruptor e a corrente no circuito aumenta, pelo que o amperímetro marca
um valor superior.
B – Falsa: a d.d.p. nos terminais de R1 é constante, pelo que a corrente que
atravessa a resistência R1, e a potência nela dissipada, não dependem do
facto de o interruptor estar aberto ou fechado.
C – Verdadeira.
D – Falsa: o amperímetro marca um valor superior, mas a diferença de poten-
cial entre A e B é a mesma. Q(t)
c)  = 1 – e–t/ , ou seja, 0,99 = 1 – e–t/ . Resolvendo esta equação
Qmáx

81. a) e b) No caso da figura da esquerda, o brilho da lâmpada L2 é o mesmo obtemos t = –  ln 0,01 = 28 ms .


com a lâmpada L1 enroscada ou desenroscada. De facto, a diferença de
potencial entre os pontos C e A é igual à força eletromotriz da pilha e a inten-
ε
sidade da corrente que atravessa a lâmpada L2, I =  , não
R + RL2
dependendo do ramo da lâmpada L1. Na figura da direita, quando se 2.3 Ação de campos magnéticos sobre cargas
desenrosca L1, a resistência equivalente do circuito aumenta, e, portanto, em movimento e correntes
diminui a intensidade da corrente que atravessa a resistência R. Como a
soma da d.d.p. nos terminais de R e entre os pontos B e A é constante, se 91. A – Falsa: os fenómenos magnéticos foram observados em civilizações
a d.d.p. aos terminais de R diminuir, então VB – VA aumentará e o brilho antigas.
da lâmpada L2 aumentará. B – Verdadeira.
C – Falsa: esta descoberta deveu-se a Oersted.
ε
82. Req = 8 Ω ; I =  = 2 A . D – Verdadeira.
Req
E – Verdadeira.
81

92. O campo é um pouco mais intenso em B (as linhas de campo estão um h) A força magnética é sempre perpendicular à velocidade e, portanto, não
pouco mais próximas). executa trabalho sobre a partícula.
i) Por exemplo na espetrometria de massa, em aceleradores de partículas
B como o ciclotrão, etc.
p
98. 2R = 8,00 cm ⇔ R = 4,00 cm . B =  = 5,2 mT .
|q |R
A C
mv
99. a) Como R =  , o raio da trajetória do deuterão é o dobro do raio da
N S | q| B
trajetória do protão.
b) As trajetórias terão o mesmo raio.

p 2 q2 B2 R2 
2m
Ec
 ⇒R= 
c) Ec =  =  
|q|B . Para a mesma energia cinética,
2m 2m

a trajetória do deuterão terá um raio 


2 vezes maior do que o raio da
93. a) trajetória do protão.

I
100. A carga de uma partícula α é q = 2 × 1,6 × 10–19 C e a sua massa é
m = 4 × 1,66 × 10–27 = 6,64 × 10–27 kg . Da conservação da energia,

I
1
 mv 2 = qU ⇔ v =
2 

m
mv
2qU ; como R = 
qB 

 vem, R = 2mU
qB
= 4,0 cm . 2

A
101. a)
B

m1 m2
E

B
R1
R2

B
I
C E
b) A velocidade dos iões à saída do filtro é v =  = 7,5 × 105 m s–1 .
B
b) A – Verdadeira. mv mE
B – Falsa: a força magnética é sempre perpendicular ao campo magné- O raio da trajetória descrita pelos iões é R =  =  . A separação
qB |q|2
tico. 2E
C e D – Falsas: a força magnética pode ser nula se a velocidade tiver a dos iões é d = 2 × (R2 – R1) = 2 (m2 – m1) .
|q|B
direção do campo.
Substituindo valores obtemos d = 0,31 mm .
E – Falsa: o campo magnético não executa trabalho sobre uma partícu-
la carregada e, portanto, não pode alterar a sua velocidade. c) A espetrometria de massa é muito utilizada em análise química para
deteção de poluentes, no controlo anti-doping, etc.
94. a) Não atua força magnética.
b) Vertical, dirigida para cima. 102. As experiências realizadas com tubos de raios catódicos levaram à des-
coberta do eletrão. Tubos semelhantes são utilizados nos cinescópios dos
c) Horizontal, dirigido para leste.
televisores e monitores de computador.

95. | Fm| = q vB sin α = q vB = 1,8 × 10–2 N . A força faz um ângulo de 90° com


1 2eU mv
103. Da conservação da energia,  mv 2 = eU ⇔ v =  ; como R =  ,
a velocidade, ou seja, 20° com o eixo dos xx. 2 m eB
e 2U e R2B2
vem  = 2 ou ainda, U =   .
96. Se a velocidade da partícula ao entrar no campo magnético for perpendi- m (BR) m 2
cular ao campo, a partícula descreve uma trajetória fechada (circular).
A representação gráfica de U em função de B 2 usando os dados experi-
97. a) A força que atua sobre a partícula é constante em módulo e perpendi- mentais deverá ser uma reta que passa pela origem e de declive:
cular à velocidade da partícula, em qualquer instante, pelo que a partí-
1 e
cula executa um movimento circular uniforme.   R 2
2 m
b) A força magnética é perpendicular à velocidade e aponta para o centro
U/V

400
da circunferência.
y = 8,02x
c) O campo magnético é perpendicular à trajetória (plano do papel) e apon- 300
ta para trás do plano do papel.
200
v2
d) |q |vB = m  ⇔ p = mv = |q |BR .
R 100
p |q| BR 1 |q |B
e) v =  =  e v =  R = 2 f R ; então f =   . 0
m m 2 m 0 10 20 30 40
1 m m (B 2 /107) / T 2
f) T =  = 2  ; t = 6T = 12  .
f |q |B |q |B
11. O declive da reta é 8,02 × 107 V T–2 , de onde se deduz:
1 p2 q 2 B2 R 2 e
g) Ec =  mv 2 =  =   .  = 1,8 × 1011 C kg–1
2 2m 2m m
82

→ → →
104. Fm = I ᐍ × B ; a força magnética é vertical, aponta para cima, e tem mó- 8. a) A – Chamemos S ao referencial ligado ao balão tendo os eixos o senti-
dulo Fm = IᐍB sin 45° = 0,6 N . do convencional; em S as condições iniciais são (unidades SI) x0 = 0 ,
y0 = 0 , v0x = 0 , v0y = 4,0 , ax = 0 e ay = – g , logo vem x = 0 e
105. A – Verdadeira. 1
B – Falsa: há planetas sem campo magnético. y = 4,0t –  9,8t 2 e, por isso, a trajetória é retilínea e vertical.
2
C – Falsa: o polo norte situa-se atualmente próximo do Canadá, pois a B – Chamemos S ao referencial ligado ao solo tendo os eixos o sentido
sua posição varia com o tempo. convencional: o balão move-se com velocidade constante V = 5,0 ;
D – Verdadeira. sendo x0 = 0 , y0 = 10 , vem ybalão = 10 + 5,0t e xbalão = 0 (todas as
E – Falsa: as auroras são luz emitida pela atmosfera terrestre em conse- grandezas em unidades SI).
quência de excitação por partículas emitidas pelo Sol. C – Aplicando a transformação de Galileu, o movimento da bola é des-
1
crito no referencial S pelas equações x = 0 e y = 10 + 9,0t –  9,8t 2 .
2
b) Como apenas há movimento segundo o eixo dos yy, no referencial S
1 1
Unidade 3 – Física moderna vem Ec =  mv2y =  m (4,0 – 9,8t)2 , logo, Ec (1) = 1,7 J ; em S tem-se
2 2
1
E c =  m (9,0 – 9,8t )2 , donde E c (1) = 0,032 J .
3.1 Teoria da Relatividade 2
c) Grandezas invariantes: tempo de voo, massa, comprimento, força resul-
1. A – A relatividade galileana é válida, desde que as velocidades sejam muito tante, aceleração.
inferiores à velocidade da luz, o que acontece nos fenómenos do nosso
quotidiano. 9. As velocidades em relação aos dois referenciais estão representadas na
v
C – Um referencial acelerado, como qualquer referencial ligado a um corpo figura seguinte. Como tan
=  então, v = 0,25 m s–1 e v = v 2+
V2 =
com movimento curvilíneo, é um referencial não inercial: não se verifica a V
Lei da Inércia. = 1,03 m s–1 .

2. a) Nos dois referenciais, que são de inércia, atuam sobre a mala o peso, v'
exercido pela Terra, e a força normal, exercida pela superfície de apoio. v v = V + v'
θ
b) Sim, porque tem velocidade constante em relação a um referencial con-
siderado de inércia que é a Terra. V
c) Se houver uma travagem, um observador ligado à carruagem vê a mala
10. a) 940 m s–1.
mover-se para a frente mas não consegue explicar este movimento por-
que as únicas forças que atuam sobre a mala são o peso e a força nor- b) 260 m s–1.
mal, que se anulam; para continuar a explicar o movimento com base na c) 690 m s–1.
Segunda Lei de Newton é necessário inventar uma força, com sentido
do movimento, a que chama força fictícia, pois não resulta de nenhuma 11. a) É a mesma: a = –2 m s–2 .
interação entre corpos. Para o observador ligado ao solo, a força resul-
b) É a mesma: F = –1 N .
tante sobre a mala é nula e, por isso, a mala tende a continuar com a
mesma velocidade, pela Lei da Inércia; mas, como a carruagem travou, c) Para B, a posição da carruagem é dada por xcarruagem = 15t , pelo que
esta ficou com velocidade inferior à da mala, o que justifica que a mala a posição da bola para o observador B é x (t ) = 15t + 2 + 4t – t 2 = 2 +
se aproxime da parte da frente da carruagem. + 19t – t 2; assim, a velocidade por ele medida é v (t ) = 19 – 2t . Portanto,
v (1) = 17 m s–1 .
3. Para a Catarina, o passeio e toda a paisagem movem-se em relação a ela
com velocidade de módulo 40 km h –1 mas em sentido contrário, ou seja, 12. a) O observador A observa uma trajetória retilínea vertical (a velocidade ini-
da direita para a esquerda. Como o referencial ligado à Terra e o referencial cial só tem componente vertical igual a 7 m s–1) e o observador B
ligado à mota são inerciais, os pontos de vista de observadores ligados a uma trajetória parabólica (a velocidade inicial tem componente vertical
estes referenciais são equivalentes. igual a 7 m s–1 e componente horizontal igual à do comboio, ou seja,
25 m s–1).
4. A, B – Verdadeiras.
b) A energia potencial gravítica é a mesma para os dois observadores; se
C – Falsa, porque há grandezas que mantêm o mesmo valor em diferentes
considerarmos o nível zero no instante do lançamento, a energia poten-
referenciais de inércia (grandezas invariantes).
cial nesse instante é zero e a energia mecânica é igual à cinética, ou seja,
D, E – Falsas, porque não há referenciais de inércia melhores do que 1 1
outros: todos são equivalentes. Em = Ec =  0,200 × 72 = 4,9 J para A e Em = Ec =  0,200 × (72 + 252) =
2 2
= 67,4 J para B. Como há conservação da energia mecânica, já que a
5. A – Verdadeira, porque só atua o peso. resistência do ar é desprezável, os correspondentes valores na altura
B – Falsa, ambos os observadores têm razão pois, cada um no seu refe- máxima são iguais.
rencial, observa trajetórias diferentes (as condições iniciais do movimento
são, em cada referencial, diferentes, mas as leis que regem o fenómeno de c) É conservada porque mantém o mesmo valor no mesmo referencial de
queda são as mesmas). inércia; mas não é invariante porque tem valores diferentes consoante o
C – Falsa, porque a velocidade, nos dois referenciais, é diferente: a veloci- referencial de inércia utilizado para descrever o fenómeno.
dade é uma grandeza relativa (a velocidade inicial é diferente nos dois refe-
1
renciais). 13. a) No referencial ligado ao Rodrigo tem-se x = 0 e y = v2t –  9,8t 2 e,
2
D – Falsa, o tempo de queda é o mesmo (é uma grandeza invariante). por isso, a trajetória da bola é retilínea e vertical; no referencial ligado ao
E – Verdadeira, porque as leis de conservação aplicam-se a todos os refe- solo as equações do movimento do Rodrigo são xR = v1t e yR = 0 .
renciais inerciais e o barco é um deles.
6. Se o referencial for de inércia, a bola vai cair exatamente no sítio de onde As equações para a bola neste referencial são x = v1t e y = v2t –

 
foi lançada. Na carruagem-bar, se o comboio tiver velocidade constante, os 1 v2 1 x 2
–  9,8t 2 , pelo que a equação da trajetória é y =  x –  9,8  .
objetos sobre a mesa não deslizam mas mantêm-se no mesmo lugar como 2 v1 2 v1
se a carruagem estivesse em repouso. Repouso e movimento retilíneo uni-
1 1
forme são indistinguíveis. b) Como as equações y = v2t –  9,8 t 2 e y = v2t –  9,8t 2 são formal-
2 2
7. a) Sim, porque tem velocidade constante em relação à Terra. mente equivalentes e y = y = 0 no instante final, os tempos têm de ser
iguais.
b) Não, pois é impossível distinguir, através de uma experiência física, se
um referencial está em repouso ou em movimento retilíneo uniforme: os c) Grandezas invariantes: tempo de voo, deslocamento; grandezas relati-
resultados serão exatamente os mesmos. vas: velocidade, energia cinética.

c) Sim, porque são ambos referenciais inerciais.


14. Ambas as teorias afirmam que há invariância de leis: a relatividade galileana
d) Não, porque o referencial a que está ligado passa a ser acelerado. postula que as leis da mecânica são as mesmas em todos os referenciais
83

de inércia, a relatividade restrita postula que as leis físicas são as mesmas cial como em qualquer outro, a luz viaja a velocidade c. Quem segura o
em todos os referenciais de inércia. A relatividade restrita apareceu porque espelho vê sempre a sua cara (não existe qualquer paradoxo).
a relatividade galileana entrava em contradição com os resultados do ele-
tromagnetismo. Em ambas as teorias há grandezas invariantes e grande- 28. B – Falsa, não são a mesma grandeza mas grandezas diretamente propor-
zas relativas. cionais.
C – Falsa, a massa aumenta porque aumenta a energia da água.
15. A, C, E – verdadeiras.
29. Como 3,85 × 1026 = m c 2, logo m = 4,3 × 109 kg .
16. Todos medem a mesma velocidade em módulo pois ela é invariante.
30. E = mc 2 = 9,1 × 10–31 × (3 × 108)2 = 8,2 × 10–14 J = 0,512 MeV . A sua
17. Porque um intervalo de tempo próprio é, por definição, o intervalo de energia aumenta porque esta é a energia quando a partícula está em
tempo que decorre entre dois acontecimentos que têm lugar no mesmo repouso. Além da energia em repouso tem também energia cinética.
sítio; nesse sítio há um relógio que mede esse intervalo de tempo. Um inter-
valo de tempo dilatado corresponde a esses mesmos dois acontecimentos 31. B, C, D, E e F – Verdadeiras.
que, vistos de outro referencial, ocorrem em sítios diferentes, havendo, em
cada um desses sítios, um relógio.
2,5 3.2 Introdução à física quântica
18. a) Tem-se t =    = 8,0 s .


2
2,85 × 108
1 – 
3 × 108
32. Devido à oscilação de partículas carregadas constituintes da matéria. Não,
porque a intensidade da radiação emitida e as suas características dependem
da temperatura superficial do corpo.
b) No referencial da partícula a Terra move-se com velocidade igual a
2,85 × 108 m s–1 mas de sentido aposto ao da velocidade da partícula
33. a) 9,40 m
relativamente à Terra.
b) P = ε A (T 4 – T 4) = 107 W .
t0 3
19. a) De 2 t0 =  obtém-se v =  c .
2

34. 2,7 K
 
v 2
1– 
c
35. Possuem um sensor que mede a potência da radiação emitida pela pele
b) O astronauta mede o intervalo de tempo próprio, ou seja, o mais curto; que se situa na zona dos infravermelhos.
na Terra mede-se um intervalo de tempo dilatado.
36. A explicação da radiação do corpo negro exigia que se considerassem
20. a) Um relógio; mediria 15 min. os osciladores eletromagnéticos com energias discretas, En = nhf .
Classicamente um oscilador tem uma energia qualquer. O mesmo não se
b) Dois relógios.
passava com os osciladores quânticos. A introdução do conceito de quan-
c) 0,66 c. tum viria a revolucionar a física em 1900, ano em que Planck explicou a
emissão do corpo negro.

2
2,70 × 108

21. Medirá um raio menor: L = R 1 – 
 = 0,436 R .
3 × 108 37. A – Falsa: a ideia de fotão só mais tarde veio a ser introduzida por Einstein
(embora não tivesse sido ele a propor o nome de «fotão»). Claro que se o
movimento dos osciladores estava quantizado, tal como Planck tinha pro-
2
2
 , então v = 
L0 v 2
22. Como  = L0 1 –  c. posto, também a energia por estes emitida estava.
3 c 3
B – Verdadeira.
C – Verdadeira.
D – Falsa: a energia por unidade de tempo e por unidade de área do corpo

 , então v = 0,95c .


v 2
23. Como 20 = 65 1 –  negro varia com T 4.
c E – Verdadeira.

38. A – Verdadeira.
24. a) No referencial do muão: x = v t0 = 0,999c × 2,2 × 10–6 = 659 m .
B – Falsa: a natureza ondulatória da luz já se tinha imposto e a Teoria
b) No referencial Terra o seu tempo de vida é dilatado e igual a 49,2 s. Corpuscular da Luz de Newton há muito que havia sido abandonada.
c) No referencial Terra percorre x = v t = 0,999c × 49,2 × 10–6 = 14,7 km . C – Falsa: confirmam antes o caráter ondulatório.
D – Falsa.
25. a) A afirmação é correta se tivermos em conta apenas o módulo da veloci- E – Verdadeira.
dade, pois dizer que a velocidade do eletrão em relação ao tubo é hc

v é equivalente a dizer que a velocidade do tubo em relação ao eletrão 39. Luz vermelha. E = hf =  = 3,106 × 10–19 J = 1,939 eV .


é –v .
b) É um comprimento contraído igual a 1,4 m. 40. E = hf = 6,626 × 10–26 J . Num segundo a antena emite 15 × 103 J .
c) No referencial ligado ao eletrão temos x = v t, ou seja, 1,4 = 0,99c t , 15 × 103
logo t = 4,7 × 10–9 s . Dividindo por hf encontra-se o número de fotões: n =    =
6,626 × 10–26
d) No referencial ligado ao tubo temos x = v Δt, ou seja, 10 = 0,99c t , = 2,263 × 1029 fotões .
donde t = 3,4 × 10–8 s . 41. A – Falsa: a ejeção é instantânea e classicamente não deveria ser.
B – Verdadeira.
26. a) No referencial S: x = 1,0 cos 30° = 0,87 m e y = 1,0 sin 30° = 0,50 m . C – Falsa: só aumenta o número de eletrões ejetados.
b) Em S a coordenada y não muda porque o movimento de S em D – Verdadeira.
relação a S dá-se na direção x, logo y = 0,50 m ; há contração na
42. A, B, C – Falsas.

1 – 
c 
2
direção do movimento, donde x = 0,87 0,5c = 0,75 m .
D, E – Verdadeiras.

O comprimento da barra no referencial S é L = 


0,502 + 0,752 = 0,9 m . 43. W = hf – E cmáx = 0,09 eV .

0,50 W Al
c) O ângulo de inclinação passa a ser tan
=  , logo
= 33,7° . 44. f0 =  = 9,87 × 1014 Hz ; 0 = 304 nm . Logo ocorre efeito fotoelétrico.
0,75 h
h c hc
A energia cinética máxima é E cmáx =  – 
 = 8,7 × 10–21 J e a velocidade
27. De acordo com os postulados da Teoria da Relatividade a velocidade da luz 0

máx
2E c
é um invariante. Por outro lado só a luz pode viajar à velocidade c. Quem máxima vmáx =  = 1,34 × 10 m s–1 . 5
segura o espelho viaja sempre a uma velocidade inferior e, nesse referen- m
84

45. a) e b) f × 1014 Hz Emáx / eV 56. A – Falsa.


B – Verdadeira: na difração por cristais é a natureza ondulatória da radia-
5,102 0,68 ção e da matéria que se revela.
C – Falsa.
5,941 0,98
D – Falsa.
6,742 1,13 E – Falsa.
Algumas das afirmações são falsas apenas no contexto da difração por
7,519 1,61 cristais. De outra forma até seriam verdadeiras.
1 p2
57. Ec = mv 2 = , onde p é o momento linear da partícula (p = mv ) .
2,20 2 2m
h h
A relação de De Broglie escreve-se =  =  .
1,70 p 2E
cm

1,20 y = 0,3643x - 1,2043 58. a) As ondas têm a particularidade de poder contornar obstáculos, atingin-
do pontos que não estão em linha de vista com a fonte. É nisto que con-
0,70
siste a difração. No caso dos cristais, é a rede cristalina que difrata as
0,20 ondas. A experiência referida pôs em evidência, pela primeira vez, o
0,000 caráter ondulatório do eletrão.
-0,30 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000

-0,80
h h h
b) =  =  =  = 167 pm.
-1,30 p 2E
cm 2e
Um

h
59. =  = 1,8 × 10–10 m .
A função trabalho é 1,2043 eV. O declive é a constante de Planck: 2E
cm
h = 5,836 × 10–34 J s . (Nota: o valor para o declive obtido por regressão
linear e indicado no gráfico deve ser multiplicado por 1,62 × 10–19, pois a
Este é o tamanho típico de um átomo, pelo que os neutrões com aquela
escala vertical está em eV, e multiplicado ainda por 10–14 porque a escala
energia sofrem difração em cristais. De resto, a difração de neutrões é uma
horizontal está em unidades de 1014 Hz – ver tabela).
técnica muito útil em cristalografia.
46. Só B é verdadeira. Quando um fotão entra no fotomultiplicador ocorre uma
60. A – Falsa.
ionização primária que vai originar outras ionizações. A avalancha de ele-
B – Verdadeira.
trões provoca um impulso elétrico num circuito. Cada um destes impulsos
C – Falsa: a transição para um estado de energia mais elevado é um pro-
corresponde a um fotão.
cesso de absorção.
D – Falsa.
47. D.
61. A – Verdadeira.
48. A, C, D, E – Falsas.
B – Falsa; para ionizar o hidrogénio é necessária radiação de comprimento
B – Verdadeira.
hc
Nota: algumas das afirmações são verdadeiras mas não são postas em evi- de onda 0 =  , em que E0 é a energia do estado fundamental. Obtém-
dência pela experiência de Young. E0
-se 0 = 91,5 nm .
49. Comportamento ondulatório: difração da luz. Atrás de uma montanha é C – Falsa: a transição entre o primeiro estado excitado e o estado funda-
possível captar uma emissão de rádio ou uma chamada de telemóvel
 
1 1
mesmo sem estar em linha de vista com a antena emissora. Caráter cor- mental requer um fotão de energia E = 13,6 2 – 2 = 10,2 eV . O com-
1 2
puscular: efeito fotoelétrico e efeito Compton. hc = 122 nm .
primento de onda é = 
E
50. Radiação capaz de ionizar a matéria. Raios X e raios são exemplos de
62. A – Falsa.
radiações eletromagnéticas ionizantes.
B – Verdadeira.
C – Verdadeira.
51. A – Falsa.
D – Verdadeira.
B – Verdadeira.
C – Falsa.
D – Verdadeira. 3.3 Núcleos atómicos e radioatividade
E – Verdadeira.
Nota: algumas das afirmações são verdadeiras mas não são postas em evidên- 63. A – Verdadeira.
cia pelo efeito Compton. B – Falsa, pois a massa de um átomo está praticamente toda no seu núcleo.
C – Verdadeira.
52. Pode haver conversão nos dois sentidos: a luz (em certas condições) pode D – Falsa, pois a energia de ligação do núcleo é muito superior à energia de
converter-se num par eletrão-positrão (ou em outros pares partícula-anti- ligação do átomo (é cerca de um milhão de vezes maior).
partícula); ao invés, um positrão e um eletrão podem-se aniquilar, dando E – Verdadeira.
origem a dois fotões.
64. A experiência de Rutherford foi importante porque mostrou que os átomos
53. A, B, D – Falsas. possuem um núcleo, de tamanho muito inferior ao do átomo. No núcleo,
C, E – Verdadeiras. que tem carga positiva, está praticamente toda a massa do átomo.

65. A – Falsa, a massa dos neutrões e protões separados é maior do que


Ecmáx eU quando estão ligados num núcleo.
54. fmáx =  =  = 1,45 × 1019 Hz .
h h B – Verdadeira.
C – Verdadeira.
55. Momento linear do fotão: p = mef c . Por outro lado, E = mef c2 . Portanto, D – Verdadeira, pois a radiação gama é a emissão de um fotão ou partícula
E de luz.
p =  . (Nota: o facto de a radiação eletromagnética ter momento linear E – Falsa: o núcleo formado pode ser instável e emissor radioativo.
c
E
dado por  era já uma previsão do eletromagnetismo clássico, uma 208 6
C 66. a) 82 Pb: Z = 82 protões , N = A – Z = 126 neutrões ; 3 Li: Z = 3 protões ,
teoria consistente com o princípio da relatividade). N = A – Z = 3 neutrões .
85

A( 0)
b) O defeito da massa é m = (Zmp + Nmn) – m(AZ X) . Para o núcleo de d) O número de núcleos radioativos no instante t = 0 é N (0 ) =  =
208 6
82 Pb, m = 1,7565 u ; para o núcleo de 3 Li, m = 3,435 × 10 u .
–2
= 4,06 × 106. Se aplicarmos a lei N (t ) = N (0) e–t/ , para t = 3 meses =
c) A energia de ligação é B = mc 2 . Para o 208 = 2160 h , obtemos N < 1 o que significa, dado o caráter estatístico da
82 Pb, B = 1636 MeV , para
o 63 Li, B = 32,0 MeV . lei, que já não restará nenhum núcleo radioativo ao fim de três meses.
B B
d) Para o 20882 Pb,  = 7,87 MeV por nucleão, para o 3 Li,  = 5,33 MeV
6
57 57
A A 76. a) 27 Co → 28 Ni +  – + 
por nucleão. O núcleo de chumbo é mais estável uma vez que a sua 1
T1 / 2
energia de ligação por nucleão é maior. b)  =  = 392 d = 3,39 × 107 s e =  = 2,95 × 10–8 s–1 .
ln2 

67. Como a carga se conserva, 2 + 7 = Z + 1 , ou seja Z = 8 que é o núme-


A 1
ro de protões do núcleo de oxigénio. Como o número de nucleões também c) A = N , pelo que N =  =  = 3,39 × 107 núcleos.
se conserva, 4 + 14 = A + 1, pelo que A = 17 . 2,95 × 10–8
d) A(t) = A(0) e–t/ = 1 × e–180/272 = 0,52 Bq . O número de núcleos radioati-
68. Da conservação da carga, Z = 95 + 2 = 97 . Da conservação do número vos ao fim de seis meses é N(0) e–180/272 = 1,75 × 107 .
de nucleões, 241 + 4 = A + 2 , ou seja A = 243 . O elemento X é o Bk
(berquélio). 77. a) 15 O
8 → 157 F +  + +  .
T1 / 2
69. Aplicando as leis da conservação da carga e do número de nucleões, vem b)  =  = 2,94 min e A(t) = A (0)e–t/ ; fazendo t = 30 min vem A(30) =
ln2
A = 30 , Z = 15 , A = 30 , Z = 14 .
= 0,059 Bq . O decaimento deste isótopo é muito rápido, pelo que o isó-
70. A – Falsa, pois as partículas  são menos desviadas por campos magnéti- topo tem de ser preparado no local. Se assim não fosse, desaparecia
cos do que as partículas , uma vez que possuem maior massa. durante o transporte.
B – Verdadeira.
C – Falsa: para uma mesma energia a radiação α é mais ionizante. 1,0
78. a) O número inicial de núcleos é N =  × 6,02 × 1023 = 2,74 × 1022 e a
D – Verdadeira. 22
atividade é A = N = 8,43 × 10–9 × 2,74 × 1022 = 2,3 × 1014 .
212 208
71. a) 84Po → 82Pb + 
137 137
b) N = N (0) e– t = 1,08 × 1022 .
55Cs → 56Ba +  + 
b) –

20 20
11Na → 10 Ne +  + 
c) +
79. a) Aplicando as leis de conservação da carga e do número de nucleões
234 234
91Pa → 91Pa +
238
d) *
podemos completar as reações (A = 239): 92 U + 10 n → 238
92 U;
239
92 U →→
239
93 Np + – +  .
72. a) Um isótopo artificial é um isótopo que não existe na natureza, sendo pro-
duzido pelo homem numa reação nuclear. T1 /2
b)  =  = 2,9 d .
22 22 22 22 l n2
b) 11Na → 10 Ne
* + + +; 10 Ne
* → 10 Ne + .
80. Não, pois a radiação , de maior energia do que a radiação X, é mais pene-
73. a) e b) A energia de ligação, B, está diretamente relacionada com o trante e provoca maior dano nos tecidos.
defeito de massa do núcleo, m, através da relação B = mc 2 , sendo
m = (Zmp + Nmn) – m ( ZAX) . Substituindo valores obtemos os resultados 81. A – Falsa: a fissão e a fusão são fenómenos distintos.
da tabela: B – Verdadeira.
C – Falsa: numa reação de fusão nuclear, tal como numa reação de fissão,
133 134 137
Núcleo 58 Cs 55Cs 55Cs liberta-se energia.
D – Falsa: é possível controlar uma reação em cadeia, sem o que não seria
B(MeV) 1118 1125 1149 possível o funcionamento de reatores de fissão.
B/A(MeV) 8,409 8,398 8,388 E – Falsa: a energia do Sol provém de reações de fusão e não de fissão.

82. a) Aplicando a Lei de Conservação da Carga, 92 = 38 + Z ⇔ Z = 54 ;


O Cs-134 e o Cs-137 são os isótopos menos estáveis, pois possuem uma aplicando a Lei de Conservação do Número de Nucleões, 231 + 1 = 94 +
energia de ligação por nucleão um pouco menor do que o Cs-133; devido + 140 + x ⇔ x = 2 .
ao excesso de neutrões desses isótopos, transformam um neutrão num b) A reação acima é uma reação em cadeia porque os neutrões produzi-
protão através de decaimento –. dos na reação de fissão de um núcleo de urânio podem originar cisões
de outros núcleos. Como se produzem, em média, mais neutrões do
74. Utilizando as leis de conservação da carga e do número de nucleões, as que os que se consomem na reação, a reação pode auto-sustentar-se.
equações do decaimento são as seguintes: Contudo, para que os neutrões produzidos possam provocar a reação
40 40 40 40
nuclear em causa têm de ser moderados, isto é, tem de se reduzir a sua
19 K → 20 Ca* +  – +  ; 20 Ca* → 20 Ca + energia cinética.

75. a) O tempo de meia-vida de um isótopo radioativo é o tempo necessário c) m = m (235


92 U) + m n – m (38Sr) – m ( 54Xe) – 2mn = m ( 92 U) – m (38Sr) –
94 140 235 94

para que a atividade de uma amostra desse isótopo diminua para meta- – m (140
54 Xe) – m n = 0,20111 u ; E = mc = 3,0014 × 10
2 –11 J = 187,33
de do seu valor inicial.
mn
1 MeV . O número de núcleos de 3,0 kg de urânio-235 é N =  ×
b) T1/2 =  ln 2 , pelo que  = 8,67 h . A constante de decaimento é =  m(235 U)
 92
=
× NA = 7,71 × 1024 . Assim, num dia o reator produz a energia
= 3,20 × 10–5 s–1 . E = 3,0014 × 10 –11 × 7,71 × 1024 J = 2,31 × 1014 J . Como apenas 30%
desta energia é convertida em energia elétrica, a potência útil do reator
1 2,31 × 1014
c) A atividade é  da inicial ao fim de 3T1/2 = 18,0 h . é Pu = 0,30 ×  = 8 × 108 J s–1 = 0,8 GW .
8 3600 × 24
86

Tabelas
Constantes físicas

aceleração da gravidade g = 9,81 m s–2

constante de gravitação universal G = 6,67 × 10 –11 m3 s–2 kg–1

permitividade elétrica do vácuo εo = 8,85 × 10 –12 N–1 C2 m–2

1 / (4  εo) ko = 9,0 × 109 N m2 C–2


o = 1,26 × 10 –6 T m A–1
permeabilidade o

4 = 1,0 × 10 T m A
–7 –1
magnética do vácuo

velocidade da luz no vácuo c = 3,00 × 108 m s–1

carga elementar e = 1,602 × 10 –19 C

massa do eletrão me = 9,11 × 10 –31 kg

massa do protão mp = 1,67 × 10 –27 kg

constante de Planck h = 6,626 × 10 –34 J s

Alguns dados astronómicos

raio médio da Terra 6,37 × 106 m

raio médio da Lua 1,74 × 106 m

raio médio do Sol 6,96 × 108 m

massa volúmica média da Terra 5520 kg m–3

distância média Terra-Lua 3,84 × 108 m

distância média Terra-Sol 1,50 × 1011 m

massa da Terra 5,98 × 1024 kg

massa da Lua 7,35 × 1022 kg

massa do Sol 1,99 × 1030 kg

Alguns dados relativos à água,


Valor em unidades SI
ao ar e ao mercúrio

massa volúmica da água (20 oC) 999 kg m–3

massa volúmica do gelo (0 oC) 917 kg m–3

massa volúmica do ar (PTN) 1,293 kg m–3

massa volúmica do mercúrio (PTN) 13 595 kg m–3


1 G
2 G
H 1,01 He
Hidrogénio 4,00
Hélio
3 S 4 S 5 S 6 S 7 G 8 G 9 G 10 G

Li 6,94
Be9,01
B 10,81
C
12,01 14,01
N 16,00
O 18,99
F
20,18
Ne
Lítio Berílio Boro Carbono Azoto Oxigénio Flúor Néon
11 S 12 S 13 S 14 S 15 S 16 S 17 G 18 G
Tabela Periódica

Na 22,99 Mg 24,31 Al 26,98


Si28,09
P
30,97 32,06
S 35,45
Cl
39,95
Ar
Sódio Magnésio Alumínio Silício Fósforo Enxofre Cloro Árgon
19 S 20 S 21 S 22 S 23 S 24 S 25 S 26 S 27 S 28 S 29 S 30 S 31 L 32 S 33 S 34 S 35 L 36 G

K 39,10
Ca
40,08
Sc
44,96 47,87
Ti 50,94
V
51,99 54,94
Cr 55,85
Mn 58,93
Fe
58,69
Co
63,55 65,39
Ni 69,72
Cu
72,61
Zn
74,92 78,96
Ga 79,90
Ge
83,80
As Se Br Kr
Potássio Cálcio Escândio Titânio Vanádio Crómio Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre Zinco Gálio Germânio Arsénio Selénio Bromo Crípton
37 S 38 S 39 S 40 S 41 S 42 S 43 44 S 45 S 46 S 47 S 48 S 49 S 50 S 51 S 52 S 53 S 54 G

Rb 85,47 Sr 87,62
Y 88,91
Zr 91,22
Nb92,91
Mo
95,94 (98)
Tc 101,07
Ru 102,91
Rh
106,42
Pd
107,87 112,41
Ag 114,82
Cd
118,71
In
121,75 127,60
Sn 126,90
Sb
131,29
Te I Xe
Rubídio Estrôncio Ítrio Zircónio Nióbio Molibdénio Tecnécio Ruténio Ródio Paládio Prata Cádmio Índio Estanho Antimónio Telúrio Iodo Xénon
55 L 56 S 72 S 73 S 74 S 75 S 76 S 77 S 78 S 79 S 80 L 81 S 82 S 83 S 84 S 85 S 86 G
57 * S
Cs 132,91 Ba137,33 Hf 178,49 Ta 180,95 W 183,84 Re186,21 Os190,23 Ir 192,22
Pt 195,08 Au196,97 Hg 200,59 Tl 204,38 Pb207,20 Bi 208,98 Po (209)
At (210)
Rn (222)
Césio Bário La 138,91 Háfnio Tântalo Tungsténio Rénio Ósmio Irídio Platina Ouro Mercúrio Tálio Chumbo Bismuto Polónio Astato Rádon
87 L 88 S Lantânio 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 118
Fr Ra 89 * S Rf Db Sg Bh Hs Mt Uuo(293)
(223) (226) * (263) (264) (265) (268)
Uun(269) Uuu(272) Uub(277) Uut (284) Uuq (285) Uup (288) Uuh(289)
(261) (262)
Frâncio Rádio Ac Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bóhrio Hássio Meitnério Ununnílio Ununúnio Unúmbio Ununtrio Ununquádio Ununpentio Ununhéxio Ununóctio
(227)
Actínio

S 59 S 60 S 61 62 S 63 S 64 S 65 S 66 S 67 S 68 S 69 S 70 S 71 S
* 58
Ce140,12 Pr 140,91 Nd144,24 Pm (145) Sm Eu 151,96 Gd Lu
150,36 157,25 174,97
Tb 158,93 Dy 162,50 Ho 164,93 Er 167,26 Tm168,93 Yb 173,04
Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio Disprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio
* 90
S 91 S 92 S 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
* Pa Lr
Th 232,04 231,04
U 238,03
Np (237)
Pu (244)
Am (243) Cm (247) Bk Cf (251)
Es (252) (258)
No (262)
(247)
Fm (257) Md (259)
Tório Protactínio Urânio Neptúnio Plutónio Amerício Cúrio Berquélio Califórnio Einstêinio Férmio Mendelévio Nobélio Laurêncio
87
Caderno de Exercícios e Problemas 12 F • Física 12.o Ano • 9789724738819
12 F FÍSICA 1 2 .O a n o CADERNO DE EXERCÍCIOS E PROBLEMAS

ISBN 978-972-47-3881-9

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