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https://novaescola.org.br/conteudo/20862/avaliacao-formativa-
corrigindo-rotas-para-avancar-na-aprendizagem
Publicado em NOVA ESCOLA 24 de Janeiro | 2022
Avaliação
Avaliação formativa:
corrigindo rotas para
avançar na aprendizagem
Processo avaliativo constante e com instrumentos
diversificados permite mapear o conhecimento dos
estudantes para orientar o planejamento docente e fazer
intervenções pedagógicas mais assertivas
Ingrid Yurie
1. Mapear
No começo de um programa ou uma unidade temática, a avaliação diagnóstica
(também chamada de prognóstica ou sondagem) permite identificar os
conhecimentos prévios dos estudantes e eventuais lacunas para traçar a
progressão das propostas. Ela tem, portanto, a função de permitir um ajuste no
planejamento do professor. Além de instrumentos mais tradicionais, como
provas, as rodas de conversa e atividades mão na massa são ideais para esse
tipo de mapeamento.
2. Planejar
Com o resultado da avaliação diagnóstica e os objetivos de aprendizagem
definidos, é possível desenhar o percurso pedagógico e as experiências
didáticas que acontecerão em determinado período de tempo.
3. Intervir e avaliar
Conforme as aulas acontecem, a avaliação formativa está sempre em cena para
acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Vale desde autoavaliação e
avaliação por pares até andar pela sala e anotar como vão as discussões em
grupo. Para isso, é essencial que o professor tenha intencionalidade
pedagógica, ou seja, tenha claro para si as aprendizagens que está buscando
reconhecer naqueles alunos após o processo de estudo – com critérios e
expectativas bem desenhadas, por exemplo, por rubricas, isto é, descrição dos
níveis de desempenho esperados na realização de determinada atividade.
4. Analisar
As informações obtidas permitem uma análise do desenvolvimento da turma e
de cada estudante em relação aos objetivos de aprendizagem esperados. A
avaliação formativa deve ser “informativa” para o professor, do início ao fim,
respondendo a perguntas como “o que meus alunos devem saber sobre esse
assunto?” e “que informações sobre o aprendizado dos meus estudantes
consigo obter aqui?”.
5. Replanejar e intervir
Com a análise feita, é hora de planejar novas intervenções, que sirvam para
retomar ou reforçar alguns pontos. Por exemplo, elaborar novas atividades
inicialmente não planejadas ou, ainda, organizar uma nova sequência de aulas.
6. Finalizar
Ao final, a avaliação somativa (também chamada de cumulativa, formal ou
simplesmente “prova”) verifica o que o aluno alcançou em relação ao que foi
planejado. Por isso, ela é sempre terminal e mais global. Vale considerar esses
resultados como parte da avaliação diagnóstica da próxima etapa.
Ilustrações: André Asahida